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Prof.a Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
2012
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof.ª Vera Lúcia Hoffmann Pieritz
361.763
P618r Pieritz, Vera Lúcia Hoffmann
Relações humanas e sociais / Vera Lúcia Hoffmann Pieritz. Indaial :
Uniasselvi, 2012.
231 p. : il
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a)!
Bons estudos!
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1: O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS .............................................................. 1
VII
UNIDADE 2: AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E
INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS ................ 83
VIII
TÓPICO 3: A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E
PROFISSIONAIS ................................................................................................................ 197
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 197
2 A COMUNICAÇÃO E OS PARADIGMAS SOCIAIS ................................................................. 199
3 A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PROFISSIONAIS .................................... 206
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 213
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 218
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 220
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 221
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e ao final de cada um deles você
terá a oportunidade de fixar seus conhecimentos realizando as atividades
propostas.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 1 – COOPERAÇÃO
3
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
2 O SER HUMANO
4
TÓPICO 1 | SER HUMANO E SOCIEDADE
Vejamos:
Tomelin e Tomelin (2002, p. 110) colocam-nos que “falar do ser humano
não é nada fácil. Ele não é igual a formigas, nem aos elefantes. Se assemelha em
seu ciclo de vida, mas a sua complexidade psíquica o faz se tornar diferente entre
seus próprios semelhantes”. Assim, podemos dizer que os homens possuem um
emaranhado de características que por si só o definem como um ser humano,
pois “essa diferença complexa faz com que cada ser humano sinta, pense e aja de
forma diversificada”. (TOMELIN; TOMELIN, 2002, p. 110)
UNI
“Nascemos humanos, mas isso não basta: temos também que chegar a sê-lo”
(SAVATER, 1998, p. 29).
Podemos ver que, de acordo com Batista (2008, p. 1), “o homem, sem dúvida
alguma, é um ser eminentemente social, isto é, tem inerente em si a perpétua
tendência a se agrupar, de unir-se a seus semelhantes, não só para lograr atender
aos fins que busca e deseja, mas também para satisfazer suas necessidades materiais
e de cultura”. Ou seja, podemos considerar que uma das primeiras características
do ser humano é a SOCIABILIDADE, pois o homem vem se constituindo como
tal pelo convívio com o outro. É por intermédio do convívio social que o homem
começa a constituir seus princípios e valores éticos e morais, que norteiam todos os
seus atos em sociedade. E esta convivência social do ser humano permeia por todas
as fases da vida do homem, desde seu nascimento até sua morte. Assim, Batista
(2008, p. 1) complementa expondo que “dessa forma, pode-se considerar que a
vida em sociedade é o modo natural da existência da espécie humana” no mundo.
E esta, por sua vez, só se torna possível por intermédio da sua comunicação com o
outro e também por suas relações de trabalho, nas quais a comunicação e o trabalho
são fatores concretos de interação constantemente com seus semelhantes.
5
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
Assim, podemos expor que o homem é um ser complexo, pois além de sua
natureza necessita se relacionar com os outros seres humanos, interagindo com
todos os elementos culturais do seu grupo social.
6
TÓPICO 1 | SER HUMANO E SOCIEDADE
FONTE: <http://uniconsciencia.blogspot.
FONTE: <http://escoladedomingo.blogspot. com/2011/02/uma-investigacao-sobre-
com/2011/07/ligacao-social-do-novo- memoria-e-o.html>.
homem.html>.
Um animal que ri
Livre e consciente
Dotado de desejos
Um ser que tem alma
7
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
FONTE: <http://profared.wordpress.
com/2008/07/30/prestando-contas-a-vida-
FONTE: <http://segredosdequinca.blogspot.
gilberto-dupas/>.
com/>.
FONTE: <http://estilo.uol.com.
br/comportamento/ultimas- FONTE: <http://lumenrationised.blogspot.
noticias/2010/12/18/por-que-os-homens- com/2010_06_01_archive.html>.
nao-ouvem-as-mulheres.htm>.
FONTE: <http://ohassan.blogspot.com/>.
FONTE: <http://lumenrationised.blogspot.
com/2010_06_01_archive.html>.
8
TÓPICO 1 | SER HUMANO E SOCIEDADE
FONTE: <http://meubairrofaz.blogspot.
FONTE: <http://www.mulheresnopoder.
com/2011/10/cultura-o-que-esta-
com.br/tag/trabalho/>.
acontecendo.html>.
FONTE: Adaptado de Tomelin e Tomelin (2002, p. 110)
Feio e Elegante e
Alto e baixo Gordo e magro
bonito deselegante
<http://franciscoponce.com/
archives/694>.
Quanto ao ASPECTO
ÉTICO-MORAL
<http://www.bdscon09.
jex.com.br/artigos/
etica+conceitos+e+aprendizagem>.
Quanto ao ASPECTO
FILOSÓFICO
Homem Homem Homem Homem
econômico instintivo angustiado existente
(Marx) (Freud) (Kierkegaard) (Heidegger)
9
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
UNI
“O homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação entende-se
o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação.”
(KANT, 1996, p. 11).
3 A SOCIEDADE
FIGURA 3 – VIDA EM SOCIEDADE
Vejamos:
Segundo Johnson (1997, p. 213), a sociedade “é um tipo especial de sistema
10
TÓPICO 1 | SER HUMANO E SOCIEDADE
social que, como todos os sistemas sociais, distingue-se por suas características
culturais, estruturais e demográficas/ecológicas. Especialmente, é um sistema
definido por um território geográfico, dentro do qual uma população compartilha
de uma cultura e estilo de vida comuns, em condições de autonomia, independência
e autossuficiência relativas”.
UNI
Toda sociedade é formada sobre princípios e valores éticos morais, além de regras
e normas de convivência.
11
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
UNI
12
TÓPICO 1 | SER HUMANO E SOCIEDADE
Vejamos:
A questão territorial e espacial do homem na sociedade denota,
primeiramente, traçar o resgate de algumas considerações teóricas a respeito de
sua conceituação e o sentido prático do termo. Neste sentido, Haesbaert (2004,
p. 37) entende que os termos “território e territorialidade, por dizerem respeito
à espacialidade humana, têm certa tradição também em outras áreas, cada uma
com enfoque centrado em uma determinada perspectiva”. De acordo com a visão,
princípios e concepções de espaços diferenciados da ciência, Haesbaert (2004)
apresenta diversos conceitos de território, conforme o quadro a seguir:
coletivas e subjetivas, que são desenvolvidas ao longo dos anos através de relações
de poder e força produtiva.
FONTE: A autora
14
TÓPICO 1 | SER HUMANO E SOCIEDADE
UNI
Etologia - ciência descritiva dos costumes e das tradições dos animais no seu
ambiente natural. 1 Estudo da formação do caráter do homem. 2 Biol Parte da ecologia
que trata dos hábitos dos animais e da acomodação dos seres vivos às condições do
ambiente. 3 Estudo dos costumes sociais humanos. (MICHAELIS: moderno dicionário
da língua portuguesa. 4. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1998)
FONTE: A autora
[...] tem que ser entendido como o território usado, não o território
em si. O território usado é o chão mais a identidade. A identidade é
o sentimento de pertencer àquilo que nos pertence. O território é o
fundamento do trabalho, o lugar da residência, das trocas materiais e
espirituais e do exercício da vida.
Para Souza (2001, p. 106), “uma sociedade autônoma é aquela que logra
defender e gerir livremente seu território [...] Uma sociedade autônoma não é
uma sociedade sem poder [...]. No entanto, indubitavelmente, a plena autonomia
é incompatível com a existência de um “Estado” enquanto instância de poder
centralizadora e separada do restante da sociedade.
15
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
Milton Santos, por sua vez, complementa afirmando que “no mundo da
globalização, o espaço geográfico ganha novos contornos, novas características,
novas definições. E, também, uma nova importância [...]”. (SANTOS, 2000, p. 79).
de território como um espaço que não pode ser considerado nem estritamente
natural, nem unicamente político, econômico ou cultural. Território só poderia ser
concebido através de uma perspectiva integradora entre as diferentes dimensões
sociais (e da sociedade com a própria natureza)”.
De acordo com Batista (2008, p. 2), o “controle social refere-se aos vários meios
usados por uma sociedade para “enquadrar” seus membros [...]”. Em outros termos,
o controle social é um mecanismo, como o próprio nome cita, de controle de tudo e de
todos em um determinado grupo social, regido por leis socialmente constituídas, para
assim assegurar a boa convivência social entre os homens. Expondo nestas regras de
conduta o que é certo ou errado, o que é bom ou ruim.
UNI
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UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
FONTE: A autora
19
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
Cada papel social do ser humano determina seu modo de ser e agir perante
seu grupo de interação social, seja na casa, na rua, no trabalho ou em qualquer
grupo social. E estes papéis sociais seguem um padrão geral, mas cada caso é um
caso, pois cada ser humano possui subjetividades e características singulares que
acabam moldando ou caracterizando diferentemente este padrão socialmente
constituído.
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
Rosana Madjarof
20
TÓPICO 1 | SER HUMANO E SOCIEDADE
Estado deve intervir na ordem econômica e social para ajudar os menos favorecidos;
a preocupação maior desloca-se da liberdade para a igualdade.
21
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
O Estado, por sua vez, na forma como se organiza, tendo em vista uma
cidadania melhor, acaba por propor e criar políticas sociais que não levam em conta
o cotidiano e a construção de uma cidadania crítica, participativa e de qualidade.
Sonhar com um mundo de iguais: fraterno e livre. Sonhar com um mundo sem
religiões, em que os homens vivam apenas para o dia de hoje. Sonhar com um mundo
sem patrões, sem governos, sem ricos nem pobres. Sonhar com a Utopia de Thomas
More, com a República de Platão, com o Socialismo de Karl Marx. Sonhar com a Era
22
TÓPICO 1 | SER HUMANO E SOCIEDADE
DICAS
Para um aprofundamento destes temas, sugiro que você leia os seguintes livros:
23
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
FERRAZ, Eduardo. Por que a gente é do jeito que a gente é? Conheça-se melhor, entenda
como os outros agem, gerencie sua vida e alcance melhores resultados.
6ª edição. São Paulo: Editora Gente, 2010.
O livro trata da aplicação da Neurociência e da Psicologia no dia a
dia das pessoas e empresas, baseado na grande experiência que tem
o autor sobre o assunto. Explica de maneira didática como se forma a
personalidade, o que é possível mudar e como ajustar os pontos fortes
e fracos de cada um. O conteúdo tem apoio científico e seu grande
diferencial é a narrativa fluente e agradável. Esta obra se destina: a quem
pretende se autoconhecer, aperfeiçoar seus talentos e viver melhor; a
quem comanda equipes e tem como objetivo selecionar e gerir seus
colaboradores para obter melhores resultados; e a quem se interessa em
entender as diferenças entre as pessoas e como lidar bem com isso.
24
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado do
SER HUMANO E SOCIEDADE, no qual foram abordados os seguintes itens:
• Nenhum homem é igual a outro homem, pois todos nós possuímos princípios,
valores, personalidade e aptidões diferentes.
