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20 14

RELATÓRIO OCB

O QUE NOS TORNA


COOPERATIVISTAS
Confira os principais resultados
que a OCB trouxe para as
cooperativas brasileiras em 2014.
Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

RELATÓRIO OCB 2014

Brasília, março de 2015


OCB – ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS

Presidente
Márcio Lopes de Freitas

Superintendente
Renato Nobile

Gerente Geral
Tânia Zanella

Gerente Geral do Sescoop


Karla Oliveira

Endereço
Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco “I”
70.070-936 – Brasília-DF – Tel.: (61) 3217-2119 – Fax.: (61) 3217-2121
www.brasilcooperativo.coop.br | E-mail: ocb@ocb.coop.br

RELATÓRIO OCB 2014

Realização
OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras

Coordenação
Daniela Lemke – Gerente de Comunicação

Equipe
Aurélio Prado, Cristiano Carvalho, Cristina Albuquerque,
Gabriela Prado, Gisele James, Iago Carvalho, Tatiany Fonseca

Equipe Técnica
Gerência de Relações Institucionais
Gerência Financeira
Gerência Técnica e Econômica
Gerência de Planejamento
Gerência de Pessoas

Projeto editorial
Farol Conteúdo Inteligente

Projeto Gráfico
Chica Magalhães

Edição
Guaíra Flor

Textos
Alice Prado
Débora Geraldes

Ilustrações
Kléber Sales

Revisão
Luciana Pereira
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................6
O que nos torna cooperativistas?.................................................................6
Com os olhos no futuro ................................................................................8
Cooperativistas por natureza......................................................................10

DESTAQUES 2014...............................................................................................13
Tempo de colheita.......................................................................................14
Quem somos................................................................................................15
O que nos torna representativos ...............................................................18
O que nos torna competitivos ...................................................................24
O que nos torna estratégicos.....................................................................26
O que nos torna referência na divulgação do cooperativismo ...............34
O que nos torna um time............................................................................37

REPRESENTAÇÃO...............................................................................................39
Nossa maior bandeira é você.....................................................................40

FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL..............................................................76
Um olhar sobre o futuro..............................................................................78

GOVERNANÇA....................................................................................................91
Novos rumos para o cooperativismo.........................................................92

COMUNICAÇÃO.................................................................................................99
Temos boas notíci@s..................................................................................100
Portfólio diversificado................................................................................105

GERAÇÃO DE CONHECIMENTO...................................................................110
Semeando ideias para colher cooperação..............................................112

CAPITAL HUMANO...........................................................................................120
Profissionais da cooperação......................................................................122

RESULTADOS FINANCEIROS E PARECERES................................................130


O QUE NOS TORNA
COOPERATIVISTAS?
SER COOPERATIVISTA é muito mais do que fazer parte de uma
cooperativa. É quase um estado de espírito, capaz de nos fazer
enxergar o mundo de forma bastante particular. É buscar o justo, sem
abrir mão da ambição. É querer crescer, sim, e muito! Sem passar por
cima de valores como a ética, a confiança e a honestidade. É encontrar
um caminho para ter uma boa renda, sem abrir mão da felicidade.
Ser cooperativista é compartilhar.
APRESENTAÇÃO
Nós, da Organização das Cooperativas valores e das atitudes que tornam
Brasileiras (OCB), temos orgulho de uma pessoa ou uma instituição
viver na prática o real significado verdadeiramente cooperativista.
de ser cooperativista. Todos os E como a OCB é uma instituição
dias, temos a oportunidade de ver dedicada a cuidar bem dos
o quanto esse movimento – feito cooperativistas brasileiros, nada
por pessoas e para pessoas – tem mais justo do que mostrar, neste
ajudado a transformar as vidas de relatório, os rostos de quem nos
milhares de Josés, Marias, Pedros e inspira a trabalhar cada vez melhor.
Anas. E é por isso que, neste Relatório Os mosaicos que abrem cada um
Anual, prestaremos uma pequena dos capítulos a seguir são formados
homenagem aos mais de 11 milhões por pessoas apaixonadas pelo
de brasileiros que, assim como nós, cooperativismo. São cooperados,
orgulham-se de ser cooperativistas. colaboradores, gestores e dirigentes.
Gente que trabalha duro, pensa de Gente que – assim como nós –
forma sustentável e sonha com um carrega, com orgulho, o DNA da
futuro melhor para todos. Gente que é cooperação. A cada um deles, e
a razão de existir da OCB. a você que nos lê, o nosso mais
sincero obrigado.
Nas próximas páginas, você descobrirá
um pouco mais do pensamento e dos Boa leitura!
resultados que motivaram a OCB em
2014. Além disso, conhecerá alguns dos EQUIPE OCB
COM OS OLHOS
NO FUTURO 
 

Amigo cooperativista,

Terminamos 2014 com os olhos no futuro. Logo no início deste novo


ano, estive no campo – local capaz de fazer um bem enorme a quem
vive de cooperação - , quando lembrei de um fato muito importante:
o cooperativismo sempre fica mais forte em momentos de crise.
Foi assim em 2009, quando a economia global balançou. Naquele
momento, as cooperativas tiveram papel decisivo na recuperação
econômica das regiões onde estavam instaladas. Tanto, que a
Organização das Nações Unidas homenageou nosso modelo
de negócios, estipulando que 2012 seria o ano internacional das
RELATÓRIO OCB 2014

cooperativas.

Aqui, no Brasil, não foi diferente. Nas minhas andanças pelos estados,
conheci inúmeras histórias de cooperativas que se reinventaram após
enfrentar alguma dificuldade. São histórias de cooperação entre
pessoas que descobrem algo muito simples: juntos, pensamos muito
melhor do que sozinhos. Mais ainda: o espírito da cooperação nos faz
encontrar soluções inovadoras, capazes de gerar retorno financeiro
não só para os cooperados, mas para toda a comunidade. Um
crescimento revertido em emprego, em renda e no aquecimento da
economia como um todo. 

Por tudo isso, acredito que 2015 será um ano de grandes


oportunidades de negócios e de novos caminhos para o nosso
modelo de negócios. Agora, que o jogo  político está definido, vamos
8
retomar as discussões acerca das políticas públicas  e das leis de maior
interesse para a base cooperativista. Caminhada que será facilitada
pelo novo planejamento estratégico do Sistema OCB – construído
e validado coletivamente, com o apoio das unidades estaduais, das
cooperativas, dos cooperados, e de especialistas. 
MENSAGEM DO PRESIDENTE

Os rumos estão traçados e, sim, temos tudo o que é necessário


para vencer o desafio de tornar o cooperativismo reconhecido pela
sociedade por sua competitividade, integridade e capacidade de
promover a felicidade dos cooperados. Somos cooperativistas e tem
duas coisas que não nos falta nessa vida: ousadia e persistência!
Um ano de muitas realizações para todos nós!

Márcio Lopes de Freitas


Presidente do Sistema OCB

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COOPERATIVISTAS
POR NATUREZA

SER COOPERATIVISTA É COMPARTILHAR DESAFIOS E


SOLUÇÕES. É trabalhar em conjunto para superar obstáculos e
partilhar os resultados e as vitórias alcançadas. E podemos afirmar
que, atualmente, o Sistema OCB procura realizar uma gestão
cooperativista, sistêmica e participativa. Em cada reunião da diretoria
com os executivos e gestores da instituição, percebemos o quanto a
OCB está mais próxima das unidades estaduais, das cooperativas e do
cooperado — que é a verdadeira razão de todo nosso trabalho.

O programa Portas Abertas é um exemplo claro desse processo.


Trata-se, com certeza, de uma iniciativa inovadora, e seu objetivo é
justamente fomentar cada vez mais essa aproximação, recebendo
os cooperados na sede da OCB, apresentando a eles o trabalho
que desenvolvemos em prol de todo o cooperativismo brasileiro. A
intenção é que eles se sintam verdadeiramente representados.
RELATÓRIO OCB 2014

E nós, como diretores do Sistema OCB, representamos a realidade


cooperativista de cada região do país, mas temos o cuidado de pensar
sistemicamente, tomando decisões que estimulem o crescimento do
cooperativismo em todo o Brasil, de maneira justa e igualitária. Na
prática, estamos representando a voz dos 11,5 milhões de cooperados
que estão na base do cooperativismo. E fazemos tudo o que está
ao nosso alcance para amplificar essa voz, levantar as bandeiras
cooperativistas e concretizar pleitos fundamentais para o crescimento
sustentável do setor.

10
Cabe destacar a participação efetiva de inúmeros profissionais das
organizações estaduais, seus presidentes, diretores e colaboradores,
os quais têm contribuído muito na discussão e implementação de
questões específicas e de interesse de todos os ramos do nosso
cooperativismo. Entendemos que ainda há muito trabalho a ser
realizado. Precisamos aperfeiçoar nossa atuação regional e nacional,
melhorando ainda mais as ações de interação, o que certamente
fortalecerá a atuação do Sistema OCB.

O diálogo constante e o trabalho cooperativo entre a OCB e as


organizações estaduais, nos aspectos políticos e técnicos, estão sendo
fundamentais para continuarmos contribuindo para a construção
de um mundo melhor, mais solidário e, sobretudo, mais justo para
milhões de pessoas que fizeram e fazem do cooperativismo sua
bandeira de vida.

Recentemente a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)


lançou a Campanha da Fraternidade de 2015, cujo lema é “Eu vim
para servir”, evidenciando a importância do trabalho conjunto em
prol das pessoas, especialmente àquelas que mais precisam. E o
cooperativismo tem dado sua contribuição de bem servir para que
as pessoas tenham melhores condições sociais e econômicas, mais
qualidade de vida e voz ativa na sociedade.

Para representar esse movimento diferenciado, que é o


cooperativismo, o Sistema OCB tem pautado sua atuação em
premissas como objetividade, transparência, foco em resultados MENSAGEM DA DIRETORIA
e comunicação. Em 2015, reforçaremos esta atuação por valores
que serão compartilhados por todas as organizações estaduais,
definidos como parte do Planejamento Estratégico do Sistema OCB,
construído e aprovado em 2014. A meta é prosseguir atuando de
forma participativa, buscando alcançar a visão que estabelecemos
para o cooperativismo: que o setor seja reconhecido, até 2025, pela
competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade aos
seus cooperados. Acreditamos que é possível vencer este desafio.
Basta trabalharmos juntos por esse objetivo.

Saudações cooperativistas!
DIRETORIA DA OCB

11
DESTAQUES 2014
TEMPO DE
COLHEITA
Confira um resumo das principais conquistas da
OCB em 2014 e entenda porque nossa equipe tem
tanto orgulho de ser cooperativista

O ano de 2014 foi de importantes


conquistas e muita reflexão para o
cooperativismo brasileiro. Momento de
colher os frutos de uma atuação pautada
pela transparência, pelo foco em
resultados e pela paixão cooperativista.
Momento, também, de pensar no futuro,
rever estratégias, redefinir papeis e
traçar novas metas.

Ciente do imenso potencial do


cooperativismo para estimular o
crescimento sustentável do Brasil, a
equipe da Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB) tem trabalhado NOSSO
incansavelmente para ampliar a força das
sociedades cooperativas no mercado, DESAFIO
PARA 2025
RELATÓRIO OCB 2014

dando mais visibilidade e voz para o nosso


movimento. E queremos ainda mais! Por
isso, começamos a refletir sobre o futuro Fazer do
do cooperativismo e, junto com nossas
cooperativismo
unidades estaduais, desenhamos um novo
planejamento estratégico, que norteará um movimento
nossas atividades nos próximos cinco reconhecido pela
anos, de 2015 a 2020. sociedade por sua
competitividade,
Conheça, neste capítulo, um resumo integridade e
das principais conquistas realizadas
pela equipe da OCB em 2014. Cada
capacidade de
uma delas, será melhor detalhada gerar felicidade
posteriormente, de acordo com seu para os seus
respectivo foco estratégico. cooperados.
14
QUEM DE QUEM
CUIDAMOS

SOMOS NOSSA
MISSÃO

A Organização das Cooperativas O QUE


DEFENDEMOS
Brasileiras (OCB) é uma instituição
de direito privado, sem fins
lucrativos, criada em 1969 para
representar os interesses do
Dos
cooperativismo brasileira. Ela
é uma das três instituições do 46 milhões
Sistema OCB, que também de brasileiros
inclui o Serviço Nacional de beneficiados pela forma
Aprendizagem do Cooperativismo cooperativista de se
(Sescoop) e a Confederação trabalhar.
Nacional das Cooperativas
(CNCoop). O Sistema OCB está
presente em todo o Brasil, por Dos mais de

11, 5
meio de suas unidades estaduais,
localizadas nos 26 estados e
também no Distrito Federal.
milhões
ligados diretamente a
uma das mais de

Promover um ambiente
favorável para o
6,8 mil
cooperativas atuantes
desenvolvimento das no país, em
cooperativas brasileiras,
por meio da representação
político-institucional.
13 ramos
diferentes: agropecuário,
consumo, crédito,
educacional, especial,
DESTAQUES 2014

habitacional, infraestrutura,
O fortalecimento e o mineral, produção, saúde,
crescimento do modelo trabalho, transporte e
cooperativista de negócios, turismo e lazer.
cujo foco é a obtenção de
retorno financeiro e melhor
qualidade de vida para todo
o grupo. Mais que uma fonte Dos cerca de

340 mil
de renda, o cooperativismo é
um movimento econômico-

profissionais
social sustentável, mais
humano, mais justo e com
foco no crescimento de toda que hoje trabalham em
a comunidade. uma cooperativa.

15
AGROPECUÁRIO MINERAL
Reúne produtores rurais, Dedica-se à pesquisa,
agropastoris e de pesca extração, lavra,
que detêm os próprios industrialização e
meios de produção. comercialização de
produtos minerais.

CONSUMO
PRODUÇÃO
Destina-se à compra em
comum de artigos para Agrupa profissionais que
consumo dos cooperados. fabricam, com meios
próprios, um ou mais tipos
de bens.
CRÉDITO
Atua na área rural e
SAÚDE
urbana, atendendo as
cooperativas em todas as Destina-se à promoção
necessidades relativas aos e ao cuidado da saúde
serviços financeiros. humana.

EDUCACIONAL TRABALHO
Agrupa professores, Organiza e administra
alunos, pais e os interesses inerentes
empreendedores do setor à atividade profissional
e de atividades afins. dos associados para
prestação de serviços não
identificados com outros
ESPECIAL ramos.
Favorece a integração
social de pessoas que
TRANSPORTE
precisam ser tuteladas ou
que estejam em situação Presta serviços de
de desvantagem no deslocamento de cargas e
mercado econômico. passageiros.
RELATÓRIO OCB 2014

HABITACIONAL TURISMO E LAZER


Visa à construção, Oferece aos cooperados
manutenção e serviços turísticos de
administração de viagens, entretenimento,
empreendimentos hospedagem, entre
habitacionais para os outros.
cooperados.

INFRAESTRUTURA
Oferece aos cooperados
serviços essenciais,
como energia elétrica e
telefonia.

16
w RAMOS DO COOPERATIVISMO QUE
LIDERAM EM NÚMERO DE COOPERADOS POR UF

RR AP

AM
PA MA CE
RN
PB
PI PE
AC AL
RO
TO SE
BA

MT

DF
GO
MG
MS ES

SP
RJ

PR

SC
DESTAQUES 2014

RS

17
O QUE NOS TORNA
REPRESENTATIVOS
O cooperativismo é um movimento organizado e de voz forte
junto aos Três Poderes, à sociedade e aos mercados nacional e
internacional. Ele é representado pela OCB, com o apoio de suas
unidades estaduais e dos parlamentares integrantes da Frente
Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Confira:

JUNTO AO PODER LEGISLATIVO


A equipe da OCB trabalha de maneira proativa e estratégica
para garantir que as demandas dos cooperativistas sejam
consideradas no momento da elaboração de novas legislações,
viabilizando a continuidade e o crescimento sustentável dos
negócios das cooperativas. Ao mesmo tempo e tão importante
quanto, é acompanhar os projetos que, se aprovados,
podem refletir negativamente nas atividades do segmento.
O objetivo é buscar um ambiente cada vez mais favorável ao
desenvolvimento do cooperativismo.

w NOSSOS NÚMEROS
RELATÓRIO OCB 2014

Atuação em

Acompanhamento
15 medidas
provisórias (MPVs)
de de interesse do

520
cooperativismo,
com inclusões de
artigos favoráveis
proposições
ao setor em
legislativas.

7 destas.

18
to
Monitoramen
d os
e divulgação

171
sobre o coop
discursos
erativismo
Câmara dos
realizados na
no Senado
Deputados e
14.
Federal em 20

Participação
ativa em

50
audiências p
úblicas
que debatia
m temas
relevantes p
ara as
cooperativa
s.

1.230
horas dedicad
as à
deiras
defesa das ban
as no
cooperativist
acional.
Congresso N
DESTAQUES 2014

Encerramento
da 54ª
Legislatura com

234 deputados

e35 senadores
integrando a Fr
ente
Parlamentar do
Cooperativism
o (Frencoop).

19
Produtos entregues aos parlamentares
e formadores de opinião

Agenda Legislativa do Cooperativismo

As estratégias para esse trabalho de


representação são definidas pela OCB com base,
principalmente, em proposições prioritárias, ou
seja, determinantes para a sustentabilidade das
cooperativas brasileiras. Elas são levantadas e
reunidas em uma publicação anual que já é
referência no Congresso Nacional: a Agenda Legislativa do
Cooperativismo. Para os parlamentares da Frencoop, ela funciona
mesmo como uma ferramenta para a sua atuação diária. Em 2014,
na 8ª edição, foram 52 proposições prioritárias trabalhadas pela
OCB e muitas conquistas. A Agenda traz, ainda, posicionamentos
sobre outros temas considerados relevantes pelo setor
cooperativista.

Cooperativismo e Eleições

Durante o período eleitoral, as cooperativas


também se posicionaram para a escolha daqueles
que seriam os seus representantes nos poderes
Executivo e Legislativo, apoiando candidatos
que se mostrassem realmente comprometidos
RELATÓRIO OCB 2014

com as bandeiras cooperativistas. E fizeram isso


com o apoio da OCB. Para orientar as cooperativas sobre uma
participação correta e transparente no pleito eleitoral, seguindo
todos os normativos, a entidade lançou, em julho de 2014, a
cartilha Cooperativismo e Eleições. Foram distribuídos 7 mil
exemplares da cartilha educativa, que abordava questões como:
a importância do voto, as consequências de se votar nulo ou
em branco, exemplos de resultados da atuação do setor no
Congresso Nacional, o calendário e as regras eleitorais. O objetivo
era mostrar de que forma os cooperados poderiam participar do
processo de maneira efetiva e a partir de um voto consciente.
Essa atuação se refletiu nos resultados das eleições – 74% dos
integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop)
que se candidataram foram reeleitos.
20
JUNTO AO PODER EXECUTIVO
A OCB também atua constantemente perante o
Poder Executivo, com o objetivo de ressaltar a força
econômica e social do cooperativismo, desta vez
na defesa de políticas públicas e outros normativos
indutores do crescimento deste modelo de negócios
no país. Esse processo é feito diariamente, pensando
em todos os 13 ramos nos quais atuam as cooperativas
brasileiras. Pela representatividade do movimento e do trabalho que
desenvolve, a OCB é órgão consultivo do governo nas questões
relacionadas ao cooperativismo. Temos, inclusive, diversos acordos
de cooperação técnica assinados com entes públicos federais.

Propostas do Sistema OCB à


Presidência da República – 2015 a 2018

Um modelo de negócios diferenciado que já


contribui e pode contribuir ainda mais para o
desenvolvimento do país. Com as eleições no
último ano e o anúncio de um novo mandato
no governo, o cooperativismo se mobilizou para
levar ao conhecimento da Presidência da República
os principais desafios e oportunidades do setor perante o poder
público. São ações e demandas divididas em seis macrotemas:
1) Reconhecimento da importância econômica e social do
cooperativismo; 2) Ato cooperativo e simplificação da carga
tributária; 3) Modernização da Lei Geral das Cooperativas; 4) Acesso
ao crédito e linhas de financiamento público pelas cooperativas; 5)
Segurança jurídica e regulatória para o cooperativismo e 6) Eficiência
DESTAQUES 2014

do Estado e gestão pública. Reunimos todo esse material em um


documento preparado especialmente para este momento. Propostas
do Sistema OCB à Presidência da República 2015 – 2018 é o nome
da publicação que reflete os principais anseios do movimento
cooperativista brasileiro.

21
w NOSSOS NÚMEROS

reuniões com o Poder Executivo para


defender o cooperativismo e debater os
148 pleitos do setor.

ao ano é o novo valor da taxa de juros


do Programa de Capitalização de

7,5%
Cooperativas Agropecuárias (Procap-
Agro). Antes do trabalho da OCB junto
ao Executivo, este valor era de 8%.

novo limite de crédito por beneficiário


do Procap-Agro. Esse valor era de R$

R$ 60 50 milhões e cresceu por conta da


mobilização das cooperativas brasileiras

MILHÕES em torno do assunto.

conselhos e fóruns organizados pelo


governo federal contaram com o

32
acompanhamento da equipe do Sistema
OCB.
RELATÓRIO OCB 2014

câmaras temáticas e setoriais do


Ministério da Agricultura contaram
com a participação do Sistema OCB,
23 inserindo o cooperativismo na agenda
estratégica de desenvolvimento do País.

audiências e consultas públicas contaram


com participação do Sistema OCB em

50
2014. O objetivo era colaborar com a
construção de normativos que apoiem o
desenvolvimento das cooperativas.

22
NO EXTERIOR
Ficar atenta às possibilidades de intercooperação
e parcerias estratégicas com outros países, e de
novos mercados, também faz parte do trabalho de
representação da OCB. Ao participar ativamente
de fóruns e organismos internacionais, nossa
equipe garante ao cooperativismo brasileiro
representatividade no debate de temas importantes para
o seu crescimento. Além disso, as missões internacionais organizadas
pela OCB identificam boas práticas desenvolvidas em outras partes
do mundo. Objetivo? Replicar essas iniciativas no país para alavancar,
cada vez mais, o cooperativismo brasileiro.

e
Articulação d

13 co mitivseassao
nais a 6 paí
internacio
. Ao todo,
longo de 2014
ente
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80 lidtiviestrasa, téncn icos
coopera
cooperados
do Sistema e es
das delegaçõ
participaram a d o
ela Cas
organizadas p o.
Cooperativism
DESTAQUES 2014

31
delegados
97
delegados
15
cooperativas
estrangeiros de 11 estrangeiros foram brasileiras
países recebidos recebidos pela OCB presentes em
na Casa do em visitas técnicas feiras de outros
Cooperativismo. em todo Brasil. países.

23
O QUE NOS TORNA
COMPETITIVOS
Uma em cada sete pessoas do mundo já descobriu
as vantagens de se associar a uma cooperativa.
Nosso modelo de negócios é uma forma inteligente
e sustentável de empreender, que se diferencia dos
demais por valorizar a participação dos associados, a
gestão democrática e por zelar pelo crescimento de toda
RELATÓRIO OCB 2014

a comunidade. Justamente por isso, o pensamento cooperativista


ganha novos adeptos todos os dias e se posiciona como uma
alternativa empresarial capaz de gerar renda e, ao mesmo tempo,
contribuir para a construção de um Brasil mais justo e igualitário.

w NOSSOS NÚMEROS

de pessoas em todo o mundo são


cooperadas; estão vinculados a uma

+1
cooperativa.

BILHÃO
24
+ 100
PAÍSES
seguem os valores
e princípios do
cooperativismo.

é o volume de exportações
realizados por cooperativas

US$ 5,3 brasileiras em 2014, de acordo com


o Ministério do Desenvolvimento,

BILHÕES
Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

é o percentual de crescimento do
número de cooperados no Brasil
entre 2004 e 2013. Um número
impressionante, considerando que a
DESTAQUES 2014

população brasileira o Brasil cresceu


87,9% cerca de 12% em igual período,
segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).

é o crescimento do número de
empregos gerados por cooperativas

83,2%
brasileiras entre os anos de 2004 e 2013.

