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de Comunicação
e Marketing
Indaial – 2021
1a Edição
Elaboração:
Prof. Ligia Melissa Oechsler Brandt
a
B821g
ISBN 978-65-5663-606-1
ISBN Digital 978-65-5663-605-4
CDD 650
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Este livro apresenta todo o conteúdo pertinente à Disciplina de Gestão Estra-
tégica de Comunicação e Marketing. Aqui, você acadêmico, encontrará os conceitos e
aplicações acerca dos temas que compõem a disciplina.
A unidade inicia com um panorama geral de conceitos para que seja possível a
análise de uma etapa anterior do PEM: o planejamento estratégico corporativo, que tem
o objetivo de dar forma aos negócios e produtos da empresa, e envolvem a definição
de etapas como missão, visão, valores, análise SWOT e a arquitetura estratégica
da organização, de onde partem definições como políticas, práticas de mercado e o
planejamento estratégico de marketing.
Bons estudos!
GIO
Olá, eu sou a Gio!
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
REFERÊNCIAS........................................................................................................60
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 122
REFERÊNCIAS......................................................................................................183
UNIDADE 1 -
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO DE
MARKETING
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
CONCEITOS E APLICAÇÕES DO
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE
MARKETING (PEM)
1 INTRODUÇÃO
Sabemos que o sucesso de uma organização depende de inúmeros fatores, que
vão desde a gestão eficiente às diversas decisões envolvendo os direcionamentos es-
tratégicos. Nesse sentido, o planejamento estratégico torna-se fundamental para que a
organização desenvolva uma visão de médio e longo prazo no alcance dos seus objeti-
vos. E a partir dessas definições, há uma série de desdobramentos envolvendo todos os
níveis e áreas da organização, que estará orientada para uma única direção.
2 CONCEITO GERAL
O planejamento estratégico de marketing é um documento usado para
guiar as ações de uma organização em relação ao seu posicionamento de mercado, em
busca de um determinado objetivo, e busca exprimir, de um modo claro e sistemático,
as opções escolhidas pela empresa de forma a assegurar o seu desenvolvimento a
médio e longo prazo. (LAMBIN, 2000).
3
NOTA
O Planejamento Estratégico de Marketing recebe a abreviação de PEM.
Nesse sentido, a sigla PEM utilizada neste conteúdo, refere-se à expressão
“Planejamento Estratégico de Marketing”.
3 O MARKETING É ESTRATÉGICO?
Para Varadarajan (2010), o marketing é essencialmente estratégico! E as
decisões estratégicas de marketing podem ser vistas também como decisões organi-
zacionais que terão um grande impacto no desempenho da empresa, especialmente no
longo prazo.
4
No quadro a seguir, Cravens e Piercy (2006) descrevem as etapas e atividades
de cada processo:
5
3.1.1 o que é planejamento estratégico?
Para Kotler (2000) o planejamento estratégico orientado para o mercado é o
processo gerencial de desenvolvimento e manutenção de uma adequação viável entre
objetivos, habilidades e recursos da organização e suas oportunidades em um mercado em
constante mudança. Na prática, isso significa planejar de modo que a empresa descubra
e aproveite as oportunidades de forma mais compatível com os seus recursos (dinheiro,
capital humano, intelectual, produtos diferenciados e outras vantagens que tenha
frente aos concorrentes), estabelecendo objetivos (o que) e estratégias (como).
6
FIGURA 2 – PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
7
FIGURA 3 – MISSÃO, VISÃO E VALORES DA REDE MAGAZINE LUIZA
Missão
Ser uma empresa competitiva, inovadora e ousada que visa sempre o bem-estar comum.
Visão
Ser o grupo mais inovador do varejo nacional, oferecendo diversas linhas de produtos e serviços para a fa-
mília brasileira Estar presente onde, quando e como o cliente desejar, seja em lojas físicas, virtuais ou online.
Encantar sempre o cliente com o melhor time do varejo, um atendimento diferenciado e preços competitivos.
Valores e Princípios
FONTE: <http://site-origin.magazineluiza.com.br/quem-somos/perfil-da-empresa/>.
Acesso em: 30 set. 2020.
Missão
Visão
8
FIGURA 5 – MISSÃO, VISÃO E VALORES DA UNIMED PARANÁ
Missão:
Proporcionar a sustentabilidade e a integração do Sistema Unimed do Paraná, provendo soluções de ex-
celência a suas Federadas, alicerçada nos principios cooperativistas.
Visão:
Ser promotora de um Sistema de Saúde Cooperativo integrado, eficiente e inovador, com novos modelos
de negócio e foco na excelência dos cuidados.
Valores:
Cooperativismo, ética, transparência, respeito, responsabilidade socioambiental, inovação, parceria, in-
tercooperação.
Política de Qualidade:
Trabalhar para obter a satisfação de suas federadas e de seus beneficiários com serviços de excelência,
desenvolvendo e aprimorando, continuamente, as competências de seus dirigentes e colaboradores e
investindo em ações que fomentem o crescimento sustentável e a qualidade de vida
FONTE: <https://www.unimed.coop.br/web/parana/unimed-parana/nossa-missao>.
Acesso em: 30 set. 2020.
Existem fatores que contribuem mais do que outros para o sucesso de uma
organização e por meio da avaliação desses fatores, é possível analisar informações que
serão úteis na seleção das estratégias a serem adotadas. Alguns exemplos de fatores
críticos de sucesso: reputação da empresa, solidez financeira, qualificação dos gestores,
tecnologia disponível, expertise em algum processo; distribuição e logística, relação
com fornecedores.
9
FIGURA 6 – ANÁLISE SWOT
10
(4) Esse passo é caracterizado pela montagem de uma arquitetura estratégica
que permite à empresa aproveitar as oportunidades mapeadas e de forma mais
estruturada, com a clara definição de seus objetivos e estratégias empresariais. É nesse
passo que se desenvolve o planejamento estratégico de marketing e outros planos
estratégicos que envolvam áreas de produção e financeiro por exemplo.
(5) É importante pontuar que não adianta ter um ótimo plano que não seja
implantado. Por isso, o último passo faz o planejamento acontecer na prática. Define
uma programação de ações baseado em projeções e avaliações durante todo o processo.
Vamos ilustrar melhor este passo ao abordar o plano de marketing.
11
IMPORTANTE
Existem abordagens distintas em relação aos conceitos de planejamento
estratégico e PEM. Alguns autores defendem que o conceito de marketing
deve ser agregado ao planejamento estratégico, ampliando seu escopo.
Como resultado, a empresa já definiria toda a sua estratégia orientada
para o mercado, o que a deixaria mais competitiva. A maior parte
dos autores, porém, defendem a abordagem de que o planejamento
estratégico de marketing nasce do planejamento estratégico corporativo,
fornecendo a ligação entre os objetivos estratégicos da empresa e os
programas de marketing específicos.
12
Na Figura 9 é possível visualizar o papel do PEM no planejamento estratégico
corporativo:
13
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
14
AUTOATIVIDADE
1 O planejamento estratégico de marketing nasce a partir das decisões tomadas
no planejamento estratégico corporativo e desencadeia uma série de decisões
estratégicas que formarão o posicionamento da empresa e suas respectivas decisões
de comunicação e marketing. Nesse sentido, é CORRETO afirmar que:
a) ( ) Análise dos ambientes interno e externo; análise das forças e fraquezas; missão
e visão.
b) ( ) Definição da segmentação, definição do posicionamento, definição das personas.
c) ( ) Análise da situação estratégica; Definição das estratégias de marketing; Desenvol-
vimento do plano de marketing; Planejamento estratégico de marketing.
d) ( ) Todas as definições anteriores compõem o fluxo contínuo descrito por Cravens e
Piercy (2006).
15
3 Segundo Kotler (2000); Neves (2005) e Silva (2015), o planejamento estratégico é a for-
malização dos objetivos de uma organização e deve ser desenvolvido em cinco passos.
a) ( ) Definição da missão, visão e valores; análise dos fatores críticos de sucesso; iden-
tificação das oportunidades e ameaças; arquitetura estratégica; plano de Ação
b) ( ) Definição da missão, visão e valores; avaliação dos possíveis cenários do negócio;
análise SWOT; definição do PEM; plano de ação.
c) ( ) Definição da missão, visão e valores; análise de cenários; identificação das oportuni-
dades; desenvolvimento do PEM; implementação e avaliação.
d) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
16
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
ETAPAS DO PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO DE MARKETING – DECISÕES
ESTRATÉGICAS DE MARKETING
1 INTRODUÇÃO
Verificamos no Tópico 1 que as estratégias corporativas se tratam de um dire-
cionamento geral que envolve todas as atividades da empresa, ao passo que as estra-
tégias vinculadas ao marketing são direcionamentos específicos e relacionados a cada
atividade de marketing da empresa (SILVA, 2015).
Neste tópico, também faremos a análise das aplicações das decisões estraté-
gicas de marketing e seus níveis na organização. E a partir desta análise, compreen-
deremos os principais aspectos ligados à definição do posicionamento e do público-
-alvo/personas.
17
• Ênfase em segmentação de mercado.
• Seleção do mercado-alvo e posicionamento.
• Uso de informação sobre o consumidor como um bem estratégico.
• Foco nos benefícios e serviços para o consumidor.
• Melhoramento e inovação contínua.
• Definição de qualidade baseada nas expectativas dos clientes.
• Comprometimento em obter a melhor informação tecnológica disponível.
ATENÇÃO
Para que a organização consiga fazer uma correta avaliação de todos esses
processos, identificando as melhores oportunidades de mercado e adaptando
seus produtos e serviços, é necessário que ela construa mecanismos que per-
mitam a coleta e análise de dados do ambiente e distribua essas informações
para quem toma as decisões. Esse é o papel do Sistema de Informação de
Marketing (SIM) (FLORES, 2019).
Mattar et al. (2009) apresenta os principais aspectos que devem ser avaliados
no SIM, conforme Figura 10.
. .
18
Somente com base em informações deste tipo será possível avaliar correta-
mente os riscos e consequências das várias linhas de ação alternativas, e escolher
aquela que melhor se alinhe com o posicionamento estratégico da organização (MAT-
TAR et al., 2009).
19
Dessa forma, os autores reforçam a relação entre a tomada de decisões e
a necessidade de se coletar e analisar dados e não com a origem e a distribuição das
informações (FLORES, 2019).
20
FIGURA 13 – TRIPÉ DO SIM
21
2.2.1 Os níveis da decisão
As organizações, independentemente do seu ramo ou porte, possuem três
níveis de tomada de decisão:
• 1– Nível estratégico.
• 2 – Nível tático.
• 3 – Nível operacional.
22
FIGURA 15 – ESCOLHAS QUE ENVOLVEM QUAIS MERCADOS ATUAR OU INSERIR NOVOS
PRODUTOS OU REFORMULAÇÕES, FAZEM PARTE DO NÍVEL ESTRATÉGICO
FONTE: <https://link.estadao.com.br/noticias/empresas,instagram-comeca-teste-para-esconder-
curtidas-e-visualizacoes-no-brasil,70002924531>. Acesso em: 30 set. 2020.
Por fim, o nível operacional cuida do aspecto prático das decisões e de como
alcançar os objetivos e metas definidos, ou seja, de como as decisões estratégicas
e táticas devem ser operacionalizadas e executadas. Neste nível, as decisões são
estruturadas, repetitivas e rotineiras, envolvendo procedimentos pré-definidos e são
tomadas geralmente por equipes operacionais, remetendo aos problemas do dia a dia,
tais como fechamento de propostas, concessão de descontos e ofertas especiais, entre
outros (FLORES, 2019; LAUDON; LAUDON, 2007).
23
3 ESTRATÉGIA – TÁTICA – OPERAÇÃO
Mattar et al. (2009) apresentam algumas definições de estratégia e tática de
marketing:
24
Agora que compreendemos melhor como estão estruturados os níveis de deci-
são, vamos analisar os aspectos que devem ser considerados nas decisões estratégicas
de marketing.
FONTE: Adaptado de Mattar et al. (2009), Cravens, Piercy (2006), Hooley, Saunders, Piercy (2005)
e Lambin (2000)
25
As decisões estratégicas de marketing podem ser agrupadas em três
dimensões (considerando a orientação estratégica da empresa, ambientes externos
e internos da organização e cultura): a) decisões estratégicas de marketing focadas
no resultado; b) decisões estratégicas de marketing focadas no mercado; c) decisões
estratégicas de marketing focadas na concorrência (PEREIRA, 2009).