• Verificamos que o homem só se torna homem por intermédio de sua relação com
o outro em um determinado grupo social.
• Podemos expor que o homem é um ser complexo, pois além de sua natureza
necessita se relacionar com os outros seres humanos.
25
• Sob a concepção etológica do termo “território”, pode-se considerar que os
seres humanos que desenvolvem suas atividades econômicas, políticas e sociais
norteadas pelos mesmos princípios éticos e morais formam um território ligado
por seus padrões de interação, socialização e produção, gerando certa estabilidade
locacional das atividades humanas.
• Pode-se considerar que o território não diz respeito apenas à função ou ao ter,
mas ao ser, ao modo de vida. E que este deve ser compreendido de uma forma
integradora, levando em consideração as diversas dimensões sociais, como a
política, econômica, social, cultural, ecológica etc.
• Podemos dizer que a sociedade é dividida por diversas CLASSES SOCIAIS, e que
cada ser humano se enquadra em uma delas.
• Assim, podemos dizer que uma só pessoa poderá desempenhar vários personagens
ao longo de sua vida, e também num único dia.
• Cada papel social do ser humano determina seu modo de ser e agir perante seu
grupo de interação social, seja na casa, na rua, no trabalho ou em qualquer grupo
social.
• Podemos dizer que o ser humano é o único ser capaz de questionar a si mesmo.
Indagando constantemente sobre sua existência, comportamento e sua função na
terra, mais particularmente na sociedade.
• O homem deve ser compreendido não só como corpo, e sim corpo, mente e
espírito, um ser complexo e completo. Um ser inteligente, que é capaz de gerar
conhecimento e cultura.
26
AUTOATIVIDADE
2 Todo ser humano possui uma gama de características próprias de sua espécie.
Analise as afirmativas a seguir:
I – o homem é um ser social por natureza
II – o ser humano é um ser destituído de emoções
III – as pessoas são livres e conscientes
IV – o homem é um ser que tem alma
V – os seres humanos são seres delimitados e acabados.
27
28
UNIDADE 1
TÓPICO 2
AS RELAÇÕES HUMANAS
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 7 – EU E O OUTRO
29
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
FIGURA 8 – A FAMÍLIA
Pois bem, a teoria das relações humanas trabalha as questões dos aspectos
emocionais do homem em suas relações de trabalho. Neste aspecto, determina
que se o ser humano conseguir se sentir pertencente a um determinado local, ele
conseguirá melhores resultados em seus relacionamentos humanos e sociais, ou
seja, o homem necessita fazer parte de um determinado grupo, para assim se sentir
útil e realizar seus objetivos. Mas só este fator não é suficiente, ele precisa também
relacionar-se informalmente com as outras pessoas do seu entorno, desenvolvendo
laços de interação social sem as formalidades normais dos ambientes em que está
inserido, como os laços de amizade, de grupo, de equipe etc.
Outro fator exposto por esta teoria é que o ser humano necessita
desenvolver relações de cooperação, ou seja, participar e criar ações colaborativas
e participativas, além de desenvolver um bom processo de comunicação com os
outros.
De acordo com Figueiredo (2012, p. 4), “as relações humanas são ações e
atitudes desenvolvidas a partir dos contatos entre pessoas e grupos. Cada pessoa
30
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES HUMANAS
FONTE: A autora
31
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
UNI
UNI
32
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES HUMANAS
Aristóteles, 384-322 a.C. (APUD REIS, 2009, p. 1), nos coloca que “o homem é
reconhecido como um animal social: pois qualquer um que não consegue lidar com
a vida comum ou é totalmente autossuficiente que não necessita e não toma parte
da sociedade, é um bicho ou um deus”. Assim, verificamos que não conseguimos
viver sem estar em contato com o outro, seja direta ou indiretamente. Temos a
necessidade de nos conectar com as outras pessoas, pois “o homem como ser social
está envolvido de alguma forma evidente de relacionamento com outros: dando
suporte, demandando, ditatorial, justa, explorativa ou altruísta. Tais características
poderiam aumentar ou diminuir o bem-estar social subjetivo das pessoas”. (REIS,
2009, p. 1) Assim, podemos colocar que o homem só se constitui como homem
quando desenvolve contatos e relacionamentos com os outros homens em uma
determinada sociedade ou um determinado grupo social. E “o homem só se realiza
como pessoa na relação com os outros, relação essa que tem vários níveis e assume
múltiplas formas: universalidade, sociabilidade e intimidade”. (MUSSAK, 2009,
p. 1)
<http://www.
conselho.saude.gov.
br/web_confmundial/
• a arte
{
• a filosofia
• a religião
• a literatura
São vias
para alcançar a
UNIVERSALIDADE
cmdsusss.htm>.
• a ciência...
33
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
Então podemos dizer que o ser humano faz parte de um contexto universal,
pois ele não está sozinho no mundo e no universo, socializando assim suas
experiências e subjetividades com o outro em sociedade. Pois necessitamos viver
em sociedade para suprir nossas necessidades e realizar nossos sonhos, ou seja,
sempre realizaremos alguma coisa ou tomamos uma atitude em função de um
objetivo, seja ele pessoal ou coletivo.
34
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES HUMANAS
• Caloroso
• Suportivo
• Amigável
{ Relacionamento com outros
• Solidário
<http://www.sebraepr.
com.br/blogs/blog/
centraldenegocios?m=08/2010>.
PRODUTIVIDADE O ser humano necessita ser produtivo, desenvolver e criar
riquezas.
Precisa do senso de utilidade.
Oferece oportunidade para:
• Produção,
• Aquisição,
• Sucesso,
<http://evolutti.blogspot. • Controle de recursos e
com/2010/06/eficiencia- • Execução de tarefas orientadas.
satisfacao-e-comprometimento.
html>.
ESTABILIDADE O homem necessita de continuidade de suas ações, para assim
desenvolver o sentimento de permanência em seu grupo social.
Fornece aos indivíduos:
• Sentimento de aumento de estabilidade ou decréscimo de
ansiedade.
• Diminui:
• dúvidas pessoais,
• tensão,
<http://cruzesdamonica. • vulnerabilidade,
blogspot.com/2009/05/dia-
internacional-da-familia.html>. • insegurança
• autopiedade;
• Aumenta:
• Autoestima
• Satisfação pessoal
• identidade.
{ SUPORTE SOCIAL
35
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
Vejamos:
Segundo Dias (2000, p. 72), “ao nascer, a criança possui apenas
potencialidades de tornar-se humana. Ao interagir com outros, passa por várias
experiências, e vai sendo socializada. A esse processo, através do qual o ser humano
vai aprendendo o modo de vida de sua sociedade e desenvolve a capacidade de
“funcionar” como indivíduo e como membro do grupo, é que denominamos
socialização.”
UNI
“A socialização do indivíduo numa dada sociedade permite que ele adquira uma
personalidade própria, que o diferenciará dos demais e, ao mesmo tempo, o identificará com o
seu grupo social.” (DIAS, 2000, p. 72)
36
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES HUMANAS
Vejamos:
Segundo Dias (2000, p. 73), “podemos identificar cinco principais agentes
de socialização: a família, a escola, os grupos de “status”, os meios de comunicação
de massa e os grupos de referência”, como pode ser visualizado na figura a seguir.
FONTE: A autora
37
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
38
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES HUMANAS
39
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
AS RELAÇÕES HUMANAS
Peter
Muitas pessoas dizem que querem e precisam ficar sozinhas. Até aí tudo
bem. Mas há quem reclame por isso, dizendo que são ‘lobos solitários’, que querem
muito viver sozinhos, afastados dos demais. Com certeza, só diz isso quem nunca
viveu realmente sozinho. A solidão enfraquece a alma humana. Nos enlouquece
sem que percebamos, tirando o sentido das coisas, a começar pelas pequenas
coisas da vida. Um belo dia você acorda e percebe que não faz mais sentido tomar
o café da manhã. Então, dias depois percebe que não há mais sentido em almoçar.
E depois em arrumar as coisas. E assim por diante. Tudo vai perdendo o sentido,
porque exatamente você perde o sentido para você mesmo. Sim, a solidão, o ‘estar
sozinho’, leva a isso.
Precisamos de momentos a sós, sim, até para refletirmos sobre nós mesmos,
sem comparações ou influências de outros. Mas que tais momentos durem apenas
o tempo necessário até o surgir das saudades daqueles que você ama.
40
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES HUMANAS
Penso, e prefiro acreditar, que são boas. Mas há também muitas relações
que são ruins, tantas, que chegam a nos fazer duvidar se a essência é boa ou ruim.
Por princípio, toda relação humana é uma experiência para autoconhecimento,
aprendizagem e evolução. E mais que isso, é sempre um exercício de amor e
fraternidade. Porém, não devemos ignorar os demais lados que temos, como os da
expectativa, da confiança, do egoísmo, entre outros.
E esta é a parte mais difícil... avaliar a relação... saber se o outro lado está
valorizando tanto quanto você, e avaliar se você mesmo está valorizando tanto
quanto a outra pessoa está. Sim, devemos observar a nós mesmos também, pois
muitas vezes estamos perdendo alguém que gostamos justamente por deixarmos
esta pessoa de lado, esquecida, achando que está tudo bem, olhando apenas para
nós mesmos e tentando obter a atenção daqueles que não olham para nós como
gostaríamos. Ou seja, você não consegue o respeito e a valorização de alguém que
41
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
te decepcionou, e ainda por cima perde de quem você tinha, por cometer o mesmo
erro que você criticou naquela outra pessoa: a falta de valorização da relação.
Preste atenção. Observe seus atos.
Valorize sempre... pois toda relação com afinidade vale a pena ser
valorizada. E naquelas sem afinidade, valorize com seu respeito. Se for para ela
não se manter, que seja com respeito pela outra pessoa e não pelo desprezo ou falta
de consideração. Isso lhe fará um bem enorme, por você e pelos outros.
42
TÓPICO 2 | AS RELAÇÕES HUMANAS
DICAS
43
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado das
RELAÇÕES HUMANAS, no qual foram abordados os seguintes itens:
• Estudamos que o homem é um ser social complexo, pois necessita dos seguintes
elementos: Sentimento de pertencimento, relações informais, cooperação e
comunicação.
• Verificamos que não conseguimos viver sem estar em contato com o outro, seja
direta ou indiretamente.
• O ser humano faz parte de um contexto universal, pois ele não está sozinho no
mundo e no universo, socializando assim suas experiências e subjetividades com
o outro em sociedade.
• Vimos que cada um destes papéis sociais possui uma função na sociedade em
que vivemos, e que os mesmos denotam algumas características, tais como:
pertencimento, intimidade, produtividade, estabilidade e adaptabilidade.
• Vimos que, de acordo com Dias (2000, p. 73), “podemos identificar cinco
principais agentes de socialização: a família, a escola, os grupos de “status”, os
meios de comunicação de massa e os grupos de referência.
