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nas Organizações e
Assessoria de Imprensa
Prof. Arnaldo Zimmermann
Prof. Luís Augusto Zillmer Cardoso
Indaial – 2020
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof. Arnaldo Zimmermann
Prof. Luís Augusto Zillmer Cardoso
Z73g
Zimmermann, Arnaldo
ISBN 978-65-5663-247-6
ISBN Digital 978-65-5663-245-2
Impresso por:
Apresentação
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Gestão da
Comunicação nas Organizações e Assessoria de Imprensa. A comunicação
nas empresas é uma ferramenta essencial para o processo de desenvolvimento
e crescimento no mercado como também uma necessidade para com os
públicos com os quais se relaciona.
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar no
conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
COMUNICAÇÃO NAS
ORGANIZAÇÕES E REPUTAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
FONTE: O autor
NOTA
5
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
Para cumprir com todos esses objetivos, Pimenta (2010) nos lembra que o
aumento da competitividade entre as empresas aumentou a busca pela eficiência
e eficácia em todas as suas atividades, incluindo entre elas a comunicação.
7
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
NOTA
Por essa razão, Bueno (2009) entende inicialmente que uma organização
não possui uma imagem, mas sim várias imagens em função das leituras que
distintos públicos interessados na organização mantém em relação a ela.
8
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES E REPUTAÇÃO
Por imagem institucional, Pimenta (2010) entende que ela é formada pela
imagem do produto (qualidade, preço, durabilidade) e a imagem da relação com
o consumidor (atendimento, assistência técnica etc.).
9
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
10
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES E REPUTAÇÃO
Quando nos referimos ao público interno, Bueno (2009) nos lembra que
este não se caracteriza apenas pelos colaboradores. O público interno corresponde
às pessoas que participam do ambiente interno da organização.
Para deixar isso mais claro, vamos considerar o caso da nossa faculdade.
O público interno é composto pelos alunos, pelos professores e pelos demais
funcionários que contribuem para a entrega do serviço educacional. Cada
um desses públicos possui um perfil específico, características distintas e
relacionamento diferente com a instituição. Por essa razão, a imagem que cada
um deles faz da instituição é diferente, assim como são distintas as necessidades
de informação de cada um deles.
11
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
Afinal, como ressalta Chinem (2010, p. 36): “a empresa que tem capacidade
de competir de forma que utilize diferentes canais de comunicação para atender a
diferentes clientes, ou seja, respeitando o perfil de cada um, está sempre à frente
da concorrência”.
12
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES E REPUTAÇÃO
[...]
13
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
14
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
15
• A comunicação organizacional pode ser considerada estratégica por causa de
sua relação com a missão e os objetivos empresariais.
• Uma organização não possui uma imagem, mas sim várias imagens em função
das leituras que distintos públicos interessados na organização mantém em
relação a ela.
16
AUTOATIVIDADE
18
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Por essa razão, iniciaremos o tópico com uma breve abordagem sobre o
papel da propaganda para as empresas e as formas de uso para as corporações.
Na sequência, destacaremos os demais tipos de comunicação organizacional.
Apresentaremos os tipos de comunicação empresarial de acordo com as propostas
dos principais autores da área, que costumam dividi-la em: comunicação
cultural, comunicação administrativa/gerencial, comunicação social e sistemas
de informação. Vamos em frente!
Bendit (2010, p. 36) nos ensina ainda quais são as principais funções da
comunicação corporativa para uma organização e que reforça alguns dos objetivos
e funções da comunicação organizacional.
• Atrair investimentos.
• Influenciar opiniões.
• Reforçar a identidade ou melhorar a reputação.
• Aumentar as vendas.
• Recrutar e manter funcionários.
NOTA
No artigo original, Bendit (2010) refere-se ao uso dos blogs como uma forma
de propaganda corporativa capaz de gerar interação, aproximação com o público a baixo
custo, de forma personalizada e de leitura cronológica e agradável. Porém, podemos
expandir esse entendimento às demais formas de comunicação digital baseadas na internet.
21
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
22
TÓPICO 2 — PRINCIPAIS TIPOS DE COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
24
TÓPICO 2 — PRINCIPAIS TIPOS DE COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
a) Informatizar a comunicação.
b) Enxugar os excessos de informação.
c) Racionalizar os fluxos informativos.
d) Treinar as pessoas para a prática da comunicação.
e) Aperfeiçoar e padronizar a apresentação gráfica das informações.
f) Imprimir maior rapidez às comunicações, escolhendo canais adequados.
g) Melhorar as comunicações ascendentes (de baixo para cima).
26
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES E REPUTAÇÃO
28
TÓPICO 1 — COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES E REPUTAÇÃO
FONTE: O autor
As estratégias da comunicação
29
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
31
• São quatro os tipos de comunicação nas organizações: cultural, administrativa
ou gerencial, social e sistema de informação.
• A comunicação cultural destina-se ao público interno e é responsável pelo
clima e a cultura organizacional.
32
AUTOATIVIDADE
33
3 O uso da comunicação nas organizações depende em muito do estágio
do ciclo de vida em que a instituição se encontra. De acordo com Pimenta
(2010), as organizações passam por quatro estágios em seu ciclo de vida
empresarial. Associe as colunas contendo os estágios do ciclo de vida com
suas respectivas características.
1 Estágio empresarial.
2 Estágio de formalização.
3 Estágio de elaboração.
4 Estágio de coletividade.
a) ( ) 3, 2, 1, 4.
b) ( ) 1, 3, 2, 4.
c) ( ) 4, 1, 3, 2.
d) ( ) 3, 4, 1, 2.
e) ( ) 2, 4, 3, 1.
34
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
35
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
36
TÓPICO 3 —ORGANIZAÇÃO COMO CENTRO DE NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
NOTA
Para isso, não devemos pensar que a comunicação deve ficar sob
responsabilidade única de um profissional ou departamento. Esse compromisso
deve ser de todos os que trabalham na organização ao favorecer o compartilhamento
de informação e a corresponsabilização por objetivos e metas, acrescenta Matos
(2014). Assim:
37
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
39
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
40
TÓPICO 3 —ORGANIZAÇÃO COMO CENTRO DE NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
Como nos lembra Matos (2014, p. 119, grifo do autor), para que as
empresas sobrevivam em um mercado competitivo e dinâmico, elas precisam se
comunicar:
41
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
FONTE: O autor
42
TÓPICO 3 —ORGANIZAÇÃO COMO CENTRO DE NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
• Assessoria de imprensa.
