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Loja Virtual e
Merchandising
Indaial – 2022
1a Edição
Elaboração:
Prof. Diogo Xavier Saes
Prof. Wainer Cristiano Cancian
151p.
ISBN 978-85-515-0604-2
ISBN Digital 978-85-515-0601-1
“Graduação - EaD”.
1. Design 2. Loja 3. Merchandising
CDD 658.8
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Olá, caro acadêmico! Seja mais que bem-vindo à nova disciplina que você irá
estudar. Ao longo das próximas páginas, vamos falar bastante sobre uma ferramenta
do marketing que é decisiva em inúmeros modelos de negócio: o merchandising.
Até este momento, você terá visto toda a parte conceitual do merchandising
e os principais tipos de MPDV. Mas de que adianta saber esses itens separadamente
se você não souber trabalhá-los em conjunto? Por isso, a Unidade 3 abordará os
tipos de layout de loja e as técnicas para exposição de produtos a favor das ações de
merchandising.
Ao longo da leitura, você vai perceber a importância do consumidor para se
trabalhar um merchandising maduro. Por isso, ainda, a Unidade 3 resgatará alguns
fundamentos sobre a arte do Vitrinismo, os conceitos sobre a vitrina e todas as formas
que ela se apresenta ao consumidor, buscando, ainda, levar você ao entendimento e
compreensão de como se planejar uma vitrina em seus mínimos detalhes. A Unidade 3
ainda apresentará os tipos de comunicação visual e a montagem da vitrina, para que,
assim, todo o conteúdo a ser abordado seja assimilado e repensado para ser feito na
prática.
QR CODE
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
TÓPICO 2 - VITRINISMO.......................................................................................115
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................115
2 INTRODUÇÃO A VITRINA.................................................................................. 116
2.1 CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DA VITRINA..........................................................117
2.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS NA VITRINA.................................................................... 118
2.3 TIPOS DE VITRINA............................................................................................................ 120
3 VITRINA............................................................................................................. 121
4 O VITRINISTA....................................................................................................124
4.1 O PAPEL DO VITRINISTA...................................................................................................125
5 ESPAÇO DA VITRINA......................................................................................... 126
5.1 CONCEPÇÃO.......................................................................................................................129
RESUMO DO TÓPICO 2.........................................................................................130
AUTOATIVIDADE...................................................................................................131
TÓPICO 3 - VITRINE E SUA COMUNICAÇÃO VISUAL......................................... 133
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 133
2 TEMAS E ESQUEMAS........................................................................................134
3 COMUNICAÇÃO VISUAL................................................................................... 135
4 MONTAGEM.......................................................................................................138
LEITURA COMPLEMENTAR.................................................................................140
RESUMO DO TÓPICO 3.........................................................................................146
AUTOATIVIDADE.................................................................................................. 147
REFERÊNCIAS......................................................................................................149
UNIDADE 1 -
MERCHANDISING:
TÉCNICAS, DEFINIÇÃO E
CONCEITOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer dela, você encontrará autoatividades
com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
O QUE É MERCHANDISING?
1 INTRODUÇÃO
Prezado acadêmico, seja bem-vindo! Você já deve ter ouvido em algum
momento a palavra merchandising e deve ter se perguntado para que serve e qual
é a sua funcionalidade. Apesar de sermos constantemente bombardeados com
informações e conteúdos pelas lojas, muitas vezes, não reconhecemos determinados
significados e nem qual é o motivo dessa abordagem, porém, em nosso inconsciente,
há uma explicação para isso tudo. Há um fator motivador, que acaba fazendo ainda mais
sentido quando efetuamos uma compra mediante uma ação do merchandising.
3
2 INTRODUÇÃO AO MERCHANDISING
Quando falamos em merchandising, muitas vezes, passa um mundo de coisas
em nossos pensamentos sobre o que pode e o que não pode ser. Compreende-se que
é somente a apresentação e venda de um determinado produto ou marca no ponto de
venda, e até pode ser confundido com promoção de vendas. Ao longo dos anos, essa
concepção foi mudando e se aprimorando com as mais variadas técnicas e modelos
pelas quais o merchandising se apresenta.
Para acompanharmos essa evolução conceitual e prática do famoso “merchan”,
vamos, primeiramente, conhecer mais sobre a sua origem etimológica e concepções:
NOTA
O autosserviço é o tipo de estabelecimento comercial em que o
consumidor escolhe o produto que deseja, depois o leva para um
terminal de pagamento (dentro da própria loja), assim como ocorre em
redes de hiper e supermercados, por exemplo.
Fonte: os autores.
4
Esses conceitos não são os únicos que permeiam a esfera do merchandising.
Na atualidade e desde o seu surgimento, ele possui diversos termos e definições, além
de grandes autores que se propuseram a estudá-lo. Dentro de uma perspectiva mais
abrangente, o merchandising, para Lupetti (2003, p. 84), “é um conjunto de ações que
visam construir um cenário favorável para a compra do produto no ponto de venda,
podendo ou não ser fortalecido por aparições da marca de forma casual em programas
de TV, shows etc.”
Seguindo esse passeio conceitual que estamos realizando, temos uma visão
mais ampla, a partir de Zenone e Buairide (2006, p. 123), em que os autores conceituam
merchandising como o “planejamento e a operacionalização de atividades que se
realizam em estabelecimentos comerciais, especialmente em lojas de varejo”.
5
A exposição de produtos, a comunicação e a promoção (que fazem parte do
merchandising), conforme supracitado, estão inseridas em um sistema mercadológico
de bens de consumo. Esse sistema é complexo e tem o objetivo principal de expor ou
apresentar tais bens de consumo de maneira a criar impulsos de compra na mente dos
consumidores (ZENONE; BUAIRIDE, 2006). Com isso em mente, observe a Figura 1:
Figura 1 – Processo de merchandising que tem por objetivo estimular a compra por impulso no ponto de
venda
6
Quadro 1 – Objetivos comuns de merchandising e promoção de vendas
Por fim, Blessa (2014, p. 8) dá ênfase para o merchandising no ponto de venda,
considerando-o como a mídia mais veloz e eficaz, destacando que “é a única [mídia] em
que a mensagem conta com os ‘três elementos-chave’, para a ação de uma venda: o
consumidor, o produto e o dinheiro”.
Deu para notar quão importante o merchandising é para uma loja? Caso não
seja bem elaborado, a chance de percepção dos clientes para o que foi feito é baixa,
gerando gastos desnecessários, o que não é esperado por qualquer empresa.
7
2.1 OBJETIVOS DO MERCHANDISING
Além dos pontos em comum com a promoção de vendas, o merchandising
possui três objetivos principais, que são destacados por Zenone e Buairide (2006):
NOTA
Decisões intermediárias: para muitos consumidores os produtos
similares servem tão bem quanto os de uma marca renomada, por
exemplo. As decisões intermediárias podem ser tomadas com base
em uma marca, uma característica, uso do produto etc
8
Nas lojas conhecidas como “tradicionais”, ou lojas de balcão, o merchandising
comumente existente é o chamado vitrinismo, que consiste em expor os produtos de
maneira a chamar a atenção do cliente para esses produtos, ou seja, os produtos que ali
estão expostos geralmente não estão à venda (servem somente como amostragem) e,
nesses casos, utiliza-se a venda de produtos similares em estoque. Como exemplo para
uma loja de balcão, citamos aquelas lojas de varejo que utilizam um balcão específico
para a venda de celulares e artigos eletrônicos, e possuem os respectivos modelos
em exposição (geralmente para que o cliente possa pegá-los e vê-los funcionando),
mas que, após a compra efetuada, busca o produto lacrado no estoque e repassa ao
consumidor. Alguns outros pontos podem ser apresentados como parte das atividades
do merchandising. Na visão de Zenone e Buairide (2006), são:
9
Figura 2 – Estratégia de merchandising: as diversas atividades desenvolvidas no ponto de venda em parceria
com os fornecedores
INTERESSANTE
Tenha sempre um bom planejamento das ações de
merchandising, para conseguir atingir impacto positivo
em seu consumidor, além de crescimento nas vendas.
Lembre-se de que um consumidor satisfeito sempre
volta e o consumidor insatisfeito, além de não retornar,
não permitirá que outras pessoas voltem!
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Quadro 2 – Dicas de planejamento para um bom merchandising
11
INTERESSANTE
TERCEIRIZAÇÃO DE ATIVIDADES
3 MERCHANDISING TELEVISIVO
Dentre todas as formas conhecidas de merchandising, há uma que gera
discussões das mais variadas, que é o merchandising televisivo. Com o surgimento da
televisão brasileira, por volta de 1950, iniciaram-se também diversas práticas de ações
promocionais nesse ramo. A maior parte dos autores concentrou-se na ideia de que o
merchandising é uma inserção ou menção da marca, produto ou serviço no ponto de
venda, somente.
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Ainda, entre outras definições de merchandising televisivo, destacamos uma
em particular, baseada no conceito americano de tie in. Para Trindade (2007), tie, em
inglês, significa “amarrar”, e in quer dizer “dentro de”. Assim, a utilização de um produto,
marca ou serviço veiculados em uma mídia não publicitária, seja um programa de
televisão, telenovela, ou um cartaz, pode ser entendida como a propaganda tie in. O
autor deixa claro que:
Para exemplificar melhor, você já deve ter assistido a uma novela ou a um
filme e o personagem vai à geladeira, abre um refrigerante de determinada marca,
correto? Ou quando está passando uma cena em que a pessoa vai lavar as roupas e
utiliza aquele sabão em pó em específico, mostrando a embalagem de perto? Esse
processo é considerado como merchandising televisivo. Lembrando que, muitas
vezes, o personagem poderá até mesmo citar o nome da marca ou produto, além de
enfatizar seus benefícios.
1. Na visão de Trindade (2007, p. 343-344), isso quer dizer que “em determinados momentos
as ações de merchandising televisivo terão finalidades exclusivamente comerciais,
visando à divulgação ou promoção de uma mercadoria, marca ou serviço”, o que nos
permite classificar ações de tie-in como merchandising televisivo comercial.
2. Por outro lado, as ações de tie-in também podem ocorrer visando difundir valores positivos
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“para o bem-estar coletivo da sociedade ou prestando um serviço de utilidade pública à
comunidade” (TRINDADE, 2007, p. 343-344). Nesse sentido, a difusão de ideias permite-nos
classificar o tie-in como merchandising televisivo social.
14
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Merchandising é uma técnica muito antiga, podendo ser comparada com a venda por si
só.
15
AUTOATIVIDADE
1 Merchandising é uma ferramenta de Marketing formada pelo conjunto de técnicas
responsáveis pela informação e apresentação destacada dos produtos no ponto de venda,
de maneira que acelere sua rotatividade. Sobre o merchandising, assinale os itens referentes
aos objetivos do merchandising.
I- Menção ao produto
II- Estímulo visual
III- Demonstração sobre uso dos produtos
IV- Apresentação de metas
V- Utilização do produto/ serviço
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3 No Brasil, a prática de merchandising televisivo, principalmente em telenovela, é inigualável
se comparada às ações semelhantes realizadas em outros países. O Brasil, portanto, coloca-
se como doador de um saber publicitário ímpar no que diz respeito ao domínio da técnica de
merchandising televisivo. As práticas de merchandising televisivo como hoje conhecemos
possuem duas formas de apresentar-se ao público. Assinale quais são estas duas formas:
a) ( ) Comercialmente e socialmente.
b) ( ) Fiscal e contábil.
c) ( ) On-line e tradicional.
d) ( ) Político e social.
5 Os varejistas, também conhecidos como intermediários, possuem diversas funções, que são
apresentadas por Las Casas (2000). Dessa forma, disserte sobre a função da distribuição e do
transporte.
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18
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
1 INTRODUÇÃO
Embora todos conheçamos a palavra “varejo”, talvez não saibamos como definir
“marketing de varejo” em contraste com outros tipos de marketing. Em suma, varejo
refere-se a acordos nos quais os produtores vendem produtos a granel a distribuidores a
preços de atacado, que por sua vez os vendem aos consumidores por um preço mais alto
que cobre armazenamento, marketing, mão de obra e outras despesas.
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Quando tratamos de varejo, logo imaginamos a imagem de uma loja, mas
devemos lembrar que o varejo também se apresenta em outros meios: telefone, correio,
internet, e até na casa do consumidor.
Fonte: adaptado de Webster (1974, p. 291 apud LAS CASAS, 2000, p. 18)
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3 ESTRATÉGIA DE VAREJO
O varejo deve ser orientado nas empresas de maneira estratégica, seja o
planejamento realizado formal ou informalmente. A empresa deve atuar de maneira
que conheça o mercado e suas respectivas mudanças, e não deve agir sem avaliar os
possíveis cenários. Pacanowski, Khoury e Reis (2008) destacam que a estratégia é uma
linha de ação que indica como a empresa utilizará seus recursos para obtenção dos
objetivos pretendidos. Compreendemos, então, que se trata de um plano, que ao ser
executado deverá produzir o desempenho esperado, de maneira que os concorrentes
só consigam ter reação muito tempo depois ou a um custo muito elevado.
Daud e Rabello (2007) apontam que tornar essa compra efetiva, confortável,
positiva e, sobretudo, sentida e percebida pelo cliente não pode passar despercebido
por nenhum varejista que se preocupa em melhorar sua relação com seus compradores.
Tais oportunidades de geração de lucros por meio da prestação de serviços vêm sendo
percebidas pela própria indústria. Assim, por exemplo, temos hoje no Brasil a parceria
entre montadoras de carros com empresas de locação, em que passa da venda do
produto, para a venda de um serviço.
5 MARKETING DE VAREJO
Geralmente, há um erro muito comum em compreender que marketing de
varejo e trade marketing são a mesma coisa, mas não são. O trade marketing é uma ação
de marketing advinda do fornecedor para atuar por meio do varejista (intermediário),
promovendo ações no ponto de venda, incentivando a escolha do consumidor por um
produto. Isso não quer dizer que o trade marketing é um desserviço para o varejista,
pois ele representa um verdadeiro serviço em seu favor, porém essas ações visam ao
aumento das vendas de produtos específicos vendidos pelo fornecedor.
