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Prevenção e Controle

de Infecção (PCI) para


vírus da COVID-19

Módulo 3: PCI no contexto da COVID-19 Precauções


padrão, precauções baseadas na transmissão, e
recomendações específicas para a COVID-19

Unidad Técnica e Clínica da OMS para a PCI


Objetivos de aprendizagem

1. Descrever as precauções padrão de PCI e


precauções adicionais baseadas na transmissão
que são geralmente recomendadas nos
estabelecimentos de saúde.

2. Descrever controle da fonte, controles administrativos e


controles ambientais e de engenharia.

3. Descrever as medidas de PCI recomendadas pela OMS


para COVID-19.

Esta é uma tradução não oficial da OMS destinada apenas para fins de aprendizagem. Traduzido para o português do curso Infection Prevention and
Control (IPC) for COVID-19 Virus, 2020. A OMS não se responsabiliza pelo conteúdo ou precisão desta tradução. No caso de qualquer inconsistência entre
o inglês e o português, o original em inglês prevalecerá e será considerado a versão autêntica.
https://iris.paho.org/handle/10665.2/51971

https://iris.paho.org/handle/10665.2/52042

https://iris.paho.org/handle/10665.2/52254
https://iris.paho.org/handle/10665.2/51971

• Destinado a trabalhadores da saúde responsáveis por PCI e equipes de PCI.


• Estas medidas devem ser implementadas em todos os locais de assistência à saúde, com o apoio
da instituição, das lideranças nacionais e políticas públicas.

Estratégias de PCI para prevenir ou limitar a transmissão


• Triagem, reconhecimento precoce e controle da fonte.
• Precauções padrão (higienização das mãos, avaliação de risco, EPIs, higiene respiratória, prevenção
de ferimentos por agulha, limpeza de ambientes, manejo de roupa de cama e banho, descarte de
resíduos, equipamentos para cuidado de pacientes.
• Precauções adicionais empíricas (contato, gotículas e, quando aplicáveis, precauções de aerossol)
para casos suspeitos de COVID-19.
• Controles administrativos; treinamento dos trabalhadores da saúde, políticas etc.
• Controles ambientais e de engenharia; ventilação, limpeza.
Prevenção e controle de infecção no
contexto da COVID-19
Distanciamento físico
• Limitar o número de visitantes em um centro de saúde
• Assegurar uma distância de no mínimo 1 metro entre os
funcionários
• Para atividades em grupo envolvendo funcionários ou
pacientes, assegurar o distanciamento físico, e caso não
seja possível, cancelar as atividades em grupo
• Em refeitórios e lanchonetes: escalonar o horário das
refeições para assegurar que seja mantido distanciamento
físico entre os trabalhadores ou, caso não seja possível,
interditar as mesas e permitir apenas retirada de refeições
individuais
• Solicitar ao corpo clínico, visitantes e funcionários que
1 metro
evitem toques desnecessários ou compartilhamento de
equipamentos (por ex., apertos de mãos, abraços).
Orientação atualizada sobre uso racional
de EPIs

https://iris.paho.org/handle/10665.2/52042

Estratégias para otimização da disponibilidade de EPIs


Prevenção e controle de infecção no
contexto da COVID-19
Pontos principais:
• A OMS não recomenda o uso prolongado ou a reutilização de EPIs, mas oferece orientações sobre
como fazer isso de forma adequada, caso os serviços de saúde tomem esta decisão devido a
problemas de escassez
– Uso prolongado de EPIs (por períodos mais longos do que o normal, segundo as normas);
– Reprocessamento seguido por reutilização (após limpeza ou descontaminação/esterilização) de
EPIs reutilizáveis ou descartáveis;
– Considerar itens alternativos em relação aos padrões recomendados pela OMS
• Cada uma destas medidas implica riscos e limitações significativos - considerar somente como
último recurso, quando todas as outras estratégias de uso racional/apropriado, e aquisição de EPIs
tiverem sido esgotadas
• Uso estendido de máscaras e respiradores:
– Uso por até 6 horas sem remover, no atendimento a coortes de pacientes de COVID-19
• Reprocessamento:
– Não recomendado para máscaras cirúrgicas
– Possível para respiradores de vapor de peróxido de hidrogênio ou radiação UV
Como minimizar a necessidade de EPIs

• Considere o uso de telemedicina para avaliar casos suspeitos, minimizando a


necessidade de visitas aos centros de saúde para avaliação
• Implemente barreiras físicas (janelas de vidro/plástico) no local onde os pacientes
chegam inicialmente: áreas de triagem, recepção do pronto-atendimento, janela da
farmácia
• Limite o número de trabalhadores/outras pessoas que entram no quarto de
pacientes de COVID-19.
• Planeje antecipadamente as atividades a serem realizadas à beira do leito para
evitar entrar e sair muitas vezes do quarto. Considere agrupar atividades (por
ex., verificar sinais vitais no momento da administração de medicamentos; pedir
ao profissional da saúde para entregar a refeição ao entrar para outras
atividades).
• Não permita visitantes no local de isolamento de pacientes de COVID-19, ou limite
o número e o tempo das visitas
https://iris.paho.org/handle/10665.2/52254

Este documento traz orientações sobre o uso de máscaras em


serviços de saúde, nas comunidades e assistência domiciliar

Objetivo: tomadores de decisão, profissionais de saúde pública e de


prevenção e controle de infecção (PCI), trabalhadores da saúde e
pessoas na comunidade.