26
Estratégia de marketing indiferenciado,
que compreende a oferta de um produto
padrão para todo o mercado;
Estratégia de posicionamento e
diferenciação, que atende todas as demais
estratégias, porém foca na comunicação
do diferencial competitivo segundo
os parâmetros de valor para o cliente,
oferecidos pela empresa-produto.
27
Estratégias defensivas e de
manutenção, que são medidas para
proteger determinada posição alcançada
(geralmente de liderança);
Estratégias de marketing na
hipercompetição, que são decisões
tomadas em mercados hipercompetitivos
São decisões que objetivam
em que predomina o clima de conflito
a manutenção e defesa
estratégico. Diversos movimentos de ataque,
da posição atual, ações
defesa e contra-ataque ocorrem no sentido
voltadas à busca de posições
de as empresas tentarem dominar a dinâmica
Focadas na mais fortes, movimentos
do mercado e neutralizar as potencialidades
concorrência estratégicos para neutralizar
dos concorrentes;
as potencialidades do
concorrente, foco em nichos
Estratégia de especialização que
de mercado que são mal
corresponde à opção da aquisição de
atendidos pela concorrência.
vantagem concorrencial através da
especialização/foco em determinado nicho de
mercado no qual a concorrência não possua
recursos ou não considere interessante
competir com um nível de excelência;
28
• Estratégias focadas em resultados:
FONTE: <https://www.tecmundo.com.br/produto/191305-amazfit-band-5-lancada-suporte-alexa-
oximetria.htm>. Acesso em: 30 set. 2020.
FONTE: <https://www.tecmundo.com.br/produto/177224-oculos-inteligente-promete-te-impedir-
procrastinar.htm>. Acesso em: 30 set. 2020.
29
• Estratégias focadas no mercado:
FONTE: <https://www.tecmundo.com.br/produto/204335-adidas-lego-lancam-tenis-inspirado-
blocos-montar.htm>. Acesso em: 30 set. 2020.
FONTE: <https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2015/05/12/quem-disse-
berenice-inova-mercado.html>. Acesso em: 30 set. 2020.
30
• Estratégias focadas na concorrência:
FONTE: <https://www.tecmundo.com.br/produto/177393-honor-magicbook-pro-novo-
concorrente-apple-macbook-pro.htm>. Acesso em: 30 set. 2020.
FONTE: <https://tudosobreincentivos.com.br/fidelizacao-para-streaming/>.
Acesso em: 30 set. 2020.
31
DICAS
O site Tecmundo apresenta conteúdos voltados às novidades e inovações
dos mais diversos segmentos. É possível acompanhar as movimentações do
mercado e das marcas, além de pesquisas e dados de consumo. Acesse na
íntegra em: https://www.tecmundo.com.br/.
4 POSICIONAMENTO
Como foi possível verificar anteriormente, as decisões estratégicas de marketing
envolvem tanto a dimensão de resultado, mercado ou concorrência quanto as definições
ao posicionamento estratégico da organização. Por isso, agora, vamos analisar quais
aspectos devem ser considerados quanto às decisões voltadas ao posicionamento.
ATENÇÃO
Na mente dos clientes, produtos são inicialmente agrupados em classes,
depois em categorias de produto, tipo de produto e, ao final, por marca. A
organização em categorias de produto que está na memória do cliente
tem um importante papel em sua tomada de decisão (KELLER, 2003). Ao
compreendermos essa lógica, é possível afirmar que posicionar a marca ou
empresa é de fundamental importância para que seja possível alcançar os
resultados estratégicos de marketing desejados.
32
Toledo, Campomar e Toledo (2006) apontam que a orientação estratégica será
o suporte do processo pelo qual a empresa procurará definir os segmentos de mercado,
direcionar seus esforços para um ou mais segmentos e ajustar ou desenvolver produ-
tos, sendo assim, o posicionamento é resultado do trabalho desenvolvido pelo marke-
ting estratégico.
Ries e Trout (2002) colocam que após a era do produto, onde os profissionais de
propaganda buscavam uma proposição única de venda, e da era da imagem, onde as
empresas percebem que a imagem ou reputação do produto é ainda mais importante
para a venda do que qualquer característica que ele possua, surge a partir da década de
1980 a era do posicionamento.
33
Exemplos práticos:
FONTE: <https://www.dove.com/br/historias-Dove/campanhas/retratos-da-real-beleza.html>.
Acesso em: 30 set. 2020.
FIGURA 24 – AMAZON
34
A Amazon, uma das principais empresas de e-commerce do mundo, tem seu
posicionamento pautado no relacionamento com o cliente e na experiência de compra
como um todo.
35
A melhor forma de comunicar o posicionamento é através de uma mensagem
super simplificada, centrada nas percepções do cliente potencial, reestruturando-as de
forma a criar a posição que se deseja ocupar (RIES; TROUT, 2002).
FONTE: <https://blogdoiphone.com/apple/apple-adapta-campanha-switch-para-o-brasil/>.
Acesso em: 30 set. 2020.
36
O posicionamento consiste no desenvolvimento e na transmissão (alicerçada
em uma marca) de uma proposta de valor, a partir de aspectos significativos para um
determinado público-alvo, os quais serão processados e comparados com concorrentes,
dando origem ao posicionamento percebido. Além disso, o processo é influenciado por
diversas outras forças, conforme figura a seguir:
37
FIGUAR 28 – PERSONALIZAÇÃO
FONTE: <https://blog.kaokeb.com/personnalisation-2019-3-choses-que-vous-devez-savoir/>.
Acesso em 16 abr. 2020.
Os pontos de paridade são utilizados para que uma marca tente incorporar
valores, aspectos positivos e a credibilidade daquele segmento de produto ou de
outros concorrentes. O objetivo é reforçar que em algum determinado aspecto, o
produto assemelha-se ao dos concorrentes do mesmo segmento (FLORES, 2019).
38
FIGURA 29 – MODELOS DE CARRO – DIFERENTES MARCAS
39
IMPORTANTE
A segmentação de mercado diz respeito ao processo de conhecimento
do mercado e à utilização de uma ou mais variáveis capazes de classificar
consumidores em grupos que possuam perfis que reflitam comportamentos
de compra e interesses em comum (OLIVEIRA; CAMPONAR, 2007), ou seja,
trata-se de pegar um grande grupo e dividir em grupos menores que
tenham alguma característica em comum, formando, assim, novos grupos
de menor porte com um mesmo padrão de consumo, ou geográfico, ou
étnico, ou gênero, entre outros. Com a segmentação feita, os profissionais
de marketing conseguem impactar de forma mais assertiva cada grupo.
40
5 PÚBLICO-ALVO X PERSONAS
Neste subtópico, vamos nos aprofundar no elemento essencial das decisões
estratégicas de marketing: a definição do público-alvo/personas.
• Mulheres, de vinte e cinco a trinta e cinco anos, formação superior, com renda
mensal entre R$ 5 mil a R$ 8 mil, solteiras, moradoras da região Nordeste e que
fazem compras recorrentes de produtos para cabelo.
FONTE: <https://iqlatino.org/2013/cinco-mexicanas-que-emprenden-en-sectores-innovadores/
emprendedoras/>. Acesso em: 16 abr. 2020.
41
• Idosos, de 60 a 70 anos, com ensino médio completo, renda mensal entre 2 a 5
salários-mínimos, moradores de Belo Horizonte, casados e que consomem notícias
por meio de jornais impressos diários.
FONTE: <https://www.webfrance.com/actu/secteurs/maison/maison-de-retraite-a-rennes-les-
criteres-les-plus-importants-a-retenir>. Acesso em: 16 abr. 2020.
42
QUADRO 5 – ORGANIZAÇÃO DA SEGMENTAÇÃO
Agrupar as pessoas
Agrupar as pessoas
pela escala de valor
de acordo com
Agrupar pessoas que que elas dão a
ocasiões de Agrupar as
tenham denominadores determinado produto
utilização de um pessoas de acordo
sociais comuns. ou serviço.
produto. com a intensidade
Por exemplo: “Cidadãos
Por exemplo: de uso do
de terceira idade com Por exemplo:
Passageiros de produto: grande,
alto poder aquisitivo” ou
companhias aéreas média, baixa ou
“jovens de baixo poder Mulheres de classe
em viagem de inexistente.
aquisitivo”. média dispostas a
negócios, de lazer
investir em itens de
ou de emergência.
luxo.
IMPORTANTE
A definição do público-alvo tem caído em desuso como o único
direcionador para as ações de marketing, pois com os novos hábitos de
consumo e a riqueza de informação e segmentação que o marketing
digital oferece, é necessário uma percepção mais precisa do consumidor e
das suas aspirações para que as estratégias de marketing sejam realmente
eficientes. E assim, nasce o conceito das Personas.
43
5.3 PERSONAS – CONCEITOS ESSENCIAIS
Uma persona é a representação do seu cliente ideal. É a definição de um cliente
típico, com as características dos consumidores, seus desejos, aspirações, problemas,
demandas latentes e ocultas (REZ, 2017). São composições de informações realísticas
e representativas que incluem detalhes fictícios para caracterização mais completa do
cliente ideal (COOPER e REIMANN; 2007).
De acordo com Rez (2017), para criar conteúdo adequado e que seja efetivo para
seus clientes e futuros clientes, é fundamental que a empresa ou marca compreenda
como cada persona se caracteriza, como se comporta e quais variáveis estão
envolvidas em seus processos de decisão. As personas têm nomes, contexto, história,
características emotivas e físicas, personalidade, valores e ideias (COOPER; REIMANN,
2007; GALINDO, 2013).
44
FIGURA 33 – PÚBLICO-ALVOXPERSONAS
Definir personas não é uma tarefa simples. Não pode ser feita de forma intuitiva,
com base em “suposições”, e sim em dados efetivos, concebidos a partir de sínteses de
comportamentos. Rez (2017) afirma que uma das estratégias mais efetivas para a criação
das personas é a conversa! Entrevistas estruturadas com clientes, prospectos e pessoas
que fazem parte do grupo de referência, segmentados no público-alvo.
45
5.3.1 Como criar personas
Galindo (2013) e Rez (2017) definem alguns pontos essenciais no processo de
criação das personas, tais como:
• Entrevistas com novos clientes, que terão uma percepção atual da experiência com
a empresa ou marca.
• Entrevistas com clientes recorrentes, que trarão uma visão completa dos atributos
da empresa ou marca que os levam a repetir a experiência de compra; possível
contratação de uma empresa de pesquisa para que o processo de coleta de dados
possa estar mais embasado e estruturado.
• Envolvimento com formadores de opinião do público-alvo para melhor compreensão
dos comportamentos e necessidades.
• Avaliações aprofundadas do posicionamento da empresa em relação ao público-alvo,
a empresa está vendendo o que seus clientes querem comprar ou está vendendo
apenas o que quer vender?
Dimensão Informações
Faixa etária.
Família.
Salário.
Localização geográfica.
Características Educação (Fundamental, Ensino Médio, Graduação, Pós-
Pessoais Graduação, Internacional).
Formação educacional: onde estudou?
Descrição de carreira: como veio parar onde está hoje?
Para onde pretende seguir?
Que interesses o movem?
46
Qual é o cargo da persona?
Como o trabalho da persona é medido?
Como é um dia típico na vida desta persona?
Que habilidades são necessárias?
Qual conhecimento e ferramentas esta persona usa?
Para quem a persona se reporta?
Quem se reporta à persona?
Atividade Qual é a sua função?
Profissional – Seu título?
Cargo/Função Como o seu trabalho é medido?
Como é um dia típico em seu trabalho?
Quais são as habilidades necessárias para fazer o seu trabalho?
Qual o conhecimento e quais as ferramentas usa em seu trabalho?
O que significa ser bem-sucedido em seu papel?
Quais são os seus maiores desafios?
Como supera esses desafios?
Como você pode ajudá-la a superar esses desafios?
Como aprende sobre novas informações para o seu trabalho ou
Conhecimento e sobre assuntos do seu interesse?
Informações Que publicações ou blogs que lê?
De quais associações e redes sociais participa?
O que significa ser bem-sucedido para você?
Quais são seus pontos de dor (problemas que a incomodam
seriamente)?
Como sua empresa, produto ou serviços resolve essa dor? O que
ela mais valoriza?
Quais são as metas que ela precisa atingir?
