Prevenção e Controle de

Infecção (PCI) para vírus

da COVID-19

Esta é uma tradução não oficial da OMS destinada apenas para fins de aprendizagem. Traduzido para o português do curso Infection Prevention and
Control (IPC) for COVID-19 Virus, 2020. A OMS não se responsabiliza pelo conteúdo ou precisão desta tradução. No caso de qualquer inconsistência entre
o inglês e o português, o original em inglês prevalecerá e será considerado a versão autêntica.

Unidade Técnica e Clínica da OMS para PCI

Descrição do curso

Módulo 1. Preparação, prontidão e PCI

Módulo 2. O vírus responsável pela COVID-19

Módulo 3. PCI no contexto da COVID-19 Precauções padrão,

precauções baseadas na transmissão, e recomendações
específicas para a COVID-19
 Prevenção e Controle de
Infecção (PCI) para vírus
da COVID-19

Módulo 1. Preparação, prontidão e PCI

Esta é uma tradução não oficial da OMS destinada apenas para fins de aprendizagem. Traduzido para o português do curso Infection Prevention and
Control (IPC) for COVID-19, 2020. A OMS não se responsabiliza pelo conteúdo ou precisão desta tradução. No caso de qualquer inconsistência entre o
inglês e o português, o original em inglês prevalecerá e será considerado a versão autêntica.

Unidade Técnica e Clínica da OMS para PCI

Objetivos de aprendizagem

1. Definir PCI e seu papel no contexto de preparação, prontidão e

resposta
Princípios da gestão de emergências
Avaliar as iniciativas de prevenção, Estratégias que ajudam um
mitigação, preparação e resposta; os Prevenção e estabelecimento a prevenir e
estabelecimentos tentam retornar à diminuir as repercussões de uma
mitigação
“normalidade” ou ser construídos de emergência (por exemplo, oferecer
melhor forma aos funcionários vacinação contra
doenças)

Preparação e
Recuperação
prontidão

Atividades como reação a

um evento conhecido ou Medidas tomadas antes de
suspeito
Resposta
uma emergência

Fonte: Curless,M., Gerland,M.A., Maragakis,L.,L. 2018 Infection Prevention and Control. Module 11: Infection Prevention and Control Program Management. Reference Manual for Health Care Faciliti é with Limited
Resources. John Hopkins Medicine. Jhpiego. p.p. 37-52. http://reprolineplus.org/system/files/resources/IPC_M11_Programs.pdf
O que é preparação na atenção à saúde?

• São os conhecimentos, as capacidades e os

sistemas organizados criados pelos governos,
as organizações de resposta e recuperação, as
comunidades e as pessoas, com o objetivo de
prever, responder e recuperar, com efetividade,
as repercussões de emergências prováveis,
iminentes, emergentes ou atuais.

• São medidas tomadas antes de uma emergência que aumentam a

capacidade de um estabelecimento responder quando ocorre uma
emergência.
• Todos os níveis: nacional, regional e dos estabelecimentos.
Por que preparação?

• Porque a preparação é parte integrante do

fortalecimento dos sistemas de saúde e é
fundamental para o gerenciamento de riscos dos
desastres e as emergências em saúde.
• As medidas inadequadas de PCI podem levar à
transmissão a pacientes, equipe, visitantes, e na
comunidade.
O que é prontidão?

São as capacidades e os sistemas que devem estar funcionando para

permitir uma resposta rápida e efetiva às emergências de saúde em caso
de desastre (na situação atual: a importação de casos de COVID-19), e
estar preparados para conter “energicamente” o evento (surto) antes que ele
continue se propagando.

https://www.who.int/publications-detail/risk-communication-and-community-engagement-readiness-and-initial-
response-for-novel-coronaviruses-(-ncov)
O que é prontidão?

Oito pilares da resposta de saúde pública:

• Coordenação, planejamento e monitoramento em nível nacional
• Comunicação de riscos e participação das comunidades
• Vigilância, pesquisa epidemiológica, resposta rápida e estudo de casos
• Pontos de entrada
• Laboratórios nacionais
• Prevenção e controle de infecção
• Gestão de casos
• Apoio às operações e aos aspectos de logística, inclusive os planos de
contingência e o mecanismo de financiamento

https://www.who.int/publications-detail/risk-communication-and-community-engagement-readiness-and-initial-response-for-novel-coronaviruses-(-ncov)

https://opascovid.campusvirtualsp.org/taxonomy/term/41
Prontidão
Pilar 1: Coordenação, planejamento e monitoramento em nível nacional

