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Em todo o mundo, espaguete apresenta o mesmo sabor (o “molho” é que faz a diferença).
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Trade-off é uma troca compensatória de custos, em que, não se considera um custo isoladamente mas, sempre, se
consideram os custos totais, uma vez que a ingerencia em um custo sempre vai refletir em outro. Assim, as decisões são
tomadas com base no reflexo das decisões nos custos totais.
independentes ou esquecidas devido à falta de visibilidade. O sistema integrado, em
comum, de informação e atendimento ao cliente e instalações de atendimento para
permitir que as alterações de última hora e outras formas de resposta ao cliente, foi um
dos pilares de sustentação das mudanças.
O sistema de informações (software) também imprime a nota fiscal de acordo com
a ordem (pedido) do cliente, gerando uma espécie de “espelho” da nota fiscal que
simplifica a manipulação de materiais, o transporte e o recebimento do pedido da ordem
de compra do varejista. O motorista pode agora determinar o mix de produtos correto para
cada entrega e recepção, pelo varejista, foi facilitada uma vez que tanto a fatura quanto os
produtos são facilmente visíveis. O software integrado reduziu erros de produtos (nos
pedidos) e erros de faturamento levando a um declínio em discussões que adiavam
pagamentos e, como consequencia, geraram um fluxo de caixa melhor. Originalmente,
cada armazém do sistema logístico tinha uma abordagem diferente para essas operações
internas. Na sequência do redesenho, as práticas dos armazéns foram padronizados para
melhorar as práticas comuns, conduzindo a uma reengenharia inteligente dos processos.
A aplicação desses recursos permitiu um avanço da posição da empresa no mercado,
saindo de um terceiro lugar fraco para um segundo lugar fortalecido.
Embora o posicionamento forneça uma direção para uma prática logística eficaz,
não é suficiente em si mesmo. Execução superior no dia-a-dia também é necessária para
atingir um bom desempenho logístico de classe mundial. Ou seja, é necessário obter
resultados de desempenho considerados de classe mundial, a partir da integração de
capacidades que impulsionam execução de logística. Execução superior exige uma
definição clara de o que fazer e como fazê-lo de forma criativa.
Logística de integração de processos baseia-se nas características de sete capacidades
direcionadoras para obter um desempenho de classe mundial. Estas capacidades
incluem: a unificação da cadeia de suprimentos, tecnologia da informação,
compartilhamento de informações, conectividade, padronização, simplificação e disciplina.
Assim, as organizações de classe mundial devem perseguir atingir essas capacidades
para aumentar a competitividade logística.
A relação entre alianças logísticas e acordos nos negócios mostra-se uma valorosa opção
para redução dos custos operacionais de distribuição e estocagem, oferecendo
oportunidades de melhora na qualidade de serviços aos clientes.
Para empresas bem sucedidas em parcerias logísticas, o reconhecimento da importância
da atividade estratégica alinha-se aos ingredientes na competência de tempo e
localização. A competência logística é explorada como uma superioridade para ganhar e
conservar a lealdade do cliente.
As empresas comprometidas com o uso estratégico da logística costumam apresentar um
desempenho melhor que a concorrência, em velocidade e constância do ciclo de pedidos.
Para fornecer aos consumidores um melhor serviço, com diminuição dos custos de
estoque e de distribuição, as empresas estão adotando o sistema de gerenciamento
integrado com parcerias de cooperação formadas de elementos vinculados à cadeia de
suprimentos, distribuição e estocagem.
Além de incorporar sua logística ao sistema dos fornecedores e clientes, visam a
maximização de todo o seu sistema de distribuição e melhora da capacidade competitiva
no mercado.
A meta do gerenciamento da logística integrada é a harmonização de todas as decisões
de distribuição da empresa, através de relacionamentos íntimos conseguidos em comitês
permanentes de logística, formados pelos gerentes, responsáveis pelas diversas
atividades de distribuição física, com alvo na maximização dos resultados da função
logística global.
É cada vez mais crescente o número de casos em que a integração entre empresa e seus
fornecedores atingem níveis antes inimagináveis. O reabastecimento do estoques
empresariais está se tornando tarefa importante a ser cumprida pelos próprios
fornecedores, via eletrônica, de forma automática e quando são atingidos os níveis
previamente acertados para a reposição das mercadorias.
Nesse novo contexto, os fornecedores têm que estar preparados para assumir os custos
dos excessos de estoques das mercadorias. É também sua tarefa atual contribuir para a
realização das devidas adaptações no design, nas embalagens e nos tamanhos dos
fornecimentos. Procuram assim manter uma consonância com os produtos e serviços
desejados pelo mercado, em trabalho conjunto com a produção e o marketing da
empresa.