25
O QUE NOS TORNA
ESTRATÉGICOS
Para obter melhores resultados, é importante estudar
os cenários, traçar estratégias, além de ficar atento
aos movimentos da economia e à percepção do
mercado. Conheça alguns dos projetos lançados
pela OCB em 2014 que facilitam a tomada de
decisões dos dirigentes cooperativistas e influenciam
diretamente no resultado final alcançado pelo grupo.

ICAgro
Lançado oficialmente em fevereiro de 2014, o Índice de Confiança do
Agronegócio (ICAgro) é fruto de uma bem sucedida parceria entre a
OCB e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que
também conta com a participação das seguintes entidades: Associação
Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), Associação Nacional para Difusão
de Adubos (ANDA) e Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (ANFAVEA). O indicador retrata a percepção de produtores
agropecuários, cooperativas e indústrias ligados ao segmento sobre a
situação econômica do Brasil e do próprio agronegócio. A ideia é medir,
por um conjunto de variáveis, a percepção das indústrias de insumos e
transformação ligadas ao Agro, além das cooperativas e produtores, em
RELATÓRIO OCB 2014

relação a uma série de indicadores econômicos e de competitividade


do setor.  Os resultados são divulgados trimestralmente. No último ano,
o índice confirmou a percepção de queda no otimismo até o cenário
pessimista, fruto das incertezas climáticas e de mercado que tiveram
impactos nos principais produtos do agronegócio nacional.

• Perfil do Produtor – Com expectativa de acompanhar sua


evolução a cada dois anos, o Perfil do Produtor é outra pesquisa
que traz informações estratégicas, com detalhes sobre quem está
dentro da porteira, como um retrato do setor. Pela pesquisa, é
possível visualizar indicadores relacionados à escolaridade, família,
renda, sucessão, riscos, financiamento, comercialização e satisfação
daqueles que respondem aos questionários trimestralmente e que
representam a produção agropecuária mais dinâmica, tecnológica
e economicamente relevante.

26
w PERFIL DO PRODUTOR AGROPECUÁRIO | PORTE E REGIÕES*

Grande......... 23,3%
Porte
Médio........... 40,9%
(RU em %)
Pequeno....... 35,8%

Regiões
(RU em %)

MT/MS 24,2

MG/GO
20,3

SP
17,4

14,3
RS/SC

10,7
PR

BA
6,2
DESTAQUES 2014

2,3
ES

2,3
MA/PI/TO

1,6
PE/AL

0,8
PA

RU – Resposta Única

*Para mais informações, acesse www.icagro.com.br

27
• Painel de Investimentos – Também divulgado trimestralmente,
tem como objetivo monitorar a disposição do produtor em realizar
investimentos adicionais ao que faz normalmente, nas seguintes
áreas: custeio, máquinas e implementos agrícolas, infraestrutura
e gestão de pessoas. O Painel de Investimento traz elementos
importantes e complementares ao ICAgro, além de apresentar as
expectativas das maiores preocupações para o produtor no período.

w PREOCUPAÇÕES ATUAIS | PRODUTOR AGROPECUÁRIO

Os maiores problemas do seu negócio


(RM em % – Ranking)*

3º Trimestre de 2014

Aumento de custo de produção 43

Clima 54

Falta de trabalhador qualificado 30

Preço de venda do meu produto 44

Alta incidência de pragas e doenças 31

4º Trimestre de 2014

Aumento de custo de produção 55


RELATÓRIO OCB 2014

Clima 53

Falta de trabalhador qualificado 34

Preço de venda do meu produto 31

Alta incidência de pragas e doenças 28

Fonte: ICAGRO – FIESP/OCB


* RM - Respostas Múltiplas

• Divulgação – Desde seu lançamento em 2014 o Índice de Confiança


do Agronegócio tem sido utilizado como referência pelos principais
meios de comunicação a nível nacional e desperta cada vez mais
interesse de agentes que atuam no setor em outros países.
28
Principais números em 2014 relacionados ao website:

73 mil 60 mil 97 mil


visitas visitantes únicos visualizações
de página

REDE TRANSPORTE
Disposta a fazer do cooperativismo um modelo de negócios cada
dia mais competitivo, a OCB tem buscado inovar, criando novas
ferramentas capazes de ampliar os mercados dos ramos. Para o setor
de transporte, o ano de 2014 foi decisivo por marcar a criação e o
lançamento da Rede Transporte – a Central Nacional de Cooperativas
de Transporte de Cargas e Passageiros. Graças a ela, o segmento
reduzirá os custos em compras conjuntas, otimizará recursos e irá
posicionar-se ainda mais fortemente no mercado. A expectativa é que
a adesão à Rede Transporte seja crescente, abrangendo todas as 1.228
cooperativas do setor. Com uma frota atual de 30 mil veículos de carga
e 46 mil de transporte de passageiros, os benefícios às cooperativas
do ramo também só tendem a crescer. Para se ter ideia, o volume
de cargas transportado por essas cooperativas é de 330 milhões
de toneladas. Além disso, um total de 2 bilhões de pessoas são
DESTAQUES 2014

beneficiadas pelos serviços oferecidos pelas cooperativas de táxi.

INTERCÂMBIO COOPERATIVO
Vitrine mundial dos produtos e serviços cooperativistas, a Expocoop –
feira internacional que contou com o apoio dos sistemas OCB e Ocepar
– reuniu representantes de 15 países, no mês de maio, em Curitiba,
capital do Paraná. O evento gerou negócios e parcerias interessantes
para cooperativas brasileiras e de muitos outros países. Segundo a
organização do evento, cerca de 5 mil pessoas circularam pelo espaço
composto por 170 estandes, além de salas para conferências e debates
sobre temas atuais e de impacto no universo cooperativista.
29
O Sistema OCB aproveitou a oportunidade
catálogobrasileiro
decooperativas exportadoras para lançar a segunda edição do Catálogo
Brasileiro de Cooperativas Exportadoras desta
rq
ualidad
e
vez disponível em sete idiomas. Na publicação,
sil
informações importantes, como a relação de
o

Bra
Melh

o no
ricad
Fab
produtos comercializados por cada cooperativa,
Ga

rantia

de certificações internacionais, além de contatos e


dados que confirmam o potencial de exportação e
a competitividade do setor. Para estimular o acesso
1

ao catálogo, foi distribuído ao público um folder


que indicava o acesso à versão digital por QR Code. 

A realização do 6º BRICS COOP – Encontro das Cooperativas dos


Países do BRICS –, com a participação de 65 delegados estrangeiros,
foi outro ponto forte de uma programação que ocorria paralelamente
à Expocoop. A intenção era, novamente, discutir formas de promover
a cooperação internacional, desta vez entre cooperativas do Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul. Outras oportunidades de atuação
no mercado externo foram discutidas por 500 participantes do
Seminário Internacional de Mercado Cooperativo, que apresentou
12 palestras sobre temas relacionados ao comércio exterior.

w DESTAQUES DO BRICS COOP

número de cooperativas dos


países que formam o BRICS

1
RELATÓRIO OCB 2014

MILHÃO
estimativa do número de pessoas
ligadas à cooperativas nos países do
BRICS, o equivalente a mais de 50%

600 do total de cooperados no mundo.

MILHÕES

30
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SISTÊMICO
Um horizonte de novas conquistas e de crescimento. “Até 2025, o
cooperativismo brasileiro será reconhecido pela sociedade por sua
competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade aos
seus cooperados”. Esta é a bússola que vai orientar a atuação de
todas as instituições que formam o Sistema OCB – OCB, Sescoop e
CNCoop – nos próximos anos, a partir de 2015. A visão faz parte de
um planejamento estratégico realmente sistêmico. Todo o processo foi
construído em conjunto, pautado pelo diálogo e com o envolvimento
de lideranças, dirigentes e corpo técnico – gerentes e colaboradores –
de todo o país. Os planos já foram traçados. Está desenhado o futuro
do cooperativismo brasileiro.

w EM NÚMEROS

Cerca de

1 mil
pessoas envo
lvidas
e
no processo d
çã o d o
constru
planejamento

8,9
DESTAQUES 2014

foi a avaliaçã
o
pelos particip média dada
antes a todo
eventos reali s os
zados ao lon
da elaboraç go
ão do plano
como oficina ,
s de formula
estratégica, ç ão
videoconferê
capacitaçõe ncias,
s, pesquisas
via web, entr
evistas em
profundidad
e etc.

31
Diretrizes de Comunicação
Todos falando o mesmo discurso e trabalhando juntos para
que o cooperativismo seja reconhecido pela sociedade como
um agente indutor de desenvolvimento no país. Também
na comunicação, a ideia é atuar sistemicamente, seguindo
o mesmo fio condutor, caminhando na mesma direção.
Em 2014, a OCB – junto com o Sescoop e a CNCoop – se
dedicou à construção de um planejamento de comunicação
voltado a todo o Sistema OCB – que se estendesse, também,
às unidades estaduais e às próprias cooperativas. Por isso,
o processo de formulação seguiu a mesma linha. Contou
com a participação de representantes de todo o Sistema,
incluindo lideranças, gestores e equipe técnica, e, ainda,
com a colaboração de importantes formadores de opinião.
À frente do processo, a diretoria e o Conselho Nacional de
Comunicação do Sistema. A partir de 2015, o Sistema OCB irá
pautar suas ações de comunicação em cinco diretrizes:

1– Consolidar a imagem do cooperativismo como um bom


negócio;
2 – Despertar e fortalecer o orgulho de ser cooperativista;
3 – Ampliar o grau de conhecimento sobre os diferenciais do
cooperativismo;
4 – Alinhar a comunicação e o discurso institucional do
Sistema OCB;
5 – Promover as instituições que compõe o Sistema OCB e os
seus papeis no movimento cooperativista.
RELATÓRIO OCB 2014

32
DIAGNÓSTICOS DOS RAMOS
CONSUMO E EDUCACIONAL
A OCB sabe que, para fazer cada dia mais e melhor pelo
cooperativismo brasileiro, é preciso, antes de tudo, conhecer a
fundo a realidade e as necessidades de todas as cooperativas que
representa – de 13 ramos diferentes. Pensando nisso, a entidade deu
início a levantamentos sobre a atuação das cooperativas no Brasil. Em
2014, o Sistema OCB lançou os diagnósticos dos ramos consumo e
educacional. Para viabilizar esse estudo, contou com uma participação
representativa das cooperativas – responderam às pesquisas 46,7%
daquelas que trabalham com educação e 35% das que fazem parte
do segmento de consumo. Ao todo, foram 186 cooperativas, de 24
estados. Agora, a OCB conta com novos subsídios para a defesa e
a promoção desses ramos frente ao governo e aos parlamentares. A
ideia é estender esse trabalho a cooperativas de outros segmentos.
Para 2015, já estão previstos os diagnósticos dos ramos mineral,
trabalho e infraestrutura.
DESTAQUES 2014

33
O QUE NOS TORNA
REFERÊNCIA NA
DIVULGAÇÃO DO
COOPERATIVISMO
A OCB sabe que o cooperativismo brasileiro deve ser visto como
um modelo de negócios diferenciado e promissor. Por isso, temos
nos esforçado para fortalecer a imagem do nosso movimento junto
aos públicos interno e externo. Afinal, ser cooperativista é trabalhar
pensando não somente em si, mas no crescimento de todos.

9º PRÊMIO COOPERATIVA DO ANO


São muitos os diferenciais cooperativistas e eles
se evidenciam em iniciativas desenvolvidas por
cooperativas de todas as regiões do país. Foi o
que mostrou o 9º Prêmio Cooperativa do Ano
em 2014 – com 273 projetos que são exemplos
de boas práticas adotadas pelo cooperativismo
brasileiro. Ações que comprovam a diversidade,
a riqueza e o empreendedorismo tão
RELATÓRIO OCB 2014

presentes no movimento cooperativista. A


premiação – realizada pelo Sistema OCB
como reconhecimento e incentivo à adoção de boas práticas –, teve
participação e representatividade recordes em 2014: 185 cooperativas
de dez ramos e 21 estados diferentes.

PORTAS ABERTAS
Enquanto os cooperados estão na ponta
tocando os seus negócios e as unidades
estaduais fazem a articulação direta com as
cooperativas, a OCB e sua equipe técnica
34
atuam em Brasília (DF), com ações nacionais para a defesa e promoção do
cooperativismo. Pensando em estreitar o relacionamento com as unidades
e com as próprias cooperativas, realizamos desde 2013 o projeto Portas
Abertas. A ideia é receber os cooperados na capital federal, e apresentar a
eles o que fazem cada uma das três instituições componentes do Sistema
OCB em prol do movimento cooperativista brasileiro. Em 2014, o Portas
Abertas recebeu nove turmas formadas por 255 pessoas. As avaliações
confirmam que o projeto veio para ficar – uma média de 92% das
avaliações sobre a iniciativa estão entre os conceitos ótimo e bom, com
manifestação dos estados em adotar o modelo em suas unidades.

REVISTA SABER COOPERAR


Os exemplos de empreendedorismo
cooperativista também são divulgados em uma
publicação especial do Sistema OCB, a Revista
Saber Cooperar. Em 2014, foram publicadas
cinco edições, com 41 reportagens sobre o
cooperativismo, e três encartes técnicos, com a
distribuição de 60 mil exemplares.

RELATÓRIO MENSAL
Uma gestão pautada pela transparência, pelo
foco nos resultados e pela mensuração. A OCB
define suas estratégias para trabalhar pelo
cooperativismo brasileiro com base nessas
DESTAQUES 2014

premissas. E a evolução e os resultados desse


esforço diário pelo desenvolvimento sustentável
do setor são destacados em uma agenda semanal sobre as proposições
em pauta na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Já o
relatório mensal apresenta as ações e as conquistas decorrentes
dessa atuação de representação institucional. O relatório funciona
como um instrumento de prestação de contas às unidades estaduais
e cooperativas das atividades realizadas pela OCB no seu papel de
representante do movimento cooperativista. Junto com ele, a OCB
envia outros dois produtos: o Acompanhamento dos Ramos – produto
focado na explanação das estratégias e avanços implementados em
cada ramo do cooperativismo – e o Relatório de Discursos, documento
que congrega os discursos parlamentares do mês que abordam o tema
35
do cooperativismo. Em 2014, foi divulgada uma média de 92 ações por
mês, totalizando 1.104 projetos, eventos e iniciativas. Todos eles focados
no fortalecimento dos cooperativistas brasileiros.

w COMUNICAÇÃO EM NÚMEROS

investidos em patrocínios de
eventos que, em conjunto,

R$ 257,4
reuniram um público 660 mil
pessoas. Todas elas tiveram

MIL
algum tipo de contato com a
marca da OCB, recebendo, ainda,
informações sobre a atuação
do movimento cooperativista
brasileiro.

notícias publicadas na mídia sobre


o Sistema OCB. Uma média de 6,8

2,5 MIL
notícias por dia.
RELATÓRIO OCB 2014

das notícias publicadas sobre a


OCB, foram classificadas como

95%
positivas ou neutras.

em mídia espontânea – sendo


praticamente R$ 12 milhões sobre

R$ 27
ações específicas da OCB.

MILHÕES
36
O QUE NOS
TORNA UM TIME
A OCB segue os valores e princípios do cooperativismo e os coloca
realmente em prática. Por isso, sabe que seu maior capital são as
pessoas. Investir na profissionalização do seu time de colaboradores
é, portanto, prioridade para a OCB. São visitas técnicas e imersões no
universo cooperativista, tanto no Brasil quanto no exterior, participações
em eventos nacionais e internacionais, cursos que são referência, de
curta e longa duração, bolsas de estudo, palestras, entre tantas outras
ações de capacitação. E os resultados não poderiam ser melhores – uma
equipe motivada e dedicada diariamente ao crescimento do movimento
cooperativista brasileiro – de todas as cooperativas, dos 13 ramos.
Orgulho por fazer parte de um grande time que trabalha pela felicidade
de milhões de pessoas em todo o país.

w CAPACITAÇÕES REALIZADAS

Unidade Nacional

81
1.378,5
ações de
capacitação, que
somaram 1.390 horas de
participações capacitação
DESTAQUES 2014

Unidades Estaduais

24
ações de
capacitação, que
584
horas de
somaram 875 capacitação 
participações

37
REPRESENTAÇÃO
Para bem defender a bandeira do cooperativismo é preciso, antes
de tudo, AMAR A CAUSA. É necessário entender que na política,
assim como no campo, a colheita só é farta quando acompanhada
de perto pelos olhos do dono. Nessas horas, ser cooperativista é
compreender os ventos da mudança.

O time que representa o cooperativismo brasileiro junto aos órgãos


públicos, privados e também no exterior conquista pelo exemplo.
Jovens cooperativistas conscientes de que o principal papel da
OCB é bem servir os cooperados e a família cooperativista.
NOSSA MAIOR
BANDEIRA É VOCÊ
A equipe da OCB veste a camisa do cooperativismo para
defender os interesses e os direitos dos nossos associados junto
aos Três Poderes, à sociedade e também fora do Brasil

Os 46 milhões de brasileiros beneficiados, direta ou indiretamente,


pelo cooperativismo estão muito bem representados junto aos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário. A equipe da OCB trabalha dia e noite
para defender os direitos e os interesses dos cooperados. O objetivo
é construir um ambiente político favorável ao crescimento do setor, e
aumentar, ainda mais, a felicidade dos cooperativistas.

Para bem levantar a bandeira do cooperativismo, é fundamental


conhecer as demandas e especificidades das cooperativas para definir
as estratégias e os focos de atuação. Esse é um desafio diário, que inclui
a participação de equipes técnicas da OCB em conselhos consultivos,
grupos de trabalho, câmaras temáticas e reuniões setoriais. Nosso papel
é levar entendimento a integrantes do governo federal, magistrados e
parlamentares sobre a atuação e as questões relativas às cooperativas.
Bem informados, eles podem tomar melhores decisões, garantir marcos
regulatórios adequados e fomentar políticas públicas favoráveis ao
movimento.

É sempre bom lembrar que


RELATÓRIO OCB 2014

as ações de representação da
OCB não se limitam ao território
nacional. Nossa equipe tem
colher
seu trabalho reconhecido e A tarefa de re
aç õe s so bre a
respeitado em diversos países, inform
cooperativas
realidade das
cruzou fronteiras e participou participativo
é um processo
de relevantes projetos e feiras e envolve os
e sistêmico, qu
as Unidades
internacionais, incentivando não cooperados,
Conselhos
só as práticas cooperativistas Estaduais, os
s do s Ramos,
brasileiras, mas identificando Consultivo
equipes
modelos de sucesso no exterior a Diretoria e as
O CB.
técnicas da
para compartilhar essas
informações com as mais de 6,8
mil cooperativas brasileiras.

40
RELATÓRIO DE DISCURSOS
A equipe da OCB acompanha diariamente tudo o que é dito
sobre o cooperativismo no Congresso Nacional. Em 2014,
foram 171 discursos proferidos nos plenários da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal, ressaltando a importância
do cooperativismo para o desenvolvimento no país. Tudo
resumido e documentado, de forma transparente, por meio
do Relatório de Discursos. O documento é encaminhado
mensalmente às Organizações Estaduais, juntamente com o
Relatório Mensal de atividades.

ALIADOS NO PODER
A OCB não está sozinha na defesa do cooperativismo no
Congresso Nacional. Nossa equipe trabalha em perfeita sinergia
com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop)
– bancada que encerrou a 54a Legislatura formada por 234
deputados e 35 senadores que participaram das discussões e
deliberações legislativas referentes ao setor, tanto nas comissões
temáticas, como nos plenários das duas Casas Legislativas.

Constituída em 1986, a Frencoop tem a missão de contribuir para


o aperfeiçoamento do marco regulatório de interesse do Sistema
Cooperativista Brasileiro, a partir de uma atuação articulada e
transparente.

Ao longo de mais de duas décadas de atuação, a Frente


promove participação significativa no debate com os Três
Poderes da República, ao mesmo tempo em que aproxima os
líderes cooperativistas do processo político-decisório, sendo um
REPRESENTAÇÃO

elemento fundamental para a representação política do Sistema


OCB junto aos formadores de opinião.

O sucesso da Frencoop no Congresso tem incentivado a


criação de frentes parlamentares do cooperativismo por todo
o país, levando a bandeira do cooperativismo, em Assembleias
Legislativas e Câmaras de Vereadores, Brasil afora.

41
BALANÇO DE ATIVIDADES
NO PODER LEGISLATIVO
A Casa do Cooperativismo acompanhou audiências e
pronunciamentos feitos no Congresso Nacional em
2014, atuando com persistência e habilidade para
adequar a legislação às necessidades e especificidades
do setor. Foram monitorados um total de 520 projetos
que impactam no desenvolvimento do cooperativismo
brasileiro – 52 prioritários integraram a Agenda Legislativa,
ferramenta fundamental para nortear os trabalhos de representação.

w PROPOSIÇÕES COM RESULTADOS POSITIVOS PARA O


COOPERATIVISMO 2014

Projeto Resumo Tramitação Ramo


A matéria foi aprovada,
Equiparação conforme posicionamento do
do contrato Sistema OCB, pela Comissão
de trabalho de Agricultura (CAPADR)
PL 2.767/2011 das atividades da Câmara dos Deputados. Agropecuário
pesqueira e No momento, aguarda
agropecuária designação de relator na
Comissão de Trabalho
(CTASP).
A Comissão de Agricultura
e Reforma Agrária (CRA), do
Senado Federal, aprovou
Regras para a o projeto que beneficia o
proteção da desenvolvimento local e
vegetação nativa pacifica pontos de conflitos Meio
PLS 368/2012
em Áreas de decorrentes das diferentes Ambiente
RELATÓRIO OCB 2014

Preservação interpretações jurídicas do


Permanente (APP) Código Florestal. A matéria
aguarda deliberação da
Comissão de Meio Ambiente
(CMA).
A proposição foi aprovada
conforme posicionamento do
Sistema OCB, pela Comissão
Embalagens para
de Desenvolvimento
acondicionamento
PL 3.788/2012 Econômico, (CDEIC) da Agropecuário
de produtos
Câmara dos Deputados, e
hortícolas in natura
remetida para deliberação da
Comissão de Constituição e
Justiça (CCJC).

42
Projeto Resumo Tramitação Ramo
O projeto foi aprovado
pela Comissão de Ciência,
Tecnologia (CCTCI) da
Altera o prazo para
Câmara dos Deputados,
a publicação do
conforme posicionamento do
edital de cobrança
cooperativismo, e ainda pela
da contribuição
PL 5.239/2009 Comissão de Constituição Sindical
sindical e inclui
e Justiça e de Cidadania
a Internet como
(CCJC). Foi remetido para
veículo de
o Senado Federal, onde
publicação
aguarda designação de
relator na Comissão de
Ciência e Tecnologia (CCT).
A matéria foi aprovada pela
Comissão de Agricultura
Adequação
(CAPADR) da Câmara dos
dos critérios de
Deputados. No momento, Meio
PL 3.729/2004 classificação para
aguarda designação de Ambiente
a obtenção da
relator na Comissão de Meio
licença ambiental
Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (CMADS).
A proposta foi aprovada,
Expropriação de com emenda para que seja
propriedades rurais regulamentada por lei, pelo
e urbanas onde Plenário do Senado Federal,
PEC 57A/1999 Agropecuário
forem localizadas e promulgada em junho
a exploração de como Emenda Constitucional
trabalho escravo 81/2014.

O Plenário do Senado
aprovou o projeto, que foi
Obriga as remetido para a Câmara dos
concessionárias Deputados onde aguarda
de energia elétrica deliberação do Plenário.
a instalarem, sem Sua aprovação poderá
PDS 787/2009 Infraestrutura
ônus adicional, beneficiar produtores rurais
relógios de dupla e agroindústrias ao conceder
REPRESENTAÇÃO

tarifação para tarifas diferenciadas de


produtores rurais energia em períodos de baixo
consumo, garantindo, assim,
menor custo de produção.
A matéria foi aprovada
pela Comissão de Ciência,
Destinação dos Tecnologia, Inovação,
recursos do Comunicação e Informática
Adicional ao Frete (CCT) do Senado Federal,
PLC 36/2013 para a Renovação conforme posicionamento do Agropecuário
da Marinha Sistema OCB, e encaminha
Mercante (AFRMM) para deliberação da
Comissão de Meio Ambiente
(CMA).