Objetivos
Qual experiência procura quando busca um produto ou serviço
como o seu?
Quais são as maiores objeções em relação ao produto ou serviço?
Qual meta está almejando alcançar quando busca pelo seu
produto ou serviço?
O que ela valoriza mais ao selecionar um fornecedor?
A sua persona sabe que tem um problema?
Caso sua persona não saiba que tem um problema, como mostrar
Dores (aspectos para ela que ela tem essa dor?
psicológicos) A sua persona tem consciência de que você sabe que ela tem um
problema e que você sabe como resolvê-lo?
Quais as consequências futuras de não resolver o problema logo?
Como a persona prefere interagir com os vendedores?
Preferências Ela usa a internet para pesquisar fornecedores ou produtos?
Comerciais Quais são os tipos de sites que ela usa? Papel no processo de
compra (comprador, usuário, decisor, financeiro).
Aqui você deve descrever o processo que sua persona percorre,
do momento em que pesquisa sobre a solução, até conhecer mais
a respeito, buscar soluções, comparar e encontrar o produto ideal.
Ciclo de Compra
O que ela precisa em cada um desses momentos e como seu
conteúdo poderá atender?
47
A partir desta análise, de acordo com Gabriel (2010), a próxima etapa passa pelo
processo de personificação, ou seja, traduzir essas informações numa personalidade
com características, necessidades, “dores” e possíveis soluções para elas, conforme
Figura 34:
. .
tenha em mente
48
Exemplos de marcas com personas muito bem definidas, que se comunicam de
forma clara, gerando identificação:
FIGURA 35 – NETFLIX
FONTE: https://portal.comunique-se.com.br/diversidade-representatividade-executiva-netflix-
fala-sobre-posicionamento-da-marca/. Acesso em: 30 set. 2020.
FONTE: <https://mobile.twitter.com/NetflixBrasil/status/1385655997239336963>.
Acesso em: 26 abr. 2021.
49
É possível perceber que a marca utiliza uma linguagem mais informal e replica
expressões populares, pois está claro qual o posicionamento da sua persona em relação
a esses conteúdos.
ATENÇÃO
A criação de personas é uma estratégia de comunicação eficiente para gerar
lembrança de marca entre os consumidores, pois os conteúdos passam a ser
propagados de forma mais natural. No período de construção da persona devem
ser revistos os princípios e valores da marca, verificando se a personalidade da
persona de fato transmite essa essência, gerando assim uma identificação mais
verdadeira e transparente (REZ, 2017).
FONTE: A autora
50
Agora que finalizamos a etapa dos conceitos mais gerais, vamos estudar na
Unidade 2, os aspectos que envolvem as abordagens estratégicas e o desenvolvimento
do plano de marketing.
51
LEITURA
COMPLEMENTAR
O PROCESSO DE POSICIONAMENTO COMPETITIVO EM MARKETING
1 INTRODUÇÃO
2 DIRECIONAMENTO COMPETITIVO
53
a longo prazo, o aumento da competitividade, em razão da maior acessibilidade a bens,
know how e capital, fez com que os direcionamentos estratégicos propostos passassem
a ser questionados, sobretudo em termos de operacionalização e de sustentabilidade.
Ressalte-se que o próprio autor apontou, naquela ocasião, dois riscos inerentes à
sua proposta: o primeiro, não conseguir criar ou sustentar a estratégia escolhida; e, o
segundo, que os benefícios advindos da estratégia escolhida fossem desgastados com
a evolução do setor (PORTER, 1986, p. 58).
3 POSICIONAMENTO COMPETITIVO
54
De maneira mais aplicada, Lovelock e Wright (2001, p. 134) conceituam o
posicionamento como “a utilização de ferramentas de marketing por uma empresa para
criar uma imagem distinta e desejável na mentalidade dos consumidores-alvo em relação
a produtos concorrentes”. Mühlbacher, Dreher e Gabriel-Ritter (1994, p. 287) afirmam
que, geralmente, o posicionamento diz respeito a um processo que busca encontrar
e estabelecer uma oferta em um espaço distinto no mercado, às vistas do público-
alvo, e que seja a ele mais atrativo do que outras ofertas existentes (MÜHLBACHER;
DREHER; GABRIEL-RITTER, 1994, p. 287). Dessa forma, observa-se que a necessidade
de diferenciais é intrínseca ao conceito e, mais do que isso, o torna uma diretriz que
permite operacionalizar o direcionamento estratégico definido pela empresa.
Toledo e Hemzo (1991, p. 12) concordam com essa visão ao afirmarem que
“O posicionamento estratégico tem sido descrito como um instrumento de apoio ao
processo de decisões estratégicas relacionadas à conceituação de produtos e empresas,
à comunicação de suas características e atributos a segmentos de mercado específicos”.
De forma subjacente, cabe observar que, ao se posicionar uma oferta, é fundamental
a observação de como os clientes atuais e potenciais avaliam as ofertas, e como eles
escolhem produtos daquela categoria (TOLEDO; HEMZO, 1991, p. 13). Concordando com
essa visão acerca da abrangência do conceito, está Kotler (1998, p. 265), ao afirmar
que o “posicionamento é o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa, de
maneira que ocupem uma posição competitiva distinta e significativa nas mentes dos
consumidores-alvos”.
55
Segundo Mckenna (1999:13-40), o posicionamento é sempre competitivo, pois
os consumidores pensam em produtos e empresas em relação a outros produtos e
outras empresas, estabelecendo uma hierarquia e, utilizam-se disso para tomar decisões
de compra. Assim, uma empresa precisa diferenciar seus produtos em relação a outros
existentes no mercado de atuação se quiser que se conquiste uma posição sólida. Para
tanto, acredita que os fatores intangíveis dos produtos devem ser enfatizados, pois os
tangíveis podem ser facilmente copiados por outras empresas.
56
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
57
AUTOATIVIDADE
1 O sistema de informação de marketing (SIM) tem o objetivo de coletar, analisar e
distribuir informações, de forma contínua e sistemática, sobre o mercado e sobre
os indicadores de desempenho da empresa (PARENTE, 2011). E para que o SIM seja
efetivo, Mattar et al. (2009) apontam que alguns aspectos devem ser avaliados.
58
c) ( ) Focadas no resultado; focadas no mercado; focadas na concorrência.
d) ( ) Estratégia de crescimento; estratégia de marketing concentrado; estratégia
de ataque.
3 De acordo com Rez (2017), a definição das personas deve se basear em dados efe-
tivos, concebidos a partir de sínteses de comportamentos. E nesse sentido, o autor
define alguns pontos essenciais no processo de criação das personas.
Diante disso, cite e explique quais são os níveis de tomada de decisão nas organizações.
5 A estratégia de posicionamento segundo Flores (2019) será comunicada por meio dos
elementos do marketing estratégico, ou seja, todas as variáveis de marketing podem
contribuir com esse processo: o design do produto, a embalagem, o ponto de venda,
a comunicação utilizada e até o perfil da equipe de vendas.
59
REFERÊNCIAS
AAKER, D. A. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: Futura, 1996.
COOPER, A.; REIMANN, R.; CRONIN, D. About face 3: the essentials of interaction
design. [S.l.], John Wiley & Sons, 2007.
KOTLER, P. A. G. (1996). Principles of marketing, Nova Jersey: Prentice Hall Europe, 1993.
60
KOTLER, P. Administração de marketing. Nova Jersey: Prentice Hall Europe, 2000.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de marketing: a bíblia do marketing. [S.l.],
Pearson Prentice Hall, 2006.
MCDANIEL, C.; GATES, R., Contemporary Marketing Research. Saint Paul: West
Publishing Company, 1996.
PALMER, A.; COLE, C. Services marketing: Principles and practice. [S.l.], Simon &
Schuster Books For Young Readers, 1995.
REZ, R. Marketing de Conteúdo: A Moeda do Século XXI. [S.l.], DVS Editora, 2017.
61
RIES, A.; TROUT, J. Posicionamento: a batalha por sua mente. São Paulo: Makron
books, 2002. Edição do 20º aniversário.
RITOSSA, C. M. Marketing pessoal: quando o produto é você. [S.l.], Editora Ibpex, 2009.
URDAN, F. T.; URDAN, A. T. Gestão do composto de marketing. São Paulo: Atlas, 2006.
62
UNIDADE 2 —
ABORDAGENS
ESTRATÉGICAS DE
MARKETING
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• estudar os principais aspectos que devem ser considerados na definição dos objetivos
de marketing;
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de
reforçar o conteúdo apresentado.
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Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
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63
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
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64
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
SELEÇÃO E DESENVOLVIMENTO DAS
ESTRATÉGIAS DE MARKETING
1 INTRODUÇÃO
Na Unidade 1, compreendemos melhor os conceitos e aplicações do
Planejamento Estratégico de Marketing, passando pelas diferenças entre planejamento
estratégico corporativo e PEM, as etapas que envolvem o PEM e as decisões estratégicas
de marketing que envolvem a definição do posicionamento e do público-alvo.
Nesse sentido, a partir desta unidade, vamos estudar os aspectos que envolvem
as abordagens estratégicas e o desenvolvimento do plano de marketing, passando pela
elaboração dos objetivos de marketing e os conceitos acerca do mix de marketing.
65
2 ABORDAGENS ESTRATÉGICAS | SELEÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING
Na Unidade 1, nós aprendemos que as decisões estratégicas de marketing po-
dem ser vistas também como decisões organizacionais que terão um grande impacto
no desempenho da empresa, especialmente no longo prazo, e estão relacionadas com
uma compreensão das necessidades do cliente, com as atividades da concorrência e
com as implicações financeiras de cada decisão (KOTLER; 2000).
Gerência de nível
Formular um plano de
Semi-estruturada médio
marketing TÁTICO
Determinar ofertas
Estruturada Gerência operaconal especiais aos clientes OPERACIONAL
Equipes e funcionários
IMPORTANTE
O nível estratégico envolve decisões de longo prazo, mais genéricas e
globais, alinhadas à missão e visão da organização, tais como: os objetivos
da organização, com qual posicionamento competitivo atuar, em quais
mercados entrar, quais linhas de produtos desenvolver e quais estratégias
de comunicação utilizar (LAUDON; LAUDON, 2007).
66
É nesse nível (estratégico), que se verifica a abordagem estratégica, ou seja,
quais estratégias serão utilizadas frente às demandas do mercado.
67
FIGURA 2 – MATRIZ DE ANSOFF
Silva (2015) aponta que, ao definir a abordagem a organização pode optar por
uma, duas, três ou até as quatro estratégias da matriz de Ansoff, seguindo as orientações
definidas no planejamento estratégico corporativo.
68
2.2 MATRIZ BCG
Trata-se de uma análise gráfica, desenvolvida por Bruce Henderson para a
Boston Consulting Group (BCG) com o objetivo de suportar a análise de produtos ou de
unidades de negócio, baseado no conceito de ciclo de vida do produto.
69
QUADRO 1 – QUADRANTES DA MATRIZ BCG
Vaca leiteira: aqui estamos falando de um pro- Abacaxi: esse é o quadrante que representa
duto ou serviço consolidado e que chegou ao um problema. Nele estão os produtos que pos-
limite, pois tem alta participação e baixo cres- suem baixa participação no mercado e baixa
cimento de mercado. Uma avaliação possível, taxa de crescimento. Aqui, cabe a pergunta:
portanto, é de que não vale muito a pena fazer até que ponto vale a pena investir nesse pro-
grandes aportes de recursos nele, bastando duto ou serviço? Talvez seja melhor direcionar
manter no patamar em que está, sem perder esses recursos para produtos que tragam um
o foco, é claro. retorno melhor para o negócio.
De acordo com Silva (2015), quando a organização encaixa seus produtos e ser-
viços na matriz BCG, de acordo com seu desempenho, é possível visualizar um cenário
mais propício para a tomada de decisões que vão impactar positivamente o negócio.
2.3 MATRIZ GE
Trata-se de um modelo para análise de portfólio de unidades de negócios. Ela
torna possível identificar o melhor portfólio de produtos e os mercados mais atrativos.
Foi desenvolvida a partir da matriz BCG pela empresa McKinsey para ajudar a multina-
cional General Eletric (JACOBSEN, 2006).
70
FIGURA 4 – MATRIZ GE
71
QUADRO 2 – CONCEITOS DA MATRIZ GE
3 OBJETIVOS DE MARKETING
O objetivo pode ser entendido como a descrição de um estado futuro a
ser alcançado, e deve responder a seguinte questão: o que e quanto se deseja
alcançar?