• Jornalismo empresarial.
• Textos jornalísticos para veículos impressos e eletrônicos.
• Desenvolvimento e análise de clipping de mídia impressa e eletrônica.
• House organ etc.
FONTE: O autor
43
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
• Para o público interno organiza: Festas (Natal, para veteranos etc.); Open
House (visita de familiares à empresa); programa de integração Padrinho/
Madrinha; Apoio cultural e esportivo.
• Para o público externo: coordenar visitas de escolas à empresa; participar
nos eventos da comunidade em que a empresa está localizada: campanha
do agasalho, coleta de alimentos etc.; coquetéis, almoços e solenidades para
autoridades.
• Assessoria de imprensa.
• Comunicação dirigida (elaboração de material e ações dirigidas
aos diversos públicos: newsletter, folders, house organs, conteúdos para
internet etc.).
• Clipping (algumas empresas especializam-se em serviços de clipagem
de notícias, impressas ou eletrônicas, para organizações, autoridades,
instituições; o material é apresentado em CDs ou apostilas, e pode
44
TÓPICO 3 —ORGANIZAÇÃO COMO CENTRO DE NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
Por essa razão, a estratégia deve estar alinhada entre a alta administração da
organização e o departamento de comunicação (quando esse existir internamente)
ou com a assessoria de comunicação ou profissionais terceirizados contratados para
a prestação do serviço.
Nesse caso, como nos mostra Matos (2014), mesmo quando uma empresa
não dispõe de uma estrutura de comunicação ou não possui uma política de
comunicação, sempre há a possibilidade de diálogo e condições de acesso a telefone,
internet, mural de avisos e outros meios com os quais a organização pode dialogar
com os diversos públicos.
46
TÓPICO 3 —ORGANIZAÇÃO COMO CENTRO DE NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
Isso sem esquecer que, em uma situação de crise ou quando as coisas não
vão bem para a organização, a mídia também pode amplificar essas questões e
expor resultados desfavoráveis para a organização, ressalta Bueno (2009).
Como nos lembra Bueno (2009), essas duas linhas de atuação caminham
juntas e sobrepõem-se a todo momento, porque a imagem não é algo que se cria,
mas se forma a partir de uma leitura ampla que o público faz da organização.
Tratamos disso no Tópico 1 desta unidade.
Para ele, esse alinhamento deve ocorrer em nível estratégico, uma vez que
operacionalmente a comunicação deve se adequar à natureza e às especificidades
de cada atividade da empresa.
48
TÓPICO 3 —ORGANIZAÇÃO COMO CENTRO DE NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
49
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
50
TÓPICO 3 —ORGANIZAÇÃO COMO CENTRO DE NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES
ação por seu impacto imediato, nem focalizar apenas a construção de reputação
e imagem. Será preciso desenvolver metodologias para tentar estabelecer as
relações de causalidade entre os investimentos gerais em comunicação e o
desempenho da empresa como um todo.
51
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
52
• Um departamento de comunicação organizacional deve incluir relações
públicas, assessoria de imprensa e marketing.
53
AUTOATIVIDADE
54
FIGURA – ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO
FONTE: O autor
1 INTRODUÇÃO
Pode até parecer contraditório, por exemplo, que uma empresa que
explore minérios queira evitar danos ao meio ambiente. Todos esses casos são
exemplos de como as organizações estão preocupadas com sua responsabilidade
social.
O papel social das organizações foi defendido nas décadas finais do Século
XX e ganhou ainda mais força no início desse século. A razão para isso, segundo
Torquato (2015), é de que as organizações devem se submeter às leis sociais da
mesma forma com que se submetem às leis fiscais.
58
TÓPICO 4 — RESPONSABILIDADES SOCIAIS DAS ORGANIZAÇÕES
Ou seja, para que uma organização tenha de fato uma boa governança
ela deve adotar a comunicação como um elemento do processo de gestão. A
comunicação deve pressupor, em princípios, uma etapa fundamental, que é o
conhecimento detalhado do perfil dos distintos públicos de interesse de uma
organização e considerar que cada um deles possui demandas e expectativas
particulares (BUENO, 2009).
59
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
60
TÓPICO 4 — RESPONSABILIDADES SOCIAIS DAS ORGANIZAÇÕES
61
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
A norma está alinhada com o modelo GRI e também com a norma ISO
14063 (2006), que visa assegurar a qualidade do relatório enquanto uma peça
de comunicação e considera ainda o conteúdo definido com base em princípios
referentes às três dimensões: econômica, social e ambiental.
62
TÓPICO 4 — RESPONSABILIDADES SOCIAIS DAS ORGANIZAÇÕES
Como nos lembra Torquato (2015), muitas leis foram revistas e ampliadas
a fim de limitar a falta de ética nas relações comerciais. No entanto, elas ainda
não alcançam com a profundidade necessária a apropriação de marcas e imagens
realizadas por concorrentes desleais.
Segundo Torquato (2015), essa postura traz reflexos positivos para o mercado
globalizado, uma vez que as ações devem ser praticadas em todas as subsidiárias
de uma organização e deve ser aplicada em todos os ambientes de administração
pública e privada. Assim:
65
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
66
TÓPICO 4 — RESPONSABILIDADES SOCIAIS DAS ORGANIZAÇÕES
LEITURA COMPLEMENTAR
67
UNIDADE 1 —COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
FONTE: BARBIERI, J. C. ISO 2006: novos rumos para o desenvolvimento sustentável. In: NAS-
SAR, P. (Org.). Comunicação empresarial: estratégia de organizações vencedoras, v. 2. São Paulo:
ABERJE, 2006, p. 60-74.
68
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• Essa relação estreita com a comunidade redimensiona o papel social das empresas
e confere legitimidade e prestígio à imagem e reputação da organização.
69
implementar a responsabilidade social em uma organização.
• A ética na comunicação com o público interno deve ter como referência os valores
da empresa e as relações trabalhistas.
• As organizações devem manter uma postura ética em suas relações com a mídia
na forma de entrevistas, anúncios e comunicados.
• A postura ética deve estar presente nas comunicações de crise que podem gerar
uma crise de imagem e reputação para a organização.
CHAMADA
70
AUTOATIVIDADE
71
É CORRETO o que se afirma em:
a) ( ) I, apenas.
b) ( ) II e III, apenas.
c) ( ) I e III, apenas.
d) ( ) III, apenas.
e) ( ) I, II e III.
