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de Distribuição
PROFESSOR
Me. Carlos Eduardo de Lima
FICHA CATALOGRÁFICA
Revisão Textual
Carolina Guimarães Branco
Ilustração
Geison Ferreira da Silva Impresso por:
Fotos
Shutterstock Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
http://lattes.cnpq.br/7083419474169670
GESTÃO DE CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
Imagine que, após muitos anos de planejamento, você finalmente conseguiu empreen-
der e logo sua primeira empresa funcionará como você sempre quis. Você preparou
tudo, fez o plano de negócios, contratou os funcionários necessários, poupou os re-
cursos financeiros necessários para abrir e continuar os negócios. No entanto, eis que
em uma conversa com um de seus amigos antigos da faculdade vem a pergunta que
te deixou sem resposta: como você irá distribuir os seus produtos?
Você pretende fazer venda direta? Estabelecer parcerias? Vender em lojas físicas,
e-commerce, ou integrar as duas modalidades? Seu negócio pretende atuar no atacado
ou no varejo? Você conhece as vantagens da omnicanalidade? Antes que você pudesse
respirar, você já tinha sido bombardeado por muitas perguntas, foi então que se deu con-
ta que não tinha pensado nessa questão, mesmo tendo gastado noites no projeto. Mas
calma, nada está perdido, sempre é tempo de aprender e esse é o convite deste material.
Antes de mais nada e para te adiantar o que iremos trabalhar, saiba que as em-
presas podem distribuir das mais diversas formas. Algumas nasceram e continuam
operando por meio de lojas físicas até hoje. Outras, como a Amazon e a brasileira
Submarino, nasceram no ambiente virtual e experimentam outras formas de vender
seus produtos e serviços. Existem também marcas que migraram das lojas físicas para
o ambiente virtual e seguem com operações híbridas.
O que dita a forma como você ou qualquer empreendedor irá distribuir os seus
produtos e serviços não está conectado apenas a uma simples escolha, pois depende
de uma série de fatores, entre eles o produto, as características do seu mercado con-
sumidor, sua possível área de abrangência, sua capacidade tecnológica para receber e
processar pedidos, entre outras que dependem do tipo de negócio que irá ser aberto.
Tome o exemplo da empresa de fast-food McDonald’s. Durante décadas, a empresa
vendeu seus lanches e produtos pelas lojas com cores chamativas e nenhum canal
eletrônico era necessário para a comercialização. Porém, nos últimos anos, a empre-
sa notou a mudança de hábitos de seu mercado consumidor e passou a ofertar seus
produtos em aplicativos como o Ifood, e até desenvolveu aplicativo próprio para esta-
belecer relações mais próximas com seus consumidores, oferecer ofertas exclusivas e
conhecer o perfil de seus clientes por meios dos dados que estas tecnologias geram.
E o McDonald´s não é a única empresa que fez este movimento.
Diferentes empresas de distintos segmentos têm diversificado e experimentado
outros canais de distribuição como parte de suas estratégias de reter e conquistar
novos clientes e as mudanças tecnológicas têm papel fundamental nessas mudanças.
Agora que o susto já passou, vou te dar a chance de planejar melhor as suas esco-
lhas com relação ao canal da sua empresa. Vamos supor que na hora de escrever o seu
projeto você teve tempo para estudar e fazer a escolha pelo seu canal de distribuição,
foi como voltar na máquina do tempo. Ainda bem que no mundo das ideias é possível
mudar as histórias, algo praticamente impossível no mundo dos negócios. Mas e então,
já escolheu um canal de distribuição?
Lembre-se que o canal precisa estar muito conectado ao produto. Em nosso exem-
plo do McDonald’s não é possível entrar em um site, fazer o pedido de um lanche ou
sorvete e esperar entre cinco ou sete dias para ele chegar, como fazemos com livros e
outros produtos não perecíveis. Então, além de escolher um canal, também é hora de
escolher um produto e traçar a melhor estratégia de distribuição para ele. Organize
sua escolha com uma lista de vantagem e desvantagem e, por fim, destaque os que
são mais viáveis.
Para te ajudar em sua jornada empreendedora não se esqueça que o material
foi elaborado com intuito de oferecer conteúdos práticos e teóricos relevantes para
tomada de decisões sobre os canais de distribuição. Cada unidade foi pensada para
te subsidiar com experiências enfrentadas no cotidiano das empresas de diferentes
portes e segmentos. Meu convite é para que você avance nas próximas páginas e
mergulhe nessa área desafiadora, mas ao mesmo tempo fascinante.
Bons estudos!
RECURSOS DE
IMERSÃO
REALIDADE AUMENTADA PENSANDO JUNTOS
Sempre que encontrar esse ícone, Ao longo do livro, você será convida-
esteja conectado à internet e inicie do(a) a refletir, questionar e trans-
o aplicativo Unicesumar Experien- formar. Aproveite este momento.
ce. Aproxime seu dispositivo móvel
da página indicada e veja os recur-
sos em Realidade Aumentada. Ex- EXPLORANDO IDEIAS
plore as ferramentas do App para
saber das possibilidades de intera- Com este elemento, você terá a
ção de cada objeto. oportunidade de explorar termos
e palavras-chave do assunto discu-
tido, de forma mais objetiva.
RODA DE CONVERSA
1
9 2
33
ENTENDENDO CANAIS DE
OS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO NO ATACADO E
NO VAREJO
3
67 4 89
CANAIS ESCOLHA
ELETRÔNICOS E ESTRATÉGICA
DISTRIBUIÇÃO DOS CANAIS E
INDICADORES DE
PERFORMANCE
5
115
RELAÇÕES ENTRE
OS CANAIS E
NOVAS DEMANDAS
PARA SUA
ATUAÇÃO
1
Entendendo
os Canais de
Distribuição
Me. Carlos Eduardo de Lima
Você tomou seu café hoje de manhã? Quais roupas você está vestindo no mo-
mento? E suas músicas preferidas nos aplicativos do seu smartphone, quais são?
Todas essas perguntas só são possíveis de serem respondidas em função de uma
atividade muito especial, a distribuição. Tanto os serviços quanto os produtos que
fazem parte do nosso cotidiano são dependentes dessa função considerada cada
vez mais estratégica para a sobrevivência e expansão das empresas.
Vamos voltar nosso olhar para o café, uma das bebidas favoritas dos brasilei-
ros, e a minha também. Já pensou as diversas maneiras que você pode comprar
e consumir café? Você pode obter os pacotes do produto no supermercado e
preparar a bebida na sua casa, comprar cápsulas e fazer as xícaras individuais.
Também é possível apreciar a bebida pronta na padaria, confeitaria, loja de
conveniência ou mesmo pedir um café especial em algum aplicativo ou até mes-
mo em uma máquina no caminho para seu trabalho. Além dessas formas conven-
cionais, você também pode adquirir inúmeras variedades nacionais e importadas
pelo e-commerce. E todas essas facilidades, só se tornaram possíveis em função
da existência dos canais.
Mas por qual razão determinada empresa distribui seu produto de uma ma-
neira em vez de outra? Quais razões fazem com que ela estabeleça a distribuição
por dois, três ou todos os canais simultaneamente? Quais são os objetivos e cri-
térios de uma distribuição eficiente? No cenário brasileiro, é necessário um olhar
muito cuidadoso para essas questões. Nosso país, especificamente, apresenta inú-
meros desafios para que a gestão de distribuição seja efetiva: grande extensão ter-
ritorial, modais de transporte caros e não integrados, além de tecnologia atrasada
quando comparada com países desenvolvidos do Hemisfério Norte.
Isso também reflete em um aprendizado interessante, na medida em que
as empresas buscam constantemente superar esses problemas e continuarem
no mercado. No entanto, é preciso compreender todos os aspectos que envol-
vem a distribuição, para que ela se torne cada vez mais eficiente e previsível,
mesmo diante de tantos desafios. O conhecimento nessa área é importante
por diferentes motivos. Primeiro, para realizar de forma eficiente a distribui-
ção de inúmeros produtos dentro da cadeia de suprimentos das empresas.
Segundo, conhecer como as empresas que compõem o processo de distribui-
ção se complementam estrategicamente. Terceiro, garantir a integridade dos
produtos que serão distribuídos. Por fim, formar e fortalecer as relações com
os clientes e fornecedores.
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UNICESUMAR
Agora que você já notou que a gestão de canais de distribuição é uma área
com muitas possibilidades e desafios, convido você a realizar um exercício de
imaginação. Pense que você é o(a) gestor(a) de uma empresa e precisa tomar
uma decisão sobre qual canal de distribuição utilizar para iniciar ou expandir o
seu negócio. No momento, não precisa se preocupar com porte ou produto que
você irá comercializar, você escolhe.
Quais seriam as possibilidades mais viáveis? Quais variáveis você utilizaria
para tomar suas decisões? Você faria tudo isso sozinho ou estabeleceria parce-
rias com outros parceiros? Quais as vantagens e as desvantagens de cada uma
de suas escolhas? Insira todas as suas reflexões a respeito dos pontos levantados
no Diário de Bordo.
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UNIDADE 1
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UNICESUMAR
PENSANDO JUNTOS
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UNIDADE 1
Na sociedade moderna, podemos dizer que a distribuição não para. Ela ocorre a
todo momento: antes, durante e depois de qualquer processo de compra de um
produto. Sua atenção tem recebido cada vez mais prioridade das empresas, pois,
segundo Rocha e Souza (2017), é necessária devido seu impacto nas questões
financeiras, na posição de mercado, no processo de fidelização e satisfação de
clientes, reputação da empresa, dentre outros fatores que envolvem negociação
e relacionamentos. Mas afinal, o que é um canal de distribuição?
Embora você já possa ter um conhecimento inicial do tema, é necessário nos
aprofundarmos em suas definições conceituais, para que não nos equivoquemos
com seu uso, algo que é comum no mundo da gestão. Uma definição simples
destaca que o canal de distribuição contempla o conjunto de distribuidores, va-
rejistas, atacadistas e outros intermediários que, por meio de suas atividades,
possibilitam que um produto de um fornecedor chegue aos consumidores finais
(AILAWADI; FARRIS, 2020).
No mundo corporativo ou empresarial, uma das áreas com maior proximi-
dade dos canais de distribuição é o marketing, principalmente por meio do mar-
keting mix ou composto de marketing, o famoso 4 Ps, sendo eles: o produto,
o preço, a promoção e a praça (McCARTHY, 1960). O marketing mix é uma
teoria fundamental que incentiva o desempenho do comportamento desejado e
ajuda a atingir os objetivos de marketing desejados no mercado-alvo, controlando
estrategicamente uma combinação dos quatro elementos do mix (LIM, 2021).
Entre os Ps, o que mais nos interessa é o último P, o de ponto, pois congrega
muitos aspectos relacionados aos canais de distribuição foco do nosso estudo.
Acredito que seja importante recapitular todas essas decisões, pois elas são to-
madas em conjunto.
Um produto refere-se a qualquer item que pretende satisfazer as necessidades
e desejos de um cliente-alvo. Pode ser um bem tangível, como um calçado ou
um produto de beleza, ou intangível como um serviço ou uma experiência: um
serviço jurídico oferecido por um advogado ou um pacote de viagem. Por essas
razões, as decisões de produto representam uma reflexão sobre o que diferen-
cia seus produtos daqueles ofertados pela concorrência, antes que possam ser
comercializados e obter êxito no mercado.