Passo Medidas que devem ser adotadas

✓ Ativar mecanismos de coordenação multisetoriais com múltiplos parceiros,
para oferecer apoio à preparação e resposta
✓ Colaborar com as autoridades nacionais e com os parceiros chave na
elaboração de um plano operacional próprio do país, com estimativa dos
recursos necessários para a preparação e resposta a COVID-19, ou, de
1 preferência, adaptar um plano existente de preparação para uma pandemia
de gripe
✓ Realizar uma avaliação inicial da capacidade e uma análise de risco, com um
mapa das populações vulneráveis
✓ Começar a estabelecer métodos de medição e sistemas de monitoramento e
avaliação para determinar a efetividade e o impacto das medidas planejadas
Prontidão
Pilar 1: Coordenação, planejamento e monitoramento em nível nacional

Passo Medidas que devem ser adotadas

✓ Criar uma equipe de gestão de incidentes, com a convocação rápida de
pessoal designado das organizações nacionais e associadas, no âmbito de
um centro de operações de emergências de saúde pública ou um centro
equivalente, caso existir
✓ Selecionar, capacitar e designar porta-vozes
✓ Colaborar com doadores e programas locais existentes a fim de mobilizar e
2 alocar recursos e capacidades para executar o plano operacional
✓ Examinar os requisitos regulatórios e os fundamentos jurídicos de todas as
medidas eventuais de saúde pública
✓ Monitorar a execução do plano nacional de preparação e resposta, baseada
nos indicadores chave de desempenho, do plano estratégico de preparação
e resposta (PEPR), e elaborar informes regulares da situação
https://opascovid.campusvirtualsp.org/taxonomy/term/41
Prontidão
Pilar 1: Coordenação, planejamento e monitoramento em nível nacional

Passo Medidas que devem ser adotadas

✓ Realizar revisões operacionais regulares para avaliar o sucesso da
implementação e a situação epidemiológica, e ajustar os planos operacionais
conforme necessário
✓ Realizar revisões posteriores à ação, em conformidade com o RSI (2005),
3 conforme necessário
✓ Aproveitar o surto de COVID-19 para testar/aprender com os planos e
sistemas existentes, aprender com eles, e extrair ensinamentos que sirvam
de base para atividades futuras de preparação e resposta
PCI: um requisito básico da preparação
para um surto e elemento fundamental da
prontidão

Prevenção e controle de infecção (PCI)

deve ser uma atividade permanente, realizada e
respaldada pelo programa nacional e pelo ponto
focal/equipe/comissão de PCI, pela direção do
estabelecimento de saúde, e por todos os funcionários
do estabelecimento.

https://opascovid.campusvirtualsp.org/taxonomy/term/47
O que é prevenção e controle de infecção?

Prevenção e controle de infecção é:

• Uma abordagem científica
✓ com soluções práticas planejadas para evitar o dano causado
pelas infecções aos pacientes e trabalhadores da saúde;
✓ baseada nos princípios das doenças infecciosas, epidemiologia,
ciências sociais e no fortalecimento dos sistemas de saúde; e
✓ com alicerces em segurança do paciente e a qualidade do serviço
de saúde.

Fonte: páginas da OMS sobre Prevenção e Controle de Infecção; https://www.who.int/gpsc/ipc/en

https://opascovid.campusvirtualsp.org/taxonomy/term/47
Quem corre o risco de infecção?

Todos
Vantagens da PCI

Proteger a
si mesmo

Proteger
seus pacientes

Proteger sua família

e a comunidade
Metas da PCI na preparação para enfrentar
um surto

1. Diminuir a transmissão de infecções

relacionadas à assistência à saúde
2. Fortalecer a segurança da equipe, dos
pacientes e visitantes
3. Reforçar a capacidade da organização
ou estabelecimento de saúde para
responder a um surto
4. Diminuir ou reduzir o risco de que o
próprio hospital (ou estabelecimento de
saúde) aumente o surto
Componentes básicos (CB) dos programas
de PCI efetivos em todos os contextos

