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Revista comemorativa

de 10 anos de fundação do
Lean Institute Brasil

São Paulo
Novembro, 2008
Agradecimentos

A todos que ajudaram a viabilizar a nossa existência


participando ativamente de nossas atividades
e confiando em nosso trabalho.

À equipe de colaboradores,
pela dedicação e esforço.

A James Womack e John Shook, pela confiança,


estímulo e oportunidades de aprendizado
que permitiram ao longo destes anos.
Não apenas os seus livros foram fundamentais,
mas o apoio direto foi essencial.

O Lean Institute Brasil é uma instituição de educação


e pesquisa sem fins lucrativos dedicada à disseminação
de um conjunto de idéias conhecidas como
Mentalidade Enxuta - “Lean Thinking”,
Revista comemorativa de 10 anos
inspiradas inicialmente no Sistema Toyota.
Ajuda a viabilizar a transformação lean nas empresas,
publica manuais didáticos sobre algumas das principais
de fundação do Lean Institute Brasil
ferramentas lean, oferece workshops públicos
e “in company” e realiza eventos que permitem
o compartilhamento de experiências.
Membro da Lean Global Network
(www.leanglobal.org), presente em 16 países.

www.lean.org.br

Expediente

Redação - José Roberto Ferro com ajuda Edição e projeto gráfico Contato - Rua Bráz Cubas, 187, Aclimação,
de Alexandre Possendoro na coleta José Roberto Ferro São Paulo/SP l CEP - 04109 040
e redação dos depoimentos. e Nêio Mustafa Tel. Fax: 11 - 5571 0804
Revisão - Flávio Picchi, Flávio Battaglia e Telma Rodriguez Tiragem: 1.000 exemplares www.lean.org.br l lean@lean.org.br
Apresentação Prefácio
E stamos muito satisfeitos em comemorar o
10º aniversário do Lean Institute Brasil. A
inspiração e a motivação para a sua criação
Brasil desde a década de 50, seu pequeno
volume de produção de um veículo utilitário
antiquado tornara-a invisível aos olhos me-
“A primeira vez que encontrei com José Fer-
ro foi há mais de 20 anos atrás, em junho
de 1987, no primeiro Fórum do IMVP do MIT.
Fomos para caminhos distintos após deixar o MIT,
mas mantivemos o contato. Após eu fundar o Lean
Enterprise Institute, em 1997, eu recebi uma liga-
no ano de 1998 vieram do reconhecimento nos treinados. Isto foi em Niagara-on-the-Lake, Ontário, Ca- ção de José, perguntando se eu gostaria de visitar
da defasagem tecnológica e organizacional da nadá, onde nós convidamos líderes da indústria o Brasil. Algum tempo depois, ele me consultou
indústria brasileira, a começar da automobilís- Em maio de 1998, James Womack veio ao automotiva de todo o mundo e um número de sobre a possibilidade de criação de um Lean Ins-
tica, e também da necessidade de gerar e dis- Brasil pela primeira vez para promover o lan- jovens pesquisadores que esperávamos que se titute em São Paulo, com uma missão similar. Eu
seminar conhecimento sobre o Sistema Lean, çamento do seu novo livro “Lean Thinking”, envolvessem no Programa. fiquei contentíssimo, e a partir daquele momento
sabidamente superior ao sistema tradicional traduzido para o português como “Men- nós criamos uma trajetória juntos, que criou insti-
de produção e gestão. talidade Enxuta” e que estendia as idéias, Como a maior parte dos acadêmicos latinos, José tutos em dezesseis países por todo o mundo, com
conceitos e práticas da Toyota a um outro era um sério socialista ao procurar investigar no- o objetivo compartilhado de disseminar o conheci-
De 1988 a 1990 tive a oportunidade de parti- patamar. Naquela oportunidade, visitamos vas formas de exploração dos trabalhadores emer- mento Lean e estimular as adoções locais.
cipar como representante brasileiro no proje- algumas empresas e organizamos o primeiro gindo das recentes mudanças do capitalismo. E a
to de pesquisa do Internacional Motor Vehicle Lean Summit para cerca de 100 participantes. variante japonesa do capitalismo, com certeza, Porém, na ocasião do décimo aniversário do
Program (IMVP) do Massachusetts Institute of Ao final de uma semana, fizemos juntos uma parecia-lhe suspeita. Mas José era obviamente um Lean Institute Brasil, é importante que os bra-
Technology (MIT). James Womack era então avaliação e concluímos que o conhecimento sujeito jovem e esperto, melhor ainda, ele foi to- sileiros saibam que o LIB tem sido a verdadeira
o coordenador de pesquisa. Trabalhamos jun- sobre lean era praticamente inexistente. talmente financiado para fazer estudos de pós-doutorado com uma estrela do que acabou se tornando a Lean Global Network. José
tos durante este período em que realizamos projetos de investi- bolsa de uma Multinacional Americana. aparentemente pode cativar a qualquer um a tentar qualquer coisa
gação sobre a indústria automobilística brasileira. Concordamos então que nossa missão deveria ser ampliar o e tem trabalhado esta mágica consistentemente no Brasil. Ele tem
conhecimento sobre o Sistema Lean. Em seguida, colocou-nos Alguém que era tanto inteligente quanto independente soou incentivado as empresas que recém adotaram em um amplo cam-
Neste projeto de pesquisa fomos, aos poucos, conhecendo me- em contato com John Shook, ex-gerente da Toyota e que es- como um grande adição ao jovem grupo de pesquisadores que po de indústrias, a abraçar as ferramentas lean e o gerenciamento
lhor a dinâmica da competição nesta complexa indústria e par- tava naquele momento escrevendo uma manual que descrevia eu estava montando em Cambridge, Massachusetts. Então José já lean, e ele atraiu vários dos mais experientes gerentes Lean no Bra-
ticipando do excitante processo de descoberta da superioridade a ferramenta até então muito pouco conhecida fora da Toyota, estava sentado na “sala da caldeira” no MIT, juntamente com ou- sil da Toyota para se juntar ao time do LIB. Isso dá ao instituto uma
do Sistema Toyota frente aos sistemas das outras montadoras. chamada de "mapeamento do fluxo de informações e de mate- tros jovens pesquisadores do Japão, Europa e dos EUA, no estudo profundidade de conhecimento que poucos dos afiliados globais
riais". Algum tempo depois foi lançado com o titulo de “Learning da indústria automotiva global que foi completado em 1990. podem chegar perto de se equiparar.
O livro que sumarizou os resultados desta pesquisa em 1990 foi to See” (“Aprendendo a Enxergar”).
intitulado “The Machine that Changed the World” (“A Máquina Então, como agora, eu sentia que a melhor maneira de pesqui- Ficando ao lado de José, em umas das primeiras conferências em
que mudou o mundo”), traduzido para o português em 1992 e Alguns meses depois, realizamos um workshop prático sobre, o sar é “vá lá, pergunte e mostre respeito” (pegando emprestada São Paulo, eu o ouvi gritar acima do barulho da confusão brasileira,
teve um enorme impacto em todo o mundo. Nesta obra, o termo que mais tarde, foi chamado de “Value Stream Mapping” (Ma- uma frase da Toyota). Então eu sugeri que em sua próxima via- que ele iria ensinar brasileiros no Brasil a agir como colaborado-
"Lean" foi cunhado para caracterizar o Sistema Toyota. peamento do Fluxo de Valor), nas instalações da Delphi em Pi- gem ao Brasil, José deveria ir para Manaus, e ver o que estava res da Toyota em Toyota City. Nós iremos ver se isso realmente
racicaba - São Paulo, com a participação de algumas empresas acontecendo com a planta da Honda. Esta foi a primeira apli- vai acontecer algum dia, embora as conferências que eu tenho
Continuei a manter contato com James Womack, que seguira convidadas. Ao final deste evento, consultamos os participantes cação do pensamento Lean no Brasil, fora da pequena planta freqüentado subseqüentemente tem sido notavelmente bem or-
caminhos próprios, e também seguimos vinculados por um tem- sobre o interesse em criar um Instituto semelhante ao que James da Toyota, em São Bernardo, que eu fico embaraçado em dizer ganizadas. Mas é claro que dez anos depois, José Ferro e o time
po com a fase seguinte do IMVP-MIT. Na época, atuávamos em Womack havia fundado no ano anterior nos EUA, o Lean Enter- que ele desconhecia (o que também era verdade com quase no Lean Institute Brasil fizeram uma grande contribuição para criar
instituições de ensino superior e realizávamos alguns trabalhos de prise Institute. todos no Brasil). empresas melhores e mais fortes por toda a economia brasileira. E
consultoria tentando ajudar empresas, principalmente do setor não tenho dúvida que eles irão fazer uma contribuição ainda maior
automotivo, a melhorar seu desempenho. Ao receber um entusiasmada concordância de todos, decidimos Foi um tanto quanto trabalhoso, mas consegui com que José fos- nos anos que virão.
seguir em frente e, assim, em Novembro de 1998, constituímos se a Manaus. E, para pegar emprestado mais uma frase, o resto
Em 1992 tive a oportunidade de trabalhar como consultor da legalmente o LIB como uma entidade sem fins lucrativos com o foi história. Ele rapidamente reportou que as práticas da Honda Deixe-me encerrar expressando minha gratidão ao José e ao LIB,
Câmara Setorial da Indústria Automobilística, um arranjo tripar- propósito de disseminar a filosofia lean no país. E começamos a pareciam misteriosas, mas eram muito interessantes, e ofereciam pela contribuição ao movimento Lean, não apenas no Brasil, mas
tite (governo, empresas e sindicatos de trabalhadores), iniciativa trabalhar. mais produtividade com maior qualidade, alternativa ao tradicio- também por todo o mundo. Nós lutamos muitas batalhas juntos
inovadora que definiu novas políticas para o setor e que estimu- nal método de produção em massa, que não era apenas uma nesses últimos anos para nos tornarmos as forças mundiais contra
lou o crescimento e aumento de sua competitividade. Embora o A história destes 10 anos será contada a seguir nesta revista nova forma de exploração. muda, mura e muri. Eu acredito que nós iremos lutar muito mais
arranjo institucional e as estratégias derivadas tenham sido bem comemorativa. batalhas no futuro!
sucedidas, havia nas empresas oportunidades significativas de E mostrou-se que esse caminho era melhor – e José brevemente
melhorias pois as mesmas estavam muito distantes do padrão José Roberto Ferro documentou que as práticas brasileiras de produção em massa, James Womack
lean da Toyota. Havia um grande desconhecimento dos princí- Presidente e Fundador nas tradicionais companhias de carros, eram na verdade muito Chairman, Lean Enterprise Institute (EUA)
pios e práticas do Sistema Lean. Algumas ferramentas eram co- Lean Institute Brasil piores que a média mundial – alguém deveria ter explicado para Co-chairman, Lean Global Network
4 nhecidas, como kanban e outras, mas não se tinha uma visão do o resto da indústria brasileira como copiar corretamente as me- Cambridge, MA 5
todo e o entendimento da filosofia. Embora a Toyota estivesse no lhores práticas ao invés das piores. 11 de Novembro, 2008
História do LIB (1998-2008)