21
Em outras palavras, o trade marketing opera como uma campanha de incentivo
ao lojista e vendedores, que recebem benefícios e vantagens da própria marca conforme
a saída do produto em seu estabelecimento.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O trade marketing é uma ação de marketing advinda do fornecedor para atuar por meio do
varejista (intermediário), promovendo ações no ponto de venda, incentivando a escolha do
consumidor por um produto.
• O varejo deve ser orientado nas empresas de maneira estratégica, seja o planejamento
realizado formal ou informalmente.
• A empresa deve atuar de maneira que conheça o mercado e suas respectivas mudanças, e
não deve agir sem avaliar os possíveis cenários.
• O trade marketing opera como uma campanha de incentivo ao lojista e vendedores, que
recebem benefícios e vantagens da própria marca conforme a saída do produto em seu
estabelecimento.
23
AUTOATIVIDADE
1 Um comércio varejista que vende por meio de lojas é chamado de varejo lojista, e
aquele em que se vende diretamente é o não lojista. Muitas empresas atuam em
venda de atacado e varejo. Consideram-se estabelecimentos varejistas aquelas
empresas em que mais de 50% de suas operações são decorrentes de vendas a varejo.
Para a venda aos consumidores finais, há diversas funções desempenhadas pelos
varejistas, também conhecidos como intermediários. Sobre as principais funções de
um intermediário, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
2 Quando tratamos de varejo, logo imaginamos a imagem de uma loja, mas devemos
lembrar que o varejo também se apresenta em outros meios: telefone, correio,
internet, e até na casa do consumidor. Para a venda aos consumidores finais, há
diversas funções desempenhadas pelos varejistas, também conhecidos como
intermediários. Sobre as Principais funções de um intermediário, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Gestão de pessoas: proteger o produto e manter estoques para oferecer melhores serviços ao
consumidor.
( ) Distribuição: comprar em grande quantidade e dividi-la em quantidades desejadas pelos clientes.
( ) Controle de qualidade: avaliar a qualidade dos produtos e ajudar em seu melhoramento.
( ) Transporte: movimentação física do produto do produtor ao consumidor.
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b) ( ) V – F – V – F.
c) ( ) F – V – F – V.
d) ( ) F – V – V – V.
3 Há diversas definições para o varejo. Uma delas, por exemplo, explica que um varejista,
ou uma loja de varejo é qualquer empreendimento comercial cujo faturamento provenha
principalmente da venda de pequenos lotes no varejo, ou seja, qualquer organização que
venda para consumidores finais. Para a venda aos consumidores finais, há diversas funções
desempenhadas pelos varejistas, também conhecidos como intermediários. Sobre as
principais funções de um intermediário, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para
as falsas:
4 O varejo deve ser orientado nas empresas de maneira estratégica, seja o planejamento
realizado formal ou informalmente. A empresa deve atuar de maneira que conheça o
mercado e suas respectivas mudanças, e não deve agir sem avaliar os possíveis cenários.
Qual o conceito de estratégia de varejo?
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UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
PROMOÇÃO DE VENDAS
1 INTRODUÇÃO
Uma promoção de vendas, segundo Perez e Barbosa (2007), é uma estratégia
de marketing em que uma empresa usa campanhas de curto prazo para despertar o
interesse e criar demanda por um produto, serviço ou outras ofertas. Para o autor, as
promoções de vendas podem ter muitos objetivos e resultados ideais.
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Quadro 5 – Tipos de promoção de vendas (pontuais)
• Características de curta duração – uma promoção de vendas deve ser curta, pois
corre o risco de não criar o impacto desejado no consumidor.
• Impacta negativamente as vendas nos meses seguintes – devido à promoção, o
cliente tende a estocar determinado produto que foi ofertado.
• Cria uma “guerra” mercadológica – nos mercados competitivos, os concorrentes
reagem, muitas vezes, rapidamente na criação de estratégias de comunicação, tentando
neutralizar determinada promoção de vendas.
• Gera dependência do consumidor na oferta – a empresa possui dificuldades em
retirar o benefício ou incentivo que foi ofertado anteriormente ao cliente, gerando,
assim, sentimento de insatisfação em relação ao produto ou até mesmo em relação à
empresa.
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Apesar dos inevitáveis riscos, as atividades relacionadas à promoção de vendas
são as que mais continuam a crescer. Como se pode observar, ao que foi apresentado
até aqui, a promoção de vendas é uma excelente ferramenta de apoio estratégico
e, infelizmente, a maioria das empresas ainda utiliza essa ferramenta somente em
momentos de emergência e sem empregar um planejamento adequado, consistindo
em um grande erro (ZENONE; BUAIRIDE, 2006).
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É importante ressaltar que, para atingir objetivos promocionais, é necessário
que a empresa possua um bom planejamento, incluindo datas comemorativas em seu
calendário promocional, assim como a análise dos ambientes sociais, econômicos e
políticos e, também, o perfil do público que pretende atingir.
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Quadro 7 – A diferença entre a promoção de produtos/serviços, de marca e institucional
Tais perguntas devem ser feitas para que você, enquanto gestor, se autoavalie,
pois fácil acesso é geralmente uma das características mais importantes para seus
clientes, e isso não quer dizer que você precisa estar fisicamente ao lado desse cliente.
Nessa concepção de fácil acesso é possível fazermos um estudo híbrido com a loja
virtual (on-line), em que muitas empresas que conhecemos estão vendendo produtos
e serviços pela internet.
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É pertinente enfatizar que Levy (2002) nos deixa claro que a acessibilidade se
vale, grande parte das vezes, em possuir uma página na internet, que pode ser encontrada
rapidamente. Muitas vezes, já nos deparamos com determinadas lojas físicas que só
atuam em determinados locais (cidades ou estados), com uma determinada quantia de
produtos ou segmentos de produtos voltados à somente um público específico. Porém
essa mesma loja atende on-line, trabalhando com outros segmentos e recebendo
outros públicos. Por ser inviável a abertura de tal loja em nossa cidade, há a opção de
comprar tais produtos específicos, ofertados por essa empresa, pela internet.
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O ponto de venda virtual é também toda forma de exposição, compra e venda de produtos
e serviços na web.
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AUTOATIVIDADE
1 Para atingir objetivos promocionais, é necessário que a empresa possua um bom
planejamento, incluindo datas comemorativas em seu calendário promocional, assim
como a análise dos ambientes sociais, econômicos e políticos e, também, o perfil
do público que pretende atingir. Sobre os tipos e promoção, analise as sentenças a
seguir:
I- Promoção de produtos/serviços.
II- Promoção de marca.
III- Promoção institucional.
IV- Promoção de pessoas.
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3 A promoção de vendas (ou marketing promocional) é a atividade estratégica, tática e
de apoio a uma marca, geralmente de curto prazo, projetada para estimular a compra
ou ‘alavancar’ a performance de vendas. Sobre os tipos de promoção de vendas
(pontuais), analise as sentenças a seguir:
I- Vale-brinde.
II- Sorteio.
III- Cupons.
IV- Comercial TV.
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UNIDADE 1 TÓPICO 4 -
MERCHANDISING E OUTRAS TÉCNICAS
1 INTRODUÇÃO
Olá, caro acadêmico! Este tópico procura estimular a sua mente a fazer links
entre o merchandising e algumas outras práticas do marketing. Algumas delas mais
disseminadas do que outras, mas de igual importância. Para esse exercício, elencamos
três delas para dialogarmos com o tão comentado “merchan”, quais sejam: o marketing
direto, o marketing de guerrilha e o neuromarketing.
Desejamos que este tópico desperte sua atenção e interesse, e que sirva
de alicerce para desdobramentos reflexivos futuros em sua jornada profissional. É
interessante pontuarmos que os conteúdos deste tópico são pinceladas quando
comparados às obras completas, pois nosso objetivo paira na superfície desses assuntos
e suas pontes com o merchandising.
É chegado o momento. Vamos lá! Aproveite sua leitura, continue firme nos
estudos e muito sucesso em sua caminhada, sempre!
2 MARKETING DIRETO
Agora é o momento de elencarmos os conceitos e práticas já vistos do
merchandising com o marketing direto. Como será que podemos desenvolver algo assim?
É bem provável que você já tenha olhado ou comprado algo daquelas revistas de
cosméticos, por intermédio de um consultor de vendas. Talvez você seja um consultor
ou uma consultora de vendas. Empresas como Avon, Natura, Tupperware, Eudora, O
Boticário, Jequiti, Mary Kay, entre tantas outras, realizam a prática da venda direta por
meio de consultores de vendas.
37
Imagine, então, um dos catálogos utilizados para realizar os pedidos. Ele vai
conter os lançamentos, as linhas de produtos separadas para cada tipo de tratamento,
dará destaque para alguma campanha em evidência (como algo especial para o dia dos
namorados ou dia das mães, por exemplo), e assim por diante. A maneira como esse
catálogo será elaborado pode recorrer aos conceitos de merchandising para conseguir
melhores impactos e resultados.
NOTA
O que os olhos veem, o coração sente.
(Regina Blessa)
38
DICA
A marca de cosméticos O Boticário iniciou também as vendas por
intermédio do marketing direto. Essa nova forma de abordagem
levou anos de planejamento e a prática foi implementada pouco
a pouco. Para saber mais sobre esse caso de sucesso, acesse
a matéria publicada pela Revista Exame, escrita por Camila
Fusco, disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-exame/
edicoes/968/noticias/ele-vai-bater-sua-porta-558119.
3 MARKETING DE GUERRILHA
O marketing de guerrilha (ou guerrilla marketing) é uma forma de abordagem
utilizada pelo marketing que possui algumas ramificações interessantes. Por exemplo, faz
parte da guerrilha o tipo de batalhas judiciais travadas entre as empresas ou processos
por motivos variados, em função de seguir ou não determinadas leis. Também cabe
na concepção de guerrilha ações publicitárias que atacam diretamente determinado
concorrente. Contudo nem só de brigas e disputas vive o marketing de guerrilha.
Para ilustrar o que acabamos de falar, compartilhamos com você uma ação
presenciada por nós, professor, formando quórum junto aos impactados: em uma
véspera de dia das mães, nós fomos almoçar em um shopping center na cidade de
Maringá, no Paraná. Estávamos comendo tranquilamente um hambúrguer quando uma
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pessoa começou a cantar no meio da praça de alimentação. Em seguida, outra pessoa
deu continuidade à música (agora ela estava vestida como uma atendente de um dos
restaurantes). Então, em outro ponto da praça de alimentação, uma terceira pessoa
(também vestida como atendente de outro restaurante) canta. Em continuidade,
apareceram violinos e violoncelo acompanhando a melodia. Tratava-se de um flash
mob, que são ações coordenadas em lugares públicos por pessoas que aparentam não
se conhecerem, pegando de surpresa aqueles que, por acaso, estão no mesmo local.
Para finalizar, foram entregues botões de rosas para as mães presentes.
Esse flash mob foi promovido pelo shopping center em parceria com uma
emissora de TV. Ele nos impactou em um momento no qual não esperávamos ser
impactado, ele teve uma abordagem bastante curiosa e criativa, e ainda vendeu a
imagem do shopping e dos demais envolvidos, reforçando o posicionamento da marca
junto a todos os envolvidos. Esse caso não se tratou de um produto, mas de uma ação
em que predominou o caráter institucional. Quando (como espectador) percebemos que
se tratava de uma ação, já estava completamente envolvido pelo posicionamento de
marca que ali estava sendo frisado.
DICA
O flash mob mencionado é um caso real e foi realizado
na cidade de Maringá, no Paraná. Ele foi registrado
em vídeo e, após edição, disponibilizado na internet,
sendo compartilhado nas redes sociais do referido
shopping center. Você pode conferir o vídeo dessa ação
acessando o link disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=l7AufEPTOYw.
40
4 NEUROMARKETING
Chegamos à parte final desta unidade e o assunto selecionado para abordarmos
foi o neuromarketing. Você já ouviu falar dele?
NOTA
Eye Tracking é um método para rastrear o olhar de um
indivíduo, apurando os pontos mais observados em seu
campo de visão, identificando o caminho do olhar, onde
ele começa e onde termina, e assim por diante.
41
(GONÇALVES, 2013). É interessante ponderarmos que a prática do neuromarketing não
invalida as pesquisas de mercado, mas as elevam para outra amplitude e outros prismas
para tomada de decisão.
A pesquisa de mercado, por si só, já revelou muita coisa interessante sobre
as técnicas de exposição e ações nos pontos de venda. Mas o neuromarketing, com
essa nova abordagem que vem conquistando as atenções, nos faz questionar “onde
podemos melhorar”?
42
LEITURA
COMPLEMENTAR
ESPALHE SEU MARKETING DE GUERRILHA
Pedro Engler
Sabe quando uma empresa quer investir em uma ação de marketing bacana,
mas não possui verba necessária para isso? Então, esta é uma realidade bastante
comum principalmente entre empresários de pequeno porte.
Assim, para tentar almejar esses resultados de uma Guerrilha bem articulada, é
preciso seguir algumas recomendações, conforme aponta Paulo (2014).
Conheça o Público
A primeira dica é saber com quem você está falando. Pense comigo: se uma
pessoa liga para seu telefone e você não reconhece a voz, não sabe dizer quem é e não
tem a mínima noção do que se trata, como é que você vai conseguir conversar algo
construtivo com ela? Esta mesma premissa vale para uma ação de marketing. Conhecer
seu público-alvo é fundamental para que a elaboração de uma mensagem seja feita de
forma condizente e que venha a surtir resultados positivos. Ainda, quando você sabe
com quem está falando há também a otimização do investimento, uma vez que você
não gasta dinheiro com pessoas que não são clientes potenciais do seu negócio.
Faça Perguntas
Para ter uma melhor orientação de sua situação de mercado e a posição que
você ocupa, é interessante também que algumas perguntas sejam respondidas por
você, tais como: (i) como a vida de seus clientes vai ser facilitada com o que você tem
a oferecer?; (ii) o que o seu público-alvo mais deseja e/ou necessita?; (iii) qual o fator
decisivo para que seu cliente tome a decisão da compra ou não?; e (iv) como é que seu
público toma esta decisão?