72
UNIDADE 2 —
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da
unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
73
74
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Por essa razão, iniciaremos o tópico com uma abordagem sobre a função
e importância das relações da organização com a comunidade, seja ela local,
regional ou nacional. Também trataremos de como esse relacionamento envolve
os consumidores.
75
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Essas são questões das quais as organizações não podem e nem devem
fugir. Afinal, conforme estudamos na Unidade 1, elas também fazem parte da
comunidade e precisam se relacionar bem com sua vizinhança e manter contato
com suas comunidades.
Embora você possa questionar a validade dessa afirmação, o fato é que não
existe uma única organização que não tenha qualquer relação com a comunidade.
O simples fato de contratar pessoas de uma cidade já demonstra o relacionamento
da empresa com a população local.
Somente isso não basta. Essas relações precisam ser construídas, planejadas
e executadas a partir de uma visão cívica e dos objetivos organizacionais. Essas
ações não são mero altruísmo, elas possuem uma finalidade e razão de ser para a
organização e a sociedade.
Essa premissa faz com que Lattimore et al. (2011) conceituem esse
relacionamento como uma função de relações públicas, cuja participação é
planejada, ativa e continuada, realizada por uma instituição com a comunidade e
dentro dela para manter e melhorar o ambiente para ambos.
77
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Para que a ação seja bem-sucedida, Lattimore et al. (2011) recomendam que
sejam estabelecidos objetivos. O ponto de partida para isso está nas preocupações
dos funcionários e da população local. Assim, podemos estabelecer um objetivo
global e metas específicas para a ação.
NOTA
78
TÓPICO 1 — RELAÇÕES COM A SOCIEDADE CIVIL E GOVERNAMENTAL
DICAS
Se você quer assistir a um bom filme que ajuda a entender essa relação entre as
organizações e os governantes, você precisa assistir ao filme Obrigado por Fumar (Thank you
for smoking (EUA, 2006). Nele, o ator principal Aaron Eckhart interpreta Nick Naylor, um porta-
voz das grandes corporações da indústria tabagista com o objetivo de influenciar a opinião
pública e os legisladores para evitar sanções ao consumo do produto. Vale a muito a pena!
82
TÓPICO 1 — RELAÇÕES COM A SOCIEDADE CIVIL E GOVERNAMENTAL
83
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Lobby cidadão
84
TÓPICO 1 — RELAÇÕES COM A SOCIEDADE CIVIL E GOVERNAMENTAL
Seu livro Lobbying for Change ficou famoso no mundo por defender
o conceito citizen lobby, em contraponto ao lobby institucional, corporativo.
Alemanno defende que a participação social na definição de políticas públicas
não está restrita às instituições e é um direito de cada cidadão. Em seu livro ele
conta diversos casos de pessoas que utilizaram seu ativismo para transformar
sua realidade e causar impacto social. O The Good Lobby inclusive criou um
prêmio chamado The Good Lobby Awards, uma celebração anual de projetos,
iniciativas e campanhas lideradas por cidadãos comprometidos em fazer lobby
por mudanças sociais. Lembram dos jovens Vincent e Martin? Eles foram os
vencedores desse prêmio em 2018 na categoria Citizen Lobbyists.
Alemanno diz em seu livro que existem muito mais lobistas em nossa
sociedade do que imaginamos. Na maioria das vezes o nome do cargo não
reflete a sua atuação. O CEO é também um lobista para sua companhia, pois
ele representa e defende seus interesses na área pública. O mesmo se pode
dizer de um professor atuando por sua escola ou um ativista voluntário de
uma ONG para sua causa. Todos eles falam e agem por suas instituições e
defendem seus interesses.
FONTE: GALVÃO, E. Lobby cidadão. Congresso em Foco, 17 jan. 2019. Disponível em: https://
congressoemfoco.uol.com.br/opiniao/colunas/lobby-cidadao/. Acesso em 9 dez. 2019.
85
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A força de marca e sua imagem são construídas a partir de todas as ações que
a organização desenvolve, incluindo a comunidade local.
86
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Relações públicas.
b) ( ) Lobby.
c) ( ) Relações governamentais.
d) ( ) Relações comunitárias.
e) ( ) Ombudsman.
88
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
89
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Ela nos justifica sua posição com base no fato de que os funcionários são
clientes e formadores de opinião da mais alta credibilidade. Uma declaração de um
funcionário tem muito mais credibilidade e valor do que os anúncios publicitários
podem transmitir. Assim, Lattimore et al. (2011, p. 203, grifo nosso) nos explicam que:
90
TÓPICO 2 —RELAÇÕES CORPORATIVAS E COM OS INVESTIDORES
Para que a comunicação interna seja eficiente, Cappellano (2010, p. 57) diz
que é necessário:
91
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
NOTA
92
TÓPICO 2 —RELAÇÕES CORPORATIVAS E COM OS INVESTIDORES
Isso reforça o que nos disseram Lattimore et al. (2011) a respeito do sucesso
da organização ser medido de acordo com sua capacidade de atrair recursos em
seu ambiente, uma vez que:
Essas ofertas tanto podem ser de caráter primário (quando são emitidas
novas ações e o valor do aumento de capital é integralizado na empresa) ou
secundária (quando são vendidas ações já existentes e o valor da venda é embolsado
pelos acionistas).
93
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Valente (2010) também nos oferece uma visão ampliada sobre as ofertas
públicas de ações, principalmente relacionadas às ofertas iniciais ou IPO (Initial
Public Offering). O IPO corresponde ao lançamento das ações pela primeira vez no
mercado, também chamado de abertura de capital.
94
TÓPICO 2 —RELAÇÕES CORPORATIVAS E COM OS INVESTIDORES
96
TÓPICO 2 —RELAÇÕES CORPORATIVAS E COM OS INVESTIDORES
Dessa forma, se você pretende atuar nessa área, Lattimore et al. (2011)
recomendam que você tenha uma ampla gama de habilidades e capacidades e
ser capaz de aplicá-las à medida que as situações forem surgindo. Dessa forma:
NOTA
97
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
98
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
99
AUTOATIVIDADE
NOTÍCIA INSTITUCIONAL
1 INTRODUÇÃO
Desta forma, como fazer com que o público perceba ou descubra uma
informação sobre a organização? E se percebê-la, como fazer com que ela gere
interesse e ainda possa ser compartilhada com o círculo social das pessoas?
103
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
104
TÓPICO 3 —A NOTÍCIA INSTITUCIONAL
podem ser utilizados aqueles que ocorrerão nos meses seguintes. A rapidez
com que os veículos jornalísticos trabalham para apurar, produzir e publicar as
notícias não é algo comum no processo de produção da notícia institucional.
