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O conceito de Maitland tem por base o paciente e as suas queixas, nomeadamente a dor e está
centrado na avaliação analítica (1ª sessão, pré-tratamento, reavaliação Avaliamos a dor e a
após cada técnica, avaliação prospectiva, retrospectiva e analítica final). resposta do paciente à
mesma (qualidade e
comportamento)
provenientes de mov. e
O modo de pensamento tem de englobar dois compartimentos: posturas.
teórico e clínico Parede de Tijolos Permeável.
Estes dois compartimentos permitem, em conjunto, chegar ao diagnóstico e
ao plano de intervenção mais adequado para o paciente.
Diagnóstico - História
- Anatomia - Sinais e Sintomas do paciente
- Neurofisiologia - Factos
- Biomecânica
- Patologia
- Hipóteses
- Especulações
Exame
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É importante, ainda no Exame Subjetivo, ter presentes as noções de Severidade, Irritabilidade
e Natureza da lesão.
- Severidade – Dor intensa que limita a atividade e passa com o cessar da mesma. A
avaliação vai ao limite mas sem usar overpressure.
- Irritabilidade – Quando uma atividade ligeira causa dor, desconforto, parestesia ou
adormecimento severo e que demora muito tempo a desaparecer (5 min. até 1h). Só se
reunir os 3 parâmetros (sintomatologia agravar, atividade ligeira e perdurar no tempo após
cessar atividade) é que pode ser apelidada de irritável.
- Natureza – Patologia de base que condicione a avaliação e intervenção como por exemplo
fractura, medo, fase da lesão, patologias malignas, roturas, AR aguda, osteoporose
(manipulação e overpressure são contra-indicadas).
- Mecanismo patológico
- Fontes do problema
b. Levantamento de hipóteses - Fatores de contribuem
- Precauções e contra-indicações
- Intervenção
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3. Objetivo
a. Reproduzir os sintomas do paciente produzindo um sinal comparável
b. Detectar movimentos anormais e direcções do movimento (disfunções)
c. Diferenciar componentes do movimento atingido (disfunção) – diagnóstico do
movimento
d. Avaliar as estruturas – diagnóstico estrutural
e. Observar e testar atividades funcionais
f. Palpar tecidos moles
g. Testar os movimentos passivos fisiológicos e acessórios isolados e combinados
h. Comparar as respostas dos movimentos articulares dentro de um complexo
articular
i. Estabelecer o sinal objetivo
j. Elaborar o diagrama de movimento
Diagrama de Movimento
Construídos a partir de um movimento passivo, mas também podem ser usados para registar a
reacção dolorosa num movimento ativo.
Resposta de dor (D), Resistência sem espasmo (R), Espasmo muscular (S)
Articulação hipermóvel
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Diagrama de movimento – DOR
Nota: O tamanho da linha dá-nos
a intensidade.
Dor em repouso
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Dor constante – com acessórios na posição neutra.
Dor momentânea – detectar problema com movimentos combinados
Se melhorar com movimento – mobilização
Se não melhorar com movimento – começar com tração
Técnicas de Tratamento
1. Região Cervical
a. Sintomas Unilaterais
i. PA unilateral = Rotação Tração Flexão Lateral ou Transverso
b. Sintomas Bilaterais
i. PA central PA unilat (2 lados) Mov Longitudinal Tração
Rotação
2. Região Torácica
a. Sintomas Unilaterais
i. PA central Transverso PA unilat Tração
b. Sintomas Bilaterais
i. PA central Transverso (2 lados) Tração
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3. Região Lombar
a. Sintomas Unilaterais
i. Rotação = PA unilat
1. Lombar Superior
a. Transverso Tração
2. Lombar Inferior
a. Tração Mov Longitudinal
b. Sintomas Bilaterais
i. PA central Rotação
1. Lombar Superior
a. Transverso Tração
2. Lombar Inferior
a. Tração Mov Longitudinal
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b. Grupo 2 – Rigidez (SIN baixo)
i. Movimento passivo: fisiológico e acessórios alternados
ii. Posição: no limite da AM
iii. Grau: IV (pequena AM intercalada com movimentos de grande amplitude
se a dor aumentar)
iv. Ritmo: staccato
v. Velocidade: 2 a 3 oscilações num segundo
vi. Nº de repetições: 3 ou 4 vezes na sessão inicial ou mais vezes enquanto o
efeito desejado estiver a ser produzido
vii. Duração: aproximadamente 2’ cada
viii. Tratamento em dias alternados
Nota: Quando a intensidade da dor aumenta esta pode ser aliviada com movimentos de grande
amplitude.
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Notas:
Dor
- Acessórios: se o paciente apresenta dor no princípio da amplitude (até 60%) nos
movimentos ativos anti gravíticos.
- Fisiológicos: se o paciente apresenta dor depois dos 60% da amplitude nos
movimentos ativos anti gravíticos.
- Severa: selecciona-se o movimento fisiológico ou acessório (dependendo da amplitude
disponível) que melhor reproduz os sintomas
- Irritável: selecciona-se o movimento (fisiológico ou acessório) que tem uma maior
amplitude disponível sem dor
Espasmo
- Como resposta ao movimento – movimentos suaves dentro da amplitude evitando
provocar o espasmo
- Como fator limitante da amplitude disponível
- Movimento passivo: fisiológico o mais restrito e doloroso
- Posição confortável: no limite da amplitude
- Grau IV mantido
- Duração: 1 a 2’ ou mais
Resistência
- Selecciona-se o movimento fisiológico que permita restaurar a amplitude funcional
mais importante para o doente, alternado com os movimentos acessórios possíveis de
realizar no máximo dessa amplitude fisiológica.
Progressão do tratamento
1. Repetir a técnica
a. Se os sinais e sintomas continuam a melhorar
b. Se o diagrama de movimento está a modificar para melhor
c. Se consideramos a condição do tipo de “evolução lenta” e assim está a
acontecer. Quando há dificuldade de
reprodução dos sintomas
do utente.
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2. Alterar um componente da técnica
a. Em casos de dor modificar o ritmo se estiver a ser demasiado rápido ou staccato,
ou se estiver a ser demasiado lento e suave em casos de resistência ou fim da
amplitude
b. Se procuramos sinais e sintomas
c. Se inaceitável para o doente
4. Mudar de técnica
a. Se não estiver a produzir efeito
b. Se for inaceitável para o doente
c. Se o doente piorar
d. Se considerarmos a condição do tipo de “evolução rápida” e está a ser lenta
5. Parar o tratamento
a. Quando já fizemos tudo e não conseguimos resultados eficazes
b. Quando solucionamos o problema
c. Quando os sinais neurológicos distais pioram ou surgem
2ª Sessão de Tratamento
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3ª Sessão de Tratamento
Registo do Tratamento
- Deve ser feito no Body Chart (área dos sintomas, profundidade, natureza, comportamento,
cronologia dos sintomas)
- Deve ser elaborado o diagrama do movimento
- Devem-se registar os tratamentos executados
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