43
Projeto Resumo Tramitação Ramo
A proposição foi aprovada
pelo Plenário da Câmara dos
Deputados, e posteriormente
pela Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) e pelo
Funcionamento Plenário do Senado Federal.
e fiscalização Transformado na Lei
PL 4.385/1994 Consumo
das atividades 13.021/2014, que define as
farmacêuticas farmácias como prestadoras
de serviço de assistência
à saúde, autorizando os
estabelecimentos a verificar
a pressão arterial e aplicar
vacinas, por exemplo.
Institui o Programa
Nacional de A Comissão de Meio
Compensação Ambiente (CMADS) da
por Serviços Câmara dos Deputados
Meio
PL 1.274/2011 Ambientais e o aprovou o projeto, que foi
Ambiente
Fundo Federal encaminhado à deliberação
de Pagamento da Comissão de Finanças e
por Serviços Tributação (CFT).
Ambientais
O projeto foi rejeitado
Licenciamento
pela Comissão de Meio
ambiental para
Ambiente e Desenvolvimento
a instalação, a
Sustentável (CMADS) da
ampliação e o
Câmara dos Deputados,
PL 2.163/2011 funcionamento de Agropecuário
conforme posicionamento
empreendimentos
do Sistema OCB. O texto
agropecuários,
foi encaminhado para
florestais ou
deliberação do Plenário.
agrossilvipastoris

A matéria foi aprovada


pela Comissão de Meio
RELATÓRIO OCB 2014

Incentivos fiscais,
Ambiente (CMA) do Senado
econômicos e
Federal, de acordo com
creditícios para o Meio
PLS 556/2013 o posicionamento do
desenvolvimento Ambiente
Sistema OCB. A matéria
de atividades
foi encaminhada para
sustentáveis
deliberação da Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE).

44
Projeto Resumo Tramitação Ramo
O Projeto de Lei
Complementar foi outra
matéria rejeitada seguindo
orientações do Sistema
Institui o Estatuto OCB em 2014. Desta
da Microempresa vez, pela Comissão de
PLP 103/2011 Rural e da Empresa Desenvolvimento Econômico Agropecuário
Rural de Pequeno (CDEIC) da Câmara dos
Porte Deputados. A matéria
foi encaminhada para a
Comissão de Finanças e
Tributação (CFT).

A Comissão de Meio
Ambiente (CMADS) da
Câmara dos Deputados
Revisão quinquenal rejeitou o projeto, conforme
da lei que instituiu posicionamento do Sistema Meio
PL 3.371/2012
o Código Florestal OCB, o qual segue para a Ambiente
Brasileiro Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania
(CCJC).

A LDO 2015 foi aprovada


pela Comissão Mista de
Lei de Diretrizes Orçamento e pelo Plenário
Orçamentárias do Congresso Nacional, com Todos os
PLN 3/2014
(LDO) pontos que fomentam as Ramos
atividades de cooperativas
brasileiras.

O projeto foi aprovado


na forma de substitutivo
Substituição das
conforme parecer da
redes aéreas
OCB pela Comissão de
PLS 37/2011 de energia Infraestrutura
Assuntos Econômicos (CAE)
elétrica por redes
do Senado. Segue para
REPRESENTAÇÃO

subterrâneas
deliberação da Comissão de
Infraestrutura (CI).
Inclui as
cooperativas de A matéria foi aprovada pelo
produtores rurais Plenário do Senado Federal
PLC 110/2013 Agropecuário
como locais na e transformada na Lei
comercialização do 12.959/2014.
vinho colonial

45
Projeto Resumo Tramitação Ramo
O Projeto foi aprovado pelos
Plenários da Câmara dos
Deputados e do Senado
Federal em 2014, e contou
com o apoio do Sistema
OCB para a sua elaboração.
A matéria traz, entre outros
aspectos, a possibilidade das
PL 5.943/2010 Lei do Motorista cooperativas de transporte Transporte
utilizarem – no caso de
furto ou acidente – seguros
privados ou fundo específico
a ser criado pela cooperativa.
No momento, aguarda
deliberação das emendas
do Senado pelo Plenário da
Câmara dos Deputados.
O projeto foi aprovado na
Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJC)
da Câmara dos Deputados.
Por não ser uma comissão de
mérito, a matéria não pôde
ser alterada pelo relator,
deputado Alceu Moreira (RS).
O Sistema OCB tem reservas
PL 2.182/2011 Produtos vegetais Agropecuário
quanto à matéria e, durante a
votação, o deputado Osmar
Serraglio (PR), presidente da
Frencoop, apresentou voto
em separado com o pleito do
setor cooperativista, que está
acordado para ser alterado
em Plenário.
RELATÓRIO OCB 2014

46
Projeto Resumo Tramitação Ramo
O projeto do Poder
Executivo, foi aprovado pela
Comissão Especial e pelo
Plenário da Câmara dos
Deputados, e posteriormente
transformado na Lei
13.005/2014, com vigência
por 10 anos. O Plano
Nacional de Educação
(PNE) vai atuar segundo
dez diretrizes que incluem a
erradicação do analfabetismo,
a universalização do
atendimento escolar,
promoção do princípio
da gestão democrática
Plano Nacional da educação pública e
PL 8.035/2010 de Educação promoção dos princípios Educacional
do respeito aos direitos
humanos, à diversidade
e à sustentabilidade
socioambiental, dentre
outros.
Para a OCB, o
aprimoramento da proposta
inicial do projeto – que
garante a participação da
sociedade civil nas fases de
elaboração e adequação dos
planos de educação, assim
como nas conferências do
setor – é uma oportunidade
de mostrar o potencial
agregador do movimento a
serviço da educação.
REPRESENTAÇÃO

47
Projeto Resumo Tramitação Ramo
O projeto que desobriga
as máquinas agrícolas do
registro e do licenciamento
(previsto na Resolução
429 do Denatran), foi
aprovado pela Comissão
de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) do Senado,
Registro e
após intenso trabalho do
Licenciamento
Sistema OCB. A matéria
PLC 57/2013 de Máquinas Agropecuário
enviada à sanção, entretanto,
Agrícolas
foi vetada pela Presidência
da República. Desde então,
a Casa do Cooperativismo
vem trabalhando o tema
em Medidas Provisórias e
discussões com o Poder
Executivo, em parceria com
a Frente Parlamentar da
Agropecuária.
O PL 7.755/2010, que trata
das diretrizes básicas para as
políticas públicas voltadas
aos profissionais que
trabalham com artesanato, foi
PL 7.755/2010 Artesanato Produção
deliberado pela Comissão de
Trabalho (CTASP) da Câmara
dos Deputados, e contou
com o apoio do Sistema OCB
para a sua aprovação.

ALTERAÇÕES À LEI GERAL DAS COOPERATIVAS


RELATÓRIO OCB 2014

O Projeto de Lei do Senado 03/2007, que define a nova legislação


cooperativista, revogando a atual Lei 5.764/1971, foi aprovado, em
março, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do
Senado Federal, sob relatoria do senador Waldemir Moka (MS). Em
dezembro, foi deliberado pela Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE), com relatoria da senadora Gleisi Hoffmann (PR).

O projeto vem sendo amplamente debatido pela OCB tanto com


o Poder Executivo e Congresso Nacional, quanto com dirigentes
e técnicos das Unidades Estaduais do Sistema desde a sua
apresentação. O texto aprovado pela CAE foi construído com
base nas negociações prévias com a relatora que, atendendo a um
pedido do senador Eduardo Suplicy (não reeleito para o próximo
mandato), optou por deliberar o projeto ainda em 2014.

48
Durante a negociação foram feitos avanços na matéria, que
contempla importantes pleitos das cooperativas para o
aperfeiçoamento e atualização da lei cooperativista, como por
exemplo: a criação do Certificado de Crédito Cooperativo, cuja
intenção é fomentar capital para as cooperativas; possibilidade
do mandato do conselho fiscal ser estendido por três anos e a
manutenção de previsão da categoria econômica cooperativista
é outra conquista, reafirmando a legitimidade de nosso sistema
sindical.

Considerando a diversidade de atores no processo, a complexidade


do tema e as posições adotadas pelo Poder Executivo durante a
negociação, o texto aprovado contempla nossos principais pleitos.
No entanto, a OCB continuará lutando por mais modificações
na redação do projeto durante sua tramitação pela Câmara dos
Deputados em 2015, com o apoio da Frencoop.

w MEDIDAS PROVISÓRIAS, EDITADAS PELA PRESIDÊNCIA


DA REPÚBLICA, IMPORTANTES PARA O COOPERATIVISMO

Medida
Tema Resumo
Provisória
A Lei 12.973/2014 isentou a cobrança do
Programa de Integração Social (PIS) e da
Contribuição para o Financiamento da
Incentivo à Seguridade Social (Cofins) sobre as atividades
MPV 627/2013 cultura culturais de artistas ligados às cooperativas de
cultura, garantido não só a continuidade como
o crescimento do setor cooperativista, já que a
medida vai estimular cada vez mais o artista a
REPRESENTAÇÃO

sair da informalidade.
A Lei 12.999/2014 beneficia os produtores de
cana-de-açúcar da região Nordeste e do estado
Benefício do Rio de Janeiro que tiveram perda de safra
MPV 635/2013 Garantia-Safra (2012/2013) em razão de estiagem ou excesso
de chuvas no campo. A medida garantiu a eles o
pagamento do Benefício Garantia-Safra.

49
Medida
Tema Resumo
Provisória
No caso da matéria transformada na Lei 13.001/
2014, os beneficiados foram os produtores rurais
inadimplentes, com uma série de medidas de
estímulo à liquidação ou à renegociação de
dívidas originárias de operações de crédito rural
Renegociação
e das dívidas contraídas no âmbito do Fundo
MPV 636/2013 de dívidas
de Terras e da Reforma Agrária e do Acordo de
Empréstimo 4.174-BR, inscritas na Dívida Ativa
da União (até a data de publicação da lei). Os
descontos variam de 33% a 70%, de acordo com
o valor da dívida.

A Lei 13.033/2014 elevou o percentual máximo


de etanol na mistura com a gasolina de 25%
para 27,5%, e o percentual de adição de
7% de biodiesel na mistura do óleo diesel
comercializado.
A matéria foi relatada pelo deputado Arnaldo
Combustíveis
MPV 647/2014 Jardim (SP), que integra a Frencoop, e contou
com uma forte atuação da equipe técnica da
OCB. A norma fortalece a Política Nacional
de Produção e Uso do Biodiesel, que tem
importante participação dos agricultores
familiares associados às cooperativas do ramo.

A reabertura do prazo do Programa de


Recuperação Fiscal (Refis), referente a Lei
13.043/2014, com benefícios que incluem
a redução de exigências e a opção de
parcelamento das dívidas feitas até novembro de
Refis 2013 foi uma importante vitória do Sistema OCB.
MPV 651/2013
A lei inclui, também, a volta do Regime Especial
de Reintegração de Valores Tributários para as
Empresas Exportadoras (Reintegra), que devolve
RELATÓRIO OCB 2014

o resíduo tributário remanescente na cadeia de


produção dos bens exportados.

50
Medida
Tema Resumo
Provisória
Cinco pontos de interesse das cooperativas
brasileiras foram aprovados pelo Congresso
Nacional, como a previsão da regulamentação
da categoria de Cooperativa de Transporte de
Cargas (CTC), o ajuste das regras de classificação
contábil do capital social das cooperativas (ICPC-
14) e o aproveitamento de crédito de PIS/Cofins
da cadeia do leite. Nesse caso, a intenção é
garantir o mesmo tratamento entre cooperativas
e sociedades empresárias quanto à manutenção
dos créditos presumidos.
MPV 656/2014 ICPC-14
Outros importantes avanços para o setor
produtivo, que incluiria as cooperativas, são
a readequação das regras de emplacamento
de máquinas agrícolas e a simplificação de
procedimentos para o setor elétrico e acesso
ao desconto mínimo de 50% na tarifa de uso do
sistema de transmissão (TUST).
A Lei 13.097/2015, sancionada pela presidente
da República, manteve apenas o artigo proposto
pelo Sistema OCB, que assegura a classificação
contábil do capital social das cooperativas.

w ATUAÇÃO LEGISLATIVA EM NÚMEROS*

dias dedicados à defesa dos interesses do


cooperativismo em Medidas Provisórias (MPVs)
51
MPVs de interesse do cooperativismo
acompanhadas pelo Sistema OCB, com
15 inclusões favoráveis ao setor em 7 delas
REPRESENTAÇÃO

propostas com resultado favorável ao Sistema OCB


– quatro delas sancionadas e uma promulgada
25
ações para que projetos com impacto negativo
para o setor não fossem deliberados em

122 comissões e Plenários do Congresso Nacional

* 2014 foi ano de eleições gerais em todo o Brasil. Com isso, a movimentação legislativa foi menor
do que em outros anos. Tal fato impacta diretamente nos resultados obtidos pela OCB no Congresso
Nacional.

51
ENCONTROS DE TRABALHO
Ao longo de 2014, a equipe da OCB participou de 37 audiências
com parlamentares para debater questões de interesse do sistema
cooperativista em tramitação no Congresso Nacional. Dentre os
temas abordados estão a inconstitucionalidade da contribuição
previdenciária de 15% devida pelo tomador de serviços na
contratação de cooperativas de trabalho; as atuais condições da
infraestrutura de transporte rodoviário no país para adequar a
Lei 12.619/2012 (Lei do Motorista); e o PLS 3/2007 (Lei Geral das
Cooperativas).

Os técnicos do Sistema OCB também se reuniram com entidades


parceiras que integram a Frente Parlamentar da Agropecuária
(FPA) para tratar de assuntos que beneficiam as cooperativas
agropecuárias. Dentre os temas em destaque estão a não
obrigatoriedade do licenciamento e emplacamento de máquinas
agrícolas, o Projeto de Lei 7.735/2014 que dispõe sobre os recursos
genéticos; a Proposta de Emenda Constitucional 57A/1999 –
conhecida como a PEC do Trabalho Escravo – e a PEC 215/2000,
que transfere a competência da União na demarcação das terras
indígenas para o Congresso Nacional. A proposta também
possibilita a revisão das terras já demarcadas.

Também ocorreram 21 reuniões de pauta, que permitiram a troca


de informações entre as Confederações Patronais, com atenção
maior das entidades para as questões trabalhistas e sindicais.
O PL 4.333/2004, por exemplo, prevê a contratação de serviços
terceirizados sem estabelecer quais serviços podem ser por
meio de terceirização. Na pauta, também, o PL 4.246/2012 (Lei
do Motorista), além de ações com o Conselho Administrativo de
RELATÓRIO OCB 2014

Recursos Fiscais (CARF).

Audiências públicas – em 2014, foram acompanhadas 50


audiências públicas na Câmara dos Deputados e no Senado
Federal, dentre as quais três contaram com a participação
de expositores do Sistema OCB. Entre os temas debatidos, a
implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o Plano Nacional
de Educação, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o Marco
Regulatório da Mineração e o Plano Safra. O objetivo do Sistema
OCB é participar cada vez mais de debates e projetos que
possam trazer desdobramentos ao movimento, defendendo suas
particularidades e demandas.

52
BALANÇO DE ATIVIDADES
NO PODER EXECUTIVO
Políticas públicas. Processo pelo qual o governo traduz seus
propósitos e plataformas eleitorais em programas e ações,
tendo em vista as demandas sociais, a repercussão de
temas na mídia e os interesses dos grupos econômicos
e de entidades de representação. Na prática, essas
políticas costumam ser construídas com a participação
da sociedade civil organizada e dos setores econômicos,
em câmaras temáticas ou conselhos consultivos governamentais, assim
como a partir de proposições no Congresso Nacional.É nesse complexo
processo para a formulação de programas e ações que o Sistema OCB
busca construir uma rede de relacionamentos para disseminar a cultura
cooperativista e ver contempladas as necessidades do setor. Ao longo
de 2014, foram realizadas 148 audiências com técnicos de ministérios,
agências reguladoras e demais órgãos do governo federal para defender
pleitos do movimento.

PROPOSTAS AOS
PRESIDENCIÁVEIS
Em tempos de eleição, é preciso dialogar com
os candidatos para garantir que eles entendam e
conheçam a importância do cooperativismo para o
desenvolvimento sustentável do Brasil. Por isso, no
segundo turno das eleições presidenciais de 2014, os
então candidatos Dilma Rousseff e Aécio Neves receberam um conjunto
de 76 propostas do Sistema OCB para o fortalecimento do Brasil e da
cultura cooperativistas. O documento foi construído coletivamente, com a
participação de 60 lideranças cooperativistas – representantes da unidade
nacional e de todas as organizações estaduais do Sistema OCB, com pelo
REPRESENTAÇÃO

menos um membro de cada ramo do cooperativismo, além de assessores


jurídicos e tributários. As propostas enviadas foram subdividas em seis
macrotemas, que servirão para subsidiar o governo na elaboração de
políticas públicas que atendam às cooperativas. São eles:

1 – Reconhecimento da importância econômica e social do


cooperativismo
Mostrar ao poder público o papel do cooperativismo como modelo
econômico sustentável, capaz de aprimorar as políticas de inclusão social
e de geração de renda, fortalecendo seu papel como parte da agenda
estratégica do país.

2 – Ato cooperativo e simplificação da carga tributária


Explica porque as cooperativas têm direito a um tratamento tributário

53
adequado ao ato cooperativo, que atenda às especificidades da natureza
jurídica das sociedades cooperativas. Hoje, o ato cooperativo não vem
sendo respeitado e as cooperativas brasileiras têm sofrido “bitributação”,
em desacordo com o princípio da capacidade contributiva.

3 – Modernização da lei geral das cooperativas


Defende a atualização da Lei nº 5.764/1971, adaptando-a às necessidades
atuais das sociedades cooperativas, com a criação de mecanismos
institucionais de relevância, tais como o certificado de crédito
cooperativo, o procedimento de recuperação judicial de cooperativas e a
previsão legal da existência da categoria econômica cooperativista.

4 – Acesso ao crédito e às linhas de financiamento público pelas


cooperativas
Demonstra a importância de o governo federal ampliar e adequar as
linhas de financiamento público para o investimento, custeio e capital de
giro das cooperativas, permitindo que estas ampliem a estrutura do seu
negócio e se fortaleçam por meio da economia de escala.

5 – Segurança jurídica e regulatória para o cooperativismo


Explica porque é preciso garantir maior clareza nos critérios adotados
pelos órgãos reguladores e de fiscalização das atividades cooperativas.
Aborda temas como o reconhecimento da categoria econômica
cooperativista para fins sindicais e ajuste dos marcos regulatórios setoriais
de cooperativas em diversos ramos, de modo a criar um ambiente de
segurança jurídica adequado ao desenvolvimento do cooperativismo.

6 – Eficiência do Estado e gestão pública


A comunidade cooperativista acredita que a ampliação da eficiência do Estado
diminui os problemas sociais e econômicos. Se o governo tiver a meta de fazer
sempre mais, com menos recursos, teremos como resultados imediatos: a
melhor utilização dos recursos públicos, a oferta de serviços públicos de boa
qualidade à sociedade, bem como a redução da carga tributária.
RELATÓRIO OCB 2014

PRINCIPAIS CONQUISTAS DO ANO


Crédito: aperfeiçoando procedimentos e crescendo com
sustentabilidade

Os números comprovam: as cooperativas de crédito crescem ano a ano e


estão no caminho certo para se transformar na alternativa mais inteligente
para quem deseja tomar as rédeas de sua vida financeira.

Com cerca de 7 milhões de associados, as cooperativas do ramo investem


constantemente na profissionalização dos processos de gestão e
governança. Trabalho que tem gerado resultados determinantes para o
desenvolvimento do setor.
54
O time técnico do Sistema OCB tem contribuído diretamente para o
aprimoramento do setor, a partir de uma forte interlocução com o órgão
regulador do ramo, o Banco Central do Brasil. Conquista que não seria
possível sem o suporte político e técnico do Conselho Consultivo do
Ramo Crédito (Ceco). Em novembro de 2014, por exemplo, conseguimos
autorização para que as cooperativas de crédito passem a emitir Letras
Financeiras – títulos que funcionam como promessas de pagamento. A OCB
teve papel decisivo na aprovação dessa mudança que, na prática, ajuda o
setor a manter taxas de crédito competitivas, no médio e longo prazos.

O anúncio da nova regra foi realizado durante o VI Fórum de Inclusão


Financeira, promovido pelo BC em Florianópolis (SC). Sem dúvida, um dos
mais importantes canais de debate e avaliação do desenvolvimento da
inclusão financeira no país.

Outros avanços – O anúncio de consultas públicas que impactam


diretamente na atividade do segmento foi outro ponto de destaque do
Fórum. As medidas tratam da melhora das condições de acesso a fontes
de financiamento, das regras sobre requerimento mínimo de capital e de
normas sobre auditoria e governança.

Dentre os temas colocados em consulta pública, destacamos a minuta de


normativo que regulamentará o modelo de auditoria nas cooperativas de
crédito. A proposta preliminar do Banco Central (BCB) contempla em sua
maioria pontos discutidos durante todo o ano em Grupo de Trabalho da
OCB instituído para esta finalidade. Ao todo, foram 10 reuniões, algumas
com a participação de representantes do BCB, em que o segmento
trabalhou as diretrizes e premissas para um efetivo modelo de supervisão
linear em todo o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. A busca por
um novo modelo de auditoria é um dos pilares de sustentação para a
solidez do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), junto ao
Fundo Garantidor de Crédito das Cooperativas de Crédito (FGCoop),
conquista do Sistema em 2013.

Modernização da governança – Aliada aos assuntos tratados acima,


REPRESENTAÇÃO

a governança nas cooperativas de crédito foi tema amplamente


debatido. O Banco Central do Brasil divulgou, em 2014, estudo para
avaliar o cenário nas cooperativas de crédito brasileiras. O material
foi apresentado durante o “Workshop: gestão de riscos e governança
corporativa”, realizado pela instituição em parceria com a OCB. A
entidade de representação do cooperativismo brasileiro atuou no sentido
de sensibilizar todo o segmento, com maior foco naquelas cooperativas
sem filiação a centrais, para garantir o maior número de informações que
pudessem refletir a realidade do setor.

O estudo aponta caminhos que estimulam o cooperativismo de crédito


a ampliar resultados obtidos para exercer – de forma cada vez mais
sistemática e profissional – o seu papel de propulsor econômico-social no
país. São abordados temas como a importância da maior participação do
55
associado nas decisões, o estímulo à educação financeira e cooperativa
e a implantação de ações de sustentabilidade. A transparência no
processo decisório e de prestação de contas foi outro ponto que mereceu
destaque, assim como a profissionalização da administração estratégica.
Os dados de base para o estudo foram obtidos na Pesquisa de
Governança em Cooperativas de Crédito 2013-2014, realizada junto às
instituições financeiras do segmento cooperativo.

Procapcred – Outra importante conquista para o segmento de crédito


cooperativo foi a prorrogação do Programa de Capitalização das
Cooperativas de Crédito (Procapcred) pelo BNDES. Desde julho de 2006,
o programa já aportou mais de R$ 1,5 bilhão para o aumento do capital
social dos sócios nas suas cooperativas. Inegavelmente, este incremento
contribui de forma efetiva para reforçar as estruturas de patrimônio das
cooperativas, elevando significativamente a capacidade de atender seu
quadro social e expandir sua atuação e negócios, imprimindo, assim, um
ritmo de crescimento mais dinâmico, mais sólido e estruturado, auxiliando
no desenvolvimento socioeconômico do país por meio da oferta de
crédito, com taxas de juros e tarifas mais justas. Este processo contribui
ainda para a inclusão financeira, na medida em que possibilita o acesso a
produtos e serviços financeiros para comunidades menos assistidas.