Notícia de veículos
Notícia institucional
jornalísticos
• Intervalos sucessivos • Intervalos sucessivos
Periodicidade e regulares nas e regulares nas
publicações publicações
• Informações sobre
• Informações sobre várias
várias áreas de
áreas de interesse da
interesse social ou do
instituição
segmento
• Interessar a públicos
• Interessar ao maior
específicos internos e
número de pessoas
externos da instituição
• Foco nos interesses
Universalidade • Foco no interesse
corporativos
humano
• Evita notícias que gerem
dúvidas sobre a empresa
• Pode questionar
responsabilidades,
• Política de transparência
integridade ou normas
e conceito de
das empresas
verossimilhança
• Veracidade
• Os fatos podem
ser agrupados com
alargamento do tempo
• O fato é o mais recente
Atualidade presente, ou seja, pode
possível da publicação
contemplar fatos de
meses passados e meses
futuros.
105
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
FONTE: O autor
106
TÓPICO 3 —A NOTÍCIA INSTITUCIONAL
TUROS
ESTUDOS FU
107
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
• Tema: é o assunto que será abordado. Por exemplo, a ampliação física de uma
filial da empresa.
• Sinopse: é um resumo inicial do assunto a ser explorado, com as informações
que o jornalista já consegue reunir antes de ir a campo realizar a entrevista e
apurar outros dados. É o que justifica a pauta e a realização da matéria.
• Encaminhamento: é o que o pauteiro/jornalista quer que seja desenvolvido no
trabalho de campo ou na matéria como um todo. Pode ser também o enfoque
da matéria. Por exemplo: verificar com o setor de engenharia os prazos da obra
e entrevistar o diretor da unidade.
• Fontes: pessoas que serão entrevistadas: nome, cargo, endereço e todos os
meios possíveis para contato.
• Sugestões de perguntas: anotação de ideias ou tópicos que devem ser
questionados junto a cada uma das fontes durante a reportagem ou entrevista.
• Sugestões de imagens e sonoras: foto, vídeo, áudio, a depender de cada meio.
• Anexo (opcional): algum recorte de jornal/revista ou texto da internet anexado
à pauta.
108
TÓPICO 3 —A NOTÍCIA INSTITUCIONAL
109
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
110
TÓPICO 3 —A NOTÍCIA INSTITUCIONAL
111
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
112
TÓPICO 3 —A NOTÍCIA INSTITUCIONAL
Atuante Inoperante
Imperial/autoritário Democrático/participativo
Centralizador Descentralizador
Competente/preparado Despreparado
X
Equipe eficaz Equipe ineficaz
Enérgico Fraco
Ágil Lerdo
Ação Discurso
FONTE: Adaptado de Torquato (2010)
Individualismo/
Coletividade
egocentrismo
Presente X Ausente
Visão nacional Visão regional
113
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Sobre o Judiciário, Torquato (2010) observa que este poder está mais
próximo da população no Brasil, mas abriga o conceito de poder fechado, intocável,
onipotente. Algumas críticas, como a suntuosidade das instalações e regalias
de determinados juízes, também são lembradas pela mídia, segundo o autor. O
quadro a seguir retrata algumas das percepções públicas sobre o poder Judiciário:
Aberto Fechado
Ágil Lento
Despojado Mordômico
Incorruptível Corruptível
X
Imparcial Parcial
Pacato Regalias
Preparado Despreparado
A favor dos mais fracos A favor dos mais fortes
FONTE: Adaptado de Torquato (2010)
Para Torquato (2010, p. 128-129, grifo nosso), o fato deve ser a notícia. Já
o agente deve ser um elemento reforçador, garantindo assim mais credibilidade
e respeitabilidade. O autor apresenta um roteiro com dez funções para planejar a
comunicação na administração pública:
115
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
O autor ainda orienta para que se evite a massificação de informações pelo fluxo
descendente, buscando produzir canais, mensagens e segmentos-alvo. A estrutura
de comunicação do órgão público deve conter as seguintes áreas e sugestão de
atividades:
Imprensa (jornalismo)
Publicidade e Propaganda
116
TÓPICO 3 —A NOTÍCIA INSTITUCIONAL
Relações Públicas
Editoração:
Mídias sociais:
117
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
ATENCAO
118
TÓPICO 3 —A NOTÍCIA INSTITUCIONAL
O filé dos órgãos públicos (do artigo Comunicação pública, lógica privada)
119
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
FONTE: SALVADORI, F. Comunicação pública, lógica privada. 2018. Disponível em: http://
observatoriodaimprensa.com.br/dilemas-contemporaneos/comunicacao-publica-logica-pri-
vada/. Acesso em: 23 jan. 2020.
120
RESUMO DO TÓPICO 3
121
○ A comunicação como forma de democratização do poder.
○ A comunicação como forma de integração social.
○ A comunicação como instrumento a serviço da verdade.
122
AUTOATIVIDADE
BRASIL. Exame Nacional de Cursos – Enade 2012. Resumo Técnico. Brasília, DF: MEC/ Inep,
2012.
123
A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA:
(1) Imprensa/Jornalismo.
(2) Publicidade e Propaganda.
124
TÓPICO 4 —AS
UNIDADE 2
PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS
NAS ORGANIZAÇÕES
1 INTRODUÇÃO
125
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
126
TÓPICO 4 — AS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS NAS ORGANIZAÇÕES
127
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
E
IMPORTANT
128
TÓPICO 4 — AS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS NAS ORGANIZAÇÕES
Outra novidade que pode ser executada como um House Organ eletrônico é
a produção e distribuição de podcasts. De acordo com matéria publicada na revista
Você S/A (2020), os podcasts já chegaram a várias organizações que, inclusive,
produzem seus materiais em áudio para as equipes internas. Diferentemente
dos podcasts mais famosos no mercado, que chegam a ter mais de uma hora de
duração, os podcasts produzidos pelas empresas consultadas pela reportagem da
revista possuem durações médias entre três e dez minutos e utilizam conteúdos e
formatos de acordo com o estilo de vida de seus funcionários.
129
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
3 O RELEASE
O release, ou press-release, é um dos produtos mais conhecidos em
uma assessoria de imprensa e, como já especificado neste tópico, trata-se de um
texto enviado aos veículos jornalísticos, cuja essência é a informação. De acordo
com Ferraretto e Ferraretto (2009, p. 52), o release é “um material de divulgação
produzido pela assessoria de imprensa e destinado aos veículos de comunicação.