A decisão de preço é uma das partes mais delicadas do composto de mar-
keting, pois envolve a análise de números e dados do mercado, além de cálculos
cuidadosos. O cuidado representa oferecer um preço que represente um equi-
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líbrio, pois a distorção em qualquer um dos lados (muito alto ou muito baixo)
pode prejudicar o produto. O preço não se refere apenas ao valor monetário de
um produto, mas também ao tempo ou esforço que o cliente está disposto a des-
pender para adquiri-lo. Determinar isso será um fator crítico na receita da marca,
pois terá impacto no lucro, na oferta, na demanda e no quanto os profissionais de
marketing devem gastar em uma promoção ou estratégia de marketing.
A decisão de promoção representa principalmente as comunicações de
marketing. Geralmente são utilizados canais como relações públicas, publicida-
de, marketing direto ou via e-mail, marketing de mídia social ou promoções de
vendas. Podemos pensar esse P com as distintas formas de propagar informações
relevantes do produto para seus clientes-alvo.
Já a decisão de ponto é relacionada com a distribuição, pois representa as
escolhas dos locais onde o produto será comercializado, bem como de todos
possíveis canais de distribuição que serão acessados para que os produtos atin-
jam o consumidor final. A era da internet introduziu novos desafios quando se
trata de alcançar seus clientes. Lugar se refere a fornecer aos clientes acesso ao
produto e também coloca em prática a conveniência para o cliente. Marketing,
por meio digital ou não, é colocar o produto certo no lugar certo, pelo preço
certo, na hora certa e na frente do cliente. Mesmo que as transações com sua
empresa possam ocorrer exclusivamente na loja ou on-line, os clientes pro-
vavelmente interagem com sua marca ou seus produtos específicos em uma
variedade de lugares. É importante considerar como cada um desses lugares
influencia na experiência geral do cliente.
Agora, imagine que está no momento em que o aluno terá que tomar uma
decisão sobre elaborar o marketing mix de um produto. Poderia ser qualquer
produto ou serviço, mas eu escolhi um para você. Você se lembra do café? Vamos
pensar as decisões para a sua comercialização. Como já destaquei as inúmeras
possibilidades de consumir e oferecer a bebida, vamos segmentá-la no café tra-
dicional, torrado, moído e vendido em pacotinhos. Para lhe ajudar a pensar nessa
tarefa. O Quadro 1 destaca as principais questões das decisões de cada área (P)
que precisam ser tomadas.
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UNIDADE 1
“
Entre os canais de comunicação que enviam e recebem mensagens
dos consumidores-alvo estão jornais, revistas, rádio, televisão, cor-
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UNICESUMAR
De certo modo, Kotler e Keller (2013) também tratam os canais de distribuição como
sinônimo de canal de marketing, quando afirmam que “canais de marketing são con-
juntos de organizações interdependentes envolvidas no processo de disponibilizar um
bem ou serviço para uso ou consumo” (KOTLER; KELLER, 2012, p. 448).
Em resumo, a relação ao marketing, o conceito de canais de distribuição desempe-
nha o papel não muito diferente das outras definições, ou seja, disponibilizar produtos
para que os consumidores os adquiram e se satisfaçam (GUISSONI; RODRIGUES;
CRESCITELLI, 2014). Para que isso ocorra de forma mais precisa possível, Telles e
Strehlau (2017) destacam as principais funções dos canais de distribuição:
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
“
Alguns intermediários – como atacadistas e varejistas – compram,
adquirem direitos sobre os produtos e os revendem; são deno-
minados comerciantes. Outros – corretores, representantes dos
fabricantes, representantes de vendas –, buscam clientes e podem
negociar em nome do fabricante, sem, no entanto, possuir direito
sobre os produtos; são conhecidos como representantes. Outros,
ainda – transportadoras, armazéns independentes, bancos, agên-
cias de propaganda –, dão apoio ao processo de distribuição, mas
não têm direitos sobre os produtos e nem negociam compras ou
vendas; são chamados facilitadores (KOTLER; KELLER, p. 448,
2012, grifos do original).
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UNICESUMAR
• Vendas no atacado:
distribuidor, represen-
Ocorre quando o fabricante tante e broker, dentre
transfere as a responsabilidade outros.
Indireto
sobre os produtos para inter- • Venda no varejo: mer-
mediários. cearias, padarias, super-
mercados, hipermerca-
dos dentre outros.
Quadro 2 - Definições e exemplos de canais de distribuição diretos e indiretos / Fonte: o autor.
Nota-se que, em uma estrutura do canal direto, não existem pontos intermediá-
rios de comercialização e representa uma estrutura de dois níveis (apenas forne-
cedor e comprador). São exemplos desse canal, as empresas que realizam venda
direta por meio de catálogos, como a Avon, o Boticário e a Natura. A Figura 1 nos
auxilia no entendimento das estruturas possíveis de cada canal.
Fornecedor
Primeiro
intermediário
Intermediário
Segundo
intermediário
Consumidor
Figura 1 – Estrutura típica de canais para bens de consumo. / Fonte: adaptado de Dent (2011).
Descrição da Imagem: a imagem destaca três retângulos de cor cinza lado a lado. Cada um representa
uma possibilidade de canal de distribuição. Todos possuem um ponto inicial – o fornecedor – e um ponto
final – o consumidor –, tanto o fornecedor quanto o consumidor estão representados pela cor preta. No
primeiro retângulo, há uma seta direta entre o fornecedor e o consumidor, indicando uma distribuição
direta ou de dois níveis. No segundo retângulo, há um outro destaque, na cor cinza, entre o fornecedor
e o consumidor, nele está escrito a palavra intermediário. Ainda no segundo retângulo, uma seta liga o
fornecedor até o intermediário e outra seta liga o intermediário até o consumidor, indicando uma distribui-
ção com três níveis. No terceiro retângulo, existem dois destaques, da cor cinza, com os nomes “primeiro
intermediário” e “segundo intermediário” e estão ligados por setas. A presença de dois intermediários
entre o produtor e o consumidor indica um canal de distribuição com quatro níveis.
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UNIDADE 1
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 1
■ Transportes: é quase impossível uma firma que trabalha com bens ma-
teriais e produtos físicos operar sem a função de transporte. O transporte
contempla as várias formas utilizadas para garantir a movimentação de
bens: transporte aéreo, terrestre e marítimo. Os conhecimentos da área,
envolvem cálculos de custo, desenhos de rotas e estabelecimento de par-
cerias entre empresas do mesmo segmento.
■ Processamento de pedidos: a importância do processamento de pe-
didos na logística está em sua relação com o tempo de ciclo do pedido,
que é o tempo entre o momento em que um pedido é feito e o momento
em que ele é recebido pelo cliente. Se o processamento do pedido for
ineficiente, ele pode aumentar o tempo de ciclo do pedido. Pode, inclusi-
ve, aumentar os custos, se um meio de transporte mais rápido for usado
para compensar a lentidão
de processamento de pedi-
Embalagem
dos (ROSENBLOON, 2012).
Processamento
Armazenagem
No entanto, não são apenas
de pedidos
essas atividades logísticas
que impactam na distribui-
Distribuição ção. O manuseio dos produ-
Estoque
tos, o processo de compra, os
Controles
controles, os pontos de ven-
das, todos eles estabelecem
uma relação direta com a
Manuseio Pontos
de produtos de Venda distribuição. A Figura 2 des-
taca a relação das atividades
logísticas com a distribuição.
Figura 2- Relação das atividades logísticas com a distribuição / Fonte: o autor.
Descrição da Imagem: na imagem se observa um círculo de cor azul clara. Este círculo recebe a no-
menclatura de distribuição. Ao seu redor, outros sete círculos menores estão conectados ao maior. Os
círculos menores são de cor azul mais escura. A disposição dos círculos menores ao redor do círculo me-
nor forma uma espécie de flor, na qual os círculos menores se assemelham às pétalas e o círculo maior
fica ao centro. Os círculos menores também recebem nomes, sendo eles: pontos de venda, manuseio
de produtos, estoque, processamento de pedidos, embalagem, armazenagem e controles. A ideia é que
todas as palavras contidas nos círculos menores fazem parte do grande círculo da distribuição, além do
fato de que elas estão conectadas e são dependentes.
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UNIDADE 1
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Desenvolver
Analisar o mo- Identificar pró-
Identificar as e vender uma
delo de negócio prias as capaci-
oportunidades proposta de
do canal dades
valor
Quais os ele-
Quais os dife- Como ajudar o mentos da sua
renciais e as for- canal a alcançar proposição de
Quais são os ob-
ças deste canal seus objetivos? valor transmitem
jetivos do canal?
específico? mais confiança?
Quais as lacunas
Quais suas prin-
Como as van- do mercado? Quais são as úni-
cipais medidas
tagens de seu cas vantagens
de performance?
canal podem te Como melhorar competitivas de
beneficiar? sua posição? determinado
canal?
Quadro 3- Posicionamento estruturado baseado na proposição de valor / Fonte: adaptado de Dent (2011).
NOVAS DESCOBERTAS
Título: Lunchbox
Ano: 2013
Sinopse: o Dabbawallahs refere-se a um serviço de delivery (entrega)
de refeições bem popular em Mumbai, na Índia. Um erro em uma
das milhões de entregas faz com que uma simples dona de casa tenha con-
tato com um homem que está na fase final de sua vida. Juntos eles criam
um mundo de fantasia por meio de mensagens trocadas nas embalagens
usadas pelo Mumbai Dabbawallahs. O sistema de distribuição de refeições
prontas da Índia é tão complexo e específico que já virou caso de estudo
de universidades famosas, como da Escola de Negócios da Universidade
de Harvard, nos Estados Unidos. Embora o processo de distribuição pareça
simples, pois envolve bicicletas e trens, eles são verdadeiros exemplos de
gestão. Entre os destaques estão: a eficiência e a precisão do sistema de
entrega, o baixo custo, alto nível de serviço e o sistema operacional simples
e eficiente. Além de conhecimentos de gestão da distribuição, o filme aborda
um inesperado encontro e um mergulho na cultura indiana.
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UNIDADE 1
NOVAS DESCOBERTAS
Quanta coisa nós aprendemos, não é verdade? E você, já imaginava que a distribui-
ção abordaria tantas questões? Distribuir é movimentar, como eu disse no início,
mas não movimentar qualquer coisa de qualquer maneira. Não significa apenas
entregar um produto ou serviço ao consumidor final, pois implica em uma série
de decisões de vários níveis com impactos em diferentes áreas de uma empresa.
Conhecer as especificidades dos canais de distribuição implica em poder ter
acesso a um recurso estratégico na tomada de decisão sobre produtos, transporte,
e satisfação dos consumidores. Estas características são de extrema relevância no
mundo dos negócios, principalmente em tempos em que a agilidade e o uso de
tecnologias se tornaram os novos paradigmas na gestão.