AGROPECUÁRIO: FORTALECIMENTO
DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Historicamente, o Sistema OCB reúne técnicos das cooperativas
agropecuárias, unidades estaduais e da própria Casa para construir
proposições que aprimorem as políticas agrícolas coordenadas
pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e
Desenvolvimento Agrário (MDA). Em 2014, 114 dessas propostas foram
direcionadas ao Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015 e outras 17 para o
RELATÓRIO OCB 2014

Plano Safra Agricultura Familiar 2014/15.

Nosso trabalho junto ao executivo contribuiu com o aumento de 14,78% no


montante total de recursos do crédito rural destinados ao cooperativismo,
no Plano Safra 2014/2015. Também conseguimos que o governo reduzisse as
taxas de juros do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias
(Procap Agro), de 8% para 7,5% ao ano. Outra conquista importante: o
aumento do limite de crédito por beneficiário de R$ 50 milhões para R$
60 milhões. Conseguimos também adiar os efeitos do Comunicado MOC
n°16, de 15 de julho de 2014, da Conab que tratou da cobrança para
cadastramento/recadastramento de Unidades Armazenadoras.

Infelizmente – por conta da redução dos depósitos à vista e da menor


capacidade fiscal do Tesouro Nacional —, nem todas as demandas do
sistema cooperativista foram atendidas. Ficaram de fora importantes
ajustes, especialmente no dispositivo visando permitir que os

56
financiamentos do Pronaf Agroindústria ocorressem paralelamente aos
disponibilizados via Procap-Agro giro, Prodecoop e PCA, coordenados
pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Apesar da forte atuação do Sistema OCB junto aos órgãos responsáveis,
o governo também decidiu suspender a revisão da renegociação de
dívidas originárias do Programa Especial de Saneamento de Ativos
(Pesa), do Programa de Securitização e do Programa de Revitalização de
Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop), dentre outras.

Trabalhos técnicos – com a missão de disseminar e fortalecer ainda


mais a cultura cooperativista, a OCB participou, em 2014, de 23 Câmaras
Temáticas e Setoriais – criadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa). Na prática, nosso time atua como foro consultivo
na identificação de oportunidades ao desenvolvimento de atividades
do agronegócio. Ao longo do ano, foram realizadas 44 reuniões junto a
representantes do Governo e entidades ligadas ao produtor.

Volume de recursos desembolsados pelo Banco Nacional


de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
às linhas de financiamentos voltadas às cooperativas
agropecuárias desde 2009. São elas: Programa de
Capitalização das Cooperativas Agropecuárias (Procap-
R$ 13,7 agro); Programa de Desenvolvimento Cooperativo
para Agregação de Valor à Produção Agropecuária
BILHÕES (Prodecoop); o Pronaf Agroindústria Investimento e o
BNDES PSI (Programa de Sustentação do Investimento).
Desde 2011, houve aumento significativo dos recursos
programados para as cooperativas: mais de 50%.
Especialmente na última safra, 2014/2015, houve
ampliação em 13,5%, conforme tabela abaixo:

TABELA 1 – VOLUME DE CRÉDITO DESTINADOS ÀS COOPERATIVAS


AGROPECUÁRIAS (VALORES EM R$ MILHÕES).
REPRESENTAÇÃO

Programas 2011/12 2012/13 2013/14 2014/15


Prodecoop 2.000,0 350,0 1.250,0 2.000,0
Procap-Agro 2.000,0 3.000,0 3.240,0 3.050,0
Capital de Giro 1.000,0 2.000,0 2.549,5 2.550,0
Quotas partes 1.000,0 690,5 500,0 1.000,0
PCA (1)
0 0 1.750,0 1.750,0
Total 4.000,0 5.000,0 5.340,0 6.050,0

Fonte: MAPA/MF
Nota: (1) Total de recursos programados para o PCA = R$ 3,5 bilhões.
Estima-se que no mínimo 50%  deste montante (R$1,75 bi) será contratado pelas cooperativas.

57
ALIANÇA ESTRATÉGICA

Em 2014, o Sistema OCB oficializou a parceria com o Banco


Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O Acordo de Cooperação Técnica, com vigência de 60 meses,
visa o aumento da competitividade das cooperativas do ramo
agropecuário, por meio de recursos captados junto ao Banco. Um
passo importante para acelerar o ritmo de desenvolvimento das
cooperativas do setor, porque vai permitir adequar e disseminar
as linhas de financiamento público para o investimento, custeio
e capital de giro das cooperativas agropecuárias. O Sistema está
trabalhando para a ampliação do acordo, com o objetivo de
estender a todos os ramos do cooperativismo.

UNIDADES ARMAZENADORAS:
UMA FORÇA COOPERATIVISTA
Além de da forte participação na produção agrícola nacional, as
cooperativas agropecuárias também são agentes importantes quando o
assunto em pauta é armazenagem. Tanto é assim que o setor responde
por 21% da capacidade estática do Brasil. Por isso, participamos
ativamente dos debates que envolvem o tema.

Nossas cooperativas têm assento e voz ativa na Comissão Consultiva


do Sistema Nacional de Certificação de Unidades Armazenadoras de
Grãos e Fibras, criada pelo Ministério da Agricultura em 2007 para
auxiliar na definição de regras e procedimentos. Por conta de nossa
representatividade, opinamos sobre as questões de responsabilidade do
RELATÓRIO OCB 2014

colegiado com impacto direto nas atividades do setor.

Em 2014, foram realizadas duas reuniões


desta comissão – uma em Maringá (PR) e
outra em Brasília (DF). Ambas contaram
com representantes cooperativistas. as
As cooperativ
Esses debates contribuíram para avanços po r
respondem
significativos no sistema de certificação
do país, como a revisão de uma norma
técnica do corpo de bombeiros sobre
21%
da capacidade
armazenamento em silos – unidades estática de
do
armazenadoras de cereais, oleaginosas armazenagem
e subprodutos a granel – a partir de Br as il
análise e proposta da OCB. Hoje, o país
conta com 767 unidades armazenadoras
certificadas.
58
FIQUE SABENDO

As regras e procedimentos de gestão para qualificação e certificação


de armazéns em ambiente natural, visando à habilitação para guarda
e conservação de produtos agropecuários, são coordenados pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esses
requisitos estão compilados no Sistema Nacional de Certificação de
Unidades Armazenadoras (SNCUA)

NOVO CÓDIGO FLORESTAL:


PRESERVAR SEM DEIXAR DE PRODUZIR
Quem acompanhou o processo de aprovação
do novo Código Florestal brasileiro sabe que o
Sistema OCB e suas cooperativas são grandes
defensores do campo e do meio ambiente. Por
isso, se adequar as exigências da nova legislação é
prioridade em nosso movimento.

As cooperativas do ramo agropecuário estão


atentas ao cumprimento do desafio de preservar
e produzir. Por isso, fazem questão de se atualizar
para seguir todas as normas definidas pelo novo
código com foco na sustentabilidade da produção, que agora tem de
crescer sem descuidar da proteção do meio ambiente.

Para facilitar esse processo, realizamos – em parceria com o Ministério do


Meio Ambiente (MMA) – um total de nove oficinas para nossas cooperativas
REPRESENTAÇÃO

em 2014. Os temas foram as mudanças do novo Código Florestal e o


aprofundamento dos conhecimentos sobre o novo Cadastro Ambiental
Rural (CAR). Os encontros estão sendo transformados em uma cartilha
sobre o tema, intitulada “Regularização Ambiental do Imóvel Rural no
novo Código Florestal”. O material, que conta com o apoio do Serviço
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), será distribuído
em breve aos produtores associados de todo o Brasil.

59
SEMENTE DO AMANHÃ

O Sistema OCB e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária


(Embrapa) reforçaram acordo de cooperação, para estimular a
educação cooperativista e realizar capacitações tecnológicas
direcionadas a profissionais envolvidos com o agronegócio
cooperativo. Foram prospectadas ações junto às unidades da
Embrapa Trigo, Leite e Café, que deverão se desdobrar em
projetos para benefício das cooperativas do ramo. O objetivo é
transferir tecnologia de ponta e elevar a competitividade destas no
mercado.

Vale destacar: o Sistema OCB é parceiro formal da Empresa


Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desde 2012,
quando as duas instituições assinaram um Protocolo de Intenções
com o objetivo de conjugarem esforços para a realização de
projetos de interesse do cooperativismo, com destaque para
estudos e pesquisas, e ações de formação para assistência
técnica e inovação tecnológica. Essa importante aliança conta
com o suporte técnico do Serviço Nacional e Aprendizagem do
Cooperativismo (Sescoop)

w PRINCIPAIS CONQUISTAS DO RAMO AGROPECUÁRIO

• Aumento de 14,78% no montante total de recursos do crédito rural,


Safra 2014/2015;
• Acréscimo de 28% do volume de recursos do Pronamp;
• Redução das taxas do Procap-Agro, de 8% para 7,5% ao ano;
RELATÓRIO OCB 2014

• Aumento do limite de crédito por beneficiário do Procap-Agro,


modalidade capital de giro, de R$ 50 milhões para R$ 60 milhões;
• Prorrogação da tarifa externa comum (TEC)* de 28% para lácteos do
Mercosul;
• Inclusão do fertilizante DAP na lista de exceções à TEC do Mercosul;
• Adiamento das Resoluções do Contran, por dois anos, do
emplacamento de máquinas agrícolas;
• Assinatura do Acordo de Cooperação Técnica com o BNDES.

*A tarifa externa comum é uma uma taxa comercial padronizada para um grupo de países, como
a existente no Mercosul. É comumente usada em áreas de livre comércio e uniões aduaneiras.
Os países ou territórios que a adotam costumam ter por objetivo aumentar a sua eficiência
econômica e estabelecer laços políticos e culturais mais estreitos entre si (Fonte: Wikipedia).

60
INFRAESTRUTURA: ENERGIA EM FOCO
Com objetivo de defender as demandas do setor, o Sistema OCB
elaborou algumas ações estratégicas que são trabalhadas junto ao Poder
Executivo e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Dentre as
prioridades está o aprimoramento do ambiente regulatório, para garantir
o equilíbrio econômico-financeiro das cooperativas. Nesse sentido, está
sendo discutido com o governo um marco legal específico para atender
aos anseios das cooperativas de distribuição de energia. Em 2014, o setor
realizou duas reuniões com representantes das cooperativas para validar o
texto proposto para o decreto, além de três audiências com a Aneel – para
apresentar o pleito à diretoria e à área técnica da Agência Reguladora.

Além disso, esteve na pauta a necessidade de realizar um estudo


específico para rever o limite de 30% no desconto para as cooperativas
autorizadas, no ato da compra de energia. A expectativa é de que essas
demandas possam induzir à implementação de políticas públicas voltadas
para o fortalecimento do cooperativismo.

Eletrificação – Com relação às cooperativas de eletrificação que estão em


processo de enquadramento junto à Aneel, 14 no total, foram promovidos
encontros com representantes de cada uma delas, possibilitando o
alinhamento de uma estratégia única de atuação frente o órgão regulador. 

CDE – Vale destacar ainda as ações desenvolvidas para garantir os


repasses dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
às cooperativas permissionárias, ponto fundamental para a manutenção
e a qualidade dos serviços prestados. A inconstância na liberação desses
recursos impacta sensivelmente nas atividades das cooperativas de
eletrificação rural, pois representam, em média, 18% do faturamento –
podendo chegar a 40%. Em 2014, foram realizadas quatro reuniões com o
Ministério de Minas e Energia para minimizar as perdas das cooperativas,
além de audiência no Tesouro Nacional e na Aneel.
REPRESENTAÇÃO

ENTENDA O NOSSO PLEITO

O principal impasse regulatório está na metodologia tarifária da


Aneel, que é estabelecida em função da média de eficiência de
distribuição dos agentes do setor elétrico. Como as cooperativas
autorizadas a operar no setor levam energia a comunidades sem
muita infraestrutura, na maioria das vezes localizadas no interior
do país e nas zonas rurais dos municípios, seu coeficiente de
eficiência termina prejudicado. Daí, o pleito do setor de que
seja criada uma regulamentação específica para a composição
tarifária de energia oferecida pelas cooperativas.

61
Em 2014, diversos foram os momentos de discussão sobre a os
impactos negativos da atual metodologia para as cooperativas.
Conhecimento compartilhado com a Aneel. Além disso, foi
contratada uma consultoria jurídica para defender os pleitos das
cooperativas ligadas ao setor e as causas das distorções presentes
na metodologia da agência reguladora.

w EM NÚMEROS

25
quantidade de reuniões,
66
Número de cooperativas
audiências e eventos  de eletrificação, que levam
promovidos pela OCB, energia a mais de 600 mil
em 2014, na defesa consumidores, de
do cooperativismo de norte a sul do Brasil
eletrificação

TRANSPORTE: PACTO NACIONAL


DE MOBILIDADE URBANA
RELATÓRIO OCB 2014

Representantes do Sistema OCB, que atuam no comitê técnico de


Mobilidade Urbana, defenderam os interesses das cooperativas em
reunião extraordinária do Conselho das Cidades (Concidades), que teve
como objetivo discutir a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano
e a implementação de propostas do Pacto Nacional de Mobilidade
Urbana. Mais uma das ações do Sistema OCB para garantir melhorias na
qualidade de vida e no bem-estar social da família cooperativista.

MINERAL: PARCERIAS VALIOSAS


Com o objetivo de fortalecer os mais de 84 mil cooperados que trabalham
com a pesquisa, extração, lavragem, industrialização e comercialização de
produtos minerais, foi assinado o primeiro Acordo de Cooperação Técnica
entre a OCB e o Ministério de Minas e Energia (MME).
62
Válido por quatro anos, o acordo visa ao desenvolvimento de ações
capazes de agregar conhecimento, qualidade de vida, valor e melhor
representação legal e institucional às cooperativas do ramo.

Na ocasião da assinatura, realizada no mês de abril, o Conselho


Consultivo do Ramo Mineral se reuniu na Casa do Cooperativismo para
alinhar as ações voltadas ao novo marco regulatório da mineração.

Objetivos do milênio – Ainda em 2014, convidamos uma delegação


do ramo mineral para o evento “Diálogo sobre o setor extrativo e o
desenvolvimento sustentável: fortalecendo a cooperação público-privada
no contexto da Agenda Pós-2015”. O seminário – promovido pelo
Ministério de Minas e Energia e o Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD), com apoio do Sistema OCB e parceria da
Embaixada Britânica em Brasília – reuniu mais de 300 representantes, de
50 países, na capital federal.

Durante o encontro, especialistas, cooperativistas, engenheiros ambientais


e demais participantes elaboraram um documento com as propostas do
setor para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Os representantes do conselho consultivo do ramo aproveitaram a ocasião
para mapear projetos internacionais de sucesso, relacionados à redução
dos impactos ambientais das atividades de mineração, Com isso, espera-se
encontrar soluções criativas para que as cooperativas de mineração possam
exercer suas atividades de forma cada vez mais sustentável.

Por fim, a equipe da OCB participou da reunião do Grupo de Trabalho


Interno para tratar da organização, extração e comercialização de ouro
na Região de Tapajós, localizada na Amazônia brasileira. O grupo é
representado pelos Ministérios de Minas e Energia, da Saúde e do
Planejamento; pelo Departamento Nacional para Produção Mineral;
BNDES e Associação Nacional do Ouro.
REPRESENTAÇÃO

Conheça os oito objetivos do Milênio,


que devem ser atingidos por todos os
países do mundo até 2015. As metas
foram definidas pela Organização das
Nações Unidas (ONU) no ano 2000.

63
ACORDO TÉCNICO NA ÁREA DE SAÚDE
A assinatura do Acordo de Cooperação Técnica da OCB com a Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em abril de 2014, trouxe uma série
de projetos que favorecem a integração e o aprimoramento técnico e
profissional das equipes das duas entidades. Destaque para o intercâmbio
de conhecimentos e ações para aprimorar os processos de gestão e
governança das cooperativas; e a difusão dos conceitos, da regulação,
dos planos privados de assistência à saúde. A intenção, neste último
caso, é disseminar essas informações como orientação não somente ao
segmento específico de saúde, mas a todos os associados a cooperativas,
independentemente do ramo.

De maneira geral, todos os tópicos estabelecidos no acordo visam


ao aperfeiçoamento da atuação tanto da própria OCB, no seu papel
de representação, quanto da ANS, como agente regulador do
setor. A intenção é, dessa maneira, sensibilizar a Agência quanto às
particularidades do segmento e somar para a garantia de um cenário
favorável ao trabalho desenvolvido pelas cooperativas de saúde, estando
sempre atentos – é claro – a pontos que podem se apresentar como
obstáculo em algum momento.

Com o objetivo de promover o desenvolvimento do segmento


cooperativo de saúde brasileiro, adotamos medidas de cooperação
técnica para capacitar o setor no que diz respeito aos mecanismos de
regulação. A ideia é fortalecer cada vez mais a atuação das cooperativas
de saúde, consolidando-as de forma competitiva no mercado.

Paralelamente, e tão importante quanto, nos dedicamos a


identificar oportunidades de contribuição do cooperativismo para o
aperfeiçoamento do marco regulatório e dos programas governamentais
estratégicos de desenvolvimento desse nicho de mercado. Avaliar o
impacto das ações de regulação da saúde suplementar, em especial
RELATÓRIO OCB 2014

às cooperativas operadoras de planos privados de assistência à saúde,


também está entre os objetivos dessa intercooperação entre OCB e ANS.

Ainda em 2014, realizamos a primeira reunião do Grupo de Trabalho, com


representantes dos sistemas Uniodonto e Unimed, para a implementação
de ações que garantam a efetivação do acordo com a ANS – um
importante passo que contribui para o aperfeiçoamento do marco
regulatório do setor.

64
COL

ARG

BRA

CAN

EUA

MEX

FRA
HOL

BALANÇO DAS ATIVIDADES


INTERNACIONAIS
A união de pessoas para trocar experiências e compartilhar histórias
REPRESENTAÇÃO

de sucesso não tem limites nem fronteiras. Falar em cooperativismo é


falar em diversidade, independentemente do país. Com uma série de
ações voltadas para o fortalecimento do movimento – e promoção das
cooperativas brasileiras – no mercado internacional, o Sistema OCB vem
ganhando cada vez mais reconhecimento e respeito no exterior. Confira
um resumo das nossas atividades internacionais:

Colômbia
• A delegação brasileira participou, junto com representantes
de outros 21 países, na cidade de Cartagena das Índias, da
Assembleia Geral da Aliança Internacional para as Américas,
evento realizado durante a III Cúpula das Cooperativas das
Américas. O tema central de 2014 foi “Por uma integração que
65
gere mudanças sociais”, que sintetiza o propósito de fortalecer a
integração das cooperativas como movimento e articular ações
com outros setores da sociedade. Na assembleia, Ramón Imperial,
do México, foi reeleito presidente.
• As organizações-membros do Brasil indicaram o presidente da Unimed
Brasil, Eudes de Freitas Aquino, como conselheiro. O presidente da
Uniodonto do Brasil, José Alves, será o conselheiro suplente.
• Outra importante participação da OCB durante o encontro da
ACI-Américas foi na Reunião da Rede Interamericana de
Cooperativas Agropecuárias, que busca facilitar ações de mercado
para as cooperativas do Ramo Agropecuário.

Argentina
• A OCB acompanhou a reunião do Conselho Regional da ACI-
Américas, na cidade de Mar del Plata, na Argentina. Durante o
encontro, foi analisada a contabilidade do escritório regional da
ACI e o planejamento estratégico da organização para atingir as
metas do Plano para a Década do Cooperativismo.
• A OCB participou da Reunião Especializada de Cooperativas do
Mercosul (RECM). Em sua 35a edição, o encontro buscou propor
ações de integração na agenda de trabalho do Mercosul. Além
de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, Bolívia
e Chile marcaram presença no encontro. Um convênio com
a universidade de Buenos Aires foi firmado para a concessão
de bolsas de estudo para pós-graduação em gestão de
cooperativas, concedidas a líderes cooperativistas dos países
integrantes do Mercosul.

Brasil
RELATÓRIO OCB 2014

• O Sistema OCB apoiou a realização da Feira Internacional do


Cooperativismo, a Expocoop, entre 15 e 17 de maio, em Curitiba
(PR). Uma grande oportunidade de realizar negócios e parcerias
entre cooperativas do mundo todo, que contou com expositores
de mais de 15 países.
• Com a presidência pro tempore brasileira, a equipe da
OCB organizou e participou da IV Reunião de Lideranças
Cooperativistas dos Países do BRICS, o BRICS Coop, bloco que
reúne representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul. O evento, promovido no dia 15 de maio, também na
capital paranaense, contou com cerca de 200 delegados, sendo
65 deles estrangeiros. Representantes da Índia, China e África
do Sul conheceram, na prática, um pouco do cooperativismo
brasileiro ao visitar cooperativas agropecuárias da região:
Batavo, Castrolanda e Witmarsum.
66
1 milhão
número de cooperativas
pertencentes aos países
dos BRICS que, juntas,
reúnem um universo
de 600 milhões de
cooperados

• Representantes de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau,


Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste
vieram ao Brasil participar da Assembleia Geral da Organização
Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa (OCPLP), em 14
de outubro. Durante o encontro, foi definido o Plano de Trabalho
do período 2014-2016 da entidade, atualmente liderada pelo
presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
• Na pauta foram discutidos projetos de intercooperação e o
planejamento para a realização de cursos de capacitação
nos próximos dois anos. A OCPLP representa mais de 15 mil
cooperativas e 20 milhões de cooperados em quatro continentes.
Um representante de cada país integrante da Organização foi
convidado ainda a participar do curso de capacitação sobre
horticultura promovido pela Embrapa Hortaliças.

Canadá
• Com uma delegação de quase 70 pessoas, o Brasil esteve
representado no maior evento do cooperativismo do mundo, a
Cúpula Internacional de Cooperativas, uma realização do Grupo
Desjardins —maior rede de cooperativas de crédito do Canadá. A
REPRESENTAÇÃO

segunda edição do evento reuniu, em Québec, mais de dois mil


delegados de 100 países. Durante o evento, o ex-presidente da
OCB, Roberto Rodrigues, integrou o fórum “Alimentar 9 bilhões de
pessoas em 2050: Desafio do Cooperativismo”.
• A OCB organizou uma missão de prospecção de boas práticas
no cooperativo de crédito do Canadá, para gerar subsídios ao
desenvolvimento do setor no Brasil. O grupo formado por 27
dirigentes de cooperativas do ramo, servidores do Banco Central, do
FGCoop e do Ministério da Fazenda, conheceu o Sistema Desjardins
e a Credit Union Center of Canada (CUCC). O Canadá conta com
uma das mais altas proporções de associados a cooperativas de
crédito no mundo – cerca de um terço da população canadense
utiliza os serviços financeiros ofertados por uma cooperativa.
67
Estados Unidos
• Com um modelo cooperativista semelhante ao brasileiro, os
Estados Unidos são referência pelo dinamismo e pela robustez
de suas cooperativas. Buscando identificar possíveis eixos de
cooperação, uma comitiva liderada pelo presidente do Sistema
OCB, Márcio Lopes de Freitas, esteve em Washington, DC,
em visita oficial a organizações parceiras. A delegação teve a
oportunidade de se reunir com o presidente da Associação
Nacional dos Negócios Cooperativos (NCBA), maior organização
representativa de cooperativas no país.
• Durante a missão, o grupo esteve também com a liderança da
Associação Nacional de Cooperativas Regionais de Eletrificação
(NRECA), além da Confederação Nacional das Cooperativas
de Agricultores (NCFC). O grupo teve reunião, ainda, no
Departamento Nacional de Agricultura, além de se encontrar com
a Diretoria da Associação Nacional de Produtores Rurais.
• A missão culminou com uma visita ao então Embaixador brasileiro
em Washington e hoje Ministro das Relações Exteriores, Mauro
Vieira, e com a participação do nosso presidente como expositor
no fórum Cooperativas das Américas, promovido pela Organização
dos Estados Americanos.