Deve ser escrito em linguagem essencialmente jornalística”. Sua função básica
é “levar às redações notícias que possam servir como material de apoio ou
sugestão de pauta, propiciando solicitações de entrevistas ou de informações
complementares” (FERRARETTO; FERRARETTO, 2009, p. 52).
NOTA
130
TÓPICO 4 — AS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS NAS ORGANIZAÇÕES
• Ser redigido como se fosse uma matéria jornalística, com o parágrafo inicial
contendo as perguntas básicas (quem, o quê, onde, quando, como e por que,
formando o famoso lead), título, subtítulo ou linha fina.
• Primar pela clareza, concisão e correção gramatical.
• Ser redigido com palavras simples, frases e parágrafos curtos.
• Conter no máximo duas páginas.
• Trazer com destaque datas e locais dos eventos divulgados.
• Ter os nomes de empresas, porta-vozes e locais escritos corretamente.
• Destacar contatos da assessoria de imprensa.
• Trazer o logotipo da assessoria e da organização.
• Ser datado.
Muitos releases nem chegam a ser lidos pelos jornalistas dos veículos
de comunicação diante da abundância de materiais que as redações recebem
diariamente. Uma forma de chamar a atenção do profissional que irá receber o
material é com um bom título, incluindo neste caso também o título do e-mail em
que será enviado o release. Ferraretto e Ferraretto (2009) entendem que o número
de toques e linhas de um título variará de assunto para assunto, situando-se na
média de 24 a 32 caracteres. Para o título inserido no campo “assunto” dos e-mails,
o ideal é que não passe de cinco palavras. Porém, como o material é dirigido
diretamente a um especialista no assunto, o título deve iniciar preferencialmente
pelo fato. Exemplo: “Seminário vai discutir crise política no país” – ao invés de
iniciar dizendo que a organização irá realizar um seminário, inicia-se pelo próprio
seminário, que é o fato principal.
Sobre esse último ponto, é muito comum que assessorias enviem releases
a veículos de comunicação sobre acontecimentos passados, quando os jornalistas
já não têm mais interesse em publicá-los. Um exemplo negativo ocorre quando a
assessoria de uma prefeitura envia um release no final da quarta-feira sobre uma
obra inaugurada na terça-feira, sabendo que muitos veículos de comunicação só
conseguiriam publicar na quinta-feira, ou seja, dois dias após o fato ter ocorrido.
Se para os meios de comunicação tradicionais a pressa é sempre um componente
cotidiano do trabalho, para os novos meios digitais ela acaba sendo, por vezes, o
principal ingrediente de trabalho.
Quando um dos objetivos é dar destaque à fonte, para que possam ser
agendadas entrevistas sobre o assunto com uma autoridade ou especialista da
organização, uma das recomendações é incluir declarações, principalmente
quando o fato principal está mais localizado no teor do discurso da fonte do que
nas circunstâncias em que ele foi emitido (no exemplo da figura a seguir o teor
da declaração tem um peso maior do que o evento em que as informações foram
anunciadas). Nesses casos, é fundamental sempre deixar a fonte de sobreaviso para
receber chamadas para a realização de entrevistas sobre o tema divulgado no release.
132
TÓPICO 4 — AS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS NAS ORGANIZAÇÕES
Depois do envio dos releases, uma das ações importantes para o assessor de
imprensa é o follow-up. Trata-se de uma ação que visa obter retorno, normalmente
por telefone, do envio de releases aos jornalistas. A ação é utilizada também para
distribuir materiais de apoio ou para agendamento de entrevistas coletivas. Mafei
(2012) orienta a não pedir esse retorno nos horários comuns de fechamento de
edição, como ocorre após as 17h nos jornais impressos. Bona (2017, p. 186), por sua
vez, aconselha a não insistir, tentando vencer o jornalista pelo cansaço, pois essa
não seria uma atitude bem vista pelos colegas. “Na primeira vez que o assessor de
imprensa emplacar a matéria, o jornalista perceberá que o profissional pode ser
um parceiro, sendo prestativo e proativo. Depois dessa constatação, é só manter
o mesmo nível de relacionamento”.
133
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
FONTE: O autor
134
TÓPICO 4 — AS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS NAS ORGANIZAÇÕES
135
UNIDADE 2 —RELAÇÕES COM OS PÚBLICOS E ASSESSORIA DE IMPRENSA
LEITURA COMPLEMENTAR
Clipping: O que é?
Cássio Politi
[...]
[...]
136
TÓPICO 4 — AS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS NAS ORGANIZAÇÕES
3 Monitore sites e redes sociais – hoje as notícias não estão mais restritas aos
veículos de comunicação. Elas frequentemente alcançam um número muito
maior de pessoas quando distribuídas por redes sociais.
4 Inclua veículos off-line – uma vez que, embora tenham perdido audiência para
a mídia online, eles ainda têm forte impacto na sociedade. TVs, rádios, revistas
e jornais impressos ainda são uma fonte segura e mais confiável de informação,
especialmente e tempos de proliferação das fake News.
[...]
FONTE: POLITI, C. Clipping, o que é? Comunique-se, 24 jan. 2018. Disponível em: https://www.
comunique-se.com.br/blog/clipping-o-que-e/. Acesso em: 27 mar. 2020.
137
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os tipos mais comuns são como release padrão, de opinião, dirigido, especial
ou em forma de artigo, também os releases específicos para rádio e TV ou para
a internet.
CHAMADA
138
AUTOATIVIDADE
139
( ) Informar o público sobre a organização, seu funcionamento interno,
planos de trabalho e posicionamento da empresa no mercado.
( ) Promover um fluxo de comunicação vertical descendente, onde o corpo
diretivo utiliza o espaço para expor normas, leis e regras a respeito das
atividades profissionais dos funcionários.
( ) Potencializar a ferramenta como instrumento de vendas da empresa,
com a divulgação de oportunidades promocionais para a sua linha de
produto.
( ) Utilizar a publicação também como um espaço para integrar funcionários
e familiares, com assuntos pertinentes a esses públicos.
( ) Divulgar ações internas, como por exemplo, espaço da saúde, prevenção
de acidentes, orientações para uma vida mais saudável e esclarecimentos
gerais sobre a instituição.
140
UNIDADE 3 —
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorres da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
141
142
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
CONSTRUÇÃO DE UM PLANO DE
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
1 INTRODUÇÃO
Fazer reuniões rápidas com grupos menores pode ser uma alternativa para
organizações com muitos funcionários, de acordo com a autora. A formulação de
perguntas-chave para os grupos também auxilia na otimização do tempo para
colher informações.
