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Subsistemas logísticos
Logística de
SUPRIMENTOS
Logística de
PRODUÇÃO
LOGÍSTICA Logística de
EMPRESARIAL DISTRIBUIÇÃO
Logística de
PÓS-VENDA
Ambiente Logística
Organizacional REVERSA
Ambiente de
Operações
2 Logística de Suprimentos
Como foi visto anteriormente, a logística é composta por três grandes divisões
ou fases, Suprimentos, Produção ou transformação e Distribuição.
A primeira etapa do processo de abastecimento é a identificação de fontes de
fornecimento de matérias primas e/ou componentes. No processo de abastecimento
a primeira etapa é identificar os fornecedores, numa etapa seguinte estabelecer uma
avaliação destes e selecionar aqueles que têm capacidade de oferecer os itens na
quantidade desejada, dentro do especificado, nos prazos estabelecidos e preços
competitivos.
Na grande maioria das empresas esta atividade é exercida pro uma área
especializada denominada compras ou aquisições.
COMPRAS ou AQUISIÇÕES
De forma geral esta área busca suprir as organizações com os itens
necessários para seu pleno funcionamento. Os principais tipos de aquisições ou
compras que encontramos:
1. Matéria Prima, Suprimento Insumos: para a produção, é a aquisição de bens e
serviços para produção, voltada ao negócio principal da organização; como exemplo
itens que integram a composição de produtos na linha de produção, compras
freqüentes;
2. Material de Consumo: materiais necessários para o pleno funcionamento da
organização, basicamente no apoio das operações, são itens que não integram o
processo produtivo, como exemplo papel para impressoras numa indústria de
alimentos, compras freqüentes;
3. Patrimoniais ou Bens de Capital: é a aquisição de terrenos, prédios,
equipamentos industriais e outros que integrarão o capital da empresa, são compras
eventuais.
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Função de Compras
Fornecedor normal
• Negociação baseada em especificações de qualidade mínima e focalizada nos
preços;
• Fornecimentos baseados em lotes individuais a curto prazo;
• Inspeções sistemáticas dos recebimentos;
• Necessidade de prever estoques de segurança.
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RELAÇÃO GANHA – PERDE, para alguém ganhar outrem terá que perder.
Fornecedor Integrado
• Relacionamento de longo prazo, revisto periodicamente;
• Possibilidade oscilação de preços com base em critérios concordados;
• Qualidade garantida e auto certificada com base em critérios concordados;
• Responsabilidades globais pelos produtos fornecidos;
• Sem inspeções de recebimento;
• Reabastecimentos diretos aos setores e sem estoque intermediário;
• Fornecimentos freqüentes, em pequenos lotes, com pedidos em aberto;
• Melhoria sistemática da qualidade e dos preços dos produtos fornecidos;
• Consultoria e treinamento aos fornecedores.
Os custos logísticos podem ser analisados através der diversos critérios, conforme
pode-se perceber a seguir:
• Custos de qualidade
• Custos de confiabilidade
• Custo do tempo de resposta
• Custos de lotes de reabastecimento
• Custos de falta de melhoria
• Custos de obsolescência tecnológica
Custo da Qualidade:
1.Inspeção/testes de recebimento
2.Estoques de segurança
3.Sucata / retrabalho
4.Gerenciamento de conflitos
5.Assistência técnica /garantias / atendimento a reclamações
6.Perda da imagem
Outros custos (aquisição):
1.Estoques intermediários
2.Paradas de produção
3.Atrasos na entrega
4.Vendas perdidas
Custos do Tempo de Resposta:
1. Lead Time de fornecimento
2.Necessidade de programação
3. Estoques de segurança
4. Variação de previsão
5. Custos de Lotes de Reposição
6. Estoque médio do item interessado
7. Riscos da obsolescência
8. Custos da Falta de Melhoria
9. Perda do aumento das margens de contribuição
10. Falta da redução dos custos da qualidade
11. Custos da Obsolescência Tecnológica
12 Custos por adequação do atraso
13. Valor da falta das oportunidades
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ESTRATÉGIAS DE AQUISIÇÃO:
I - Verticalização
•Estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder.
•Exemplo de Henry Ford
•Vantagens :
–independência de terceiros
•liberdade de mudar planos
•manutenção de “segredos” industriais
•Desvantagens:
–Maior investimento em instalações e equipamentos
–Imobiliza mais recursos
–Menor flexibilidade p/ alterar processos e incorporar tecnologias novas
–flutuações de demanda
II - Horizontalização
•Estratégia de comprar de terceiros o máximo possível dos itens que compõem o
produto final ou os serviços de que necessita.