Quando os grandes varejistas informam on line aos seus fornecedores sobre o ritmo de
consumo de seus produtos, os níveis de estoque, os pontos de pedidos e os orçamentos
de compra; têm como objetivo reduzir custos na cadeia de suprimento, em todos os
passos e fases que compõem o fluxo de abastecimento, produção e estocagem. Nesse
mister, os fornecedores envolvidos na aliança estão mais bem posicionados para gerirem,
adequadamente e com eficiência, o fluxo de seus produtos. Mantém uma direção às
empresas compradoras, em conformidade com ritmo de demanda do mercado
consumidor dessas empresas.
CONCLUSÃO
Um dos pré-requisitos básicos para boa decisão na opção pela aliança logística é a
informação estruturada sobre o que se está decidindo, a atenção no foco do objetivo
desejado e a compreensão exata dos reflexos favoráveis e desfavoráveis que serão
decorrentes da decisão.
Dentre os desafios estratégicos para enfrentar a globalização e a concorrência
amplificada estão as descontinuidades sócio-técnico-econômicas incidentes e a
necessidade de promover continuamente inovações que diferenciem a empresa e a
alavanque, nesse mundo cada vez mais descontínuo.
Em vista das ameaças permanentes das descontinuidades, as empresas precisam estar
preparadas para avaliar continuamente esse processo e reagir constantemente, com a
produção de inovações. As empresas devem ter o pensamento estratégico da aliança
logística voltado para esse novo clima!
O diferencial competitivo conseqüente é derivado de um processo implantado de
administração do conhecimento, que, gerenciando as idéias e os ativos do conhecimento
juntamente com as demandas contínuas do mercado consumidor, produza inovações,
produtos, serviços e sistemas palatáveis, efetivamente voltados para os clientes.
* Fonte: disponível em
http://www.empresario.com.br/artigos/artigos_html/artigo_131200.html acesso em
31/03/2010.
A GESTÃO LOGÍSTICA NUM CONTEXTO DE INTEGRAÇÃO DE
PROCESSOS: UM CASO DE MELHORIAS NO DESEMPENHO
ORGANIZACIONAL *
Simone Regina Didonet
Universidade Federal de Santa Maria
Rua Ernesto Lazzaron, 44 - CEP 97070-410 - Santa Maria/RS
Luiz Carlos Pistóia de Oliveira
Universidade Federal de Santa Maria
Rua dos Andradas, 1388/301 – CEP 97.010-030 - Santa Maria/RS
Abstract
Logistics is a new concept in the Brazilian vocabulary and the great majority of the organizations
ignores its potentials, limiting its use to the transport of the products. However the logistics, combined
with the administration of internal processes, has showed itself as an important tool to guarantee
competitive advantage to the company, including better service level to the customer, as well as
reduction of costs and larger profitability. Besides, the appropriate administration of logistics means
larger agility and flexibility.
In this article the participation of logistics is discussed in the general performance of the company, being
presented some results obtained through its administration. The study was accomplished in a
manufacturing industry with global acting, that needed to reorganize itself internally to maintain its
leader position in the market segment in which it acts.
Key Words: logistics, integration, process
Resumo
A logística é um conceito relativamente novo no vocabulário brasileiro e a grande maioria das
organizações desconhece seus potenciais, limitando seu uso ao transporte dos produtos. Porém a
logística, aliada ao gerenciamento de processos internos, tem se mostrado uma importante ferramenta
para garantir vantagem competitiva à empresa, incluindo melhor nível de serviço ao cliente, bem como
redução de custos e maior lucratividade. Além disso, o gerenciamento adequado da logística traduz-se
em maior agilidade e flexibilidade.
Neste artigo é discutida a participação da logística no desempenho geral da empresa, sendo apresentados
alguns resultados obtidos através de sua gestão. O estudo foi realizado numa indústria manufatureira
com atuação global, que precisou reorganizar-se internamente para manter sua posição de líder no
segmento de mercado em que atua.
1. Introdução
A partir do momento que as organizações começaram a perceber a necessidade de integrar seus
processos internos para garantir melhor nível de serviço ao cliente e se manterem competitivas, o foco
de atuação da logística deixou de ser somente a distribuição dos produtos e passou a incorporar também
outros processos internos. Então, o desafio das organizações é integrar estes processos, sendo que isto
pressupõe participação ativa de todas as atividades envolvidas. Nesse sentido, é necessário considerar a
participação de atividades que são executadas fora dos limites da organização mas que interferem
diretamente no processo, ou seja, as atividades desenvolvidas na cadeia de suprimentos.