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Perceba que, ao responder essas perguntas, você já terá um direcionamento
para traçar uma estratégia mercadológica, tendo como ponto principal o que você está
oferecendo aos clientes.
Valor Agregado
Monitore
Você precisa saber o que dá resultado e o que não dá. Por isso, o acompanhamento
e monitoramento das ações se mostram fundamentais. Para mensurar o sucesso de
uma ação você pode utilizar, por exemplo, a quantidade de clientes que visitou sua loja,
quantos clientes se envolveram com uma promoção, o número de compartilhamentos
e engajamento nas redes sociais e assim por diante. Cada tipo de ação pede um
acompanhamento diferenciado. Por isso, veja qual se encaixa melhor com as suas
condições.
44
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O marketing de guerrilha (ou guerrilla marketing) é uma forma de abordagem utilizada pelo
marketing que possui algumas ramificações interessantes.
• Associando o marketing de guerrilha com o merchandising, temos que esse último pode ser
encarado como uma propaganda que não tem cara de propaganda.
• O marketing de guerrilha pode tanto ser extremamente caro, como ser aplicado com
recursos reduzidos e pontuais.
45
AUTOATIVIDADE
1 A pesquisa de marketing é a função que liga o consumidor, o cliente e o público
ao profissional de marketing por meio de informações, informações usadas para
identificar e definir oportunidades e problemas. O conceito a seguir, refere-se à qual
tipo de marketing.
“É quando uma empresa utiliza mídias alternativas e inusitadas para promover uma experiência
diferenciada junto ao seu público, provocando sensações para surpreender os impactados, e
realizando abordagens em momentos nos quais os consumidores não esperam ser atingidos
por propagandas ou ações comunicacionais”.
46
3 A pesquisa de mercado é uma área amplamente explorada nos campos da
Administração, Marketing e Publicidade. Compreender o mercado, investidas
dos concorrentes e o comportamento do consumidor são alguns exemplos de
aplicabilidade de uma pesquisa. O conceito a seguir, refere-se à qual tipo de marketing.
“Mostrando-se como uma área que vem ganhando cada vez mais descobertas em função dos
avanços tecnológicos e aprofundamento de seus estudos”.
47
REFERÊNCIAS
BLESSA, R. Merchandising no ponto de venda. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2000.
PACANOWSKI, M.; KHOURY, N.; REIS, U. Marketing de varejo. 3. ed. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2008.
48
PEPPERS, D.; ROGERS, M.; DORF, B. Marketing one to one: ferramentas para
implementação de programas de marketing direto one to one. São Paulo: Makron
Books, 2001.
49
50
UNIDADE 2 —
MATERIAIS DE PONTO DE
VENDA (MPDV)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
51
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
Acesse o
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52
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
A IMPORTÂNCIA E INFLUÊNCIA DOS MPDV
1 INTRODUÇÃO
Olá, caro acadêmico, seja bem-vindo! Estamos iniciando a Unidade 2 de nosso
livro didático. É importante que você já tenha conhecido as definições e os objetivos do
merchandising que tratamos na Unidade 1, para que assim possamos explorar novos
caminhos dessa área tão ampla.
Neste tópico, você irá conhecer os Materiais de Ponto De Venda (MPDV), tratando
da sua influência direta na decisão de compra de consumidores e alguns pontos
importantes para a sua fabricação. Vai saber como são as formas possíveis para se obter
eficácia com os MPDV, e todos os procedimentos para a sua confecção.
Como tudo na vida possui seus pontos fortes e fracos, com os Materiais de PDV
não ocorre de maneira diferenciada, e você conseguirá perceber como os pontos fracos
podem se tornar pontos fortes. Assim, terá uma visão mercadológica para que isso ocorra
efetivamente.
53
Nesse âmbito, classificamos os materiais de ponto de venda como tudo aquilo
que utilizamos para a exposição ou anúncio de um produto ou serviço no ponto de venda.
São elementos fundamentais no processo de lembrar, persuadir e informar o consumidor
sobre determinada ação de uma empresa, podendo ser considerados também como uma
ferramenta importante no processo de comunicação, reforçando e ampliando efeitos da
propaganda. Blessa (2014) destaca que alguns pontos devem ser levados em consideração
para a confecção dos MPDV:
· Criatividade: tenha um material criativo, com dimensões apropriadas para o local a ser
aplicado. Nada adianta um material estático que não chame a atenção do consumidor.
· Originalidade: um material inédito, com texto curto, de fácil memorização e com um bom
impacto visual, auxiliará para que a mensagem transmitida seja bem recebida e memorizada.
· Funcionalidade: crie algo simples, com dimensões apropriadas, fácil montagem,
colocação e posição, para que sejam fáceis a adequação e aceitação por parte dos lojistas.
NOTA
“O promotor de vendas é o profissional designado para divulgar,
demonstrar, expor, organizar, alocar e repor produtos dentro do
estabelecimento comercial” (BLESSA, 2014, p. 187).
54
2.1 OBTENDO EFICÁCIA COM OS MPDV
Existem alguns pontos que devem ser observados antes da criação de uma
comunicação utilizando os materiais de ponto de venda para obter o máximo de eficácia
possível. Conforme nos explica Blessa (2014), são:
• A verba disponibilizada: investimentos para os MPDV são essenciais para que se tenha
qualidade e compre materiais que atendam às expectativas do projeto.
• O produto e suas características: tenha muita atenção para que a comunicação não
falhe quanto à apresentação das características e atributos do produto.
• A concorrência: analise a situação da concorrência quanto à ação nos pontos de venda,
para que a sua comunicação não saia igual.
• O público-alvo do ponto de venda: verifique qual o público-alvo potencial antes de
inserir o MPDV no ponto de venda, adequando a comunicação do produto para o público
pretendido.
• A exposição do produto dentro ou fora das gôndolas: um produto por si próprio
conseguirá ser bem exposto no ponto de venda por meio da gôndola, seja nas prateleiras da
gôndola ou por meio de displays.
• A quantia de PDVs que se pretende atender: verifique se será possível atender a
diversos pontos de venda de determinada região.
Após esses pontos serem analisados e bem definidos, será necessário que o
material, segundo Blessa (2014):
55
DICA
Varejo no Brasil: gestão e estratégia
Juracy Parente
Editora: Atlas
Sinopse: este livro oferece conhecimentos
que ajudam estudantes e profissionais
do varejo a entenderem a dinâmica do
mercado e a enfrentarem as mudanças
dramáticas ocorridas no setor. De forma
didática, o autor oferece respostas e
sugestões para questões da estratégia
e da tática varejista em áreas como:
estratégia varejista, pesquisa de mercado,
posicionamento e diferenciação, preços e margens, variedade de
produtos, gerenciamento de categorias, compras e abastecimento,
propaganda e promoções, atendimento, serviços, localização de
novas lojas e na eliminação de desperdícios no varejo.
Comentário: vale o destaque para o Capítulo 11 do livro, chamado
“Apresentação, Layout e Exposição de Produtos”, p. 293-324, que
aborda exclusivamente o merchandising.
Devido às limitações de cada peça, por causa de seu tamanho e colocação no
PDV, devemos calcular bem cada uma delas, de maneira que se aproveite cada espaço
disponível. Isso ocorre pois, muitas vezes, existe a colocação desse material entre
rótulos, o que poderá dificultar a visibilidade. Aqui, a mensagem deve ser simples e curta.
56
Tenha cautela com a poluição visual
Cores que realçam, que são diferentes e até brilhantes, se sobressaem em meio
ao cenário que comumente é poluído das prateleiras. Branco e preto, por exemplo, se
contrastam, mas não criam um clima de compra agradável e desejável.
NOTA
A palavra close é derivada da Língua Inglesa e faz referência ao registro de
uma foto que esteja focada em somente uma parte ou um detalhe do todo
da fotografia.
Atraia o consumidor
Ofereça benefícios e explique por que seu consumidor deve levar seu produto.
Lembre-se de que você pode inventar à vontade. Sua criação deve ser a junção
de uma bela e simples imagem com um texto curto e grosso.
57
Tente imaginar o ambiente no qual a peça será exposta
A linguagem para esses meios deve ser dirigida a quem precisa da sua atenção,
podendo ser uma promoção, por exemplo. Aqui, é válido para as “ofertas relâmpago”, ou
as ofertas da hora.
INTERESSANTE
O que os olhos não veem, o seu consumidor não comprará!
58
Dessa forma, é possível perceber a importância de realizar um material com
qualidade, tendo em mente que não somos exclusivos para esse tipo de trabalho e que
sempre que houver uma falha, haverá alguém que, além de corrigir nossa falha, poderá,
ainda, levar nosso cliente. Devemos ter em mente, ainda, que o consumidor atual não
é o mesmo que o consumidor de 50 anos atrás. Isso é importante para que tenhamos
convicção de que será cada vez mais difícil atraí-lo para nós e, por isso, um trabalho de
qualidade deve ser repensado.
É importante termos em mente que os materiais de PDV são uma ótima opção,
porém possuem suas vantagens e desvantagens que serão abordadas a seguir.
59
Quadro 2 – Pontos fortes dos MPDV
60
• Desrespeito ao material dos fornecedores – a falta de consideração e a atitude de
desrespeito com a qual o varejo trata os materiais produzidos para a promoção dos produtos
são consideradas uma afronta aos esforços dos fornecedores e agências, que possuem,
muitas vezes, verbas escassas. Deve-se deixar claro que os MPDV não são brindes e nem
enfeites de uma loja, são vendas.
• Impedimento na colocação – sem motivo especificado, muitas vezes, os materiais de
PDV são barrados pelo varejo. Nesse caso, é aconselhá- vel que sejam consultadas as opiniões
de alguns varejistas antes mesmo de se iniciar a confecção dos materiais mais inusitados e
inovadores.
• Cobrança de valores na utilização – espaços no PDV são cobrados há muito tempo,
principalmente, se tratando de pontos extras que geram maior rotatividade de produtos. É
importante que haja critérios bem definidos e adequados, para que seja produtiva para os
dois lados do acordo.
• Materiais inadequados para o PDV – é importante que os materiais cumpram a função
para qual foram projetados, se encaixando nos padrões do PDV sem atrapalhar os espaços
das lojas. Cabe ressaltar que a qualidade dos materiais de merchandising ainda deixa a
desejar, devendo ser melhorada.
• Falta de conhecimentos técnicos – existe uma grande poluição visual em grande
parte das lojas e até mesmo a escassez de materiais em algumas outras, o que implica a falta
de conhecimento técnico assim como a falta de critério na seleção.
É possível perceber que todos os pontos fracos podem ser amenizados com
cursos específicos na área de merchandising, assim como prévias amortizações dessas
falhas, buscando transformá-las em pontos fortes, corrigindo os erros antes que o seu
consumidor perceba.
4 MERCHANDISING NA INTERNET
Já sabemos que o merchandising, conforme aprendemos anteriormente,
possui diversas variações, sendo que uma delas, em específico, trata da exposição de
seus produtos ou serviços em uma loja virtual: o merchandising na internet. Por se tratar
de uma prática em expansão no Brasil, ainda há muito o que se aprender quanto a esse
tipo de merchandising, que possui suas diferenças e peculiaridades em relação aos
conceitos que já estudamos neste livro didático.
Devemos deixar claro, se você possui um negócio com lojas físicas e on-line
(bricks-and-clicks), você não possui quaisquer obrigações de vender algum de seus
produtos tanto on-line como off-line, muito menos todos os seus produtos. Ou seja, você
pode ter uma atuação forte nas lojas físicas vendendo, por exemplo, tênis de corrida e,
em sua loja on-line, trabalhar apenas com tênis casuais. Dessa forma, o merchandising
na internet, para Zimmerman (2014, p. 79), “refere-se à seleção e exibição de produtos
em sua loja”.
61
Se você possui poucos produtos para venda, é válido considerar que pode
vender suas peças em outros pontos de venda virtuais, como:
• Mercado Livre.
• E-bay ou Amazon.
• Um distribuidor ou uma loja on-line.
• Um anúncio classificado como a OLX.
São maneiras mais práticas de venda, se considerarmos que você poderá ter
poucas opções de produtos antes de abrir uma loja on-line. É importante rever seu
plano de negócios para determinar se a abertura de uma loja virtual nesse momento
será rentável.
Hoje em dia é possível que o cliente aplique filtros de busca nas páginas, como
selecionar os produtos mais buscados ou até mesmo selecionar por ordem de preço
(do menor para o maior). Você até consegue subdividir as categorias por produtos
masculinos, femininos e infantis, por exemplo.
Ou seja, isso reflete a preocupação em tornar itens acessíveis, em fazer com que
o cliente encontre facilmente o que ele deseja. A organização, estrutura e filtros de busca
de um site interferem na qualidade de navegação dos clientes e, consequentemente,
na incidência de compras. Por isso, deve haver um cuidado maior para que não sejam
misturados ou que fiquem confusos para seu cliente.
Para isso, Zimmerman (2014) recomenda que sejam tomadas algumas decisões
fundamentais de merchandising para cada categoria de produto:
• Escolha quais produtos destacar: os produtos podem ser separados dentro de uma
determinada categoria por serem “sucesso de vendas”, com elevadas margens de lucro. É
recomendado que esses produtos sejam postos no alto da página com algum tipo de
destaque. Os demais produtos são postos em ordem decrescente de importância. O foco do
mercado virtual está nos pontos.
• Ordene os produtos: não se prenda em ordenar seus produtos somente por ordem
alfabética ou por preço. Aqui, você poderá inserir um espaço extra antes do nome do
produto, de maneira que force um item para o topo de exibição na página.
• Forneça páginas com detalhes dos produtos: página individual para um produto
ajuda a exibir algo como um texto pesquisável, opções de cor e tamanho.
62
• Posicione artigos especiais na página: o canto superior de sua página funciona como
uma gôndola em um supermercado, que é o local em que as promoções devem aparecer.
Utilize esse espaço para promoções, brindes, itens sazonais. Faça o link de cada produto
para uma página com detalhes específicos dos produtos, em que seja possível o consumidor
fazer a compra.