•Vantagens:
–Redução de custos
–Maior flexibilidade e eficiência
–Incorporação de novas tecnologias
–Foco no negócio principal
Desvantagens:
–Menor controle tecnológico
–Deixa de auferir o lucro do fornecedor
–Maior exposição
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Vantagens:
•Parte do processo de logística da empresa
•Conceito voltado para o processo e não apenas para transações
•Sistema tradicional
•Parte do processo de logística da empresa
•Conceito voltado para o processo e não apenas para transações
•Sistema tradicional
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WIP – Work in Process ou Work in Progress, refere-se aos produtos que estão em
elaboração dentro do processo produtivo.
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Padrões de
Objetivos / Metas
Definem
Referência
Benchmarking
Avaliação do
Serviços Logísticos Desempenho Desvios
Analisar
Causas
Corrigir Problemas
Políticas de Estoque
As políticas quanto á gestão de estoquem buscam estabelecer padrões que
orientem os programadores e controladores e definem critérios para medir a
performance da área responsável pela gestão de estoques:
• definem metas da empresa quanto ao tempo de entrega dos produtos ao cliente;
• definem a centralização ou descentralização de depósitos e/ou almoxarifados e os
materiais a serem estocados;
• definem o nível de flutuação dos estoques para atender as altas ou baixas
oscilações nas vendas;
• definem o nível de estoques a ser utilizado;
• definem a taxa de rotatividade dos estoques.
As grandes questões para o dimensionamento de estoques residem na
relação entre o capital investido X a disponibilidade de estoques e os custos de
armazenamento X consumo ou demanda. Portanto, o grande desafio da gestão de
estoques vem a ser a redução do volume do mesmo, porém sem colocar em risco a
produção da empresa, e os grandes desafios ocorrem a partir da diversidade de
produtos.
a) Padrões de demanda
Para se projetar a demanda é necessário identificar as tendências: crescente,
estacionárias, ou decrescente, outro aspecto a ser analisado se há sazonalidade ou
não e em que épocas do ano ou se há variações aleatórias ao acaso ou causas não
identificadas. No caso de demanda dependente, o consumo e produção podem ser
programados internamente.
Tipo de Demanda e Controle dos Estoques:
Para se definir uma apropriada política de estoques é necessário identificar o
tipo de demanda e as respectivas conseqüências de sua aplicação:
Demanda Permanente – utiliza a previsão de demanda por item do inventário,
define o momento e o tamanho do lote de reposição.
Demanda Sazonal: utiliza uma previsão acurada do nível de demanda futuro, em
que época deverá ocorrer a demanda acentuada.;
Demanda em Declínio o importante é projetar quando e quanto deve ser estocado,
buscando agir de período em período, até o final do ciclo das vendas
Demanda Derivada – é quando a demanda de determinado produto está associada
a outro produto ou item.
QUANDO COMPRAR
Gráfico Serra Dentada
O gráfico de dente de serra é uma ferramenta que proporciona realizar uma
análise do processo de utilização e abastecimento de materiais, porém que seguem
certa estabilidade no uso dos suprimentos.
O gráfico, chamado por sua semelhança, de serra dentada, tal qual uma serra de
marceneiro, tem esta imagem quando se utiliza compras de materiais que
abastecem estoques, estes são consumidor até o momento chamado de ponto de
pedido, onde um novo pedido deve ser realizado, neste período de tempo em que os
materiais do novo pedido está sendo providenciado, o estoque continua
abastecendo a produção, até onde teoricamente ocorre a reposição.
Para definir o tempo de reposição ou lead time, que corresponde ao tempo
decorrido entre a colocação de um pedido de reposição até o momento que o
material esteja disponível para utilização.
Quando se estabelece relações mais estáveis e o nível de confiabilidade dos
fornecedores é elevado,na busca da redução do volume estocado, pode-se ampliar
o número de pedidos com a reposição de menor quantidade desses itens.
Estoque de Segurança
Estoque de segurança vem a ser a quantidade mínima de estoque que se
deve ter para garantir a entrega de um pedido, de forma que quando da entrega do
mesmo não haja falta do componente para a produção.