• Quem são?
• Qual é o tipo de relação estabelecida entre eles?
• Há algum meio de comunicação já sendo utilizado?
• Quantas pessoas estão em cada grupo/público?
• Qual é o perfil, idade, gênero, nível de escolaridade etc.?
• Qual é o principal problema de relacionamento com esse pessoal?
• No geral, qual é a satisfação com as informações que estão sendo divulgadas
no momento?
144
TÓPICO 1 —CONSTRUÇÃO DE UM PLANO DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
• Como o assessor anterior fazia os contatos? Qual era o tipo de trabalho? O que
funcionou ou não e por quê?
• Quais veículos eram atingidos e qual era o mailing?
• Como eram os textos enviados para a imprensa e que tipo de notícias foram
publicadas sobre a empresa? O que destacavam? Que temática abordavam?
• Há um clipping histórico? Se há, quem faz o clipping é profissional interno ou
uma agência terceirizada?
145
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
NOTA
E
IMPORTANT
3 AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO
Mensurar resultados e avaliar o alcance dos objetivos traçados não é uma
tarefa simples em uma assessoria de comunicação, justamente pelas dificuldades
em tornar tangíveis tais resultados. A mensuração tem se tornado cada vez mais
objeto de preocupação entre os profissionais, com o objetivo de justificar os
investimentos feitos pelas organizações em comunicação.
147
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Uma dificuldade apontada por Bona (2017), para fazer uma avaliação
numérica em conteúdos jornalísticos, é que, diferentemente da publicidade, a ação
jornalística não é agressiva e, necessariamente não induz à compra de maneira
imediata. “O consumidor terá a impressão, quando for consumir, de que aquele
produto ou serviço é positivo por tudo o que já leu ou ouviu a respeito da marca
da organização” (BONA, 2017, p. 151), ou seja, pode confirmar a boa vontade dos
clientes em adquirir aquele determinado produto, mas não é gatilho para os negócios.
148
TÓPICO 1 —CONSTRUÇÃO DE UM PLANO DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
ROI = NOPAT
CI
14.000 – 3.500
3.500
150
TÓPICO 1 —CONSTRUÇÃO DE UM PLANO DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
Valor total 7 10 5 3
Média 2,33 10 5 3
FONTE: Adaptado de Bona (2017)
151
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
NOTA
• Mútuo controle: grau de aceitação entre as partes sobre quem tem o legítimo
poder para influenciar o outro.
• Confiança: integridade, segurança e competência, como níveis de confiança
que as partes apresentam para se mostrar abertas umas às outras.
• Satisfação: limite em que cada parte é favorável à outra por ter reforçadas suas
expectativas positivas sobre o relacionamento.
• Compromisso: até que ponto cada parte acredita que vale a pena gastar energia
para manter e promover o relacionamento.
• Relação de troca: uma parte beneficia a outra porque a outra proveu benefícios
a ela no passado ou sabe que se beneficiará no futuro.
• Relação comunal: ambas as partes se beneficiam porque estão preocupadas
com o bem-estar da outra parte, mesmo sem adquirir nada em retorno.
Para o ambiente digital, Bona (2017) indica que é possível medir o tráfego
de cada postagem em sites, portais e redes sociais pela movimentação, pela
interação do público e pelo perfil demográfico atingido. O balanço iniciaria, então,
utilizando os dados do Google Analytics e outras ferramentas próprias das mídias
sociais para elaborar os gráficos sobre o público atingido com as postagens.
152
RESUMO DO TÓPICO 1
153
• Outra forma é através do ROI – retorno sobre investimento ou Return on
investimento. Pode ser medido sobre o resultado financeiro da empresa x custo
da ação de comunicação. Ou ainda pode ser medido pela centimetragem ou
minutagem das matérias veiculadas na mídia, calculando o valor dos espaços
conquistados pela tabela de preços dos veículos na divulgação publicitária.
154
AUTOATIVIDADE
155
É CORRETO o que se afirma em:
a) ( ) I e IV.
b) ( ) IV.
c) ( ) I, II e III.
d) ( ) I, II, III, IV.
e) ( ) Nenhuma das alternativas.
156
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
NOTA
158
TÓPICO 2 —RELAÇÕES COM AS FONTES DE INFORMAÇÃO E COM A IMPRENSA
• Criação de manuais: contém orientações para o porta voz que vão desde a
escolha da roupa até tamanho das respostas e entonação da voz.
• Perguntas e respostas: simulação de possíveis perguntas que as assessorias
acreditam que a imprensa pode fazer para o porta-voz. Há o treinamento de
respostas com orientação profissional.
• Simulações: são criadas situações embaraçosas a fim de avaliar o desempenho
do porta-voz.
• Análise de entrevistas: leitura e análise das entrevistas concedidas para
orientar acerca de gestos, tiques, postura, nervosismo, tempo de resposta etc.
Assim, alguns formatos básicos são sugeridos por Duarte e Faria (2011)
para qualificar as fontes dentro da organização:
159
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
161
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
DICAS
3 ORGANIZAÇÃO DE ENTREVISTAS
COLETIVAS DE IMPRENSA
A entrevista coletiva ocorre quando uma personalidade atende à imprensa
em conjunto. É chamada de coletiva porque a fonte ou o porta-voz atende
vários jornalistas de meios e veículos de comunicação diferenciados. Então, o
entrevistado deverá estar preparado para atender a diferentes mídias (TV, rádio,
jornal, revistas, portais on-line, blogs etc.) com perfis diferenciados de jornalistas,
tudo simultaneamente.
Muitos assessores utilizam a técnica dos três “sim” e os três “não” antes
de chamar uma coletiva. Funciona da seguinte forma:
FONTE: O autor
164
TÓPICO 2 —RELAÇÕES COM AS FONTES DE INFORMAÇÃO E COM A IMPRENSA
ATENCAO
165
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
• Entrevistado deve ser pontual. A assessoria deve escolher bem o local onde
será realizada a entrevista, além de antecipar, de forma geral, o assunto que vai
ser tratado na coletiva.
• Evite coletivas no final do dia, a não ser que o tema tratado tenha surgido no
meio da tarde, e seja de urgência, impossível de deixar para o dia seguinte.
• Por questão de tempo, os profissionais de rádio e TV podem pedir para gravar
logo a entrevista. Atenda ao pedido, mesmo que o pessoal de jornal proteste.