Uma pesquisa feita em 2015 pelo SPC Brasil, que considerou os produtos
comprados em 2014, nos dá uma ideia de como alguns produtos têm relação mais
intensa com o público masculino e feminino, conforme a imagem a seguir.
Tenha em mente que, dependendo do segmento optado por você, poderá atrair
mais homens ou mais mulheres para sua página e, por isso, manter o foco é importante.
Lembre-se de que consumidores diferentes requerem ações diferentes.
63
Outro fator relevante é sobre a inclusão de detalhes dos produtos, pois,
geralmente, os clientes utilizam os cinco sentidos durante a avaliação de um produto até
a tomada de decisão de compra. Zimmerman (2014, p. 84) explica que “comprar online
deixa o usuário limitado à visão e ao som, na melhor das hipóteses”. Lembre-se de que
ainda não existe uma forma de seus consumidores sentirem o aroma de um perfume ou
verificarem o tecido de uma roupa. Esse assunto será aprofundado na Unidade 3.
• Contrate um profissional para fazer as fotos. Quanto melhor as fotos, mais visibilidade o
produto terá. Escolha bons ângulos. Caso não consiga contratar um profissional, você pode:
• Comprar uma câmera digital. Hoje, há no mercado câmeras com preços acessíveis, com
qualidades significantes para suas fotos.
• Fazer a montagem de um miniestúdio, que seja simples, utilizando duas luzes, que estejam
postas em cima do produto, em um ângulo de 45 graus.
• Utilizar um tripé.
• Maximize a aparência de suas fotos, utilizando algum software próprio para isso, como o
photoshop, por exemplo.
• Fotografar pessoas utilizando ou posando com seus produtos.
Deixe seu cliente informado da melhor forma possível quanto aos produtos
que ele poderá adquirir em sua loja on-line. O merchandising é uma ferramenta
mercadológica poderosa, quando utilizado corretamente.
64
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Pontos devem ser levados em consideração para a confecção dos MPDV: Criatividade;
Originalidade; e Funcionalidade.
• Existem alguns pontos que devem ser observados antes da criação de uma comunicação
utilizando os materiais de ponto de venda, os pontos são: a verba disponibilizada; o produto
e suas características; a concorrência; o público-alvo do ponto de venda; a exposição do
produto dentro ou fora das gôndolas; e a quantia de PDVs a que se pretende atender.
• Pontos fortes dos MPDV são: custo baixo; hora certa; marketing flexível.
• Pontos fracos dos MPDV são: baixa conscientização; desrespeito ao material dos fornecedores;
impedimento na colocação; cobrança de valores na utilização.
• Se você possui poucos produtos para venda, é válido considerar que pode vender suas peças
em outros pontos de venda virtual, como: Mercado Livre; E-bay ou Amazon; um distribuidor
ou uma loja on-line; um anúncio classificado como a OLX.
65
AUTOATIVIDADE
1 Classificamos os materiais de ponto de venda como tudo aquilo que utilizamos para
a exposição ou anúncio de um produto ou serviço no ponto de venda. São elementos
fundamentais no processo de lembrar, persuadir e informar o consumidor sobre
determinada ação de uma empresa, podendo ser considerados também como uma
ferramenta importante no processo de comunicação, reforçando e ampliando efeitos
da propaganda. Alguns pontos devem ser levados em consideração para a confecção
dos MPDV. Sobre MPDV, assinale os itens referente pontos devem ser levados em
consideração para a confecção dos MPDV.
I- Criatividade
II- Originalidade
III- Funcionalidade
IV- Flexibilidade
I- Custo baixo
II- Impedimento na colocação
III- Hora certa
IV- Marketing Flexível
66
3 A exposição promocional dos MPDV é feita por meio do produto juntamente com
a utilização do material promocional, utilizando-se até mesmo de promotores de
venda, os quais argumentam e reforçam sobre os produtos, com demonstrações e
degustações (quando possível). Sobre os MPDV, assinale os itens referente pontos
fracos dos MPDV.
I- Baixa conscientização
II- Desrespeito ao material dos fornecedores
III- Impedimento na colocação
IV- Marketing Flexível
V- Cobrança de valores na utilização
4 Ainda há muito o que se aprender sobre o merchandising na internet, por se tratar de
uma prática que está em expansão. Considere que você queira abrir uma loja virtual,
porém você possui poucos produtos para a venda e abrir essa loja, nesse momento, se
torna inviável. Com base no exposto e em tudo o que estudamos, explique qual a melhor
alternativa para o caso apresentado. Lembre-se de justificar sua resposta.
67
68
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
TIPOS DE DISPLAYS E DE MATERIAIS DE
COMUNICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
O ambiente e o apelo visual de uma loja podem ter um impacto significativo nas
percepções dos clientes sobre um negócio e é por isso que pode ser importante prestar
atenção aos detalhes dos espaços de varejo físicos. A maneira como uma empresa
exibe mercadorias, por exemplo, pode ter um impacto significativo em suas vendas, o
que, por sua vez, pode afetar sua lucratividade (BLESSA, 2014).
69
2 TIPOS DE DISPLAYS
A função principal do display é expor e evidenciar o produto, deixando-o ao
alcance do consumidor.
Blessa (2014, p. 105) destaca que “é preciso considerar que a embalagem passa
a ser parte de um todo maior ao qual ela deve estar relacionada harmonicamente”. A
autora destaca também que um display deve ter a aparência de uma unidade em que
os produtos se integrem, mas que seja possível distingui-los no ambiente, chamando a
atenção do consumidor.
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/hand-carved-wooden-american-indian-ea-
gle-358992539. Acesso em: 18 ago. 2022
70
2.1 TIPOS DE DISPLAYS E O SEU USO
Os displays geralmente são projetados no papel e reproduzidos em protótipos
para, somente depois, serem fabricados nos materiais adequados, que serão explanados
na sequência. Esse procedimento auxilia principalmente em caso de erros durante a
projeção do display no papel, o que possibilita fazê-lo novamente e, somente após estar
correto, ser fabricado no material final. Também são conhecidos por serem materiais
promocionais e, conforme nos destaca Blessa (2014), são divididos em três categorias
distintas: permanentes, semipermanentes e temporários.
Fonte: https://image.shutterstock.com/image-vector/white-cardboard-blank-empty-displays-
-600w-368253881.jpg. Acesso em: 22 ago. 2022.
71
Dentro dessas três categorias, há também alguns tipos de displays, conforme
explica Blessa (2014). Esses tipos de displays são comentados na sequência.
Displays de chão
Displays de balcão
Displays de prateleira
São parecidos com os displays de balcão, porém eles precisam se encaixar às
prateleiras dos mercados ou lojas. Devem ser fabricados com material resistente devido
ao autosserviço ou o manuseio incorreto.
Outro tipo comum de display de check-out são aqueles em que ofertam produtos
para consumo especial, como fósforos, chicletes, pilhas, entre outros. Para exemplificar:
sabe quando você entra em um mercadinho e, próximo à caixa registradora, existe um
display em que se vendem cigarros? Então, esse é um tipo de display de caixa registradora.
72
Displays gravitacionais
Displays que são ligeiramente inclinados para baixo, em que o produto corre por
meio de um trilho-guia. Geralmente, o abastecimento desse tipo de display é traseiro.
Displays de linha
Servem para expor toda uma linha de produtos correlatos, agregando novos
produtos para com a empresa. Aumentam a imagem institucional para com os
consumidores no PDV.
73
Figura 6 – Display com cestão (expositor + sinalizador)
Displays interativos
74
Displays pre-pack (caixa de embarque)
É importante ressaltar que, apesar de ser um display simples, ele deve ser
bem elaborado, pois há casos em que, durante o projeto do display, a parte do fundo é
esquecida e, quando os produtos estão acabando, os consumidores veem toda a parte
traseira do papelão, assim como os restos. Nesse caso, o correto é inserir uma foto do
produto ou uma mensagem divertida, de modo que dê continuação no display.
75
Figura 8 – Material de comunicação – Adesivo de chão
76
• Take one (pegue um) – dispenser onde se colocam panfletos com informações sobre
promoções ou sobre o produto. Também pode ser utilizado por promotores de venda e,
quando não for utilizado por tais promotores, deve estar em local de fácil visualização.
Fonte: https://image.shutterstock.com/image-photo/red-tag-isolated-on-white-600w-572051395.jpg.
Acesso em: 22 ago. 2022.
• In-Store mídia – TVs interativas em canal fechado dentro do PDV em que são exibidos
comerciais, anúncios de ofertas ou vídeos em ponta de gôndola (passando receitas e
comerciais, por exemplo).
77
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• É preciso considerar que a embalagem passa a ser parte de um todo maior ao qual ela deve
estar relacionada harmonicamente.
• Displays de chão: são grandes e independentes das gôndolas, sustentados por base própria
no chão.
• Displays de prateleira: são parecidos com os displays de balcão, porém eles precisam se
encaixar às prateleiras dos mercados ou lojas.
• Displays gravitacionais: displays que são ligeiramente inclinados para baixo, em que o
produto corre por meio de um trilho-guia.
78
AUTOATIVIDADE
1 Os displays geralmente são projetados no papel e reproduzidos em protótipos para,
somente depois, serem fabricados nos materiais adequados. Esse procedimento
auxilia principalmente em caso de erros durante a projeção do display no papel, o
que possibilita fazê-lo novamente e, somente após estar correto, ser fabricado no
material final. Sobre os displays assinale os itens referente as suas três categorias.
I- Permanentes
II- Parcial
III- Semipermanentes
IV- Temporários
2 O ambiente e o apelo visual de uma loja podem ter um impacto significativo nas
percepções dos clientes sobre um negócio e é por isso que pode ser importante
prestar atenção aos detalhes dos espaços de varejo físicos. A maneira como uma
empresa exibe mercadorias, por exemplo, pode ter um impacto significativo em suas
vendas, o que, por sua vez, pode afetar sua lucratividade. Existem diversos tipos de
displays. Sobre os displays, assinale os itens referentes aos tipos de display.
I- Displays de chão
II- Displays de chão
III- Displays de prateleira
IV- Displays oculto
79
3 Uma exposição de mercadorias é a colocação física de produtos e itens em uma loja de
varejo, pode ser uma maneira poderosa de destacar um produto ou as características
mais importantes de um produto e despertar o interesse dos clientes. Os displays
devem permitir que os produtos se integrem, mas que seja possível fazer a distinção
entre eles, de maneira a chamar a atenção do consumidor. Sobre os displays, analise
as alternativas.
5 Dentre os materiais de ponto de venda existentes, um deles são os displays, que possuem
função de evidenciar um produto aos olhos do consumidor, de maneira que esteja ao seu
alcance. Disserte sobre os Displays interativos.
80
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
AMBIENTAÇÃO, SINESTESIA E
MERCHANDISING
1 INTRODUÇÃO
Ao criar o ambiente de compra, é importante ter em mente quem são seus
clientes desejados. Se seus clientes-alvo são adolescentes, você provavelmente
desejará ter cores vivas e música pop animada tocando em sua loja. Iluminação e
acessórios modernos podem ser tudo o que você precisa para criar uma atmosfera
moderna para clientes jovens (BLESSA, 2012).
Se você possui uma loja de antiguidades e quer um ambiente que reflita isso,
você pode optar por luzes mais fracas. E, neste caso, pode ser aceitável que os clientes
tenham um pouco mais de aglomeração no chão da loja para exibir uma abundância de
itens antigos. Independentemente do ditado, as pessoas julgam um livro pela capa e
julgarão uma loja por sua atmosfera. Se você quiser que os clientes gastem mais tempo
e dinheiro em sua loja, crie um ambiente que eles gostem (BLESSA, 2012).
81
2 AMBIENTAÇÃO (ATMOSFERA DE COMPRA)
Agora que você já conhece os principais tipos de materiais de comunicação
destinados, principalmente, para o ponto de venda, é chegada a hora de estudarmos
como a combinação e arranjo correto desses materiais, somados a outros elementos,
corroboram para a construção estratégica do merchandising.
Essa busca, não só pela atenção dos clientes, mas a busca pelos próprios
clientes, é uma constante nas disputas de share de mercado. O merchandising é uma
das formas de angariar a compra nos pontos de venda, de influenciar, seduzir, cativar e
conquistar o público no momento de sua decisão de compra, naquele momento íntimo
e direto que o consumidor tem, literalmente, o item ao alcance das mãos, quando
ele se encontra cara a cara com um produto/serviço talvez ainda nem desejado. O
merchandising atua nessa vontade do instante, no momento final, na linha de frente.
Como diz Blessa (2012, p. 29), “todo o conjunto de técnicas de exibição de produto é
manejado no sentido de proporcionar maiores vendas”. Por isso, a atmosfera de compra
se mostra como um ponto nevrálgico em suas ações mercadológicas.
NOTA
Recapitulando, share, do inglês, significa partilhar,
compartilhar, dividir. Share de mercado, por sua vez, é a
participação ou fatia de mercado de determinada empresa
perante os demais concorrentes.
82
Dessa forma, Blessa (2012) comenta sobre a existência de cinco princípios
básicos que agradam um consumidor no ponto de venda. São eles:
Uma dica é pensar nesses princípios como se você fosse o seu cliente: será
que a sua loja, escritório, consultório ou qualquer ambiente de trabalho/comércio é
aconchegante? Será que você se sentiria tranquilo e confortável se visitasse um local
semelhante ao que trabalha? Será que você teria dificuldades de encontrar o que
precisa?
Você já parou para se perguntar por que uma consultoria consegue enxergar
coisas que os empresários, mesmo os mais renomados e experientes, não conseguem?
Não é só pelo conhecimento técnico, que é imprescindível (claro!), mas também porque
quem está de fora enxerga detalhes camuflados em meio à correria do dia a dia que as
empresas atravessam.
Essa mesma premissa vale para o merchandising. Por isso, além de pensar como
seu cliente, recomendamos a você chamar algum amigo, um vizinho ou qualquer outro
indivíduo alheio ao seu ambiente de trabalho/vendas para ver como essas pessoas se
comportam, para observar onde o olhar deles repousam, para identificar os pontos mais
atrativos do seu ponto de venda, para deslumbrar comportamentos de quem não está
imerso naquele espaço físico (como é o seu caso).