Informações atualizadas sobre transmissão a partir de pessoas


infectadas com COVID-19, sintomáticas, pré-sintomáticas e
assintomáticas

Incluem informações sobre o tipo de máscara que deve ser usado em


diferentes locais e por diversas populações
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-
2019/advice-for-public/when-and-how-to-use-masks
Principais mensagens

1. A máscara é parte de um pacote abrangente de medidas para


interromper a transmissão e salvar vidas: o uso da máscara
sozinho não é suficiente para proporcionar níveis adequados de
proteção
2. O que não mudou em relação às orientações anteriores:
• A OMS aconselha os tomadores de decisão a aplicarem a
abordagem baseada em riscos sobre o uso de máscaras pelo
público em geral
• Recomendações sobre precauções de contato e gotículas
(máscara cirúrgica, avental/bata, luvas, proteção ocular)
para trabalhadores da saúde que prestam cuidados
diretos para pacientes com suspeita/confirmação de
COVID-19
• Para procedimentos e/ou locais com geração de aerossóis –
uso de respiradores
Re: Atualização sobre orientações para uso
de máscaras (5 de junho de 2020)

Orientação atualizada à medida que surgem


evidências. Algumas mudanças sobre o uso de máscaras com
base nas informações das evidências:

Em áreas de transmissão comunitária da COVID-19

1. Trabalhadores da saúde devem usar máscaras cirúrgicas


continuamente, durante todo o turno de trabalho nas áreas
clínicas
2. Para o público em geral, orientar sobre que tipos de
máscara usar e em quais locais
3. As características ideais de uma máscara de tecido que
propiciam a melhor barreira
Áreas com transmissão comunitária
(disseminada)
O que: Tipo de
Máscara Quem: As máscaras devem ser usadas para Onde: Locais
máscara

• Trabalhadores da saúde • Serviços de saúde dentro


de áreas clínicas

• Pessoas que cuidam de casos suspeitos • Residências com uma


ou confirmados de COVID-19 fora dos pessoa doente
estabelecimentos de saúde
Máscara cirúrgica
• Qualquer pessoas com sintomas sugestivos • Qualquer lugar na
de COVID-19 comunidade

• Pessoas com 60 anos ou mais • Locais públicos onde o


• Pessoas com doenças de base distanciamento físico não
pode ser mantido

• Pessoas do público em geral em áreas • Locais públicos


Máscara não cirúrgica
com nenhuma ou pouca capacidade para • Locais de trabalho
implementar as medidas de controle, • Ônibus, metrô, etc.
Também conhecidas
inclusive distanciamento físico de pelo
como
menos 1 metro
Máscara de tecido
• Pessoas em meios de transporte lotados
Tabela: exemplos de onde o uso máscaras
cirúrgicas e não cirúrgicas deve ser
considerado para o público em geral (1)
Tipo de máscara que
Situações/locais População Objetivo do uso da máscara pode ser usada, se for
recomendado localmente
Áreas com intensa População em geral, em Benefícios potenciais para Máscara não cirúrgica
transmissão comunitária e locais públicos, controle da fonte
com nenhuma ou pouca mercearias, no
capacidade para trabalho, em encontros
implementar outras sociais, aglomerações,
medidas de escolas, etc.
contenção, como
distanciamento físico,
rastreamento de contatos,
testagem adequada,
isolamento e cuidados de
casos suspeitos e
confirmados.
Ambientes com alta densidade Pessoas que vivem em Benefícios potenciais para Máscaras não-cirúrgicas
populacional em que o condições de confinamento e controle da fonte
distanciamento físico não é ambientes específicos, como
possível; a capacidade de campos de refugiados,
vigilância e testagem, e os acampamentos, favelas
locais disponíveis para
isolamento e quarentena são
limitados
Tabela: exemplos de onde o uso máscaras
cirúrgicas e não cirúrgicas deve ser
considerado para o público em geral (2)
Tipo de máscara que pode
Situações/locais População Objetivo do uso da
ser usada, se for
máscara
recomendado localmente
Outros locais em que o Público em geral em meios de transporte Benefícios potenciais Máscara não cirúrgica
distanciamento físico de (por ex., ônibus, avião, trem) para controle da
pelo menos 1 metro não é Condições de trabalho específicas que fonte
possível (contato próximo) colocam o trabalhador em contato
próximo ou possivelmente próximo com
outras pessoas, por ex., assistentes
sociais, caixas
de estabelecimentos comerciais,
atendentes

Maior risco de infecção Populações vulneráveis Proteção Máscaras cirúrgicas


e/ou desfechos negativos • Pessoas com idade ≥ 60 anos
• Pessoas com comorbidades de
base, como doença cardiovascular
ou
diabetes mellitus, doença
pulmonar crônica, câncer, doença
cerebrovascular,
imunossupressão

*Espera-se proteção limitada para grandes gotículas com o uso de máscaras não cirúrgicas, se, pelo menos, forem três camadas de materiais
utilizadas, com uma camada externa de material hidrofóbico (por exemplo, polipropileno, poliéster, e suas misturas ). Sempre que possível, mesmo
ao usar máscara não cirúrgica, manter a distância física de 1 metro, e trocar a máscara quando estiver úmida ou suja.
Orientação para uso de máscaras não
cirúrgicas/máscaras de tecidos

• Tipo de materiais: eficiência de filtração


(FE), respirabilidade de camadas únicas de
materiais
• Número de camadas (idealmente de 2 a 3)
• Combinação de materiais/tecidos utilizados
(para cada camada)
• Formato da máscara
• Revestimento dos tecidos
• Manutenção da máscara
Como usar a máscara corretamente

• Certifique-se de higienizar as mãos antes de colocar a máscara


• Coloque a máscara com cuidado, garantindo que ela cubra a
boca e o nariz, e amarre corretamente para minimizar quaisquer
espaços entre o rosto e a máscara.
• Evite tocar na máscara durante o uso. Assim que a máscara
ficar úmida, troque por outra nova, limpa e seca.
• Remova a máscara usando a técnica apropriada: não toque
a frente da máscara, mas sim desamarre pela parte de trás ou
remova pelas tiras
• Após a remoção, ou sempre que a máscara usada for
inadvertidamente tocada, limpe as mãos com álcool-gel ou lave
com água e sabão, caso as mãos estejam visivelmente sujas.
Como usar a máscara
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/advice-for-
public/when-and-how-to-use-masks

