Você está na página 1de 6

Avaliação Neuro funcional

Etapas da avaliação: 5. Indicações e riscos da intervenção


fisioterapêutica
1. Identificação das disfunções e das limitações
6. Detecção de possíveis intervenções
funcionais associadas ao problema: organizar,
preventivas
analisar e interpretar as informações
7. Definição clara das metas de tratamento
coletadas durante a avaliação.
8. Planejamento efetivo de um tratamento
2. Definição de metas ou objetivos centrados no
9. Estimativa do nível de desempenho futuro
pcte e a serem alcançados a curto e longo
10. Determinação do progresso e da eficácia da
prazo;
intervenção
3. Seleção de intervenção terapêutica efetiva:
11. Sistematização e controle de qualidade
desenvolvimento e execução de um plano de
12. Em pesquisa: critérios de inclusão e de
tratamento apropriado para que as metas
exclusão, comparação de técnicas e de
sejam alcançadas
instrumentos, consolidação profissional
Avaliação do efeito da intervenção por intermédio da
Obstáculos da Avaliação:
evolução do pcte, reavaliação e dos resultados
alcançados. 1. Dificuldades na fonação e na audição
2. Diferenças de linguagem
Objetivos da Avaliação:
3. Distúrbios mentais
1. Identificação das disfunções e do nível inicial 4. Instabilidade dos sistemas fisiológicos
de desempenho 5. Concepções errôneas sobre a doença
2. Elaboração de um diagnóstico funcional 6. Falta de objetividade e incoerência
3. Relação de confiança entre terapeuta e pcte
4. Fornecimento de parâmetros para admissão e
para alta

Modelo de Funcionalidade e Incapacidade

A funcionalidade (termo genérico


para os aspectos positivos ou
neutros em estrutura e função do
corpo, atividade e participação) e a
incapacidade (termo genérico para
os aspectos negativos em estrutura
e função do corpo – deficiência;
atividade – limitações de atividade;
e participação – restrições de
participação) apresentam uma
interação dinâmica entre
condições de saúde e fatores
contextuais;
Interação dinâmica entre as
entidades, a qual é específica ao
indivíduo e nem sempre é pré-
determinada.
Etapas da avaliação: 4. Raciocínio clínico
Relacionar as limitações e restrições
1. Identificação (coleta de dados gerais)
encontradas com as deficiências em estrutura
2. Anamnese
e função corporal. Compreender os
Medicamentos
componentes ausentes e os comportamentos
Rotina diária (hábitos de vida)
adaptativos.
Tratamentos anteriores
5. Objetivos do tratamento (Modelo SMART)
Exames complementares
Dispositivos de auxílio a marcha, órteses ou
próteses
Apresentação e comportamento
Alinhamento corporal
Presença de deformidades (atrofias,
assimetrias, edemas, modificações de cor e
textura de pele, cicatrizes)
Posturas e transferências
Movimentos ativos S – Específico (colocar especificamente o que você
3. Exame físico quer fazer);
Deve-se explicar bem o que será feito e
M – Mensurável (testes, fotos, vídeos para reavaliar);
certifica-se de que o paciente entendeu os
comandos, de preferência demonstre. A – Alcançável (os objetivos devem ser realistas);
Avaliar o lado sem queixas primeiros,
R – Relevante (o tratamento deve ser relevante para o
movimentos ativos antes dos passivos e
paciente);
movimentos dolorosos devem ser realizados
por último. T -Tempo (definir tempos que você deseja alcançar as
Inspeção/palpação metas, curto, médio e longo prazo).
Exame específico: identificar quando e onde
6. Plano terapêutico
ocorrem as queixas - tipos de tecidos/sistemas
acometidos, regiões envolvidas, características Levar em consideração tudo que foi coletado no
e qualidades processo de avaliação: queixas do paciente,
Testes especiais: usados para confirmar um incapacidades observadas, contexto.
diagnóstico, fazer um diagnóstico diferencial, Realizar reavaliações periódicas e modificar objetivos
facilitar o entendimento de sinais, sintomas e e condutas quando necessário.
queixas mais complexos. Buscar melhor evidência.
Para selecionarmos o melhor método de medida Estrutura e Função Corporal
devemos usar a prática baseada em evidência (PBE),
que deve combinar a melhor evidencia disponível, Sensibilidade superficial
preferencias do paciente e a experiencia do ATENÇÃO! Não perguntar se p paciente está sentindo,
profissional: por pode alterar o teste. Sempre testar duas vezes.

 Tátil – usar algodão e/ou pincel;


 Dolorosa – objeto pontiagudo;
 Térmica – água quente ou fria (pouco usada);
 Pressão – toque (pouco usada);

Classificação:

 Normoestesia – preservada
 Anestesia – ausência de sensibilidade
 Hipoestesia – diminuição
 Hiperestesia – aumento
Outras nomenclaturas para classificação da dor e
sensibilidade:

 Parestesia – formigamento (sensibilidade);


 Analgesia – ausência de dor;
 Hipoalgesia – diminuição da dor;
 Hiperalgesia – aumento da dor.