44
AUTOATIVIDADE
45
46
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 13 – RELAÇÕES HUMANAS
Tenho relações ou tenho ralações? Sim, não é para brincar com a palavra,
é para examinar a qualidade das nossas relações. Se são humanas e
construtivas, podem trazer sofrimento e cuidado, mas fazem crescer.
Mas se as nossas relações são egoístas e enganadoras, então não só
trazem ralações, como são elas próprias ralações, destruições mútuas e
transmissíveis. Nós somos o que forem as nossas relações. (Vasco Pinto
de Magalhães, in 'Não Há Soluções, Há Caminhos)
47
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
Pois nada adianta para o ser humano se ele não compreender seus
sentimentos e os sentimentos do outro. Então, necessitamos estar constantemente
nos analisando e considerando a visão de mundo e o comportamento dos outros
em sociedade, para assim tentar compreender o que é certo e errado, bom ou ruim
para nós e para os outros que convivem conosco.
2 OS SENTIMENTOS HUMANOS
FIGURA 14 – AFETIVIDADE
Falar de sentimentos e emoções parece bem fácil, mas, caro aluno, não é.
Este tema possui certa complexidade de entendimento, portanto vamos por partes.
Vejamos:
Os homens possuem uma diversidade e complexidade de sentimentos,
emoções e atitudes, como, por exemplo, amor, raiva, compaixão, carinho, alegria,
tristeza e muitos outros, que o ser humano demonstra dependendo do momento
e condição de vida que está vivenciando. Isto tudo está diretamente relacionado
com os princípios e valores socialmente constituídos pelos homens, refletindo
diretamente nas atitudes desenvolvidas por eles no grupo a que pertencem.
Para compreender melhor esta questão, vejamos o que nos diz o texto de
Conceição Trucom, o qual expõe considerações pontuais referentes aos sentimentos
e emoções, confiram:
OS SENTIMENTOS E AS EMOÇÕES
49
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
50
TÓPICO 3 | A COMPLEXIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS
Vejamos:
51
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
52
TÓPICO 3 | A COMPLEXIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS
Devemos compreender ainda que “as pessoas que têm mais habilidade
em compreender os outros e têm traquejo interpessoal são mais eficazes no
relacionamento humano”. (MINICUCCI, 2011, p. 31) E isto nos mostra que devemos
tentar compreender melhor as pessoas que estão se relacionando conosco, para
assim poder desenvolver um bom relacionamento com elas.
53
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
UNI
Quando vamos lidar com as outras pessoas devemos ter tato, ou uma certa
sensibilidade em tentar compreender a outra pessoa como ela realmente é, pois:
54
TÓPICO 3 | A COMPLEXIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS
Vejamos:
55
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
56
TÓPICO 3 | A COMPLEXIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS
57
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
UNI
Tudo isto nos leva às questões dos princípios morais e éticos. Segundo
Tomelin e Tomelin (2002, p. 89), “a palavra ética provém do grego ethos e significa
hábitos, costumes e se refere à morada de um povo ou sociedade. A palavra moral
provém do latim morális e significa costume, conduta”.
58
TÓPICO 3 | A COMPLEXIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS
explica – o fato real daquilo que foi ou é –, e não no fato de recomendar uma ação
ou uma atitude moral.
Agora que já percebemos que tudo está relacionado aos princípios morais
e éticos dos seres humanos, e que estes é que norteiam o comportamento de cada
homem, também devemos entender que as outras pessoas também os têm. Portanto,
devemos tentar compreendê-las para assim melhorar nosso relacionamento
pessoal ou social com as mesmas. Pois, como já sabemos, todos nós possuímos
subjetividades e características diferentes.
Minicucci (2011, p. 35) reforça esta questão expondo que “você poderá
conhecer melhor as pessoas observando seu comportamento, dando a elas a
59
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
UNI
Minicucci (2011, p. 35): “Você poderá treinar sua sensitividade social, a fim de
tornar-se mais sensível ao desempenho do comportamento dos outros.”
60
TÓPICO 3 | A COMPLEXIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS
Minicucci (2011, p. 37) expõe que “num processo de grupo, durante seu
desenvolvimento, você poderá notar comportamentos tais como:
61
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
FIGURA 24 – COMUNICAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Milene Gonçalves
Observo cada dia mais o quanto complicado pode ser a expressão do ser de
um indivíduo, dentro dos ambientes sociais e empresariais. Porque o conjunto de
conceitos, sentimentos e pensamentos traduzidos em atitudes que interagem com
a expectativa do meio (personalidade) não é o ser.
62
TÓPICO 3 | A COMPLEXIDADE DAS RELAÇÕES HUMANAS
Desde cedo, temos a tarefa de aprender a estar como esperam de nós. Nossa
essência e o que trazemos em nosso estado original pouco vale. Temos que nos
(des)educar, aceitar “condicionamentos”, para sermos aceitos e respeitados. Com
isso, geramos sofrimentos uns aos outros e, consequentemente, a nós mesmos. Na
árdua tarefa de fazer o jogo da sobrevivência e das competências, nos esquecemos
de quem somos e o que realmente nos importa. Seja no meio social onde estamos
inseridos, no ambiente de trabalho, no convívio familiar, desempenhamos papéis
como num grande teatro, uma ópera da vida real.
E como não prejudicá-lo? Se na maioria das vezes nem sabemos que ele
existe, que está dentro de nós adormecido e latente. Na vida de cada um, os freios
deveriam nos fazer mais felizes, mais realizados, mas, ao invés disso, nos criam
tantos obstáculos à manifestação do ser que parece que nos perdemos dentro de
nós mesmos. A sociedade no conjunto de personalidades precisa dos freios, o ser
não! O ser precisa sentir seu caráter infinito e divino, manifestar-se no mundo das
formas e nas sociedades para santificar e purificar a personalidade do seu grande
vício de estar infeliz. Quando formos capazes de permitir ao ser interagir no
mundo sem a muleta da personalidade, criaremos com certeza um novo mundo,
a nova era.
FONTE: GONÇALVES, Milene. A complexa trama das relações humanas agregando ou não valor
real à sua vida. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/2023566/A-complexa-trama-das-
relacoes-humanas-agregando-ou-nao-valor-real-a-sua-vida-RH>. Acesso em: 22 dez. 2011.
63
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
DICAS
Para um aprofundamento destes temas, sugiro que você leia os seguintes livros:
GOLEMAN, Daniel. Inteligência social: o poder das relações
humanas. CAMPUS ELSEVIER
Neste livro, Goleman defende um novo modelo de inteligência,
baseado no emergente campo da neurociência social.
Afirmando que a nossa interação social é capaz de moldar
tanto nosso comportamento como o funcionamento do
nosso organismo, o autor apresenta o conceito de Inteligência
Social. Mostrando o poder da interação social na influência
do humor e da química cerebral, o autor examina o quanto
uma ofensa ou uma experiência social desagradável podem
ser prejudiciais, e revela os efeitos positivos de substâncias
neuroquímicas que são liberadas em situações que envolvem
amor e cuidados. O livro apresenta-nos uma nova perspectiva
sobre nossas relações sociais, mostrando que nossas mentes
estão conectadas por valores como altruísmo, compaixão,
preocupação e compreensão, e desenvolvemos a inteligência social para estimular essas
"habilidades" em nós mesmos e nos outros.
64
RESUMO DO TÓPICO 3
• Conviver com os outros não é só estar com os outros, e sim conviver é estar
se relacionando diariamente com a outra pessoa, além de possuir vínculos,
intimidade, afinidades e familiaridade com este outro.
• Todas as nossas ações possuem um propósito, ou seja, um fim. Este fim somente
é atingido quando os homens realizam uma atividade para alcançá-lo, vão em
busca de seus objetivos e metas.
• Observamos que ao lidar com as outras pessoas devemos ter tato, ou uma certa
sensibilidade em tentar compreender as outras pessoas como elas realmente
são.
65
• Necessitamos nos conhecer bem, para depois tentar conhecer as demais pessoas
que estão ao nosso entorno.
66
AUTOATIVIDADE
( ) V – F – V – F.
( ) V – V – V – V.
( ) F – F – V – F.
( ) F – V – V – F.
2 Todo ser humano necessita viver e conviver com os demais integrantes do seu
grupo social. Para isto o mesmo deverá estabelecer um relacionamento com
os outros homens, mas sempre na perspectiva de saber lidar com os mesmos,
para que assim possa ter uma sinergia social. Analise as afirmativas a seguir:
I – Ao lidar com as outras pessoas devemos ser intransigentes, buscando sempre
levar em consideração o nosso jeito de ser e não o dos outros.
II – Devemos compreender as pessoas pela sua sensibilidade social e empatia.
III – Devemos ter flexibilidade de ação pelo comportamento humano em função
de suas atitudes e sentimentos.
IV – Devemos ter “jogo de cintura” com relação ao nosso comportamento
perante o grupo social a que pertencemos.
67
68
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 25 – A INTERAÇÃO
69
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
FONTE: A autora
Podemos dizer que o ser humano nunca conseguirá ser homem sem
interagir diretamente com os outros homens, e que neste convívio o mesmo deverá
procurar o equilíbrio em seus comportamentos perante os outros, procurando
constantemente se adaptar ao meio em que está inserido. Ou seja, o ser humano
necessita respeitar as diferenças para assim melhorar sua condição de vida e
angariar sua dignidade humana.
70
TÓPICO 4 | QUESTÕES RELATIVAS ÀS RELAÇÕES HUMANAS
Este homem deve ser compreendido não só como corpo, e sim corpo, mente
e espírito, um ser complexo e completo. Um ser inteligente que é capaz de gerar
conhecimento e cultura.
Então devemos compreender que todo ser humano possui suas subjetividades, e
são elas que o formam como um ser único no planeta.
71
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
Vejamos:
72
TÓPICO 4 | QUESTÕES RELATIVAS ÀS RELAÇÕES HUMANAS
por muitas vezes o ser humano não sabe se expressar de acordo com suas
vontades e crenças, não sabe criar e manter relacionamentos simples e
ao mesmo tempo duradouros, profundos. Muitas vezes, a percepção
e a distinção do certo e errado lhe fogem entre as mãos, e quando
isso acontece, muitos se deparam com o erro. Quem somos? De onde
viemos? Para onde vamos? Tudo isso variavelmente se baseia nos seus
atos. De onde viemos todos sabem, mas para onde vamos cabe a você
escolher. A semeadura é livre, já a colheita é e sempre será obrigatória.
Pensemos mais no ser humano como de fato somos: Humanos!
E
IMPORTANT
Contudo, devemos tomar cuidado, pois muita gente pensa que equidade
é sinônimo de igualdade, mas não é bem assim, pois a equidade é vista por dois
prismas:
Então, podemos dizer que o ser humano deverá buscar garantir a equidade
e a justiça social, procurando assim assegurar a universalidade de direitos e o acesso
73
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
aos bens produzidos por meio do trabalho a todos os indivíduos, sem distinção de
cor, raça, etnia e classe social.
Dias (2000, p. 105) complementa expondo que “a estrutura social se refere aos
padrões relativamente estáveis e duradouros em que estão organizadas as relações
sociais e que formam a estrutura básica daquilo que nós denominamos sociedade”.