Considere que os repórteres de jornal têm mais tempo para trabalhar a notícia,
além do que precisam sempre de mais detalhes.
Não é incomum que perguntas mais críticas surjam durante uma coletiva
e o entrevistado deve sempre saber que está falando para “toda” a imprensa. Um
deslize qualquer, um ato desrespeitoso com um dos jornalistas, tudo poderá ser
amplamente divulgado por todos os veículos que estiveram presentes. Da mesma
forma, é importante manter o foco da coletiva. Se o assunto da entrevista é um
grande lançamento da empresa, por exemplo, e um repórter questionar sobre um
problema da empresa não relacionado diretamente com o tema, o entrevistado
pode responder que o setor responsável – ou até os advogados da empresa –
estão à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos em outro momento.
Rapidamente, o entrevistado deve voltar ao tema principal para não correr o
risco de que as manchetes dos veículos de comunicação abordem o “problema”
questionado pelo repórter ao invés do lançamento da empresa.
ATENCAO
166
TÓPICO 2 —RELAÇÕES COM AS FONTES DE INFORMAÇÃO E COM A IMPRENSA
167
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
169
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
palestra. Os autores orientam que deve ser evitado levar textos prontos ou um
discurso muito preparado. É mais importante levar pequenas anotações para
servir como guias para as respostas.
• Responder em tom agradável: jornalistas fazem perguntas, algumas podem ser
convenientes para o entrevistado, mas outras podem ser mais contundentes a
parecerem desagradáveis. O entrevistado deve sempre responder as perguntas
com os dados possíveis, mas sem ser agressivo (FERRARETTO; FERRARETTO,
2009). Cabe lembrar que a relação com o jornalista não é necessariamente de
amizade nem de inimizade, mas de uma relação profissional.
• Cuidar com informações em off: quando a fonte dá uma informação em off
para um jornalista, ela deve deixar bem claro que realmente é “um off”, ou seja,
que aquela informação não pode ser divulgada ou que apenas servirá para o
jornalista entender o contexto e ir atrás de outras fontes e dados que elucidem
melhor o fato. Nesses casos, o jornalista mantém o sigilo da fonte que forneceu
o off. Há muitos casos de off que são publicados porque a fonte não entendeu
que estava falando em sigilo, misturando as declarações.
NOTA
A expressão “off” vem da língua inglesa “off the records” (sem gravação).
Abreviado para off, virou jargão jornalístico quando se quer passar alguma informação em
segredo.
Já que tratamos até agora neste item sobre a forma geral de relacionamento
com a mídia e com os jornalistas, vamos agora trazer alguns pontos específicos
sobre a forma de relação com determinados meios de comunicação.
• Ser pontual: se a pontualidade deve ser uma regra para todas as entrevistas
agendadas, no rádio e na TV não há possibilidades de atraso para entrevistas
ao vivo, pois toda a agenda da produção foi cuidadosamente encaixada na
programação. Um atraso ou um abandono da entrevista compromete o trabalho
dos profissionais e da programação, prejudicando inclusive relacionamentos
futuros. Melhor ainda é chegar antes para trocar algumas ideias com o jornalista
sobre o tema abordado.
170
TÓPICO 2 —RELAÇÕES COM AS FONTES DE INFORMAÇÃO E COM A IMPRENSA
171
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
172
TÓPICO 2 —RELAÇÕES COM AS FONTES DE INFORMAÇÃO E COM A IMPRENSA
com frases soltas que possam ser aproveitadas de forma desnecessária. Se for
necessário, pode solicitar uma correção posterior com um texto sucinto. Os
meios on-line facilitam muito mais essas atualizações de conteúdo do que os
impressos.
• Cuidado com conversas informais: muitas fontes estabelecem uma relação
tão cordial e amigável com os repórteres, que chegam a esquecer que naquele
momento estão falando com um jornalista. Se a conversa é informal antes da
entrevista, é bom lembrar que cada comentário pode acabar fazendo parte da
matéria posteriormente.
173
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
174
AUTOATIVIDADE
1 As atividades de media training são cada vez mais comuns nas organizações.
A capacitação de fontes e de porta-vozes busca fazer com que os assessorados
compreendam melhor a imprensa e aproveitem as oportunidades para
levar as mensagens sobre a organização de maneira mais eficiente.
175
A respeito dessas asserções, assinale a opção CORRETA:
a) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa
da I.
b) ( ) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma
justificativa da I.
c) ( ) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição
falsa.
d) ( ) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) ( ) As asserções I e II são proposições falsas.
176
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Assim, você poderá compreender um pouco mais sobre o uso das mídias
sociais e a identificação dos novos influenciadores digitais.
177
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
NOTA
A web 1.0 se refere a primeira geração da internet, com sites mais estáticos e
uma lógica de comunicação difusionista. A web 2.0 – também chamada de web social -
trouxe avanços no design e forte interatividade com o usuário. A web 3.0 promove uma
interatividade mais avançada entre os internautas e é definida como um sistema que
reconhece e reage à participação do usuário, garantindo a personalização através de seu
comportamento.
178
TÓPICO 3 —INFLUÊNCIA DAS NOVAS MÍDIAS NAS COMUNICAÇÕES
Em uma pesquisa realizada por Duarte et al. (2013) sobre o uso das mídias
sociais como ferramenta de relações com a imprensa, os jornalistas de veículos
de comunicação observaram que a utilização das mídias sociais pelas assessorias
de imprensa ainda era baixa diante do potencial das redes como ferramenta de
trabalho. Comum nos dias atuais, jornalistas utilizam frequentemente as mídias
sociais para apuração dos dados e informações, assim como na busca de pautas e
fontes. Também é comum que jornalistas se relacionem em grupos na rede para
acompanhar as pautas e agendas do dia.
179
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
180
TÓPICO 3 —INFLUÊNCIA DAS NOVAS MÍDIAS NAS COMUNICAÇÕES
NOTA
O termo Buzz é usado como conteúdo produzido pelo usuário, mas Terra
(2016) utiliza em seu trabalho como sinônimo de “burburinho” causado nas redes sociais.
181
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Bueno (2015, p. 129) atenta que é preciso rever o modo de atuação das
assessorias em tempos de autonomia do usuário nas redes: “a atuação das
organizações nas mídias sociais transcende o da veiculação de conteúdos para
se focar na criação de um espaço de relacionamento específico e competente”. A
concepção das mídias sociais é de um canal de mão dupla, onde as organizações
devem promover uma conversa franca com os seus seguidores, não somente
disponibilizando conteúdos com o objetivo de “empurrar informações”, na visão
do autor. Para Bueno (2015) é preciso saber falar e saber ouvir, principalmente
através de pautas e agendas definidas pelo usuário.