83
REFLITA
O merchandising no ponto de venda é realizado por meio da
criação de uma atmosfera que induza à compra por impulso
(Regina Blessa, 2012).
Silva (1990, p. 49) comenta que são nas lojas de varejo e de autosserviço que
“mais claramente as técnicas de merchandising podem ser usadas para estimular
impulsos de compra”, ficando mais fácil para você, caro acadêmico, fazer as associações
com esses ambientes comerciais. Mas isso está longe de significar que o merchandising
seja exclusivo desses tipos de ponto de venda. Ao decorrer deste livro você terá a
oportunidade de estudar outras aplicabilidades do “merchan”.
Por ora, foque nos pontos comentados até então. Lembre-se de que uma atmosfera
de compra é fundamental para a aplicação de um merchandising com excelência.
84
3 SINESTESIA E MERCHANDISING
Retomando a discussão sobre os sentidos, podemos ir além do fato de trabalhá-
los separadamente e, apenas em um segundo momento, juntá-los. Por exemplo, a
visão pela visão ou a audição pela audição e só depois juntar visão e audição. Assim,
por que não pensarmos em um merchandising sinestésico? Esse será o assunto que
discorreremos na sequência.
Ainda parece confuso? Ok! Outro exemplo. Leia mentalmente a frase: “Boa noite!”
Pronto? Leu? É provável que você tenha imaginado essa frase com sua própria
voz. Agora, imagine essa mesma frase, mas com a voz do William Bonner: “Boa noite!”;
ou então com a voz do Pedro Bial. Viu só? Você acaba de ter um sentimento sinestésico,
escutando algo mediante os olhos (no caso, da leitura).
DICA
Design de Loja e Merchandising Visual
Naresh Malhotra
Editora: Saraiva
Sinopse: o comportamento do consumidor já foi pauta de muitas
discussões, mas com o crescimento de lojas de
autosserviços, mercados saturados e clientes
cada vez mais exigentes, o design cuidadoso e
científico do ponto de venda tornou-se um fator
crucial para o sucesso de varejistas e empresas
de serviços. “Design de Loja e Merchandising
Visual – Criando Um Ambiente Que Convida A
Comprar” busca trazer sugestões práticas sobre como otimizar o design
de lojas e ambientes de serviços para aumentar a satisfação do cliente
e, claro, as vendas.
85
Parece um paradoxo, não? Como vou escutar um cheiro? Como vou visualizar
uma voz? Eis, meu caro aluno ou minha cara aluna, a “magia” da sinestesia.
“Viu, sentiu”. Você já deve ter ouvido alguém falando isso em algum momento. E
isso faz todo “sentido”, concorda? A nossa visão é o carro chefe do mundo da percepção,
sendo responsável por 83% de toda captação sensorial. A visão é tida como “o primeiro
sentido humano responsável pelo processo de escolha, pois é o primeiro estímulo que
faz o cérebro reagir na direção do produto”, afirma Blessa (2012, p. 13).
A visão é o sentido mais forte para atrair a atenção do seu cliente e, junto a
ela, você pode (e deve!) explorar outros sentidos, procurando ganhar destaque ainda
mais relevante em meio às demais empresas que disputam no mesmo espaço. São
muitos elementos competindo em nosso campo visual, são muitas coisas acontecendo
ao mesmo tempo e o nosso olhar acaba sendo seletivo, filtrando o que mais interessa
para nós e deixando de lado o que nosso cérebro julga desinteressante.
ATENÇÃO
Quais são as marcas que mais provocam lembranças de
sensações em você?
86
Gostaríamos de destacar um dos termos mencionados no parágrafo anterior:
lembrança. A lembrança é uma peça fundamental no processo sinestésico, isso porque
ela servirá como gatilho disparador das sensações associadas. Em outras palavras,
você pode lembrar da imagem de seu namorado ou de sua namorada quando passa
por alguém na rua que usa o mesmo perfume. A imagem da pessoa “apareceu” em
seu pensamento porque o aroma provocou essa lembrança; o visual fora acionado pelo
olfato em função da associação já presente em você, em função da referência retórica
que você carrega, em função da sua lembrança.
Uma imagem pode provocar algo bom em você e algo ruim em outra pessoa, em
função das lembranças que essa imagem traz à tona para cada indivíduo. Eu escutava o
cheiro do bolo da minha bisavó, associando o barulho do forno com o aroma do bolo – uma
lembrança pessoal e presente em meu repertório, em meu legado, em minha bagagem.
87
Quadro 2 – Percepções e sentimentos associados às cores
88
LEITURA
COMPLEMENTAR
SENSORIAL MERCHANDISING: UM EXPERIMENTO NO VAREJO DE MODA PARA
INCLUSÃO DE CONSUMIDORES CEGOS
1 INTRODUÇÃO
89
lidar com a pessoa com deficiência visual (PcDV) é outra dificuldade percebida (FUMARCO,
2017). Em situações de compra no varejo é raro encontrar vendedores treinados para
atender um cliente com qualquer tipo de deficiência (POZZANA; KASTRUP, 2017).
A partir dessas premissas, a pesquisa ora apresentada foi norteada com base no
seguinte questionamento: Que protocolo sensorial de atendimento no varejo de moda
pode incluir o consumidor cego a esse contexto?
90
Sendo assim, o presente estudo observa com especial interesse as Pessoas
com Deficiência Visual. O conceito de deficiência visual é abrangente, visto que engloba
não só a cegueira como também a baixa visão. Antes do desenvolvimento teórico, é
necessário definir a cegueira, que é uma deficiência visual, ou seja, uma limitação de
uma das formas de apreensão de informações do mundo externo, no caso a visão.
Tais elementos visuais não poderão ser percebidos pela PcDV de forma tradicional
e os consumidores cegos podem ter suas capacidades de consumo significativamente
reduzidas por não ficarem ao alcance de tais estímulos (KAUFMAN-SCARBOROUGH,
1999). Criar os estímulos para a PcDV significa atuar diretamente na construção de uma
atmosfera sensitiva-intuitiva (FALCHETTI, PONCHIO; BOTELHO, 2015).
91
Para que a PcDV possa reconhecer alguns desses estímulos e realizar suas
compras nas lojas de varejo como, por exemplo, chegar até um PDV e identificar a cor
do produto, é necessário auxílio, seja de algum funcionário, amigo confiável ou pessoa
da família, e caso possuam opções entre duas ou mais lojas, o fator decisivo será um
ambiente acolhedor que atenda às suas necessidades (BAKER; HOLLAND; KAUFMAN-
SCARBOROUGH, 2007).
92
Em relação ao consumidor deficiente visual, a respeito do uso da cor, a tomada
de decisão encontra suporte na sinestesia, ou seja, quando outros sentidos além da
visão participam, como o paladar, o tato e o olfato, e contribuem para a geração de um
determinado efeito de sentido sobre as cores (FARINA; PEREZ; BASTOS, 2011).
Nos testes seminais desenvolvidos por Favre (1981) sobre a correlação das
cores e sabores, foram determinadas as relações de Acidez (amarelo esverdeado), Doce
(laranja, amarelo, vermelho e rosa), Amargo (azul-marinho, café, verde oliva e o violeta)
e Salgado (cinza esverdeado ou azulado). Os autores também observaram que há uma
associação em relação às cores frias com os sabores amargos, enquanto as cores
quentes relacionam-se com os sabores doces.
Para que o deficiente visual possa perceber todas as relações acima mencionadas
sobre as cores e os cheiros inseridos no PDV é necessária uma harmonização dos
elementos sensoriais diferentemente daquela apreendida pelas pessoas com visão
(MASINI, 1994). Ainda nessa perspectiva, Amedi, Raz, Pianka, Malach e Zohary (2003)
completam que o modo como a PcDV organiza e obtém as informações pode influir
também na memória.
De acordo com Marques (2016), tais informações somente são úteis quando
associadas àquelas pré-existentes à memória, do contrário seriam dados sem sentido,
ou seja, quanto maior for o catálogo/repertório de informações da memória, seja com
informações de origem sensorial ou intelectual, mais sucesso o indivíduo obterá ao
acessar as informações apreendidas.
Treptow (2013) afirma que o olho humano é capaz de diferenciar 350 mil cores
e considera comum aquele momento em que interpretamos alguma cor segundo o
nosso repertório de conhecimento e associamos a essas cores, formas de facilitar o
entendimento da mensagem, isto é, uma referência ligada a elementos da natureza
como, por exemplo, o amarelo-canário, verde-abacate, cinza-chumbo. Algumas
ferramentas facilitam a comunicação e leitura das cores, como o sistema Pantone®
de codificação, que é adotado pelos vários setores da indústria mundial e corresponde
a um código alfanumérico para cores em tecidos ou em papel. O sistema dispõe de
catálogos de cores conforme a sua aplicação: impressa, digital ou sobre tecidos.
93
A cartela de cores utilizada no processo criativo das indústrias de confecção
comunica a tendência de moda no vestuário, promovendo somente o sentido da visão,
ou seja, o acesso a esta forma de comunicação por parte da PcDV até o momento
não existe. Pela dificuldade do varejo de moda em estabelecer uma informação
sobre as cores disponíveis de determinado modelo de roupa, o consumidor cego se
adapta ao ambiente de varejo. Ele utiliza os sentidos do tato e olfato com o objetivo
de conhecerem texturas, tecidos, modelos e para se apropriarem das características
das roupas, desconhecendo realidades que detêm intensos estímulos e apelos visuais
(PINTO; FREITAS, 2013). No ato da compra, a maior dificuldade elencada pelas PcDVs,
segundo os estudos de Pinto e Freitas (2013), foi a escolha da roupa pela cor. Para que
a compra seja efetiva, as PcDVs precisam consultar alguém ou levar alguma pessoa
conhecida para prestar suporte.
Schneider (2017) explica que a cor aparenta ser a característica menos acessível
aos deficientes visuais. Mesmo para os que já enxergaram e se lembram das cores,
há uma sobrecarga cognitiva na necessidade de memorização das cores e de suas
harmonizações. Para os que nunca enxergaram, a situação é ainda mais complicada,
visto que a cor é um conceito abstrato e subjetivo.
Sena (2009) atenta para o fato de que a pessoa cega de nascença encontra
dificuldades naturais para a compreensão dos conceitos visuais, como é o caso da cor.
Assim, para descreverem objetos, elementos da natureza e sensações, os indivíduos
utilizam uma linguagem em que predominam referências a cores e aos nomes das
cores. Isso acontece também com o deficiente visual, pois ele, como os videntes, utiliza
os nomes das cores para se comunicar, apesar de nunca terem percebido a cor. Para
Bianchi, Ramos e Barbosa-Lima (2016) é perfeitamente possível dizer ao cego as cores
de determinado ambiente, estimulá-lo a saber que cor está usando em suas roupas,
que cores combinam ou não, nossas cores preferidas ou falar sobre cores que traduzem
tranquilidade ou estimulação.
Fonte: http://www.spell.org.br/documentos/ver/52238/sensorial-merchandising--um-experimento-no-va-
rejo-de-moda-para-inclusao-de-consumidores-cegos/i/pt-br. Acesso em: 7 ago. 202.
94
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• A lembrança é uma peça fundamental no processo sinestésico, isso porque ela servirá como
gatilho disparador das sensações associadas.
• Uma imagem pode provocar algo bom em você e algo ruim em outra pessoa, em função das
lembranças que essa imagem traz à tona para cada indivíduo.
• A visão é o sentido mais forte para atrair a atenção do seu cliente e, junto a ela, você pode (e
deve!) explorar outros sentidos, procurando ganhar destaque ainda mais relevante em meio
às demais empresas que disputam no mesmo espaço.
• A origem da palavra sinestesia é grega, oriunda de synaísthesis, sendo que “syn” significa
“união” e “esthesia” significa sentido; seria algo como uma “sensação simultânea”.
95
AUTOATIVIDADE
1 Ao se pensar em um merchandising eficaz, é preciso saber sobre alguns itens
necessários para compor uma atmosfera de compra propícia. Sobre isso, leia as
afirmações seguintes e assinale a alternativa que corresponda somente aos itens
necessários para desenvolver uma atmosfera de compra.
96
3 Uma imagem pode provocar algo bom em você e algo ruim em outra pessoa, em
função das lembranças que essa imagem traz à tona para cada indivíduo. Podemos
elencar alguns sentidos e percepções que estão diretamente ligados a determinadas
cores. Assinale a alternativa correta, relacionado as chamadas corres frias.
I- Azul
II- Verde
III- Amarelo
IV- Violeta
V- Vermelho
5 Ao criar o ambiente de compra, é importante ter em mente quem são seus clientes
desejados. Se seus clientes-alvo são adolescentes, você provavelmente desejará
ter cores vivas e música pop animada tocando em sua loja. Iluminação e acessórios
modernos podem ser tudo o que você precisa para criar uma atmosfera moderna para
clientes jovens. Conceitue atmosfera de compra.
97
REFERÊNCIAS
BLESSA, R. Merchandising no ponto de venda. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2000.
98
MASON, J. B.; MAYER, M. L.; WILKINSON, J. B. Modern retailing: theory and pratice. 6.
ed. Chicago: Irwin, 1993.
PACANOWSKI, M.; KHOURY, N.; REIS, U. Marketing de varejo. 3. ed. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2008.
PEPPERS, D.; ROGERS, M.; DORF, B. Marketing one to one: ferramentas para
implementação de programas de marketing direto one to one. São Paulo: Makron
Books, 2001.
99
TRINDADE, E. Merchandising em telenovela: uma estrutura para o consumo. In:
CORRÊA, T. G.; FREITAS, S. G. (Orgs.). Comunicação, marketing, cultura: sentidos da
administração do trabalho e do consumo. São Paulo: ECA/USP; CLC, 1999.
ZIMMERMAN, J. Marketing digital para leigos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
100
UNIDADE 3 —
APLICANDO O
MERCHANDISING
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
101
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 3!
Acesse o
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102
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
LAYOUT DE LOJA E COMUNICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
As primeiras impressões são importantes e, quando se trata de varejo, podem
significar a diferença entre um novo cliente e uma venda perdida. A loja precisa oferecer
a melhor representação visual de seus produtos em todos os momentos. Para um
varejista, isso significa ter uma estratégia de visual merchandising (PARENTE, 2010).