Pois “o termo estrutura é utilizado para identificar a distribuição, em determinada
ordem, das diversas partes de um todo. Assim, quando nos referimos à estrutura
de algo, estamos nos referindo à inter-relação das diversas partes que o compõem”.
(DIAS, 2008, p. 146)
Neste sentido, Dias (2008, p. 146) complementa expondo que “os componentes
de uma estrutura se encontram relacionados uns com os outros, de tal modo que
somente podem ser o que são (parte de um todo) na sua relação com os demais”.
Ou seja, todos os elementos de uma estrutura é que formam a estrutura em si, então
fazemos parte da estrutura social em que vivemos.
74
TÓPICO 4 | QUESTÕES RELATIVAS ÀS RELAÇÕES HUMANAS
Nesse sentido, para que haja uma estrutura social se faz necessário que haja
uma boa distribuição dos papéis sociais e que estes desenvolvam suas relações em
prol da sociedade em si. Pois, de acordo com Dias (2000, p. 106), “a estrutura social
transforma um agrupamento de pessoas em grupos sociais e uma população em
sociedade”. Conforme Castro (2008, p. 149), “as organizações revelam a existência
de uma divisão do trabalho social [...] uma complementação funcional [...]”.
Assim, em cada estrutura social são formados os papéis sociais por meio da
divisão social do trabalho, na qual todos nós possuímos funções e desenvolvemos
competências na formação estrutural de nossa sociedade. E segundo Castro (2008,
p. 150), “os grupos estáveis estruturam-se e organizam-se tendo em vista objetivos
comuns ou objetivos determinados. Um grupo estável localizado (comunidade) conta
com objetivos comuns a seus integrantes. Um grupo estável a que denominamos
empresa tem objetivos determinados que devem ser atingidos pela ação conjunta
de todos os que dela participam”. Para assim desenvolverem constantemente suas
interações sociais são necessárias regras e normas em prol de objetivos comuns do
grupo social. Pois toda estrutura social é determinada e estruturada sob objetivos e
princípios socialmente estabelecidos pelo grupo que a forma.
Vejamos:
Dias (2008, p. 146) complementa expondo que “as estruturas sociais também
são formadas pelas relações entre indivíduos e/ou grupos sociais, que ocupam
75
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
posições que se distribuem numa determinada ordem, formando um todo que pode
ser uma entidade social: quer seja uma instituição, uma sociedade, uma organização
etc.”
Vejamos:
Dias (2008, p. 146) expõe que “o que caracteriza uma estrutura social é que
ela envolve interações relativamente estáveis, e padronizadas, de suas partes”. Além
de apresentar constantes transformações nas relações sociais entre os homens, pois
vivemos num mundo de constantes transformações. Nosso comportamento não é o
mesmo o tempo todo, inúmeros fatores fazem com que haja mudanças constantes
nos relacionamentos e comportamentos dos seres humanos. Ou seja, a estrutura
social é estável, mas o comportamento dos homens muda de acordo com os fatores
ambientais com que ele convive.
<http://www.embu.sp.gov.br/
<http://rcpvarzim.blogspot. blog/mauro/post/168>.
com/2010/08/sociedade-civil-ou- <http://fabiopestanaramos.
terceiro-sector.html>. blogspot.com/2011/05/
educacao-escola-familia-e-
sociedade.html>.
RELIGIÃO ECONÔMICA POLÍTICA
<http://unitedptc.webnode.com.
br/como-ganho-dinheiro/>.
<http://dyakuzy.wordpress.
com/category/politica/>.
<http://cienciaumavelanoescuro.
haaan.com/2011/03/
perspectivas-evolucionistas-
acerca-da-religiao/>.
76
TÓPICO 4 | QUESTÕES RELATIVAS ÀS RELAÇÕES HUMANAS
<http://forumrprp.blogspot.
<http://www.sudoestenarede. com/2009_11_01_archive.html>.
com.br/v1/2011/05/04/ <http://contabilgomes.com.br/>.
servidores-do-judiciario-
decidem-paralizar-todas-as-
quartas-feiras/>.
FONTE: A autora
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
Magdalena Léia
Relações Humanas é uma ciência nova num mundo velho. Velho como o
tempo. Data, certamente, daquele dia em que Adão, Eva e a Serpente, formando
o primeiro grupo, concordaram em torno do primeiro pecado. Depois, expulsos
que foram do Paraíso, saíram por ali brigando - o primeiro conflito: “Foi você o
culpado!” “Eu não, foi você...” Mas acabaram se ajustando - o primeiro armistício
- pela necessidade que tinham um do outro.
77
UNIDADE 1 | O ESTUDO DAS RELAÇÕES HUMANAS
Quem somos nós? Que é gente? Gente é um bolo, cujos ingredientes são:
defeitos, qualidades, erros, acertos, fraquezas, boas intenções, etc. Variam as
doses, mas todos temos esta mistura em nossa estrutura anímica. Herdados ou
inoculados, formam a argila de que somos feitos.
Mas, onde houver respeito mútuo, haverá boas relações. Traçar uma linha
divisória entre o que me devem e o que eu devo.
78
TÓPICO 4 | QUESTÕES RELATIVAS ÀS RELAÇÕES HUMANAS
FONTE: LÉIA, Magdalena. Relações humanas: viver e conviver. Disponível em: <http://www.
velhosamigos.com.br/Autores/Magdalena/magda13.html>. Acesso em: 27 jan. 2012.
DICAS
79
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca das questões
relativas às relações humanas, no qual foram abordados os seguintes itens:
• O homem deve ser compreendido não só como corpo, e sim corpo, mente e
espírito, um ser complexo e completo. Um ser inteligente, que é capaz de gerar
conhecimento e cultura.
• Todo ser humano possui suas subjetividades, e são elas que o formam como um ser
único no planeta.
• A sociedade atual está muito complexa, pois os valores éticos e morais, muitas
vezes, são sobrepostos por outros fatores.
• Em tudo no mundo deve haver equilíbrio e bom senso, só não podemos extrapolar
as regras e normas que a própria sociedade em que vivemos constituiu, pois estas
leis são instrumentos do controle social, e elas procuram garantir a qualidade de
vida do homem.
80
• Para que haja uma estrutura social se faz necessário que haja uma boa distribuição
dos papéis sociais, e que estes desenvolvam suas relações em prol da sociedade
em si.
• Em cada estrutura social são formados os papéis sociais por meio da divisão
social do trabalho, na qual todos nós possuímos funções e desenvolvemos
competências na formação estrutural de nossa sociedade.
81
AUTOATIVIDADE
Acróstico é uma composição, em versos, na qual as letras iniciais de cada verso formam um
termo.
S ________________________________________________________________
U ________________________________________________________________
B ________________________________________________________________
J ________________________________________________________________
E ________________________________________________________________
T ________________________________________________________________
I ________________________________________________________________
V ________________________________________________________________
I ________________________________________________________________
D ________________________________________________________________
A ________________________________________________________________
D ________________________________________________________________
E ________________________________________________________________
82
UNIDADE 2
AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS,
INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS
DIVERSOS GRUPOS
HUMANOS E SOCIAIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e ao final de cada um deles você
terá a oportunidade de fixar seus conhecimentos realizando as atividades
propostas.
83
84
UNIDADE 2
TÓPICO 1
O COMPORTAMENTO HUMANO
NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS,
INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
1 INTRODUÇÃO
85
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
2 AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS
86
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
DICAS
3 RELAÇÕES INTERPESSOAIS
FIGURA 32 – RELAÇÕES INTERPESSOAIS
87
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
Mas não podemos esquecer que cada ser humano é único neste universo,
pois cada um possui subjetividades, princípios e valores diferentes. Segundo
Antunes (2010, p. 9), “cada pessoa é, e sempre será, um verdadeiro universo de
individualidade; suas ações, seus motivos, seus sentimentos constituem paradigma
único”. E é esta particularidade que o legitima como um ser complexo e único.
Vejamos:
Antunes (2010, p. 10) coloca-nos que “esta manifesta singularidade humana
está presente em qualquer família, em um escritório, na risonha mesa de um bar,
na escolha de companheiros, nos partidos políticos e, naturalmente, na sala dos
professores e em toda sala de aula”. Ou seja, em todos os lugares onde haja duas
ou mais pessoas.
88
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
E quais são estas necessidades interpessoais que todo ser humano procura
nos diversos grupos sociais a que se afilia? De acordo com Schutz (apud FRITZEN,
2010), podemos classificar três tipos de necessidades interpessoais: a inclusão, o
controle e a afeição, que acontecem de uma forma cíclica, conforme a figura a seguir:
Neste sentido, Fritzen (2010, p. 11) expõe que “todo indivíduo, ao entrar no
grupo, preocupa-se, inicialmente, com a inclusão, passando a seguir para o controle
e, finalmente, procura satisfazer suas necessidades de afeição”. E este ciclo deve
acontecer sempre, renovando os relacionamentos e aprofundando os mesmos, no
sentido do aprimoramento, renovação e melhoramentos das relações interpessoais
de todos os integrantes do referido grupo.
89
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
4 RELAÇÕES INTERGRUPAIS
90
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
O ser humano pertence e faz parte não só de um único grupo social, pois
conforme suas representações sociais na sociedade em que vive, ele faz parte
de uma gama de grupos, como, por exemplo: a família, a escola, o trabalho, as
associações, os grupos de amigos, os grupos de interesse, entre muitos outros.
Então, quais seriam as exigências para que haja uma boa convivência entre
as pessoas em um determinado grupo?
<http://staywithyouforever.
blogspot.com/2010/12/
sentimento.html>.
HUMILHAÇÃO Não queira mortificar os outros com ocorrências, sutilezas e
genialidades, embora acredite ser superior na inteligência, cultura,
dinheiro, posses, poder, beleza, aptidões...
Quem for humilhado jamais esquecerá.
Devemos olhar o outro com empatia e saber respeitar o outro como ele
realmente é.
Nunca devemos constranger o outro, mesmo que o mereça.
<http://vinistory.blogspot.
com/2011/04/humilhacao-
pense-bem.html>.
JUSTIÇA Procure agir com justiça, melhor ainda, com cordialidade.
Assim evitará ressentimentos e hostilidades.
Uma maneira ótima de servir ao próximo é amando-o.
Devemos desenvolver um senso de justiça entre o que é certo e errado,
entre o que é bom e ruim, entre o que é justo e injusto.
<http://jucelinosouza.
wordpress.
com/2011/11/16/1054/>.
INQUIETAÇÃO Não se deixe levar por nervosismos, impaciências e egoísmos.
Conduzem irremediavelmente para a insatisfação e o descrédito.
Tentar controlar a inquietação, para poder angariar melhores
resultados em nossas ações perante os outros.
Devemos ficar tranquilos.
<http://cristianecs75.
blogspot.com/>.
ESPERANÇA Jamais corte as asas da ilusão e da esperança para os seus
colaboradores.
A esperança e a ilusão alegram o coração do homem e o impulsionam
até outras realidades e espaços, às vezes insuspeitos.