C riado em 1998 como uma entidade sem fins lucrativos, o


Lean Insitute Brasil (LIB) foi o segundo instituto a ser cons-
O que é Lean?

Sumário tituído no mundo para disseminar o Sistema Lean, seguindo o


exemplo do instituto norte-americano, o Lean Enterprise Institute Lean é uma estratégia de negócios para aumentar a satisfação dos
(LEI), fundado em 1997 por James Womack. clientes pela melhor utilização possível dos recursos. A Gestão
Lean procura fornecer consistentemente valor aos clientes com os
Naquela época, as empresas brasileiras tinham pouco conhe- custos mais baixos (PROPÓSITO), através da identificação de me-
cimento prático sobre os conceitos e as ferramentas do Siste- lhoria dos fluxos de valor primários e de suporte (PROCESSOS),
ma Lean, inspirado na Toyota. Apenas um grupo muito res- por meio do envolvimento das pessoas qualificadas, motivadas e
trito tentavam implementar algumas das ferramentas, mas de for- com iniciativa (PESSOAS).
ma isolada.
O foco da implementação deve estar nas reais necessidades dos
O Lean Institute Brasil foi então concebido com o propósito de negócios e não na simples aplicação das ferramentas lean.
História do LIB (1998-2008).................. 07 disseminar a filosofia e o Sistema Lean de gestão de uma forma
pública e prática para as empresas brasileiras, de modo a contri- A busca da estabilidade e a implementação de métodos adequa-
buir para a sua efetiva transformação das mesmas. dos de solução de problemas são fundamentais. Como requisito,

Futuro e Próximos Passos....................... 21


é necessário estabelecer uma extensa padronização em todas as
operações. Inclusive, além do nivelamento das operações para evi-
tar sobrecargas, flutuações e variações, buscar introduzir elemen-
Origens do termo Lean tos na cultura para enfatizar a busca permanente de melhorias.
Depoimentos.......................................... 22 Lean não é um programa gerencial, um modismo ou um conjunto
O termo "lean" foi cunhado ao final da década de 80 por um gru- de ferramentas. Trata-se de uma jornada. Muitas empresas se en-

Empresas Parceiras................................ 27
po de pesquisa do Massachusetts Institute of Technology (MIT) tusiasmam com os resultados iniciais e relaxam ao entrar na fase
sobre a indústria automobilística mundial. O projeto revelou mais difícil e complexa que é a de tornar lean o seu sistema de
que a Toyota havia desenvolvido um novo e superior paradigma gestão.
de gestão nas principais dimensões dos negócios (manufatura,
Equipe de Colaboradores....................... 28 desenvolvimento de produtos e relacionamento com clientes e
fornecedores). O estudo foi publicado com o título de "A Má-
Os problemas de sustentação aparecem quando a empresa não
percebe a necessidade de transformação de todas as suas práti-
quina que Mudou o Mundo". Na época, a montadora japonesa cas, conceitos fundamentais e cultura em busca da perfeição. Por
não estava nem entre as dez maiores do mundo. Mas em 2007, exemplo, se a empresa não alterar alguns conceitos como “escon-
tornou-se a maior em volume de der problemas” (lean sugere expor de forma visual e transparente
vendas, acumulando vitória após e resolver rapidamente os problemas), o “individualismo” (pesso-
vitória ao longo destas décadas e as mais preocupadas com suas carreiras do que com a empresa
mostrando as vantagens e benefí- e seus clientes) e a “compartimentalização” (lean requer intensa
cios do sistema que desenvolveu. comunicação e grande cooperação entre os níveis horizontais e
verticais da organização) ou o “foco no curto prazo” (planejamen-
Entretanto, não se trata de um to e longo prazo são essenciais), dificilmente o sucesso inicial vai
conceito exclusivo da Toyota, po- ser sustentado.
dendo ser aplicado por empresas
de qualquer negócio e em qual-
quer país ou região. Deve ser visto
como um sistema de gestão para
toda a empresa.

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Resultados Método de trabalho e proposta pedagógica O LIB foi desenvolvendo um portfolio de produtos. Inicialmente foi o Lean Summit, um evento de sensibilização
que depois transformou-se no grande encontro da Comunidade Lean. O primeiro manual, o “Aprendendo a
Os resultados com a implementação de algumas ferramentas A prática educacional e de pesquisa parte da premissa de que o Enxergar” foi lançando em 1999, seguindo-se outros manuais e livros.
básicas e após um período aproximado de 1 ano, normalmente fundamental é o “aprender fazendo”. Foram sendo oferecidos workshops práticos abertos ao público, dentro de empresas, que também passaram a
significam saltos significativos de desempenho como aumentos ser oferecidos “in company”. Além disso, temas específicos e avançados foram apresentados através de cursos
de produtividade da ordem de 30% a 40%, redução de lead Desde o inicio de suas atividades, o LIB procurou diferenciar-se internacionais com alguns dos maiores especialistas do mundo.
time superiores a 50%, aumentando assim a flexibilidade e re- das consultorias tradicionais por acreditar que o processo de trans-
E ainda, desenvolveu-se um método especifico de educar líderes dentro das empresas, através da implementação
duzindo custos, liberar de capacidade, melhoria de qualidade, formação lean é essencialmente um processo de aprendizado.
incrementos significativos dos indicadores de entrega e satisfa- de um projeto piloto, o que chamamos de apoio à implementação.
ção dos clientes, tudo isso resultando em clientes muito mais Por outro lado, as universidades pareciam pouco interessadas na dis- A necessidade e o interesse crescente levou a organização de Fóruns Regionais em diferentes estados do país.
fiéis. seminação de um conceito que para muitos era considerado “antigo”.
Sempre em busca de algo novo e revolucionário, simplesmente igno- Lean Summits
O sistema lean tornou-se vitorioso ao mostrar que uma filosofia ravam que o novo era aplicar de forma sistemática um conjunto de
que enfatiza “só fazer o necessário, pensar cuidadosamente e idéias e práticas que iriam transformar, de fato, as empresas. A primeira atividade do LIB foi a realização de um evento cha- Inicialmente, o objetivo dos Summits era sensibilizar os participan-
com muita reflexão antes de fazer as coisas”, traz grandes resul- mado Lean Summit. Antes mesmo da criação formal do LIB, rea- tes para o potencial e a utilidade dos conceitos. Além das apresenta-
tados para as empresas. A vitória verdadeira será sempre a dos Assim, ao longo os anos o LIB desenvolveu workshops práticos rea- lizamos o primeiro Lean Summit em 1998 em São Paulo-SP com ções em sala de conceitos e exemplos, eram realizados workshops
clientes, com produtos e serviços cada vez melhores. lizados dentro de empresas, eventos em que uma parte importante cerca de 100 participantes. práticos e visitas a empresas. Com o passar do tempo, passaram a
eram apresentações e visitas a empresas e foram lançados manuais se tornar grandes eventos em que a Comunidade Lean foi se consti-
Mas a jornada é árdua e difícil. Lutar contra paradigmas enraiza- práticos que procuram apresentar o passo-a-passo da implementação tuindo, fortalecendo e compartilhando seus sucessos e dificuldades.
dos exige um forte compromisso da direção da empresa e uma de técnicas e ferramentas. Os palestrantes internacionais, sempre presentes, traziam uma
visão de longo prazo. visão tanto de conceitos como de exemplos e experiências de
outros países. James Womack esteve presente em todos os Sum-
mits e John Shook em seis deles.