72
IMPORTANTE
Para permitir o controle e o acompanhamento do planejamento
estratégico, é preciso que os objetivos sejam definidos de forma específica
e mensurável. Precisam ser passíveis de controle e ter prazos definidos.
73
QUADRO 3 – CARACTERÍSTICAS DOS OBJETIVOS DE MARKETING
DICAS
Alguns exemplos práticos de objetivos de marketing:
• conquistar 10 novos clientes por mês, até o mês de dezembro deste ano,
através do inbound marketing;
• estar na primeira página do Google para o termo “equipamentos para
academia”, em seis meses, para gerar um tráfego orgânico de mais 1.000
visitantes ao mês;
• obter um retorno bruto sobre as vendas de 30% nos próximos 12 meses;
• abrir cinco novas lojas no primeiro semestre de 2021 na região sul do Brasil.
74
Uma vez definidos os objetivos de marketing, é hora de selecionar as estratégias
para alcançá-los. Para se traçar, de forma bem estruturada, as estratégias de marketing
é preciso ter como base nesse processo quatro elementos (produto, praça, preço e
promoção) denominados mix de marketing.
75
FIGURA 5 – MIX DE MARKETING
Mix de marketing
Praça
Canais
Produto
Cobertura
Variedade de Mercado-alvo
Variedades
produtos
Locais
Qualidade
Estoque
Design
Transporte
Características
Nome de marca Preço Promoção
Embalagem Preço de lista Promoção de vendas
Tamanhos Descontos Propaganda
Serviços Concessões Força de vendas
Garantas Prazo de pagamento Relações públicas
Devoluções Condições de Marketing direto
financiamento
76
FIGURA 6 – OS 4Ps DE MARKETING
PRODUTO PRECO
• O que o cliente quer do produto? • Qual valor oferecido pelo seu
• Quais atributos ele precisa ter? produto?
• Como ele será usado? • Já exitem referências na sua área?
• Qual a sua aparência? • O cliente é sensível ao preco?
• Qual seu nome? • Como você será comparado?
MERCADO
ALVO
PRAÇA PROMOCÃO
• Onde o cliente procura pelo seu • Onde você vai anunciar seu
produto? produto?
• Como você pode acessar canais • Qual o melhor momento
de distribuição? para promover?
• Qual tipo de esforço de venda? • Qual o padrão de mercado
• Onde seus concorrentes estão? para esse tipo de produto?
77
3.1.1 Produto
Para Kotler e Armstrong (2015) produto é algo que pode ser oferecido a um mer-
cado para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma
necessidade, incluindo bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares,
propriedades, organizações, informações e ideias (KOTLER; KELLER, 2006). É o pacote
completo de benefícios ou satisfação que os compradores percebem que obterão se
adquirirem o produto, ou seja, a soma de todos os atributos físicos, psicológicos, simbó-
licos e de serviço (SILVA JÚNIOR, 2015).
Kotler e Armstrong (2015) propõem três níveis de produto para a sua elaboração:
Dominici (2009) enfatiza que algumas perguntas devem ser respondidas para
ajudar na definição do produto: Que desejo ou necessidade do cliente esse produto
satisfaz? O que faz com que determinado público precise desse produto? Que funções
ou novidades esse produto precisa ter para chamar a atenção? Como é o processo
de produção desse produto? Qual é o diferencial do produto? Como é o seu design,
incluindo características técnicas? Qual é o ciclo de vida do produto?
NOTA
Para responder a estas perguntas, é essencial conhecer muito bem o público
para o qual o produto de determinada empresa é voltado. É fundamental,
também, entender quais atributos valorizados pelo público são ignorados
pela concorrência. Assim, é possível criar um produto que se destaque.
Nesse processo, ações como desenvolvimento de personas e pesquisas de
mercado são fundamentais.
78
Exemplos de empresas que apostaram no diferencial do produto:
FONTE: <https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/nutricao/copo-grande-de-coca-cola-
tem-44-colheres-de-cha-de-acucar,ea7ca61049aa2410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html>.
Acesso em: 30 out. 2020.
Com mais de 100 anos de história, a marca se mantém jovem e ativa. A Coca-
Cola possui um produto forte e competitivo, apesar das diversas mudanças de mercado
vivenciadas pela marca. Em pesquisa realizada pela Brand Footprint em 2019, a bebida
está presente em seis, de cada dez lares do mundo.
FONTE: <https://www.gympass.com/negocios/curves-academia-da-mulher-colegio-batista-belo-
horizonte>. Acesso em: 30 out. 2020.
79
A Curves é uma empresa que destruiu as barreiras das academias comuns e
os programas de exercícios em casa com o objetivo de criar um novo espaço. Com o
estudo do mercado, a empresa percebeu que poucas mulheres conseguem gastar duas
horas de três a quatro dias por semana para se exercitar. Outro ponto levantado foi que
as academias, geralmente localizadas no centro da cidade, faziam com que as mulheres
perdessem muito tempo no trânsito. As que tentavam realizar as atividades físicas em
casa encontravam muitas desculpas e dificilmente terminavam todos os exercícios. Por
isso, a Curves criou um produto que uniu o melhor dos dois mundos. Nas academias,
os aparelhos de musculação não estão alinhados, mas sim em círculos (esse novo
arranjo possibilita que as mulheres tenham mais interação entre si). Focando apenas no
essencial, a Curves conseguiu diminuir seus preços criando um novo mercado. Hoje em
dia, academias femininas com espaço para socialização são demandadas pelo mercado,
e ela foi pioneira nesse sentido, conquistando o sucesso que tem hoje. A Curves é
considerada a rede de franquias que mais cresce no mundo e a que cresce mais rápido.
Estima-se que, a cada mês, duzentas novas unidades sejam inauguradas no mundo.
FONTE: <https://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g303441-d8843544-Reviews-
Pipoca_do_Valdir-Curitiba_State_of_Parana.html>. Acesso em: 30 out. 2020.
80
dentes e uma bala de menta, e serve como uma verdadeira propaganda do seu negócio.
Reconhecido como exemplo de empreendedorismo popular pelo imenso sucesso de
vendas e expansão, foi eleito o melhor pipoqueiro do Brasil e hoje ministra palestras para
grandes corporações, entre elas a Microsoft, Banco Bradesco e Petrobras.
3.1.2 Preço
Dentro do conceito dos 4 Ps do marketing, preço é a estratégia traçada para
definir o posicionamento e a proposta de valor ofertada pelo produto. É a maneira como
o produto ou serviço estará posicionado na mente do consumidor. O preço ajuda a dar
valor às coisas (LAS CASAS, 2006).
Para Kotler e Keller (2006) o preço é o único elemento do mix de marketing que
gera receita, os demais produzem custos, também é um dos elementos mais flexíveis, pois
ele pode ser alterado com rapidez. Neste sentido, Cressman (2002) considera que este é
um componente crítico da estratégia de marketing, porque condiciona o faturamento e
espelha a percepção que o consumidor tem dos produtos ou serviços da organização.
É o mercado que define o preço, mas é o cliente quem define o quanto está
disposto a pagar. Essa é uma das frentes nas quais as empresas precisam atuar para
uma boa estratégia do mix de marketing. O preço informa ao mercado o posicionamento
de valor pretendido pela organização para seu produto ou marca (CRESSMAN, 2002).
81
Las Casas (2006) afirma que a concorrência é, sem dúvida, uma das grandes
influenciadoras da determinação do preço. Quanto mais se diferenciam da concorrên-
cia, mais têm margem para trabalhar o preço, ou seja, as marcas que geram mais valor
agregado para o cliente têm mais chances de serem escolhidas, mesmo que seu preço
seja mais alto que o da concorrência.
No ambiente digital, o preço deve ser redefinido como tudo o que é dado pelo
adquirente em termos de dinheiro, tempo e esforço dedicado a obter o produto, o con-
sumidor tem um papel mais ativo no processo, por conta da redução das assimetrias de
informação que permitem fazer comparações automáticas e personalizadas de preços
em tempo real e ganhar mais transparência (DOMINICI, 2009). Assim, torna-se funda-
mental entender que a volatilidade do preço está ligada ao posicionamento de mercado
de uma marca ou produto.
FONTE: <https://www.buscape.com.br/microondas/microondas-electrolux-mtd30?_
lc=88&q=microondas>. Acesso em: 30 out. 2020.
82
FIGURA 12 – EXEMPLO DE COMPARAÇÃO DE MARCAS
FONTE: <https://www.techtudo.com.br/noticias/2019/02/xiaomi-mi-8-vs-iphone-xr-comparativo-
mostra-diferencas-de-ficha-tecnica.ghtml>. Acesso em: 30 out. 2020.
3.1.3 Praça
Kotler e Armstrong (2015, p. 191) definem como “um conjunto de organizações
interdependentes envolvidas no processo de oferecimento de um produto ou serviço
para uso ou consumo de um consumidor final ou usuário empresarial”. É a movimentação
e a manipulação dos produtos/serviços desde a fonte de produção até o ponto de
consumo ou uso. Envolve o fluxo dos produtos/serviços do produtor até o consumidor
final (CHIAVENATO, 2005).
83
Dias et. al. (2003) apontam que o processo de distribuição pode ser direto, sem
a participação de terceiros, ou indireto, com a utilização do atacado e do varejo. Nesse
sentido, além dos canais de distribuição, também é preciso pensar na logística e como
tornar o produto visível no mercado. De acordo, ainda, com Dias et. al. (2003), os fatores
que podem orientar a escolha do melhor sistema de distribuição são: classificação dos
bens, disponibilidade de recursos, potencial de mercado, concentração geográfica dos
clientes, necessidade de estocagem, complexidade do bem, entre outros.
FONTE: <https://www.acidadeon.com/campinas/economia/
NOT,0,0,1570391,faturamento+do+ecommerce+cresce+122+e+empresas+
investem+em+infraestrutura.aspx>. Acesso em: 20 out. 2021.
84
FIGURA 14 – EXEMPLO DE LOJA ONLINE
85
FIGURA 15 – EXEMPLO DE DEFINIÇÃO DE PRAÇA
FONTE: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/a-franquia-como-ferramenta-de-
expansao-empresarial,bb7df925817b3410VgnVCM2000003c74010aRCRD>. Acesso em: 30 out. 2020.
Outra definição importante da praça é a atuação das lojas físicas. Lojas próprias
(administradas pela marca) ou franquias (rede padronizada, mas administrada por
terceiros)? Qual formato das lojas (tamanho, capacidade)? Atuação em ruas ou centros
comerciais? Presença em cidades grandes, capitais ou cidades menores (de forma geral
essa definição acontece por número de habitantes)?
FONTE: <https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2020/05/29/como-fica-a-venda-
direta-sem-contato-social.html>. Acesso em: 30 out. 2020.
86
A estratégia de distribuição pode se concentrar em lojas on-line e na venda direta,
por exemplo, através de catálogo ou consultoras.
3.1.4 Promoção
Segundo Kotler e Armstrong (2015), o composto de promoção também chamado
de composto de comunicação, consiste na combinação específica de ferramentas de
propaganda, relações públicas, venda pessoal, promoção de vendas e marketing direto,
utilizado de maneira persuasiva, para comunicar valor ao consumidor. O ‘P’ de promoção
nada mais é do que a maneira de divulgação do produto. Não se trata apenas dos canais
de divulgação, mas também da comunicação e da linguagem que será usada para
atingir suas personas.
Belch e Belch (2014, p. 453) apontam que o termo promoção é definido como “a
coordenação de todos os esforços iniciados pelo vendedor (empresa) para estabelecer
canais de informação e persuasão com o objetivo de vender produtos e serviços e de
promover uma ideia”. Resumidamente, trata-se de como tornar a marca conhecida e
fazer com que o produto atenda às necessidades e desejos do público.
• Propaganda
Las Casas (2006) define propaganda como qualquer forma paga de apresentação
não pessoal de ideias, produtos ou serviços, levada a efeito por um patrocinador
identificado. Pode-se entendê-la como qualquer tipo de divulgação exposta em meios
de comunicação (rádio, revista, TV, internet), que tem o sentido de persuadir o cliente
a consumir determinado produto. Churchill e Peter (2000) apontam que propaganda é
qualquer anúncio ou comunicação persuasiva veiculada nos meios de comunicação de
massa durante determinado período e num determinado espaço pagos ou doados por
um indivíduo, companhia ou organização.