Regue a realização dos sonhos, mesmo que o planejado seja quase
impossível de ser conquistado.
Alimente a esperança.
<http://lombel.com.br/
bereiablog/?p=1103>.
RESPEITO Seja respeitoso com os outros.
Seja correto no falar.
Jamais prejudique alguém com palavras ou por escrito.
Busque sempre considerar as ações e contribuições das pessoas que
estão ao seu entorno, mesmo que a ideia ou contribuição pareça
insignificante. Respeite todas as opiniões.
<http://meta.blog.br/
relacao-entre-respeito-
poder-dinheiro/>.
92
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
<http://linguagemcorporal.
net.br/testes/sorriso/
sorrisos-falsos-e-
verdadeiros/>.
EMOÇÃO Seja uma pessoa emocionalmente estável.
Não passe de gritos às conversas; da alegria incontrolada para a
depressão e as lágrimas.
Devemos controlar nossas emoções, equilibrando as mesmas conforme
a ocasião.
<http://
umavozparaoautismo.
blogspot.com/2011/06/
educar-emocao.html>.
INTERESSE Interessar-se por quem anda ao nosso lado triste, acabrunhado,
preocupado, mas com o maior respeito por sua intimidade.
Saber-se acompanhado nos momentos difíceis de uma maneira
incondicional é o melhor remédio e a demonstração de uma autêntica
amizade.
É uma das grandes conquistas humanas.
<http://www.ccac.org.mo/
gov/pt/proposal/T03.htm>.
EMPATIA Se quer triunfar diante dos outros, “saiba escutar”,
“tenha paciência”,
“fale ponderadamente” e
“saiba colocar-se” no “sapato do outro”.
Veja o outro com os olhos do outro, ou seja, como ele realmente é.
<http://
expandiraconsciencia.
blogspot.com/2010_10_01_
archive.html>.
FONTE: Adaptado de Fritzen (2010, p. 21-22)
Assim, podemos dizer que um dos principais fatores para que haja uma boa
convivência entre os integrantes de um determinado grupo social é a questão da
empatia e saber escutar o outro. Que aparentemente não parece ser uma coisa muito
difícil, mas na prática é, sim, pois nos tempos de hoje, com a correria do dia a dia,
com tantas tarefas a cumprir, o homem não consegue ter tempo para escutar tudo
o que as outras pessoas têm a nos falar. Muitas vezes, escutamos pela metade e não
damos importância para as informações transmitidas pelas outras pessoas que estão
convivendo conosco, gerando desconforto e relacionamentos complicados.
Mas, então, por que deveríamos escutar as outras pessoas que convivem
conosco?
devida atenção e escutar com SABEDORIA revela as virtudes daqueles que assim
procedem”. (FRITZEN, 2010, p. 21)
Neste sentido, vejamos agora algumas razões para que os seres humanos
escutem seu semelhante. Vejamos:
UNI
94
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
Então, o que nós seres humanos necessitamos fazer para que haja um
relacionamento mais fraterno entre as pessoas que convivem conosco?
Fritzen (2010, p. 46) expõe que “um relacionamento humano mais fraterno
acontece quando tomamos em conta, entre outras, as seguintes ponderações”, aqui
expostas no quadro a seguir:
95
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
← SEMEAR →
<http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/vida-
saudavel/fique-mais-saudavel-meditacao-623258.shtml>.
SER SEVERO COM O ERRO →
<http://jcristao.blogspot.com/2011/01/o-valor-do-
perdao.html>.
96
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
← CULTIVAR A ARTE DE
DIALOGAR
O melhor conselheiro geralmente é aquele que melhor sabe
escutar.
Diálogo é intercâmbio, encontro de pessoas.
Ambas as pessoas devem fazer uso do direito de falar e
cumprir a obrigação de escutar.
Trata-se de uma necessidade teológica para se conhecer as
várias manifestações antes de tomar uma decisão.
O diálogo é uma comunicação que tem por finalidade
o descobrimento de uma verdade importante para o
<http://mulheresdapaz.blogspot.
crescimento pessoal e a vida dos indivíduos que dialogam.
com/2011/07/como-conversar-com-
classe.html>.
EVITAR A CONTESTAÇÃO FARISAICA
→
É fácil contestar as atitudes, criticar as ideias dos outros e
condenar os erros que outros praticam.
É fácil cair na atitude farisaica de que o errado é sempre
o outro.
Criticar os outros é uma maneira pouco decente de se
elogiar a si mesmo.
Se cada um limpasse a rua diante da própria casa, a
cidade toda estaria limpa.
Se cada qual corrigisse seus próprios erros, a
<http://www.portugues.rfi.fr/ humanidade toda estaria em grande progresso.
africa/20111207-eleicoes-russas-
provocam-contestacao>.
DIZER MUITO OBRIGADO Todos já reparamos como as pessoas agradecem.
→ Às vezes com simplicidade, humildade, verdadeiro
reconhecimento. Contudo, nem sempre isso ocorre.
Há pessoas que agradecem movidas por razões tão diferentes. Tais
como:
Por educação: sem a participação interior.
Por dever: muita gente agradece por ofício, por dever, como o bom
funcionário deve agradecer ao cliente.
Com amor: isso acontece quando amamos aquele que nos ama e
deste encontro do “eu” e do “tu” nasce a GRATIDÃO por tudo. É
a gratidão que envolve e compromete, semelhante ao filho junto ao
<http://lu.blogue.me/2010/12/ pai. Gratidão que não gera reciprocidade, comunhão, participação
quanto-vale-um-abraco.html>. de vida.
FONTE: Adaptado de Fritzen (2010, p. 46-51)
LEITURA COMPLEMENTAR
O CONFLITO
1. DEFINIÇÃO DE CONFLITO
97
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
A) CONFLITOS INTRAPESSOAIS
98
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
B) CONFLITOS INTERPESSOAIS
C) CONFLITOS ORGANIZACIONAIS
99
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
Blake e Mounton (1964) defendem que existem três formas para a resolução
de conflitos:
• Perder–perder - Esta é uma estratégia que não satisfaz ninguém, pois ninguém
ganha objetivamente. Nesta situação o objetivo é impedir que a outra parte
ganhe. Por exemplo, numa discussão a propósito do destino de férias, escolhe-se
uma terceira opção para que o destino eleito não satisfaça nenhuma das partes.
Esta estratégia implica entender o conflito como um problema que tem que
ser resolvido entre as partes envolvidas, que têm perspectivas diferentes e vontade
para, de forma frontal, pretender a sua resolução.
100
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
A MEDIAÇÃO
4. OS ESTILOS DE COMUNICAÇÃO
Estilo Passivo - Este estilo pode ser caracterizado por uma atitude de
evitar posicionamento perante as pessoas e acontecimentos. O indivíduo passivo
101
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
submete-se e não age. Tende a evitar conflitos e dificilmente é capaz de dizer não.
Os sinais que apresenta passam por roer as unhas, bater com os dedos na
mesa, apresentar riso nervoso, mexer frequentemente os pés e ter insônia.
Alguns sinais deste estilo são: falar por meias palavras, fazer chantagem
moral, apresentar-se com boas intenções, oferecer os seus talentos a públicos
difíceis, tirar partido do sistema, das leis e regras, entre outros.
Bibliografia
102
TÓPICO 1 | O COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS
UNI
Para um aprofundamento destes temas, sugiro que você leia os seguintes livros:
103
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado
do COMPORTAMENTO HUMANO NAS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS,
INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS, no qual foram abordados os seguintes
itens:
• Vimos que cada ser humano é único neste universo, pois cada um possui
subjetividades, princípios e valores diferentes.
104
• Vimos que o ser humano pertence e faz parte não só de um único grupo social.
• Estudamos que o homem não consegue viver só, ele necessita estar com as outras
pessoas que compartilham suas crenças e princípios morais e éticos, socializar
suas experiências e trocar informações.
105
AUTOATIVIDADE
( ) V – V – F – V.
( ) F – V – F – V.
( ) V – F – F – V.
( ) F – V – V – V.
106
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 35 – ÉTICA
107
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
E então, quais seriam os principais princípios éticos para que haja um bom
relacionamento entre as pessoas?
108
TÓPICO 2 | A QUESTÃO ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS
UNI
109
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
QUADRO 16 – EXEMPLOS
NA QUESTÃO: CONSIDERAÇÕES
Pode-se observar que toda região do mundo forma grupos ligados por seus
costumes sociais, tais como:
Da linguagem,
o nosso tipo de comida,
hábitos e costumes:
o estilo de vida,
as atitudes
Das atividades A aplicação de histórias de contos de fadas serve para o desenvolvimento
simbólicas: emocional de crianças.
A dança, a pintura, o teatro possibilitam a liberação da imaginação e
criatividade dos homens, além de serem utilizados no tratamento de
Artística:
algumas questões de recuperação social e moral, como no tratamento de
dependentes químicos e terapias ocupacionais.
FONTE: A autora
Contudo, quais são as formas de ser da moral? Como nos mostra Barroco
(2000, p. 25-26):
o campo da moral é um espaço de criação e realização de normas e
deveres, de atitudes, desejos e sentimentos de valor. Na vida cotidiana,
julgamos as ações práticas como corretas ou incorretas; fazemos juízo
de valor sobre nosso comportamento e dos outros; nos deparamos com
situações em que ficamos em dúvida sobre a melhor escolha; projetamos
nossa vida a partir de valores que julgamos positivos e negamos as
ações que se orientam por valores que consideramos negativos.
110
TÓPICO 2 | A QUESTÃO ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS
Não podemos esquecer que a moral, seus hábitos, princípios e costumes são
constituídos em sociedade e no decorrer de nossa história. Estas construções são
baseadas no dia a dia das relações sociais, que compõem a produção e reprodução
da vida em sociedade. Então podemos dizer que todos nós, enquanto indivíduos,
temos um senso moral da realidade em que estamos inseridos, adquirido pelo
convívio social e assim reproduzido.
111
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
Ou seja, podemos verificar que existe uma distinção entre ética e moral
e cada qual possui suas características norteadoras. De acordo com Paulo Netto
(apud BONETTI et al., 2010, p. 23):
112
TÓPICO 2 | A QUESTÃO ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS
• Capitalismo;
• Socialismo.
Então, podemos dizer que quando é constituída uma nova estrutura social,
a ética, os valores e princípios morais são modificados para constituir assim esta
nova concepção de sociedade. Em outros termos, o sistema de valores morais se
transforma no processo de constituição de um novo padrão sócio-histórico.
113
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
ATENCAO
Partindo desta indagação, podemos afirmar que o homem vive num mundo
real, estabelecendo diversas relações com a natureza, transformando-a segundo as
suas necessidades reais, sobrevivendo, ao longo de sua história, a partir dessas
relações.
114
TÓPICO 2 | A QUESTÃO ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS
Então, podemos concluir que é por meio do trabalho que os seres humanos
colocam em prática suas capacidades humanas. Assim, o trabalho é a base
fundamental na formação da consciência moral de todos os seres humanos,
pois, segundo Barroco (2000, p. 45), “[...] o trabalho é uma atividade social, cuja
realização cria valores e costumes, desenvolve habilidades e sentimentos, formas
de comunicação, de intercâmbio e de conhecimento; em outras palavras, cria a
cultura e sua própria história”. É por meio do trabalho que os homens desenvolvem
seus princípios e sua cultura, consequentemente, seus valores sociais e éticos.