Aprender Fazendo

Resultados típicos Primeiro Lean Summit. 1998

O primeiro Lean Summit sob a responsabilidade do LIB foi re-


Nível de Serviços............................. 100% alizado dentro da fábrica da Mercedes em São Bernardo do
Lead Time....................................... - 70% Campo-SP em 1999, e foi considerado um marco por ter criado
a oportunidade, não só dos participantes assistirem a apresenta-
Produtividade................................ + 25% ções no auditório da empresa, como também realizar visitas e rá- José Ferro, Dan Jones, Tom Luyster, Jim Womack,
pidos exercícios práticos utilizando a fábrica como laboratório de Gilberto Kosaka e John Shook em 2000
Qualidade......................................++++ aprendizado (“gemba”). Além de apresentações da Alcoa, Delphi
e Invensys, que na, época estavam dando os primeiros passos em No ano 2000, o Lean Summit foi realizado em Campinas quan-
Disponibilidade.................................. 96% suas respectivas jornadas lean, mostraram uma visão sistêmica, do aproveitamos para visitar duas plantas muito interessantes
além das ferramentas. Contou com 200 participantes. na época, a saber, a planta piloto do “Alcoa Business System”
em Sorocaba e a recém inaugurada planta do Toyota Corolla,
em Indaiatuba. Daniel Jones e Tom Luyster estiveram presen-
tes. Houve cerca de 280 participantes. A partir este evento,
procurou-se mostrar o Sistema de Gestão e de Negócios, indo
além das ferramentas especificas para a manufatura.

No ano seguinte, em Curitiba-PR, começaram a ser apresentar-


dos casos de empresas que se inspiraram em nossos eventos,
Clientes mais satisfeitos publicações e apoios que começaram a conquistar seus resulta-
Custos mais baixos dos iniciais. Foram realizados workshops dentro da Volvo e VW,
além de visita à Tritec. Allan Ward apresentou seus progressos na
compreensão do Sistema Lean de Desenvolvimento de Produtos
8 e Tom Luyster compartilhou sua significativa experiência como 9
Summit 1999 (Mercedes) fornecedor da Toyota nos EUA. Tivemos 310 participantes.

HI STÓRIA HISTÓRIA
Em 2002 o Lean Summit for realizado em Gramado-RS, apro- O mais recente Lean Summit foi realizado em 2008, uma vez Workshops Públicos
veitando a oportunidade para visitar a planta da GM em Grava- mais em São Paulo, com 1.100 participantes de 270 empresas
taí, considerada um marco dentro da estratégia de construção atuantes em 14 setores diferentes da economia. Vieram pro- Após a realização dos primeiros Lean Summmits e da publicação Os tópicos oferecidos são os seguintes:
de plantas lean em todo o mundo e a fabrica da Dell, que ha- fissionais de 17 estados brasileiros e de 7 países que tiveram do primeiro manual, sentiu-se a necessidade de oferecer treina-
via desenvolvido um pioneiro e arrojado modelo de produção a oportunidade de assistir e interagir em 60 palestras por 74 mentos práticos nas empresas. Assim, procuramos estabelecer - Introdução ao Lean Thinking
sob encomenda. Como tema novo, foi tratada a “Contabilidade profissionais de 31 empresas que parceria com empresas que abrissem as suas portas para que - Mapeamento do Fluxo de Valor
Lean” apresentada por Brian Maskell. O evento contou com 400 detalharam 36 casos. Foram feitas pudessem ser utilizadas como laboratórios onde determinados - Estabilizando a Produção
participantes. Nele, John Shook começou a mostrar o poder do visitas a Dell, AstraZeneca, GE, conceitos e métodos fossem aprendidos na prática. - Criando Fluxo Contínuo
Pensamento A3, ainda pouco conhecido nas empresas. Voith Paper e Embraer. Um dos - Trabalho Padronizado
temas mais relevantes tratados foi Assim, o 1º workshop de “Criando Fluxo Contínuo” foi realizado - Sistema Puxado e Nivelamento da Produção
A partir deste crescimento do número de participantes, passou- Hoshin Kanri (desdobramento da em 1999, dentro das instalações da Freudenberg, em São Bernar- - Logística Lean para Abastecimento Interno
se a concentrar a realização dos Summits em São Paulo e realizá- estratégia) com Pascal Dennis, au- do do Campo-SP. - Kaizen e Método de Solução de Problemas
los a cada dois anos e não mais anualmente. Não apenas pelas tor do livro “Fazendo Acontecer a - Círculo de Kaizen
dificuldades de encontrar locais adequados, com facilidade de Coisa Certa”. David Meier trouxe - Jidoka
acesso etc, como também pela crescente disponibilidade de no- valiosas dicas práticas e Durward - Cadeia de Ajuda
vos casos que poderiam ser visitados. Sobek uma contribuição sobre De- - Manutenção Lean
senvolvimento de Produtos. Assim - Mapeamento do Fluxo de Valor Administrativo
Deste modo, em 2004, novos exemplos foram se multiplicando como em 2006, este evento foi co- - Sistema Lean de Desenvolvimento
e houve um grande salto no número de participantes, atingindo ordenado por Flávio Picchi. Flávio Picchi, 2008 - Desenvolvimento de Processos Lean (3P)
um total de 700 pessoas. Ficou evidenciado ainda o interesse - Lean na Armazenagem - Warehousing
crescente de empresas fora do setor automotivo. Foram realiza- - Nivelamento de Vendas
das visitas nas empresas Sandvik, Mercedes, Embraer, Johnson & - Liderança e Cultura Lean
Johnson, DuPont, Bosch e Delphi. - Formação de Coordenadores Lean

Em 2006 o número de Nos workshops públicos promovidos participaram:


participantes ascendeu a
1.000 pessoas, tornando-se
um dos maiores eventos so- 2.650 270 19
bre lean no mundo e con-
tando com a participação Pessoas Empresas Temas
de 220 empresas. Hou-
ve o lançamento do livro
"Soluções Enxutas", de Ja- Lean Summit 2008
mes Womack e Daniel Jo- Primeiro workshop público, 1999
nes, com a presença dos SUMMITS
dois autores, Daniel Jones Evolução do número de pessoas
apresentou sessões foca- 1.100
No ano seguinte, foi oferecido o Curso de “Introdução ao Lean
das em Lean em Serviços 1.000 Thinking” e em 2001 o workshop “Sistema Puxado e Nivelamen-
e a Logística Lean foi um to da Produção” dentro da Mercedes.
dos temas centrais. Foram
realizadas visitas na Sabó, 700 E assim, ano após ano, foram desenvolvidos novos temas e esta- Workshops in-company
Parker Hannifin, Voith Pa- belecidas novas parcerias com empresas para a realização de um
per, GE e GM. John Shook número crescente de workshops, a grande maioria deles realiza- Os temas oferecidos em eventos públicos também são ministrados a
400 da dentro de empresas. participantes exclusivos de uma empresa. Em resumo, participaram:
310
James Womack 280

12.880 240 660


200 Ao longo destes dez anos, o LIB ofereceu mais de 190 workshops
e Daniel Jones
100
públicos abertos através de parcerias estabelecidas com 48 em-
1998 1999 2000 2001 2002 2004 2006 2008 presas de 7 Estados brasileiros.
Pessoas Empresas Workshops
Em resumo, os Lean Summits promovidos tiveram: A partir de 2009, a oferta passará a ser regionalizada (Sudeste,
Sul, Nordeste e Norte), ampliando assim o alcance nacional.

10
4.200 450 95 18 A lista atual de tópicos oferecidos em 2009 envolve 19 temas, co-
brindo desde as técnicas fundamentais da manufatura até as áreas 11
Pessoas Empresas Empresas Empresas de Desenvolvimento de Produtos, Vendas, Administração etc.
Participantes Participantes Apresentando Visitadas
Cursos Internacionais Apoios
Ao longo destes 10 anos, o LIB realizou no país 16 cursos com Logo após a fase inicial de sensibilização através dos Lean Algumas empresas pulam direto do conhecimento inicial
alguns dos maiores especialistas internacionais em Lean do mun- Summits e do desenvolvimento dos primeiros workshops, algu- para a implementação, sem a necessária preparação, o que
do, muitos deles veteranos da Toyota que vieram ao Brasil para mas empresas demandaram um apoio mais sistemático para pode comprometer sua evolução. O Programa de Apoio à
compartilhar conhecimentos. a implementação. Implementação do LIB inicia-se no Estágio 2, onde podem
ser realizadas palestras e workshops com a Alta Direção e
L iderança Lean para Alta Administração Desse modo, busca-se criar uma forma de trabalho que permita o Gerências, com o objetivo de promover o entendimento do
John Shook. 2002, 2004, 2006, 2008 aprendizado na prática, através de um projeto em uma família de vínculo do sistema lean com seus objetivos de negócio, o
produtos piloto. Assim, evita-se o foco em processos e ferramentas estabelecimento de metas do projeto, responsáveis, com-
Gestão Lean de Suprimentos e Logística isoladas, ao mesmo tempo em que se procura educar um grupo promissos etc.
Robert Martichenko. 2008 de lideres da empresa para disseminar a filosofia.
O projeto de Implementação Piloto se aplica ao Estágio 3, e
Desenvolvimento de Produtos Lean Seminário Lean em Serviços, Guy Parsons Os programas de apoio à implementação têm como principal adota como princípios:
Durward Sobek. 2008 objetivo transferir conhecimento, capacitando equipes que pos-
sam atuar como multipli-cadores internos. - Aprender fazendo: os conceitos são transmitidos
Passo-a-passo da implementação lean Estabilidade Básica em pequenos lotes, seguidos sempre de
David Meier. 2008 Elisa Martinez. 2005 A forma de realização do apoio considera as condições especí- aplicação prática;
 ficas da empresa, em particular seus processos e o estágio de - Iniciar por uma família de produtos piloto,
Desdobramento da Estratégia Desenvolvimento de Fornecedores implementação no qual a mesma se encontra, conforme ilustra- na qual serão obtidos resultados imediatos além
Pascal Dennis. 2008 Jim Womack. 2004 do na figura abaixo. de desenvolver a competência de uma equipe
de multiplicadores interna;
Seminário Lean em Serviços Criando Fluxo Contínuo - Priorizar a aplicação de ferramentas a partir
Guy Parsons. 2007 Rick Harris. 2004 de melhorias sistêmicas de fluxo, detectadas
APOIO A IMPLEMENTAÇÃO no mapeamento de fluxo de valor;
Desenvolvimento Lean de Produtos Desenvolvimento de Produtos Estágios de implementação e formas de apoio - E xpandir a aplicação do lean a todas as áreas
James Luckman. 2007 Allen Ward. 2003 da empresa, a partir das necessidades detectadas
ESTÁGIO 1 ESTÁGIO 2 ESTÁGIO 3 ESTÁGIO 4 ESTÁGIO 5 na implementação do sistema nos principais
Lean em Serviços Contabilidade Lean fluxos de valor;
Daniel Jones. 2006 Brian Maskell. 2002 - Focar na formação da equipe interna
Treinamento e
eventos específicos e no entendimento dos porquês ao longo