87
FIGURA 17 – PROPAGANDA NATURA
FONTE: <https://voxnews.com.br/com-campanha-e-lancada-a-redenatura-net/natura-mais-perto/>.
Acesso em: 30 out. 2020.
FONTE: <https://grandesnomesdapropaganda.com.br/anunciantes/confira-o-lancamento-da-
nova-linha-de-televisores-suhd-da-samsung/> Acesso em: 30 out. 2020.
• Promoção de vendas
88
FIGURA 19 – PROMOÇÃO DE VENDAS CACAU SHOW
FONTE: <https://grandesnomesdapropaganda.com.br/anunciantes/cacau-show-presenteia-
consumidores-com-momentos-de-carinho/>. Acesso em: 30 out. 2020.
FONTE: <https://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/24533/p-g-realiza-5-edicao-
da-promocao-aviao-do-faustao.html>. Acesso em: 30 out. 2020.
• Relações públicas
89
FIGURA 21 – RELAÇÕES PÚBLICAS RUFFLES
FONTE: <https://www.mktfocus.com.br/2017/03/depois-do-papelao-da-carne-policia.html>.
Acesso em: 30 out. 2020.
90
Os consumidores da Ruffles levantaram a questão da quantidade de ar nas
embalagens, criando diversos conteúdos satíricos sobre o assunto nas redes sociais.
Para reverter a situação, muito além de apenas ser ágil nas respostas, a equipe de
relações públicas da marca aproveitou o momento em que o assunto estava em alta
para lançar uma campanha informativa. A movimentação nas mídias da marca cresceu
de forma positiva.
FONTE: <http://www.drconteudo.com.br/fail-o-que-aprendemos-com-casos-como-o-renault-e-o-
brastemp/>. Acesso em: 30 out. 2020.
91
• Força de vendas
A Chilli Beans é uma marca de ótica criada há 20 anos. Hoje, é uma varejista que
está presente em mais de dezenove países, com mais de oitocentas lojas. Caito Maia,
fundador da empresa, aponta algumas razões para o sucesso da marca: “Percebemos,
há 10 anos atrás, que se continuássemos a vender óculos escuros, iríamos morrer, então
passamos a vender um conceito, refletido não só no produto (todos os óculos possuem
uma história, que é contada pelos vendedores na hora da compra), mas também na
equipe vendas que representa o DNA da marca”. Uma das estratégias realizadas com a
equipe de vendas é o chamado “Drop de Pimenta”, um projeto de treinamento contínuo,
onde os designers realizam uma conversa semanal com os vendedores contando as
histórias de cada peça.
92
• Marketing direto
Las Casas (2006) define o marketing direto como uma estratégia de comuni-
cação e comercialização de produtos ou serviços diretamente ao cliente, sem interme-
diários. Já Kotler (2008) conceitua como um sistema interativo que usa uma ou mais
mídias de propaganda para obter uma resposta mensurável em qualquer localização,
beneficiando os consumidores de várias maneiras.
ATENÇÃO
O Marketing Direto 2.0
• Inbound Marketing
93
FIGURA 24 – ILUSTRAÇÃO INBOUND MARKETING
• SEO
94
FIGURA 25 – ILUSTRAÇÃO SEO
• Redes sociais
95
FIGURA 26 – ILUSTRAÇÃO REDES SOCIAIS
FONTE: <https://rdmarketing.com.br/transforme-a-rede-social-da-sua-empresa-em-uma-
maquina-de-vendas/>. Acesso em: 19 abr. 2020.
Lovelock, Wirtz e Hemzo (2011), por exemplo, defendem o composto dos 7 Ps que
reforçam o conjunto de variáveis que representam as decisões gerenciais de marketing
necessárias para criar estratégias viáveis, voltadas ao atendimento das necessidades
dos clientes de modo lucrativo em um mercado competitivo.
96
Já Conrado Adolpho Vaz (2011) desenvolveu uma teoria dos 8Ps do marketing
digital que se baseia em explorar de forma sinérgica, as melhores ferramentas que a
internet oferece para o mercado com o objetivo de estruturar sistematicamente o que
atualmente é feito de forma empírica pela maior parte das empresas. De acordo com
Vaz (2011), os 8 Ps são:
Vaz (2011) aponta que para reforçar a presença das organizações no mundo
digital é necessária uma metodologia para planear corretamente as estratégias, ações
e controlar os processos, de forma a tornar mais eficiente sua presença no mercado. O
conceito dos 8 Ps estabelece um sistema cíclico para o processo de Marketing Digital
que se inicia e termina no consumidor, iniciando-se na pesquisa e terminando na
avaliação dos resultados.
97
FIGURA 27 – ILUSTRAÇÃO 4 Ps DE MARKETING
QUANTO?
PREÇO
PRAÇA PRODUTO PROMOÇÃO
É VARIÁVEL
PREÇO FIXO + LUCRO ONDE O QUE COMO
VOCÊ OFERTA VOCÊ OFERTA VOCÊ OFERTA
DEVE SER ATRATIVO CONJUNTO DE ATRIBUTOS
PARA O PÚBLICO LOGÍSTICA E ESTRATÉGIAS
- TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS -
DISTRIBUIÇÃO OFERECIDOS NO PRODUTO DE DIVULGAÇÃO
ÚNICO ELEMENTO
QUE GERA RECEITA INTERFERE NA MANEIRAS DE FAZER
SEGMENTAÇÃO RELACIONADO A COM QUE O SEU CLIENTE
NA ESTRATÉGIA DEMANDA
DO PÚBLICO SAIBA QUE VOCÊ EXISTE
CUSTO/LUCRO LOJA FÍSICA/LOJA ONLINE
EMBALAGEM/CONTEÚDO CANAIS DE
PRAZO/DESCONTO CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
COR/FORMA/TAMANHO DIVULGAÇÃO
ARMAZENAMENTO
98
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
99
AUTOATIVIDADE
1 A matriz de Ansoff (1979) é uma ferramenta utilizada para o planejamento de estraté-
gias e ações de crescimento da organização, e apresenta quatro estratégias essen-
ciais baseadas na relação entre produtos novos x produtos existentes e mercados
novos x mercados existentes. Com relação a essas quatro estratégias, assinale a
alternativa CORRETA:
a) ( ) Produto Estrela; produto Vaca leiteira; produto Abacaxi e produto “em ques-
tionamento”.
b) ( ) Penetração de mercados, desenvolvimento de produto, Desenvolvimento de
mercado e diversificação.
c) ( ) Estratégia da atratividade; estratégia da força competitiva; estratégia do investi-
mento/crescimento, estratégia dos ganhos seletivos.
d) ( ) Nenhuma das alternativas está correta.
2 De acordo com Silva (2015), os objetivos de marketing são alvos almejados e pre-
cisam ter flexibilidade, para que possam se adaptar rapidamente às mudanças do
mercado e ser estimuladores, criando um clima de competição saudável entre os
funcionários da organização. Neste contexto, Kotler (2000) e Silva (2015) apontam
que os objetivos de marketing devem ser:
3 Para Kotler e Armstrong (2015), produto é algo que pode ser oferecido a um mercado
para apreciação, aquisição, uso ou consumo e para satisfazer um desejo ou uma ne-
cessidade. Os autores propõem três níveis de produto para a sua elaboração. Quanto
aos três níveis de produtos propostos pelos autores, assinale a alternativa CORRETA:
100
4 O mix de marketing de McCarthy (1960) foi amplamente adotado ao longo do tempo
por gerentes e acadêmicos, tornando-se um elemento-chave da teoria e prática
do marketing. Este modelo se baseia na ideia que a empresa produz um bem ou
serviço (produto), o consumidor deve ser comunicado que este bem ou serviço existe
(promoção), devendo este ser distribuído aos mais variados tipos e locais de venda
(praça), e por fim a empresa deve cobrar um montante pelo fornecimento do produto
(preço). Em 2011, Lovelock, Wirtz e Hemzo (2011) apresentaram o conceito dos 7 P’s, que
reforçam o conjunto de variáveis que representam as decisões gerenciais de marketing
necessárias para criar estratégias viáveis, voltadas ao atendimento das necessidades
dos clientes de modo lucrativo em um mercado competitivo. Além do produto, preço,
praça e promoção, cite e explique os outros 3 P’s apresentados pelos autores.
101
102
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
PLANO DE MARKETING
1 INTRODUÇÃO
É consenso entre os gestores de marketing que a ação de planejar representa
parte indissociável das atividades das empresas. E o plano de marketing é um compo-
nente fundamental desse processo.
103
2 PROPÓSITOS DE UM PLANO DE MARKETING
Os planos são traçados para alcançar as metas e objetivos empresariais. O plano
de marketing, não foge dessa regra e também procura alcançar os objetivos de marketing.
104
responsabilidades e prazos – qualquer
plano de marketing deve ser tão bom
estabelecer prazos para a execução como quem deve implementá-lo.
dos programas e os respectivos Além disso, é absolutamente crucial
controles, e apresentar metas e que as responsabilidades de todos
programas devidamente quantificados sejam indicadas e que as tarefas sejam
(previsões e orçamentos). completamente entendidas por todos
os indivíduos que desempenharão
papéis em sua implementação;
auxiliar no controle e monitoramento
da gestão da implementação da
estratégia – o plano irá imediatamente
indicar, no caso de emergência, as
mudanças, opções e a decisão de
adaptá-lo à nova situação.
Ferrell e Hartline (2008) propõem que um bom plano de marketing deve ser:
105
Já Kotler e Keller (2006) apontam que um plano de marketing deve ser:
Por fim, Piercy e Morgan (1994) colocam que no plano de marketing, o processo
envolve três componentes: analítico, comportamental e organizacional. O componente
analítico abrange toda a questão da formalização do plano e sofisticação das ações a
serem implementadas. No componente comportamental é fundamental entender ques-
tões relacionadas à participação no planejamento, consulta e recompensas pertinentes
às metas e objetivos desse plano. Em relação à organização, é necessário o entendi-
mento da cultura e da estrutura, bem como de toda a rede de relacionamentos internos.
;
;
FONTE: Adaptado de Ferrell e Hartline (2008); Kotler e Keller (2006); Piercy e Morgan (1994).
106
4 MODELOS DO PLANO DE MARKETING
De acordo com Torres (2011), não existe um modelo único de plano de marke-
ting, porém, ele sempre deve considerar o meio ambiente e os principais desafios dos
produtos e serviços em seus mercados respectivos, mantendo a flexibilidade neces-
sária para se adaptar às necessidades de sobrevivência da empresa, manutenção ou
crescimento de mercado.
IMPORTANTE
Para facilitar o processo de planejamento, a empresa deve definir e
padronizar um formato de plano a ser adotado por todas as divisões e
grupos de produtos. A padronização possibilitará a revisão, comparação
e avaliação dos planos pela unidade de planejamento e estratégia da
organização (KOTLER, 2000).
107
FIGURA 29 – MODELO DE WESTWOOD
108
Westwood (1996) aponta que este formato de plano, fará um uso melhor dos
recursos da empresa para identificar as oportunidades de marketing; estimulará o
espírito de equipe e a identidade da empresa; ajudará a empresa a deslocar-se em
direção as suas metas corporativas. Além disso, a pesquisa de marketing realizada como
parte do processo de planejamento garantirá uma base sólida de informações para os
projetos presentes e futuros.
109
FIGURA 30 – MODELO DE LAMBIN
No modelo proposto por Lambin (2000), o plano de marketing precisa ser alimen-
tado com informações das áreas mais estratégicas da organização e por sua vez, alimenta
essas mesmas áreas com informações que propõem o direcionamento das ações.
Lambin (2000) também afirma que nesse modelo, o plano aumenta a flexibili-
dade de reação da empresa em face das mudanças imprevistas, e permite uma orga-
nização e uma gestão mais rigorosas fundadas em normas, orçamentos, calendários e
não em improvisos.
110
FIGURA 31 – MODELO DE CAMPOMAR E IKEDA
Nesse sentido, vamos compreender quais são as principais etapas que com-
põem o plano de marketing.
111
• introdução e sumário executivo: apresenta os objetivos do plano e resume as
principais recomendações e etapas de execução;
• avaliação da situação do momento: apresenta pontos fortes e os fracos da empresa
em razão aos principais concorrentes e ao posicionamento de seus produtos;
• apreciação do cenário: descreve o ambiente externo da empresa e de seu setor de
atividades e aponta as oportunidades e ameaças a ele inerentes;
• recomendações estratégicas: aponta os objetivos de novas ações e descreve a
maneira de atingi-los e medi-los, que investimentos e pessoal qualificado requer e
resume tudo isso num orçamento condensado;
• formas de implementação: descreve ações específicas e suas medidas, como: que
segmentos de mercado devem ser atingidos? Que produtos devem ser lançados?