• Os programas efetivos de PCI

devem estar baseados na
implementação de todos os
componentes básicos
• Devem ser implementados
utilizando estratégias
multimodais
• Se não há sistemas e recursos
de PCI em funcionamento, é
pouco provável que um país
ou estabelecimento possa
responder a um surto de forma
https://opascovid.campusvirtualsp.org/taxonomy/term/47
efetiva.
É preciso dispor pelo menos dos requisitos
mínimos de PCI
Requisitos mínimos da PCI
NÍVEL NACIONAL
CB1:
Programa funcional de PCI
que tenha pelo menos um
ponto focal de PCI capacitado,
em dedicação exclusiva, e um
orçamento específico alocado
para PC
CB2:
Diretrizes nacionais de PCI
baseadas em evidência e
adaptadas ao contexto local
NÍVEL DOS ESTABELECIMENTOS
• Atenção primária: Pessoa capacitada para ser o elo com a PCI
• Atenção secundária: um ponto focal de PCI capacitado para
cada 250 leitos, em dedicação exclusiva, e orçamento específico
• Atenção terciária: um ponto focal de PCI capacitado para cada
250 leitos, com dedicação exclusiva e orçamento específico +
um comitê multidisciplinar de PCI + acesso ao laboratório de
microbiologia
• Atenção primária: Procedimentos operacionais padrão (POP)
pelo menos para precauções padrão, e aos fundamentos das
precauções baseadas na transmissão
• Atenção secundária e terciária: Outros POP sobre cirurgia,
prevenção das infecções endêmicas relacionadas à assistência à
saúde e à saúde ocupacional
Requisitos mínimos da PCI
NÍVEL NACIONAL
CB3:
Educação e capacitação:
Política nacional para garantir
que os trabalhadores da
saúde estejam capacitados
em PCI + programas nacionais
de estudos em PCI +
monitoramento da efetividade
da capacitação em PCI
CB4:
Grupo técnico nacional que
elabora planos de vigilância
das infecções relacionadas
à assistência em saúde e o
monitoramento da PCI.
NÍVEL DOS ESTABELECIMENTOS
• Todos os níveis de atenção: Capacitação sobre PCI
destinada a todo o pessoal clínico e de limpeza da linha de
frente no momento da contratação (mas também anualmente,
nos estabelecimentos de atenção terciária) + capacitação
específica sobre PCI para os pontos focais de PCI.
• Atenção primária e secundária: A vigilância das infecções
relacionadas à assistência à saúde não é um requisito mínimo,
porém deve responder aos planos nacionais.
• Atenção terciária: A vigilância ativa das infecções relacionadas
à assistência à saúde, a resistência aos antimicrobianos, e o
feedback devem constituir uma atividade básica do programa de
PCI.
Requisitos mínimos da PCI
NÍVEL NACIONAL
CB5:
Devem ser introduzidas estratégias
multimodais para melhorar as
intervenções de PCI
CB6:
Grupo técnico nacional que elabora
planos de acompanhamento da PCI +
recomendações sobre os indicadores
de PCI + sistemas + capacitação
NÍVEL DOS ESTABELECIMENTOS
• Atenção primária: estratégias multimodais de melhoramento para aplicar
as medidas prioritárias de PCI (higiene das mãos, segurança dos injetáveis,
descontaminação dos equipamentos médicos, limpeza ambiental)
• Atenção secundária: estratégias multimodais de melhoramento para aplicar
todas as precauções padrão e as precauções baseadas na transmissão, assim
como na triagem
• Atenção terciária: Igual à atenção secundária + estratégias multimodais de
melhoramento para tipos específicos de infecções relacionadas à assistência à
saúde (por exemplo, infecções da corrente sanguínea associadas a um acesso
central), em função dos riscos e das características epidemiológicas locais
• Atenção primária: monitoramento dos indicadores de PCI baseados nas
prioridades da PCI (ver CB5)
• Atenção secundária e terciária: uma pessoa em dedicação exclusiva,
encarregada do monitoramento da PCI e do feedback oportuno +
higienização das mãos como um indicador prioritário
Requisitos mínimos da PCI
NÍVEL NACIONAL
CB7:
Volume de trabalho, alocação
de pessoal e nível de
ocupação de leitos
CB8:
Ambiente construído, materiais
e equipamento para a PCI.
NÍVEL DOS ESTABELECIMENTOS
• Atenção primária: Sistemas para o fluxo de pacientes + triagem +
gestão de consultas
• Para otimizar a alocação de pessoal, os estabelecimentos têm de
fazer uma avaliação da alocação apropriada de pessoal
• Atenção secundária e terciária: sistema de gestão do uso do espaço +
definir a capacidade padrão de leitos do estabelecimento + não mais de
um paciente por leito + pelo menos 1 metro de distância entre as
bordas das camas
• Para otimizar a alocação de pessoal, os estabelecimentos têm de
fazer uma avaliação do número apropriado de trabalhadores
• Atenção primária: as atividades de atenção aos pacientes devem ser
realizadas em um ambiente limpo e higiênico; os estabelecimentos
devem contar com áreas separadas para as atividades de limpeza,
descontaminação e reprocessamento dos equipamentos médicos, e
possuir insumos de PCI e equipes para aplicar as medidas de PCI.
• Atenção secundária e terciária: os estabelecimentos devem ter salas
de isolamento individual suficientes, ou ter capacidade de agrupar os
pacientes, se apropriado.
Qual é a função do ponto focal,
da equipe ou da comissão de PCI?
Ponto focal individual de PCI
• Conhecimentos: compreender as estratégias de PCI necessárias em
caso de surtos, epidemias, etc.
PCI em estabelecimentos de saúde
• Infraestrutura
• Elaboração de políticas e POPs
• Avaliação, preparação e prontidão
Comitê de PCI
• Participar da resposta e da recuperação
• Participar da vigilância e do monitoramento
• Gestão dos pacientes
• Educação