México
• Um grupo de cooperativistas catarinenses, ligado ao setor
agropecuário, e representantes da OCB visitaram o México, em
uma ação de benchmarking focada no setor lácteo. O grupo teve
a oportunidade de visitar organizações representativas na capital
e cooperativas e fazendas de referência na região. A missão foi
apoiada pelo Sistema OCB.
RELATÓRIO OCB 2014

França e Holanda
• O roteiro técnico de prospecção de boas práticas no ramo crédito,
do qual participaram dirigentes de cooperativas, servidores do
Banco Central, do FGCoop e do Ministério da Fazenda, incluiu
visita aos sistemas Credit Mutuel, Credit Agricole (França) e
Rabobank (Holanda) – considerado o maior conglomerado
financeiro do país, reunindo 117 cooperativas e 2 milhões de
associados. Tanto essa quanto outras visitas de prospecção de
mercados conta o apoio e o incentivo do Sescoop.

68
w NOSSOS NÚMEROS

comitivas internacionais da OCB viajaram


para o exterior

13 delegados estrangeiros participaram de


visitas técnicas

97 delegados de 11 países conheceram a


Casa do Cooperativismo

31 cooperativas brasileiras participaram de


feiras no exterior, promovendo produtos

15 em novos mercados internacionais

eventos internacionais, incluindo


seminários, Plenárias da Reunião

11 Especializada de Cooperativas do
Mercosul, Assembleias da ACI e Cúpulas

ESTÍMULO À EXPORTAÇÃO
Promover produtos e serviços no exterior
representando as mais de 6,8 mil cooperativas é operativas
uma das práticas adotadas há alguns anos pela Em 2014, as co
portaram
brasileiras ex
OCB dentro do seu papel de representação mai s de

US$ 5,3
internacional. São as feiras e exposições que dão
visibilidade ao produtor brasileiro, ajudando-o
a consolidar seus produtos no mercado, além bilhõeutsos.
REPRESENTAÇÃO

de contribuir para incrementar as exportações Seus prod


nsumidores
que, em 2014, significaram aproximadamente alcançaram co
100 países
US$ 5,3 bilhões – alcançando consumidores em em mais de
mais de 100 países. Para auxiliar nesse sentido,
a entidade conta com o Catálogo Brasileiro
de Cooperativas Exportadoras – publicação anual que contribui para a
divulgação das cooperativas, seus produtos e serviços no exterior. Traduzido
em sete línguas, o catálogo é distribuído em embaixadas, consulados,
organismos internacionais, governos e agências de comércio global.

CATÁLOGO INTERNACIONAL – a OCB é patrocinadora do World


Cooperative Monitor, publicação da ACI que lista as maiores cooperativas
do mundo e respectiva participação na economia global. Dados de 2013
revelam: se as maiores 300 cooperativas do mundo fossem um país,
seriam a oitava economia mundial.
69
Vale destacar: especificamente para fomentar a exportação de
produtos lácteos, existe o projeto B-Dairy, fruto de uma parceria entre
a OCB e a Apex Brasil, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento
Agrário (MDA).

PORQUE SOMOS REFERÊNCIA INTERNACIONAL


QUANDO O ASSUNTO É COOPERATIVISMO

Atualmente, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, preside


a Assembleia Geral da Organização Cooperativista dos Povos de
Língua Portuguesa (OCPLP). A OCB também representa os interesses
do cooperativismo brasileiro nos seguintes comitês internacionais:

• Diretoria da ACI – O cooperativismo brasileiro está


representado nos conselhos Global e Regional da Aliança
Cooperativa Internacional. O Conselho Global é formado
por 15 representantes eleitos na Assembleia Geral da ACI,
realizada a cada quatro anos. Em 2013, o presidente da
Unimed do Brasil, Eudes Aquino, foi eleito membro do
Conselho. Indicado pela OCB, foi o quarto representante
mais votado.

• Diretoria da ACI-Américas – Já no Conselho Regional da


ACI Américas, as organizações de cada um dos 22 países
membros indicam um representante nacional. Eudes
Aquino foi o indicado pelas organizações do Brasil em 2010
e reconduzido em 2014 para mandato de quatro anos. O
suplente do Brasil, no Conselho Regional, é o presidente da
Uniodonto do Brasil, José Alves.
RELATÓRIO OCB 2014

• Comitê de Legislação da ACI-Américas – Reúne


especialistas de todo o Continente para cooperação e
debate dos arcabouços jurídicos nos países da região.

• Blueribbon Commission – Comitê de Alto Nível da ACI em


Capital Cooperativo -, grupo formado por 10 representantes
das maiores cooperativas de crédito do mundo.

• Grupo de especialistas em contabilidade de


cooperativas da ACI – Congrega especialistas cujo
principal desafio é trocar informações e se posicionar
sobre os padrões internacionais de contabilidade que
possam afetar o setor cooperativo.

70
Dados de 2013 revelam:
se as maiores 300 cooperativas do mundo fossem um país,
seriam a oitava economia mundial, com um PIB de US$ 2,2
trilhões de dólares - valor que corresponde ao faturamento/
volume de negócios

E nós também recebemos visitantes de todo o


mundo...
A Organização Setorial da ACI para as cooperativas do trabalho (Cicopa)
enviou uma delegação à Paraíba. O objetivo do grupo era conhecer o
trabalho das cooperativas locais na melhoria dos indicadores sociais da
região.

• Cuba – atendendo à solicitação da Chancelaria cubana, a OCB


recebeu a comitiva da embaixada em Brasília. O grupo conheceu
o modelo do cooperativismo brasileiro e discutiu a possibilidade
de uma intercooperação entre os movimentos cooperativistas dos
dois países.
• África do Sul – um grupo de cooperativistas e representantes
do governo sul-africano realizou uma série de visitas técnicas
especificamente em sociedades cooperativas do ramo transportes,
em São Paulo, Brasília e Fortaleza.
• Índia – A equipe da OCB, em parceria com a OCB-RJ, organizou
a visita de um grupo de lideranças cooperativistas da Índia, ligado
ao cooperativismo de crédito. A delegação queria conhecer
associações do ramo na cidade do Rio de Janeiro.
• Multilateral – A OCB, em parceria com a Agência Brasileira de
REPRESENTAÇÃO

Cooperação (ABC) e Embrapa, promoveu um curso de formação


em horticultura para lideranças cooperativistas de países em
desenvolvimento. A equipe participou do treinamento que tem por
objetivo fortalecer as cooperativas de horticultores familiares de:
Angola, Botsuana, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e Timor
Leste.
• Bolívia – Junto com a Aliança Cooperativa Internacional, a OCB
colaborou diretamente para que o presidente da Confederação
Boliviana de Cooperativas, Albino Choque, participasse do
Seminário do Setor Extrativo promovido pelo PNUD, em Brasília.
O evento contou com representantes de 50 países e promoveu
um amplo diálogo sobre a participação das cooperativas no
desenvolvimento sustentável.

71
BALANÇO DAS ATIVIDADES
DO PODER JUDICIÁRIO
O Sistema OCB tem intensificado cada vez mais sua atuação
junto ao Poder Judiciário, levando aos magistrados mais
conhecimento sobre o modelo societário e a filosofia
cooperativista, trabalho que se traduz em ações diretas
nos Tribunais Superiores, além de palestras, mesas de
debates sobre Direito Cooperativo e atuação nos Tribunais
Superiores. Em busca de uma maior sinergia com os estados,
todos os resultados e as ações decorrentes desta atuação são compartilhados
com os assessores jurídicos das unidades estaduais. Este intercâmbio é
realizado por meio do Comitê Jurídico do Sistema OCB – órgão  que integra
a entidade, facilita a comunicação com os pares e permite uma construção
coletiva e participativa do pensamento legal cooperativista.

PRINCIPAIS TRABALHOS REALIZADOS


Conquista para o Código Florestal
A OCB foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal como entidade
de reconhecida condição de representatividade e notório saber sobre o
Novo Código Florestal Brasileiro. Por isso, a partir de 2014, participamos
como amicus curiae nas discussões relacionadas às Ações Diretas de
Inconstitucionalidade (ADI) 4901, 4902, 4903 e 4937, que tratam da
constitucionalidade de dispositivos do novo código perante o Supremo
Tribunal Federal.

Com essa decisão, a OCB


está autorizada a participar e
argumentar durante a tramitação teressado no
Trata-se de in
to da questão que,
RELATÓRIO OCB 2014

das ações para contribuir com julgamen


ec ida condição
por sua reconh
elementos que defendam a tividade, tem
de representa
constitucionalidade de diversos tiv a de fornecer
a prerroga vistas
Tribunal, com
dispositivos do Novo Código subsídios ao en to da
m o julgam
Florestal, que são justamente os a contribuir co m em or iais,
o de
causa, por mei di ên ci as
instrumentos diferenciadores em em au
participação o oral. O
su st en ta çã
relação à legislação revogada públicas e reta
não é parte di
e representam conquistas do amicus curiae .
do processo
cooperativismo ao longo do
processo legislativo.

72
Contribuição previdenciária
Ao longo do ano de 2014, o Sistema OCB entregou aos
Ministros do STF subsídios técnicos sobre os impactos
negativos da incidência da contribuição previdenciária
de 15% sobre o valor dos serviços prestados nas
contratações de cooperativas de trabalho. No julgamento
do recurso que discutia a matéria (RE 595838), os Ministros,
por unanimidade, decidiram pela inconstitucionalidade da
alteração trazida pela Lei 9.876/99 (inciso IV do art.22 da Lei 8212/1991),
que criou uma nova fonte de custeio para a Seguridade Social. A decisão,
embora só produza efeitos entre as partes do processo, norteará decisões
de instâncias inferiores sobre o mesmo tema.

Os efeitos do julgamento poderão, ainda, ser estendidos a todos os


tomadores de serviços de cooperativas após o julgamento das Ações
Diretas de Inconstitucionalidade que debatem o tema e que também
contam com o acompanhamento e com as contribuições do sistema.

Ato Cooperativo
Um dos maiores desafios do movimento cooperativista brasileiro, na
atualidade, é a conquista  do adequado tratamento tributário do ato
cooperativo. Somente quando o governo reconhecer  as especificidades
da natureza jurídica das sociedades cooperativas, nosso movimento
poderá desempenhar, com maior amplitude, o seu importante papel de
inclusão social e de geração de renda para milhões de brasileiros.

Justamente por isso, o Sistema OCB está constantemente monitorando as


ações referentes ao Ato Cooperativo nos tribunais. Em 2014, entregamos
à Presidência do STF documento solicitando o julgamento do recurso
que discute a não tributação dos atos cooperativos – tese defendida
pela entidade na condição de amicus curiae, registrando a importância
REPRESENTAÇÃO

da matéria para as sociedades cooperativas, bem como os prejuízos


decorrentes da demora no julgamento da questão.

No julgamento dos recursos (RE 598.085 e RE 599.362), o STF entendeu


que os ingressos oriundos dos tomadores de serviços de cooperativas
de trabalho de mesma natureza daquelas que são parte nos recursos –
cooperativas de profissionais e de saúde – devem ser tributados pelo PIS
e pela COFINS. Ficam ressalvadas as deduções e exclusões já conferidas
por outras legislações ou normativos. A publicação do acórdão está
sendo aguardada para avaliar os impactos da decisão. Subsiste, ainda,
o RE 672.215, que também trata da questão e no qual o Sistema OCB
figura como amicus curiae. A ideia é concentrar esforços para que o
entendimento adequado quanto ao ato cooperativo seja compreendido e
aplicado pelos Ministros do STF, neste julgamento remanescente.

73
O ato cooperativo é a operação pela qual a cooperativa realiza, nos limites
do seu objeto social, a inclusão socioeconômica de seu cooperado em um
determinado ambiente econômico. Ele está definido pela Lei 5.764/71, que
trata da Política Nacional de Cooperativismo, mas a regulamentação do
adequado tratamento tributário depende, ainda, de lei complementar a ser
editada. O objetivo do sistema cooperativista é mostrar onde, exatamente,
a receita do ato cooperativo pode e deve ser tributada, evitando que um
mesmo fato gerador seja tributado em duplicidade – tanto na pessoa
jurídica da cooperativa quando na pessoa do associado.

Seminário Internacional
Representantes da OCB e do Sescoop participaram do I Seminário
Luso Brasileiro de Direito, realizado em Lisboa, em abril de 2014, na
Universidade de Lisboa. O evento reuniu um total de 50 procuradores,
magistrados federais e do trabalho, membros da assessoria jurídica da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de estudantes brasileiros
e portugueses.

No painel “Direitos Fundamentais Sociais – interfaces Portugal/Brasil


– A sustentabilidade do Estado Social: Direitos Fundamentais Sociais,
Democracia e Cooperativismo”, o Ministro Substituto do Tribunal de
Contas da União, Dr. André Luis de Carvalho, estabeleceu um comparativo
entre o modelo cooperativo brasileiro e as chamadas regias cooperativas
da legislação portuguesa. O Ministro destacou o papel da OCB como
entidade representativa do setor, bem como a importância do registro das
sociedades cooperativas na entidade, para que sejam reconhecidas como
cooperativas legitimamente constituídas.

Em outro painel, denominado “O futuro do constitucionalismo na Europa


e no Brasil”, o Ministro do TST, Ives Gandra Martins Filho abordou,
dentre outros temas, os malefícios e ilegalidades oriundos dos Termos de
RELATÓRIO OCB 2014

Ajustamento de Conduta firmados entre o Ministério Público do Trabalho


e a União Federal, que proíbem a participação de cooperativas em
processos licitatórios.

74
Cooperativismo de Trabalho
Este foi o tema do quinto painel do Seminário Internacional de Direito do
Trabalho, promovido, em outubro de 2014, pelo Instituto de Direito Público
(IDP), com apoio do Sescoop e demais entidades do Sistema OCB. A
discussão sobre o assunto foi feita pelos painelistas Luiz Alberto de Vargas
(Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região), Jeibson
dos Santos Justiniano (Procurador do Ministério Público do Trabalho da
11ª Região) e Alcian Pereira de Souza (advogado da OCB/AM). No painel
Segurança Jurídica no âmbito das Relações do Trabalho, o Juiz de Direito
Adelson Silva dos Santos, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região,
também abordou a defesa do modelo das cooperativas de trabalho como
alternativa legítima e inclusiva do cidadão no mercado de trabalho.

Cooperativismo em foco
O sexto painel do XVII Congresso Brasiliense de Direito Constitucional,
realizado em novembro de 2014, focou a discussão no cooperativismo
como forma de desenvolvimento social. Jurandyr Souza Júnior,
desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR),
Lineu Peinado, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo
(TJSP) e Paulo Roberto Stoberl, coordenador do departamento jurídico da
Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), integraram
a mesa. Outro tema que foi foco do grupo diz respeito à inaplicabilidade
do Código de Defesa do Consumidor às relações entre cooperados e
cooperativas. O evento contou com o apoio do Sescoop.

REPRESENTAÇÃO

75
FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Ser cooperativista é pensar hoje no amanhã.
É ter a certeza de que, juntos, podemos
construir um mundo cada vez melhor. É estar
disposto a fazer a nossa parte para que, em
um futuro bem próximo, o cooperativismo
seja reconhecido por sua COMPETITIVIDADE,
INTEGRIDADE e capacidade de promover a
FELICIDADE das pessoas.
UM OLHAR
SOBRE O FUTURO
Empenhados em garantir um amanhã melhor para todos os
cooperativistas brasileiros, os profissionais da OCB trabalham no
presente para fortalecer a cultura da cooperação e a presença
dos nossos produtos no mercado.

Cooperar. Palavra de origem latina que significa trabalhar ou laborar em


grupo, com outros, para atingir um mesmo objetivo. O time da OCB
entende como ninguém o significado dessa palavra e trabalha, unido,
para firmar – e também manter – alianças capazes de transformar para
melhor as vidas de cooperados e cooperativistas.

Na prática, o trabalho de fortalecimento do nosso setor engloba todos os


esforços técnicos realizados com o objetivo de:

• Preservar e aprimorar a identidade, a imagem e a integridade do


sistema cooperativo
• Ampliar e fortalecer a representatividade e a capacidade de
agregação de interesses cooperativos
• Aprimorar a governança e a gestão do sistema cooperativista

Vale destacar: assim como acontece nas cooperativas, aqui na OCB todo
mundo pensa em crescer junto. Queremos caminhar – lado a lado – com
as unidades estaduais, cooperativas, parceiros de negócio, fornecedores,
empregados e com todas as pessoas que descobriram as muitas
RELATÓRIO OCB 2014

vantagens deste modelo sustentável de negócios. Com isso, esperamos


fortalecer não somente o Sistema OCB, mas a cultura da cooperação, a
presença dos nossos produtos e o orgulho de ser cooperativista.

Confira, a seguir, os principais projetos de fortalecimento institucional


realizados pelo time da OCB em 2014, dentro e fora do Brasil. Projetos
executados com base na união, no compartilhamento de ideias, na gestão
democrática e na sustentabilidade.

78
TRABALHOS COM A BASE
A OCB aprendeu, com a prática, que a maneira mais eficaz de fortalecer
o movimento cooperativista é expandir o diálogo com as bases. Por isso,
estamos sempre trocando experiências com as unidades estaduais e com
as nossas cooperativas. Esse intercâmbio acontece em diversos fóruns
criados justamente para este fim. São eles:

Conselhos Consultivos – principal canal de


interlocução com os ramos, os conselhos funcionam
como verdadeiros fóruns de debate criados com opiniões
objetivo de proporcionar uma gestão cooperativista Pluralidade de
nt a com
A OCB co
mais próxima das necessidades do ramo, s co ns ul tivos
conselho
subsidiando a atuação da OCB enquanto entidade se gu in te s ra mos:
dos
, Consumo,
de representação do cooperativismo brasileiro. Agropecuário
uc acional,
Atualmente, existem 11 conselhos que reúnem Crédito, Ed
Infraestrutura,
representantes das cooperativas, indicados pelas Habitacional,
e, Trabalho,
unidades estaduais para atuarem como “porta-vozes” Mineral, Saúd
ur is mo e Lazer.
Transporte,T
das demandas da base. Juntos, os conselheiros do
ramo ajudam a equipe da OCB a atuar de forma
mais assertiva e estratégica. Eles apontam, por
exemplo, quais projetos devem ser trabalhados primeiramente e os temas
que precisam de uma atuação a médio e longo prazos. Os encontros dos
conselhos consultivos ocorrem regularmente, preferencialmente em Brasília,
na Casa do Cooperativismo. Em 2014, foram realizadas 19 reuniões, que
trouxeram um total de 350 representantes, entre conselheiros, técnicos das
unidades estaduais e convidados.

FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Câmaras Temáticas – de caráter técnico, as câmaras temáticas são
instrumentos de apoio usados para discussão de questões sobre
as cooperativas. Em 2014, técnicos das unidades de oito estados –
representando quatro das cinco regiões do Brasil – participaram das
Câmaras Temáticas de Passageiros e Cargas do Ramo Transporte. O
objetivo do grupo era analisar, propor e desenvolver estudos que irão
subsidiar o Conselho Consultivo do setor. Destaca-se também a realização
de duas reuniões da Câmara de Leite da OCB, em que foram debatidos
os principais pleitos do setor.

Fóruns Regionais – Foi realizada mais uma rodada do Fórum Nacional de


Presidentes, Superintendentes e Dirigentes do Sistema OCB, em maio, na
capital paranaense, Curitiba.

Grupos de Trabalho (GTs) – fóruns consultivos que reúnem técnicos das


mais diversas áreas das unidades nacional e estaduais. Com conhecimento
mais aprofundado sobre determinado assunto, os grupos ajudam a definir
conceitos e a expedir orientações no sentido de solucionar problemas
pontuais das cooperativas.

79
Conselho apoiado por GT

O Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco) é assessorado


por um Grupo Técnico (GT) que o auxilia nas questões técnicas e
operacionais. O principal objetivo do grupo é buscar uma visão
mais clara sobre os assuntos relativos ao setor e embasar a tomada
de decisão dos conselheiros do ramo. O GT do Ceco é composto
por representantes das Confederações e Centrais de Crédito,
além de representante do Fundo Garantidor do Cooperativismo
de Crédito (FGCoop) e de técnicos indicados pela OCB. Em 2014,
foram realizados quatro encontros do Conselho e nove do GT.

PRINCIPAIS GTS DE 2014


Governança em Cooperativas – a necessidade de consolidação das
recomendações de boas práticas de gestão de cooperativas, já realizadas
pelo Sistema OCB por meio de programas voltados para este fim,
demandou a criação de um Grupo de Trabalho com foco em um tema
fundamental ao adequado funcionamento, estabilidade e longevidade
das cooperativas: Governança em Cooperativas.

Constituído por membros das áreas técnica e jurídica da OCB, além de


representantes de unidades estaduais das cinco regiões e um do Comitê
Jurídico, este GT se reuniu para elaborar o projeto do primeiro manual de
Governança Cooperativa do Sistema OCB. A iniciativa reúne as diretrizes,
recomendações e boas práticas compiladas ao longo dos últimos anos. O
objetivo é definir e sistematizar as boas práticas a serem implementadas
neste sentido nas sociedades cooperativas.
RELATÓRIO OCB 2014

Com previsão de lançamento para 2015, a publicação abordará


questões legais, diretrizes, recomendações e boas práticas sobre o tema
Governança Cooperativa. E para garantir o melhor resultado possível ao
projeto, o GT conta com o apoio da Fundação Nacional da Qualidade
(FNQ) e do professor da Fundação Getúlio Vargas Rubens Mazzali.

Subcontratação – um tema complexo do Ramo Transporte mereceu


atenção especial da OCB em 2014. A construção de uma orientação
jurídica para os casos que caracterizam subcontratação nas operações de
transporte rodoviário de cargas, com cooperados e terceiros é o desafio
do GT Subcontratação. O fórum reúne técnicos e assessores jurídicos dos
estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e
Minas Gerais. No último ano, eles se encontraram três vezes para alinhar
conceitos e definir as primeiras diretrizes. Devido à complexidade do
assunto, o tema segue na pauta de discussão em 2015.
80
Setor extrativo – com o objetivo de ampliar e fortalecer cada vez
mais a representatividade e a capacidade de agregar os interesses
cooperativistas, o Sistema OCB participou de dois grupos técnicos
coordenados pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Entre as
ações desenvolvidas, a participação e patrocínio ao evento “Diálogo
sobre o setor extrativo e o desenvolvimento sustentável: fortalecendo
a cooperação público-privada no contexto da Agenda Pós-2015”,
promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) e parceiros.

Royalties – o uso da tecnologia transgênica na produção agrícola


nacional é uma realidade. Hoje, 80% das áreas cultivadas com soja e
milho no Brasil utilizam organismos geneticamente modificados. A opção
dos produtores é motivada pelas muitas vantagens de adaptação e
resultado deste tipo de cultura. Neste contexto, cada vez mais se discute
a remuneração aos detentores da tecnologia – principalmente nas esferas
dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Em 2014, foi criado o
Grupo Técnico de Royalties da OCB, que realizou cinco encontros em
Brasília, além de outros encontros regionais nos estados do Rio Grande
do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. Cerca de 50 cooperativas ligadas
ao Sistema OCB participam desses debates. O resultado das discussões
incluiu quais pontos poderiam salvaguardar as cooperativas de eventuais
litígios, e as melhorias para assegurar o sistema de cobrança e evitar
insegurança jurídica no processo de recolhimento.

Auditoria – para debater um novo modelo de auditoria nas cooperativas


de crédito, o Sistema OCB constituiu um grupo de trabalho com
representantes das confederações, centrais e singulares não filiadas.

FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
Foram realizadas cinco reuniões que também contaram com a
participação de representantes do Banco Central. O trabalho resultou na
divulgação de uma minuta de resolução para consulta pública.

Dentre outras atividades, a Auditoria Cooperativa abrangerá, de forma


segregada, parte importante das atribuições hoje previstas (supervisão
auxiliar), além da verificação das informações contábeis e financeiras, do
cumprimento dos dispositivos legais e regulamentares, assim como da
qualidade na gestão das cooperativas centrais de crédito.