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QUANTO COMPRAR
Lote Econômico de Compras
O Lote Econômico de Compra permite determinar a quantidade ótima que
minimiza os custos totais de estocagem de pedido para um item do estoque.
Considerando os custo de pedir e os custos de manter os materiais. Sendo os
custos de pedir, os fixos, administrativos ao se efetuar e receber um pedido e o
custo em manter são os variáveis por unidade da manutenção de um item em
estoque por um determinado período (custo de armazenagem) segundo,
“oportunidade” de outros investimentos. custo total = custo do pedido + custo de
armazenamento Assim matematicamente teremos quantidade a comprar (ou
fabricar) que minimiza o Custo de Estoques:
CT = CI + CP + CM + CFE
Onde:
CT - custo total de estoques
CI - custo do item o preço do item na aquisição
CP - custo do pedido: considera todos os custos, desde o pedido até o ecebimento,
incluindo o transporte, manuseio, inspeções, pessoal e outros;
CM - custo da manutenção dos estoques: custos de capital, armazenagem,
manuseio, instalações, perdas, seguros, perdas, e outros.
CFE – custo da falta de estoque –basicamente refere-se a vendas perdidas, perda
de confiança por parte dos clientes e outros.
Q = LEC = 2. Cp x D
(Cc . J)
Q – quantidade
LEC—Lote Econômico de Compra
Cp-- Custo para fazer um pedio de compra
D – Demanda
Cc – Custo unitário do material comprado.
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Por fim, mas não menos importante, uma das funções da logística de
suprimentos é realizar as compras de todos os materiais necessários ao
funcionamento da organização. Compras é a atividade logística que visa assegurar a
disponibilidade dos materiais corretos (com todas as características de qualidade
desejáveis), no momento certo, no lugar certo ao preço mais adequado (melhor
relação custo-benefício).
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D
E Equilibrar P
M Analisar Analisar necessidades de Elaborar L
A necessidades restrições materiais com Plano de A
N de materiais de recursos capacidade de Suprimentos N
D suprimento. O
A
ESTUDO DE CASO
Negócio Quente
Denise Turco
O desempenho promissor do food service, o crescimento dos produtos industrializados perecíveis e a necessidade de
abastecer o varejo com vasta gama de itens justificam a aposta na cadeia de frio
Controle rigoroso
Iogurtes, sorvetes, carnes, embutidos etc. requerem cuidados diferenciados na
armazenagem e distribuição.
Fique atento para:
• Temperatura: manter temperatura adequada no armazém e no transporte é condição
essencial para trabalhar na cadeia do frio. Nas fases de transição, como na carga e
descarga, a operação é realizada na antecâmara refrigerada. Além disso, cuide para que
não ocorra vazamento de ar quente para o ambiente e evite deixar a porta do caminhão
muito tempo aberta. Quanto menos entrar ar quente, mais preservado o produto estará;
• Controle: o monitoramento de temperatura deve ser minuto a minuto tanto do armazém
quanto no caminhão para garantir a integridade da carga;
• Shelf life: fique de olho nos prazos de validade, no giro de estoques e cuide para que o Fifo
(primeiro que entra, primeiro que sai), funcione adequadamente;
• Perdas: preste atenção às condições de conservação do produto para não ocorrer
deterioração biológica ou química
(temperatura), ou ainda física (embalagem não adequada);
• Ocupação máxima: qualquer espaço perdido é dinheiro jogado fora, pois os custos são
altos. Aproveite toda área disponível no armazém e no caminhão.
O desafio de partilhar
Compartilhar recursos no transporte e na armazenagem é a saída para baixar custos
e agilizar entregas de produtos refrigerados. Dois gigantes fabricantes de iogurtes disputam
espaço na gôndola e na casa do consumidor, mas na operação logística os concorrentes
ficam juntinhos e sem conflitos. Na Friozem Logística, Danone e Nestlé, por exemplo,
convivem em harmonia.
O diretor-presidente da Friozem, Alfredo Humberto Gonçalves, afirma que trabalhar
com concorrentes diretos é
complexo. “Tivemos de quebrar paradigmas e trabalhar vários anos nisso. Para dar certo,
tudo deve ser transparente, jamais se deve beneficiar um em detrimento do outro, e todos
devem cumprir as mesmas regras”, enfatiza Gonçalves. Outra vantagem é a agilidade na
entrega, uma vez que descarrega mercadorias de vários clientes num mesmo local. Já a
distribuidora catarinense Frills, que trabalha com Nestlé, Cedrense, Excelsior e Manteiga
Aviação, optou por não trabalhar com concorrentes. “Evitamos conflitos”, diz o gerente-
comercial, Osanir Kemper. Enquanto isso, na McLane, somente a armazenagem é
compartilhada.