Como usar a máscara cirúrgica Como usar a máscara de tecido

https://www.youtube.com/watch?time_ https://www.youtube.com/
continue=9&v=adB8RW4I3o4&feature=emb_logo watch?v=ciUniZGD4tY&feature=emb_logo
Que estratégias de PCI
são recomendadas pela
OMS para a COVID-19?
Prevenção e controle de infecção para
estabelecimentos de saúde no contexto da
COVID-19
Princípios das estratégias de PCI

Precauções padrão para todos os pacientes

Rastreamento, reconhecimento precoce, triagem e controle de fonte

Precauções adicionais baseadas na transmissão

Controles administrativos

Controles ambientais e de engenharia

• Prevenção e controle de infecção na atenção à saúde quando houver suspeita de COVID-19.


• Uso racional de equipamentos de proteção individual para a doença causada pelo novo Coronavírus 2019 (COVID-19).
• Pacote de artigos para doença COVID-19
Recomendação 1.
Aplicar precauções
padrão para todos os
pacientes
Precauções padrão

Nível básico das precauções de PCI que deve ser adotado


para TODOS os pacientes durante TODO o tempo:

• medidas preventivas mínimas aplicáveis durante todo o


tempo de atendimento ao paciente, independentemente de
suspeita ou confirmação de diagnóstico

A avaliação de risco é fundamental para todas as


atividades, isto é, deve-se avaliar cada atividade de
saúde e determinar os equipamentos de proteção
individual (EPIs) necessários para oferecer proteção
adequada
Elementos das Precauções Padrão

1. Higienização das mãos


2. Higiene (etiqueta) respiratória
3. EPIs em função do risco
4. Práticas seguras para injeções, manejo de objetos
perfurocortantes e prevenção de ferimentos
5. Práticas seguras de manuseio, limpeza e desinfecção de
equipamentos de atenção ao paciente
6. Limpeza de ambientes
7. Práticas seguras de manuseio e limpeza de roupas sujas
8. Gerenciamento de resíduos
Cadeia de transmissão
Agente
infeccioso

Hospedeiro
Reservatório
suscetível

Cadeia de
infecção

Porta de Porta de
entrada saída

Modo de
transmissão

• Para que uma infecção se dissemine, todos os elos devem estar conectados
• A quebra de qualquer um dos elos interrompe a transmissão da doença!
Higienização das mãos

• É a melhor maneira de evitar a propagação de micróbios nos


estabelecimentos de saúde e na comunidade
• As mãos são nossa principal ferramenta de trabalho como
trabalhadores da saúde - e são o elo central na cadeia de transmissão

Porta e maçaneta da porta Instrumentos

Medicamentos Apertos de mãos

Telefones celulares Pacientes, pacientes e visitantes


Higienização das mãos: 5 Momentos da OMS
Higienização das mãos: COMO

Use o produto e a técnica apropriados


Álcool-gel é preferível quando as mãos
não estiverem visivelmente sujas
• Esfregue nas mãos por 20–30
segundos!
• Sabão, água corrente e toalha
descartável quando as mãos estiverem
visivelmente sujas ou contaminadas
com material proteináceo
• Lave as mãos por 40-60 segundos!
https://www.who.int/infection-prevention/tools/hand-hygiene/en/
Por que a higiene respiratória é importante?

A boa higiene/etiqueta respiratória pode reduzir a


propagação dos micro-organismos (germes) que
causam infecções respiratórias (resfriados, gripe).
Procedimentos de higiene/etiqueta
respiratória

• Virar a cabeça para o outro lado ao tossir/espirrar


• Cobrir o nariz e a boca com um lenço
• Quando usar lenços, jogar imediatamente no lixo
• Usar a manga da blusa para tossir/espirrar caso não
haja lenços disponíveis
• Limpar as mãos com sabão e água ou álcool-gel
Como promover a higiene respiratória

• Incentive a lavagem das mãos por pacientes com


sintomas respiratórios
• Forneça máscaras aos pacientes com sintomas
respiratórios
• Pacientes com febre + tosse ou espirrando devem ficar
a pelo menos 1 metro de distância de outros pacientes
• Use auxílios visuais para lembrar os pacientes e
visitantes com sintomas respiratórios de cobrir o nariz e
a boca ao tossir
• Avalie a possibilidade de disponibilizar máscaras e
lenços para os pacientes em todas as áreas
Exemplos de EPIs para uso em locais de
assistência à saúde no contexto da COVID-19

Avental/bata
Máscara Respirador

Nariz + boca Nariz + boca


Corpo
Protetor facial/
face shield Protetor Luvas
ocular

Olhos +
Olhos Mãos
nariz + boca
Avaliação de risco e precauções padrão

Avaliação de risco: risco de exposição e extensão do contato


previsto com sangue, fluidos corporais, gotículas respiratórias e/ou
pele não intacta
✓ Selecione quais itens de EPI devem ser usados com base
nesta avaliação
✓ Higienize as mãos de acordo com os “5 Momentos” da OMS
✓ Isso deve ser feito para cada paciente, toda vez

Faça disto uma rotina!