182
TÓPICO 3 —INFLUÊNCIA DAS NOVAS MÍDIAS NAS COMUNICAÇÕES
183
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Jenkins, Ford e Green (2014) entendem que é preciso uma atenção especial
aos padrões e motivações da circulação de conteúdo de mídia, levando em conta
que as pessoas quase nunca se engajam em atividades insignificantes. O público
avalia constantemente as ofertas das mídias para tentar verificar seu potencial
valor como recursos para compartilhamento. Os autores entendem assim, que
“nem todo bom conteúdo é necessariamente bom para compartilhar”. Dessa
forma, as pessoas avaliam o conteúdo com base no valor percebido por seu
círculo social” (JENKINS; FORD; GREEN, 2014, p. 247). Isto quer dizer que,
mesmo aquilo que possa ser útil ou interessante para o indivíduo, pode não ser
um material que o usuário queira propagar em suas comunidades. O usuário
compartilha aquilo que ele julga ser interessante na percepção de seu valor social,
conforme o entendimento dos autores.
Embora haja um leve tom de bom humor por parte do autor na confecção
do fluxograma a seguir, vale considerar a decisão em determinadas ocasiões:
185
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
186
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
187
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/07/17/as-midias-sociais-e-as-manifesta-
coes-no-brasil/>. Acesso em: 10 jul. 2018.
188
De acordo com Jenkins, Ford e Green (2014), para gerar engajamento, um
vídeo precisa de propagabilidade. Neste sentido, o conteúdo será mais
suscetível de compartilhamento se, entre outros, for:
( 1 ) Broadcasters.
( 2 ) Conectores.
( 3 ) Legitimadores.
189
190
TÓPICO 4 —
UNIDADE 3
GESTÃO DE CRISES
1 INTRODUÇÃO
Para Lopes (2000 apud FORNI, 2011, p. 387), “qualquer coisa negativa que
escape ao controle da empresa e ganhe visibilidade” tem potencial para detonar
uma crise. A crise acontece, por vezes, não só pela notícia negativa, mas pela
falta de habilidade dos envolvidos em lidar com a mídia diante de um elemento
surpresa.
191
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
NOTA
192
TÓPICO 4 —GESTÃO DE CRISES
Tudo isso significa, segundo Forni (2011), que a área de comunicação deve
providenciar a agilidade das respostas, já que é mais fácil a imprensa ficar sabendo
dos acontecimentos negativos antes dos próprios interessados na organização.
E ainda como um novo ingrediente na atualidade, a velocidade da repercussão
através das mídias sociais.
193
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
Para Mafei (2012, p. 112), quando a crise tem origem em um ato da própria
organização e os fatos estão diante de todos, “o que os envolvidos têm a fazer é
prestar esclarecimentos de interesse público e administrar o problema da maneira
mais correta”. Nos casos, por exemplo, de danos ambientais ou de um acidente
com vítimas, é fundamental dar um atendimento de excelência às vítimas e a seus
parentes ou ainda minimizar os estragos ambientais, adotando a transparência
através de comunicados e outras iniciativas para abastecer a mídia com conteúdo.
Para alcançar esse equilíbrio, a autora recomenda que a equipe de comunicação
participe efetivamente do círculo de tomada de decisões sobre como agir diante
da crise. “Em vez de ser acionada apenas para repassar aos jornalistas o que a
organização ou a personalidade resolveu fazer, o assessor deve interferir na escolha
do que, efetivamente, deve ser feito nessas horas” (MAFEI, 2012, p. 112).
Forni (2011) observa que algumas das tendências comuns nos dirigentes das
organizações quando uma crise bate na porta, é evitar exposições imediatas ou tentar
interferir na cobertura jornalística através das chefias dos veículos de comunicação.
O autor recomenda cautela nessas situações, já que, necessariamente, nem tudo o
que o repórter esteja querendo descobrir em uma apuração seja realmente verdade
ou que o próprio jornalista já tenha todas as informações. A recomendação é, de
antemão, tomar conhecimento sobre o estágio da matéria, das fontes já consultadas
pelo repórter, a versão que está circulando e ainda a dimensão que se tem da
denúncia. Jamais se deve desqualificar o profissional que está realizando a matéria
ou o veículo de comunicação.
Mafei (2012) orienta que nesses momentos, deve ser chamada uma força-
tarefa para reverter o cenário em um curto espaço de tempo. A organização precisa
definir quem falará, que instrumentos de comunicação serão utilizados, quais os
veículos e em que tempo serão abordados, que informações serão prestadas de
início e se ater aquelas já confirmadas.
194
TÓPICO 4 —GESTÃO DE CRISES
196
TÓPICO 4 —GESTÃO DE CRISES
LEITURA COMPLEMENTAR
Andreza Galiego
197
UNIDADE 3 —PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE COMUNICAÇÃO E ASSESSORIA DE IMPRENSA
198
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
CHAMADA
199
AUTOATIVIDADE
3 A modernidade fez com que a esfera pública oferece novas dimensões sobre
um escândalo, gerando o que conhecemos hoje como escândalo midiático.
O deslize moral através da imprensa e das redes sociais na web se desdobra
ao ponto em que as pessoas que se encontram no centro do acontecimento se
tornam prisioneiras de um processo de difícil controle. A duração do tempo
do escândalo midiático dependerá do tempo que foi destinado à divulgação
do acontecimento e do ritmo dos noticiários (THOMPSON, 2002).
201
REFERÊNCIAS
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Editora, 2017.
202
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203
DUARTE, J. et al. Transformações na atividade de assessoria de imprensa no Brasil:
um panorama atual da atividade a partir de pesquisa de campo exploratória.
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bdtd.ucb.br/index.php/RCEUCB/article/view/9999. Acesso em: 30 mar. 2020.
204
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análise da natureza e do papel que a propaganda institucional está assumindo
na consolidação do posicionamento corporativo e dos objetivos estratégicos das
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JENKINS, H.; FORD, S.; GREEN, J. Cultura da Conexão. São Paulo: Ed. Aleph,
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205
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(Santa Cecília), Santos, v. 4. n. 2. 2015. Disponível em: https://ojs.unisanta.br/
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206
TAVARES, M. Comunicação empresarial e planos de comunicação: integrante
teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
207