Preocupada em reduzir custos, a empresa tem se empenhado em mostrar os
benefícios da partilha aos clientes. “O problema é que os grandes embarcadores resistem
em compartilhar com empresas de pequeno porte, porque acham que demoraram muito
tempo para chegar a esse nível de serviço para compartilhar”, explica Miriam Korn, gerente
de desenvolvimento de negócios. Como argumento para conseguir a adesão dos clientes, a
empresa tenta colocar frente a frente embarcadores do mesmo porte e com fragilidades em
comum.
Perfil
Fundada em 1999, a Friozem possui instalações em quatro Estados e tem na
distribuição sua principal atividade. Com 95 mil m3 e capacidade para 18 mil posições-
palete, o armazém de Jandira, na Grande São Paulo, tem 14 câmaras reversíveis, que
podem ser submetidas a várias temperaturas. As entregas, que somam 2.500/dia, são feitas
num raio de 150 km, cobrindo boa parte do interior do Estado e litoral. De vans a trucks
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multitemperatura, 115 veículos compõem a frota. Cerca de três mil itens de indústria como
Catupiry, Bonduele, Forno de Minas, Hagen Däss etc. são movimentados no CD.
Com previsão de crescer 25% neste ano, serão investidos, segundo o diretor-
presidente, R$ 3,5 milhões para interligar duas câmaras e, assim, otimizar o fluxo. Em abril,
a Friozem recebeu a DPA, divisão da Nestlé para iogurtes. “A DPA está saindo de uma
operação própria e assinou contrato de cinco anos conosco”, conta Gonçalves. A americana
McLane possui 200 mil m2 de área de armazenagem, sendo 30% desse total climatizados.
Os cinco CDs da empresa (em SP, PR e RS), são multitemperatura. Clientes como Unilever,
Kraft, Top Cau, Da Granja, Nestlé, Sadia, Meditronic (equipamento hospitalar), são seus
parceiros. O monitoramento da temperatura nos CDs e veículos, incluindo os terceirizados,
é totalmente automatizado. “Se ocorre algum problema, a central é acionada através de
sistemas de alarme sonoro ou no computador”, explica Korn. A executiva ressalta a
responsabilidade do operador logístico e os custos elevados. “O varejo tem pouco espaço
para refrigerados, e, com isso, o lead time é muito curto e a empresa tem de dispor de frota
para atender com rapidez. Tudo isso faz com que a cadeia do frio tenha custo alto”. (D.T.)
Indústria
A Batávia é outro exemplo de indústria que optou pela terceirização dos serviços
logísticos. Hoje trabalha com transportadores especializados e distribuidores. “Para manter
uma estrutura própria, é necessário realizar muitos investimentos em equipamentos, sem
mencionar na falta de sinergia para outras operações. Temos parcerias com outros players,
utilizando o mesmo operador para entrega de produtos em uma mesma região. Assim,
reduzimos a ociosidade na distribuição”, afirma Fernando Tenreiro, gerente de operações
logísticas. Para 2005, a empresa planeja mudanças na distribuição em alguns Estados,
remodelagem do atendimento do Amazonas e novos negócios de exportação.
O sistema foi adaptado para servir as outras três unidades da Refrio instaladas em
Itapecerica da Serra, também na Grande São Paulo. Nesses CDs, a operação segue o ritmo
convencional com empilhadeiras, picking etc., sem transelevadores. Kibon, McDdonald’s,
CBD, Garoto, Hersheys, Perdigão, Cargill são parte dos clientes da Refrio, que atua em todo
o Estado. Cada veículo, de uma frota total de 50, faz, em média, 25 entregas/dia. (D.T.)