Como minimizar a exposição direta e não
protegida a sangue e fluidos corporais
PROTETOR MÁSCARA HIGIENIZAÇÃO
AVENTAL LUVAS CENÁRIO
OCULAR CIRÚRGICA DAS MÃOS

Sempre antes e após contato com


x o paciente, e após sair de um
ambiente contaminado

Se houver contato direto com


sangue e fluidos corporais,
x x
secreções, excretas, membranas
mucosas, pele não intacta

Se houver risco de respingos


x x x atingirem o corpo do trabalhador
da saúde

Se houver risco de respingos


x x x x x
atingirem o corpo e o rosto
Princípios para o uso de EPIs (1)

Sempre limpe as mãos antes e depois de usar EPIs


Os EPIs devem estar disponíveis nos locais e nos momentos em
que são indicados
• no tamanho correto
• selecione de acordo com o risco ou precauções baseadas na
transmissão
Sempre coloque os EPIs antes de ter contato com o paciente
Sempre remova os EPIs imediatamente após concluir a tarefa e/
ou sair da área de atendimento ao paciente
NUNCA reutilize EPIs descartáveis
Limpe e desinfete EPIs reutilizáveis após cada uso
Princípios para o uso de EPIs (2)

Troque os EPIs imediatamente caso estejam contaminados ou


danificados
Os EPIs não devem ser ajustados ou tocados durante o
atendimento ao paciente; mais especificamente,
• nunca toque o seu rosto enquanto estiver usando EPIs
• em caso de dúvida e/ou violação dessas práticas, saia da área de
atendimento ao paciente quando for seguro, e remova e troque
os EPIs
• sempre remova com cuidado para evitar se autocontaminar (de
áreas mais sujas para as mais limpas)
Os sete passos para injeções seguras

1 Espaço de trabalho limpo

2 Higienização das mãos

3 Seringa estéril e com engenharia segura

4 Frasco estéril de medicamento e diluente

5 Limpeza e assepsia da pele

6 Coleta apropriada de objetos perfurocortantes

7 Gerenciamento apropriado de resíduos

https://www.who.int/infection-prevention/tools/injections/training-education/en/
O que é descontaminação?

Descontaminação:
Remove sujeira e micro-organismos patogênicos de
objetos para que seja seguro manusear,
continuar a processar, usar ou descartar esses objetos

Decontamination
and Reprocessing
of Medical Devices
for Health-care
Limpeza Desinfecção Esterilização
Facilities

Fonte: World Health Organization. 2016. Decontamination and reprocessing of medical devices for health-care facilities.
World Health Organization. Disponível em: https://www.who.int/infection-prevention/publications/decontamination/en/
O que é descontaminação?

Primeiro passo necessário para eliminar fisicamente a


contaminação por materiais estranhos, como poeira ou sujeira.
Limpeza Elimina também material orgânico, como sangue, secreções,
excreções e micro-organismos, para preparar um dispositivo
médico para desinfecção ou esterilização

Processo que reduz o número de micro-organismos viáveis a um


Desinfecção nível menos prejudicial. É possível que este processo não inative
esporos bacterianos, príons e alguns vírus.

Processo validado, que deixa um objeto livre de micro-


Esterilização organismos viáveis, incluindo vírus e esporos bacterianos, mas
não príons.
Princípios de limpeza (1)

Definição de limpeza: remoção física de material estranho (por ex., poeira,


sujeira) e material orgânico (por ex., sangue, secreções, excretas, micro-
organismos). A limpeza remove fisicamente, mas não mata necessariamente os
micro-organismos. Ela é feita com água, detergentes e ação mecânica.
• Os princípios básicos da limpeza e desinfecção aplicam-se a todas as áreas de
atendimento a pacientes.
• Certifique-se sempre de limpar os equipamentos usados no paciente antes de usá-
los no próximo.
• Sempre que possível, em áreas de maior risco (por ex., isolamento, salas de parto e
centros cirúrgicos), use utensílios de limpeza dedicados.
• Os utensílios de limpeza de áreas de isolamento devem ser guardados e usados
somente na área/quarto designado.

Fonte: CDC and ICAN. Best Practices for Environmental Cleaning in Healthcare Facilities in Resource-Limited Settings. Atlanta, GA: US Department of Health and Human Services, CDC;
Cape Town, South Africa: Infection Control Africa Network; 2019. https://www.cdc.gov/hai/pdfs/resource-limited/environmental-cleaning-508.pdf
Princípios de limpeza (2)

• Sempre vá da área mais limpa para a área mais suja -


✓ limpe de cima para baixo, do exterior para o interior
✓ limpe por último as áreas de isolamento
• O uso de panos úmidos é recomendado para minimizar a poeira
levantada
• Use um sistema com 3 baldes para limpeza e desinfecção
• Use água limpa para a limpeza
• O uso de desinfetante em spray não é recomendado