José Paulo Netto cita Agnes Heller quando expõe que “VALOR é tudo
aquilo que contribui para explicar e para enriquecer o ser genérico do homem,
entendendo como ser genérico um conjunto de atributos que constituiriam a
essência humana”. (PAULO NETTO apud BONETTI et al., 2010, p. 22-23)
OBJETIVAÇÃO:
- que expressa prioritariamente por intermédio do
trabalho.
- que proporciona sair do subjetivo e passar para o real
e concreto.
<http://gracynhakelly.blogspot.
com/2006_04_01_arc hive.html>.
115
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
SOCIALIDADE:
- que se expressa com a convivência com o outro, em
grupo.
- aprendizagem com o outro.
- assimilação de normas sociais.
<http://tretas_nuas.blogs.sapo.pt/1774.
html>.
CONSCIÊNCIA:
- Tomar ciência dos fatos ou de alguma coisa.
- Reconhecimento da realidade;
- Descoberta de algo;
- Capacidade de perceber as coisas.
<http://www.lookfordiagnosis.
com/mesh_info.
php?term=Consci%C3%AAncia&lang=3>.
UNIVERSALIDADE:
- Universal;
- O todo;
- Fazer parte de um determinado grupo.
<http://numerologiatododia.blogspot.
com/2010_10_01_archive.html>.
LIBERDADE:
- Poder de escolhas (decisões);
- Capacidade humana;
<http://www.caiofabio.net/conteudo.
asp?codigo=02158>.
FONTE: Adaptado de Paulo Netto (apud BONETTI et al., 2010, p. 23)
E
IMPORTANT
116
TÓPICO 2 | A QUESTÃO ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS
E
IMPORTANT
117
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
FONTE: A autora
– DIALÓGICO
– RELACIONAL } Que vai se contruindo a partir das relações que vai
estabelecendo com os outros seres humanos.
• Sua SUBJETIVIDADE
– é composta dos milhões de relações que ele estabelece duranto toda sua
existência.
• A DIMENSÃO ÉTICA
– se apoia diretamente sobre essa antropologia personalista e dialógica
LEITURA COMPLEMENTAR
ÉTICA E MORAL
Sandro Dennis
118
TÓPICO 2 | A QUESTÃO ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS
“ethos”, que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de
“mores”, significando costumes.
Esta confusão pode ser resolvida com o estudo em paralelo dos dois temas,
sendo que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do
homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição
e pelo cotidiano. É a “ciência dos costumes”. A Moral tem caráter normativo e
obrigatório.
119
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
ser fraco, pecador, dividido entre o bem e o mal. O auxílio para a melhor conduta
é a lei divina. A ideia do dever surge nesse momento. Com isso, a ética passa a
estabelecer três tipos de conduta; a moral ou ética (baseada no dever), a imoral ou
antiética e a indiferente à moral.
A ética moderna traz à tona o conceito de que os seres humanos devem ser
tratados sempre como fim da ação e nunca como meio para alcançar seus interesses.
Essa ideia foi contundentemente defendida por Immannuel Kant. Ele afirmava
que: “não existe bondade natural. Por natureza somos egoístas, ambiciosos,
destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos
quais matamos, mentimos, roubamos”.
De acordo com esse pensamento, para nos tornarmos seres morais era
necessário nos submetermos ao dever. Essa ideia é herdada da Idade Média,
na qual os cristãos difundiram a ideologia de que o homem era incapaz de
realizar o bem por si próprio. Por isso, ele deve obedecer aos princípios divinos,
cristalizando assim a ideia de dever. Kant afirma que se nos deixarmos levar por
nossos impulsos, apetites, desejos e paixões, não teremos autonomia ética, pois
a Natureza nos conduz pelos interesses de tal modo que usamos as pessoas e as
coisas como instrumentos para o que desejamos. Não podemos ser escravos do
desejo.
121
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
O homem é visto como sujeito histórico-social, e como tal, sua ação não
pode mais ser analisada fora da coletividade. Por isso, a ética ganha novamente um
dimensionamento político: uma ação eticamente boa é politicamente boa, e contribui
para o aumento da justiça, distribuição igualitária do poder entre os homens. Na
ética pragmática o homem é politicamente ético – “todos os aspectos da condição
humana têm alguma relação com a política” –, há uma corresponsabilidade em
prol de uma finalidade social: a igualdade e a justiça entre os homens.
Hoje, em uma era em que cada vez mais se fala de globalização, da qual
somos todos funcionários e insumos de produção, o conhecimento de nossa cultura
passa inevitavelmente pelo conhecimento de outras culturas. Entretanto, essa
tarefa antropológica não é suficiente para o homem comum superar a crise da ética
atual conhecendo o outro e suas necessidades para se chegar à sua convivência
harmônica. Ao contrário, ser feliz hoje é dominar progresso técnico e científico, ser
feliz é ter. Não há mais espaço para uma ética voltada para uma comunidade. Hoje
se aposta no individualismo, no consumo, na rapidez de produção.
FONTE: DENIS, Sandro. Ética e moral. Círculo Cúbico. 4 abril 2008. Disponível: <http://
Circulocubico.Wordpress.Com/2008/04/04/Tica-E-Moral/>. Acesso em: 9 set. 2011.
DICAS
123
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
Patch Adams.
Gênero: Drama.
Site oficial: www.patchadams.com
Direção: Tom Shadyac.
Elenco: Robin Williams. Daniel London, Monica Potter, Philip
Seymour Hoffman, Bob Gunton, entre outros.
124
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado da
QUESTÃO ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS, no
qual foram abordados os seguintes itens:
• Nossas ações, hábitos e costumes formam uma consciência moral do que nos
faz bem ou mal e do que é certo ou errado.
• Cada um de nós possui uma visão do que é certo e errado, do bem e do mal.
• O valor de ética está naquilo que ela explica – o fato real daquilo que foi ou é – e
não no fato de recomendar uma ação ou uma atitude moral.
• Todo homem busca, em suas ações cotidianas, fazer sempre e somente o bem.
• As nossas raízes éticas advêm da nossa própria história, por meio do trabalho.
• No nosso dia a dia existem pessoas que não respeitam as normas de conduta da
sociedade em que vivem, estas pessoas possuem um comportamento imoral ou
antiético.
126
AUTOATIVIDADE
ÉTICA MORAL
A C O M P O R T A M E N T O P
K E L D A F P B B J L O S X R
R Q X C E B Q O K P Q R S L I
S A M O R A L Q E L M M O D N
D A F N L E B S R P O A B F C
J Q I D E P S E R A S X F O I
H N U U Q I L I A I P H L L P
C E R T O X B A D B S E Q O I
A S D A N D S B O L U T A S O
R O B L O F A S X U D I A P S
V A L O R E S Q A I O C Q X K
H Q A L I S O C I E D A D E P
127
128
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 39 – RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS
129
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
130
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS NA FAMÍLIA E NO TRABALHO
UNI
De acordo com Mário (2012, p. 3): “Para aprender a amar seus irmãos é preciso
conviver com eles, estar com eles, relacionar-se com eles, descobrir-se com eles, nas alegrias
e tristezas, construindo-se ao mesmo tempo em que ajuda o outro a construir-se e recebe
auxílio daquele que está com você. A família é esse lugar, esse espaço de convivência,
reunindo através dos laços de afinidade, dos débitos passados, das promessas futuras, sempre
proporcionando oportunidades de progresso no campo moral.”
131
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
Vejamos:
Com relação à tipologia, podemos classificar a família em dois tipos
básicos: a família nuclear ou conjugal e a família consanguínea. Kretzer (2010, p. 1)
nos apresenta suas principais características na figura a seguir:
132
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS NA FAMÍLIA E NO TRABALHO
QUADRO 20 – CARACTERÍSTICAS
BIOLÓGICA
133
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
Vejamos:
134
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS NA FAMÍLIA E NO TRABALHO
FAMÍLIA EM DESORDEM?
Jerri Almeida
135
UNIDADE 2 | AS RELAÇÕES INTRAPESSOAIS, INTERPESSOAIS E INTERGRUPAIS NOS DIVERSOS GRUPOS HUMANOS E SOCIAIS
família atual parece ser uma família muito individualista, onde cada qual pensa
em si mesmo, perdendo a noção do conjunto. O compartilhar das relações, dos
sofrimentos e das felicidades vai se perdendo, e a convivência vai ficando fria e
desmotivadora.
136
TÓPICO 3 | AS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS NA FAMÍLIA E NO TRABALHO
Herweg (1998, p. 157) coloca-nos que “[...] desde que o homem se conhece
enquanto homem, ou seja, não somente como ser individual, mas como ser coletivo,
sua vida é mediatizada pelo trabalho. O trabalho, portanto, é constituinte de sua
essência enquanto ser social”. (grifo nosso)
137
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico pudemos observar uma discussão acerca do significado das
RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS NA FAMÍLIA e NO TRABALHO, no qual
foram abordados os seguintes itens:
• Vimos que todo ser humano necessita estar em contato e se relacionar com outro
ser semelhante a si mesmo.
• A família pode ser compreendida como a junção de duas ou mais pessoas que
desejam compartilhar harmoniosamente durante um determinado espaço de
tempo o mesmo ambiente, desenvolvendo relações parentais no seu cotidiano, e
uns influenciando os outros.
• Vimos que as pessoas que pertencem a um núcleo familiar deverão saber respeitar
as diferenças, e onde houver respeito mútuo haverá bons relacionamentos.
• Vimos que cada um de nós possui um papel social na sociedade em que vivemos,
e na família isto não é diferente.
• Vimos também que as relações familiares não são estáticas e iguais em todos os
lugares do mundo, elas estão em constante movimento e transformação.
• Vimos que nas questões das relações humanas no mundo do trabalho, também
não são diferentes das concepções básicas da convivência social nos grupos
138
como um todo, o que muda é o ambiente relacional do ser humano, que neste
caso é no âmbito de suas relações de trabalho.
• Verificamos que é por meio das relações de trabalho que se forma a sociedade.
Sendo assim, é o trabalho que organiza as relações políticas, econômicas e sociais
de um determinado grupo social.
139
AUTOATIVIDADE
140
UNIDADE 3
COMUNICAÇÃO HUMANA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 3 está dividida em três tópicos e, ao final de cada um deles, você
terá a oportunidade de fixar seus conhecimentos realizando as atividades
propostas.
141
142
UNIDADE 3
TÓPICO 1
COMUNICAÇÃO HUMANA:
CONCEITOS
1 INTRODUÇÃO
Com relação à comunicação humana, percebe-se que ela tem evoluído muito
nos últimos milênios. Saímos de comunicações simples através de sons guturais e
desenhos rupestres, até o simbolismo moderno das equações matemáticas/físicas,
entre outras.