Com que expectativas de resultados? Quem deve fazê-lo?
• orçamento: todas as ações que geram receitas ou despesas devem ser estimadas e
comparadas entre si, para que se possa ter uma ideia dos investimentos necessários e
dos possíveis retornos deles advindos.
Por fim, Ferrel e Hartline (2008) propõem uma estrutura semelhante, mas com
uma segmentação mais detalhada, dividida em subtópicos:
112
Independentemente do nível de detalhamento, em relação aos tópicos de sua
estrutura, é importante segundo (DIBB, 2002), que o plano de marketing explique as
análises efetuadas durante o processo de planejamento e os detalhes dos segmentos
alvejados, e seja muito claro em relação às estratégias de posicionamento de produtos e
marcas. E por fim, conforme Westood (2007), considerar que o plano de marketing é um
processo interativo e deve ser revisto e atualizado conforme for implementado.
113
FIGURA 32 – CONTEÚDO ABORDADO NAS UNIDADES 1 E 2
FONTE: A autora
114
Agora que finalizamos todos os conceitos e aplicações do planejamento estra-
tégico de marketing, vamos estudar, na Unidade 3, os aspectos que envolvem o desen-
volvimento do CIM – Comunicação Integrada de Marketing.
115
LEITURA
COMPLEMENTAR
PLANO ESTRATÉGICO DE MARKETING: PROPOSTA DE UMA ANÁLISE TEÓRICA
1 INTRODUÇÃO
Ainda segundo Lambin (2000), na prática, para ser eficaz, essa reflexão deve ser
sistematizada de forma a organizar o futuro, preparar as ações a empreender e comunicar
claramente as suas escolhas aos que estão encarregados de colocá-las em prática. Essa
tarefa é tão complexa como a incerteza do futuro. A “planificação do imprevisível” faz
também parte do plano estratégico.
Para Kotler (2000), os planos de negócios estão se tornando mais orientados para
clientes e concorrentes. Além disso, são mais bem elaborados e mais realistas do que no
passado. Os planos extraem mais dados de entrada de profissionais em todas as funções
na empresa e são desenvolvidos em equipes. Os executivos de marketing, cada vez mais,
se veem em primeiro lugar como gerentes, e depois como especialistas. O planejamento
está se tornando um processo contínuo, para responder às condições de mercado que
mudam em grande velocidade.
2 OBJETIVOS DO ESTUDO
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
117
Os pesquisadores iniciantes acreditam que o propósito de uma revisão de
literatura seja determinar as respostas sobre o que se sabe a respeito de um tópico; não
obstante, os pesquisadores experientes analisam pesquisas anteriores para desenvolver
questões mais objetivas e perspicazes sobre o mesmo tópico. O artigo é estruturado na
modalidade ensaio teórico, o qual é concebido por Medeiros (2000) como uma exposição
metodológica sobre um assunto e a apresentação das conclusões originais a que se
chegou depois de acurado exame dele. Para o autor, o ensaio é “problematizador”, não
dogmático, e dele devem sobressair o espírito crítico do autor e a originalidade.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
118
esses objetivos. Ele é uma consubstanciação do resultado do planejamento formal.
É subordinado ao planejamento de marketing e segue o plano de negócios. O plano
tem por finalidade explicar a situação passada, a atual (com o diagnóstico ou a análise
da situação interna e externa) e a futura (programa de ação). Entendendo o passado
e o presente da organização, é possível antever o futuro e preparar-se para ele, nas
possibilidades (CAMPOMAR; IKEDA, 2006).
119
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• Não existe um modelo único de plano de marketing, porém, ele sempre deve deve
considerar o meio ambiente e os principais desafios dos produtos e serviços em seus
mercados respectivos, mantendo a flexibilidade necessária para se adaptar às ne-
cessidades de sobrevivência da empresa, manutenção ou crescimento de mercado.
120
AUTOATIVIDADE
1 Segundo McDonald (2007), um plano de marketing deve ser um resumo simples e
claro das tendências de mercado e segmentos-alvo a serem atingidos, realçando o
valor exigido por cada um deles, já que se pretende através dele, oferecer um valor
superior ao da concorrência. Diante desse contexto, as características essenciais que
o plano de marketing apresenta são:
121
REFERÊNCIAS
ANSOFF, I. Strategic management. [S.l.], John Wiley & Sons, 1979.
CHURCHILL, JR. G. A.; PETER, J. P. Marketing: Criando valor para os clientes. 2. ed.
São Paulo: Saraiva, 2000.
DIBB, S. Marketing planning best practice. The marketing review, [S.l.], v. 2, p. 441-
460, 2002.
122
FERRELL, O.C.; HARTLINE, M.D. Estratégia de marketing. 3. ed. São Paulo: Cengage
Learning, 2008.
KOTLER, P.; ARMSTRONG. G. Princípios de marketing. 15. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2015.
LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 7. ed. 2. São Paulo: Atlas, 2006.
123
RICHERS, R. Marketing: uma visão brasileira. 3. ed. São Paulo: Negócio, 2004.
124
UNIDADE 3 —
PLANEJAMENTO E
GESTÃO ESTRATÉGICA DA
COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA
DE MARKETING
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar
o conteúdo apresentado.
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125
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UNIDADE 3!
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126
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE
MARKETING (CIM)
1 INTRODUÇÃO
Uma das questões abordadas na literatura de marketing é que, entre o
planejamento e o resultado, há uma série de processos e ações que precisam ser
analisados e pensados de forma estratégica para o alcance dos objetivos. Fazer com
que várias ações e ferramentas comuniquem de forma assertiva, coerente e sem
ruídos, é um desafio e, nesse sentido, se faz necessário conhecer todas as aplicações
da comunicação integrada de marketing.
NOTA
Nesta unidade, sempre que utilizarmos a sigla CIM, estaremos nos referindo
à expressão “Comunicação Integrada de Marketing”.
IMPORTANTE
A comunicação integrada de marketing possui papel fundamental no
gerenciamento mercadológico e busca considerar a interligação do plano
de marketing nas diversas áreas envolvidas. Assim, tratar a comunicação
de modo estratégico tornou-se vital para as organizações do século XXI
(ALVES; CAMAROTTO, 2012).
128
A Comunicação Integrada de Marketing pressupõe um processo de planeja-
mento estratégico que precede o uso de toda e qualquer ferramenta, requer uma visão
acurada e abrangente das necessidades comunicacionais da organização, e cujo re-
sultado final contribui para a construção da sua imagem interna e externa (TREVISAN;
2003) e sua importância fundamental se dá, de acordo com Ferrel e Hartline (2005), por
três motivos essenciais:
IMPORTANTE
O estudo da CIM é fundamentado pela mudança de uma comunicação
de massa para um modelo cada vez mais individualizado e integrado (DA
SILVA; VIEIRA; PÉPECE, 2012).
129
FIGURA 1 – PRINCIPAIS CONCEITOS DA CIM
FONTE: Adaptada de Santiago (2002), Ferrell e Hartline (2005); Alves e Camarotto (2012)
130
2.1 CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA CIM
Para Shimp (2002), a comunicação integrada de marketing possui cinco
características que constituem o seu significado:
Nesse contexto, a CIM surge como uma ferramenta para assegurar a sinergia
e consistência da mensagem, independentemente dos meios de comunicação usados
para transmiti-la (RIBEIRO et al., 2006).
131
FIGURA 2 – CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA CIM
CLASSIFICAÇÃO DA CIM:
• Comunicação Institucional;
• Comunicação Administrativa;
• Comunicação Interna;
• Comunicação Mercadológica.
FONTE: A autora
132
FIGURA 3 – A CIM E A SINERGIA DA INFORMAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DA CIM:
• Comunicação Institucional;
• Comunicação Administrativa;
• Comunicação Interna;
• Comunicação Mercadológica.
FONTE: A autora
133
FIGURA 4– FLUXOGRAMA DO PROCESSO DA CIM
134
FIGURA 5– ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE COMUNICAÇÃO
• Missão e Visão da CIM – Alves e Camarotto (2012) apontam que esta é a orientação
básica sob a qual a comunicação será pensada, desenvolvida e executada. Tratam-se
de premissas que orientam os negócios e as decisões da empresa. Possuem caráter
estratégico, servindo como diretrizes gerais para todas as atividades e pessoas. A
missão e a visão são as diretrizes essenciais em todo processo de planejamento
estratégico de marketing. E na etapa da CIM, devem ser resgatadas e adaptadas para
as aplicações e decisões estratégicas de nível tático.
• Análise situacional/Análise do ambiente – requer dados sobre o ambiente em que
a empresa está inserida, de maneira a estabelecer o contexto no qual as atividades de
comunicação serão desenvolvidas. Nesta etapa, reúnem-se informações levantadas
e definidas no processo do PEM, relativas ao mercado, ao público consumidor e/ou
outros públicos de interesse, concorrentes e estratégias definidas no “P” de praça,
novamente, aplicando essas estratégias às ações do nível tático (KOTLER; KELLER,
2006; ALVES; CAMAROTTO; 2012).
135
• Orçamento – definido a partir dos objetivos. Estabelece o nível de comprometimento
dos recursos da empresa, e a viabilidade para a realização de todas as atividades
previstas. A verificação dos os investimentos necessários para cada um dos objetivos
resulta num orçamento (também chamado de budget) para as ações de comunicação.
• Desenvolvimento da Estratégia de CIM – de acordo com Kotler e Keller (2006), esta
etapa contempla a estruturação da mensagem e a definição de fatores como: foco
da mensagem (cognitiva, emocional ou comportamental), o tipo de abordagem (que
pode ser eminentemente de caráter social, humor, técnico, testemunhal, emocional
ou sensual), a estratégia (que envolve o tema central, que é o elemento integrador
da CIM). E a seleção das mídias que envolve a definição do mix de ferramentas
de comunicação. É a partir desta fase, que se iniciam as diretrizes gerais que vão
orientar as ações a serem implementadas e as decisões táticas envolvendo o uso das
ferramentas de CIM (ALVES; CAMAROTTO, 2012).
• Mensuração dos resultados – além de avaliar o cumprimento dos objetivos, devem
também identificar se os demais itens como estratégias, orçamento e premissas
estão sendo respeitados (KOTLER; KELLER, 2006).
FONTE: A autora
136
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
137
AUTOATIVIDADE
1 O estudo da comunicação integrada de marketing é fundamentado pela mudança
de uma comunicação de massa para um modelo cada vez mais individualizado e
integrado (DA SILVA; VIEIRA; PÉPECE; 2012).
a) ( ) Massificada e Segmentada.
b) ( ) Institucional; Administrativa, Interna e Mercadológica.
c) ( ) Estratégica, Tática e Operacional.
d) ( ) Propaganda; Relações Públicas; Marketing Direto; Promoção de Vendas; Venda
Pessoal e Marketing Digital.
138
3 A Comunicação Integrada de Marketing pressupõe um processo de planejamento
estratégico que precede o uso de toda e qualquer ferramenta, e de acordo com Ferrel
e Hartline (2005), sua importância fundamental se dá por três motivos essenciais.
Sobre esses motivos, assinale a alternativa CORRETA:
139
140
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
FERRAMENTAS DO COMPOSTO DE
COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING
1 INTRODUÇÃO
Conforme estudamos de forma mais resumida na Unidade 2, o “p” de promoção
possui algumas ferramentas essenciais para o alcance das estratégias de marketing. Nes-
te tópico, vamos compreender melhor cada uma dessas ferramentas e suas aplicações.
Shimp e Andrews (2013) acrescentam que essa classificação pode ser chamada
de ferramentas impessoais (massificadas) ou pessoais (segmentadas).
141
IMPORTANTE
Não há consenso na literatura quanto à classificação do Marketing Digital
como ferramenta massificada ou segmentada. Alves e Camparotto (2012);
Shimp e Andrews (2013) apontam o Marketing Digital como uma ferramenta
segmentada, ao passo que Da Silva (2016) a classifica como uma ferramenta
massificada. Seguindo a orientação de Shimp e Andrews (2013), vamos tra-
tar o Marketing Digital como uma ferramenta de CIM segmentada.