Fonte: CDC and ICAN. Best Practices for Environmental Cleaning in Healthcare Facilities in Resource-Limited Settings. Atlanta, GA: US Department of Health and Human Services, CDC;
Cape Town, South Africa: Infection Control Africa Network; 2019. https://www.cdc.gov/hai/pdfs/resource-limited/environmental-cleaning-508.pdf
Limpeza do ambiente em áreas/quartos de
isolamento
• Aumente a frequência da limpeza de rotina em áreas de atendimento a
pacientes
• As áreas de isolamento devem ter produtos e utensílios de limpeza
dedicados, separados daqueles usados em áreas limpas de
atendimento a pacientes
• Todos os resíduos das áreas de isolamento são considerados
contaminados e devem ser descartados conforme os métodos
preconizados em sua instituição para descarte de resíduos infectantes
• A equipe de limpeza/arrumação deve sempre usar os EPIs apropriados
durante a limpeza de quartos ou áreas de isolamento
• Os produtos e utensílios de limpeza de áreas de isolamento devem ser
guardados e usados somente na área/quarto designado.
Procedimentos de limpeza e frequência
recomenda
Geral enfermaria
Categoria geral/área Descrição da área Frequência Pessoa/funcionário Produto(s) Técnica Orientações adicionais/
específica responsável descrição da limpeza
(determinado
pelo serviço,
compartilhamento
requer protocolos
detalhados
Unidade de internação – Sem Diariamente Equipe de limpeza Limpar (detergente Superfícies de alto Superfícies de baixo
Limpeza de rotina imunocomprometimento e conforme neutro e água) contato e pisos; mover- contato também são limpas
ou doença aguda necessário se em direção à zona do periodicamente (por ex., toda
(procedimento médico paciente semana)
de rotina
Unidade de internação – Sem No momento da Equipa de limpeza Limpar e desinfetar Superfícies de alto Inclui:
Limpeza terminal imunocomprometimento alta/transferência contato e pisos (ver 1. Remoção de itens sujos/
ou doença aguda descrição adicional) usados pelo paciente,
(procedimento médico incluindo roupas de cama,
de rotina para reprocessamento ou
descarte
2. Reprocessamento de
todos os equipamentos
reutilizáveis (não críticos)
3. Limpeza de todas as
superfícies, incluindo
as que não estavam
acessíveis enquanto
o quarto/área estava
ocupada (por ex., leito/
colchão do paciente)

Fonte: CDC and ICAN. Best Practices for Environmental Cleaning in Healthcare Facilities in Resource-Limited Settings. Atlanta, GA: US Department of Health and Human Services, CDC;
Cape Town, South Africa: Infection Control Africa Network; 2019. https://www.cdc.gov/hai/pdfs/resource-limited/environmental-cleaning-508.pdf
Passo-a-passo da limpeza

Limpeza de rotina
Avaliação Utensílios Higienização das mãos Área do paciente

Descarte Higienização das mãos

Limpeza de rotina: limpeza periódica (e desinfecção, quando indicado) de um


quarto ocupado para remover material orgânico, minimizar a contaminação
microbiana e proporcional um ambiente visualmente limpo, com ênfase em
superfícies dentro da zona do paciente.
Passo-a-passo da limpeza terminal
Limpeza terminal
Avaliação Utensílios Higienização das mãos Área do paciente

Banheiro do paciente Pisos Descarte Higienização das mãos

Limpeza terminal: limpeza e desinfecção após a alta ou transferência de um


paciente. Inclui remoção de material orgânico e redução significativa e eliminação
da contaminação microbiana, para garantir que não haja transferência de micro-
organismos ao próximo paciente.
Ambiental: como lidar com roupas de cama e
banho usadas nas unidades de internação
• Usar EPI de acordo com o risco ao manusear roupas de cama e banho
usadas ou sujas
• Manusear as roupas de cama e banho sujas com um mínimo de agitação
para evitar contaminação
• Colocar as roupas de cama e banho sujas em sacos/recipientes à beira do
leito
• Se as roupas de cama e banho estiverem muito sujas:
✓ remover o grosso da sujeira (fezes, vômito) usando a mão com luva e um
objeto firme e plano
✓ jogar o material sólido no vaso sanitário e descartar a toalha de papel no
lixo
✓ Colocar as roupas de cama e banho sujas em um recipiente vedado e
claramente identificado (por ex., um saco e uma lata fechada) na área de
assistência ao paciente.
Ambiental: como lidar com roupas de cama e
banho usadas nas unidades de internação

• As roupas de cama e banho limpas devem ser separadas e


transportadas de forma a evitar contaminação (ou seja, em
recipientes fechados).

• As roupas de cama e banho das unidades de internação


devem ser armazenadas em uma área designada (ou seja, em
um armário ou quarto) ou em recipientes fechados longe do
acesso público.
Processo de gerenciamento de resíduos

minimização separação coleta transporte

armazenamento tratamento destinação

O tratamento seguro de resíduos gerados durante as atividades


de assistência é responsabilidade de toda a equipe
Considerações adicionais sobre as
precauções padrão

• É importante garantir que os procedimentos de limpeza


e desinfecção do ambiente sejam seguidos de forma
consistente e correta.
• A limpeza cuidadosa das superfícies do ambiente com água
e detergente e a aplicação de desinfetantes comumente
usados em hospitais (como hipoclorito de sódio 0,5% ou
etanol 70%) são procedimentos efetivos e suficientes.
• Dispositivos e equipamentos médicos, roupas sujas,
utensílios usados em refeições e resíduos hospitalares
devem ser gerenciados de acordo com os procedimentos
seguros de rotina.
• As superfícies ambientais contaminadas são importantes na transmissão do
vírus e devem ser limpas e desinfetadas de forma apropriada para impedir a
transmissão subsequente
• Soluções de desinfetantes e seu preparo
✓ Certifique-se de que a limpeza seja feita com água e detergente antes da
desinfecção através de ação mecânica antes da aplicação de desinfetantes
✓ Concentração de hipoclorito de sódio de 0,1% (1000ppm) no contexto da
COVID-19
✓ Ou etanol 70-90%
A pulverização ou nebulização de desinfetantes é fortemente desencorajada!

https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance/infection-prevention-and-control
Limpeza & Desinfecção
• Segundo alguns estudos (Van Doremalen, 2020) o vírus da COVID-19 possui estabilidade
superficial em várias superfícies e a duração depende do material dessas superfícies
• Deve-se dar atenção especial à limpeza ambiental de superfícies e objetos de alto contato, como
interruptores de luz, grades de cama, maçanetas de porta, bombas de infusão, mesas, jarras de
água/bebida, carrinhos móveis e pias, que deve ser feita com frequência