As escolhas dos intermediários que farão parte de um canal de distribuição,
um dos nossos temas de discussão tem relação direta com agilidade, com o esta-
belecimento de parcerias e com o conhecimento das potencialidades do canal e
fragilidades que determinado canal pode oferecer.
Como os canais estão em contato direto e regular com os consumidores, eles
se tornam fundamentais no processo de venda e, ao mesmo tempo, fornecem
um feedback verdadeiro e valioso aos produtores. Por meio de sua atividade, os
canais ajudam a alcançar um nível de preço aceitável tanto para os produtores
quanto para os consumidores.
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1. Canais de distribuição são os meios que os fabricantes usam para realizar a entrega
de um produto para os seus clientes. Deste modo, é por meio do canal de distri-
buição que a organização garante que um produto chegue na quantidade correta
e no momento certo para o consumidor final, e para que isso aconteça utilizam-se
de intermediários. Com relação aos intermediários, analise as seguintes afirmações:
a) II apenas.
b) I e II apenas.
c) III e IV apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) I, II, III e IV.
2. A maior parte dos produtos comercializados chega às mãos do consumidor por meio
de de intermediários. “O fabricante produz o produto e pode entregar o mesmo para
o cliente final através do atacadista, distribuidor, varejista e eventualmente outros
intermediários” (NOVAES, 2007 p. 36). Sobre as atividades da função de classificação
realizada pelos intermediários, leia as afirmativas a seguir, classifique V para as sen-
tenças verdadeiras e F para as falsas. NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento
da Cadeia de Distribuição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
a) V – F – F – V.
b) V – F – V – F.
c) F – V – F – V.
d) V – V - V – V.
e) F – F – V – V.
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2
Canais de
Distribuição no
Atacado e no
Varejo
Me. Carlos Eduardo de Lima
Não sei quanto a você, mas quando eu era criança e via, nas lojas, a mensagem
“vendas no atacado ou vendas no varejo”, me surgia aquela dúvida: “O que é isso?”
Eu sempre perguntava para um adulto do que se tratava e eles me respondiam:
“atacado é pra quem compra em grande quantidade e varejo é para quem compra
em pequena quantidade”. Eu entendia, mas ao mesmo tempo ficava confuso.
De fato, é uma forma simples de se falar de dois temas tão amplos e complexos
para a distribuição. Existem muitas possibilidades de se pensar e refletir sobre os dois
temas: tipos de canais, estratégias, vantagens, desvantagens, integração, dentre outras.
Estes canais têm passado por profundas mudanças recentemente, principal-
mente devido ao impacto das novas tecnologias, instabilidade econômica e mu-
danças no comportamento do consumidor. Outro fator que não pode ser despre-
zado, é a importância que o atacado e o varejo têm na economia e na geração de
empregos, o que torna sua gestão uma necessidade que vai além da rentabilidade.
Já que o mundo dos negócios é feito com base em lucros e vantagens, outros
questionamentos podem surgir para quem estuda e se aprofunda nos temas de
canais de distribuição, entre eles o de se pensar por qual razão os fabricantes não
se dedicam a todas as atividades do canal de distribuição? Não seria mais lucra-
tivo, afinal ele dominaria todo o processo?
Pois é. Vocês se lembram que eu comentei anteriormente que nada ou quase
nada ocorre de forma isolada? Veremos estas questões ao longo da unidade, e
além disso conseguiremos compreender:
■ A necessidade e a complementaridade entre o atacado ou varejo.
■ As mudanças que estes setores sofrem com o atual estágio tecnológico.
■ Como reagir às mudanças no ambiente de negócio e continuar competitivo.
Vamos aproveitar essas reflexões para pensar a distribuição da sua região? Não tem
problema se morar em cidade pequena, porque o varejo está em todo lugar. Se mo-
rar em uma cidade muito grande, pense no seu bairro ou na avenida comercial mais
próxima. Existe algum estabelecimento atacadista e varejista perto de você? Qual
deles está presente em maior quantidade? Por que você acha que isso acontece?
Para deixar a resposta mais completa, me diga, quais estabelecimentos apare-
cem em maior quantidade varejista ou atacadista? As empresas possuem canais
on-line e se comunicam de alguma forma. Você consegue pensar por que algu-
mas empresas trabalham com os canais de forma integrada e outras de forma
separada? Utilize o Diário de Bordo para organizar suas respostas e anotações.
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
Quadro 1- Funções atribuídas ao setor atacadista / Fonte: Kotler e Keller (2012, p. 497).
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UNIDADE 2
Canal %
Lojas Físicas 39,94
Vendedor/CLT 19,93
E-commerce 4,03
Televendas 3,08
Quadro 2- Faturamento por canal de venda atacadista / Fonte: adaptado de ABAD (2021).
Nota-se que as lojas físicas são as maiores responsáveis pelo faturamento dos
canais atacadistas. Na sequência, destaca-se o representante comercial autôno-
mo e o vendedor CLT. Outra análise que é possível fazer, refere-se ao quanto o
e-commerce pode amadurecer e ganhar espaço no setor, pois o faturamento no
canal representa apenas 4,03% do total. No Quadro 3, se apresentam os maiores
atacadistas do Brasil em faturamento.
Variação
Posição Nome Fantasia UF Fat. Ano 2020
(%)
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UNIDADE 2
Tipos de atacadistas
Embora as atividades dos atacadistas possam parecer uniformes, isso não é rea-
lidade. Existem diferentes tipos de estabelecimentos com diferentes finalidades.
Na Figura 1, a classificação elaborada por Urdan e Urdan (2006).
Setor atacadista
Descrição da Imagem: a figura é um organograma com um grande retângulo na parte superior e três
retângulos menores na parte inferior. Os retângulos não possuem preenchimento coloridos, são apenas
contornos de cor preta. O retângulo superior se chama setor atacadista e os três retângulos menores têm
os seguintes nomes, ordenados da esquerda para direita: atacadista distribuidor, distribuidor exclusivo
e atacadista de autosserviço.
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
OLHAR CONCEITUAL
Tecnologias disruptivas são aquelas que resultam em uma mudança significativa no custo
ou acesso a produtos ou serviços, ou que mudem drasticamente a forma como coletamos
informações, fabricamos produtos ou interagimos. Eles são amplamente habilitados pelos
aumentos dramáticos na capacidade de computação e na largura de banda da internet que
tornaram sua difusão exponencialmente mais rápida. Existem três fatores que tornam uma
tecnologia disruptiva exitosa, sendo eles:
INVENÇÃO/ MODELO
INOVAÇÃO DE NEGÓCIOS
A existência de um modelo
Uma invenção ou inovação que
de negócios que visa não
torna um produto mais acessível
consumidores (novos clientes
e sem barreiras para uma
que anteriormente não
população mais ampla;
compravam produtos ou
serviços em um determinado
mercado) ou consumidores
de baixo custo (os clientes
menos lucrativos);
REDE
Figura 2- Fatores que caracterizam que uma tecnologia é disruptiva / Fonte: adaptada de IFC (2019).
Descrição da Imagem: a imagem demonstra três figuras como se fossem círculos com os números 1, 2
e 3 em inseridos do lado esquerdo de cada esfera. A linha do desenho é de cor preta, com fundo azul e ao
lado de cada número tem um rótulo em tons de azul. Ao lado do número um há o rótulo com a palavra
inovação/invenção; ao lado do número dois há um rótulo com o nome de modelo de negócios; e ao lado do
número três há um rótulo com o título de rede. Cada círculo conta com uma pequena sombra cinza abaixo.
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UNIDADE 2
Figura 4- Criação de valor proporcionado pelo atacadista / Fonte: adaptada de Churchill Jr. e Peter (2010).
Descrição da Imagem: ao centro da figura há uma seta da cor azul escuro, na qual se encontra escrita
a palavra atacado. A seta aponta para três direções: esquerda, direita e para baixo. Em cada uma das
pontas existem retângulos azuis. O título do retângulo da esquerda é “para os produtores”, nele constam
os seguintes itens: proporciona maior capacidade de atingir os clientes, oferece informações aos com-
pradores, reduz possíveis prejuízos, pois assume os riscos das transações. O título do retângulo abaixo
da seta é “para varejistas” e nele estão os seguintes itens: fornece informações de demandas e produtos
e reduz os custos e o tempo de operações por fornecer sortimento em um único lugar. O retângulo da
direita tem como título “para usuários finais” e seus dois itens são: com sua experiência reduz os custos
do canal e melhora a seleção dos produtos, indicando os produtos mais adequados para os usuários.
Ainda assim, existem pontos para serem melhorados nesta relação de valor. Por
exemplo, as principais queixas dos fabricantes contra os atacadistas são as se-
guintes, de acordo com Kotler e Keller (2012). Primeiro, é que os atacadistas não
costumam promover de forma agressiva os produtos dos fabricantes. Segundo é
que alguns atacadistas não trabalham com estoques suficientes para atender os
pedidos dos clientes rapidamente. Terceiro, não conseguem atrair funcionários
do nível gerencial com habilidades para reduzir seus custos. Por fim, costumam
cobrar caro pelo serviço prestado.
■ Eles não promovem agressivamente a linha de produtos do fabricante,
agindo mais como tiradores de pedidos.
47
UNIDADE 2
Ainda segundo Kotler e Keller (2012), para sanar os problemas entre atacadistas e
produtores, é possível recorrer aos seguintes recursos: I) elaborar acordos com os
fabricantes destacando as funções e as expectativas esperadas; II) se aproximar do
fabricante e identificar as suas exigências por meio de visitas, convenções, e feiras
comerciais onde possa haver interação e aproximação; III) cumprir os acordos
com o fabricante, alcançar as metas, ser pontual com os pagamentos e repassar
informações acerca dos clientes; e IV) criar soluções e serviços que forneçam
valor agregado para o fabricante.
Como já foi discutido, existem questões de ruptura tecnológica no setor ataca-
dista. Para vencer e se sobressair nesse momento crítico, os distribuidores devem
desenvolver e executar estratégias que explorem oportunidades, alavanquem
pontos fortes e concentrem seus recursos escassos.
Entre as principais estratégias para os distribuidores avaliarem e alavancarem
seus negócios e situação, a Agarwal e Blisset (2019) – Consultoria Deloitte – des-
tacam os seguintes pontos:
■ Inove para prosperar: desenvolva os recursos para gerenciar e aumentar
a inovação com eficácia, incluindo um portfólio de ofertas de produtos e
serviços diferenciados e valiosos.
■ Reduza e foque: estreitar o foco do negócio para segmentos realmente
defensáveis e investir para reforçar a competitividade.
■ Impulsione a vantagem de custo: mude o jogo aproveitando as fusões
e aquisições do setor para aumentar o tamanho da organização e, em
seguida, impulsionar as eficiências disponíveis e as economias de escala.
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
Varejistas
Fabricantes/ Produtores
Consumidores finais
Utilidade de sortimento
Utilidade de quantidade
Utilidade espacial
Utilidade de tempo
Figura 5- Utilidades do varejo para fabricantes/produtores e consumidores / Fonte: Mattar (2011, p. 46).