UNIÃO DE RESULTADOS
As cooperativas brasileiras de transporte contam com o apoio do Sistema
OCB para reduzir seus custos e ganhar ainda mais competitividade no
mercado. A Casa do Cooperativismo apoiou, juntamente com as unidades
estaduais, a criação da Central Nacional das Cooperativas de Cargas e
Passageiros – composta por cooperativas singulares do ramo transporte.

Lançada em outubro de 2014 – durante a Expotáxi Brasil, realizada na


cidade do Rio de Janeiro –, a iniciativa promete alavancar ainda mais o
81
crescimento do setor. Ela foi inspirada na bem sucedida experiência da
“Rede Transportes”, união de cooperativas gaúchas que, desde 2011,
ajuda a fortalecer o ramo naquele estado.

Unidas em uma central de compras, as cooperativas de transporte


de cargas e pessoas maximizarão o seu poder de negociação com
fornecedores. Com isso, conseguirão firmar parcerias com fornecedores
para customizar produtos e serviços, além de conquistar o direito a preços
diferenciados na compra de pneus, combustíveis e lubrificantes, dentre
outros insumos.

E tem mais! A partir do alinhamento dos conhecimentos técnicos das


diferentes cooperativas, o atendimento ao cliente tende a ficar ainda mais
profissional – fato que ajudará a Central a otimizar os fluxos financeiros,
físicos e de informação de suas associadas. Vale destacar: a Central
Nacional das Cooperativas de Cargas e Passageiros contará com o apoio
do Sescoop para desenvolver a cultura de gestão profissional e qualidade
nas cooperativas de transporte.

A central terá um conselho de administração, constituído por um


colegiado, composto de oito membros, todos associados, eleitos pela
assembleia geral, sendo três ocupantes dos cargos de presidente, vice
presidente e secretário, e um representante de cada região geográfica,
denominados conselheiros. A administração da Central será exercida por
um diretor executivo e outro financeiro.
Foi desenvolvida, ainda, uma
plataforma virtual contendo o registro de preços, ou seja, um sistema de
homologação de fornecedores e compradores/associados.

w NÚMEROS

Frota estimada das cooperativas de


transporte de cargas brasileiras
RELATÓRIO OCB 2014

30 MIL
VEÍCULOS

Volume de cargas transportado por


essas cooperativas, com movimentação
330 MILHÕES econômica superior a R$ 6 bilhões.
DE TONELADAS

Frota utilizada pelas cooperativas


para o transporte de passageiros
46 MIL
VEÍCULOS
82
Quantidade de pessoas que se
beneficiam do transporte de passageiros
2 BILHÕES oferecidos por cooperativas de taxi,
ônibus e demais veículos
DE PESSOAS

DE PORTAS ABERTAS PARA VOCÊ


A Casa do Cooperativismo tem o maior prazer
em abrir as portas para os cooperados e
cooperativistas de todo Brasil. Tanto, que criou
um projeto especialmente para bem recebê-
los em Brasília (DF), intitulado “Portas Abertas
do Sistema OCB”.

Criado há dois anos, recebeu nove turmas formadas por 255 pessoas,
somente em 2014. As avaliações realizadas pelos visitantes confirmam
que a iniciativa veio para ficar: 92% dos entrevistados consideram o Portas
Abertas um projeto ótimo ou bom.

Tamanha satisfação é facilmente explicável. Nosso time sabe que as


pessoas têm necessidades e gostos diferentes, por isso monta uma
programação especial, de acordo com o perfil de cada turma. Analisamos
os interesses e a
área de atuação

FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
dos participantes,
tendo o cuidado de
levá-los a conhecer
instituições e pessoas
capazes de oferecer
conhecimentos que A casa é sua
do Portas
pais objetivos
eles possam levar de Um dos princi co operativista
rt as é ap re sentar à base seus
volta aos estados. Abe a OCB realiza
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Para completar, além Brasília. Duran
trabalhos, em is ex pl icam
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do Sistema OCB e o como estamos stitu onal
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o política e in
seu funcionamento, representaçã laborando
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os participantes do cooperativ so ci al e da
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zelando pela . Tu do is so com
período vespertino, ad or es (CNCoop)
em preg : tornar cada
tivo em mente
agendamos um um único obje mais feliz.
asileiro muito
encontro com algum cooperado br
dos nossos parceiros
institucionais, como
o Banco Central

83
do Brasil, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o
Banco Cooperativo do Brasil e o Sicoob Confederação, dentre outros.

Turmas diferenciadas – Em 2014, o Portas Abertas teve duas edições


especiais: uma voltada ao público jovem e outra aos técnicos de
comunicação do Sistema OCB. No primeiro caso, estudantes mineiros
tiveram a oportunidade de conhecer a Casa do Cooperativismo e visitar o
Congresso Nacional e o Banco Central.

No segundo, realizado durante o Encontro de Comunicadores do


Sistema OCB, em novembro, os comunicadores cooperativistas
aprenderam mais sobre a estrutura da OCB, do Sescoop e da CNCoop;
fizeram uma visita guiada ao Parlamento e conheceram as instalações de
comunicação da Embrapa.

Visita internacional – Representantes de cooperativas de Angola, Cabo


Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e
Timor Leste assistiram a palestra institucional do Portas Abertas. O grupo
também conheceu a metodologia de construção e de implantação do
Planejamento Estratégico do Sistema OCB. A comitiva veio ao Brasil
participar da Assembleia Geral da Organização Cooperativista dos Povos
de Língua Portuguesa (OCPLP).

RECONHECIMENTO MERECIDO

A nona edição do Prêmio Cooperativa


do Ano teve número recorde de
inscrições: foram 273 projetos enviados
por 185 cooperativas, representantes
de 21 estados. As iniciativas estavam
RELATÓRIO OCB 2014

distribuídas em sete categorias:


Atendimento, Benefício, Comunicação
e Difusão do Cooperativismo,
Cooperativa Cidadã, Desenvolvimento
Sustentável, Fidelização e Inovação e
Tecnologia.

Esses números refletem não apenas o espírito cooperativista, mas o


compromisso das instituições com o desenvolvimento pessoal e com
a qualidade de vida dos associados. Em cada uma das categorias, os
trabalhos premiados comprovam que o sucesso de um empreendimento
cooperativo está diretamente ligado ao trabalho conjunto e à atuação
constante dos envolvidos.

84
w CONHEÇA A LISTA DOS VENCEDORES DA NONA EDIÇÃO DO
PRÊMIO COOPERATIVA DO ANO

Categoria Resumo Vencedoras


Atendimento Destaca o atendimento 1o lugar: Querubim
diferenciado oferecido por Saúde (Brasília-DF), com
cooperativas de todo o país. o projeto”Syscooperado
Tudo é pensado para melhor Querubim”;
atender às demandas dos
associados. A transparência e 2o lugar: Lar (Medianeira-PR),
a agilidade nos processos são com o projeto “Melhoria de
características dos projetos atendimento aos associados
premiados. envolvidos nas atividades
pecuárias por meio de SMS”;

3o lugar: Certel (Teutônia-RS),


com o projeto “CertelNet:
disponibilizando internet para
comunidades do interior”.
Benefício Voltada a projetos 1o lugar: Coopertransc (São
de cooperativas que Carlos SP), com o projeto
disponibilizam produtos e “Estruturar para beneficiar”;
serviços capazes de realmente
fazer a diferença na vida dos 2o lugar: Unimed Itapetininga
cooperados. A regra vale (SP), com o projeto
tanto para novas ações quanto “EcoConstruções – projeto
para a melhoria daquelas já contêiner”;
existentes.
3o lugar: Credicoamo (Campo
Mourão-PR), com o projeto
“Moradia Feliz”.

Comunicação Abrange cursos, palestras e 1o lugar: Sicredi Vale do Piquiri FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
e Difusão do eventos, bem como práticas ABCD (Palotina-PR), com o
Cooperativismo voltadas à promoção da cultura projeto “Associados Jovens
do cooperativismo junto à Sicredi”;
população local. Também
premia projetos de ampliação 2o lugar: Fecoagro
do quadro social, assim como (Florianópolis-SC), com
ações que visam ao aumento o projeto “Sistema
do número de associados. Catarinense de Comunicação
Cooperativista”;

3o lugar: Sicoob MaxiCrédito


(Chapecó-SC), com o projeto
“Programa de educação
financeira Maxi Poupe:
cooperando com o futuro das
crianças”.

85
Categoria Resumo Vencedoras
Cooperativa Voltada a trabalhos abertos 1o lugar: Coopercarga
Cidadã à comunidade, a categoria (Concórdia-SC), com o
mostra como as cooperativas projeto “A responsabilidade
se preocupam com quem está socioambiental como
à sua volta. O foco está em instrumento de cooperação
atividades artísticas, culturais com a comunidade”;
ou de promoção social, com
ou sem parcerias. Projetos 2o lugar: Coapa (Pedro
voltados ao benefício coletivo Afonso-TO), com o projeto
são o alvo deste segmento. “Coapa em comunidade”;

3o lugar: Unimed Vitória (ES),


com o projeto “De olho no
futuro.
Desenvolvimento Destaca projetos focados 1o lugar: Cocari (Mandaguari-
Sustentável em proteção de patrimônios PR), com projeto “Olho
naturais, ambientais e d’àgua”;
históricos. Também avalia
ações voltadas à racionalização 2o lugar: C.Vale (Palotina-
do consumo de itens como PR), com o projeto “Uso de
água, energia elétrica, energia alternativa”;
combustíveis fósseis, plásticos
e papel. 3o lugar: Cooperativa Bom
Jesus (Lapa-PR), com o projeto
“Recuperação e manutenção
de nascentes (Renascer)”.
Fidelização Práticas e projetos elaborados 1o lugar: Coopatos (Patos de
com a meta de aproximar o Minas-MG), com o projeto
cooperado e aumentar sua “Semana Coopatos”;
participação no cotidiano
da cooperativa são o alvo 2o lugar: Sicredi Pampa
desta categoria. O objetivo é Gaúcho (Itaqui-RS), com
contar com um quadro social o projeto “O jeito Pampa
fidelizado e comprometido Gaúcho de dar boas-vindas”;
com o crescimento da
RELATÓRIO OCB 2014

instituição. 3o lugar: C.Vale (Palotina-


PR), com o projeto
“Cooperativismo do futuro”.
Inovação e O alvo são as cooperativas 1o lugar: Colivre (Salvador-BA),
Tecnologia que trabalham para facilitar com o projeto “Noosfero”;
o acesso a novas tecnologias
de produção e gestão 2o lugar: Sicoob Cocred
administrativo-financeira, (Sertãozinho-SP), com
com vistas ao aumento de projeto “Letra de Crédito do
ganhos de produtividade e, Agronegócio (LCA)”;
consequentemente, bons
resultados financeiros nos 3o lugar: Cotrijal (Não-Me-
negócios. Toque-RS), com o projeto
“A essência da verdadeira
assistência técnica”.

86
LÁCTEOS: MODELO
DE EXPORTAÇÃO
O Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite, com 35 bilhões
de litros produzidos por ano. Disposto a ampliar o alcance dos nossos
produtores no mercado internacional, surgiu o projeto setorial B-dairy –
uma parceria entre a Apex-Brasil e a OCB, com apoio do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA).

Para alavancar as exportações dos produtos lácteos brasileiros, a equipe


do B-dairy trabalha com os seguintes objetivos:

1. Promover a imagem do Brasil no exterior (4º maior produtor mundial


de leite)
2. Promover a mobilidade exportadora das cooperativas e empresas
nacionais
3. Incrementar a competitividade da indústria Brasileira.

Vale destacar: as 10 empresas brasileiras de laticínios que aderiram


ao projeto representam mais de 20% do total das exportações de
produtos lácteos. São elas: cooperativas – Aurora, CCGL, Cemil,
Confepar e Santa Clara. Empresas – Gran Mestri, Itambé, Mococa,
Piracanjuba e Tirolez. Aderiram ao projeto, ainda no final de 2014, as
empresas Polenghi e Primicia.

Entre as ações desenvolvidas em 2014 pelo B-dairy estão a participação FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
do Brasil nas:

• Gulfood 2014, maior feira de alimentos do Oriente Médio, em Dubai;

• World Food Moscow (Rússia), uma das 10 maiores feiras de


alimento do mundo e importante porta de entrada de empresas
brasileiras no mercado russo;

• Sial Paris – maior mercado internacional de alimentos, que atrai


cerca de 150 mil visitantes a cada edição, além de ser importante
ponto de encontro entre os maiores players (ofertantes e
demandantes) dos produtos lácteos, no mercado mundial.

A equipe do projeto B-dairy também realizou ações de prospecção de


mercados durante a Copa do Mundo de 2014 e durante a Missão de
prospecção (Angola), com o lançamento da marca B-dairy no mercado
angolano.

87
CIDADANIA COOPERATIVA
Uma das melhores maneiras de fortalecer o
cooperativismo brasileiro é aumentando a
visibilidade das nossas cooperativas e dos seus
órgãos de representação. Ciente disso, o Sistema
OCB uniu esforços para mobilizar cooperativistas
de todo o país a participarem do Dia C – Dia de
Cooperar.

Idealizado em Minas Gerais, o evento – hoje organizado e conduzido


pelo Sistema OCB – tem a nobre missão de promover e estimular ações
voluntariado e de solidariedade, ofertadas à comunidade por todos nós,
que sentimos orgulho de ser cooperativistas.

Em 2014, pela primeira vez desde sua criação, em 2009 o Dia C foi
realizado simultaneamente em 25 estados brasileiros. Juntamente com as
unidades estaduais, o Sistema OCB mobilizou mais de 200 mil voluntários
de 1.440 cooperativas. O evento beneficiou cerca de 1 milhão de
brasileiros, que – além de conhecerem melhor o cooperativismo – tiveram
acesso a uma série de serviços gratuitos de promoção da cidadania.

os oferecidos
Alguns serviç
no Dia C
to médico e
• Atendimen
gratuitos;
odontoló co
gi
reciclagem;
• Oficinas de de
para a criação
• Consultoria
RELATÓRIO OCB 2014

currículo;
documentos
• Emissão de
pessoais;
otivacionais;
• Palestras m
educativas;
• Atividades
físicas;
• Atividades
• Jogos.

88
w NÚMEROS

Estados brasileiros aderiram à


campanha do Dia C em 2014.

25

voluntários participaram do Dia de Cooperar

200 MIL

Cooperativas mobilizadas

1.440

FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL
de brasileiros beneficiados pela
campanha. Além de conhecerem melhor
1 o cooperativismo, eles tiveram acesso
a uma série de serviços gratuitos de

MILHÃO
promoção da cidadania.

89
GOVERNANÇA
Gostar de trabalhar com pessoas e para pessoas é outro
atributo cooperativista. Nós, da OCB, pensamos justamente
assim. Por isso, optamos por um modelo de governança
onde as decisões são tomadas coletivamente, por lideranças
eleitas para representar os interesses de cada uma das cinco
regiões do Brasil. E assim como nas cooperativas, TODO
MUNDO TEM VOZ. Afinal, cada pessoa representa um voto.
Assim, garantimos que prevaleça o melhor para a maioria.
NOVOS
RUMOS PARA O
COOPERATIVISMO
Pela primeira vez, o Sistema OCB trabalhará a partir de um
planejamento estratégico único, com foco na construção de um
futuro melhor para todas as cooperativas brasileiras

Trabalhando de forma totalmente integrada, as equipes das três


instituições do Sistema OCB – OCB, Sescoop e CNCoop – definiram
os rumos que trilharão nos próximos cinco anos. As rotas, é claro, são
diferentes e estão alinhadas às áreas de atuação de cada entidade.
Mas o destino final é o mesmo: tornar o cooperativismo brasileiro
mais competitivo, respeitado e admirado pelo papel que desempenha
na sociedade —visão a ser seguida por todo o Sistema e pelo
cooperativismo.

O Planejamento Estratégico do Sistema OCB para o período 2015 – 2020,


que foi aprovado por todas as instâncias decisórias em agosto de 2014,
está alinhado ao modelo de governança sistêmico adotado pela unidade
nacional desde 2012, quando foi eleita uma diretoria representativa
das cinco regiões do país, e reforçado em 2013, com a unificação das
superintendências da OCB, Sescoop e CNCoop. Uma iniciativa que
ratifica o nosso compromisso com o processo democrático e ressalta
RELATÓRIO OCB 2014

a diversidade característica do cooperativismo. Objetivo? Integrar


conhecimentos, programas e planos de ação em prol da nossa principal
razão de existir: o cooperado.

Com um modelo de governança cooperativo, era natural também unificar


o planejamento das unidades do Sistema – processo marcado por um
intenso trabalho de reflexão e levantamento de dados. Desde o início,
o projeto contou com a participação de lideranças, dirigentes, equipes
técnicas, e também formadores de opinião. Foram cerca de mil pessoas
envolvidas, em oficinas, pesquisas pela internet, grupos focais, entrevistas
em profundidade, dentre outras ações que permitiram definir diferentes
cenários para o cooperativismo e estabelecer, assim, seus principais
desafios para os próximos anos.

Nosso grande objetivo é vencer cada um desses desafios, a partir de


valores muito sólidos, que valem para as três Casas, e concretizar a visão
92
estabelecida para o cooperativismo em 2025. Meta que pertence a todos
nós, cooperativistas brasileiros

w SAIBA QUAIS SÃOS OS PRINCIPAIS DESAFIOS DO COOPERATIVISMO:

• Qualificar mão de obra para o cooperativismo


• Profissionalizar a gestão e a governança do sistema cooperativo
• Fortalecer a representatividade do cooperativismo
• Estimular a intercooperação
• Fortalecer a cultura cooperativista
• Promover a segurança jurídica e regulatória para as cooperativas
• Fortalecer a imagem e a comunicação do cooperativismo

w E CONHEÇA OS CINCO VALORES COMPARTILHADOS PELAS TRÊS


CASAS:

• Fidelidade aos princípios e à doutrina cooperativistas


• Desenvolvimento e valorização das pessoas
• Respeito à diversidade
• Compromisso com a inovação e resultados
• Transparência e austeridade

CURIOSIDADE
O novo planejamento estratégico do Sistema OCB definiu uma
missão sistêmica, que será compartilhada por OCB, Sescoop
e CNCoop. A partir de agora, as três instituições buscarão
“representar, defender e desenvolver o cooperativismo brasileiro
para torná-lo mais competitivo, respeitado e admirado pelo papel
que desempenha na sociedade”.
GOVERNANÇA

APROVADO POR TODOS


Como já destacamos, todo esse trabalho foi validado – sem ressalvas
– nas três instâncias decisórias do Sistema, ou seja, pelas diretorias da
OCB e da CNCoop, além do Conselho Nacional do Sescoop. E tem mais!
As lideranças do Sistema foram convidadas a acompanhar de perto o
desenho do planejamento. Em maio de 2014, por exemplo, apresentamos
todo o conteúdo trabalhado, até então, no 2º Fórum de Presidentes,
Superintendentes e Dirigentes do Sistema OCB. O evento aconteceu
durante a Expocoop, feira internacional realizada em Curitiba (PR).
93
VISÃO DO COOPERATIVISMO

Em 2025, o cooperativismo será reconhecido pela sociedade por sua competitividade,


integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados”

Desafios a serem superados

• Profissionalizar a gestão e a governança do • Fortalecer a cultura cooperativista


sistema cooperativo • Promover a segurança jurídica e regulatória
• Fortalecer a representatividade do para as cooperativas
cooperativismo • Fortalecer a imagem e a comunicação do
• Estimular a intercooperação cooperativismo

MISSÃO DO SISTEMA OCB

Representar, defender e desenvolver o cooperativismo brasileiro para torná-lo


mais competitivo, respeitado e admirado pelo papel que desempenha na sociedade

OCB SESCOOP CNCOOP


Missão Missão Missão
Promover umambiente Promover a cultura cooperativista Defender o
favorável para o e o aperfeiçoamento da gestão cooperativismo e os
desenvolvimento das para o desenvolvimento das interesses da categoria
cooperativas brasileiras, cooperativas brasileiras econômica das
por meio da representação cooperativas brasileiras
político-institucional Objetivos finalísticos
1. Promover a cultura Objetivos finalísticos
Objetivos finalísticos da cooperação e 1. Estruturar o
1. Apoiar as cooperativas disseminar a doutrina, os sistema sindical
na sua inserção em valores e princípios do cooperativista
mercados cooperativismo 2. Consolidar a
2. Contribuir para o 2. Promover a profissionalização legitimidade
aperfeiçoamento do da gestão cooperativista sindical
marco regulatório do 3. Ampliar o acesso das cooperativista
cooperativismo e induzir cooperativas às soluções 3. Atuar na defesa
a implementação de de formação e qualificação dos interesses do
políticas públicas profissional cooperativismo
3. Fortalecer a 4. Promover a profissionalização
representação política da governança cooperativista
e institucional do 5. Monitorar desempenhos
cooperativismo e resultados com foco
RELATÓRIO OCB 2014

4. Fortalecer a imagem na sustentabilidade das


do Sistema OCB e cooperativas
divulgar os benefícios 6. Apoiar iniciativas voltadas
do cooperativismo para a saúde e segurança
5. Fomentar, produzir no trabalho e de qualidade
e disseminar de vida
conhecimentos para 7. Apoiar práticas de
o cooperativismo responsabilidade
brasileiro socioambiental

OBJETIVOS DE GESTÃO

1. Aprimorar a gestão estratégica e 4. Aperfeiçoar o controle, ampliar e diversificar


padronizar processos as fontes de recursos
2. Aprimorar e intensificar o relacionamento 5. Desenvolver continuamente as competências
com as cooperativas dos colaboradores
3. Garantir comunicação frequente e ágil
com os seus públicos

94
Entenda o processo de evolução
de governança do Sistema OCB

Desde 2012, os diretores da OCB passaram a responder – junto com


um presidente executivo – pelas ações de representação em prol
do cooperativismo brasileiro. O modelo garantiu à instituição uma
atuação realmente sistêmica, participativa e alinhada às demandas
das nossas unidades estaduais e cooperativas.

Com mandato de quatro anos, a nova diretoria do Sistema OCB


é responsável por indicar o presidente executivo da instituição.
O nome escolhido deve ser referendado pela Assembleia Geral.
A estrutura vigente manteve os conselhos Fiscal e de Ética, com
quatro membros cada: três titulares e um suplente, também eleitos
pela assembleia e escolhidos para um período de quatro anos,
permitida a recondução.

Por contar com um representante de cada região do país, a nova


diretoria representa os interesses dos diferentes estados e tem
a importante missão de assegurar a convergência de interesses
da entidade nacional e das unidades estaduais. Também cabe à
diretoria definir as diretrizes e as metas do cooperativismo brasileiro
para cada exercício.