Lesões encefálicas – partes do corpo

Sensibilidade Profunda

 Propriocepção: noção de posicionamento dos


membros.
 Cinestesia: noção de movimento.
 Vibração: aparelho diapasão (pouco usado).
 Discriminação de dois pontos: 2 clipes em 2
pontos diferentes ir aproximando os pontos
até onde o paciente sente os dois (pouco
usado).
 Grafestesia: fazer um desenho na pele do
Lesões medulares – dermátomos
paciente com a ponta da caneta e ver se ele
sabe o que é.
 Estereognosia: reconhecer objetos pelo tato.

Avaliação Postural

 Vista anterior, posterior, lateral;


 Deitado, sentado e de pé;
 Ritmo escapulo umeral e lombo pélvico.

Amplitude de movimento

 Ativa e passiva
 Goniometria

Força Muscular

 Teste de forma manual (escala de kendall)


 Teste do esfigmomanômetro modificado
Lesões periféricas – territórios de inervação  Dinamometria

Manobras deficitárias

Essas manobras olham déficits mínimos de força, caso


o paciente não consiga sustentar a postura indica
fraqueza.

 Mingazzini para MMSS – paciente sentado,


braços em 90° sustentar a postura por 1
minuto.
Escala de Ashwort – usada somente na hipertonia
elástica.

 Hipotonia

Diminuição do tônus muscular;

Característica principal: flacidez muscular;

Neurológica: comprometimento do neurônio motor


inferior, síndromes genéticas etc.;

Principais sinais na clínica: fraqueza muscular, flacidez,


hipotrofia/atrofia muscular, diminuição dos reflexos,
distúrbios da fala, menor resistência para atividade
física, postura incorreta.

 Hipertonia Elastica ou Espástica

Aumento do tônus muscular

 Mingazzini – paciente em decúbito dorsal, Característica principal: tensão muscular, resistência


joelhos 90° graus, sustentar postura por ao movimento passivo (velocidade dependente)
minuto. Neurológica: comprometimento do neurônio
motor superior

Principais sinais na clínica: fraqueza muscular,


aumento dos reflexos, sinal do canivete, clônus, sinal
de Babinski, postura incorreta.

 Hipertonia Plástica

Aumento do tônus muscular;

Característica principal: tensão muscular, resistência


ao movimento passivo (em todo o arco de
movimento)

 Barré – paciente em decúbito ventral, joelho Neurológica: comprometimento dos núcleos da base e
fletidos manter posição por 1 minuto. suas vias.

Principais sinais na clínica: fraqueza muscular, rigidez


muscular, sinal da roda denteada, postura incorreta.

Clônus

Contrações musculares involuntárias em resposta a


um estiramento súbito

Locais de testagem: mão, patela, pé.

Reflexos

Avaliamos a integridade do sistema nervoso.


Tônus Muscular
 Reflexos superficiais
Definido como, tensão leve presente nos músculos em
repouso. Cutâneo plantar: dar estímulo do calcanhar até base
do halux. Normal se tiver flexão dos artelhos, alterado
Alterações no tônus são: hipotonia (diminuição do caso faça extensão ou abdução dos artelhos (sinal de
tônus) e hipertonia (aumento do tônus). babinsk).
Cutâneo abdominal: contração da musculatura do
abdômen vai em direção ao movimento do estímulo.

 Reflexos profundos

Uso do martelo.

MMSS (mais testados) – bicipital (tendão do bíceps),


tríceps, flexor dos dedos.

MMII (mais testados) – patelar e tendão de Aquiles.

 Classificação dos reflexos:

Normorreflexia – reflexos normais; Destreza Digital


Hiporreflexia – diminuição dos reflexos;  Teste dos nove buracos e pinos (Nine Hole
PegTest)
Arreflexia – ausência dos reflexos;
Marcação do tempo para colocar e retirar os pinos.
Hiperreflexia – aumento dos reflexos.

Movimentos Involuntários

 Tremor de repouso – quando movimenta o


tremor para;
 Tremor de intenção – quando vai pegar algo e
o tremor acontece no final do movimento;
Tremor no movimento;
 Distonia – movimentos lentos e torcionais;
 Balismo – movimentos bruscos e anormais das
extremidades;
 Atetose – movimentos ondulatórios; Equilíbrio
 Coreia – movimentos rítmicos, parece que
está dançando. Processo dinâmico por meio do qual a posição do
 Ataxia – movimentos incoordenados. corpo mante-se estabilizada.

Coordenação Motora  Estático: Romberg simples, Romberg


sensibilizado, postura tandem, apoio uni
Capacidade de executar movimentos regulares, podal.
rítmicos e controlados.  Dinâmico: marcha livre, marcha tandem.
Realizar os testes de olhos abertos e fechados, sempre Atividade e Participação
cronometrando.
Tipos de Marcha Neurológica
 Index Index
 Index Nariz  Ceifante - uma perna normal e outra lenta,
 Calcanhar joelho acomete pacientes com hemiplegia
 Festinante
Caso paciente erre o algo ou não realize os  Pequenos passos
movimentos é chamado de dismetria.  Escarvante – geralmente comum em pessoas
Destreza Manual com fraqueza de dorsiflexores.
 Ataxica
 Teste da caixa e blocos (Box and Block Test)  Anserina
Tempo de execução: 60s. Contar o número de blocos  Tesoura
transferidos.

Você também pode gostar