Descrição da Imagem: a figura representa um fluxo dividido em três partes. Na parte da esquerda existe
um retângulo com o título “Fabricante/Produtores”. Deste retângulo, sai uma seta para um retângulo maior
com quatro retângulos menores em seu interior. O título do retângulo maior é “Varejistas” e os títulos dos
retângulos internos são, de cima para baixo, utilidade de sortimento, utilidade de quantidade, utilidade
espacial e utilidade de tempo. Dos quatro retângulos menores saem setas direcionada para a terceira parte
da imagem, que se trata de outro retângulo semelhante ao primeiro com o título “Consumidores finais”.
50
UNIDADE 2
Combustíveis 5,3
Nota-se que o setor alimentício tem grande peso nas vendas realizadas no varejo.
Por se tratar de uma necessidade básica de toda população, o segmento representa
51
UNIDADE 2
N.º N.º de
Faturamento
Posição no ranking de funcio-
bruto em (R$)
lojas nários
1. Grupo Carrefour
2. GPA – Alimentar
3. Magazine Luiza
4. Via Varejo
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UNIDADE 2
1°- Mcdonald’s
Fast Food e Restaurantes
2º - Habib’s
53
UNIDADE 2
“
Lojas como Mesbla, Mappin, Sears, Sandiz, Pirani, Hermes Macedo,
Eletroradiobraz, entre outras, deixaram de existir e passaram a fazer
parte da história do varejo brasileiro por não mais se adaptarem ao
ambiente em contínua evolução (MATTAR, 2011, p. 2).
Por outro lado, novos canais surgiram e se consolidaram, respondendo por uma
grande fatia do mercado, como é o caso do canal on-line ou o e-commerce que
nos aprofundaremos em outra oportunidade. Por ora, vamos conhecer as inú-
meras possibilidades de distribuição no segmento varejista.
Inicialmente, vamos fazer a seguinte distinção entre o varejo com loja e o
varejo sem loja. Os nomes são autoexplicativos, mas não custa defini-los ade-
quadamente. No varejo com loja, existe a presença física de um estabelecimen-
to comercial tradicional. Então, conta com vendedores, contato com produto e
posterior pagamento. Característica comum nesse tipo de varejo é que o cliente
vai até ele para suprir suas necessidades. No Quadro 8, destaca-se tipos de varejo
com loja ou varejo físico.
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
“
• Aquisição de clientes: o custo médio de aquisição de um cliente
em loja é significativamente inferior ao custo on-line, mas isso não
é medido pelo varejo.
Figura 6- Loja física da Natura na Avenida Paulista em São Paulo / Fonte: acervo do autor.
Descrição da Imagem: a imagem é uma fotografia colorida da fachada de uma loja de cosméticos da mar-
ca Natura. A fachada da loja tem sua entrada, no centro, e duas vitrines de vidro nas laterais. A logomarca
da empresa aparece no canto superior, ao lado esquerdo, sobre uma das vitrines da loja.
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
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UNIDADE 2
“
surgiram muitos atacados que vendiam para as pequenas empresas,
como trailers, lanchonetes, bares e pequenos restaurantes, muitos
deles ainda não formalizados, ou seja, sem CNPJ (Cadastro Nacio-
nal da Pessoa Jurídica). Dessa forma, faziam compras como pessoas
físicas e compravam não apenas para abastecer seus pequenos em-
preendimentos, mas também para uso pessoal e familiar (HSIEN;
CÔNSOLI; GIULIANI, 2011, p. 98).
O atacarejo é um tipo de atacado que vende sem diferenciar seus clientes natu-
rais, os pequenos varejistas (pessoas físicas) dos clientes e consumidores finais
(pessoas físicas, que são clientes dos pequenos varejo). Estes estabelecimentos
geralmente pertencem às grandes redes como Carrefour, Walmart, GPA e Assaí
(STIGERT; SEABRA, 2018).
O modelo começou a tomar forma em meados dos anos de 2000 e se con-
solidou em 2011. Ele se difere dos tradicionais clubes de compra como Sam’s
Clube e Makro, por não contar com a questão de associado e poder concorrer
61
UNIDADE 2
62
UNIDADE 2
https://sbvc.com.br/conteudos/
IBEVAR Instituto Brasileiro de Varejo
estudos/
Quadro 10- Entidades sobre atacado e varejo no Brasil / Fonte: o autor.
NOVAS DESCOBERTAS
63
1. O atacado refere-se aos estabelecimentos comerciais que não têm o consumidor
doméstico como alvo, assim, suas vendas para este grupo não são significativas. Em
vez disso, esses estabelecimentos vendem produtos principalmente para outros que
trabalharão com a revenda: pequenos varejistas, comerciantes em geral, empreitei-
ros, usuários industriais e comerciais e até mesmo outros atacadistas. Com base nos
conhecimentos de atacado, analise as seguintes afirmativas.
a) I e II apenas.
b) I, II e III apenas.
c) III e IV apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) I, II, III e IV.
I - Nele, diferentes tipos de serviços e produtos são ofertados por telefone. É utili-
zado por empresas de cartões de crédito, seguradoras e editoras.
II - São máquinas automatizadas sem intermediação de vendedores. Ficam instala-
das em locais de grande movimentação de pessoas.
III - As empresas demonstram seus produtos nos canais televisivos e incentiva os
consumidores a comprá-los.
As definições I, II e III são, respectivamente:
64
a) Venda indireta – máquina de venda – telemarketing.
b) Telemarketing – máquinas automáticas de venda – TV shopping.
c) Máquina de venda – mala direta – varejo eletrônico.
d) Telemarketing – mala direta – venda indireta.
e) Loja física – varejo eletrônico – telemarketing.
4. Os varejistas precisam redefinir constantemente quem eles são, como eles operam,
que valor eles entregam ao cliente e como se diferem em um mercado altamente
competitivo. E é disso que se incumbe os varejistas: precisam alavancar para criar
uma vantagem competitiva e uma excelente experiência para o cliente. Isso ocorre
devido a sua capacidade de equilibrar quatro grupos de utilidades. Entre as alter-
nativas a seguir, assinale a utilidade que se encarrega de equilibrar as questões de
oferta do produtor e demanda do consumidor.
a) Utilidade de equilíbrio.
b) Utilidade de tempo.
c) Utilidade de sortimento.
d) Utilidade espacial.
e) Utilidade de quantidade.
65
3
Canais Eletrônicos
e Distribuição
Me. Carlos Eduardo de Lima
Não queria confessar minha idade, mas hoje eu lembrei de algo da minha in-
fância e gostaria de compartilhar. Quando meus avós queriam me comprar um
presentinho de aniversário, eles precisavam ir até uma determinada loja física
de uma cidade, em um determinado horário e com dinheiro em espécie. Além
disso, precisavam selecionar o meu agrado entre a limitada variedade de um
estabelecimento. E atualmente, quais seriam as possibilidades de eles realizarem
a mesma compra?
Hoje, os vovôs e as vovós podem comprar quase qualquer produto, de qual-
quer lugar e horário e pagar via cartão, boleto, Pix e outras. Além disso, eles podem
acessar e comparar milhares de produtos de lojas localizadas em todo o mundo
e, com alguns cliques, finalizar a compra do presente. E o que você acha que pos-
sibilitou toda essa mudança?
Sem dúvida nenhuma, o surgimento e a popularização da internet foram
os grandes responsáveis pelo desenvolvimento de todos os tipos de comércio
eletrônico que existem atualmente. A mudança trouxe um cenário de possibi-
lidades extremamente novas para os canais de distribuição, possibilitando que
consumidores pudessem comprar praticamente qualquer coisa, em qualquer
lugar, a qualquer hora, onde quer estivessem.
O surgimento da internet eliminou as barreiras de horário, acesso e formas
de pagamento e visualização de produtos. E o mais interessante é pensar que as
inovações na área não param e nos convida a pensar o que será que está por vir
neste segmento?
É difícil imaginar que essa revolução começou há poucas décadas, mas se
tornou uma das maiores tendências em termos de comercialização e distribuição
na atualidade. O cenário é tão pujante que muitas empresas já nascem e se tornam
gigantes dentro deste canal. A participação dos canais de vendas eletrônicos tem
sido crescente e o interesse de setores tradicionais em estarem presentes neste
campo cresce na mesma proporção.
No Brasil, o número de pessoas acima de 10 anos com acesso à internet pas-
sou dos 80% nos últimos anos, as taxas de crescimento anual são sempre positi-
vas, o que confirma que estamos diante de transformações sociais e tecnológicas
capazes de impactar os negócios de forma nunca vista.
Inegavelmente, a internet, além de estar mais acessível, tornou-se fonte de
informações estratégicas. Por esta razão, quase todas as empresas têm sites ou
aplicativos trabalhando vigorosamente para alcançar seus clientes existentes e
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UNICESUMAR
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UNIDADE 3
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UNICESUMAR
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UNIDADE 3
canais, tanto físicos quanto digitais, tem sido uma tendência cada vez maior. Veja
no Quadro 1 os tipos de negócios mais comuns dentre os canais eletrônicos de
distribuição que utilizam sites.
72
UNICESUMAR
É comum pensarmos que todas as empresas que atuam no canal digital possuem
o mesmo modelo de negócio, mas não é bem assim. O conceito de marketplace,
por exemplo, não se trata de um e-commerce de uma marca ou de um varejista
em particular. Geralmente um e-commerce suporta apenas um único vendedor,
já o marketplace é uma extensão de uma plataforma de comércio eletrônico que
permite que terceiros vendam por meio dela, o que significa que além do pro-
prietário outros vendedores também podem comercializar produtos (MICELI;
MARÓSTICA, 2021).
Para o varejista tradicional, tornar-se um marketplace é uma maneira de
aumentar o sortimento de produtos sem ter o trabalho extra de armazená-los,
gerenciá-los e atendê-los.
Para os empresários é exatamente o contrário, pois escolher entre os dois
implica em grandes impactos na operação. Em uma operação de comércio ele-
73
UNIDADE 3
Além dos sites, a comercialização por meio de aplicativos também é uma possi-
bilidade promissora para as empresas. Podemos dizer que com as rápidas trans-
formações no cenário digital, ter uma forte presença móvel tornou-se uma ne-
cessidade. Pensar nesse canal tem sido cada vez mais estratégico, considerando o
papel que os smartphones com conexão assumiram na vida das pessoas.
O tempo de conexão aumentou e a busca por praticidade fizeram com que os
aplicativos de compra surgissem como uma solução de distribuição e visibilidade
muito eficaz. Esse tipo de canal, ajuda a automatizar os negócios, oferece um melhor
atendimento ao cliente. Com os aplicativos, as marcas não precisam se esforçar para
se estabelecer e podem gerar uma conexão profunda com os usuários.
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UNICESUMAR
Vietnã 18%
China 18,50%
Filipinas 20%
México 21,10%
Argentina 26%
Rússia 26,10%
Brasil 26,80%
Índia 27%
Descrição da Imagem: a figura é composta por um gráfico com dez barras organizadas de forma hori-
zontal, começando por uma menor até chegar à maior. Cada barra representa a taxa de crescimento do
e-commerce de um país, no ano de 2021. A primeira barra representa os Estados Unidos com crescimento
de 17,90%, a segunda representa o Vietnã com crescimento de 18%, a terceira representa a China com
18,5%, a quarta representa as Filipinas com 20%, a quinta é o Reino Unido com crescimento de 20,5%, a
sexta é o México com crescimento de 21,1%, a sétima é a Argentina com crescimento de 26%, a oitava
representa a Rússia com crescimento de 26,1%, a nona representa o Brasil com crescimento de 26,8 % e
a décima é a Índia com crescimento de 27%.