Oportunidades em cadeia
TRU Logística, do Grupo Karne Keijo, ajusta processos e caminha para incrementar
seu portifólio de serviços na região Nordeste. Projetando um crescimento de 30% neste ano,
a pernambucana TRU Logística, do Grupo Karne Keijo, inova e ajusta seus processos
logísticos a fim de alçar vôos mais altos no curto prazo. Os investimentos já começaram
com aumento do número de docas do armazém, implantação de radiofreqüência e troca do
sistema de gestão de estoques SAP pelo MDLog. “Acredito que com esta troca vamos
melhorar o fluxo de informações com os clientes”, diz Bento Miranda, diretor executivo da
TRU. Ainda na pauta de investimentos, prevendo fechar mais um contrato até o segundo
semestre, está em estudo a ampliação do CD com a construção de mais uma câmara
frigorífica com capacidade de 2.500 posições-paletes.
Na opinião de Miranda, a empresa ainda tem capacidade de incrementar seu
portifólio de serviços com ampliação da operação de transporte e cross docking. “O campo
de distribuição de refrigerados e congelados pode ser mais explorado. Por conta da
localização da nossa empresa e o interesse das indústrias, o mercado está em franca
expansão”, conclui. Refrigerados e congelados representam 90% do faturamento da
unidade e secos, 10%. A TRU tem raio de abrangência em vários Estados nordestinos e
clientes como Bom Preço, Kibon, Batávia e Notaro Alimentos. O armazém multitemperatura,
em Recife, tem área de 8.500 m2, onde são movimentadas por mês, em média, 11 t. Além
de sistema de refrigeração automatizado, a empresa dispõe de uma veterinária, responsável
pelo gerenciamento da temperatura e integridade dos produtos. “Essa profissional faz um
check list no recebimento dos produtos, verificando embalagem, temperatura etc. Em alguns
casos retira amostras para análise”, conta o diretor. “Já nas entregas em longas distâncias,
além do controle da temperatura, zelamos para que a seqüência de entregas esteja
organizada para o motorista não perder tempo procurando a carga e ficar com a porta do
caminhão muito tempo aberta”.
As perdas, segundo Miranda, representam 1% do total do volume movimentado. “No
ano passado chegou a 4%, mas com treinamento do pessoal, troca de equipamentos,
programa de segurança alimentar e outros ajustes conseguimos reduzi-la”, afirma. (D.T.)
elétrica o equivalente a R$ 60 mil/ano. Nada grave não fosse o fato de essa ser também a
realidade de muitos outros pequenos supermercados espalhados pelo País. Sim, o pequeno
varejista é o que menos se importa com uma área que pode significar a sustentabilidade do
próprio negócio.
Qualquer que seja a conta, uma coisa é certa: com as margens cada vez mais
apertadas e a concorrência se acirrando, a diferença pode tranqüilamente ser tirada na área
de refrigeração. “A área tem impacto muito forte nos custos operacionais, podendo deixar o
lucro, já apertado, fugir pelas mãos”, insiste o professor. Equipamento obsoleto, sem
manutenção e operando em más condições é certeza de gasto de energia elétrica entre
30% e 40% superior e pode comprometer a qualidade do produto que necessita de
refrigeração constante – um risco à segurança alimentar.
Know-how exportado
O mercado de refrigeração comercial, de câmaras frigoríficas, balcões frigoríficos,
plug ins, geladeiras etc., avaliado em US$ 220 milhões/ano pela Abrava (Associação
Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento), já foi superior a
US$ 300 milhões/ano. Segundo o presidente da entidade, Carlos Eduardo Marchesi
Trombini, seu comportamento segue os rumos da renda e da economia do País.
Pelas expectativas da Abrava, o mercado deve ficar do mesmo tamanho do ano
passado. Mesmo porque o número de estabelecimentos comerciais que consomem
refrigeração se mantém nos 70 mil desde 2001, segundo números da Abras. “Entre os que
estão em atividade, pelo menos 20 mil têm entre 10 e 15 anos de idade. Isso é mais de um
ano da capacidade instalada do setor”, observa Tromboni.
Apostas do setor
A expectativa da Arneg, que já ultrapassou a casa dos 10 mil expositores instalados
desde que chegou no País, é repetir 2004, quando as vendas cresceram 25%. “Temos uma
linha completa para atender toda e qualquer necessidade do cliente, não importando se ele
é grande, médio ou pequeno”, conclui Riccardo Zago, da Arneg. Jean Silva, gerente
nacional de vendas da Hussmann, é outro que não economiza ao descrever a linha
completa de gabinetes para média e baixa temperatura da Hussmann. “A grande vedete é
uma casa de máquinas especial, a Reata, que permite um ganho de energia entre 15% e
20%. Exige desembolso 20% menor que uma casa de máquinas normal e tem desempenho
semelhante”.