Nível de implementação lean


da implementação, de forma a maximizar
a sustentação e melhoria contínua do sistema.

Um projeto típico tem duração de 6 a 12 meses, durante os quais


o LIB oferece uma série de atividades de formação da equipe de
Projeto de
Palestras e multiplicadores, incluindo cursos e workshops aplicados à área
workshop implementação
de apoio Piloto piloto. A cada atividade são elaborados Planos de Ação, gerencia-
a decisão e dos pelo grupo interno de coordenação da implantação, orienta-
Cursos e planejamento
workshops do por visitas periódicas do LIB.
abertos,
website,
publicações Os produtos esperados são a implantação na família piloto,
Expanção a que servirá de modelo para a empresa, com resultados em
Decisão e plano Aprendizado e outras famílias Refinamento geral trazendo grandes ganhos de produtividade, qualidade,
Conhecimento macro de implementação de produto e melhoria
do conceito implantação piloto e outras áreas contínua atendimento, lead time, estoques, espaço físico etc, como
também a formação de multiplicadores para conduzirem a
Tempo implementação nos estágios seguintes.
Rick Harris David Meier
Nos Estágios 4 e 5 (expansão e refinamento) o LIB tem apoia-
Em resumo: do as empresas através de treinamentos e eventos focados,
Para empresas que se encontram nos primeiros contatos sendo possível o desenvolvimento de projetos específicos,
16 450 42 com o conceito lean (Estágio 1), o LIB oferece cursos de
Introdução ao Lean Thinking e workshops abertos de Mape-
como por exemplo direcionados a funções da empresa, tais
como: suprimentos, engenharia, demanda, logística etc.
12 amento de Fluxo de Valor, além de outros recursos, como 13
Cursos Pessoas Empresas
Allen Ward publicações, artigos, etc. Foram realizados 49 projetos em empresas.

HI S TÓ RIA HISTÓRIA
Publicações M anuais e livros. Um de nossos papéis tem sido o de disponibilizar Fazendo Fluir os Materiais - Rick Harris, Chris Harris e Earl Wilson
em português os manuais e livros gerados pelo Lean Enterprise Institute (LEI).
Explica de maneira simples como criar um sistema
Aprendendo a Enxergar - John Shook e Mike Rother lean de movimentação de materiais através
de um exemplo de gerenciamento de peças
compradas. Contém exercícios, fórmulas, padrões
O Mapeamento do Fluxo de Valor tem sido um e formulários que o ajudarão a implementar este
aliado fundamental das empresas que adotaram o sistema. É útil para os líderes Lean, gerentes, e
conceito “lean” e que procuram a melhoria contínua, demais envolvidos com o controle da produção,
bem como para as que estão planejando a sua operações e engenharia e que tenham ao menos
implementação. Através da escolha de uma família um conhecimento básico dos conceitos lean, tais
de produtos, você aprenderá a mapear o fluxo de como mapeamento do fluxo de valor, design de
materiais e informações e a definir o Estado Atual célula e trabalho padronizado.
(situação real), o Estado Futuro (como deveria
funcionar, a partir da eliminação dos desperdícios)
e o Plano de Ação (o que fazer para se atingir
o Estado Futuro).

Criando o Sistema Puxado Nivelado - Art Smalley


Criando Fluxo Contínuo - Mike Rother e Rick Harris Mostra como avançar de uma
transformação lean na manufatura -
Focaliza a visão apresentada no focada em melhorias isoladas - à melhoria
“Aprendendo a Enxergar” para os do sistema de produção de toda a planta,
processos específicos, tratando dos implementando um sistema lean de
detalhes da fluidez ininterrupta em controle de produção. O caso apresentado
processos críticos. Explica, passo mostra as etapas de implementação de
a passo, como introduzir e manter um sistema de controle de produção
fluxos contínuos de materiais e puxado nivelado. Este é um novo passo
informações através de linhas ou rumo ao “kaizen do sistema” que ainda
células, condição fundamental para não foi bem entendido fora da Toyota.
a existência de um fluxo de valor
enxuto.

Léxico Lean - Compilado pelo Lean Enterprise Institute Enxergando o Todo - James Womack e Daniel Jones
O Léxico Lean é um glossário ilustrado. É o resultado da reunião Estende o campo de visão desde do fluxo de valor, identificando
dos conceitos-chave lean com diversos exemplos e ilustrações todas as etapas e o tempo necessário para transportar um produto
que esclarecem a linguagem especial usada pelos Pensadores típico desde a matéria-prima até o produto acabado. O método
Lean. Contém 110 páginas, 145 definições, 55 ilustrações e de mapeamento estendido mostra claramente a amplificação da
numerosos exemplos que permitem entender a utilização prática demanda dos pedidos, na medida em que eles percorrem o fluxo
dos termos. Trata-se de uma obra fundamental para facilitar a de valor; problemas de qualidade crescem constantemente, e o de-
vida de todos aqueles interessados em conhecer essas práticas. sempenho de entregas acompanha este crescimento a cada ponto
Alguns dos verbetes são conhecidos, mas, muitas vezes, mal no fluxo acima desde o consumidor.
compreendidos como Just in Time, Kanban, Kaizen, TPM, 5 S etc. Aplicando este método em um exemplo real, os autores mostram
Outros termos como Jidoka, Heijunka, Produção Puxada, Logística como 4 empresas que compartilham um fluxo de valor podem criar
Lean e Venda Nivelada podem ser novidade para você. benefícios futuros comuns entre elas, incluindo o consumidor final.
14 15

PUBLIC AÇÕE S
Soluções Enxutas - James P. Womack e Daniel T. Jones A Mina de Ouro - Freddy Ballé & Michael Ballé Fóruns Regionais
Soluções Enxutas, fornece im- Trata-se de uma transformação A partir do momento em que decidiu-se realizar os Summits a O segundo Fórum Regional Nordeste aconteceu em Fortaleza-
portantes exemplos de uma va- lean em romance narra primo- cada dois anos em São Paulo, foi concebido um outro tipo de CE no ano de 2007 com apresentações da Alumar (São Luis-
riedade de empresas. A Fujitsu, rosamente os lados técnico e evento, o Fórum Regional, com o objetivo de promover o encon- MA), empresas da Construção Civil de Fortaleza (Castelo Branco
empresa líder de tecnologia em humano da implementação da tro e compartilhamento de experiências de empresas em dife- e CRolim), duas empresas que se destacaram de um projeto rea-
serviços, transformou a maneira Manufatura Enxuta em uma estó- rentes regiões do país. Tipicamente, o conteúdo destes eventos lizado com empresas do Ceará e que reconhecerem a inspiração
como call centers solucionam ria envolvente, a qual os leitores envolve palestras, apresentações de casos de empresas locais e do Fórum de 2003 de Recife onde estiveram presentes, Saint
problemas, utilizando os concei- considerarão tanto interessante workshops práticos. Gobain (Recife-PE). Foram realizados workshops práticos na Ce-
tos lean e aprendendo a eliminar como educativa. Os autores Fre- mec e Esmaltec.
a causa raiz dos problemas ao ddy e Michael Ballé produziram a Foram promovidos quatro Fóruns Regionais nestes 10 anos sendo
invés de reincidir na busca de primeira abordagem sistemática
dois no Nordeste (Recife e Fortaleza), no Sul (Joinville) e no Su- O Fórum Regional Sudeste foi realizado em Belo Horizonte- MG
deste (Belo Horizonte). em 2007, contou com o apoio da Fiat e apresentações da Muller
soluções paliativas. e integrada de um conjunto de
(BH), Mahle (Itajubá-MG), Rexam (RJ).
Apresenta também o bem idéias que maximizam valor e mi-
sucedido caso de uma conces- nimizam desperdício por todo o
sionária de carros que adotou os mundo. No coração de A Mina de
princípios lean para racionalizar o negócio. Como resul- Ouro está Bob Woods, um sensei persuadido pelo seu
tado, reduziram drasticamente do tempo de espera e de filho Mike a desistir de sua aposentadoria para ajudar a
retornos, além de atingirem grande nível de satisfação salvar a empresa em crise, de seu amigo de infância Phil
dos clientes - tornando-se uma empresa bem mais lu- Jerkinson. Apesar dos ótimos produtos e do acúmulo de
crativa. Gerentes em qualquer etapa da sua jornada lean pedidos, a empresa de Phil não consegue gerar recursos
podem beneficiar-se do Lean Solutions, aprendendo a suficientes de suas operações para pagar suas contas. Recife, 2003
enxergar novas maneiras de melhorar seus processos no A Mina de Ouro apresenta todos os princípios lean fun-
serviço de agregação de valor ao cliente. damentais, desde as idéias já conhecidas como puxar e
fluxo até os princípios menos conhecidos.