Persistência do vírus da
Material
COVID-19 nas
superfícies
Tecido, madeira Até 24 horas
Vidro Até 48 horas
Aço inoxidável, plástico Até 96 horas
Cobre Até 4 horas
Papelão Até 24 horas
(Van Doremalen, 2020)
Quais são os esquemas de limpeza
recomendados no contexto da COVID-19?
Área de pacientes Frequência Pessoa/equipe responsável Produtos/insumos Orientação adicional

Área de triagem Pelo menos uma vez ao dia, de Equipe de limpeza ambiental (LA) • Solução de limpeza (detergente Foco em superfícies de alto
preferência duas vezes neutro e água); contato, depois pisos (por último)
• Desinfetante (álcool, a base de
Unidades de internação –coorte - Pelo menos uma vez ao dia, de Equipe de limpeza ambiental OU Foco em superfícies de alto
cloro, outro aprovado*)
ocupadas preferência duas vezes equipe clínica, se possível contato, começando pelas
• Soluções preparadas na hora,
superfícies compartilhadas/
panos e esfregões para cada
comuns, depois passando para
sessão de limpeza
o leito de cada paciente; se for
• EPI: capotes e/ou aventais
possível usar um pano novo para
impermeáveis, luvas de
cada leito
borracha, máscara cirúrgica e
Unidades de internação – Após a alta/transferência Equipe de LA proteção ocular (de preferência Superfícies de baixo contato,
desocupadas (limpeza terminal) protetor facial) superfícies de alto contato,
• DESINFETANTES EFETIVOS pisos (nessa ordem); remoção
CONTRA O VÍRUS DA de resíduos e roupas de cama
COVID-19 (tempo de contato e banho, limpeza e desinfecção
um minuto): cuidadosa do leito
Consultórios de assistência Após cada consulta de paciente e Equipe clínica (após cada • Etanol ≥70% Superfícies de alto contato devem
ambulatorial uma limpeza terminal pelo menos paciente); Limpeza terminal • Peróxido de hidrogênio 0,5% ser desinfetadas após cada
uma vez ao dia (equipe de LA) • Hipoclorito a partir de 0,1% consulta de paciente; limpeza
(1000 ppm) ou 0,5% (5000 terminal conforme descrito acima
ppm) (final do dia)
Corredores Pelo menos uma vez ao dia, de Equipe de LA Superfícies de alto contato (por ex.,
preferência duas vezes corrimões)
Banheiro de pacientes Privativo (pelo menos uma vez ao Equipe de LA Superfícies de alto contato ,
dia); Compartilhado (pelo menos incluindo maçanetas de portas,
três vezes ao dia) interruptores de luz, bancadas,
torneiras, depois pias, depois
vasos sanitários e por fim o piso
(nessa ordem)
Recomendação 2.
Garantir a triagem, identificação
precoce e controle das fontes de
infecção
Triagem (1)

Realizar Internar
a triagem os Realizar a triagem clínica
e o controle nas unidades de saúde para
pacientes
de infecção de
maneira eficaz e em uma área identificar precocemente
oportuna exclusiva
os pacientes com infecção
respiratória aguda (IRA),
Casos específicos e evitar a transmissão
Transportar e dar e protocolos dos patógenos para os
alta de maneira de cuidados profissionais de saúde e
segura médicos
outros pacientes.
Rastreamento e Triagem

Novo
Rastreamento para COVID-19 Coronavírus
1. Garantir um espaço adequado para triagem COVID-19
(manter uma distância de pelo menos um metro
entre a equipe de rastreamento e a entrada de
pacientes/funcionários)
2. Disponibilizar álcool gel para higienização das
mãos e máscaras (além de luvas médicas,
proteção ocular e aventais para serem usadas
de acordo com a avaliação de risco)
3. As cadeiras na sala de espera para pacientes
devem estar a um metro de distância entre si
4. Manter um fluxo unidireccional para pacientes e
funcionários
5. Sinalização clara para sintomas e orientação
6. Os familiares devem esperar fora da área de
triagem para evitar superlotação na área de
triagem
Triagem (2)

No local de triagem ou seleção, os seguintes itens são necessários:


• Questionário de triagem
• Algoritmo de triagem
• Documentação
• EPIs
• Equipamentos e cartazes sobre a higienização das mãos
• Termômetro infravermelho
• Lixeiras e acesso à limpeza e desinfecção
• Cartazes em locais públicos, com perguntas sobre os sintomas, para orientar
os pacientes a avisarem os profissionais de saúde.
Internação hospitalar

• Evitar internar pacientes de baixo risco com


Realizar Internar sinais e sintomas respiratórios de infecção
a triagem os não complicados e sem doenças de base.
e o controle
de infecção de
pacientes • Agrupar os pacientes com o mesmo
maneira eficaz e em uma área diagnóstico em uma área.
exclusiva
oportuna • Não colocar pacientes suspeitos na mesma
área que os confirmados.
• Quando possível, colocar os pacientes com
Casos específicos infecção respiratória aguda potencialmente
Transportar e dar e protocolos
alta de maneira de cuidados
preocupante em um quarto individual e bem
segura médicos ventilado.
• Designe um profissional da saúde com
experiência em PCI e surtos.
Recomendação 3.
Aplicar precauções
complementares aos casos
de COVID-19
Precauções complementares

• destinadas aos pacientes sintomáticos e com suspeita clínica


ou àqueles que têm infecção confirmada por um patógeno
extremamente contagioso,
• quando o patógeno é considerado importante de um ponto de
vista epidemiológico,
• quando as intervenções médicas aumentam o risco de
transmissão de um agente infeccioso específico, e
• quando a situação clínica impede a aplicação sistemática das
precauções padrão.
O que as precauções complementares
incluem?