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UNIDADE 3
4º Japão 144 Bi 3%
7º França 80 Bi 1,6 %
9º Canadá 44 Bi 1,33%
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UNICESUMAR
Receita
Empresa (bilhões de Nº de colaboradores País
dólares)
77
UNIDADE 3
mais. Portanto, não é surpresa que algumas das maiores empresas do mundo
sejam plataformas de comércio eletrônico.
Embora algumas dessas empresas sejam grandes nomes do setor, muitas ainda
são relativamente desconhecidas aqui no Brasil, mas deve ser questão de tempo
até olharem para o mercado nacional e seu potencial. E por falar no Brasil, como
será o desempenho do e-commerce no país?
Com faturamento de R$ 161 bilhões em 2021, o e-commerce brasileiro tem
crescido anualmente desde que os indicadores começaram a ser acompanhados.
O número de consumidores que compram on-line é de 87,7 milhões de pessoas,
e os pedidos processados em 2021 somaram 353 milhões. O ticket médio das
compras é por volta de R$ 455,00 (NIQ EBIT, 2022). A Figura 2 destaca o quanto
cada região do país participa do total de faturamento das vendas no e-commerce.
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UNICESUMAR
3%
7%
Sudeste
12%
Sul
Nordeste
15%
63% Centro-Oeste
Norte
Descrição da Imagem: a figura representa um gráfico de círculo cromático dividido em cinco partes,
com tons de azul e tamanhos diferentes. Cada parte representa a taxa de crescimento do e-commerce de
uma das cinco regiões brasileiras. A região Sudeste representa a maior parte e representa uma taxa de
63% de crescimento. A segunda maior parte é representada pela região Sul, com 15% de crescimento. A
terceira representa a região Nordeste com 12% de crescimento. A quarta maior parte representa a região
Centro-Oeste com crescimento de 7%. A quinta parte representa a região Norte com crescimento de 3%.
Existe uma grande concentração das transações com e-commerce na região Su-
deste do país. Os quatro estados da região correspondem a 63% de tudo que é
comercializado nacionalmente. Na sequência aparecem as regiões Sul, Nordeste,
Centro-oeste e Norte com 15%, 12%, 7% e 3 % de participação respectivamente.
Embora a região Norte seja a com menor participação, ela se destaca por ser a
que representa a maior taxa de crescimento entre as regiões.
Considerando o contexto brasileiro, houve um tempo em que as compras
pela internet eram resumidas aos livros, acessórios e alguns itens promocionais.
Porém, este conjunto de produtos tem mudado ao longo dos anos. Na Figura 3,
conseguimos visualizar o quanto cada família de produtos representou no total
de compras realizadas no Brasil, em 2021.
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UNIDADE 3
5,60% 5,86%
Materiais para escritório , informática
43,44% e comunicação
6,90% Móveis e eletrodomésticos
Descrição da Imagem: a figura representa um gráfico de círculo cromático dividido em seis partes, com
tons de azul e tamanhos distintos. Cada parte informa o quanto cada item, ou grupo de itens, representa
do total de vendas do e-commerce no Brasil em 2021. Materiais para escritório, informática e comunicação
correspondem à maior parte, com 43,44% das vendas totais. O segundo maior destaque das vendas é o
grupo de móveis e eletrônicos com 28% de participação. A terceira mais representativa é a de produtos
têxteis, vestuários e calçados com 10,2% das vendas. O quarto grupo de produtos tem 6,9% de repre-
sentação nas vendas, e contempla o grupo dos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e
cosméticos. Artigos de uso pessoal e doméstico ocupam a quinta posição, e representam 5,6% do que é
vendido no e-commerce. A soma de todos os outros produtos representa 5,86%.
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UNIDADE 3
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UNICESUMAR
NOVAS DESCOBERTAS
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UNIDADE 3
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OLHAR CONCEITUAL
Dropshipping
Dropshipping é um processo utilizado no e-commerce de varejo que permite que
as lojas vendem produtos sem manter nenhum estoque físico. No dropshipping, o
varejista vende o produto ao cliente e, em seguida, repassa o pedido de venda ao
fornecedor, que envia o pedido diretamente ao cliente em nome do varejista. Os
vendedores de dropshipping não precisam investir em nenhum estoque de produ-
tos, armazém ou espaço de armazenamento.
O PROCESSO DE DROPSHIPPING
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UNIDADE 3
86
1. As empresas estão acumulando mais dados do que nunca. Varejistas, por exemplo,
utilizam nosso histórico de compras, as companhias aéreas medem porque os voos são
pontuais e praticamente todas as chamadas de serviço, e-mails e interações são ras-
treados. Assim, as empresas podem descobrir como resolver melhor as necessidades
dos clientes e melhorar seus serviços. Com base na evolução do uso de dados no va-
rejo, assinale a alternativa que corresponde às suas características na década de 1990.
a) Sites básicos.
b) Lojas especializadas.
c) Sites de navegação.
d) Megasites.
e) Sites exclusivos.
87
I - China e Estados Unidos concentram, juntos, mais de 50% da participação no
e-commerce mundial.
II - O Brasil figura entre os três maiores mercados de e-commerce no mundo.
III - Embora a China e os Estados Unidos concentrem grande parcela do mercado
de e-commerce, as empresas desses países não aparecem entre as de maior
receita no setor.
É correto o que se afirma em:
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
4. A internet emergiu rapidamente como um ator importante nas relações entre pro-
dutores e consumidores. Esses relacionamentos podem ser descritos em termos
de canais ou os caminhos que os produtos ou serviços tomam à medida que se
movem da origem para o destino. Os canais podem ser de diferentes tipos, desde
canais de publicidade, canais de processamento de pedidos até canais de suporte
ao cliente. Considerando os canais classificados como e-commerce, analise as afir-
mativas a seguir:
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
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4
Escolha
Estratégica
dos Canais e
Indicadores de
Performance
Me. Carlos Eduardo de Lima
Quantas vezes no dia precisamos tomar decisões? Se pararmos para pensar, per-
ceberemos que são muitas, não é mesmo? Eu vou tomar café da manhã em casa
ou comer algo no caminho? Por onde começar uma nova demanda de trabalho
que está sob minha responsabilidade? O que priorizar nos estudos? Vou querer
mudar de área de atuação ou crescer no atual departamento?
De cada uma destas pequenas decisões diárias formamos uma parte de nossa
trajetória. E como você mensura se atingiu um determinado objetivo ou meta
na sua vida? Conquistar um novo posto na empresa? Aquisição de um bem?
Uma viagem? Claro que esses objetivos variam de pessoa para pessoa e de vários
fatores, culturais, familiares, regionais dentre outros.
As empresas também estão sempre precisando decidir sobre diferentes con-
textos e, quando se trata dos canais de distribuição, estas escolhas são mais precio-
sas, pois refletem decisões com impacto na real em sua continuidade e existência.
A marca brasileira Havaianas, por exemplo, vende seus produtos como chine-
los clássicos da marca, calçados, bolsas, confecções e acessórios por lojas próprias,
canal on-line oficial, lojas de conveniência, redes de drogarias, supermercados,
lojas de calçados e inúmeras varejistas que operam tanto no físico quanto no
digital. A opção por atuar em diferentes canais reflete uma capacidade da marca
de não apenas estar presente, mas de saber gerenciar um fluxo de produtos e
promoções para cada um deles.
Como resultado das escolhas dos canais, do gerenciamento adequado de seus
indicadores e da forma correta de pensar seu mix de marketing, a marca nascida
em 1962 está presente em mais de 60 países. Além disso, a sandália clássica de
borracha é praticamente uma unanimidade dentre os brasileiros e o calçado de
verão de milhões de pessoas no mundo.
Agora pense no nosso exemplo das Havaianas. Uma empresa que já tem mais
de meio século de história e anote como você acredita que ela mensurou seus
primeiros resultados e como ela deve organizar esses indicadores atualmente.
Considere as mudanças tecnológicas das últimas décadas e organize uma com-
paração entre seu início e hoje, contemplando o que e como monitorar. Ao final,
descreva as principais mudanças nos dois períodos.
Agora imagine quando as Havaianas iniciaram seus negócios ou buscaram
ampliar a sua distribuição. Por quais canais você suponha que a empresa iniciou?
Quais os parceiros utilizados para atingir determinadas regiões e o exterior? E
hoje, quais são os canais mais adequados? Parecem muitas decisões, não é? Con-
90
UNIDADE 4
tudo, é hora de refletir, tomar suas decisões sem culpa e organizar seus pensa-
mentos no Diário de Bordo, ele vai ser muito útil.
Se eu te perguntar quais são as cinco empresas que você mais admira no mundo,
ao analisar sua resposta provavelmente a Google irá figurar entre elas. A empresa
de tecnologia sempre aparece entre as mais admiráveis, as mais inovadoras e com
a melhor reputação.
E se eu disser que a Google já errou, e sabe onde ela errou? Pois a empresa
amargou um fracasso muito grande logo na nossa área de estudo, na distribuição.
Vamos conhecer melhor esta história?
Em janeiro de 2010, a Google lançou seu primeiro smartphone, o Nexus One.
Naquele momento, a empresa fez um grande sucesso quando projetou seu canal
de distribuição. A companhia pensou que poderia revolucionar o mercado de
telefonia celular vendendo os aparelhos exclusivamente por meio de sua pró-
pria loja na web. Porém, depois de apenas cinco meses, a gigante da tecnologia
anunciou que fecharia sua loja virtual. O que causou o fechamento repentino da
estrutura de canal direto ao cliente da Google?
Para Bert Rosenbloom (2012), em seu renomado estudo a respeito dos ca-
nais de distribuição, o problema estava no projeto do canal, pois houve falha em
não fornecer o tipo de experiência que os clientes estavam procurando. Grande
parte dos consumidores de produtos de tecnologia buscam uma experiência
prática antes de comprar um smartphone e desejam uma ampla variedade de
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UNIDADE 4
planos de serviço para escolher, claramente explicados por uma pessoa real.
A venda direta na loja on-line não fornecia esses serviços, levando a Google a
abandonar seu canal direto.
Outro problema sério com a abordagem de canal era que a combinação de um
produto vendido pela Google, construído pela High-Tech Computer Corpora-
tion (HTC) e atendido pela T-Mobile levou à confusão e reclamações quando os
usuários procuravam suporte. A Google, tradicionalmente acostumada a fornecer
suporte para serviços baseados na web, estava despreparada e mal equipada para
atender reclamações dos consumidores dentro de um prazo razoável.
Pois é, mesmo empresas consolidadas podem errar na escolha do canal. E
neste caso específico ficou evidente o problema com o design do canal. Mas o
que seria o design do canal?
Rosenbloom (2012) destaca que no contexto dos canais de distribuição, o
termo design do canal pode ter vários significados, entre eles: I) um nome para
descrever a estrutura do canal; II) o projeto de um novo canal a partir do zero; e
III) realização de alterações nos canais existentes. Tais variações no uso podem
levar à confusão.