Alcoa, Itapessuma - PE

Fazendo Acontecer a Coisa Certa - Pascal Dennis Gerenciando para o aprendizado - John Shook No Fórum Nordeste realizado em Recife-PE em 2003 foi possível
visitar a Alcoa- Itapessuma como também conhecer a experiên-
cia da Ford de Camaçari-BA e de alguns de seus fornecedores, Joinville, 2005
“Fazendo Acontecer a Coisa Você seguirá a história de
Certa” ensina líderes empresa- um gerente e seu assisten- um dos complexos automotivos mais eficientes do mundo, além
riais a colocarem em prática o te que revela como o A3 da Mecesa de Fortaleza.
chamado Desdobramento Es- pode ser usado como um
tratégico do Plano de Negócios processo gerencial para
da empresa, mas seguindo os criar um método padrão
preceitos lean. O livro responde para inovação, planeja-
à alta liderança empresarial mento, além de solucionar
duas questões essenciais: - Qual problemas e construir Fortaleza, 2007
o tipo de Desdobramento Estra- um método repetitivo e
tégico do Plano de Negócios prático para o aprendizado
da empresa é necessário para organizacional. Muitas
garantir, de fato, a melhoria pessoas familiarizadas com
contínua? - Como devemos mu- relatórios A3 primeiramente os vêem como uma simples
dar os “modelos mentais” existentes dentro da empresa, uma ferramenta para solucionar problemas, porém eles
que não apóiam a cultura dessa melhoria? Para tanto, são muito mais que isso. O processo por onde uma com-
“Fazendo acontecer a coisa certa” detalha a aplicação panhia identifica, classifica, atua e revisa os progressos nos
do ciclo PDCA em todos os níveis e etapas do Desdobra- problemas, projetos e propostas podem ser encontrados
Belo Horizonte, 2007
mento Estratégico da organização. no A3. Quando feito adequadamente, A3 é um modelo de Ford, Camaçari - BA
aprendizado real. Quando usado extensamente, o A3 pode
O Fórum Sul foi realizado em Joinville-SC em 2005 e contou com,
16
proporcionar uma grande contribuição para criar a cultura
do aprendizado.
apresentações da Bosch Diesel (Curitiba-PR), Montana (São Jose 675 95 15 17
dos Pinhais-PR), Invensys (Caxias- RS) e Whirpool (Joinville-SC).
Pessoas Empresas Casos
PU B LIC AÇÕ ES Participantes Participantes
Artigos Temos estimulado a produção de artigos por parte do corpo de especialistas do LIB de modo a comprtilhar Comunidade Virtual Ao longo dos anos, foi se criando uma comunidade virtual pela Internet com quase
o conheciemtno e a experiência. Escritos de modo simples, concisos e práticos. 12.000 membros ativos atualmente que recebem e-letter (leanm@il) mensalmente,
Foram produzidos e disponibilizados no site os seguintes tópicos: com os mais variados temas pertinentes ao movimento Lean.

Acordos sobre nível de serviço (ANS): Uma maneira A causa das dificuldades crescentes da GM e Ford
de conectar etapas em processos administrativos José Roberto Ferro
Flavio Battaglia
O tempo takt na Toyota do Brasil
Jishuken: formação de líderes lean na prática Gilberto kosaka
Lirio Busato
Como determinar metas para o tempo de setup
A Cadeia de Ajuda para manter a estabilidade produtiva Lando Nishida
Sérgio Kamada
Reflexão sobre a história da Toyota do Brasil sob a ótica do
Como operar um “andon” Sistema Toyota de produção
Sérgio Kamada Gilberto Kosaka

Processos Decisórios na Toyota Crescer sem investir: estratégia lean de investimento


Alvair Silveira Torres Jr. José Roberto Ferro

Logística Lean: Conceitos básicos 3P – Passaporte para a “universidade” do Sistema Toyota de


Lando Nishida produção
Alvair Silveira Torres Jr.
Desafios para pensarmos lean além das fábricas 2008 2006
Flávio Battaglia Novas fronteiras de aplicação do sistema Lean em serviços Outubro - Lean para ajudar a navegar na crise financeira Novembro - O drama da transformação lean
José Roberto Ferro Setembro - Benefícios e limitações do kaizen blitz Outubro - Logística Lean; passo seguinte na transformação
A estabilidade na produção: O papel da liderança na Toyota Agosto - Tecnologia da Informação: valor ou desperdício? Setembro - Liderança Lean: fator chave no sucesso
Sérgio Kamada Os primeiros passos rumo à Contabilidade Lean
Julho - Comportamentos e atitudes da alta administração da transformação
Flávio Battaglia
Eliminando os picos artificiais de vendas Junho - Lições do Summit Agosto - Efetiva solução de problemas: o que está faltando?
Alexandre Cardoso Indicadores que enganam Maio - O papel de Vendas na empresa lean Julho - Gestão Lean de Fornecedores.
Flávio Battaglia Abril - Comece certo: projetando novas fábricas com Maio - Paradoxos do Sistema Lean.
Aplicação do pensamento Lean os conceitos lean Abril - Lean Summit 2006.
no Desenvolvimento de Produtos Reduzindo os custos da cadeia de valor Marco - O Movimento Lean no Brasil e no mundo Março - Toyota, a nº 1.
Artur Lovro estendida: a Toyota nos EUA
Fevereiro - O PCP gerenciando o tempo takt (T.T.) Fevereiro - Cultura da empresa afeta a transformação.
Flávio Battaglia
Reduzindo o “lead time” no desenvolvimento de produtos Janeiro - Os perigos do crescimento econômico Janeiro - Produtividade e economia no Brasil.
através da padronização Toyota continua liderando em qualidade
Lando Nishida Flávio Battaglia 2007 2005
Dezembro - Problema é não ter problema Dezembro - Ainda sobre tempo takt.
Estabilidade na produção da Toyota do Brasil A essência da ferramenta “mapeamento do fluxo de valor” Outubro - Lean para liberar capacidade e Novembro - Estabilidade ao longo das fases do
Sérgio Kamada José Roberto Ferro
sustentar o crescimento do negócio ciclo de vida da implementação.
Logística Lean para a Eliminação do Warehouse Fornecedores e os cestos com ovos... Setembro - Estabilidade na gestão Outubro - Estabilidade básica para sustentar
Nelson Eiji Takeuchi Flávio Battaglia Agosto - Pense lean ao expandir suas operações a implementação (ou para iniciá-la).
Julho - Por onde começar a implementação? Setembro - A importância do tempo takt.
Benefícios da implementação do trabalho padronizado Para que tanta tecnologia? Maio - Lean para ajudar o desenvolvimento Junho - Qual é a sua necessidade?
na Thyssenkrupp* Flávio Battaglia regional: o exemplo do Nordeste Abril - Kaizen do Sistema.
Marino Kishida, Ezequiel Guerra e Adriano Silva Abril - O Papel da Alta Administração Fevereiro - Kaizen ou Melhoria Contínua
Desenvolvimento Lean de Produtos
Março - Gestão Lean do Desenvolvimento de Produtos
JIdoka Flávio Battaglia, Flavio Picchi e José Roberto Ferro
Fevereiro Jidoka: aprender para fazer com qualidade 2004
Gilberto Kosaka
no processo Novembro - Garantir a estabilidade.
18 Redução do impacto ambiental através das práticas lean * também publicado em Inglês no site do Janeiro - Desafios para o Ano Novo Setembro - Trabalho Padronizado. 19
Lando Nishida Lean Enterprise Institute (www.lean.org) Julho - Conferência Lean em Serviços.
Resumo (1998-2008) Futuro e Próximos Passos
8 4.200 4 16 660 190 15.500 9 49 12.000
A
pós esses 10 anos de existência do LIB, a consciência sobre a importância e relevância do con-
ceito lean no Brasil aumentou de forma considerável. Em praticamente todos os setores da eco-
Lean Participantes Fóruns Cursos Workshops Workshops Pessoas Treinadas Publicações Empresas Membros na nomia – químico, alimentício, metalúrgico, siderúrgico, eletrônico, farmacêutico, mineração, serviços,
Summits Summits Regionais Internacionais in-company abertos em Workshops com Apoio Comunidade Virtual dentre muitos outros – há empresas interessadas, iniciando ou avançando em sua jornada Lean.