Aprecie a leitura deste livro didático e tenha os olhos bem atentos para todos os
detalhes, que, na maior parte das vezes, fazem toda a diferença. Bons estudos!
103
2 FUNDAMENTOS DE LAYOUT DE LOJA E COMUNICAÇÃO
(TRADICIONAL E ON-LINE)
Depois de ter compreendido a atmosfera de compra e as potencialidades da
sinestesia, agora vamos falar sobre layout de loja e comunicação. É por meio do layout que
se determina, por exemplo, “como os diferentes departamentos vão estar relacionados
e distribuídos na loja, quais departamentos e categorias deverão ocupar as localizações
preferenciais, e quais ficarão nas áreas de menor circulação”, comenta Parente (2010, p.
301). O autor ainda complementa que “o layout deverá também proporcionar um fluxo
suave de tráfego de consumidores, uma atmosfera prazerosa, enfim, um eficiente uso
do espaço” (PARENTE, 2010, p. 301).
Pensar com cuidado nos elementos elencados no Quadro 1 é uma das tarefas
do layout, que tem sua configuração “determinada pelos padrões de circulação e pela
disposição dos equipamentos de exposição de produtos”, comenta Parente (2010, p. 301).
Assim, toda empresa irá adotar combinações diferentes desses elementos para
sanar suas peculiaridades. Dentre as principais possibilidades de tipos de layouts, temos
os conceitos de grade, de fluxo livre, de butique e o de pista (PARENTE, 2010).
104
O layout de fluxo livre permite que o consumidor trafegue pelo estabelecimento
sem um caminho condicionado, facilitando o deslocamento em qualquer direção, como
o que encontramos nas lojas de departamentos.
DICA
As Beer Caves têm o intuito de atender aos consumidores
que decidem comprar cerveja de última hora, sem a chance
de ir a um supermercado, e que precisam do produto gelado,
pronto para o uso. Isso promove comodidade e praticidade ao
público, atendendo a uma demanda que, até então, não tinha
um apelo de venda específico.
Você pode ver mais detalhes sobre a ação da Heineken e
as Beer Caves acessando o link disponível em: https://www.
mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/33545/heineken-
instala-beer-caves-em-lojas-de-conveniencia.html.
Por fim, mas não menos importante, temos o layout de pista, que se assemelha
com o de fluxo livre e o de butique, mas apresenta um corredor principal que conduz o
fluxo dos consumidores ao longo do perímetro da loja.
105
Quadro 2 – Vantagens e desvantagens dos tipos de layout
Fonte: adaptado de Mason, Mayer e Wilkinson (1993 apud PARENTE, 2010, p. 307)
106
Basta você pensar nas mesmas premissas que discutimos aqui, mas procurando
sua aplicabilidade virtual. Por exemplo, espaços entre os corredores deixam o ambiente
mais aconchegante em um supermercado, correto? Espaçamento e alinhamento em um
website deixam a navegação mais agradável e um provedor adequado evita a lentidão
para carregar as informações.
107
Isso nos faz perceber que as técnicas de merchandising não se limitam às
aplicações físicas, podendo ser expandidas para a área virtual de atuação da empresa. A
tecnologia está a favor do “merchan” e o uso de um não exclui a possibilidade do outro.
• Aqueles itens que os clientes geralmente compram por impulso e sem planejamento devem
receber mais espaço de exibição.
• Itens localizados na altura dos olhos possuem maior saída do que os que ficam posicionados
mais perto do chão ou no topo das gôndolas.
• A margem de lucro dos itens expostos deve ser considerada, procurando sempre uma
combinação mais rentável ao lojista.
• Consequentemente, deve-se reservar a altura dos olhos para posicionar os produtos com
maior margem de lucro e que são comprados por impulso.
• Em uma mesma categoria de produtos (refrigerante, por exemplo), os itens devem ser
separados de acordo com a hierarquia de decisão do cliente, dando melhor posicionamento
para aqueles mais procurados (sabor, tamanho da embalagem etc.).
• Os produtos devem ser organizados para facilitar a escolha do cliente. Por exemplo, em lojas
de roupas, deixar separados por tamanhos.
• Organizar produtos que estimulem a compra conjunta, deixando próximos itens associativos,
por exemplo, bolsa feminina e acessórios próximos.
• Colocar produtos de compra planejada próximos àqueles que são comprados por impulso.
Por exemplo, uma tigela plástica ao lado de um cereal matinal, ou um brinquedo para
cachorro ao lado do pacote de ração.
• Colocar produtos de melhor qualidade próximos aos tradicionais, evitando que o cliente
“pule” esse setor. Por exemplo, vinho importado ao lado do nacional.
• Coletar junto aos fornecedores dados sobre os produtos e seus derivados. Geralmente eles
possuem informações riquíssimas sobre o comportamento de compra dos clientes.
• Deve-se lembrar que o consumidor de cada loja possui um padrão de comportamento que
pode diferir de seu concorrente. Por isso, estude o consumidor com cautela ao invés de
copiar ações das outras empresas.
108
Quadro 3 – Métodos de apresentação de mercadoria
Fonte: Dunne e Lusch (1999 apud PARENTE, 2010, p. 321, grifos nossos)
109
Para desenvolver planogramas, Parente (2010) comenta que algumas etapas
devem ser percorridas. São elas: dados dos produtos; dados do equipamento de
exposição; planograma atual; avaliação do planograma; revisão do planograma e
implementação nas lojas. Na sequência, e ainda pautados nos ensinamentos de Parente
(2010), comentaremos cada uma dessas etapas.
• Dados dos Produtos: apura o item a ser exposto, saber sobre o produto a ser vendido. Por
isso, considera histórico de vendas, estoques, abastecimento, custos, preço que o produto é
vendido, informações sobre a identificação visual do item (podendo conter fotos).
• Dados do Equipamento de Exposição: busca informações sobre onde o produto será
exposto, levantando informações como as dimensões do equipamento expositor (gôndola,
araras ou qualquer outro), apurando a largura, comprimento das prateleiras, profundidade
etc.
• Planograma Atual: depois de ter as informações dos produtos e dos equipamentos, há
a representação virtual delas e, assim, é possível elaborar uma prova (também virtual, por
meio do software para elaboração de planogramas), reproduzindo a realidade da empresa,
tais como quantidade em estoque e itens comercializados.
• Avaliação do Planograma: o próprio sistema irá avaliar o planograma elaborado e
sugerir alterações, sejam elas para otimizar os espaços disponíveis, para potencializar as
vendas, para dar maior visibilidade, ou qualquer outra melhoria que possa ser identificada.
• Revisão do Planograma: deve-se considerar o objetivo de cada varejista e, com isso,
incidir um olhar analítico e crítico sob o cronograma elaborado. Ainda, deve-se considerar
a capacidade de reposição de itens e excessos de estoque. Essa etapa procura deixar o
planograma mais alinhado com os objetivos organizacionais.
• Implementação nas Lojas: o planograma finalizado deve ser enviado para as lojas,
que organizarão suas prateleiras de acordo com esse gabarito. É necessário que haja um
monitoramento a fim de comprovar se o planograma foi seguido corretamente.
110
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O layout tipo grade é aquele comum, que encontramos em supermercados, com exposições
retangulares e paralelas, geralmente com corredores de largura homogênea espalhados
pelo estabelecimento.
• O layout de fluxo livre permite que o consumidor trafegue pelo estabelecimento sem um
caminho condicionado, facilitando o deslocamento em qualquer direção, como o que
encontramos nas lojas de departamentos.
• O layout de butique é quando cada categoria de produto encontra um espaço bem definido
dentro da loja, com sua própria identidade e atmosfera de compra.
• Layout de pista, que se assemelha com o de fluxo livre e o de butique, mas apresenta um
corredor principal que conduz o fluxo dos consumidores ao longo do perímetro da loja.
• As etapas para desenvolver planogramas são elas: dados dos produtos; dados do
equipamento de exposição; planograma atual; avaliação do planograma; revisão do
planograma e implementação nas lojas.
111
AUTOATIVIDADE
1 Relacionado as técnicas para exposição de produtos, assinale os itens sobre os
métodos de apresentação de mercadoria.
I- Exposto em prateleiras
II- Em cabides
III- Presos na parede em pedboards
IV- Dobrados
V- Envasilhado
VI- Empilhados
VII- Amontoados
112
3 O merchandising utiliza alguns modelos de layout para pensar na disposição de
uma loja. Um desses modelos apresenta como vantagens pontos como flexibilidade,
encoraja compras por impulso, permite a identificação clara de departamentos
individuais, encoraja compra na loja toda. Ao falar dessas vantagens, estamos nos
referindo ao modelo de layout de:
a) ( ) Grade.
b) ( ) Fluxo livre.
c) ( ) Butique.
d) ( ) Fachada.
e) ( ) Pista.
5 Por meio do layout que se determina, por exemplo, “como os diferentes departamentos
vão estar relacionados e distribuídos na loja, quais departamentos e categorias deverão
ocupar as localizações preferenciais, e quais ficarão nas áreas de menor circulação”.
Existem diversos tipos de layout. Disserte sobre layout butique.
113
114
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
VITRINISMO
1 INTRODUÇÃO
Uma vitrine de loja é a cena que você cria em suas vitrines voltadas para o
exterior e um dos elementos mais poderosos em seu arsenal de merchandising. Suas
vitrines são um instrumento para atrair clientes novos e existentes, exibir novos produtos,
destacar promoções e melhorar a imagem da sua marca (DEMETRESCO; MAIER, 2004).
Para começar a criar uma vitrine, é melhor determinar uma história ou tema que
você deseja incorporar. Ter uma história definida tornará sua vitrine coesa e compreensível
para os clientes e orientará seu próprio processo de criação (LOURENÇO; SAM, 2011).
Uma dica útil para decidir sobre uma história é começar com um tema e depois
passar para algo mais específico a partir daí. Por exemplo, digamos que seu tema seja
viagens. A partir daí, sua história pode ser um cruzeiro tropical ou um refúgio de esqui. Ou
diga que seu tema é Halloween, então você muda para algo como doces ou travessuras
ou uma sessão espírita (DEMETRESCO; MAIER, 2004).
Em um segundo momento, é hora de conhecer a pessoa que dá luz e vida para
a vitrina, o vitrinista. Assim como saberá suas funções, você compreenderá que muito
mais que somente expor um produto, é ele quem fará com que esse mesmo produto
repasse sentimentos e emoções, tudo em uma única criação. Depois, falaremos a
respeito de sua concepção e não pense que é fácil tirar um projeto de um espaço vazio
(DEMETRESCO; MAIER, 2004).
115
2 INTRODUÇÃO A VITRINA
A vitrina é qualificada como um dos Materiais de Ponto de Venda (MPDV) e
que, por se caracterizar como uma arte, também é chamada de vitrinismo. Em outras
palavras, uma vitrina funciona como espelho e é ali que o consumidor espera ver a sua
imagem refletida. Há quem defenda que a vitrina é um palco em que será montado
todo um cenário e as mercadorias são os atores principais (DEMETRESCO; MAIER,
2004). A execução da vitrina exige muito de quem a fará, além de muita criatividade e
dinamismo para que, assim, crie uma atmosfera que estimule a venda de um produto,
possibilitando que a loja tenha uma personalidade própria. Esses são os princípios
mais básicos ao se falar sobre vitrina.
NOTA
Vitrine ou vitrina? As duas palavras são corretas, porém a palavra
vitrina é o termo costumeiramente utilizado no Português Lusitano
para palavras derivadas do francês, enquanto que o Português
Brasileiro se inclina pela terminação em e, no caso de palavras
derivadas do francês, tendo então vitrine.
116
REFLITA
É preciso estudar todas as possibilidades de “falar” com o consumidor por
meio da exposição do produto ou serviço, na qual estes produtos e serviços
devem reinar por excelência no espaço expositivo (LOURENÇO; SAM, 2011).
117
Os pontos elencados no Quadro 4 influenciam no desenvolvimento de uma
vitrina. Assim, quando essa influência é negativa, como uma vitrina mal posicionada e
com espaço inadequado, os vitrinistas ficam mais vulneráveis à repetitividade, uma vez
que as possibilidades ao seu redor são mais escassas. Por isso, essas situações adversas
demandam maior capacidade criativa do profissional para encontrar soluções inusitadas,
adaptando seus recursos e extraindo o máximo de proveito da estrutura à sua disposição.
118
Fonte: o autor
119
NOTA
Vitrina – Construção de Encenações
Sylvia Demetresco
Editora: Senac
Sinopse: o que leva um passante a
não ignorar a vitrina – e sim a deter-se,
encantar-se e envolver-se com o produto
que ela expõe? Neste livro, a relação
vitrinista-comprador em suas múltiplas
e complexas implicações é analisada
por Sylvia Demetresco, responsável
por centenas de vitrinas no Brasil e no
exterior, com sensibilidade e domínio
conceitual.
• Vitrina aberta ou interligada à loja: são vitrinas que não possuem barreiras que
separam o fundo da vitrina para com o interior da loja, constituindo um espaço único de
exposição. Esse tipo de vitrina auxilia no aumento de vendas, pois deixa o público à vontade
para entrar no estabelecimento, pois a sua estrutura facilita a interação com o cliente.
• Vitrina fechada: essa vitrina possui um plano que delimita o seu espaço quanto à
profundidade, podendo ser uma parede fixa ou móvel (biombo, painel etc). Por ter uma
estrutura semelhante a uma caixa, é o tipo de vitrina que mais consegue concentrar a
atenção dos consumidores dentro da loja.
• Vitrina corredor: é geralmente estreita e construída ao longo da entrada. Possui uma
exposição parcial ou total, na diagonal, de maneira a convidar o consumidor a olhá-la e
entrar no recinto.
• Vitrina suspensa: o piso dessa vitrina é construído em altura diferente do chão da loja. É
indicada para mercadorias pequenas, como cosméticos, perfumaria, óculos, joias etc.