Já internamente, há a necessidade de tornar o fluxo de materiais e informações mais ágil e adequado às
necessidades da organização, o que se traduz, também, na satisfação dos clientes externos, garantindo
produtos mais competitivos e de melhor qualidade. A busca por excelência na gestão logística pode
passar pelo reconhecimento de algumas competências essenciais destacadas no contexto de
gerenciamento integrado dos processos internos. No entanto, deve-se reconhecer que podem existir
barreiras na organização que dificultam esta integração.
De maneira geral, a gestão logística pode tornar-se uma ferramenta importante para garantir melhorias
no desempenho da empresa como um todo. É esse aspecto que é analisado neste artigo, que tem por
objetivo discutir a logística num contexto de integração e apresentar alguns resultados obtidos pela
empresa a partir de sua gestão.
Fluxo de Materiais
Empresa
Fluxo de Informações
Segundo Christopher (1997, p.10), “as organizações que serão líderes de mercado no futuro serão
aquelas que procurarão e atingirão os picos gêmeos da excelência: conseguirão tanto a liderança de
custos como a liderança de serviços.” Isto se traduz na necessidade de coordenar operações e lançar mão
de ferramentas de apoio, como é o caso da logística.
Posicionamento
Integração Agilidade
Medição
5.1 Metodologia
A pesquisa realizada foi de natureza qualitativa, caracterizando um estudo de caso conduzido através de
entrevistas semi-estruturadas com questões amplas.
Inicialmente, a coleta de dados partiu da análise de documentos referentes à vida da organização. A
segunda etapa consistiu de entrevistas com as pessoas envolvidas no processo, baseando-se
fundamentalmente nas suas percepções.
Finalmente, foram analisados relatórios administrativos e demonstrações financeiras que permitiram
constatar a evolução da empresa.
5.2 A Empresa
Com atuação no mercado desde 1925, a empresa analisada centraliza seus negócios nos segmentos de
armazenagem de grãos, instalações industriais, indústria de alimentos, peças e serviços e, mais
recentemente, no segmento de estruturas metálicas, desenvolvidas para sistemas de transmissão de
energia elétrica e telecomunicações.
O mercado de atuação da empresa compreende a América Latina, África e Ásia, sendo que no segmento
de armazenagem de grãos é líder na América Latina, detendo em torno de 70% do mercado e ocupando
a terceira posição em nível mundial.
4Possui como diferencial o fornecimento do projeto fechado, no regime turn-key, isto é, oferece o silo
para armazenagem e todos os complementos como secador, máquina de limpeza, elevador e
transportador. Neste formato de obra é a número um do mundo.
A empresa opera com uma única planta fabril localizada no estado do Rio Grande do Sul, com um
faturamento anual na faixa de 130 milhões de reais e com um volume de exportações que correspondeu
a aproximadamente 30% do faturamento no ano de 2000.
Tendo seu principal foco de atuação no setor agrícola, a empresa sofreu diretamente o impacto da crise
agrícola nas últimas décadas. Isso motivou, em 1996, um processo de reestruturação que incluiu a
passagem do controle acionário para um grupo formado pelos principais fundos de pensão do país.
Diante de um mercado agrícola recessivo e com custos descontrolados, as primeiras medidas na
empresa foram tomadas com o objetivo de reduzir custos e aumentar a produtividade. Entre outras
coisas, foram feitas a identificação e redefinição de processos, e o departamento de marketing iniciou as
pesquisas de satisfação dos clientes.