FONTE: Adaptada de Crescitelli e De Figueiredo (2011); Alves e Camarotto (2012) e Da Silva (2016)
Vamos conhecer, agora, um pouco mais sobre cada uma das ferramentas,
conforme foi demonstrado na Figura 7.
142
ATENÇÃO
É possível verificar na literatura diferentes abordagens quanto a estas fer-
ramentas de CIM. Autores como Lupetti (2007); Galindo (2009); Alves (2012)
apontam apenas a propaganda como ferramenta, já autores como Porto;
Mendonça; Milan (2016); Sebastião (2015) usam o termo publicidade como
ferramenta de CIM e outros como Da Silva (2016) tratam dos dois termos,
como uma única ferramenta. No entanto, qual a diferença entre publici-
dade e propaganda?
Neusa Gomes, doutora em comunicação pela PUC – RS, coloca que a confusão
de significados entre publicidade e propaganda é um tema antigo, que tem merecido
pouca discussão nos meios acadêmicos brasileiros. Para Santos (2005), a confusão
entre os dois termos acontece no Brasil, muito em função das traduções do inglês para
o português. Na literatura internacional há, sim, uma distinção clara entre os termos
advertising, propaganda e publicity (SANTOS; 2005).
143
QUADRO 3 – DIFERENCIAÇÕES CONCEITUAIS DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA
NOTA
Embora autores brasileiros tenham consenso sobre os conceitos de
publicidade propaganda e tratem a atividade de informar e persuadir,
gerando uma ação de compra como publicidade, grande parte dos artigos
e publicações internacionais, em função da tradução, se referem ao termo
propaganda como ferramenta de comunicação integrada. Assim, vamos
respeitar essa nomenclatura e se referir à ferramenta como propaganda.
144
3.2 FERRAMENTA PROPAGANDA
A propaganda é tão importante no mercado de certos produtos, como bens de
consumo, por exemplo, que muitas pessoas acham que é sinônimo de marketing. É um
importante instrumento do marketing, não é o único, nem sempre é o principal, mas
trata-se, de um dos principais e mais utilizados elementos a serviço de uma estratégia
maior, estabelecida nos objetivos da CIM (ALVES; CAMAROTTO, 2012).
Kotler e Keller (2012) apontam que a propaganda pode ser classificada de acordo
com seu objetivo: informativa, persuasiva, de lembrança e de reforço.
3.2.1 Informativa
Visa transmitir ao público-alvo uma conscientização e/ou conhecimento
sobre um produto novo ou da reformulação e as novidades contidas em um produto já
existente (KOTLER; KELLER, 2012). A propaganda informativa deve ser utilizada quando
se deseja trabalhar aspectos cognitivos do consumidor. Eleva o nível de consciência e
conhecimento do produto ou marca (ALVES; CAMAROTTO, 2012).
145
FIGURA 8 – HAVE A BREAK, HAVE A KIT KAT
146
FIGURA 9 – A PEPSI SE PREOCUPA COM AQUELES QUE FICAM ENTEDIADOS NO METRÔ: SEUS
CARTAZES INTERATIVOS OFERECEM MÚSICA
FONTE: <https://incrivel.club/admiracao-curiosidades/28-exemplos-de-propagandas-que-
miraram-bem-nos-clientes-353610/amp>. Acesso em: 15 dez. 2020.
3.2.2 Persuasiva
Busca criar preferência e convicção do cliente por um produto através de uma
imagem amigável, convincente e simpática (KOTLER; KELLER, 2012). Quando se busca
alterar aspectos afetivos e comportamentais do público-alvo, utiliza-se a propaganda
persuasiva, criando ou elevando os níveis de simpatia, preferência, convicção e compra
de bens e serviços (ALVES; CAMAROTTO, 2012).
147
FIGURA 10 – COCA-COLA
FIGURA 11 – APPLE
148
3.2.3 De lembrança
Tem seu foco voltado a estimular a recompra do cliente, em um tempo
relativamente curto (KOTLER; KELLER, 2012). A propaganda de lembrança é utilizada
para favorecer a repetição de compra do produto, podendo, por exemplo, ajudar na
defesa contra marcas concorrentes. É comumente usada no estágio de maturidade,
dentro do ciclo de vida do produto (ALVES; CAMAROTTO, 2012).
FONTE: <https://top-of-mind.folha.uol.com.br/2019/10/sempre-livre-risque-monange-e-colgate-
sao-destaques-em-higiene-beleza.shtml>. Acesso em: 15 dez. 2020.
Marcas como Mcdonalds; Coca-Cola; Gilette, Itaú e Colgate trabalham boa parte
de sua estratégia de comunicação em propagandas de lembrança.
149
FIGURA 13 – TOP OF MIND ‘20
3.2.4 De reforço
Tem como objetivo confirmar para o consumidor que ele fez a melhor escolha
que poderia fazer (KOTLER; KELLER, 2012). A propaganda de reforço oferece argumentos
a favor da decisão de compra já tomada pelos consumidores, tranquilizando-os e
reduzindo os níveis de dissonância cognitiva que podem estar sentindo (ALVES;
CAMAROTTO, 2012).
150
FIGURA 14 – ACTIVIA
FONTE: <https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2018/09/28/danone-renova-
proposta-de-activia.html>. Acesso em: 15 dez. 2020.
FIGURA 15 – PIRACANJUBA
FONTE: <https://grandesnomesdapropaganda.com.br/anunciantes/piracanjuba-apresenta-
comerciais-institucionais-para-reforco-de-marca/>. Acesso em: 15 dez. 2020.
151
3.3 RELAÇÕES PÚBLICAS
As relações públicas tratam de uma relação não somente da empresa com os
consumidores, mas também com os fornecedores e revendedores, imprensa, para a
própria organização através da comunicação interna, e qualquer outro grupo que tenha
o mínimo de interesse na organização (KOTLER; KELLER, 2012).
152
3.3.1 O público nas relações públicas
Conforme aponta Fortes (2003), como o propósito de estudo das relações pú-
blicas são os públicos, é preciso verificar as condições para que ocorra a sua formação.
153
FIGURA 17 – PÚBLICOS DE INTERESSE DA ORGANIZAÇÃO
154
• Administram percepções para poder encontrar saídas estratégicas institucionalmen-
te positivas.
• Trabalham com as questões que dizem respeito à visibilidade interna e externa, ou
seja, à identidade corporativa das organizações.
• Encontrar, através de pesquisa e planejamento, as melhores estratégias comunica-
cionais para prever e enfrentar as reações dos públicos e da opinião pública em rela-
ção à organização, suas ações e contexto.
155
Ainda de acordo com Ferraciu (2002), entre os principais objetivos de se utilizar
a promoção de vendas como ferramenta da comunicação integrada, estão: alcançar
novos usuários; introduzir um novo produto; aumentar o uso do produto; recompensar
usuários atuais; reforçar outras ações de comunicação como propaganda; aumentar
vendas por impulso, impactando os resultados de curto prazo.
Ferraciu (1997) e Belch e Belch (2008) apontam alguns passos essenciais para
se estabelecer uma estratégia de promoção de vendas: determinar o objetivo da ação;
estipular data/período; aplicar o tipo de promoção mais adequado ao objetivo da ação;
planejamento da ação junto aos fornecedores para garantir estoque; planejamento das
ações de comunicação; treinamento da equipe de vendas; ferramenta de mensuração
dos resultados; avaliação da ação.
156
FIGURA 18 – TÉCNICAS DE PROMOÇÃO DE VENDAS
157
Como observado na Figura 18, as técnicas de promoção de vendas são nu-
merosas. Nesse sentido, vamos compreender melhor as ações envolvidas nas técnicas
principais e mais utilizadas de acordo com Kotler e Armstrong (2003) e Ferraciu (2007):
ofertas e descontos; premiações e concursos; demonstração e degustação.
Apesar de sua eficácia, Ferraciu (2002) chama a atenção para alguns aspectos
importantes: o uso rotineiro de ofertas e descontos remete ao consumidor que a
marca não tem preço justo ou não tem valor. Assim, torna-se essencial que a técnica
seja aplicada em períodos específicos e com data determinada para acabar.
FIGURA 19 – AGRUPAMENTO
FONTE: <https://www.riachuelo.com.br/campanhas/modacasa/janeiro-2019/combo-moda-casa>.
Acesso em: 18 dez. 2020.
158
4.1.3 Premiações e concursos
Considerados oportunidades de ganhar dinheiro, viagens ou mercadoria, por ter
adquirido ou utilizado um produto ou serviço. Não há quem não adore ser premiado, e
é exatamente por isso que as premiações tornam-se uma das principais técnicas de
promoção de vendas (FERRACIU, 2002).
FIGURA 20 – PREMIAÇÃO
FONTE: <https://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/24533/p-g-realiza-5-edicao-
da-promocao-aviao-do-faustao.html>. Acesso em: 18 dez. 2020.
Ferraciu (2002) afirma que esta técnica torna-se uma das mais efetivas para
aproximar as marcas de seus consumidores, mas para que ela seja efetiva, é necessário
que as equipes sejam capacitadas para aproveitar o momento de atenção do consumi-
dor e convencê-lo dos benefícios do produto. Não se trata da simples oferta ou demons-
tração, mas sim de uma ação efetiva de conversão de pessoas em consumidores.
159
FIGURA 21 – DEGUSTAÇÃO
Blessa (2005) pontua ainda, que se pode considerar uma estratégia de mer-
chandising qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto de venda
que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços,
com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores.
160
Algumas ferramentas de Merchandising:
161
FIGURA 22 – VENDA PESSOAL
Alves (2012) considera a venda pessoal uma das ferramentas mais poderosas
da CIM, pois permite que o vendedor flexibilize seu discurso de acordo com as necessi-
dades, desejos e valores do cliente e podem ser altamente eficazes para a concretiza-
ção dos negócios por conta do grau de envolvimento entre o vendedor e o consumidor.
Trata-se de um método de comunicação interativa na qual o vendedor desempenha um
papel fundamental, atuando como um elo entre a empresa e o cliente, exercendo uma
atividade bidirecional, ora representando os interesses da empresa junto ao cliente, ora
representando os desejos dos clientes para com a empresa.
Pinho (2001) aponta que a equipe de vendas tem como funções essenciais,
a prospecção de novos clientes: busca de clientes potenciais (chamados leads de
vendas); a definição de alvo: como alocar seu tempo, esforços e estratégias entre
prospecções e clientes atuais; e a comunicação e coleta de informações: que tratam
do desenvolvimento de estratégias de contato, persuasão e nível de conhecimento sobre
o produto ou serviço. Essas funções proporcionam direção e propósito ao trabalho da
equipe de vendas, além de ajudar a estabelecer critérios pelos quais seu desempenho
possa ser avaliado (PINHO, 2001).
162
Por fim, Pinho (2001) coloca que, como componente da comunicação integrada
de marketing, a venda pessoal conserva certas características específicas como o
confronto pessoal, pois a venda envolve um relacionamento vivo, imediato e interativo;
a manutenção deste relacionamento permite que o interesse nos clientes seja ativo e
contínuo; e a capacidade imediata de resposta e adequação do vendedor, que somente
esse contato direto é capaz de realizar.
163
Peppers e Rogers (2000) afirmam que o marketing direto tem como função
principal selecionar o cliente, criar ações para conhecê-lo em profundidade, atender
suas necessidades, satisfazê-lo e torná-lo um cliente fiel. Nesse contexto, Dias et al.
(2003) coloca que as principais características do marketing direto são:
164
• Telemarketing: onde ocorre o uso de operadores de telefonia para fazer gestão do
relacionamento com cliente. Sistema de trabalho planejado e organizado através do
qual uma empresa faz a utilização da rede telefônica para aumentar o volume de
tráfego ou realizar vendas diretas.
• Terminais multimídia (quiosques: uso de pequenas estruturas para venda de
produtos. Dias et al. (2003) complementam que essa forma de marketing direto
contempla pequenos espaços alocados em supermercados, lojas de departamentos,
shopping centers etc., que permitem a venda, a exibição, a demonstração, o manuseio
ou a experimentação de produtos ou serviços.
• Mala direta: um meio pelo qual há o envio de algum tipo de conteúdo informacional
para o cliente em determinado endereço; além de sites, dispositivos móveis. A mala
direta é uma das formas mais tradicionais de se comunicar com os clientes atuais ou
clientes potenciais, é um recurso prático, simples e barato para a empresa divulgar
seus produtos e serviços (KOTLER, 2000).