Antes de prosseguirmos, definiremos com mais precisão o que entendemos
por design no contexto da distribuição. O design do canal refere-se às decisões
associadas ao desenvolvimento de novos canais de distribuição onde nenhum
existia antes, ou para modificar os canais existentes (ROSENBLOOM, 2012).
No contexto empresarial, muitas situações podem indicar a necessidade de
uma decisão de design do canal de distribuição. Entre elas estão o desenvolvi-
mento de um novo produto ou de uma linha de produtos, o direcionamento de
um produto existente para um novo mercado-alvo, a promoção de uma grande
mudança em algum outro componente do mix de marketing, a lida com mudan-
ças na disponibilidade de tipos específicos de intermediários e revisão e avaliação
de estratégias (ROSENBLOOM, 2012).
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) des-
taca que a decisão pelo canal é fundamental e precisa ser realizada com cautela.
A entidade recomenda avaliar diferentes critérios e, sabendo que determinadas
opções de canais demandam grandes investimentos, é necessário refletir sobre o
modelo econômico do empreendimento para determinar se as escolhas não lhe
trarão impactos negativos (QUAIS CANAIS..., 2021).
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UNIDADE 4
Quantitativos Qualitativos
Pois é, sempre que se busca fazer a escolha por um canal de distribuição, a tomada
de decisão terá de compreender várias dimensões, entre elas, as características dos
produtos, características da empresa, ambiente competitivo, fatores do mercado
e considerações sobre os intermediários.
Essas variáveis irão apontar se o canal necessário é mais curto ou mais lon-
go. O canal curto tem poucos intermediários entre o fabricante e o consumidor
final. O canal longo é o contrário, pois pode ter diversos intermediários entre o
produtor e os clientes.
Fatores relacionados ao produto: quando pensamos na escolha de um
canal, o produto é um dos centros da tomada de decisão. O rápido crescimen-
to do comércio on-line, por exemplo, sempre gera dúvidas na possibilidade de
se distribuir pelo canal. As características, especificações, natureza, uso, valor e
durabilidade do produto desempenham um papel vital na seleção dos canais de
marketing. Vejamos os fatores relacionados a seguir:
93
UNIDADE 4
Perecibilidade: os bens que são perecíveis precisam ser vendidos pelo ca-
nal mais curto, ou seja, com poucos intermediários e tempo mais reduzido.
Valor unitário do produto: o produto com baixo valor pode ser facilmente
distribuído pelo canal mais longo (com vários intermediários e sem preo-
cupação com a variável temporal), mas para os produtos mais caros e
valiosos, os fabricantes preferem um canal mais restrito.
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UNIDADE 4
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UNIDADE 4
96
UNIDADE 4
Descrição da Imagem: na imagem temos sete etapas representadas por sete polígonos da cor cinza. A
sequência é direcionada da esquerda para a direita. Cada figura recebe um número e uma ação ligada ao
design de um canal de distribuição. O número um representa reconhecer a necessidade de decisão ligada
ao design do canal; o número dois destaca a frase definir e coordenar os objetivos do canal; o número
três especifica as tarefas de distribuição; o número quatro destaca o desenvolvimento de estruturas do
canal alternativas; o número cinco contempla a questão de avaliar as variáveis relevantes; o número seis
aborda a escolha da melhor alternativa do canal; e o número sete, a escolha dos membros do canal.
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UNIDADE 4
98
UNIDADE 4
O que vem depois da decisão do design do canal? Imagine que após a escolha,
você precise acompanhar sua evolução, sua efetividade ou se é adequado para
planejar outra decisão. Neste momento, entra em cena o papel dos indicadores.
Em diversas áreas da gestão, os -Novos clientes indicadores são utilizados para
99
UNIDADE 4
Descrição da Imagem: a imagem destaca três figuras semelhantes a retângulos com cantos arredonda-
dos, cada figura indica um agrupamento de indicadores, sendo eles, da esquerda para a direita: indica-
dores de marketing e vendas, indicadores de produção e indicadores financeiros. No primeiro retângulo
com indicadores de marketing e vendas, destaca-se os seguintes itens: volume de vendas, participação
no mercado, margem de contribuição, pedidos de cliente, indicadores de promoções, vendas perdidas,
abertura de novos pontos de vendas e novos clientes. O segundo retângulo com indicadores de produção
destaca os seguintes itens: níveis de qualidade, volumes de produção, utilização da capacidade produtiva
e custos de materiais. O terceiro destaca os indicadores financeiros, sendo eles: valor de estoque, contas
a receber, contas a pagar e retorno sobre o investimento.
100
UNIDADE 4
importantes com mais embasamento, porque são objetivos, não baseados em jul-
gamentos pessoais ou meramente descritivos. Além disso, os indicadores mantêm
os objetivos claramente à vista, seja qual for o projeto.
Pavani Júnior e Scucuglia (2021) defendem que o uso de indicadores é im-
portante por duas razões. A primeira é que eles permitem o gerenciamento e
acompanhamento quantitativo dos pequenos e dos grandes processos que já
foram previamente definidos. Segundo, possibilita que as metas de melhorias
sejam estabelecidas e acompanhadas de forma consistente, garantindo que haja
eficácia na execução de ações de melhoria nas atividades em questão.
Dentre as vantagens do uso de indicadores, é possível destacar a redução de
incertezas e angústia de não se conhecer o passado e não ter direcionamentos
para o futuro das organizações. Logo, trabalhar com indicadores é o mesmo que
se ter uma fotografia da situação atual de determinado segmento ou setor produ-
tivo. O Quadro 2 destaca mais vantagens que o uso de indicadores podem trazer
para as empresas de uma forma mais geral.
Cabe destacar que existem paradigmas que precisam ser quebrados com relação aos
indicadores. Entres eles, é possível destacar a falsa ideia de que após a mensuração
de algo haverá uma punição, a prerrogativa de que as atividades nas empresas já
são muito corridas, logo não há tempo para se novas demandas como a medição,
a crença de que medir é algo muito difícil de se aplicar e a falsa crença de que não
se pode gastar tempo mensurando, pois muitas atividades são difíceis de mensurar.
101
UNIDADE 4
Característica Definição
Característica Definição
Demora/erro no pedido
Custo de processamento de pedido
Processamento
Tempo de processamento de pedido
de pedidos
Tempo de ciclo do pedido
Flexibilidade do atendimento
Figura 3 - Indicadores de desempenho logístico / Fonte: Ferreira, Cassiolato e Gonzalez (2009, p. 31).
103
UNIDADE 4
Geralmente, o varejo tem na receita financeira como um dos indicadores mais utiliza-
dos, mas pouco se fala nos aspectos das promoções. Qual seria o indicador que reflete
um bom ou mau desempenho? Vamos conhecer algumas consequências da falta de
indicadores para promoções no exemplo destacado por Bernardino et al. (2019).
Imagine uma rede varejista composta por 100 lojas com apenas dois pro-
fissionais de marketing. Para poupar esforços e recursos, a rede costuma fazer
promoções unificadas para todas suas lojas. Considere que uma das lojas da rede,
a loja ALFA, realizou R$ 20 mil em vendas mensais. Já a loja BETA, realizou, no
mesmo período, vendas de R$ 10 mil. Outro componente da nossa conta é o valor
médio de cada compra, R$ 8,00 na loja ALFA e R$ 16,00 na loja BETA.
Esses dois indicadores nos levam ao seguinte questionamento: o que adianta
promover um gasto maior por cliente em determinada loja se o valor médio da
compra já se demonstra elevado? E se o problema de determinada loja for um
número de clientes menor do que as outras empresas da rede?
Em resumo, ao adotarmos um formato único de promoção considerando que
todas as lojas são iguais, acabamos por não considerar que os problemas são dife-
rentes. Ainda em nosso exemplo, na loja ALFA, é evidente que se precisa melhorar o
tráfego. Já na loja BETA é necessário priorizar o aumento do valor de cada compra.
Podemos concluir que promoções unificadas acabam não tendo efeitos con-
cretos e isso só é possível de se identificar se existir o uso de indicadores correto.
No nosso caso específico era necessário considerar o Ticket Count (TC) e o
Ticket Médio (TM).
O TC representa o número de transações realizadas pelo caixa do canal. Sua
unidade representa um número concreto, já que indica o número de cupons
de venda que determinado canal emitiu. O número representado pelo TC não
corresponde ao número de clientes de uma loja, pois um cliente pode voltar em
uma mesma loja várias vezes. Entender o TC como um indicador de tráfego do
número de clientes já é um passo, mas ele representa a quantidade de vendas
realizadas e contabilizadas pelos caixas.
O TM representa o valor total das vendas dividido pelo número de transações
de caixa. O TM é expresso em termos de unidade monetária, ou seja, em reais, em
euros ou em dólares, por exemplo. Além disso, é calculado em uma unidade de
tempo: dia, semana, mês ou ano. Vamos calcular um exemplo anual. Se uma loja
de games vendeu R$ 900 mil no período de um ano e realizou 9.000 transações
de caixa, seu ticket médio será de R$ 100,00 no ano.
104
UNIDADE 4
Vimos que nos baseamos apenas em informações básicas que podem não ser sufi-
cientes quando se trata de mensurar indicadores dos canais de distribuição. Logo
se torna importante conhecer outros indicadores que possam apoiar a tomada
de decisão em diferentes aspectos da gestão, mas quais seriam esses indicadores?
vamos conhecê-los?
Não existe uma medida correta para se avaliar a taxa de conversão, isso irá variar
por mercado e produto. Os especialistas indicam conhecer a média do mercado
105
UNIDADE 4
106
UNIDADE 4
objetivos que o negócio pretende alcançar (MARR, 2012). Os KPIs podem ser
categorizados em vários tipos, no Quadro 4, é possível destacar os principais tipos.
107
UNIDADE 4
2. São medidos com frequência, por exemplo, 24 horas por dia, sete dias
por semana, diariamente ou semanalmente.
4. Indica claramente qual ação é exigida pela equipe (por exemplo, a equipe
pode entender as medidas e saber o que corrigir).
108
UNIDADE 4
Com base nesse indicador, a marca pode orientar sua estratégia de expansão em
determinada região ou mesmo avaliar se sua participação já está no nível esperado.
O segundo indicador é o índice de participação média no volume de negócios.
Este cálculo determina a participação dos produtos da marca nas lojas selecionadas
para a distribuição alvo. É calculado como a razão entre o volume de vendas de uma
marca de um determinado produto nas lojas selecionadas para distribuição e o volu-
me total de vendas de todos os produtos similares nessas lojas. Vejamos como é feito:
109
UNIDADE 4
e de distribuição devem usar para operar com mais eficiência e eficácia, sendo
eles: precisão do estoque, eficiência de recebimento, custo de separação e
embalagem, rotatividade de estoque e tempo de ciclo do pedido do cliente.
