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Importante ressaltar que toda emergência é um evento de saúde pública, mas nem
todo evento se torna uma emergência. A diferença crucial entre esses conceitos está
na gravidade da situação que observamos. É como se estivéssemos em uma escala,
onde a emergência representa uma situação mais crítica.
Entender essa diferença é fundamental para uma atuação eficaz. Vamos continuar
explorando para aprofundar nossos conhecimentos.
Atualmente, no Ministério da Saúde, as etapas do enfrentamento das Emergências
de Saúde Pública são classificadas em três eixos: Preparação, Vigilância e
Resposta. Começamos com o eixo da Preparação.
A revisão periódica dos planos é essencial. Além do tempo decorrido desde a última
revisão, é crucial considerar mudanças nos processos de gestão. A pandemia de
covid-19, por exemplo, modificou muitos desses processos, alterando nosso olhar
sobre a gestão de emergências.
As lições aprendidas durante a pandemia são incorporadas à revisão, aprimorando a
capacidade de enfrentamento de outras emergências.
Essa estratégia é caracterizada como um espaço físico e virtual, com visão integral e
intersetorial. Uma equipe técnica analisa dados de saúde e doença, indicando a
situação da saúde em uma região definida.
O COE tem como objetivo principal promover uma resposta coordenada, articulando
e integrando os diversos atores envolvidos na Emergência de Saúde Pública.
O COE não é uma estrutura fixa, mas sim uma estratégia. Deve ser ativado e
desativado conforme a necessidade.
Essas funções fundamentais do COE são a espinha dorsal para uma resposta eficaz
em Emergências de Saúde Pública. Assim, entendemos as múltiplas funções
desempenhadas pelo Centro de Operações de Emergência.
As ações realizadas no COE perpassam os diversos setores envolvidos na resposta
à Emergência de Saúde Pública.
Sendo assim, vamos discutir um pouco sobre as principais diferenças entre COE e
Sala de Situação.
● O COE é uma estratégia de gestão de resposta de uma potencial (ou já em
curso) emergência de saúde pública, enquanto a Sala de Situação é uma
estratégia de monitoramento epidemiológico de eventos de saúde pública.
● O COE atua em um único tema por estrutura, podendo ter múltiplos COEs
ativos simultaneamente em cenários de múltiplas emergências. Enquanto
isso, a Sala de Situação pode monitorar um ou mais temas simultaneamente.
● O COE é temporário, ativado e desativado conforme a necessidade, enquanto
a Sala de Situação pode ser temporária ou permanente.
● O COE promove uma resposta coordenada entre as esferas de gestão para
emergências de saúde pública. Por outro lado, na Sala de Situação, não há
necessidade de resposta coordenada.
● No COE, a articulação com outras instituições e esferas de gestão é
essencial, mas na Sala de Situação não é mandatório.
O SCO destaca-se por sua capacidade de facilitar uma resposta organizada durante
uma Emergência de Saúde Pública. É o método utilizado para o funcionamento e
gerenciamento eficaz do COE.
Dentro de cada uma dessas equipes, podem existir subdivisões dos processos de
trabalho, mantendo a clareza das atribuições de cada equipe durante a gestão da
emergência. Alguns componentes podem não ser acionados dependendo do tipo de
Emergência.
Essa estrutura flexível permite uma gestão adaptativa e específica para cada
situação de Emergência de Saúde Pública.
Estas estruturas são fundamentais para a coordenação eficaz e ágil do COE durante
situações de Emergência de Saúde Pública.
Vamos analisar um exemplo de matriz de responsabilidade utilizada na gestão do
COE responsável por gerir a resposta à Emergência de Saúde Pública por
desassistência da população Yanomami.
Com essa matriz, você pode acompanhar, de forma organizada, o progresso das
atividades e garantir uma resposta eficaz em situações de emergência.
Link: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/resposta-a-
emergencias/coes/coe-yanomami/publicacoes-tecnicas/planos-e-
protocolos/plano_acao_coe_yanomami.pdf/view
Aqui temos um exemplo do Plano de Ação do Evento (PAE), que foi desenvolvido
para orientar as atividades do COE em resposta à emergência por desassistência no
território indígena Yanomami.
Ao lado, estão algumas páginas dos informativos semanais dos COEs Yanomami e
Arboviroses do ano de 2023.
Desde o início de 2023, três COEs foram ativados no Ministério da Saúde. O COE
Yanomami, ativo desde 20 de janeiro, tem como objetivo manejar a resposta à
Emergência em Saúde Pública por desassistência à população indígena Yanomami.
O COE Arboviroses, ativado em março de 2023 e desativado em junho do mesmo
ano, gerenciou a resposta à Emergência em Saúde Pública devido ao aumento de
casos de arboviroses no Brasil. Por outro lado, o COE Influenza Aviária, ativado em
junho de 2023 e ainda em andamento, lida com a potencial Emergência em Saúde
Pública devido a casos de H5N1 em aves no território brasileiro.
Além disso, vale mencionar que outros COEs, não exclusivamente vinculados à
Saúde Pública, podem operar simultaneamente, como o COE interministerial
organizado pela Casa Civil da Presidência da República.
Finalizaremos nossa jornada examinando uma estratégia crucial no âmbito da
vigilância e resposta em saúde pública: o Comitê de Monitoramento de Eventos,
conhecido como CME. Este Comitê tem um papel fundamental no monitoramento de
eventos que possam representar riscos para a saúde pública.
Além disso, as reuniões do CME abordam informações estratégicas das ações dos
Centros de Operações de Emergência que estão atualmente ativos. É um momento
crucial para avaliar, compartilhar e manter-se informado sobre os diversos eventos
monitorados e as ações realizadas.
Antes de concluirmos nossa aula, vamos refletir sobre a importância de uma resposta
coordenada durante Emergências em Saúde Pública. Quando confrontados com
uma Emergência de Saúde Pública, é fundamental mobilizar diversas equipes para o
território, cada uma com suas especialidades, a fim de oferecer a melhor resposta
possível.