• Catálogo: o sucesso da venda por catálogo depende da habilidade da empresa em
administrar as suas listas de clientes e controlar seus estoques e principalmente de
projetar uma imagem de benefício exclusivo ao cliente. Shimp (2002) afirma que,
em função dos elevados custos envolvidos na produção e distribuição de catálogos,
as marcas passam a investir em materiais virtuais que conseguem apresentar a
informação completa do produto através de alternativas mais criativas e atraentes
ao consumidor.
165
tipo de comunicação e de relacionamentos com os consumidores, no qual o diálogo é
bilateral, isto é, o consumidor não é passivo, mas sim ativo ao longo do processo. (DA
SILVA, 2016). Trata-se da aplicação de estratégias de comunicação e marketing através
de canais digitais (FAUSTINO, 2019).
166
4.4.2 Estratégias de marketing digital
As estratégias digitais devem ser construídas a partir de uma visão da internet
e das tecnologias digitais como um ecossistema digital, composto de diversos agentes
digitais (sites, aplicativos, redes sociais), cada qual com o seu DNA digital próprio como
linguagem, formas de interação que se relacionam, e onde as empresas e marcas atu-
am por meio de sua identidade digital (posicionamento da marca) criando uma cultura
própria (TORRES, 2018).
• Mídia+Display: anúncios nas plataformas digitais, banners, vídeos e rich media são
considerados anúncios display, o formato mais tradicional de mídia no ambiente digi-
tal. É possível analisar dados comportamentais, preferências e hábitos de navegação
para garantir assertividade e retorno de investimento.
167
FIGURA 26 – EXEMPLO DE MÍDIA DISPLAY: EVINO NO UOL
FONTE: <https://blog.dp6.com.br/marketing-digital-parte-1-m%C3%ADdia-29cb45e6d38d>.
Acesso em: 18 dez. 2020.
FONTE: <https://naijacrawl.com/read/seo/how-to-get-25-backlinks-daily-auto-seo?nc=1>.
Acesso em: 26 abr. 2021.
168
• Social: Conforme também abordamos na Unidade 2, as estratégias focadas nas redes
sociais são a base do marketing digital. As redes sociais deixaram de ser meramente
lúdicas para se tornarem um espaço importante na estratégia de marketing digital,
pois é nesse ambiente que se concentra a força do conteúdo (FAUSTINO, 2019).
Torres (2018) aponta que outro aspecto importante das estratégias nas redes
sociais é o perfil da rede e a abordagem do conteúdo. Embora seja uma prática
comum, criar perfis corporativos em diferentes redes sociais e utilizar o mesmo conteúdo
em todas, pode ser um erro de comunicação. Trata-se de perfis de públicos diferentes
com interesses diferentes, por isso a adequação da linguagem torna-se essencial para
o alcance dos objetivos.
• E-mail: o e-mail marketing continua a ser uma das principais fontes de conversão em
vendas dentre as ações de marketing digital. Trata-se de uma poderosa ferramenta
de persuasão, comunicação e conversão (FAUSTINO, 2019). Faustino (2019) coloca
ainda que as estratégias focadas na ferramenta de e-mail marketing necessitam
de pesquisa e segmentação, para que tenham resultados eficazes. O design é outro
169
fato importante, o e-mail deve gerar identificação imediata e ter coerência com os
elementos já utilizados pela marca. Conteúdo objetivo com instruções claras também
contribui para a eficácia da ferramenta e, por fim, um bom título que deixe claro o
objetivo da mensagem, tende a gerar maior taxa de conversão.
Torres (2018) afirma que os dados, por si só, são ineficientes se não houver
análise e interpretação, o que exige da empresa um profundo conhecimento em suas
personas, seus canais de interação mais relevantes e quais métricas devem ser prio-
rizadas em cada análise.
170
FIGURA 30 – ANALYTICS
FONTE: <https://www.i-com.org/news-articles/digital-marketing-analytics-market-set-to-witness-
huge-growth-by-2019-2026-focusing-on-leading-players>. Acesso em: 18 dez. 2020.
FIGURA 31 – WEBSITE
FONTE: <https://www.agenciaaltec.com/2020/04/26/site-website-marketing-digital-publicidade-
inbound-marketing-agencia-altec-consumidores-pesquisam/>. Acesso em: 18/ dez. 2020.
171
• Mobile: nesta estratégia, busca-se alcançar o consumidor por meio das funcionalida-
des de seus dispositivos móveis. Aqui se reúnem as ações aplicadas às redes sociais,
sites e e-mail marketing com o objetivo de gerar engajamento e conversão através de
formatos e linguagens específicas para esses dispositivos (FAUSTINO, 2019).
172
FIGURA 33 – CONTEÚDOS ABORDADOS NAS UNIDADES 1, 2 E 3
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Formulação de estratégias
e políticas
Planejamento estratégico de
marketing - Decisões estratégicas Sistema de informação
de marketing de marketing (SIM)
Definição pùblico-
Posicionamento
alvo e personas
Desenvolvimento do
Plano de Marketing
COMUNICAÇÃO
INTEGRADA DE
MARKETING (CIM)
1 INTRODUÇÃO
175
relacionamento. É por ausência de esclarecimento acerca dos objetivos, das funções e
das atividades desempenhadas por cada uma dessas formas, que surgem uma série de
deturpações. Nos dois tópicos subsequentes irão esclarecer os propósitos das principais
formas de comunicação, de modo que os equívocos não persistam.
Há uma linha tênue entre propaganda e publicidade, uma vez que ambas são não
pessoais e visam promover ideias, bens e serviços, na tentativa de atrair a atenção para
a organização e suas ofertas sem ter que “pagar” os custos de mídia. Diferentemente
da propaganda, a publicidade desperta o interesse de seu público-alvo por meio de
notícias e, assim sendo, nem sempre ela será positiva, ou seja, quando a organização
paga a veiculação, como no caso da propaganda, ela tem total controle sobre a forma
e o conteúdo do anúncio (SHIMP, 2009). No caso da publicidade, que utiliza um espaço
tido como “não pago” (ou não deveria ser), o conteúdo da mensagem é determinado pelo
meio de comunicação utilizado. Logo, a publicidade obtida é considerada “gratuita”, mas
precisa ser direcionada. A publicidade é uma subfunção de relações públicas, embora
tenham atividades diferentes, as relações públicas e a publicidade caminham lado a
lado, pois desempenham a mesma função e são executadas pelo mesmo indivíduo na
maioria das situações (FINNE; GRÖNROOS, 2009; YANAZE, 2011).
176
Tendo em vista esclarecer e eliminar as eventuais deturpações acerca do que é
propaganda e publicidade, elaborou-se o quadro a seguir:
Propaganda Publicidade
Em inglês “advertising”. Em inglês “publicity”.
É paga por alguma organização ou por Gratuita e/ou não deveria ser paga.
alguém. Produzir notícias.
Produzir anúncios. Não identifica ou não deveria identificar quem
Identifica quem fez (patrocinador), uma fez (patrocinador), uma vez que é – ou deveria
vez que é paga. ser – gratuita.
Mensagem sempre positiva. Mensagem deve ser neutra.
Mensagens são repetitivas, porque se Mensagens não são repetitivas, porque se
configuram como anúncios. configuram como notícias.
Baixa credibilidade, uma vez que Alta credibilidade, uma vez que promove notícias
objetiva “vender” algo. acerca do produto e/ou setor.
Quem faz é o profissional Publicitário. Quem faz é o profissional de Relações Públicas.
Exemplos: anúncios de lojas de Exemplos: programas de empresas de automóveis
departamentos, de empresas expostos nas TVs aos domingos pela manhã,
cervejeiras, de operadoras de celular etc. notícias de telejornais, jornais e revistas etc.
Quem faz publicidade é o profissional de relações públicas, uma vez que esta
última tem a função de gerar no público em geral, ou na opinião pública, boa vontade –
goodwill – em relação à organização e a seus produtos, ou seja, as relações públicas se
concentram nos relacionamentos criados entre uma organização e seus públicos – for-
necedores, intermediários, funcionários, acionistas e a sociedade em geral. O profissio-
nal de relações públicas busca elaborar uma série de programas para promover ou pro-
teger a imagem de uma empresa e/ou de seus produtos em particular (STEFFEN, 2009).
177
O patrocínio é uma modalidade de comunicação cuja essência está relacionada
à construção de uma imagem por meio da associação com outra já estabelecida, ou seja,
deve apoiar a divulgação institucional ou de Marketing da organização patrocinadora,
além de permitir que ela explore sua imagem em outras atividades de comunicação
complementares (LOW, 2000; OGDEN; CRESCITELLI, 2007). O ponto central, no entanto,
é existir adequação de imagem pretendida com a imagem do patrocinado. Nesse
sentido, o patrocínio pode ser utilizado para: explorar a imagem da organização em
outras atividades; apoiar a divulgação institucional ou de Marketing da organização
patrocinadora; e apoiar eventos, pessoas e atividades culturais, esportivas e sociais.
Patrocinar é, portanto: investimento de dinheiro; exposição da marca comercialmente;
a assinatura da organização; adequada a um público-alvo; conquista de interesse e
respeito; contínua ou pontual (YASTROW, 2000).
178
etc., instantaneamente; (d) é um espaço de transação virtual, referente à negociação,
solicitação de pedidos, pagamentos etc. De fato, as possibilidades de comunicação
são imensas: criação de web sites, shopping centers virtuais, e-mail marketing, blogs,
twitter, instagran, pop-up, floater, patrocínios, links patrocinados, compras coletivas,
redes sociais etc. (FARIBORZI; ZAHEDIFARD, 2012).
179
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• As relações públicas tratam de uma relação não somente da empresa com os consu-
midores, mas também com os fornecedores e revendedores, imprensa, funcionários
e qualquer outro grupo que tenha o mínimo de interesse na organização.
• O marketing direto trata de maneiras de chegar até o cliente sem uso de interme-
diários, visando ter um resultado mensurável, assim como também busca criar um
relacionamento de longo prazo.
180
AUTOATIVIDADE
1 De acordo com Kotler; Keller (2012), as relações públicas tratam de uma relação não
somente da empresa com os consumidores, mas também com os fornecedores e
revendedores, imprensa, colaboradores e qualquer outro grupo que tenha o mínimo
de interesse na organização. Em relação ao objetivo das estratégias de relações
públicas, assinale a alternativa CORRETA:
I- O marketing digital é relevante para as organizações, uma vez que ainda é um es-
paço de distribuição virtual, onde possibilita a entrega de serviços e/ou produtos
digitalizados.
II- As estratégias de marketing digital não contemplam apenas ferramentas ou
plataformas, mas sim todos os elementos que envolvem as estratégias digitais de
uma marca, empresa, produto ou serviços.
III- No marketing digital, a forma mais assertiva de se comunicar com o consumidor é
através da definição do público alvo.
IV- No marketing digital, o SEO se traduz em um conjunto de técnicas que influenciam
os algoritmos dos buscadores a definir o ranking de uma página para determinada
palavra-chave que foi pesquisada.
181
4 Explique qual o conceito de Product Placement, de acordo com Belssa (2005).
5 Crescitelli e De Figueiredo (2001) apontam que as ferramentas de CIM podem ser clas-
sificadas quanto a sua natureza: massificada ou segmentada. Explique as característi-
cas de cada uma e cite duas ferramentas que se enquadram nessas classificações.
182
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, B. A.; CASIELLES, R. V. Avaliações do consumidor sobre promoção de vendas: o
efeito na escolha da marca. Jornal europeu de marketing, [S.l.], v. 9, n. 4, p. 23-37, 2005.
BELCH, G. E.; BELCH, M. A. Propaganda e promoção. 7. ed. São Paulo: McGrawHill, 2008.
183
FRANÇA, F. Públicos: como identificá-los em uma nova visão estratégica. [S.l.], Difusão
Editora, 2004.
184
PORTO, R. B.; MENDONÇA, T. F. S.; MILAN, G. S. Desempenho da marca organizacional
na rede social: efeitos das dinâmicas e das sinergias vindas a partir da comunicação
integrada de marketing. Revista Brasileira de Marketing, [S.l.], v. 15, n. 2, p. 177-194,
abr./jun. 2016.
TORRES, C. A bíblia do marketing digital: tudo o que você queria saber sobre marketing
e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. [S.l.], Novatec, 2018.
185