Entretanto, há muitas dificuldades tais como;

- Ir além das ferramentas isoladas e conectá-las em um sistema


integrado e coerente;
- Entender o sistema de gestão e o estilo de liderança lean;
Amplitude da atuação no país Atuação internacional - Promover a mudança de cultura, muitas vezes necessária em virtude
do modelo mental e pensamento gerencial predominantes.
O foco da atuação do LIB foi ampliando-se territorialmente, atin- Por conta de nossa atuação com empresas multinacionais insta-
gindo 15 Estados brasileiros em apoios, workhsops ou eventos. ladas no Brasil, o LIB foi convidado a ministrar treinamentos em Desse modo, o LIB nos próximos anos, vai procurar tratar dos seguintes temas de modo a consolidar
diversos paises, conforme ilustrado abaixo. os ganhos acumulados para a sustentar as mudanças ocorridas até o presente momento e, ao mesmo
tempo, expandir as fronteiras do conhecimento para novas áreas e setores.
Holanda
1. S istema de gestão e liderança lean
Canadá
Desenvolver novos produtos focalizados na alta administração para disseminar e consolidar o
Portugal sistema de gestão.
Estados Unidos
2. Lean na empresa toda (Lean Enterprise)
Venezuela
Disseminar a filosofia lean para todas as funções da empresa tais como Desenvolvimento de
México
Produtos, Marketing e Vendas, Compras, Finanças, RH etc.
Colômbia
3. Novos setores econômicos
Realizar esforços continuados para a disseminação em setores da economia onde o
conhecimento lean ainda é escasso tais como serviços (bancos, hospitais etc), agro-indústria,
Argentina
Chile construção civil, infra-estrutura, administração pública etc.

4. Pequenas e médias empresas


Disseminar os benefícios do sistema lean a empresas pequenas e médias poderá trazer a essas
empresas ganhos substanciais, inclusive por requerer pouco investimento.
Lean Global Network (LGN) Hoje já são 16 institutos similares existentes no mundo, que se
uniram em 2007 para criar a Lean Global Network (LGN). 5. Educação
Sensibilizar as universidades e instituições do ensino técnico que poderão contribuir para
disseminar a filosofia lean já no início da formação de quadros técnicos. Atualmente há varias
instituições oferecendo uma numero crescente de cursos e desenvolvendo pesquisas mas o
Lean Global Network conhecimento mais aprofundado sobre o assunto ainda não está consolidado.

Dinamarca
6. Massificar a filosofia
Holanda
Alemanha
James Womack Daniel Jones Utilizar diferentes meios de comunicação para disseminar a mensagem lean para diversos níveis
Polônia
Co-Chair Co-Chair da sociedade.
Inglaterra

Estados Unidos
Espanha França Itália China
Turquia

México

Semear, cuidar, colher;


Índia

20 John O´Donnell
21
Brasil Diretor Executivo a natureza viva do Sistema Lean
Austrália
África do Sul
Depoimentos Veja o que falaram executivos brasileiros sobre a importância do
Sistema Lean para suas empresas e sobre a atuação do Lean Institute Brasil.
Robert Mangels
Presidente da Mangels
Começamos a implementar o Lean em
fevereiro de 2007 na Divisão de Aços. E
os resultados foram bons. Primeiro trei-
Estou extremamente feliz com o Instituto,
e todos estão aprendendo muito.

José Mauro Pelosi O conceito Lean está na empresa na Amé- Posso dizer que a cultura Lean está pre- namos as pessoas para ensinar o que era O José Roberto Ferro sempre nos atende
Presidente Regional Sistemas rica Latina desde 1989. A Unidade de São sente em 70% da Unidade de Curitiba e o Lean. E depois fomos introduzindo as quando precisamos. Sentimos o Institu-
Diesel da Bosch Paulo teve seu primeiro programa, com os 50% em todo o mundo. Também temos ferramentas. to muito presente na Mangels. Graças a
primeiros conceitos, implementado em vá- a visão de que ainda falta. Mas fica mais ele passamos de três turnos de trabalho
rias fases. E não só nas fábricas, mas tam- fácil enfrentar os desafios. Para se ter uma idéia, em maio de 2007 para apenas dois, sem cortes de pessoal:
bém nos departamentos administrativos. tínhamos 46 dias de Lead Time em uma e com muito mais eficiência. E esse passo
O Lean Institute Brasil teve um papel fun- determinada família de produtos. Em ja- será a vitrine para outras fábricas.
O benefício é de ter os desperdícios evi- damental na implementação e no apoio. neiro de 2008 esse lead time caiu para
denciados e ter convergência para a agre- É uma parceria de referência para au- 13, ou seja, diminuiu 72%. A filosofia Lean faz com que todos se en-
gação de esforços. Temos cada vez mais mentar o nível de consciência. E quando volvam no processo, unindo o presidente
aumentado a consciência e as ferramen- achamos que nossos olhos estão fechados Deixamos de ter um processo empurrado ao chão de fábrica, na busca pelo mesmo
tas dominadas. E é muito importante a para enxergar mais melhorias, chamamos para o puxado. Nosso estoque de produto objetivo. Enxergo todos os desperdícios
mudança dos modelos mentais. O foco o Instituto. Eles, com perguntas simples, em processo de faturamento era de 13 dias e melhorias que podem ser feitas, e vejo
tem de ser no “valor”. Sabemos que é um fazem a gente refletir. e caiu para 5, ou seja, queda de 63%. que nunca estou satisfeito.
caminho longo e sempre estamos buscan-
do melhorias. Descobri o Lean em 2006 lendo livros Participei do Summit 2008 e adorei a
sobre o assunto. Comecei a estudar e experiência. Fiquei fascinado com John
Em Curitiba, de 2005 para cá, reduzimos compreender como a Toyota havia se tor- Shook e James Womack, pois tive a honra
o PPM de 50 para 3. Temos o foco no nado tão rentável. Então, lendo os livros, de conhecê-los.
cliente. Reduzimos os custos fixos em fui convencido de que era o melhor a se
32% nos últimos três anos, sem reduzir in- fazer. No final do livro “Lean Thinking” Com essa crise recente em que o mundo
vestimentos. E tivemos um ganho de 53% havia um parágrafo que falava sobre Lean está passando não vejo nenhuma neces-
na produtividade. Institute Brasil. Trouxe o Instituto para fa- sidade de plano de corte. O Lean nos dá
zer palestras para nós e vi que era aquilo a segurança de passar por essa crise sem
que precisávamos. afobação e atropelo.
João Bayma A Alcoa no Brasil começou a implementar trabalho com melhorias na segurança: esse
Diretor Global de ABS de Produtos o Lean no inicio de 1998, quando os líde- índice era de 11,6% e caiu para 1,6%.
Primários da Alcoa res foram treinados em Sorocaba. Já no
início, os resultados foram bons. A Alcoa usa todas as ferramentas de for- Elmar Costa O Sistema Lean foi introduzido na empresa Foi com base na experiência do grupo no
ma mais sistêmica possível. Na Unidade Gerente Executivo Sênior do World Class em 2004, visando redução de custos. Co- Brasil que o Sistema Lean foi levado para
A Unidade de Sorocaba teve um ganho de de Poços de Caldas, em Minas Gerais, em Manufacturing da Saint Gobain meçaram com cinco fábricas piloto. Hoje já fora do país: hoje já existem 30 fábricas
produtividade, redução de inventário e uma 1999, a performance em entrega ao clien- são 52. Também foi implementado o Lean com projetos piloto na Europa e EUA. Ao
conquista de Lead Time já no fim do mesmo te melhorou 98%. E ano passado as horas no depósito da Telha Norte, no Centro de longo do tempo a filosofia se dissemina e
ano. O material que já estava na distribuição extra foram eliminadas. Logística e Distribuição para a otimização está caminhando com base nos exemplos
para ir ao cliente demorava uma semana dos processos. E mais recentemente nas do Brasil.
para ser entregue, e o tempo foi reduzido Conheço o José Roberto Ferro e o Gilberto áreas de RH, Segurança e Meio Ambiente.
para um dia. A entrega de produtos para a Kosaka, do Lean Institute Brasil, desde 1998. O Lean Institute Brasil é pioneiro no traba-
produção demorava de quatro a seis sema- Eles nos abriram as portas da Toyota. Eles Os resultados são surpreendentes: o ganho lho da disseminação da filosofia. E toda vez
nas e caiu para no máximo sete dias. estão sempre juntos conosco em reuniões. na produtividade foi de 40% a 50%. Há que há necessidade o instituto está presen-
também mais flexibilidade no setup, ga- te para ajudar.
Em 1998, na Unidade de São Luiz, no Mara- O Lean Institute Brasil foi nosso mentor e nhando de 50% a 70% de tempo. O Lead
nhão, todo o estoque de matéria-prima do sempre participa de tudo com a gente. Time foi reduzido em até 80%, pois antes O Lean Institute Brasil não atua como
ano foi reduzido: passou de 15 para 3 dias. os Lead Times eram de 20 e 60 dias, mas uma consultoria empresarial. Eles trazem
Ainda em São Luiz, a produção melhorou caíram para entre 4 e 15 dias. o know-how, fazem aprender a fazer. E a
demais: na final de 1997 era de 2 mil tone- empresa também mostra para eles o que
ladas/mês; em 1998 a produtividade havia Hoje, o Sistema Lean passou a fazer parte a gente faz. É por isso que Saint Gobain
duplicado. E hoje a produção é de 12 mil da cultura da empresa. Está atrelado às me- levou mais de 70 executivos para o Lean
toneladas/mês. Isso tudo sem investimento. tas da empresa. É vital para os negócios. Summit 2008.