• Vitrina mezanino: encontrada na fachada da loja ou em seu interior. Se for construída
junto à fachada, a exposição deve ser voltada para que o cliente tenha a impressão de que
todos os produtos ali expostos parecem ter um tamanho maior que o real. Esse tipo de
vitrina possibilita a utilização de material promocional, como banners ou cartazes, que deem
destaque para campanhas da loja ou promoções.
Já as vitrinas internas são as que também aparecem na parte interna da loja.
Para Lourenço e Sam (2011), podem ser:
120
• Vitrina com múltipla visibilidade: conhecida também como “vitrina aquário”, é
geralmente posta em aeroportos ou nos centros das lojas, podendo ser encontradas também
em stands de feiras promocionais. É construída com vidro em toda a volta e possui diversos
formatos. Esse tipo de vitrina auxilia principalmente a reforçar a imagem do produto, pois
facilita a sua apresentação.
• Nicho: semelhantes aos painéis que foram abordados anteriormente, sendo localizados
geralmente em paredes e corredores. É um espaço pouco profundo, com iluminação própria.
O nicho é comumente utilizado para aproveitamento interno da loja, destacando grupos e
subgrupos de produtos.
• Balcão: conhecido também como balcão de atendimento ao cliente. Usado também
para exibir pequenos produtos, possibilitando a oportunidade de uma nova venda para
o vendedor. É válido lembrar que em algumas lojas o balcão é utilizado somente como
um repositor ou estoque de produtos, o que caracteriza em uso indevido, não sendo
recomendado.
• Gôndolas: comumente utilizadas em supermercados e lojas de departamentos. Esses locais
são disputados pelas empresas para expor seus produtos mediante pagamento. As gôndolas
podem ser fixas ou móveis, com araras, ganchos ou prateleiras.
As vitrinas, sejam elas internas ou externas, devem ser postas e criadas pelos
vitrinistas, que possuem uma importante função, influenciando no resultado da ação. A
seguir, abordaremos sobre esse profissional tão decisivo para as belas e adoráveis vitrinas.
3 VITRINA
Outro ponto de grande valia para as ações de merchandising é a vitrina. Em
algum momento, você já deve ter parado para observar algo em uma vitrina, seja uma
oferta ou uma promoção. A vitrina possui papel fundamental no que chamamos de
visual merchandising, sendo caracterizada como o “primeiro vende- dor” de uma loja.
Muitas vezes, antes de haver um contato direto, face a face com o vendedor, a vitrina
já fez o seu papel.
121
Em uma perspectiva mais abrangente, devemos compreender que o papel da
vitrina está muito além de somente servir como expositor de um produto. Oliveira (1997)
explica que a vitrina existe desde os tempos remotos, sendo inseparável do comércio e
que naquelas épocas não havia vidro para enquadrar as mercadorias. Abrindo portas e
janelas, sobre nichos de madeira posicionados sobre o balcão, lá ficavam os produtos para
o freguês. Percebe como o vitrinismo está presente há muito tempo no comércio? Dessa
época remota para os dias atuais existem grandes transformações e hoje o vitrinismo é
considerado como força persuasiva, espaço de manipulação e fonte de sedução.
NOTA
A vitrina deve ser usada em favor da sua loja. Tenha cuidado para que
ela não fique poluída visualmente, nem que haja misturas de cores
que confundam o produto apresentado com um objeto de decoração.
Outro fator de destaque, segundo Lourenço e Sam (2011, p. 17), é que “é preciso
estudar todas as possibilidades de ‘falar’ com o consumidor por meio da exposição do
produto ou serviço, na qual estes devem reinar por excelência no espaço expositivo”. É
preciso compreender que em grande parte do comércio varejista a vitrina é elaborada
pelos vendedores ou gestores das lojas, o que permite a eles uma mudança maior na
estética e padrões, que muitas vezes são preestabelecidos, permitindo ainda uma maior
criatividade e novas maneiras de expor produtos e serviços.
122
Figura 2 – Vitrina de uma loja Louis Vuitton em Paris
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/paris-france-may-24-louis-vuitton-281168945.
Acesso em: 23 ago. 2022.
1. Análise do produto exposto para a venda: o que é esse produto? Qual a finalidade
dele? Quais as dimensões e formas? Possui quais cores? Etc.
2. Análise do perfil do consumidor: quais características o consumidor possui? Possui
valores? Quais os hábitos desse consumidor? Possui diferenças estéticas e comportamentais?
3. Análise da mensagem a ser recebida: a mensagem passada pela vitrina será fácil de ser
decodificada e entendida pelo consumidor? Deixará alguma dúvida?
• Atrair;
• Mostrar (produtos, serviços, marcas);
123
• Comunicar/informar (mensagem e novidades), permitindo, as- sim, o conhecimento de
lançamentos, tendências, promoções;
• Criar e/ou estabelecer a identidade do consumidor com determinado produto, marca ou
serviço;
• Promover vendas (dar preços e condições de pagamento).
4 O VITRINISTA
Primeiramente, é importante deixar claro que a vitrina, conforme abordamos
anteriormente com todas as suas faces, não é construída somente para expor. Claro
que essa é também uma das suas funções, porém existe alguém por trás dela, que dá a
forma, que embeleza, que cria e a constrói: o vitrinista.
O vitrinista é conhecido também por visual merchandiser. Ele cria a vitrina, para
que haja uma relação entre a loja e o observador (ou entre o comprador e o vendedor),
trabalhando em um mercado dinâmico, em constante transformação. Por isso, é
necessário que a pessoa por trás disso tudo esteja sempre atualizada, buscando novas
técnicas, tendências de mercado, tecnologias e também os materiais disponíveis para a
criação e elaboração de vitrinas (LOURENÇO; SAM, 2011).
NOTA
O fazer vitrinas pode ser um dom inato do sujeito, mas uma
formação séria e comprometida vai, sem dúvida, contribuir para
que ele se qualifique cada vez mais como sujeito competente
para realizar suas performances de montagem e, em última
instância, de diálogos.
(Sylvia Demetresco e Huguette Maier)
124
Lourenço e Sam (2011) complementam que o vitrinista, portanto, é o profissional
que fará com que a vitrina seja percebida pelo seu consumidor e, para que isso ocorra,
a vitrina deve ser conceitualizada de maneira a trazer benefícios, motivar e criar
identificação com os mais diversos públicos. Pode ainda focar em diversos temas
diferentes, como idade, gênero, classe socioeconômica, profissão, cultura etc.
É válido ressaltar que existem algumas regras que variam desde a montagem
de vitrinas, como as que são válidas para os vitrinistas enquanto exercem o seu papel.
Tais regras podem ser quebradas, muitas vezes, durante o percurso de criação, mas isso
não inibe a necessidade de conhecê-las. Assim, conforme explicam Demetresco e Maier
(2004), o vitrinista deve fazer com que o consumidor:
• Sinta a energia e o poder que existem em uma encenação, pois a vitrina parte de uma
encenação a ser criada na mente do consumidor.
• Conheça a velocidade das mudanças e compreenda que nada dura por muito tempo. Tudo
se recria.
• Seja surpreendido pelo agenciamento dos elementos na vitrina.
• Encante-se com a beleza de uma criação original.
• Compreenda sobre o quão complexo e engenhoso o fazer do vitrinista é.
125
O vitrinista deve também saber dar um papel ao produto, de maneira a
transformá-lo desde algo que seja comum para o consumidor ao mais interessante e
complexo, sempre tendo em mente que o produto, ao ser exposto na vitrina, deve ser
um atrativo de olhares, apesar de tudo que o rodear.
Para isso, o vitrinista deve ser uma pessoa com um olhar no passado e outro
no futuro, sabendo utilizar e aproveitar o máximo das culturas diferentes da sua,
recriando gostos e melhorando percepções. O ato de fazer vitrinas requer muito estudo
e preparação, pois é mediante uma formação séria e comprometida que possibilitará ao
vitrinista contribuir de maneira significativa para a construção de vitrinas mais elaboradas.
5 ESPAÇO DA VITRINA
A montagem de uma vitrina exige muito do vitrinista que fará o trabalho.
Além de muita criatividade, Morgan (2011) explica que é essencial conhecer os
recursos disponíveis ao seu alcance e, se possível, trabalhar em um espaço vazio com
características específicas e determinadas.
126
• Luminárias: procure utilizar luminárias de alta qualidade para se obter bons resultados. O
uso correto da iluminação torna a apresentação da vitrina mais atrativa. Para aprofundar seu
conhecimento sobre iluminação você pode conferir a sugestão de leitura complementar ao
final desta unidade.
• Tomadas elétricas: é importante instalar algumas tomadas na vitrina, que devem ficar
ocultas e próximas à vidraça, e um par de tomadas no teto. Poderá ocorrer da necessidade
de utilizar algum adereço que necessite ser ligado à tomada, ou algum outro caso específico.
• Persianas: muitos vitrinistas não gostam que o público os veja executando um projeto,
principalmente, pois esconde a desordem durante a montagem ou desmontagem da
vitrina.
• Fácil acesso: uma porta larga o suficiente facilitará a entrada de gran- des adereços ou
móveis durante a montagem da vitrina.
• Alto-falantes: a segurança é fundamental. Principalmente se for uma grande loja de
departamento. O vitrinista poderá precisar entrar em contato com o exterior da loja e um
sistema de alto-falantes auxiliará com isso. Ou também entrar em contato com o interior da
loja, como no caso de algumas lojas de departamentos em que escutamos alguns anúncios
codificados, em que são pedidos esforços de vendas para um determinado setor, por
exemplo.
• Sprinklers: uma lâmpada superaquecida poderá causar um incêndio. Um sistema de
sprinklers na vitrina ajudará a evitar problemas como esse.
INTERESSANTE
Sprinkler é um dispositivo com sensores que
detectam um ambiente com possibilidades de
incêndio. Ao fazer essa detecção, o próprio
sistema libera água, de maneira a apagar o
incêndio para que não se espalhe pela loja.
127
A Figura 3 retrata a vitrina em seu espaço mais simplista, de maneira a mostrar
todos os itens abordados anteriormente.
Agora você já sabe o que é necessário para estruturar uma vitrina em uma loja.
São muitos detalhes que podem passar despercebidos quando não esquematizados e
devidamente relacionados. Uma vez a estrutura pronta, o próximo passo é pensar na
sua concepção.
128
5.1 CONCEPÇÃO
Para a concepção da vitrina, o primeiro passo é estar familiarizado com o espaço
a ser trabalhado e, assim, iniciar o seu projeto. Nesse momento, o vitrinista precisa
compreender qual o seu objetivo principal ao elaborar a vitrina, além de verificar qual a
intenção que pretende passar ao consumidor: quer atrair? Causar uma boa impressão?
Ou chocá-lo?
Nesse âmbito, o vitrinista pode utilizar das mais variadas técnicas, como
performances ao vivo ou manequins vivos, por exemplo. Você já deve ter reparado que
algumas lojas, durante uma liquidação, utilizam somente a mercadoria com o desconto
para compor a vitrina, não é? Todos esses fatores fazem parte da concepção da vitrina
que um vitrinista deve ter em mente para criar um projeto.
Não pense que é fácil criar uma vitrina que produza no consumidor efeitos
emocionais ou instigantes. Note, portanto, que quanto melhor pensada, a vitrina passará
o efeito desejado, assim como é primordial procurar uma execução que beire a perfeição.
DICA
Além de tudo o que já estudamos sobre vitrina, é sempre bom
conhecer ainda mais sobre o assunto. Para isso, você pode pesquisar
mais sobre vitrinas e concepções no portal especializado, da escritora
Sylvia Demetresco, que aborda vitrinas por meio de fotos que foram
retiradas por Sylvia, em várias partes do mundo, além de artigos e
cases sobre o assunto. Vale a pena conferir e, para isso, acesse o link
disponível em: http://www.vitrina.com.br/.
Outro fator de destaque é que quanto mais simples o projeto, melhor. E nesse
contexto, menos é mais. Busque ainda uma maneira de desenvolver uma linguagem
própria da loja para com o consumidor, de forma que ele reconheça uma vitrina dessa
loja em qualquer lugar. É importante lembrar que o tempo é curto e por isso é necessário
buscar uma concepção que atraia o cliente de imediato, com detalhes que lhe chamem a
atenção e, assim, uma nova compra seja feita. Por fim, a vitrina deve passar informações,
seja sobre um produto e suas funcionalidades ou até mesmo o preço do produto.
129
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Pontos importantes para a criação de uma vitrina são: espaço físico; entorno; e localização da
vitrine.
• As vitrinas possuem dois tipos distintos quanto à sua arquitetura, classificados em: vitrinas
externas e vitrinas internas.
• Balcão: conhecido também como balcão de atendimento ao cliente. Usado também para
exibir pequenos produtos, possibilitando a oportunidade de uma nova venda para o
vendedor.
• Vitrina suspensa: o piso dessa vitrina é construído em altura diferente do chão da loja.
• Vitrina aberta ou interligada à loja: são vitrinas que não possuem barreiras que separam o
fundo da vitrina para com o interior da loja, constituindo um espaço único de exposição.
• Vitrina fechada: essa vitrina possui um plano que delimita o seu espaço quanto à
profundidade, podendo ser uma parede fixa ou móvel (biombo, painel etc).
130
AUTOATIVIDADE
1 O vitrinista deve ser uma pessoa com um olhar no passado e outro no futuro,
sabendo utilizar e aproveitar o máximo das culturas diferentes da sua, recriando
gostos e melhorando percepções. A vitrina possui uma função conhecida como a de
“o primeiro vendedor da loja”, pois é a que geralmente faz o primeiro contato com o
consumidor. Sobre vitrinas, assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Alguns dos objetivos da vitrina são atrair, mostrar e estabelecer a identidade do consumidor
com determinado produto, marca ou serviço.
( ) O papel da vitrina é somente o de expor o produto.
( ) A vitrina também é considerada como a identificação visual de uma loja.
( ) A vitrina pode ser executada por consumidores, permitindo uma mudança na estética e
padrões, conforme a necessidade de cada público-alvo.
