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DRENAGEM RÁPIDA DA

CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO

ACIDENTE COM A BICA DE FUNDIDO 05

05 DE OUTUBRO DE 2011
RESUMO da OCORRÊNCIA

No dia 05/out , as 16:28 hrs, em função da observação crescente de explosões na


região da bica de fundido 05, foi acionada a Drenagem de Emergência da Caldeira de
Recuperação.

Após analise das evidencias, observou-se que o evento tinha iniciado durante o teste
semanal dos rotâmetros, ocorrido às 14:00h deste mesmo dia.

Durante o teste, o embolo do rotâmetro travou em sua base, limitando o fluxo da água
de refrigeração para a Bica 05 e provocando seu desgaste e rompimento e
consequentemente a projeção de água para o interior da fornalha.
SEQUÊNCIA DE EVENTOS

05/out - 14:05hrs – Efetuado o teste de fluxo mínimo nas bicas de fundido.


Constatado a falha de sinal de fluxo mínimo na bicas nº 05.
O teste foi repetido e persistiu a falha.
05/out - 16:08hrs – O operador de área ao efetuar a limpeza das bicas, observou
explosões de média intensidade na bica 05, com projeção de fundido e gases.
Em função do incremento das explosões, foi acionado o alarme de evacuação da
área da Caldeira de Recuperação.
Iniciada a redução da queima e acendimento dos queimadores de partida.
05/out - 16:28hrs – Em função do agravamento das explosões na região da
bicas, e pela dificuldade de identificar a causa das explosões, foi acionada a
DRENAGEM EMERGÊNCIAL DA CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO.
LIBERAÇÃO PARA INSPEÇÃO DA CR

O Procedimento de Drenagem de Emergência, prevê isolamento da área da Caldeira


por um período de 12 horas, mas após analise criteriosa dos dados, chegou-se a
conclusão (operação, inspeção, manutenção e fornecedor do equipamento) que os
eventos estavam relacionados, única e exclusivamente com a bica 05.

Constatada a estabilidade da caldeira e da segurança da área, liberou-se a CR do


isolamento devido a Drenagem e após decorridas 4 horas, iniciou-se o procedimento
de inspeção, onde foi confirmado o vazamento da bica 05, no lábio interno à fornalha.
Após Caldeira de Recuperação ter sido inspecionada e não ter sido encontrada
anormalidades, foi autorizado o enchimento da caldeira (até 30% do tubulão), às 23:40
h do dia 06/10.
LOCAL DO EVENTO INSPEÇÃO DA BICA 05
Constatado desgaste e
PROJEÇÃO DE MATERIAL ACUMULO DE FUNDIDO
APÓS BIOMBO DE ANTES BIOMBO DE rompimento no “lábio”
PROTEÇÃO PROTEÇÃO superior
EVENTOS QUE PROPICIARAM A FALHA

1. Não ter sido corrigida a falha da chave de fluxo tão logo constatado o
problema;
2. Não ter acompanhamento do instrumentista para observar a movimentação do
embolo do rotâmetro durante o teste;
3. Falta de Alarmes de Temperatura alta e baixa ;
4. Falta de alarme de Condutividade baixa na água das bicas;
5. Falta de alarme de corrente baixa do motor da bomba;
6. Tempo de coleta de dados (0,5s) do SDCD, que pode levar a não percepção
do alarme;
7. Não terem sido checadas as posições dos êmbolos dos rotâmetros, após o
teste;
8. Falta de sensor para fluxo zero, caso o sensor de fluxo mínimo falhe;
9. Travamento do embolo do rotâmetro;
10. Falta do batente do embolo no rotâmetro.
CAUSA RAIZ: FALHA NO ROTÂMETRO
Outra causa RELEVANTE: Falha de procedimento operacional

A falta do batente, provocou o


travamento do embolo na sede
inferior do rotâmetro, impedindo o
fluxo de água

MODELO DE CRUZETA INTACTA / CORRETA

BICA 05 - EMBOLO TRAVADO SEDE INFERIOR


SISTEMA DAS BICAS DE FUNDIDO
AÇÕES ENCAMINHADAS DURANTE REPAROS

1 – Efetuado flushing em todas as linhas de alimentação das bicas;


2 – Todas as bicas foram desmontadas e inspecionadas (medição de
espessura e LP) e bica 05 substituída.
3 – Substituída a bica 07 por apresentar trinca no lábio
superior;
4 – Efetuado teste hidrostático em cada bica;
5 – Checada a operacionalidade de todos os instrumentos do sistema;
6 – Inspecionados e reparado o isolamento refratário
de todas as bicas;
7 – Realizada inspeção nos tubos da abertura da bica 05;
8 – Aberto o balão de vapor para inspeção;
9 – Inspeção de toda área externa da caldeira;
10 - Teste Hidrostático na Caldeira de Recuperação;
11 – Verificado ajustes das válvulas de segurança.
AÇÕES ADICIONAIS

1 – Reciclado os procedimentos de emergências e atitudes necessárias


em situações de risco;
2 – Reforçado a assertividade da tomada de decisão sobre a “drenagem
rápida”, com todos os envolvidos;
3 – Elaboração de procedimento para instalação e verificações de bicas
instaladas, pois observou-se que a junta da bica 05 estava mal
posicionada;
4 – Reforçado com todos os operadores a
criticidade de manter todos os itens de
segurança da CR checados e operacionais.
5 - Reforçado a necessidade de manter a
comunicação entre área e painel, mesmo em
situações de extremo ruído;
AÇÕES CORRETIVAS ENCAMINHADAS

1 – Adicionado sensor de fluxo ZERO em paralelo ao


sensor de fluxo MÍNIMO (fotos ao lado);
2 – Implementado lógica de RESET e condição de

ANTES
alarme congelada, até avaliação e atuação do
operador;
3 – Reduzido o tempo de leitura de dados 0,5s para
0,1s;
4 – Implementados os alarmes de temperatura e
condutividade alta e baixa e corrente da bomba;

DEPOIS
5 – Alteração do Procedimento, sendo obrigatória a
presença do instrumentista na área dos rotâmetros,
durante os testes;
CALDEIRA DE RECUPERAÇÃO
Ações encaminhadas na PG 2012 – Bicas de Fundido

Todas as bicas de fundido foram substituídas.


VISOR FLUXO

Os rotâmetros foram substituídos por medidores de vazão FLOWMETER


magnéticos, instalados visores de fluxo e sensores de SDCD
pressão - sem internos que possam obstruir a passagem
de água de resfriamento.
PRESSÃO
LOCAL

PRESSÃO
SDCD

TEMPERATURA
SDCD

TEMPERATURA
LOCAL

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