Em Sorocaba, o custo de produção caiu


22 35%. De 1997 a 1999, a produtividade du- 23
plicou, além da redução de acidentes de

DE POIM E NTOS
Antonio Retamal A empresa implementa o Sistema Lean em mentação do Sistema Lean hoje ela é a mais Coordenadores Lean comentam sobre a relevância dos treinamentos
Lean 6 Sigma Master Black Belt da Dupont todas as fábricas de tintas da Dupont no lucrativa da empresa em termos globais.
mundo. Ao mesmo tempo, desenvolve o Acho que o Sistema Lean é fundamental oferecidos pelo LIB para suas empresas
conceito de fábricas novas já toda no Site- para o Brasil – os políticos deveriam ter
ma Lean. consciência disso e utilizar esse sistema.

Lean significa sucesso e um futuro saudável. A visão do Lean Institute Brasil é uma visão
É uma das bases da empresa. A decisão da fundamental. É uma visão de desenvolver
Dupont é pelo Lean. No atual mundo glo- a indústria do Brasil. E eles estão realmente
balizado e competitivo não há mais espaço fazendo isso.
para conviver com perdas.
Foi por meio do Lean Institute Brasil que
A fábrica de tintas da Dupont de Guarulhos, nós começamos a disseminar o Sistema
por exemplo, era deficitária. E após a imple- na Dupont brasileira e depois para o resto
do mundo.

Francisco de Assis Medeiros A empresa começou a implementar o Sis- cimentos sobre Lean são mais valorizados.
Gerente de Desenvolvimento da Whirlpool tema Lean em 2003 na América Latina. A Hoje a empresa aplica mais de 15 ferra-
ação teve início com um trabalho integrado mentas Lean no dia-a-dia da produção. Uti-
nas fábricas de Manaus, Joinville e Rio Cla- liza o Lean não só na manufatura, mas no
ro. E o aumento de produtividade em sido desenvolvimento de produtos, de processos
animador. A empresa conseguiu redução e no setor administrativo. O Sistema Lean é
de custos, de estoques e também ganhos fundamental para se atingir resultados.
financeiros.
Temos que agradecer o esforço do professor
O Sistema Lean é uma ferramenta para atin- José Roberto Ferro, pois foi por causa dele
gir objetivos estratégicos de produtividade, que hoje temos esse caminho brasileiro de Eduardo Coen trabalha na Cromex há 10 anos. É Engenheiro de telectual do profissional que atua nessa área, além de ajudar na
custos e qualidade. E atingir os resultados implementação do Sistema Lean. Processo e Coordenador de Equipe de Kaizen. Ele tem contato sobrevivência da empresa.
desejados pela empresa. com o Sistema Lean há um ano e três meses. Sua função atual
Para a Whirlpool, o Lean Institute Brasil é requereu que participasse dos workshops do Instituto. “Precisa- Daniel Ribeiro, Analista de Produtividade e Coordenador Lean, tra-
E o Sistema Lean também gera crescimen- referência. Sempre que há dúvida sobre o mos de planejamento para realizar treinamentos para atender às balha na Mangels há 2 anos e implementa o Sistema Lean há 1. Para
to das pessoas no chão de fábrica, em fun- sistema recorremos ao instituto, porque lá necessidades da empresa. E minha função aqui é aprender e ca- ele, o workshop do Lean Institute Brasil sobre Coordenadores Lean foi
ção da capacitação delas pelas ferramentas só há pessoas muito sérias e que entendem pacitar as pessoas da Cromex para isso.” uma oportunidade de aprender a metodologia e também ver melhor
Lean. Hoje, os profissionais que tem conhe- do que estão falando. os desperdícios, que é o foco da empresa. “Falar que é uma empresa
Cristiano Pereira da Silva trabalha como Coordenador Lean e Lean é fácil. Difícil é fazer, é tornar a empresa Lean de verdade”, acre-
está há 11 na Modine. Para ele, o Sistema Lean complementa o dita Daniel. Para ele, ter conhecimento sobre a manufatura enxuta
Marco Tulio Pelegrini A empresa começou a ter contato com o Sistema Implementar o Sistema Lean é uma expe- conhecimento que ele já tem sobre a Manufatura Enxuta, assunto melhora o currículo do profissional, que passa a ser mais valorizado.
Diretor de Estratégia Industrial da Embraer Lean em 1998 com a visita de James Womack. A riência gratificante para os envolvidos, pois do qual ele já mantém contato há 5 anos. Para ele, os workshops “Ser Lean abre algumas portas e a Mangels investe em mim e em
Embraer já aplicava o Kanban e dezenas de pro- agora, quando as pessoas vêem desperdí- do Lean Institute Brasil traz uma junção de diversas técnicas que me manter. Se estamos à disposição do mercado sempre temos uma
cessos simulavam o sistema puxado e empurrado. cio, já se engajam para uma melhoria. Tão podem beneficiar a empresa, gerando mais lucratividade e garan- proposta de trabalho”, conta. Para ele, o Lean Institute Brasil não age
Em meados de 2007 a empresa cresceu e investiu bom quanto ter resultados numéricos é ver tindo a sobrevivência no atual mercado hipercompetitivo. Cristia- como consultor e sim instrutor, porque ensina a fazer.
pesado no programa P3E (Programa de Excelência o envolvimento de todos. no também acha que hoje é um profissional mais valorizado no
Empresarial Embraer), com implementação de Kai- mercado por ter conhecimentos e formação no Sistema Lean. “A Marcos Manoel é Técnico de Processos Pleno na (CBC) Compa-
zen e melhorias, chamadas de 3P Kaizen (Produc- O Lean é mais do que uma ferramenta de cada momento o mercado procura pessoas com esse perfil, por nhia Brasileira de Cartuchos, empresa em que atua há 7 anos. Ele
tion, Preparation, Process). Hoje a empresa aplica gestão. É um modo de vida. Quanto mais que essa é a necessidade do mundo atual”, revela. está em contato com o Sistema Lean há 4 anos. E diz que o mer-
todos os conceitos da Manufatura Enxuta. se enxerga desperdícios, mais se implemen- cado de trabalho está absorvendo bastante essa mão de obra espe-
ta melhorias. Na indústria o Lean promove Mônica Steconello é Analista de Gestão e trabalha há 10 anos na cializada. “Quem dissemina o Lean hoje está em destaque. E isso
Por causa do Sistema Lean a Embraer teve au- competitividade e muda o modelo mental PSA (grupo Peugeot Citroen). Há cinco meses, ela tem contato me traz benefícios não só no profissional como no pessoal, no lado
mento de faturamento sem a necessidade de da empresa. com o Sistema Lean. Para Mônica, participar do workshop do humano”, explica Marcos, que já entrou no mercado de trabalho
contratar mais gente. Lean Institute Brasil abre uma possibilidade muito interessante lidando com a manufatura enxuta. Para ele, o trabalho do Lean Ins-
Para isso, foi fundamental a participação do de aperfeiçoamento na formação Lean. “Ser coordenador Lean titute Brasil é fundamental, principalmente para aquelas empresas
Com o Sistema Lean a empresa ‘ganhou’ uma Lean Institute Brasil. O Instituto promove um é um diferencial no mercado, pois o Sistema Lean é abordado que querem se manter competitivas no mercado, “O interessante é
24 área de 7 mil metros quadrados. A produtividade processo educativo. Eles ajudaram no apren- em muitas empresas, cada vez mais.” Para ela, o Lean Institute que o Instituto não quer vender nada, apenas ensinar. E eles fazem 25
teve aumento de 45% e a qualidade de 37%. dizado e abriram os olhos da empresa. Brasil é fundamental para contribuir com o desenvolvimento in- um ótimo trabalho”, concluiu.