143
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
145
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
receptor. Foi assim na pré-história e é assim hoje. A primeira pessoa que eternizou
sua própria imagem ou a de um animal, na pré-história, está transmitindo uma
mensagem até hoje. Se ritual xamanista ou representação de caça, não sabemos.
Supomos, imaginamos e efetivamente sentimos as mais diferentes emoções a
partir daquilo que os artistas paleolíticos deixaram, há milhares de anos. [...]
Criaram símbolos e metáforas da realidade e, acima de tudo, linguagem verbal.
Cada indivíduo se expressou usando suas aptidões e as técnicas disponíveis em
seu tempo. Cada um foi meio, mensagem, emissor e receptor. De uma forma ou
de outra, houve comunicação e geração de informação. E esse imenso conjunto
de utensílios, sons, imagens, estruturas, códigos e narrativas formou o maior
patrimônio da humanidade, sua obra coletiva: nossa historia, nossa herança
cultural.
146
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO HUMANA: CONCEITOS
DICAS
A História da Escrita
147
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Escrita Pictográfica
Escrita Ideográfica
Escrita Alfabética
148
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO HUMANA: CONCEITOS
Escrita Alfabética
Livro em Bambu
Papiro
150
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO HUMANA: CONCEITOS
Pergaminho
151
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
152
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO HUMANA: CONCEITOS
NOTA
153
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
154
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO HUMANA: CONCEITOS
Vejamos:
155
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Este modelo tem uma representação mais moderna, que está apresentada
na figura a seguir, a qual fica mais fácil de entender, mas como expressado acima,
é uma vertente do modelo de Lasswell.
UNI
156
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO HUMANA: CONCEITOS
FONTE: O autor
157
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
UNI
Vamos refletir
FONTE: A autora
FONTE: A autora
158
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO HUMANA: CONCEITOS
Então, quando o EMISSOR for comunicar algo, ele poderá usar diversos
elementos para codificar a sua mensagem, como a fala, a escrita, a pintura, o cheiro,
entre outros modos, e aí ele estrutura a sua mensagem em suas diversas formas.
Para a mensagem ser entendida pelo RECEPTOR, ele precisa passar por um
decodificador para que ele possa entendê-la. Esta decodificação é um dos grandes
problemas para a interpretação correta da mensagem. Em todos os momentos
podemos ter influências de ruídos – fatores que modificam a interpretação original
da mensagem emitida pelo emissor. Estes ruídos podem gerar interpretação
errônea da mensagem.
NOTA
159
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria da comunicação: ideias, conceitos e métodos. 2 ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
GOMES, Pedro Gilberto. Tópicos da teoria da comunicação. São Leopoldo: Ed. Unisinos,
1997.
160
TÓPICO 1 | COMUNICAÇÃO HUMANA: CONCEITOS
Estes dois termos são bastante comuns no estudo das teorias e no processo
de comunicação, e têm o significado sucinto de Signo, ser a análise dos diversos
símbolos expressados em suas mais diversas formas. Exemplo: a cor preta em
muitas culturas tem o significado de velório, o número 13 tem consonância de azar
em algumas culturas, sendo que alguns prédios nos Estados Unidos não possuem
o 13º andar, pulando direto para o 14º andar, etc. Já o conceito de Semiótica está
relacionado ao estudo destes signos, ou seja, dos símbolos e simbolismos.
Espero que você tenha gostado de estudar sobre este breve histórico
do surgimento da comunicação humana e sobre alguns principais conceitos
relacionados ao tema. No próximo tópico estaremos falando sobre a prática da
comunicação em nossos relacionamentos, mas antes vamos revisar alguns pontos
importantes e fazer alguns exercícios de revisão.
LEITURA COMPLEMENTAR
A semiótica e os modelos de comunicação
António Fidalgo
161
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
limita aos problemas técnicos da comunicação, mas também se aplica aos problemas
semânticos e aos problemas pragmáticos da comunicação. Efetivamente, distinguem
três níveis no processo comunicativo: o nível técnico, relativo ao rigor da transmissão
dos sinais; o nível semântico, relativo à precisão com que os signos transmitidos
convêm ao significado desejado; e o nível da eficácia, relativo à eficácia com que o
significado da mensagem afeta da maneira desejada a conduta do destinatário.
Notas:
1- Sigo a distinção e a caracterização das duas correntes que John Fiske desenvolve
em Introduction to Communication Studies, London: Methuen, 1982.
2- “So these models will differ from the ones just discussed, in that they are not
linear, they do not contain arrows indicating the flow of the message. They are
structural models, and any arrows indicate relationships between elements
in this creation of meaning. These models do not assume a series of steps or
stages through which a message passes: rather they concentrate on analysing a
structured set of relationships which enable a message to signify something.”
John Fiske, ibidem, pp. 42-43.
163
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico desenvolvemos um estudo da evolução do processo de
comunicação pela humanidade, bem como conceitos principais sobre o tema, no
qual foram abordados os seguintes itens:
164
AUTOATIVIDADE
165
166
UNIDADE 3
TÓPICO 2
A ARTE DA COMUNICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 51 – COMUNICAÇÃO HUMANA
167
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Veja ao seu redor a mensagem transmitida pelos outros, não só pela sua
forma de falar, mas também a sua expressão facial, o seu sentimento em relação
a eles, a sua forma de vestir, de se comportar, etc. Tudo isto são formas de se
comunicar.
A forma como nos comunicamos está diretamente ligada à forma como nos
relacionamos, e está diretamente ligada ao EU pessoal. E todos nós buscamos nos
relacionar bem com os outros sob o seu próprio enfoque do que é “bem”, mesmo
que seja ficar distante de alguém que não gostamos.
2 AS HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO
FIGURA 52 – HABILIDADE EM COMUNICAÇÃO
Todo ser humano acha que sabe se comunicar. Isto é um fato, mas nem
sempre é verdadeiro na visão dos outros que vivem e convivem conosco. A
psicologia pessoal e a concepção que cada um tem, influenciadas por diversos
fatores exógenos, geram esta dessintonia entre o comunicador e os que eram para
receber o comunicado.
168
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
169
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
170
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
FIGURA 56 – DIZER
FALAR
UNI
Prezado acadêmico (a), você deve ter notado que apresentamos, nas figuras 1 a 4,
uma forma diferente de apresentar uma teoria, que foi através de uma combinação de imagens
caricatas, com comunicação escrita para fazermos a nossa transmissão de informação.
AUTOATIVIDADE
Lembra do seu manual, “não basta saber, tem que saber fazer”? Começamos
falando sobre o processo de comunicação falado. Quais são as outras formas de
um ser humano se comunicar?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
171
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Como você pode ver, são muitas as formas de se comunicar que podemos
utilizar, e o ser humano utiliza-se de todas as suas vertentes em seu processo de
comunicação com os outros, utilizando-se da forma que lhe é mais conveniente
em cada situação. Assim pode ocorrer uma comunicação olfativa com cheiro de
comida para indicar a hora do almoço próximo a um restaurante, ou comunicação
tátil, para indicar o caminho para cegos em uma cidade, conforme apresentado nas
figuras a seguir.
Minicucci (2011, p. 48) destaca que “quando duas pessoas têm a mesma
idade ou estão no mesmo estado do EU (pai, criança, adulto), a mensagem passa,
com maior facilidade, de um a outro”, pois possuem um relacionamento comum
entre eles.
173
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Vejamos:
Minicucci (2011, p. 48) expõe que “ser um (comum) é ter afinidades, ter
empatia, sentir junto, pensar junto, é ser como um todo”.
FIGURA 61 – COMUM
174
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
FIGURA 63 – FILTRAGEM
FIGURA 64 – RUÍDO
175
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
FIGURA 65 – INDAGAÇÃO
176
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
• em vez de ouvir o que as pessoas nos dizem, ouvimos apenas o que queremos
ouvir, o resto filtramos, isto é, não deixamos passar.
177
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Veja a figura caricata que circula na internet, a qual expressa bem estes
processos de comunicação distorcidos que podem surgir pelos mais diversos
fatores expostos até aqui neste material:
Como você pode ver na figura anterior sobre o “poder do boato”, cada um
tem uma percepção da comunicação, e como na brincadeira do “telefone sem fio”,
uma comunicação pode sair bastante “truncada”, distorcida em relação ao fato que
originalmente queria se comunicar.
178
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
NOTA
Apresentamos um pequeno resumo dos principais pontos deste livro a seguir, para que você,
acadêmico, conheça mais o mesmo e possa ter mais curiosidade ainda para lê-lo e se aprimorar
na arte de fazer amigos e se comunicar bem:
O livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas” foi lançado no mercado americano no ano
de 1937 pelo escritor e palestrante americano Dale Carnegie. É um livro que deve ser leitura
obrigatória para as pessoas que querem melhorar a sua vida pessoal e profissional.
O livro apresenta sugestões bastante óbvias, mas que precisam ser tratadas por cada um de
nós para aperfeiçoarmos os nossos relacionamentos, tornando-o um livro de cunho prático
para você utilizar o seu ensinamento em seu dia a dia, e os temas abordados têm a praticidade
de serem aplicados diretamente em todos os nossos relacionamentos pessoais e profissionais.
Um resumo dos pontos presentes no livro são apresentados na figura a seguir:
179
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
180
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
1. Fazer contato visual. Os oradores julgam o interesse dos ouvintes por seus
olhos.
2. Fazer acenos afirmativos com a cabeça e expressões faciais apropriadas.
Ouvintes eficazes mostram interesse naquilo que está sendo dito.
3. Evitar ações ou gestos distraídos. Essas ações são rudes.
4. Fazer perguntas. Isso esclarece a mensagem do orador e mostra que o ouvinte
está interessado.
5. Paráfrase. Significa reafirmar aquilo que o orador disse.
6. Evitar interromper o orador. Significa deixar o orador concluir antes de tentar
responder.
7. Não falar demais. Pessoas que falam demais não conseguem ouvir
efetivamente.
8. Fazer transições suaves entre os papéis de orador e de ouvinte. Isso promove
a continuidade da conversa.
FONTE: Disponível em: <http://www.opportunityconsultoria.com/Material/Habilidades%20
Interpessoais.pdf>. Acesso em: 2 jun. 2012.
LEITURA COMPLEMENTAR
O PAI PERDOA
Larned W. Livingston
Escute, filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha
enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados
na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto. Poucos minutos atrás,
enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma
onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de
sua cama. Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com
você. Na hora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar
direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos.
Gritei furioso com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão.
181
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção,
passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se
apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que
nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo
os degraus da escada.
Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram, o
jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e nauseante tomou conta de
mim. Que estava o hábito fazendo de mim? O hábito de ficar achando erros, de
fazer reprimendas - era dessa maneira que eu o vinha recompensando por ser uma
criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu
o avaliava pelos padrões da minha própria vida.
É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado, não compreenderia
essas coisas. Mas amanhã eu serei um papai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei
quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei minha língua quando palavras
impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse
um ritual: “Ele é apenas um menino – um menininho!”.
Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o
agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um
bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela.
Exigi muito de você, exigi muito.