5.3 A Logística
Dando seqüência ao processo de reestruturação, em uma das fases identificou-se que o grande problema
da empresa era a entrega. A empresa tinha desorganização total no fluxo produtivo e na entrega de
materiais. Essa desorganização causava prejuízos, atrasos nas obras, insatisfação e desgaste muito
grande com o cliente. A partir de então, procurou-se organizar o fluxo produtivo como um todo, e
apostou-se na logística como o caminho mais rápido para alcançar os objetivos propostos. A logística
passa a ter importância estratégica para a empresa, ficando sob sua responsabilidade todos os setores
envolvidos com o fluxo do pedido, incluindo o controle e acompanhamento das atividades de compras,
fabricação, armazenagem e expedição, numa perspectiva de integração das funções. A função da
logística passa a ser, então, a gestão do ciclo do pedido na empresa, identificado a seguir:
Área
Comercial Planejamento Engenharia
O ciclo inicia na área comercial, que negocia os pedidos com o planejamento. Quando o planejamento
recebe o pedido, o cadastra e determina os prazos para início e término da fabricação, ou seja, o prazo
do primeiro embarque, e o prazo para último embarque, para entregas fracionadas, que são feitas no
mercado interno. As informações são encaminhadas para a engenharia, que faz a listagem dos materiais
e o projeto do equipamento, se necessário. As informações retornam ao planejamento, via sistema de
informações da empresa, e então é executado o MRP (Material Requeriment Planning), que gera as
necessidades, ou seja, as ordens de fabricação e as ordens de compra e calcula o número de dias
necessários para a produção de cada item. As ordens de compra vão para o setor de compras, que
providencia o material necessário com os fornecedores, e as ordens de fabricação seguem para o setor de
programação, que as analisa e libera novas ordens de fabricação para a produção, acompanhando e
controlando o processo. Nesse ínterim, o almoxarifado recebe a matéria-prima, confere e disponibiliza
para a produção. Da produção, os itens acabados vão para a pré-expedição onde são embalados e
acondicionados no box do cliente. A partir de então, o planejamento faz a programação do embarque,
isto é, define a data e quantidade de caminhões para o transporte, e a expedição providencia a
documentação necessária para o transporte final. O transporte é feito a partir da fábrica em containers
lotados até o local de destino sob responsabilidade total da empresa.
Cabe salientar que o setor de engenharia, embora faça parte do ciclo do pedido, não é de
responsabilidade direta da logística, mas a interface entre ambos é muito grande.
A participação direta da logística na gestão do pedido e a integração das funções envolvidas já deram os
primeiros resultados:
• a empresa está muito mais eficaz e cresceu em torno de 15% no ano de 2000;
• quando, em épocas anteriores, havia pedidos com seis meses de atraso, o período de safra de
2000/2001 passou sem atrasos na maioria dos grandes pedidos, e sem prejuízos por atrasos de
obras;
• em 2000 foi feito um acompanhamento intenso dos gastos logísticos em todo o fluxo e fechou-se o
ano com 100,3% do orçado;
• o estoque de aço, principal matéria-prima e de maior representatividade nos custos totais, teve em
2000 o menor volume dos últimos quatro anos, representando redução significativa de custos;
• nas compras, o ano de 2000 representou o menor gasto dos últimos anos;
• houve redução significativa de fornecedores, sendo desenvolvidas novas fontes e novos acordos de
fornecimento.
Depois de amargar anos seguidos de prejuízos, a empresa fechou o ano de 2000 com lucro e,
certamente, parte deste lucro deve-se à nova gestão da logística. A atenção voltada para todas as funções
que integram a logística e o melhor acompanhamento do seu desempenho permitiu a identificação de
falhas nas funções que antes passavam despercebidas sendo detectadas as conseqüências somente no
final do processo, quando não havia muito mais a ser feito. Desde então, as medidas corretivas são
tomadas com mais eficácia.
6. Conclusão
No ambiente altamente mutável e descontínuo em que as organizações estão inseridas, se tornam
difíceis previsões confiáveis ou mesmo demandas sustentáveis. Assim, uma organização necessita, para
sobreviver, desenvolver uma alta capacidade de adaptação às novas exigências do ambiente através da
adoção de estratégias flexíveis e da implementação de ações rápidas. Isto possibilitará oferecer
resultados em quantidade, variedade, qualidade, preços e prazos compatíveis com as necessidades e
expectativas dos clientes.
Nesse contexto, a gestão adequada da logística traduz-se em maior agilidade, flexibilidade e redução de
custos. Salienta-se que esses aspectos precisam ser percebidos pelos clientes e, quando se trata de
mercados globais, a organização é desafiada a responder eficientemente à nova realidade competitiva.
Dessa forma, o reconhecimento da logística como uma função de planejamento e numa perspectiva de
integração de funções, permite a utilização do seu potencial para garantir melhorias no desempenho
geral da organização, o que foi constatado neste estudo.
7. Bibliografia
BOWERSOX, Donald J. & CLOSS David J. Logistical management: the integrated suplly chain
process. 3 ed. New York : McGraw-Hill, 1996.
CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para a
redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo : Pioneira, 1997.
HARRINGTON, James. Aperfeiçoando processos empresariais. São Paulo : Makron Books, 1993.
STOCK, Gregory N.; GREIS, Noel P.; KASARDA, John D. Logistics, strategy and structure: a
conceptual framework. . International Journal of Physical Distribution & Logistics Management.
Vol. 18, n.1, 1998. p.37-52.
THE GLOBAL Logistics Research Team. World class logistics: the challenge of managing continuous
change. Michigan State University : Council of Logistics Management, 1995.
* Fonte: disponível em
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR11_0147.pdf acesso em 15/03/2010.