Todos os diretores, conselheiros e gestores da Casa estão


inseridos em um modelo de gestão democrática, que preza pelas
sete premissas que regem a gestão do Sistema: austeridade,
objetividade, foco em resultados, tempestividade, comunicação,
transparência e mensuração dos trabalhos realizados. GOVERNANÇA

95
w ORGANOGRAMA DO SISTEMA OCB

Assembleia
Geral

Conselho Conselho
Diretoria
de Ética Fiscal

Presidência
PRESID

Conselhos
Consultivos

Superintendência
SUPER
Assessoria
Jurídica
ASJUR
Gerência Geral
GGER
Gerência de
Subordinação hierárquica
Controladoria
Relação funcional GECONT

Gerência
Gerência de Gerência de Gerência de
Técnica e
Planejamento Logística Finanças
Econômica
GEPLAN GELOG GEFIN
GETEC
RELATÓRIO OCB 2014

Gerência de Gerência de
Gerência de Gerência de
Relações Tecnologia da
Pessoas Comunicação
Institucionais Informação
GEPES GECOM
GERIN GETIN

96
w PLANEJAMENTO EM NÚMEROS

colaboradores de todos os níveis (presidentes,


superintendentes, gerentes e técnicos) envolvidos

503 na pesquisa web de ambiente interno

formadores de opinião, especialistas,


pesquisadores e dirigentes cooperativistas

479 envolvidos nas pesquisas web e grupos focais

superintendentes, gerentes e técnicos de 23


unidades estaduais e da unidade nacional

59 capacitados na metodologia da Gestão Orientada


para Resultados

presidentes das federações e sindicatos de


cooperativas envolvidos na pesquisa web que

23 subsidiou a definição do papel e as Diretrizes


Estratégicas para atuação da CNCoop

oficinas de planejamento coordenadas e/


ou conduzidas diretamente pela Gerência de

8 Planejamento, em 7 unidades estaduais. Média de


28 pessoas / evento

oficinas de formulação estratégica da OCB,


Sescoop e CNCoop, com participação presencial

6
dos dirigentes, conselheiros, superintendentes
indicados pelas regiões e gerentes da unidade
GOVERNANÇA

nacional. Média de 25 dirigentes por evento

videoconferências regionais com as unidades


estaduais, com a presença de superintendentes e

6 técnicos, além da equipe da unidade nacional –


média de 70 pessoas / evento

oficinas de formulação estratégica regionais


(Nordeste e Norte), com participação presencial

2 dos dirigentes, conselheiros, superintendentes e


gerência de planejamento da unidade nacional

97
COMO ESTAMOS ORGANIZADOS
DIRETORIA

TITULARES

Região Sul
João Paulo Koslovski – Secretário geral (Ocepar)

Região Sudeste
Edivaldo Del Grande (Ocesp)

Região Nordeste
João Nicédio Alves Nogueira (OCB-CE)

Região Norte
Petrucio Pereira de Magalhães Júnior (OCB-AM)

Região Centro-Oeste
Celso Ramos Regis (OCB-MS)

SUPLENTES

Região Sudeste
Esthério Sebastião Colnago (OCB-ES)

Região Nordeste
André Pacelli Bezerra Viana (OCB-PB)

Região Norte
Ricardo Benedito Khouri (OCB-TO)

Região Centro-Oeste
Haroldo Max de Sousa (OCB-GO)

Região Sul
Marcos Antônio Zordan (Ocesc)
RELATÓRIO OCB 2014

CONSELHO FISCAL

Raimundo Sérgio Campos (Conselheiro da Ocemg)


Malaquias Ancelmo de Oliveira – (Presidente da OCB-PE)
Silvio Silvestre Carvalho (Presidente da OCB-RR)
João Carlos Spenthof – Suplente (Presidente do Sicredi PA, MT, RO)

CONSELHO DE ÉTICA

Ruiter Luiz Andrade Pádua (ex-Presidente da OCB-TO)


Evaristo Câmara Machado Netto (ex-Presidente da Ocesp)
Márcio Antonio Portocarrero (ex-Presidente da OCB-MS)
Dick Carlos de Geus – Suplente (ex-Presidente da Ocepar)

98
QUEM SOMOS
QUADRO EXECUTIVO

Márcio Lopes de Freitas


Presidente do Sistema OCB

Renato Nobile
Superintendente do Sistema OCB

Tânia Regina Zanella


Gerente Geral da OCB

Karla Oliveira
Gerente Geral do Sescoop

Fabíola da Silva Nader Motta


Gerente de Relações Institucionais

Clara Pedroso Maffia


Gerente Técnica e Econômica

Ana Paula Andrade Ramos Rodrigues


Assessora Jurídica

Ana Cláudia d’Arce Oliveira


Gerente de Pessoas

Mozart Gomes de Souza Júnior


Gerente de Tecnologia da Informação

Daniela Lemke
Gerente de Comunicação

Antônio Luiz Feitosa


Gerente de Controladoria

Fábio Luís Trinca


Gerente de Finanças

Emanuel Malta Falcão Caloete


Gerente de Planejamento e Controle
GOVERNANÇA

Belmira Neves de Oliveira


Gerente de Logística

ASSEMBLEIA GERAL
Composta pelos presidentes das 27 unidades estaduais (UE) localizadas em todas as
unidades federadas.

99
COMUNICAÇÃO
Informação precisa, de qualidade e no menor espaço de tempo possível.
O time de comunicação da OCB preza por esses atributos e está sempre
pensando em novas maneiras de dialogar com o público cooperativista,
com os formadores de opinião e também com a sociedade. O objetivo é
um só: mostrar a todos os brasileiros as vantagens de ser cooperativista,
além dos motivos que fazem do cooperativismo o modelo empresarial
mais SUSTENTÁVEL e PROMISSOR que existe.
TEMOS BOAS
NOTÍCI@S
2014 marcou o fortalecimento do diálogo da OCB com a base.
Desafio, agora, é fortalecer o orgulho cooperativista e mostrar para
toda a sociedade porque vale a pena ingressar neste movimento

Aliar trabalho, prazer e qualidade de vida é o sonho de milhões de


pessoas em todo o mundo. Sonho que já virou realidade para os mais
de 11,5 milhões de cooperados brasileiros. Nossa gente descobriu,
faz tempo, o quanto é bom ser cooperativista. Mas e o restante da
população? Será que imagina por que esse diferente jeito de empreender
torna as pessoas mais felizes?

Disposto a fortalecer a cultura da cooperação e o orgulho de ser


cooperativista, o talentoso time de comunicação do Sistema OCB
orquestrou a construção do primeiro plano de Diretrizes Estratégicas
de Comunicação do Sistema OCB. O documento foi criado em um
processo participativo, que uniu dirigentes de cooperativas, empregados
do Sistema OCB e especialistas em comunicação, de dentro e fora do
cooperativismo. Com isso, foram definidas cinco diretrizes estratégicas
para orientar as ações internas e externas da área nos próximos cinco
anos (2015-2020):

1. Consolidar a imagem do cooperativismo como um bom negócio


(selecionar ícone);
RELATÓRIO OCB 2014

2. Despertar e fortalecer o orgulho de ser cooperativista (selecionar


ícone);
3. Ampliar o grau de conhecimento sobre os diferenciais do
cooperativismo (selecionar ícone);
4. Alinhar a comunicação e o discurso institucional do Sistema OCB
(selecionar ícone);
5. Promover as instituições que compõe o Sistema OCB e os seus papeis
no movimento cooperativista (selecionar ícone).

O plano de Diretrizes de Comunicação também identifica os seis públicos-


alvo prioritários do cooperativismo e as mensagens centrais a serem
trabalhadas em todos os textos, peças publicitárias, entrevistas, vídeos e
peças de divulgação. Com ele em mãos, os comunicadores do Sistema e
das cooperativas brasileiras poderão atuar de forma muito mais eficiente e
precisa.  Conscientes de que – assim como acontece em nossas cooperativas
– precisamos trabalhar em conjunto para obter grandes resultados.
102
MAPA ESTRATÉGICO DO COOPERATIVISMO

w ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA OCB

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS

Promover as
Consolidar a Ampliar o grau Alinhar a instituições que
Despertar e
imagem do de conhecimento comunicação compõem o
fortalecer o
cooperativismo sobre os e o discurso Sistema OCB e
orgulho de ser
como um bom diferenciais do institucional do os seus papéis
cooperativista
negócio cooperativismo Sistema OCB no movimento
cooperativista

PÚBLICOS-ALVO

SOCIEDADE PODER PÚBLICO


• Público em geral • Poder execultivo
• Jovens e potenciais cooperado • Poder Legislativo
• Formadores de opinião • Poder Judiciário
• Familiares de cooperados e
empregados PARCEIROS
• Academia
IMPRENSA • Entidades Parceiras
• Profissionais de veículos de
comunicação PÚBLICO INTERNO
• Empregados do Sistema OCB
CLIENTES • Consultores e instrutores
• Dirigentes de cooperativas credenciados
• Cooperados • Conselhos e Diretorias do
• Empregados de Cooperativas Sistema OCB
• Dirigentes de sindicatos

MENSAGENS

O COOPERATIVISMO O COOPERADO
• É competitivo e íntegro • É dono da cooperativa
COMUNICAÇÃO

• Representa uma categoria • Pode e deve participar


econômica e é uma altenativa ao ativamente da gestão de sua
modelo mercantil cooperativa
• Contribui para o desenvolvimento
econômico regional, com O SISTEMA OCB
sustentabilidade e justiça social • É a principal instituição que
representa, desenvolve e
A COOPERATIVA defendo o cooperativismo, com
• É uma empresa rentável, moderna e competência e seriedade
inovadora • Promove valores e princípios
• Oferece produtos confiáveis, de fiéis à doutrina cooperativista
qualidade e inovadores • Divide-se em 3 casas. A OCB
• Possui gestão, atuação e representa o cooperativismo,
organizaçãodiferenciadas o SESCOOP desenvolve as
• Contribui para a felicidade dos seus cooperativas e a CNCOOP
cooperados defende o cooperativismo
• Otimiza recursos dos cooperados e
cresce junto com eles

103
Vale destacar: as diretrizes estratégicas de comunicação foram
construídas e validadas com a participação direta da Diretoria da Casa
e do Conselho de Comunicação do Sistema OCB – órgão de caráter
consultivo composto por profissionais que conhecem as características
específicas do cooperativismo e as diversidades encontradas pelo setor
nas cinco regiões do país. Na avaliação dos conselheiros, as diretrizes
apresentadas estão em perfeita sintonia com a nova missão sistêmica de
OCB, Sescoop e CNCoop. Por isso, podem colaborar com a construção
do futuro do cooperativismo e do Sistema OCB.

 Outro ponto importante, que merece


ser esclarecido: o planejamento
apresentado pela OCB não delimita,
nem cerceia, as atividades de
comunicação dos estados. Ele
B tem
apenas oferece um norte comum aos O Sistema OC
o re pr es entar,
nossos comunicadores, que agora por missã
senvolver o
podem planejar suas atividades defender e de
o brasileiro
com autonomia, mas conscientes de cooperativism
para to rn á- lo mais
quais objetivos devem perseguir. Se ti vo , ad mirado e
competi
todos agirmos de forma estratégica lo papel que
respeitado pe
e cooperativa, ajudaremos nosso na sociedade
desempenha
movimento a vencer o desafio de ser
reconhecido pela sociedade, até 2025,
por sua competividade, integridade e
capacidade de promover a felicidade
dos seus cooperados.  
RELATÓRIO OCB 2014

104
NOSSOS PLANOS PARA 2015-2020

Pesquisa Nacional de Fortalecimento


Imagem do Cooperativismo e integração da
comunicação dos
Pesquisa qualitativa em projetos de grande
todos os estados do Brasil visibilidade
para conhecer a percepção
dos brasileiros sobre o Integrar a comunicação
cooperativismo dos grandes eventos do
Sistema OCB, propondo
ações que garantam
adesão, divulgação e
Fundo Misto de continuidade, além de
Comunicação e Marketing promover o sentimento e
orgulho de fazer parte do
Elaboração de proposta de um cooperativismo.
Fundo a partir de fontes próprias
e de terceiros para garantir o
investimento contínuo em ações
de comunicação e marketing,
contribuindo para a visão de
futuro do cooperativismo Prêmio de Jornalismo

O Prêmio de Jornalismo
será desenvolvido pelo
Sistema OCB com o
Portal da internet e objetivo de fortalecer a
novas mídias digitais relação profissional entre
o Sistema, Unidades
Desenvolvimento de portal na Estaduais, cooperativas e os
internet de forma vinculada veículos de comunicação.
a novas mídias digitais para
ampliar a presença e o alcance
do cooperativismo e do Sistema
OCB no mundo virtual.
Campanha nacional de
marketing e
endomarketing
Alinhamento da Comunicação
COMUNICAÇÃO

Realizar campanhas
e do Discurso Institucional
internas e externas para
despertar o orgulho de ser
Padronização da comunicação
cooperativista e promover a
do Sistema OCB, alinhando
imagem do cooperativismo
conceitos e discursos,
como um “bom negócio”
melhorando a visibilidade do
para todos.
cooperativismo.

Consultoria – Martha Gabriel Consultoria a contratar


Palestra e apresentação de diagnóstico sobre Contratação de especialista de
a presença do sistema cooperativista no meio branding para estudo sobre as marcas
digital; apontamentos de questões prévias ao do Sistema OCB e suas aplicações.
desenvolvimento de estratégias em mídias
sociais. Produção do “Guia de Boas Práticas
em Mídias Sociais” para o Sistema OCB.

105
w PRINCIPAIS RESULTADOS DE 2014

matérias publicadas sobre o


cooperativismo na imprensa nacional

2,5 MIL
de caráter positivo

95%
R$ 27
de retorno em mídia espontânea

MILHÕES
textos publicados em um blog

510
criado para divulgar o Dia C

releases, artigos, notas e matérias


produzidas

113
RELATÓRIO OCB 2014

veículos de comunicação do país


em contato

800
minutos ao telefone com a imprensa

12 MIL
profissionais de comunicação
envolvidos nessa grande campanha

50
106
PORTFÓLIO
DIVERSIFICADO
Conheça alguns dos produtos produzidos pelo time de
comunicação do Sistema OCB em 2014

LOGOMARCAS
Quando o assunto é fortalecimento de imagem, é fundamental trabalhar
com marcas capazes de transmitir a ideia e o negócio que se pretende
vender. Essa foi a linha adotada para a criação das dez logomarcas
criadas em 2014 pela comunicação da OCB e também na organização
da aplicação da marca sistêmica. Confira alguns dos trabalhos de maior
visibilidade do período:

PADRONIZAÇÃO É TUDO
Focada no fortalecimento da atuação sistêmica, o time da comunicação
reuniu – em um único manual – as orientações para aplicação a de todas
as marcas relacionadas ao Sistema OCB (OCB, Sescoop e CNCoop). O
documento explica com as marcas devem ser aplicadas isoladamente
e em conjunto, entre si ou com as logomarcas das unidades estaduais.
O objetivo final é um só: fortalecer a imagem do Sistema como
representante de um movimento sério, diferenciado e com um potencial
enorme de crescimento.

SELO PARA AS COOPERATIVAS


A OCB está ajudando a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) a divulgar
no Brasil a nova logomarca COOP – criada pela instituição para ser um
COMUNICAÇÃO

selo internacional capaz de identificar as cooperativas em todo o mundo.


Coube à nossa equipe de comunicação a tarefa de adaptar a versão
original da publicação, escrita em inglês, para o português.

REFORÇO PARA O CRÉDITO


Em 2014, as cooperativas de crédito ganharam
ainda mais credibilidade e competitividade
no mercado, graças ao lançamento do
Fundo Garantidor do Cooperativismo de
Crédito (FGCoop) – instrumento que garante
o pagamento dos depósitos dos associados diretos e, também, de
investidores. A conquista é fruto de um trabalho intenso do Sistema OCB
e do CECO junto ao órgão regulador, o Banco Central do Brasil.

107
Para colaborar com a divulgação do Fundo, o Sistema criou um selo
especial que traduz o conceito central do FGCoop: “Garantia de
depósitos, segurança para bons negócios”. A logomarca pode ser
utilizada pelas cooperativas do ramo, e a ideia é que essa seja uma prática
comum no setor, contribuindo para o fortalecimento do Fundo Garantidor
e do próprio segmento.

DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO


A criação de uma identidade
visual única e marcante
fez toda a diferença
nas comemorações do
Dia Internacional do
Cooperativismo, em 2014.
A equipe de designers da
OCB criou uma logomarca
especial para esta celebração, disponibilizada com antecedência
às 27 unidades estaduais e 6,8 mil cooperativas que integram o
Sistema. A festa ganhou mais cor e a mensagem transmitida pelo
movimento, com certeza, mais força. O tema escolhido pela Aliança
Cooperativa Internacional (ACI) este ano foi: “Cooperativas conquistam
desenvolvimento sustentável para todos”.

BLOGS E NEWSLETTERS
O time de Comunicação do Sistema OCB investe constantemente em
novas ferramentas para falar com seus públicos. O objetivo é transmitir
as mensagens de forma rápida e precisa, mantendo a base cooperada
bem informada e conectada com o que está sendo realizado em prol do
cooperativismo, em todo o país. Confira:

INFORMATIVO SISTEMA OCB


RELATÓRIO OCB 2014

Todos os dias, oito mil pessoas recebem, por e-mail, notícias fresquinhas
sobre tudo o que acontece no sistema cooperativista brasileiro. São
presidentes de cooperativas, colaboradores das unidades estaduais,
formadores de opinião, parlamentares e cooperados ávidos por saber
o que está acontecendo na capital do país, em outras cooperativas e
também nas cinco regiões do Brasil. Criado em 1988, o “Informativo” traz
notícias sobre os resultados das articulações feitas pela OCB, Sescoop
e CNCoop – tanto no trabalho de representação política, institucional e
sindical, quanto na promoção de ações que fomentem o desenvolvimento
das cooperativas brasileiras.

MEGAFONE
Boletim especial que divulga os eventos de maior destaque realizados
pelo Sistema OCB. Em formato de jornal, o Megafone faz um resumo do
encontro e traz depoimentos de nossas principais lideranças.
Em 2014, a equipe de comunicação do Sistema OCB preparou três
108
edições do Megafone: uma sobre o lançamento da Agenda
Legislativa do Cooperativismo; outro sobre a comemoração do Dia C
e, por fim, uma edição especial sobre a Expocoop, feira internacional
realizada em Curitiba.

COOPERAÇÃO AMBIENTAL
Lançado em 2013 para orientar as cooperativas e os associados a
cumprirem as normas descritas no Novo Código Florestal Brasileiro,
o blog www.cooperacaoambiental.coop.br, teve um papel importante
também em 2014. O espaço ajudou no processo de capacitação para
atendimento ao que determina o Cadastro Ambiental Rural (CAR),
promovido em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. Além do
calendário das oficinas de treinamento, os cooperados também podiam
acompanhar as últimas notícias publicadas sobre a nova legislação.    

EVENTOS
Consolidar a imagem do cooperativismo e disseminar seus diferenciais
é um dos grandes desafios do movimento cooperativista brasileiro. E,
para fazer isso, o Sistema OCB realiza uma série de eventos para mostrar
o quanto é bom ser cooperativista. Nesses encontros, também são
realizados intercâmbios de informação e conhecimento entre as unidades
estaduais. Veja, a seguir, os principais eventos que envolveram a equipe
de comunicação da OCB, em 2014:

ENCONTRO NACIONAL DE COMUNICADORES


Após um intervalo de três anos, foi realizado em Brasília a sexta edição
do Encontro Nacional de Comunicadores do Sistema OCB. O evento,
realizado em novembro de 2014, reuniu 41 comunicadores de 24 unidades
estaduais. Na ocasião, foram apresentadas as Diretrizes Estratégicas de
Comunicação do Sistema OCB, que a partir de agora nortearão todas as
ações da área.

O evento contou com palestra de Martha Gabriel, escritora e consultora


COMUNICAÇÃO

nas áreas de marketing digital, inovação e educação. A especialista


– que está estudando a presença estratégica do Sistema OCB e do
movimento cooperativista nas mídias sociais – falou sobre estratégias e
comportamentos nas novas mídias.

O time de comunicadores também teve a oportunidade de saber mais


sobre a atuação, em Brasília, das três entidades que compõem o Sistema
OCB. Além de promover a integração dos comunicadores cooperativistas,
o encontro ajudou a alinhar com as unidades estaduais a importância
de trabalhar de forma sistêmica para colaborar com o fortalecimento do
cooperativismo brasileiro.

109
SERVIÇO LOCAL: BEM GLOBAL
Para mostrar o que fazem as cooperativas de crédito e como elas podem
mudar para melhor a vida das pessoas, o Sistema OCB organizou
uma exposição com vídeos e fotos sobre a história de sociedades
cooperativas de várias partes do país. Na mostra, instalada no Banco
Central do Brasil, era possível conhecer um pouco mais sobre a prática
cooperativista, além de exemplos de associados e comunidades que
cresceram junto com o cooperativismo. Foi uma ação para comemorar o
Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito, celebrado na terceira
quinta-feira do mês de outubro, no mundo todo. O tema escolhido foi
“Serviço local: BEM GLOBAL”.

DIA C – DIA DE COOPERAR


As cooperativas têm realmente o poder de mudar
para melhor a vida das pessoas. O lema é: a minha
felicidade só estará completa se o outro também
estiver feliz. Essa é uma prática diária de quem já
é cooperativista, faz parte do seu dia a dia. O Dia
C – Dia de Cooperar – surgiu para amplificar essa
corrente de solidariedade, que começou em Minas
e hoje já está em todo o Brasil. Uma mobilização que ganhou ainda mais
força em 2014 com um trabalho importante de comunicação. Olhares
atentos de 50 comunicadores, trabalhando full time para disseminar a
campanha e sensibilizar a sociedade para cooperar em benefício do outro.
Mais uma ação que mostrou porque vale a pena ser cooperativista e que,
juntos, podemos conseguir muito mais.

+
1.440 1 milhão
200 mil
RELATÓRIO OCB 2014

cooperativas de brasileiros
voluntários beneficiados      

110
MÍDIA
O Sistema OCB investe fortemente para divulgar o modelo de negócio
cooperativo e as boas práticas adotadas pelo segmento na mídia. Em
2014, investimos na mídia impressa, eletrônica e tradicional (rádio).
Confira:

SABER COOPERAR
O Sistema OCB conta uma importante ferramenta de comunicação
para divulgar o cooperativismo brasileiro: a revista Saber Cooperar.
Foram cinco edições, sendo uma delas especial – sobre o 9º Prêmio
Cooperativa do Ano, distribuídas para todo o Sistema (unidades estaduais
e cooperativas), governo, parlamentares, pesquisadores, universidades
e outras instituições parceiras, totalizando 60 mil exemplares. Em 41
matérias e três encartes técnicos, foram apresentadas boas práticas
desenvolvidas pelo movimento, conquistas resultantes do trabalho de
representação e do investimento na profissionalização da gestão e nos
modelos de governança, além de outros temas de interesse do setor.

INVESTIMENTO EM TV
O movimento cooperativista também tem um espaço garantido na TV.
Um exemplo é o programa Cooperativismo em Notícias, divulgado
nacionalmente, no Canal Rural, chegando a 43 mil domicílios, e, ainda,
nas cidades catarinenses, pelo SBT. O Sistema OCB firmou mais uma
parceria em 2014, neste caso, com a Federação das Cooperativas
Agropecuárias do Estado de Santa Catarina (Fecoagro), que responde
pela produção do programa. É mais uma forma de disseminar os
diferenciais do cooperativismo.

NAS ONDAS DO COOPERATIVISMO


Um total de 6,8 mil rádios espalhadas pelo país estão ajudando o Sistema
OCB a mostrar porque vale a pena ser cooperativista. A partir de uma
parceria com o programa Nossa Terra, veiculado pela Rádio Nacional da
Amazônia nas regiões Norte e Nordeste, estão sendo divulgadas notícias,
todas as quartas-feiras, sobre o trabalho das cooperativas. Em 2014, o
COMUNICAÇÃO

cooperativismo foi pauta em 30 programas do Nossa Terra.

Para levar essa onda cooperativista a todos os lugares, inclusive às


comunidades mais isoladas, o Sistema OCB conta com outro parceiro: a
Rádioweb, que também produz matérias e spots sobre o cooperativismo.
Foram 36 áudios – entre reportagens e spots – divulgadas em 901
cidades, de 25 estados e, também, no Distrito Federal, Estados Unidos e
Paraguai. Toda essa exposição equivaleria a um investimento em espaços
publicitários da ordem de R$ 818,8 mil.     

111
GERAÇÃO DE
CONHECIMENTO
"Conhecimento guardado é igual dinheiro
num cofre. Perde o valor e não rende nada".
O verdadeiro cooperativista entende o
ditado e complementa: conhecimento é
um bem precioso, mas só cresce quando é
compartilhado.

Ser cooperativista é reconhecer o valor de uma


mente curiosa, estimular a pesquisa, sistematizar
a informação para melhor disseminá-la. É
ser HUMILDE para reconhecer uma verdade
simples: temos muito a ensinar, mas muito mais a
aprender. E qual a melhor maneira de fazer isso?
Escutando o que o outro tem a dizer.
SEMEANDO IDEIAS
PARA COLHER
COOPERAÇÃO
Nossa equipe identifica, sistematiza e produz informações
capazes de apresentar o cooperativismo como um excelente
caminho para a retomada do crescimento econômico do Brasil

O poder transformador do conhecimento amplia horizontes e melhora


a qualidade de vida do cidadão. E quanto maior o bem-estar, maior a
vontade de aprender, de crescer, de cooperar, de fazer a diferença.