A precisão do estoque é um KPI relevante, pois reflete a precisão em um
momento em que esperar por um produto tem sido um fator decisivo na escolha
do consumidor. Não há dúvidas que o estoque tornou-se um KPI crítico para dis-
tribuição, porque, se o rastreamento do estoque estiver incorreto, seus custos irão
disparar e os níveis de satisfação do cliente se elevaram. Os custos de contar com
muito estoque ou de irritar os clientes quando você não tem o estoque disponível
que indicou prejudica não apenas seus resultados, mas também sua reputação.
Outro ponto que merece destaque no setor atacadista é a eficiência de rece-
bimento. Uma das operações mais críticas de um armazém é o recebimento de
mercadorias que irão para o estoque. Assim, a eficiência do recebimento é um KPI
para os armazéns e deve levar em consideração o volume recebido, as devoluções de
clientes, as faltas e as rupturas de estoque. É fácil para os gerentes de armazém igno-
rarem o recebimento para KPIs de coleta e envio, porém, áreas de recebimento mal
projetadas e mal administradas têm um impacto prejudicial em todo o armazém.
Embora possa não parecer, os custos de separação e embalagem também são
KPIs valiosos. A separação de pedidos pode ser um dos processos mais caros
e difíceis já que requer mais mão de obra, além disso a coleta e a embalagem
geralmente são mais complexas do que outras operações e são cruciais para os
resultados de uma organização porque estão diretamente ligadas à satisfação do
cliente. Os KPIs para separação e embalagem devem incluir custo por item de
linha separado, pedidos separados por hora, custos de mão de obra de separação,
uso de consumíveis e tempos de ciclo por pedido.
Nosso último KPI para o atacado é a rotatividade do estoque. Ter um alto giro
de estoque é um fator positivo para o atacadista, por isso é aconselhável mensu-
rar a rotatividade de estoques por meio de um KPI próprio. Lembre-se de que
o giro de estoque mede o número de vezes por um período em que os produtos
entraram e saíram do armazém. É necessário comparar essa taxa com as médias
do setor para verificar o desempenho do seu estoque.
O sistema de distribuição ideal é aquele capaz de gerar lucro, hoje, e garantir a
estabilidade do negócio de amanhã. Porém, para alcançar este status é necessário
estar atento acerca das decisões sobre os canais de distribuição. Por esta razão, esta
unidade buscou apresentar o conjunto de variáveis que serão necessárias para
110
UNIDADE 4
a tomada de decisão com relação ao design de canais. Desse modo foi possível
visualizar erros e acertos ao se optar por um ou vários tipos de canais.
A escolha pelo canal correto representa um dos fatores mais relevantes e
estratégicos na distribuição e no consequente sucesso de determinado produ-
to, marca ou serviço. Por esta razão, este conhecimento é relevante, pois agora
conseguimos simular situações cotidianas, que levam em conta as capacidades
internas da empresa e também o contexto externo que nem sempre é previsível.
Outro ponto que merece nossa atenção é que, além da tomada de decisão com
relação aos canais, também existe a necessidade de se estabelecer e acompanhar
indicadores de vários aspectos ligados ao processo de distribuição, processos inter-
nos, impactos nas relações com clientes, fornecedores e demais partes interessadas.
Os indicadores tornam possível visualizar, de forma sistemática e temporal, o
quanto a empresa está próxima ou distante de seus objetivos e assim repensar ce-
nários e decisões. A lição mais importante que podemos tirar deste conhecimento
é que, embora a tecnologia possa ser uma ferramenta cada vez mais importante
na geração de dados e indicadores, nós sempre precisaremos interpretá-los.
A tomada de decisão também será mais eficiente quando optamos por co-
nhecer e mensurar as variáveis certas, para os canais certos nos momentos certos,
por isso não podemos criar indicadores que não tenham objetivo. Esse apren-
dizado será essencial, principalmente em um contexto em que somos cobrados
cada vez mais por agilidade e a tolerância com erros tem sido muito pequena.
NOVAS DESCOBERTAS
111
1. O uso de indicadores é cada vez mais comum em diferentes canais de distribuição
e existem características do indicador que facilitam sua efetividade nas empresas.
Entre as características é importante que os indicadores transitem dos níveis estra-
tégicos para os táticos e operacionais. Isso significa que os indicadores devem ir dos
objetivos estratégicos gerais da organização para as operações diárias dos funcio-
nários que estão afetando os indicadores. Assinale a alternativa que corresponde à
característica descrita.
a) Visibilidade.
b) Orienta para ação.
c) Ser mensurável.
d) Direcionamento.
e) Simplicidade.
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas em III.
e) I, II e III.
112
3. Se um especialista apresentar uma lista de indicadores e um outro uma lista com-
pletamente divergente, nenhum deles estará necessariamente errado. São apenas
olhares diferentes para uma determinada situação proposta. É, pois, importante que
seu objetivo esteja sempre alinhado para que os KPIs possam apresentar resultados
desejados (MICELI; MARÓSTICA, 2021). Dentre os tipos de KPIs existentes, um é res-
ponsável por medir atributos (quantidade, tipo, qualidade) de recursos consumidos
em processos que produzem saídas.
a) KPI de entrada.
b) Medidas de processo ou atividade.
c) Saídas.
d) Resultados.
e) Medidas do projeto.
113
5
Relações Entre os
Canais e Novas
Demandas para
sua Atuação
Me. Carlos Eduardo de Lima
Já reparou que tudo que nos rodeia é baseado em algum tipo de relação? Os
vínculos de trabalho, nosso consumo, nossa família e amizades são construídos
e mantidos dessa forma. Quando olhamos para os canais de distribuição, não há
como fugir dessa característica, pois muito do que ocorre no processo de movi-
mentação de produtos e serviços engloba diferentes relacionamentos.
Estas conexões costumam ser baseadas em características objetivas (resulta-
dos numéricos, realização de acordos e contratos) e subjetivas (lealdade, confian-
ça, solidariedade, cooperação, reconhecimento e poder). Nem sempre todas estas
questões costumam estar equilibradas com as expectativas das partes envolvidas
e o resultado podem ser relações que resultam em conflitos.
Pois é, assim como em nossas relações cotidianas as empresas também esta-
belecem relações, e outro ponto interessante é que novas necessidades, ou mesmo
pressões, podem fazer com que exista o surgimento de novas interações ou até
mesmo a incorporação de princípios que antes não eram avaliados. Como é o
caso da Logística Reversa, da Economia Circular e da ESG (Environmental and
Social Governance), que se trata de Governança Social e Ambiental. Você acredita
que os canais de distribuição tenham relação com esses termos?
Em 1996, a empresa americana de tecnologia Cisco adicionou outro depar-
tamento à sua força de vendas direta. Isso causou ressentimento entre os vende-
dores existentes, pois pensaram que suas metas e comissões seriam prejudicadas.
Para solucionar o desconforto, a empresa criou uma força de vendas de três níveis,
nos quais produtos diferentes, com base na complexidade, eram vendidos em
cada nível. Cada vendedor poderia se concentrar em sua área e se tornar um
especialista nesses produtos.
O resultado foi que mais produtos foram vendidos e a Cisco ditou os rumos
do setor. Observe que decisões iniciais podem ser vistas com desconfianças,
mas nem sempre há a necessidade de se chegar a um conflito ou relação des-
vantajosa. O exemplo da Cisco deixa evidente que é possível gerenciar conflitos
e tirar vantagens dele.
Agora é com você! Pense que você é o gestor de um grande canal varejista.
Quais possíveis conflitos uma empresa que atua no segmento varejista poderia
enfrentar? Organize um quadro e liste possíveis desequilíbrios que surgiriam en-
tre sua empresa e o fornecedor e outro quadro entre a empresa e os consumidores.
Os conflitos que você pensou possuem solução? Com qual parte você encon-
trou maior número de conflitos? Qual seria mais fácil de solucionar? Não tenha
116
UNICESUMAR
receio de escrever tudo o que pensar, pois este é o objetivo. Após pensar e refletir, é
hora de deixar tudo anotado no Diário de Bordo, ele é sempre muito importante!
117
UNIDADE 5
Descrição da Imagem: na parte de cima da imagem existe uma grande seta azul da esquerda para di-
reita com o nome de sentido de canais à montante. Logo abaixo, existem quatro figuras parecidas com
retângulos indicando um fluxo da esquerda para direita. Todas as imagens são azul claro e a escrita em
letras brancas. A primeira figura é o fabricante, a segunda o atacadista, a terceira o consumidor. Elas estão
separadas por setas menores e cada seta tem um número. A seta que separa o fabricante do atacadista é
o número um, a seta que separa o atacadista do varejista é o número dois e a seta que separa o varejista
do consumidor é o númerotrês. Abaixo tem uma grande seta azul com sentido da direita para esquerda
com o nome de sentido dos canais à jusante escrito em cor branca.
118
UNICESUMAR
“
· Incompatibilidade de objetivos. O fabricante pode querer atin-
gir rápida penetração no mercado por meio de uma política de
preços reduzidos. Os revendedores, ao contrário, podem preferir
trabalhar com margens de lucros maiores e buscar lucratividade
de curto prazo.
119
UNIDADE 5
Como vimos, existem diferentes membros que formam e interagem nos canais,
essa diferença possibilitou que surgissem, também, diferentes tipos de conflitos
entre eles. Kotler e Keller (2012) explicam e classificam os tipos de conflitos em
horizontais, os verticais e multicanais, vamos conhecê-los melhor a seguir.
O conflito horizontal ocorre entre dois atores no mesmo nível na distribui-
ção e será um conflito entre dois distribuidores ou entre dois varejistas ou dois
atacadistas. Imagine que existam dois revendedores de determinada rede em uma
cidade e que cada um receba uma área geográfica para atuar. A Loja 1 recebe a
zona norte e a Loja 2 recebe o território da zona sul. O conflito ocorre quando a
Loja 1 atende clientes da zona sul ou vice-versa. Isso significa que os canais não
estão seguindo as regras estabelecidas pela empresa. Parece sem sentido, pois são
lojas de um mesmo grupo, porém, ao mostrar os melhores números para a matriz
e disputam prêmios de melhor revendedor se tornam concorrentes. Ao quebrar
as regras da empresa inicia-se um conflito de canal.
O conflito vertical ocorre entre diferentes níveis do canal de distribuição.
Um conflito típico pode ser entre o varejista e o distribuidor atacadista. Imagine
um atacadista que atende dois varejistas, vamos chamá-los de A e B. Neste caso,
sem nenhuma explicação, o atacadista começa a dar mais benefícios (crédito,
120
UNICESUMAR
121
UNIDADE 5
122
UNICESUMAR
Embora os conflitos façam parte do cotidiano de canais, este tipo de relação não é
a única possível. Existem situações em que costumam ser vantajosas para os dois
lados envolvidos, como no exemplo da Best Buy nos Estados Unidos.
A Best Buy, varejista americana, já liderou a venda de eletrônicos e mídia
física (DVDs, K7 e CDs). Porém, o consumo destes produtos diminuiu, enquanto
compras de eletrônicos, computadores e outros itens de tecnologia passaram a
ser feitas no canal on-line. A tecnologia tornou-se diferente de quando a Best Buy
estava em seu ápice e o comportamento do consumidor também não era mais o
mesmo. No entanto, as lojas físicas de smartphones e serviços relacionados ainda
eram destino de consumidores de tecnologia.