Precauções padrão
+
Alojamento especial ou isolamento (isto é, quarto individual, ventilação
adequada,espaço entre as camas, banheiro separado, etc.)
+
Sinalização
+
EPIs
+
Equipamento exclusivo e limpeza adicional
+
Limitação do transporte
+
Comunicação

Adaptado de :Ontario Agency for Health Protection and Promotion, Provincial Infectious Diseases Advisory Committee. Routine Practices and
Additional Precautions in All Health Care Settings. 3rd edition. Toronto, ON: Queen’s Printer for Ontario; November 2012.
As precauções complementares baseiam-se
no modo de transmissão: modos diretos

Contato direto
O contato direto ocorre quando se toca alguma coisa;
uma pessoa pode transmitir os microorganismos a outras
por meio do contato pele a pele, ou por contato com as
superfícies, o solo ou a vegetação.

Propagação por gotículas


A propagação por gotículas refere-se à disseminação de
aerossóis relativamente grandes, de curto alcance, que
ocorre quando se espirra ou tosse.
Modos indiretos

Contato indireto:

A transmissão indireta refere-se à transferência de um


agente infeccioso de um reservatório a um hospedeiro.

A transmissão pelo ar ocorre quando os agentes


infecciosos são transportados pela poeira ou pelos
núcleos de gotículas suspensos no ar

Os veículos podem transmitir indiretamente um agente


infeccioso.

Os vetores podem transmitir um agente infeccioso ou


podem favorecer o crescimento ou as mudanças no
agente.
Pacientes com suspeita clínica ou
confirmação de COVID-19 (1)
• Precauções de contato para gotículas dirigidas a todos os pacientes com suspeita
clínica ou confirmação de COVID-19.
• As precauções referentes à transmissão pelo ar são recomendadas apenas nas
circunstâncias e contextos onde são realizados procedimentos que geram aerossóis
e tratamento de suporte (isto é, aspiração aberta das vias respiratórias, intubação,
broncoscopia ou reanimação cardiopulmonar).
• Todos os pacientes com doença respiratória devem ficar em quarto individual ou a
uma distância de pelo menos um metro de outros pacientes enquanto esperam um
quarto.
• Uma equipe de profissionais de saúde deve se dedicar exclusivamente aos cuidados
dos pacientes com suspeita clínica de COVID-19.
• Os profissionais de saúde devem utilizar o EPIs: máscara cirúrgica, óculos ou
proteção facial, avental e luvas.
• A higienização das mãos deve ser realizada em todas as situações onde se
aplicam os “5 momentos” da OMS, e antes de colocar e depois de retirar os EPIS.
Pacientes com suspeita clínica ou
confirmação de COVID-19 (2)
• O equipamento deve ser de uso único sempre que possível, exclusivo para o
paciente e desinfetado entre cada uso.

• Evite transportar os casos suspeitos ou confirmados e, se necessário, faça


os pacientes usarem máscaras. Os profissionais de saúde devem usar os EPIs
apropriados.

• A limpeza e desinfecção frequente do ambiente é primordial.

• Limite o número de profissionais de saúde, visitas e familiares que entram em contato


com o paciente. Se sua presença for necessária, todos devem usar os EPIs.

• Devem ser registradas todas as pessoas que entrarem no quarto do paciente (inclusive
as visitas) (com a finalidade de localização de contatos).

• As precauções devem ser mantidas até que o paciente esteja assintomático.


Precauções de contato
Quarto individual
• Higienização das mãos
✓ Conforme os “5 momentos”, sobretudo antes
e depois do contato com o paciente e depois
de retirar os EPIs
✓ Evitar tocar olhos, nariz ou boca com as
mãos contaminadas, com ou sem luvas.
•EPIs: avental + luvas

Outras medidas:
• Equipamentos: limpeza, desinfecção
e esterilização
• Limpeza do ambiente
✓ Evitar a contaminação das superfícies
que não são usadas na atenção direta ao
paciente (por exemplo, maçanetas de portas,
interruptores ou celulares).
Precauções para gotículas
Higienização das mãos
• Conforme os “5 momentos”, sobretudo antes e depois do
contato com o paciente e depois de retirar os EPIs
• Evitar tocar olhos, nariz ou boca com as mãos
contaminadas, com ou sem luvas.
Quarto individual
• Se não houver quartos individuais disponíveis, os
pacientes devem ficar separados pelo menos um metro
uns dos outros
EPIs
• Máscara cirúrgica
• Proteção ocular (óculos de proteção ou protetor facial)
Limitar a movimentação: O paciente deve permanecer no
quarto.
✓ Quando for necessário o transporte ou a
movimentação, exigir ao paciente o uso de uma
máscara cirúrgica e utilizar rotas de transporte pré-
determinadas, de modo a reduzir ao máximo a
exposição da equipe, de outros pacientes e visitantes.
Precauções referentes à transmissão por
aerossol (no contexto da COVID-19)

Recomendadas APENAS para procedimentos que geram


aerossóis:
• broncoscopia,
• intubação traqueal,
• pressão torácica durante a ressuscitação
cardiopulmonar, que pode induzir a produção de
aerossóis
•e outros que podem produzir aerossóis.
As seguintes medidas devem ser
adotadas:
• Quarto individual
• Ventilação adequada
• EPIs: avental, luvas, máscara N-95, FFP2 ou
equivalente, proteção ocular (óculos de proteção ou
protetor facial)
Aerossóis: Ajuste da Máscara N95
Verifique a vedação antes de entrar no
quarto!

5A Verificação da vedação positiva


• Expire profundamente. Uma pressão positiva
dentro da máscara = nenhum vazamento. Se
houver vazamento, ajuste a posição e/ou as
tiras ajustáveis.
Teste a vedação novamente.
• Repita os passos até que a máscara esteja
bem vedada.