2 A vitrina é caracterizada como uma arte complexa, pois exige muito dos atores e
fatores que a compõem em sua totalidade. Dessa forma, analise as afirmativas a
seguir:
131
algo que seja comum para o consumidor ao mais interessante e complexo, sempre
tendo em mente que o produto, ao ser exposto na vitrina, deve ser um atrativo de
olhares, apesar de tudo que o rodear. Sobre vitrinismo, assinale os itens sobre os
pontos importantes para a criação de uma vitrina.
I- Espaço físico.
II- Orçamento.
III- Entorno.
IV- Localização da vitrina.
132
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
VITRINE E SUA COMUNICAÇÃO VISUAL
1 INTRODUÇÃO
À medida que marcas e varejistas procuram cada vez mais investir mais dinheiro
em seus esforços on-line, há uma necessidade reconhecível de lembrar o valor da loja
física de varejo para a experiência do cliente e uma identidade de marca mais ampla.
Mais do que nunca, a loja física tem que ser vista como um lugar para vender mais
do que apenas mercadorias. Os consumidores modernos, especialmente a geração do
milênio, anseiam por experiências.
133
2 TEMAS E ESQUEMAS
Temas e esquemas são, na realidade, o porquê de existir a criação de uma
vitrina. São o “elemento criativo que será utilizado para fortalecer o produto” (MORGAN,
2011, p. 54) e que, em outras palavras, proporcionam uma coerência visual para a vitrina.
Para que você tenha uma ideia de como temas e esquemas funcionam, imagine
que você trabalha em uma loja de roupas. Para criar uma vitrina para a primavera, você
pode incluir flores, um banco tipo de praça e uma parede azul para criar uma atmosfera
de jardim. Tudo depende da criatividade do vitrinista para a elaboração e as maneiras de
combinar temas e esquemas. Considere também que as vitrinas vão variar conforme as
datas especiais, como o dia das mães, dia das crianças ou até mesmo uma liquidação.
Fonte: https://image.shutterstock.com/shutterstock/photos/340147412/display_1500/stock-photo-sin-
gapore-nov-fashion-boutique-outlet-windows-advertisement-with-christmas-340147412.jpg. Acesso
em: 23 ago. 2022.
134
Pode ocorrer de temas e esquemas serem presentes no interior das lojas. Se
utilizados adequadamente, permitirão reforçar ainda mais para os clientes o conceito
que foi aplicado nas vitrinas. Para que isso seja possível, a forma mais fácil e econômica
é utilizar sinalização e elementos gráficos que transmitam a mensagem da vitrina.
Decidir qual tema utilizar em uma vitrina não é tarefa fácil, pois há alguns
fatores que podem dificultar a licença criativa, porém o principal fator é o orçamento
disponibilizado para execução da vitrina. Se o profissional tiver uma maior liberdade
criativa, ele deverá compreender o tema e considerar a imagem da loja e a mensagem
que se pretende transmitir aos consumidores (MORGAN, 2011).
Para exemplificar, imagine que você escolha peças de roupas para períodos mais
quentes e irá expô-las em uma vitrina com o tema de inverno. Além de ficar inadequada,
criará uma mensagem contrária ao que você pensou como seu tema principal. Assim,
analise previamente qual produto será exposto e o esquema da vitrina. Por fim, Morgan
(2011) aconselha ao vitrinista que inicie o projeto com uma análise rigorosa de diversificadas
ideias para o projeto e defina qual mensagem será comunicada aos clientes.
3 COMUNICAÇÃO VISUAL
A vitrina é uma das maiores formas de divulgação que uma loja pode ter. Ela
precisa, em segundos, chamar a atenção de quem passa e convencer essas pessoas
de que o produto que é seu “sonho de consumo” ali está. Para que a comunicação
visual de uma vitrina seja atrativa, ela deve apostar em elementos gráficos, ilustrações,
textos, cores etc.
Com isso, fica claro que a comunicação visual voltada ao vitrinismo consiste em
uma premissa básica de qualquer diálogo: a transmissão de uma mensagem com um
significado. Assim sendo, é pertinente pontuar que “as mensagens têm como intenção
atingir públicos específicos, proporcionando benefícios e motivando o máximo possível
o consumidor quanto aos seus interesses. Elas devem ser claras, objetivas e diretas”
(LOURENÇO; SAM, 2011, p. 87).
135
Conforme Morgan (2011), para que a comunicação visual da vitrina seja efetiva,
ela deve conter:
Para a sinalização em uma vitrina são utilizadas letras em adesivos, feitas por
empresas especializadas. Tais adesivos podem ser postos tanto por dentro quanto por
fora da vitrina, e o recomendado é pelo lado de dentro, haja vista que pelo lado de fora
podem ser retirados por qualquer pessoa.
136
Figura 6 – Exemplo de etiquetas descritivas
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/vintage-style-sale-tags-design-146828684.
Acesso em: 23 ago. 2022.
INTERESSANTE
137
Imagem: graças ao avanço da tecnologia digital, a impressão de fotos em
tamanhos grandes e com qualidade tornou-se possível. Geralmente, as imagens
são criadas para compor um esquema específico da vitrina e podem ser utilizadas
em campanhas publicitárias da loja. As imagens podem ser aplicadas em papéis e
penduradas no teto, aplicadas em vinil e depois afixadas na vitrina. Imagens de grande
escala no vidro da vitrina requerem o trabalho de mais de uma pessoa experiente e são
cuidadosamente posicionadas na vitrina de maneira que não fiquem tortas.
Fonte: https://image.shutterstock.com/image-photo/vienna-september-5-people-visit-600w-140887687.
jpg. Acesso em: 23 ago. 2022.
4 MONTAGEM
A regra mais básica é que nenhum estabelecimento deve ter uma vitrina vazia
por muito tempo e, por isso, é importante estabelecer um período de tempo para montar
a vitrina. Outro ponto a ser destacado é que a vitrina deve ser montada em um único
dia, com exceções de projetos que tenham uma complexidade maior, podendo durar
até dois dias. Uma técnica eficiente é desmontar a vitrina cedo, para que assim não
atrapalhe os clientes, pois pode haver adereços grandes ou produtos que precisem ficar
espalhados pelo interior da loja (MORGAN, 2011).
138
Em casos de lojas em shoppings centers, é comum o trabalho de vitrinismo
acontecer depois das 22h, quando a maioria dos shoppings encerra as atividades
comerciais dos lojistas.
Morgan (2011) explica que o primeiro passo é deixar o local limpo e organizado,
verificando também a parte elétrica (checar se as luzes funcionam corretamente). O
segundo passo é tratar as paredes, pois pode ser preciso pintá-las e, para isso, tenha
cuidado com respingos de tinta pelo chão. Após a verificação básica e a pintura nas
paredes, a montagem pode ser iniciada.
Lembre-se de que a montagem de uma vitrina pode durar horas, por isso, é
importante que pausas sejam feitas, até mesmo para que o vitrinista possa olhar a
vitrina com um outro ângulo, ou tenha ideias criativas e interessantes. Para a montagem
da vitrina, considere sempre que o mais importante é conseguir atrair a atenção do
consumidor e, para isso, cada detalhe fará a diferença se o vitrinista se atentar aos
pequenos detalhes que possuir o projeto por ele elaborado.
139
LEITURA
COMPLEMENTAR
ENCANTOS DOS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS NO VISUAL MERCHANDISING
DAS VITRINAS: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A PERCEPÇÃO DO CONSUMIDOR
NATALENSE
1 INTRODUÇÃO
Sob essa conjuntura que releva a percepção do consumidor e dos fatores que
podem influenciar o processo de decisão de compra do mesmo é que as empresas
estão implementando estratégias para atrair cada vez mais o seu público alvo. E, com
isso, buscam estimular as sensações fazendo com que o consumo ocorra não somente
de maneira racional, mas também de modo emocional.
140
Existe uma grande variedade de opções para os consumidores, é preciso
seduzi-los para que dentro dessas opções eles escolham a de sua preferência e
sejam fiéis a ela, tendo determinada marca sempre em suas memórias quando
surgir à necessidade de compra de determinado produto. Nesse sentido, o Visual
Merchandising concentra-se diante da criação de uma experiência agradável na
relação entre homens e objetos através de uma organização muito bem pensada e
cautelosamente produzida para a diferenciação.
2 APORTE TEÓRICO
2.1 Merchandising
141
uma ação promocional utilizado pelo estabelecimento comercial com objetivo de
proporcionar informação, bem como visibilidade dos produtos, marcas, serviços e
influenciar o comportamento de compra do consumidor.
O visual merchandising não é algo presente somente nos dias atuais, ela surgiu
desde os primórdios quando os comerciantes percebiam que mercadorias que não
eram mais atrativas aos seus clientes poderiam ser reorganizadas de forma a ganhar
destaque novamente.
O conceito da loja pode ser trabalhado sob duas perspectivas: a) de uma ótica
invariável, tanto em sua concepção arquitetônica quanto em sua organização e oferta
e; b) A partir do estudo das particularidades locais da demanda.
143
2.3.2 O ponto de vendas e a sua localização
De modo geral, decidir sobre onde implantar um novo ponto de venda não é
apenas uma questão de localização, independentemente do prestígio que ofereça.
Os objetivos de aumento do faturamento pela criação de novos pontos de venda,
combinados à rentabilidade de cada loja, tornam indispensável à execução de um
estudo extremamente preciso das condições de implantação das futuras butiques
(SACKRIDER; GUIDÉ; HERVÉ, 2009, p. 179).
Para Sackrider, Guidé e Hervé (2009, p. 180), “o aspecto exterior da loja, deve
capturar a atenção das pessoas e permitir afirmar, de modo muito claro e sem nenhum
equívoco para o consumidor, sua vocação”. Ainda para Sackrider, Guidé e Hervé (2009,
p. 181), “a fachada deve permitir avistar a loja de longe, vê-la de frente, mas também, se
possível de vários ângulos, se existir a possibilidade de explorar um espaço que possua
dupla ou mesmo uma tripla exposição”.
144
Fortes (2008, p. 22) mostra a importância da fachada quando diz que,
Uma vez na fachada da loja, o cliente deve ter o seu acesso e a sua recepção
favorecidos pela arquitetura do ponto de venda. Não se pode deixar que ele seja
obrigado a ultrapassar diversos obstáculos para ai sim conseguir entrar na loja. Outro
ponto importante é a iluminação, que na parte exterior do estabelecimento permite uma
melhor visão nas horas escuras do dia, destacando o logotipo, por exemplo, (SACKRIDER;
GUIDÉ; HERVÉ, 2009).
Maier e Demetresco (2004, p. 18) afirmam que: “Quanto mais persuasiva for a
vitrina, maior o seu poder para fazer com que o consumidor queira ou deva entrar em
conjunção com o que é exposto no quadrilátero encantador, sedutor, tentador etc.”
FONTE: http://www.spell.org.br/documentos/ver/37068/encantos-dos-elementos-constitutivos-no-visu-
al-merchandising-das-vitrinas--um-estudo-de-caso-sobre-a-percepcao-do-consumidor-natalense/i/pt-br.
Acesso em: 7 ago. 2022.
145
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Temas e esquemas são, na realidade, o porquê de existir a criação de uma vitrina. São o
“elemento criativo que será utilizado para fortalecer o produto”.
• Os vitrinistas utilizam temas e esquemas para contar uma história, inspirar o consumidor etc.
• Decidir qual tema utilizar em uma vitrina não é uma tarefa fácil, pois há alguns fatores que
podem dificultar a licença criativa, porém o principal fator é o orçamento disponibilizado
para execução da vitrina.
• A vitrina é uma das maiores formas de divulgação que uma loja pode ter.
• Sinalização: a regra mais básica é que o excessivo uso de sinalização na vitrina confunde o
consumidor.
• Etiquetas descritivas: utilizadas de maneira informativa aos clientes sobre a localização dos
produtos e preços.
146
AUTOATIVIDADE
1 Temas e esquemas compreendem todo o elemento criativo que será utilizado para
fortalecer o produto e, dentre outras características, são a explicação do porquê sua
criação deve existir. Assim, analise as afirmações a seguir e assinale a correta:
2 A vitrina é uma das maiores formas de divulgação que uma loja pode ter. Ela precisa,
em segundos, chamar a atenção de quem passa e convencer essas pessoas de que
o produto que é seu “sonho de consumo” ali está. Para que a comunicação visual
de uma vitrina seja atrativa, ela deve apostar em elementos gráficos, ilustrações,
textos, cores etc. Sobre comunicação visual da vitrina seja efetiva, quais itens ela
deve conter:
I- Sinalização
II- Etiquetas descritivas
III- Imagem
IV- Música
147
3 Os meios de comunicação são importantes canais entre produto e consumidor. Muitas
vezes os apelos da comunicação remetem sinais e imagens de forma descuidada
e quando são misturados a cores e imagens, nos levam a um mundo em que não
conseguimos captar metade do que está diante dos nossos olhos. Relacionado ao
conceito a seguir:
“utilizadas de maneira informativa aos clientes sobre a localização dos produtos e preços.”
4 A vitrina é uma das maiores formas de divulgação que uma loja pode ter. Ela precisa,
em segundos, chamar a atenção de quem passa e convencer essas pessoas de que o
produto que é seu “sonho de consumo” ali está. Para que a comunicação visual de uma
vitrina seja atrativa, ela deve apostar em elementos gráficos, ilustrações, textos, cores
etc. Disserte sobre sinalização em uma vitrina
5 A montagem de uma vitrina pode durar horas, por isso, é importante que pausas sejam
feitas, até mesmo para que o vitrinista possa olhar a vitrina com um outro ângulo, ou
tenha ideias criativas e interessantes. A montagem de uma vitrine deve ser feita seguindo
alguns passos. Disserte sobre os passos a serem seguidos para montar uma vitrine.
148
REFERÊNCIAS
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KOTLER, P. Administração de marketing. 10. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
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Editora FGV, 2008.
PEPPERS, D.; ROGERS, M.; DORF, B. Marketing One to One: ferramentas para
implementação de programas de marketing direto one to one. São Paulo: Makron
Books, 2001.
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(Orgs.). Hiperpublicidade: fundamentos e interfaces. São Paulo: Thomson Learning,
2007.
ZIMMERMAN, J. Marketing Digital para Leigos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
151