Quando a Best Buy fez parceria com a Samsung para abrir a loja Samsung
Experience Shop, dentro de uma loja física, a estratégia tornou-se fundamental
para a modernização da Best Buy. As lojas personalizadas da Samsung ofereceram
um fator de revitalização perfeito para a Best Buy, que reposicionou sua imagem e
quebrou o estigma de ser uma varejista de tecnologia presa nos anos 1990. A Best
Buy também oferecia ofertas exclusivas nos itens da Samsung, o que adicionou
um nível de exclusividade para o cliente que comprava Samsung por meio da
Best Buy, nos canais físico e on-line.
Para a Samsung, além do aumento de venda com baixíssimos custos, havia
a vantagem de estar presente em um canal com 1.400 lojas em um período de
crescimento nos EUA e forte disputa com a Apple pelos clientes de smartphones.
A aliança Best Buy e Samsung é uma história de como um canal pode alavancar o
outro para trazer seus próprios clientes de volta e se adaptar a mudanças de cenário.
Este tipo de combinação com relação ganha-ganha, ou seja, as duas partes
são beneficiadas, recebe o nome de aliança estratégica. Em uma aliança estraté-
gica, duas ou mais organizações possuem conexões (jurídicas, econômicas e/ou
interpessoais) que as fazem funcionar com a percepção de um único interesse
compartilhado (COUGHLAN et al., 2014).
Em uma aliança estratégica, as conexões que conectam as organizações são
duradouras e substanciais, atravessando vários aspectos de cada negócio. A par-
ticipação em uma aliança faz com que cada parte altere seu comportamento
para se adequar aos objetivos em comum. No mundo dos negócios as alianças
aparecem sob muitos rótulos, incluindo relacionamentos próximos, parcerias,
governança relacional, governança híbrida, comprometimento, dentre outras
(COUGHLAN et al., 2014).
123
UNIDADE 5
124
UNICESUMAR
Redução de custos
Agora uma pergunta para nos deixar reflexivos sobre o mundo dos negócios.
Você acha que empresas concorrentes podem estabelecer alianças? A resposta
é sim, a coopetição é um modelo que compreende aliança entre empresas e até
mesmo entre concorrentes, que, trabalhando em conjunto, conseguem agregar
maior valor no produto ou serviço que oferecem.
Recentemente, este fenômeno está ganhando grande destaque dentre as vá-
rias entidades empresariais, pois leva a benefícios mútuos para os participantes,
permitindo que se construa relacionamentos favoráveis, expandindo os negócios
e aumento e compartilhamento de conhecimentos e informações (GERNSHEI-
MER; KANBACH; GAST, 2021).
A ideia é que a relação estabelecida agregue princípios de cooperação e da
competição. Tradicionalmente, todo empresário procura vencer seu concorrente
e uma competição acirrada costuma ser comum. Na coopetição busca-se traba-
lhar junto e gerar benefícios para ambas as partes. Um exemplo desta relação é a
parceria entre as farmacêuticas Pfizer e BioNTech.
Em março de 2020, as empresas desenvolveram conjuntamente uma vacina
contra a Covid-19. O acordo permitiu a combinação de capacidades de desen-
volvimento e fabricação. Como resultado, foi possível disponibilizar a vacina no
mercado, ainda em 2020, e produziram centenas de milhões de doses em 2021.
Outro exemplo marcante de coopetição ocorre entre a Apple e a Samsung.
Enquanto Samsung e Apple possuem produtos concorrentes, a Samsung continua
sendo uma das principais fornecedoras de telas para a Apple.
Os riscos de colaborar com rivais podem parecer assustadores, mas os be-
nefícios provavelmente superam quaisquer desvantagens. Uma das provas é que
125
UNIDADE 5
126
UNICESUMAR
“
o Programa Natura Elos configura a responsabilidade comparti-
lhada entre a empresa e seus fornecedores de embalagens, como
cooperativas, recicladores e fabricantes. Desde 2017, a Natura co-
labora para garantir a rastreabilidade e a logística reversa em to-
dos os seus fornecedores de materiais reciclados (RECICLAGEM,
2019, on-line).
127
UNIDADE 5
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UNICESUMAR
O que quer dizer cada letra da sigla? Segundo Henisz, Koller e Nuttal (2019),
cada letra representa uma propriedade e um conjunto de indicadores:
O E, em ESG, vem do inglês environmental, trata-se de uns critérios ambien-
tais das empresas. Engloba a forma como elas se consomem e produzem energia,
os resíduos descartados, as emissões de carbono e as mudanças climáticas e os
resultados de suas atividades sobre os seres vivos.
O S engloba os critérios sociais, aborda as parcerias que as empresa mantém
e a reputação que ela promove com as pessoas e instituições nas comunidades
em que atua. O S inclui relações de trabalho, diversidade e inclusão.
Por fim, o G representa a governança, ou seja, o sistema interno de práticas,
controles e procedimentos que uma empresa adota para se governar, tomar de-
cisões eficazes, cumprir a lei e atender às necessidades de stakeholders externos.
NOVAS DESCOBERTAS
129
UNIDADE 5
Por outro lado, nem tudo é disputa no mundo dos negócios. Conectar-se com
seu stakeholder, seu cliente e até mesmo seu concorrente podem ser vistos como
avanços. A interação é importante para o compartilhamento de ideias e o trabalho
em conjunto pode ser o diferencial estratégico de uma marca ou empresa.
O conhecimento desta unidade é relevante para que os profissionais do se-
tor tenham conhecimento do quanto uma aliança pode ser benéfica para uma
empresa, mas que para isso dar certo, não basta esperar resultados apenas de
uma das partes envolvidas. É necessário aprender negociar, comunicar e buscar
soluções que tragam vantagens sem que haja imposição de regras unilaterais.
Outro ponto importante é assegurar a participação efetiva das partes envolvidas
no estabelecimento dos objetivos.
Outro ponto importante do conteúdo é o reconhecimento de que a área de
distribuição não é formada de conhecimentos que ficam parados no tempo. No-
vas demandas por parte dos investidores, consumidores e de outras partes inte-
ressadas impactam diretamente na forma como as empresas do ramo irão operar.
Nos últimos anos, as demandas que conferem mais responsabilidade ambiental e
social nas atribuições do profissional da área têm sido constantes e, ao que tudo
indica, não se trata de uma moda passageira.
Uma das premissas chave da distribuição é o movimento e já vimos que o
profissional também não pode ficar parado. Após compartilhar este conhecimen-
to com vocês, o objetivo é despertar sua busca por mais conhecimento, o desejo
de aprender formas criativas de solucionar problemas e a necessidade de estar
sempre disponível a aprender e conhecer algo novo.
130
1. Conflito de canal é um termo que os profissionais da distribuição utilizam para des-
crever situações na qual um ou mais membros do canal estão descontentes com o
estado do relacionamento. Geralmente eles estão descontentes, pois acreditam que
não estão sendo tratados justamente ou que não estão sendo adequadamente re-
compensados, respeitados ou apreciados por seus esforços e investimentos. Analise
o trecho fictício a seguir: “o problema começou quando o distribuidor destinava os
melhores produtos para nosso concorrente aqui no bairro. Além disso, o dono da
loja, que é um primo meu, ainda me disse que ele recebia descontos que não eram
repassados para minha loja. Após eu reclamar e não ter resposta, decidi buscar ou-
tros fornecedores”. O trecho descrito corresponde a qual conceito?
a) Multicanal.
b) Poder excessivo.
c) Conflito vertical.
d) Conflito horizontal
e) Conflito de sobreposição.
2. Em 2017, dois varejistas franceses resolveram unir suas forças: a FoodMarket, líder no
segmento de mercado de eletrônicos e a ElectroShop, gigantes francesas de varejo.
Ambas enfrentavam uma competição severa com as empresas de comércio eletrô-
nico e uma perda contínua de mercado. A parceria tinha como objetivo unir forças
para negociar melhores preços com fornecedores comuns de dispositivos eletrôni-
cos. Como resultado, as empresas atingiram seus objetivos e conseguiram negociar
em volumes maiores e deixar os produtos tão acessíveis quanto seus concorrentes.
Este tipo de comportamento entre as empresas recebe qual nome?
a) Conflito horizontal.
b) Conflito vertical.
c) Competição estratégica.
d) Aliança estratégica.
e) Conflito de interesses.
131
I - A economia circular requer um sistema contínuo de produção e reaproveitamen-
to de recursos e resíduos que podem ser utilizados em diversos campos, desde
a indústria de alimentos da moda e automotiva até a energética.
II - O escopo da economia circular é interromper o ciclo clássico de produção – ma-
téria-prima – processamento – consumo – resíduos.
III - Especificamente, a economia circular visa colocar os resíduos de volta no pro-
cesso produtivo.
É correto o que se afirma em:
a) I apenas.
b) I e II apenas.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.
e) I, II e III.
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137
UNIDADE 1
2. A alternativa correta é: F – F – V – V.
3. Alternativa correta é: e.
138
4. Parente e Barki (2014) citam que entre as vantagens é possível criar uma maior apro-
ximação com o fornecedor e, deste relacionamento, podem surgir resultados mais
positivos com relação à qualidade dos produtos. Outra vantagem está relacionada ao
volume de compras e decisão sobre a linha de produtos, pois a comunicação é mais
efetiva. Já as desvantagens incluem maior complexidade administrativas e de controle
da loja e a necessidade de pessoal qualificado para gerenciar todos os processos de
compra, pois não haverá um intermediário para realizar essa atividade.
UNIDADE 2
Telemarketing: nele, diferentes tipos de serviços e produtos são ofertados por telefone.
É utilizado por empresas de cartões de crédito, seguradoras e editoras.
UNIDADE 3
1. Alternativa correta é a letra C. A geração de dados passou a ser feita por meio do
acompanhamento da navegação dos usuários na internet.
139
2. Alternativa correta é a letra D. Os Megasites são lojas com variedade de mercadoria
muito ampla. Contam com um leque ampliado de serviços e promoções. Geralmente
apresentam sites com excelente interface e ferramentas de interação com o usuário.
Os varejistas deste grupo tendem a ser aqueles com os níveis mais altos de vendas
e incluem algumas empresas que também operam canais físicos para vender seus
produtos.
III – Embora a China e os Estados Unidos concentram grande parcela do mercado de e-com-
merce, as empresas desses países não aparecem entre as maiores do setor (Errado).
II - Empresas virtuais e reais que são as que já existiam nos modelos tradicionais e agre-
garam um site para/ou e-commerce a suas operações (Correto).
UNIDADE 4
140
I - Geralmente a escolha pelos canais levará em conta o objetivo do negócio, as tecnolo-
gias disponíveis e a orientação para o mercado (CORRETO)
II - Os critérios que guiam a escolha por um canal podem ser qualitativos e quantitativos
(CORRETO).
141
UNIDADE 5
III - Especificamente, ela visa colocar os resíduos de volta no processo produtivo (correto).
O E, em ESG, é um critério ambiental, inclui a energia que sua empresa recebe e os resí-
duos que ela descarta, os recursos de que precisa e as consequências para os seres
vivos como resultado dos processos da empresa (verdadeiro).
142