5B Verificação da vedação negativa


• Inspire profundamente. Se não houver
vazamento, a pressão negativa fará com que
a máscara fique presa em seu rosto.
• O vazamento resultará na perda de pressão
negativa na máscara devido à entrada de ar
através de brechas na vedação.
Precauções para COVID-19

Contato/Gotículas com opção


para aerossol (N95) para
procedimentos que geram
aerossóis
Controles Administrativos

• Dar treinamento adequado aos profissionais da saúde;


• Garantir uma proporção adequada de profissionais por paciente;
• Estabelecer um processo de vigilância para infecções respiratórias agudas
potencialmente causadas pela COVID-19 entre os profissionais da saúde;
• Garantir que os profissionais da saúde e o público entendam a importância
de buscar cuidados médicos rapidamente;
• Monitorar o cumprimento pelos profissionais da saúde das precauções
padrão e fornecer mecanismos para melhoria conforme necessário.
Atenção Ambulatorial
Que estratégias de PCI são
recomendadas pela OMS
para a COVID-19?
Atenção ambulatorial

Os princípios básicos de PCI e precauções padrão devem


ser aplicados em todas as unidades de saúde, incluindo as
ambulatoriais e de atenção primária.

As seguintes medidas devem ser adotadas para a infecção


pelo vírus da COVID-19:
• triagem e reconhecimento precoce;
• rastreamento de sintomas realizado nas clínicas;
• ênfase na higienização das mãos, higiene respiratória e
uso de máscaras cirúrgicas pelos pacientes com sintomas
respiratórios (considerar o uso de sinalização);
Atenção ambulatorial

As seguintes medidas devem ser adotadas para a infecção pelo


vírus da COVID-19 (continuação):

• se possível, colocar os pacientes em quartos separados ou longe


de outros pacientes nas salas de espera, e usar máscara, luvas
e avental, se possível, quando atendê-los na clínica (o máximo
possível de precauções de contato e para gotículas);
• quando pacientes sintomáticos tiverem que esperar, certificar-se
de que eles tenham uma área de espera separada (separação de
um metro);
• priorizar o atendimento de pacientes sintomáticos;
• orientar os pacientes e familiares sobre o reconhecimento precoce
de sintomas, precauções básicas a serem tomadas e que para
qual unidade de saúde devem ser dirigir.
Assistências Domiciliar
Que estratégias de PCI são
recomendadas pela OMS
para a COVID-19?
A OMS reconhece que a maioria dos pacientes com doença respiratória leve serão
atendidos em casa. Recomendamos que os pacientes se comuniquem continuamente
com um profissional de saúde ou agente de saúde pública durante todo o período de
assistência domiciliar até a resolução dos sintomas.
O profissional da saúde ou cuidador deve:
• Usar máscara e fazer a higienização das mãos adequada ao cuidar do paciente
• Certificar-se de que o paciente e os familiares limitem a exposição e pratiquem a
etiqueta respiratória e a higienização das mãos
• Orientar os cuidadores sobre o cuidado apropriado do familiar doente da forma
mais segura possível; e dar ao paciente e aos familiares apoio, orientação e
monitoramento contínuos.
https://iris.paho.org/handle/10665.2/52017
Assistência domiciliar – para os
profissionais da saúde

Os pacientes com doença respiratória leve provavelmente


serão atendidos em casa.

A OMS recomenda que o paciente se comunique


continuamente com um profissional da saúde ou agente
de saúde pública durante todo o período de assistência
domiciliar até a resolução dos sintomas.
Assistência domiciliar - para os profissionais
da saúde

Os profissionais da saúde devem:


• Usar máscara e fazer a higienização das mãos adequada ao
cuidar do paciente;
• Orientar o paciente como limitar a exposição ao resto de sua
família. Além disso, ensiná-lo a praticar a etiqueta respiratória
(cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar) e higienização
das mãos;
• Orientar os cuidadores sobre o cuidado apropriado do
familiar doente da forma mais segura possível; e dar ao
paciente e aos familiares apoio, orientação e monitoramento
contínuos.
Assistência domiciliar – para cuidadores

Os cuidadores e familiares devem (se possível):

• Receber orientação sobre o tipo de cuidado que devem dar e sobre o


uso de proteção disponível para cobrir seu nariz e boca;
• Se não derem assistência, garantir a separação física (mantê-los em
um quarto separado ou a pelo menos um metro de distância) dos
outros que moram na casa;
• Lembrar o paciente de usar a máscara quando estiver na presença de
outros familiares (se possível).
Recursos sobre COVID-19
Página da OMS sobre o Coronavírus
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019
Todos os documentos de orientação técnica sobre o coronavírus
(COVID-19)
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance
Documentos sobre PCI
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical-guidance/
infection-prevention-and-control
https://www.who.int/infection-prevention/publications/en/
Perguntas e Respostas
✓ https://www.who.int/news-room/q-a-detail/q-a-coronaviruses

Se você não conseguir encontrar uma resposta, envie um e-mail para nosso e-mail
geral para PCI com sua pergunta: WHEIPC@who.int
Colaboradores
• Benedetta Allegranzi, Sede da OMS
• April Baller, Sede da OMS
• Alice Simniceanu, WHO HQ
• Anthony Twyman, Sede da OMS
• Vicky Willet, Sede da OMS
• Christine Francis, Sede da OMS
• Maria Clara Fonseca Barbosa Padoveze, Sede da OMS
• Maria Van Kerkhove, Sede da OMS
• Gertrude Avortri, Escritório Regional para a África
• Pierre Claver Kariyo, Escritório Regional para a África
• Kevin Ousman, Escritório Regional para a África Obrigado!
• Ana Paula Coutinho, Escritório Regional para a Europa
• Joao Toledo, OPAS
• Takeshi Nishijima, Escritório para o Pacífico Ocidental
• Madison Moon, Sede da OMS

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