Na Linde Seral, o destaque é o sistema remoto: os compressores não ficam no
gabinete, mas fora do salão de vendas. “Entre as vantagens, consegue-se um desempenho
muito superior e um ambiente mais silencioso”, enumera Adilson Rodrigues, do marketing
da Linde Seral.
Vem do professor Wagner o elogio: “Nossa indústria de refrigeração comercial tem
tecnologia de primeira. Aliás, exportamos know-how. O problema são os supermercados
que nem dispõem de projeto na hora de instalar a refrigeração. Num supermercado de 300
m2, um projeto completo das instalações frigoríficas não sairia mais que R$ 3 mil e evitaria
uma série de perdas. Muitos até jogam fora o manual do fabricante.”
Saída Racional
O investimento correto em equipamentos de refrigeração pode garantir a
sustentabilidade do negócio do pequeno varejista Estima-se que o retorno dos investimentos
em equipamentos de refrigeração se dê entre 1 ano e meio e 3 anos. Se o equipamento for
bem cuidado, é possível, sim, durar 10/15 anos. Resultados mais baixos e margens mais
apertadas, no entanto, têm feito com que as decisões de investimentos sejam repensadas,
postergadas e até canceladas. “O pequeno varejista tenta esticar a vida dos equipamentos,
esperando por melhor situação financeira, e tem aquecido o setor de serviços de
manutenção. Nada contra, mas os serviços não estão no nível que se gostaria”, pondera
Carlos Eduardo Trombini, presidente da Abrava.
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ESTUDO DE CASO
- Em face dos resultados obtidos, como o Banco Mundial avalia o estágio de maturidade do
sistema de compras eletrônicas do Governo Federal brasileiro, o Comprasnet?
- Alexandre Oliveira: O sistema brasileiro de pregão eletrônico é sem dúvida uma referência
para compra de bens e serviços padronizados para a administração pública. Dados
estatísticos mostram um significativo corte no prazo para conclusão de licitações e ao
mesmo tempo a obtenção de uma boa competitividade pelos contratos do governo.
Adicionalmente, o sistema permite produzir informações e dados gerenciais que são usados
em decisões estratégicas e planejamento de compras futuras. O sistema já passou por um
amadurecimento desde seu desenvolvimento inicial.
- Que aspectos são mais relevantes em um sistema público de compras eletrônicas?
- Alexandre Oliveira: Segurança das informações, transparência do processo, um sistema de
atendimento aos usuários eficiente e disponibilidade do sistema são, indubitavelmente,
fatores-chave para o sucesso de um sistema de compras governamentais eletrônico, pois
formam a base da credibilidade do sistema, tanto para os servidores públicos, como para o
setor privado e para a sociedade civil.
- Em quais aspectos o Comprasnet está mais avançado na avaliação do BID?
- Alexandre Oliveira: O Comprasnet se destaca nos aspectos transacionais com os
concorrentes, em outras palavras, na parte do sistema onde os concorrentes apresentam
seus lances. Isto se deve ao esforço dos administradores do sistema em oferecer uma
aplicação de uso intuitivo e segura. Alguns próximos passos poderiam avançar na
integração com os sistemas de gerenciamento de contratos e pagamentos a fornecedores,
de forma a ampliar o alcance sobre o ciclo logístico.
- Qual a importância da transparência das licitações públicas?
- Alexandre Oliveira: A transparência é um princípio básico e elementar, pois se trata de
dinheiro dos contribuintes. O uso de sistemas eletrônicos como o Comprasnet do Governo
Federal é importante para promoção da transparência, uma vez que a Internet é um meio de
comunicação democrático, com grande penetração na sociedade civil e com maior alcance
que muitas mídias impressas.
- Por que o desenvolvimento de um sistema de compras eletrônicas eficiente é importante
para o país?
- Alexandre Oliveira: A formação de um sistema de compras governamentais eficiente é
crucial para um país, pois reduz o peso do Estado e permite realizar mais com menos
recursos. O uso de
ferramentas eletrônicas claramente contribui para aumentar a eficiência do sistema de
compras, pois permite automatizar etapas do processo, reduzindo custos administrativos
para o governo ao mesmo tempo em que reduz o custo de fazer negócios com o governo.
Igualmente, o uso de ferramentas eletrônicas permite ampliar o leque de fornecedores do
governo, ampliando a competição, e torna mais eficiente o controle e a realização de
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