182
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
PRINCÍPIO 1
Não critique, não condene, não se queixe.
FONTE: CARNEGIE, Dale. Como fazer amigos & influenciar pessoas. 51. ed. São Paulo: Ed.
Nacional, 2003. p. 45-47.
Para terminarmos este tópico, gostaria de deixar uma frase que expressa
bem a comunicação, a qual nos é apresentada por Watzlawick, Beavin e Jackson
(2008, p. 44), e é um axioma da comunicação: “Impossibilidade de não comunicar”.
Isto é um fato, mesmo que você não se comunica, está passando uma
comunicação com este seu ato.
AUTOATIVIDADE
A exercitação é uma das principais fontes de aprendizado das pessoas.
Desta forma, estamos apresentando um exercício que irá auxiliá-lo também
no seu relacionamento com as pessoas. Assim, liste no quadro a seguir quais
são suas características pessoais positivas e negativas em sua comunicação. Na
segunda etapa, liste quais são fatores positivos e negativos da comunicação em
geral. Por fim, reflita sobre como você poderá melhorar estes pontos.
183
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
3 A COMUNICAÇÃO ASSERTIVA
FIGURA 68 – COMUNICAÇÃO
Uma comunicação assertiva precisa ser construída por todos nós para
que sejamos entendidos pelos outros. Como vimos até aqui, há muitos fatores,
ruídos que podem gerar problemas na comunicação, e principalmente para que
ela se torne efetiva a quem está transmitindo a mensagem como para quem está
recebendo a mensagem.
184
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
185
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
186
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
NOTA
187
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
3º. PERDOE
É importante perdoar de verdade, de coração. O tempo todo, pessoas falam ou
fazem coisas que acabam nos magoando. Para que possamos evoluir é muito
importante perdoar. Enfim, deixe o passado de lado e dê uma nova chance às
pessoas. Se aceite do jeito que você é. Aceite o outro exatamente do jeito que ele
é!
188
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
9º. SORRIA!
Sorria sempre. É muito bom sorrir. Quando sorrimos, quebramos o inimigo. O
que se ganha sorrindo? Imediatamente, um outro sorriso em troca. Ninguém
resiste a um belo sorriso, sincero e genuíno.
Espero que tenha conseguido aproveitar o material que estudamos até aqui,
pois o objetivo é levar o acadêmico a refletir e aplicar na prática os ensinamentos
que possam ajudá-lo no seu engrandecimento pessoal e profissional. Assim, no
próximo tópico estaremos culminando este caderno com o assunto de como a
comunicação pode ser útil aos relacionamentos pessoais e profissionais.
DICAS
189
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
LEITURA COMPLEMENTAR
190
TÓPICO 2 | A ARTE DA COMUNICAÇÃO
191
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
grupo ao êxodo para outro segmento social, quando, assim, novos grupos e novos
contratos, de caráter institucional, se formam, fazendo com que a cultura exerça
domínio sobre a natureza. Entretanto, verificamos que as regras de parentesco,
nas sociedades onde a proibição do incesto é tida como lei, figuram como forma
de disciplinar a existência de uma cultura socialmente aceita, ao mesmo tempo
que legitima a relação contratual entre indivíduos de diferentes segmentos sociais.
Dessa forma, podemos observar, em diversos estudos, que a proibição do incesto
não faz parte de uma cultura universal, pois em várias sociedades a existência de
práticas incestuosas é aceita e aprovada socialmente, como é o caso dos egípcios
no período faraônico (até 332 a.C.). Percebe-se claramente que, em todo o processo
comunicacional em que se constitui a sociedade, há existência tanto de aliança, como
de rivalidade, e as duas interagem através de níveis sociais e biológicos. Segundo
Neiva Jr. (1982, p. 19), estamos diante de uma importante distinção sociológica.
Enquanto indivíduo, um ser humano existe como animal biológico vivo que nasce,
matura e morre. Enquanto pessoa, esse mesmo ser biológico vivencia a ação em
sociedade através de papéis que autorizam e regulam a convivência com outros
membros do grupo. O horizonte social é traçado por suas funções de pessoa. A
relação entre pessoas adquire uma perspectiva de reciprocidade, algo que o animal
biológico aprende. Contudo, face aos novos contratos baseados em uma sociedade
mergulhada em tecnologias, globalização e desterritorialização, marcada também
pelo poder da mídia, há uma grande tendência em se construir novos conceitos,
categorias, leis ou interpretações sobre as relações sociais, alianças e estruturas de
apropriação e dominação. Assim, o horizonte social passa a ser outro. Mudam as
relações de reciprocidade entre os sujeitos e a forma de participação no que diz
respeito à coletividade e à inserção do homem dentro do tecido social.
193
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, os principais pontos abordados foram:
• Filtros pessoais.
• Saber ouvir.
194
AUTOATIVIDADE
195
196
UNIDADE 3
TÓPICO 3
A COMUNICAÇÃO E OS
RELACIONAMENTOS PESSOAIS E
PROFISSIONAIS
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 72 – RELAÇÕES PROFISSIONAIS
UNI
• Com amigos;
• Com pessoas desconhecidas;
• Com os vizinhos;
• No atendimento ao público;
• No centro do próprio lar;
• Na escola;
• Nos hospitais;
• Em todos os lugares.”
198
TÓPICO 3 | A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
DICAS
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UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Cada vez mais novos signos estão surgindo, novas expressões, formas de
se comportar, mas sempre precisamos buscar o bom senso em nossa forma de
expressar a nossa individualidade, cuidando sempre da grande máxima do bom
relacionamento, que é: “O meu direito individual vai até o limite do direito dos
outros”.
Assim, neste contexto não estou dizendo que você está limitado no seu
direito, mas você precisa ter o bom senso de utilizar este seu direito, aonde você
pode executá-lo. Como exemplo, podemos expor que você não pode sair sem
roupa no centro de uma cidade, mas você não será bem visto se estiver vestido
com roupa em uma praia de nudismo. Sei que este exemplo é um pouco radical,
mas isto vale para outros comportamentos sociais também, como escutar som
alto pelo celular sem fone de ouvido em um ônibus, onde há outras pessoas que
de repente não estão a fim de escutar música alta naquele momento, bem como
outros comportamentos sociais que você pode analisar em seu ambiente.
AUTOATIVIDADE
“Não basta saber, é preciso saber fazer”, isto já se tornou característico para
você, estudante da UNIASSELVI, e este processo de repetição também é uma
forma de comunicação utilizada pela instituição para gravar a sua marca. Mas
tem um SIGNO muito mais importante, que leva a uma interpretação de que
não adianta somente o conhecimento teórico do assunto, mas sim, o acadêmico
precisa também saber aplicar o que aprendeu. E como temos ainda nos princípios
norteadores da instituição, “cada pessoa tem que construir a sua história”, ou
seja, aproveitar o conhecimento adquirido e fazer uso em sua melhor forma para
aplicá-lo para o seu sucesso. Assim, sugerimos um exercício que desenvolve
esta visualização de transmissão de informação de alguns ícones do mercado.
Apresentamos a seguir alguns ícones modernos que estão na cabeça das pessoas
e que foram construídos por estratégias midiáticas do marketing, da cultura
moderna, e pela internet, principalmente pelas comunidades cibernéticas atuais.
201
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
A significância das coisas e dos nossos atos tem evoluído muito, e para isto
precisamos compreender os novos paradigmas sociais e seus signos.
202
TÓPICO 3 | A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
FONTE: O autor
203
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
• Gostos sexuais
• Cor das pessoas
• Religiões
• Postura e comportamentos profissionais
• Cultura
• Situação econômica pessoal
• Grupos vivenciais (skatistas, punks, nerds etc.)
• Criminalidade
• Música, arte e literatura etc.
DICAS
HILL, Napoleon. A lei do triunfo: curso prático em 16 lições. 20. ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2011.
204
TÓPICO 3 | A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
Bom proveito, pois são bons livros para aperfeiçoamento pessoal e relacionamento.
DICAS
Bom filme.
205
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
3 A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS
PROFISSIONAIS
FONTE: O autor
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TÓPICO 3 | A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
207
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Hoje, podemos dizer, conforme Cury (2000), que vivemos numa sociedade
eminentemente organizacional, onde o homem, em todas as etapas de sua vida,
está ligado às organizações, é controlado por organizações, passando a maior parte
de seu tempo de vida dentro delas.
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TÓPICO 3 | A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
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UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
DICAS
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TÓPICO 3 | A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
Veja agora a letra da música de Raul Seixas, que nos leva a refletir sobre
mudanças, e a metamorfose que é o ser humano e a sociedade.
Metamorfose Ambulante
Raul Seixas
Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu quero dizer
Agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
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UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
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TÓPICO 3 | A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
A Primeira Impressão
213
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
Ainda sobre a aparência, sem entrar na linguagem corporal, que será tratada
mais à frente, iremos falar sobre a postura. Assim, nos primeiros três segundos do
primeiro impacto, é importante ter em atenção a colocação da cabeça e tronco,
que devem estar eretos. Não se deve manter a curvatura dos ombros, que denota
cansaço ou mesmo desânimo. Por outro lado, se estiver na posição de sentado, esta
deve manter-se correta no assento, pois caso contrário, a primeira impressão que
causar será negativa.
A Imagem Inicial
Queremos que seja criada uma boa imagem pessoal e profissional, sem
esquecer o nosso objetivo específico para aquela visita.
215
UNIDADE 3 | COMUNICAÇÃO HUMANA
educação que recebemos e, portanto, tal como nas regras de etiqueta, vamos apenas
lembrar de algumas situações consideradas críticas para a imagem profissional.
• Não falar mal da sua concorrência, pois será mais vantajoso salientar as
vantagens da sua empresa e se possível fazer com que o cliente descreva os
pontos negativos das outras;
• Não falar mal da concorrência do cliente, pois ainda não sabe de onde ele veio e
nem vai saber para onde vai no futuro, cative um aliado, esteja ele onde estiver;
• Ser ético respeitando as regras vigentes na empresa onde trabalha e incluindo e
principalmente nas informações consideradas confidenciais.
216
TÓPICO 3 | A COMUNICAÇÃO E OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS
A manutenção da imagem
A melhoria da imagem pessoal deve ser contínua, pelo que se vai construindo
com progressivas e pequenas conquistas e não apenas com uma grande conquista.
Bibliografia
217
RESUMO DO TÓPICO 3
Chegamos ao último tópico deste Caderno de Estudos. Trabalhamos
os conceitos relacionados à comunicação e aos relacionamentos profissionais,
assuntos bastante em voga na atualidade vivencial do ser humano. Neste tópico
foram abordados os seguintes itens:
• A forma como enxergamos o mundo faz o mundo que enxergamos. Essa reflexão
de Dulce Magalhães expressa bem que o mundo em que vivemos é reflexo do
que buscamos verdadeiramente para nós.
218
• Tudo o que é válido para o bom comportamento relacional pessoal também é
válido para o comportamento pessoal dentro da organização em que se trabalha.
219
AUTOATIVIDADE
FIGURA 77 – PIADA
220
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221
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ANOTAÇÕES
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