d ep oimentos DE POIM E NTOS


Participantes falam sobre o Lean Summit 2008
Luiz Leite Jeferson Dante Gustavo Zenaide
Empresas Parceiras
Gerente Industrial da GE Gevisa Da Engenharia Corporativa Coordenador de Melhoria
da Dânica Termoindustrial Contínua da Bunge A cooperação e o apoio de diversas empresas foi fundamental para a trajetória do LIB. A seguir, a respectiva contribuição de algumas
delas:
Foi a primeira vez que vim ao Lean Sum- Estou aqui para consolidar meus conheci- Vim no Summit para me atualizar, e o
mit e achei uma excelente oportunidade mentos e estou gostando dos cases mos- evento está muito bom. Gostei muito da Empresas que apoiaram a publicação de manuais: Empresas que apresentaram em Summits e Fóruns Regionais,
de aprender e trocar experiências. Gos- trados. Implementamos o Lean há um plenária de abertura. Acho o Lean impor- compartilhando suas experiências:
tei bastante das palestras ministradas por ano, e eu acho que ele não é só impor- tante por todas as melhorias que traz e - Bosch
pessoas de outros países, pois me trou- tante, mas sim vital para as empresas, pois também pela mudança de cultura que - Grupo Edson Queiroz - 3M - Johnson & Johnson
xeram mais conhecimento. O Lean é es- o seu concorrente sempre pode trabalhar gera. Os indicadores da empresa melho- - Jacto/ABIMAQ - Alcoa - Mahle
sencial hoje em dia, e estamos investindo de forma mais ‘enxuta’ do que você. E ram com a aplicação do Lean, sistema - Montana - Alumar - Mecesa
nessa filosofia para suportar o crescimen- precisamos correr atrás disso. que usamos desde 2005. - ThyssenKrupp - AstraZeneca - Mercedes
to da empresa de forma sadia. - Visteon - Bosch - Montana
- Volvo - Capuche - Muller
- Xerox - Dell - Nestlé
José Cláudio Nicoletti Sérgio Franco Schirlei Freitas - Delphi - Parker Hannifin
Supervisor de Engenharia Engenheiro de Processos da 3M do Brasil Gerente de RH da Zen SA Empresas que sediaram Workshops públicos - Docol - Rexam
da Alstom Hydro Energia - DHL - Rolls Royce
O encontro foi muito bom. Implementa- - Aços Villares - Mercedes - DuPont - Sabó
Também foi a primeira vez que vim ao Vim ao evento para continuar implemen- mos o Lean desde 2006 e aqui no evento - Alcan - Modine - Eaton - Saint-Gobain
evento e gostei muito. Implementamos o tando o Lean e também para entender procuramos o enfoque de liderança e de - Alcoa - Montana - Embraer - Sandvik
Lean e estamos na fase de sustentação. O melhor sobre esse sistema. Quero disse- disciplina. O mais importante é termos um - Bosch - Omron - Ford - Selectron
evento é importante para essa troca de minar o Lean para as pessoas, mostran- controle e realmente fazermos acontecer. - Cemec - Parker Hanifin - Fiat - TelhaNorte
experiências que temos aqui. E o Lean é do a sua eficiência. Já usamos há 5 anos As organizações precisam melhorar a cada - Collins & Aikman - Peguform - Fresenius - ThyssenKrupp
importante porque nos trás um diferen- e temos resultados concretos, como na dia; verificar se os processos estão consis- - CooperStandard - Pinceis Tigre - GE - Toyota
cial e reduz nossos desperdícios. redução de estoque. O evento esta me tentes e coerentes, sem desperdícios. - Cromex - Sabó - GM - Voith Paper
agregando muito conhecimento. - Cummins - Sandvik - Invensys - Whirpool
- Docal - Schrader - Jacto
- Eaton - Sherwin Williams
Delcio Oliveira Antonio Martins Milena Cavenaghi - Eberle - Stihl Empresas visitadas durante Summits e Fóruns Regionais:
Supervisor de Produção da Dupont Técnico de Produção da Volvo Especialista de Melhoria Contínua da Embraer - Edwards - Tedesco
- Embraer - Telha Norte - Alcoa - Sabó
Vim ao evento para aprofundar meu co- Foi bom para ver outras aplicações que O evento foi muito bom. Aprendi lições - Embraer Liebhrer - ThyssenKrupp - AstraZeneca - Saint-Gobain
nhecimento em Lean, que só traz benefí- deram certo. O Lean é um caminho sem para não fazer coisas erradas e aumentei - Esmaltec - Visteon - Bosch - Sandvik
cios e disciplina. Vou aproveitar o conte- volta, que aplicamos fortemente desde meu conhecimento. Usamos o Lean há - Festo - Volkswagen - Dell - Voith Paper
údo teórico e aplicar na empresa, que já 2003. Continuamos a investir no Lean e 9 anos e para nós é essencial, pois não - Fresenius - Voith Paper - GM - Tritec
usa o Lean há 4 anos. temos até um Diretor Global do sistema. adianta produzir, ter desperdícios e de- - Freudenberg - Volvo - GE - Toyota
pois ter de correr atrás. - Invensys - Weg - Embraer
- Johnson & Johnson - Weir - Johnson & Johnson
- Kautex Textron - West Pharma - Mercedes
Cláudio Vasconcelos Ivan Ferreira - Mastra
Engenheiro de Tecnologia Professor-Doutor e Pesquisador
da Umicore Brasil

Esse é o terceiro Summit no qual partici- Foi uma reciclagem para toda a minha
po. Para mim, o benefício maior é a pos- bagagem. O Lean é importantíssimo por
sibilidade de ter a noção exata dos bene- toda competitividade que proporciona.
fícios, de que não é fácil e de que nem Quando avalio uma empresa, o Lean tem
tudo é perfeito. Para quem já conhece o grande importância.
Sistema Lean, o evento é excelente para
ter acesso a novas experiências. O Lean é
26 importante porque com ele você faz mais
com menos.

d ep oimentos
Equipe de Colaboradores Christopher Thompson Ricardo Takahashi
Instrutor de treinamento e especialista. Instrutor de treinamento e especialista
Aprofundando-se em Desenvolvimento com experiência em PCP. Trabalhou na
José Roberto Ferro Flavio Picchi de Produtos. Toyota do Brasil e na Eaton.
Presidente. Durante os últimos anos Diretor. Passou a colaborar com o LIB
ajudou a criar institutos em diversos já em 1999, dividindo as atividades de
paises. Faz parte do Board da Lean direção. Fez estagio no MIT e no LEI.
Global Network (LGN). Ex-professor Introduziu os programas de apoio à
universitário e pesquisador brasileiro implementação em 2001 e coordenou
no IMVP do Massachusetts Institute of os Lean Summits de 2006 e 2008. Tem
Technology (MIT) dos EUA. se dedicado à Construção Civil e ao
Desenvolvimento de Produtos.
É professor da Unicamp.
Alvair Torres Luigi Giambirasio
Instrutor de treinamento e especialista. Instrutor de treinamento e especialista.
Professor da FEA-USP. Professor da FEI e Supervisor da
Gilberto Kosaka Alexandre Cardoso Mercedes.
Diretor. Após mais de 10 anos como Gerente de Projetos e Coordenador de
diretor da Toyota do Brasil, juntou-se Aprendizagem. Depois de alguns anos
ao LIB em 2004 imediatamente após de experiência na Visteon, iniciou no
sua aposentadoria, contribuindo para LIB em 2001, sendo responsável pelo
o acesso ao coração do Sistema Toyota, desenvolvimento de novos workshops.
Ajudou a viabilizar novos workshops Coordenou dois Fóruns Regionais
e tem apoiado diversas empresas (NE e Sudeste) além de gerenciar
que vem tentando se transformar em diversos projetos de apoio, em
“Toyotas”. particular em indústrias de processo.
Lírio Busato Luis Fernando Ruffino
Instrutor de treinamento e especialista. Instrutor de treinamento e especialista.
Vasta experiência em empresas metal- Trabalhou na ThyssenKrupp - Campo
Flavio Battaglia Sérgio Kamada mecânicas. Limpo.
Gerente de Projetos. Iniciou sua Gerente de Projetos. Trabalhou na
participação no LIB ainda como Toyota do Brasil por 13 anos, tendo
estudante da FGV-SP. Estagiou na sido treinado no Japão por 2 anos.
Toyota do Brasil. Tem se especializado Especialista em Manufatura.
em Lean em Serviços. Coordenou o
Fórum Regional Sul e o Seminário
Lean em Serviços. Tem se dedicado
a trabalhos de apoio nas áreas
administrativas e de gestão.
Gil Brasil Giuliano Marodin
Instrutor de treinamento e Instrutor de treinamento e
Coordenador local - Nordeste. Coordenador local - Sul. Professor da
Jorge Marino Kishida Nelson Takeuchi Ex-presidente da Cemec e do Sindicato UFRGS.
Gerente de Projetos. Ex-Gerente de Gerente de Projetos Trabalhou das Indústrias do setor elétrico e metal
Produção da fábrica da Toyota de na Toyota do Brasil por 18 anos mecânico do Ceará.
Indaiatuba. Tem 18 anos de experiência Especialista em Logística
na Toyota. Especialista em Manufatura. e em Manufatura.

28 Diogo Kosaka. Ivan Carratu. João Vitor Régis Sampaio. 29


Estagiário. Estudante da FEI. Estagiário. Estudante da FEI. Estagiário. Estudante da POLi-USP.

COL ABORADORE S
Pessoal administrativo
Telma Rodriguez Cristiane Spezzaferro
Gerente Administrativa. Participou Assistente Administrativa
Roberta de Pietro
ativamente da criação do LIB. Coordenadora de eventos
Contribuiu com os eventos, Marcos José Cavalcanti
treinamentos e relacionamento com Analista Financeiro Contábil
os clientes, com muita dedicação, Deiveson Ribeiro da Silva
Programador
além de cuidar dos assuntos internos.
Nêio Mustafa
Contribuiu para a organização de Lean Designer
Summits no México. Luiz Carlos Galis
Auxiliar Administrativo

Homenagens especiais
Nossa gratidão especial a:

Luis de Carvalho (ex-Mercedes) João Bayma (Alcoa)


Ajudou a viabilizar o Lean Summit Apresentou no Summit de 1999 e
de 1999, abriu as portas da empresa desde então tem contribuído com o LIB
para mostrar seu excelente trabalho e realizando apresentações nos eventos
realizou inúmeras apresentações em e abrindo as portas de diversas plantas
eventos do LIB. da Alcoa.

John Shook James Womack


Atuou como nosso principal mentor, Inspirou a criação do LIB, participou
ajudando a formação de nosso pessoal. de todos os eventos e como autor,
contribuiu decisivamente para nosso
aprendizado.

Trabalharam conosco

Lando Nishida. Trabalhou 4 anos no LIB, iniciando como estagiário da Foram instrutores de workshops
POLI-USP até assumir a gestão de projetos. Atualmente é gerente de
Arthur Lovro, Carlos Lobo, Cléber Favaro, Gustavo Tardim, João
projeto do Institute Lean France.
Onoda, Paulo Ghinato (Co-organizador do I Fórum Nordeste),
Paulo Lima, Paulo Zawislak (Co-organizador do Lean Summit
Jacqueline Conrado Souza. Trabalhou 6 anos no LIB, iniciando como 2002), Samuel Obara, Newton Kishimoto e Newton Marchiori.
estagiária. Cuidou da organização de eventos. Após graduar-se em
30 Propaganda e Marketing, tem atuado como analista de marketing da Gol.

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