A geração de conhecimento faz parte das boas práticas aplicadas pelo


SistemOCB no processo de disseminação, no desenvolvimento social
sustentável e no fortalecimento da cultura cooperativista há 45 anos.
Ao semear conhecimentos, o time técnico da OCB ajuda a fortalecer
a cultura da cooperação, e apresenta o cooperativismo como um
excelente caminho para a retomada do crescimento econômico do Brasil.
Previsão de colheita? Se tudo correr como o previsto, a próxima safra de
cooperativistas será nacionalmente reconhecida por seu pioneirismo na
hora de tornar as pessoas felizes.

Também é por meio da educação e da capacitação que os mais de 11


RELATÓRIO OCB 2014

milhões de cooperados brasileiros têm a oportunidade de melhorar


a eficiência dos seus serviços, aumentar a produtividade, reduzir os
custos e, consequentemente, ficar mais competitivos. E para isso, eles
contam com a ajuda das talentosas equipes do Sistema da OCB e do
Sescoop. Profissionais cooperativistas empenhados em identificar e
divulgar conhecimentos, ferramentas e instrumentos que permitam
aprimorar os métodos empregados na produção e nos serviços
oferecidos pelas cooperativas.

Confira, a seguir, alguns dos principais projetos de geração de


conhecimento desenvolvidos pelo Sistema OCB em 2014:

114
MAPAS DE DECISÃO
Sempre que um novo tema relacionado ao cooperativismo toma conta da
pauta política e econômica brasileira, a equipe do Sistema OCB analisa o
assunto de forma crítica para apresentá-lo as lideranças cooperativistas,
sugerindo discussões e alternativas de posicionamento. A intenção é dar
subsídios para que esses líderes possam tomar decisões estratégicas,
baseadas em análises de conjuntura, pesquisas de opinião parlamentar e
outros estudos.

Em 2014, foram realizados nove mapas de decisão sobre os seguintes


assuntos: reforma ministerial, decreto de participação popular, lei geral do
cooperativismo, conjuntura eleitoral, percepção do eleitor sobre o cenário
político e econômico, coligações partidárias, relação entre o governo e o
Congresso Nacional, financiamento de campanhas e clima político após
as eleições de 2014.

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO AGRONEGÓCIO


A agropecuária é um dos mais
importantes segmentos da economia
brasileira. Por isso, é imprescindível
conhecer a fundo o ambiente em que
produtores rurais desenvolvem suas atividades, bem como todos os elos
da cadeia do agronegócio brasileiro.

Para auxiliar a sociedade e o governo a melhor conhecer e avaliar as

GERAÇÃO DE CONHECIMENTO
demandas do setor, a OCB e a Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp) criaram o Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro),
que também conta com a parceria das seguintes entidades: Associação
Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Associação Nacional para Difusão
de Adubos (Anda) e Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea).

O indicador – que varia em uma escala de zero a 200 – apresenta


trimestralmente informações sobre a percepção dos produtores rurais,
das cooperativas brasileiras e das indústrias sobre a situação econômica
do Brasil e do agronegócio. O objetivo é construir uma base de dados
para subsidiar ações que possam contribuir para o fortalecimento e
o crescimento do setor cooperativista, além de aprimorar as políticas
públicas que atendam às necessidades dos produtores rurais.

115
TRÊS ELOS
O IC Agro é resultado do levantamento e da análise de dados
combinados colhidos em três esferas da cadeia produtiva:

Perfil do Produtor – a pesquisa é feita com os três elos que


compõem o segmento: antes da porteira da fazenda (indústria
de fertilizantes, máquinas e implementos, defensivos, nutrição e
saúde animal, cooperativas, revendas, entre outros), dentro da
porteira (produtores agropecuários) e depois da porteira (indústria
de alimentos, de energia, tradings, cooperativas, armazenadores
e operadores logísticos). Para dar robustez aos resultados,
outros dois levantamentos são realizados em paralelo: o Perfil
do Produtor Agropecuário e o Painel de Investimentos. Embora
eles não entrem na composição do Índice de Confiança, essas
sondagens ajudam a explicar o seu resultado.

Painel de Investimentos – monitora a disposição do produtor


em realizar investimentos adicionais nas áreas de custeio,
maquinários, implementos agrícolas, infraestrutura e gestão de
pessoas. Divulgado a cada três meses, o Painel de Investimentos
traz elementos importantes e complementares ao IC Agro, além
de apresentar as expectativas de maiores preocupações para o
produtor no período.

Divulgação – é realizada a cada três meses e tem sido utilizado


como referência pelos principais veículos de comunicação ,
despertando cada vez mais interesse de cooperativistas, políticos
e economistas.
RELATÓRIO OCB 2014

w NÚMEROS

dos produtores agropecuários são


associados ao cooperativismo

64%
pessoas visitaram o site do IC Agro em 2014

60 MIL
é o número de visualizações da página
do indicador (www.icagro.com.br)

97 MIL
116
TRADUZINDO OS MECANISMOS
DO NOVO CÓDIGO FLORESTAL
Tão importante quanto produzir, é preservar o meio ambiente. Por isso,
as culturas cooperativistas costumam ser sustentáveis e zelam pelo uso
racional dos solos e das águas. Essa responsabilidade com o futuro está
alinhada ao novo Código Florestal Brasileiro, legislação construída com a
participação direta da equipe do Sistema OCB e das cooperativas filiadas.

Um dos mecanismos criados pelo novo código para zelar pela preservação
do meio ambiente em terras produtivas é o Cadastro Ambiental Rural
(CAR) – base de dados que integrará todas as informações ambientais das
propriedades e posses rurais em âmbito nacional. Por lei, 5,6 milhões de
propriedades rurais de todo o Brasil deverão ser cadastradas no sistema
até o dia 6 de maio de 2015, podendo ser prorrogado por mais um ano.
Deste total, estima-se que 11% estejam vinculadas à cooperativas.

Para ajudar a base cooperativista a preencher corretamente esse cadastro,


o Sistema OCB realizou nove oficinas de capacitação sobre o assunto.
Além disso, nossos técnicos elaboraram – em parceria com o Ministério
do Meio Ambiente – uma cartilha sobre o tema“ Regularização Ambiental
do Imóvel Rural no novo Código Florestal”. O material foi produzido em
2014 e será distribuído em 2015.

As capacitações sobre o CAR foram realizadas em parceria com


as unidades estaduais e com o Ministério do Meio Ambiente. Elas
beneficiaram um total de 321 pessoas de todo o país. Para 2015, estão
previstos novos cursos, que terão maior carga horária. O objetivo é

GERAÇÃO DE CONHECIMENTO
abordar aspectos da nova legislação com mais profundidade.

FIQUE POR DENTRO

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um registro público


eletrônico, de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis
rurais. Seu objetivo é integrar as informações ambientais das
propriedades e posses rurais, compondo base de dados para
controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e
combate ao desmatamento.

A ferramenta ajudará a desburocratizar o cumprimento das


obrigações inseridas na legislação ambiental, além de gerar
informações para a construção de políticas públicas embasadas
na realidade do campo brasileiro, que possam garantir segurança
jurídica às atividades agropecuárias.

117
DIAGNÓSTICOS PRECISOS
Conhecer para fazer crescer. Com essa ideia em mente, a equipe do
Sistema OCB começou a realizar o diagnóstico dos diferentes ramos do
cooperativismo. O objetivo é identificar quais os pontos de melhoria são
necessários para fortalecer, cada vez mais, as nossas cooperativas.

Nos últimos dois anos, nossa área técnica se uniu aos representantes dos
conselhos consultivos dos Ramos Consumo e Educacional para elaborar
um questionário capaz de revelar as principais demandas e necessidades
dos cooperados destes segmentos. Os resultados foram divulgados em
duas publicações, que trazem o diagnóstico completo destes ramos.
Confira, a seguir, as principais conclusões desses levantamentos:

Ramo Consumo Ramo Educacional


Abrangência - Representa 26% do total de - Reúne 65,9 mil cooperados e
e relevância cooperados do sistema OCB, a empregados.
segunda maior participação entre - A atuação das cooperativas do
os 13 ramos. ramo difere, de acordo com a
- As cooperativas de consumo composição do quadro – segundo
exercem a função primordial de a pesquisa, 48% são constituídas
servir aos cooperados – em seu por professores , 22% por pais de
caráter de consumidores -, com alunos, 14% por professores e pais
produtos e serviços de uso pessoal de alunos, 8% por alunos de escolas
e familiar a valores abaixo dos técnicas, entre outros grupos.
praticados pelo comércio formal, - 72% das cooperativas
sem a obtenção de lucro. Atuam participantes do Diagnóstico do
como verdadeiras balizadoras de Ramo Educacional possuem entre
preços no mercado. 10 e 24 anos de atuação.

Objetivos do - Ampliar o conhecimento sobre o perfil das cooperativas do ramo,


estudo identificando segmentos de atuação, movimentação financeira e demais
números do setor.
- Compreender as especificidades tributárias e jurídicas dessas
RELATÓRIO OCB 2014

cooperativas, tanto com relação aos seus atos cooperativos como aos
demais atos praticados pelas sociedades do setor.
Prioridades 32% dos entrevistados reclamaram - 52% dos entrevistados desejam
apontadas da falta de um tratamento tributário a criação de novas linhas de
pela base adequado para o ramo. Para financiamento para o setor,
eles, essa deve ser a prioridade considerando este o principal
no desenvolvimento de políticas problema a ser resolvido para
públicas; garantir o crescimento das
25% sentem falta de uma legislação cooperativas do ramo;
específica para o setor;
- 17% ressaltaram a necessidade – 20% reclamaram da atual forma
de ações voltadas à capacitação de de tributação dessas cooperativas;
lideranças cooperativistas nas áreas - 11% afirmaram sofrer com a
de gestão e governança. inadimplência dos associados ;
- 59% das cooperativas participam
de programas do Sescoop.

118
Vale destacar: o Sistema OCB replicará a metodologia utilizada nos
dois primeiros diagnósticos para os demais ramos do cooperativismo.
Para 2015, já estão previstas a realização dos diagnósticos dos ramos
infraestrutura, trabalho e mineral. Com isso, terá mais um importante
instrumento para subsidiar planos de ação capazes de fomentar políticas
públicas específicas e legislações de alavancagem ao setor.

COOPERATIVISMO E ELEIÇÕES 2014


Assim como no cooperativismo, nas eleições, cada pessoa tem direito
a um voto. E a melhor maneira de não desperdiçá-lo é conhecendo a
trajetória política de seus candidatos, além de seu real compromisso com
as causas cooperativistas.

Disposto a ajudar os mais de 11 milhões de cooperados brasileiros a


escolherem representantes engajados com nosso movimento, o Sistema
OCB lançou e distribuiu 7.000 unidades da cartilha “Cooperativismo e
Eleições 2014”.

Repleta de informações sobre o papel do cidadão, a importância do


voto e o perfil dos candidatos alinhados às causas cooperativistas, o
documento educativo foi oferecido também em formato digital às
unidades estaduais.

A mensagem central da publicação era a seguinte: cooperativas que


atuam no mercado de acordo com a legislação, com transparência de suas
práticas de governança e gestão, apoiando candidatos compromissados
com o setor, podem fazer a diferença na construção do Brasil.
GERAÇÃO DE CONHECIMENTO
w NÚMEROS

dos deputados que integram Frencoop


foram reeleitos

74%
dos senadores da Frencoop que se
recandidataram ao Senado Federal foram

60% reeleitos.

parlamentares tiveram os perfis mapeados


pelo Sistema OCB durante as eleições de

491 2014. O objetivo desse trabalho foi facilitar


a escolha de candidatos comprometidos
em levantar a bandeira do cooperativismo
no próximo mandato.

119
CATÁLOGO DE COOPERATIVAS
EXPORTADORAS
Visando dar visibilidade global aos produtos
e serviços das cooperativas brasileiras, a OCB
lançou a segunda edição do Catálogo Brasileiro de
Cooperativas Exportadoras. Em 2014, a publicação
foi traduzida para sete idiomas e divulgada em
embaixadas, consulados, organismos internacionais,
governos e agências de comércio global.
Confira a íntegra do documento em http://www.
brasilcooperativo.coop.br/cbcex/

ACERVO DIGITAL
O Sistema OCB contará, em breve, com o maior acervo digital sobre
o cooperativismo do Brasil. Estamos trabalhando para disponibilizar
todo o nosso conteúdo on-line, a fim de facilitar as vidas de todos os
pesquisadores e pessoas interessadas em conhecer melhor o nosso
movimento. Afinal, um dos objetivos estratégicos do Sistema OCB é
preservar o patrimônio cultural e histórico do cooperativismo nacional.

Em 2014, realizamos seis


videoconferências com técnicos e
dirigentes das organizações estaduais
para a divulgação da conclusão do

192
projeto de organização dos acervos
bibliográfico e especiais (videográfico,
iconográfico, cartográfico, sonoro,
publicitário e documentos históricos) ados
RELATÓRIO OCB 2014

vídeos arquiv
do Sistema OCB. Nessas ocasiões, é d ia de
em 2014. M
apresentamos à base o sistema 16 por m s
ê
“SophiA Biblioteca” – responsável por
disponibilizar pela web os acervos já
tratados pela instituição.

Com a realização dessas videoconferências, a equipe da OCB


conseguiu gerar uma economia de R$ 243,4 mil em passagens aéreas e
hospedagens, apenas no tocante ao Sistema Sophia.
 

120
APOIO ÀS UNIDADES
A partir de uma atuação conjunta com suas unidades estaduais, o
Sistema OCB tem contribuído diretamente para o fortalecimento do
cooperativismo brasileiro. Nesse processo, cabe à OCB – sempre
pensando em unir forças e beneficiar o setor – apoiar as unidades
estaduais em seu trabalho com a base. O atendimento sobre questões
jurídicas é um dos serviços prestados.

atendimentos a consultas sobre questões


jurídicas, contábeis e tributárias das

180 unidades estaduais, dos conselhos


consultivos dos ramos e de avaliações de
projetos de lei.

e-mails de encaminhamentos de
informações, análises e discussões de

42 questões jurídicas com o grupo do Comitê


Jurídico.

GERAÇÃO DE CONHECIMENTO

121
CAPITAL
HUMANO
A maior riqueza do cooperativismo são as
pessoas. Gente que preza pela INOVAÇÃO,
SOLIDARIEDADE e RESULTADOS. Pessoas justas,
que gostam de TRABALHAR EM EQUIPE e, por
isso, inspiram CONFIANÇA. Ciente disso, o time
da OCB trabalha diariamente para garantir ao
cooperado – assim como a cada profissional que
escolhe dedicar a vida ao cooperativismo – um
ambiente de trabalho estimulante, no qual imperem
a COLABORAÇÃO, o BEM-ESTAR e a QUALIDADE
DE VIDA. A receita é simples: gente feliz tem mais
prazer em fazer o outro feliz.
PROFISSIONAIS
DA COOPERAÇÃO
A OCB conta com um time de quase 70 profissionais 100%
dedicados a cuidar de quem, assim como nós, acredita no poder
transformador do cooperativismo

Saber que se está lutando por uma causa nobre faz toda a diferença. E é
isso que motiva os colaboradores do Sistema OCB a dedicar suas vidas
aos milhares de cooperados brasileiros. Sabemos que o nosso esforço
diário impacta positivamente as vidas de quem, assim como nós, acredita
no poder transformador da cooperação. Em nossa equipe técnica, a
paixão pelo cooperativismo é um sentimento compartilhado por todos.
Um verdadeiro combustível para fazer sempre mais e melhor por um
modelo realmente diferenciado de negócios.

Nossa equipe de gestão de pessoas sabe que manter essa chama


acesa é fundamental para o sucesso do trabalho de representação,
defesa e desenvolvimento das cooperativas brasileiras. Somente com
um time motivado e bem capacitado, temos condições de conquistar
resultados cada vez mais significativos. Por isso, investir em nosso time de
funcionários é uma prioridade. Fazemos tudo para atrair, desenvolver e
reter profissionais qualificados e com vontade de contribuir para o sucesso
do Sistema OCB, em âmbito nacional e estadual.

Em 2014, foram diversas as ações realizadas, mas vale um destaque


RELATÓRIO OCB 2014

para o Programa de Desenvolvimento de Competências – uma forte


parceria entre a OCB e o Sescoop. A finalidade, neste caso, é trabalhar e
aprimorar as competências organizacionais e individuais necessárias ao
cumprimento da estratégia organizacional. Assim, fica mais fácil fortalecer
o movimento cooperativista.

TRABALHO EM EQUIPE

A OCB conta, hoje, com uma equipe de peso: 68 colaboradores – entre


efetivos, terceirizados e prestadores de serviço – que debatem e formulam
estratégias para promover um ambiente favorável ao desenvolvimento
do cooperativismo, a partir do trabalho de representação político-
institucional. Sem falar que o Sistema OCB também conta com o talento
das equipes do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
(Sescoop) e da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop).

124
No último ano, contratamos sete pessoas para compor esse quadro,
único e diferenciado no mercado. Foram duas novas vagas criadas para
completar a equipe, somadas a cinco substituições. Uma das contratações
foi feita dentro do projeto-piloto de trainnes, criado para identificar e
preparar talentos para fazer frente aos desafios da instituição.

E como investir em nossos colaboradores é uma política da Casa do


Cooperativismo, em 2014 duas analistas foram promovidas a gestoras.
Uma para a Gerência Técnica e Econômica e outra para a Gerência de
Comunicação. A iniciativa faz parte do projeto “Prata da Casa”, que
reconhece e valoriza os talentos da instituição.

CONHEÇA UM POUCO MAIS DO NOSSO TIME

68
colaboradores

w PERCENTUAL DE COLABORADORES POR FAIXA ETÁRIA

De 20 a 30 anos............................ 40%
De 31 a 40 anos............................ 30%
De 41 a 50 anos............................ 12%
Mais de 50 anos............................ 18%
CAPITAL HUMANO

w PERCENTUAL DE COLABORADORES POR TEMPO DE CASA

Até 1 ano....................................... 14%


De 1,1 a 2 anos............................. 18%
De 2,1 a 3 anos................................ 2%
De 3,1 a 6 anos............................. 28%
De 6,1 a 10 anos........................... 24%
Mais de 10,1 anos......................... 14%

125
w PERCENTUAL DE COLABORADORES POR ESCOLARIDADE

Ensino médio................................ 18%


Ensino superior............................. 54%
Especialização.............................. 22%
Mestrado.......................................... 4%
Doutorado........................................ 2%

DISCURSO AFINADO

Sempre que um novo profissional chega ao Sistema OCB, ele


passa, primeiramente, por um período de treinamento. Além
de acolher quem está chegando, o Programa de Integração de
Novos Colaboradores reforça para os novatos a importância do
papel de cada um para o sucesso da organização.

Na programação, claro, uma apresentação do trabalho realizado


pela OCB, detalhando processos e projetos que compõem o
seu planejamento estratégico. Familiarizando-se com o trabalho
da organização, ciente dos desafios que terá pela frente, o novo
colaborador também mergulha um pouco mais no ambiente de
atuação da OCB, com uma visita ao Congresso Nacional. Para
completar, é oferecido um curso básico de cooperativismo. Nele,
o colaborador tem a oportunidade de visitar uma cooperativa
do Distrito Federal para conhecer melhor a estrutura e o
funcionamento de uma empresa cooperativista.
RELATÓRIO OCB 2014

Depois de passar por esse processo de imersão, nossos novos


colaboradores já chegam para trabalhar com gás total e o
discurso bem afinado.

CRESCENDO JUNTOS
No Sistema OCB, os colaboradores e as instituições crescem
juntos, trabalhando diariamente pelo desenvolvimento do setor
cooperativista brasileiro. Todos têm uma função e um papel particulares,
determinantes para que sejam alcançados os objetivos estratégicos
sistêmicos. Na OCB, por exemplo, faz parte das atribuições finalísticas
126
apoiar as cooperativas na inserção em mercados, contribuir para o
aperfeiçoamento do marco regulatório do cooperativismo e para a
formulação de políticas públicas favoráveis ao movimento, além de
fortalecer e divulgar os diferenciais cooperativistas.

E como saber de que forma cada um dos integrantes da nossa equipe


tem contribuído para a concretização desses objetivos? Desde 2013, o
Sistema conta com o Programa Cooptências, composto por uma série
de ações direcionadas à avaliação profissional e ao desenvolvimento de
competências técnicas e gerenciais. A intenção é identificar possíveis gaps
e trabalhar para otimizar o desempenho funcional. Para isso, existe o Ciclo
de Avalição de Competências e Desempenho.

Em 2014, os colaboradores já puderam visualizar, na prática, os reflexos


do processo avaliativo. Inclusive com movimentação na carreira. Foi
possível identificar as entregas de cada um, ou seja, sua contribuição para
o trabalho da organização, além das necessidades de desenvolvimento e
fortalecimento de competências específicas traduzidas em um conjunto
de ações de capacitação.

Os resultados comprovam que temos realmente um time de


primeira linha. Não há colaboradores com competências em início
de desenvolvimento ou com gaps significativos. Mais da metade
dos analistas, técnicos e auxiliares da organização apresentaram
desempenho pleno e eficaz no exercício de suas atribuições, sendo
que alguns obtiveram nota máxima, tornando-se referências em suas
áreas de atuação. O restante do time de colaboradores da entidade
obteve um desempenho eficaz, desenvolvendo ações e apresentando
comportamentos diferenciados.

UM TIME DE PRIMEIRA
O slogan do Programa de Desenvolvimento de Competências do Sistema
CAPITAL HUMANO

OCB – “Investindo em um time de primeira” – mostra que estamos no


caminho certo, formando uma equipe cada vez mais capacitada, motivada
e comprometida. Para trabalhar as competências apontadas no último
ciclo de avaliação, por exemplo, colocamos
em prática uma série de ações de capacitação,
pensadas especialmente para cada um dos
cinco eixos do programa, de acordo com seus
públicos. ismo
• Cooperativ
• Deliberativo
Um dos principais pilares do programa • Executivo
Cooptências é o Programa de Educação • Gerencial
Continuada. Por meio dele, oferecemos • Técnico
oportunidades de aprimoramento aos nossos
colaboradores, como bolsas de estudos
para cursos de graduação, pós-graduação e
127
idiomas. O benefício é concedido pelo Sescoop a partir de processo
seletivo, com vagas, critérios e percentuais de reembolso previamente
estabelecidos, variando de 40 a 90%. Só em 2014, 25 pessoas foram
comtempladas, em 13 áreas diferentes de conhecimento.

Gradução

7 Pós-graduação

11 Idiomas

7
Disseminar boas práticas entre os profissionais que fazem parte da nossa
equipe é outra forma de investir nos talentos da Casa e contribuir para o
trabalho de todo o Sistema. Para isso, realizamos intercâmbios ao longo
do ano – visitas técnicas a organizações do próprio setor cooperativista,
instituições parceiras, entre outras entidades, tanto nacionais quanto
internacionais. Nove tipos diferentes de intercâmbios foram promovidos
no último ano, com a participação de 22 pessoas, somando 140 horas.

w INTERCÂMBIOS

UNIDADE NACIONAL
Ação Carga Quantidade de
horária Participações
1. Intercâmbio sobre Gestão e Desempenho – ABDI 2 3
RELATÓRIO OCB 2014

2. Intercâmbio Técnico Sebrae/RJ – Sistema de 8 2


Informatização Supravizio
3. Intercâmbio sobre a Gestão de Desempenho – 2 4
Sebrae
4. Visita Técnica – Cooperativas dos Estados Unidos 40 4
5. Visita Técnica – COOGAMAI 16 1
6. Intercâmbio – Visita Técnica UE São Paulo 24 3
7. Intercâmbio – Cooperativa Cocamar 8 2
8. Intercâmbio Sicredi, OGERGS e ESCOOP 8 2
9. Intercâmbio NRECA – Estados Unidos 32 1
Total 140 22

128
Conheça algumas das principais ações desenvolvidas, em 2014, para
cada um dos eixos do programa Cooptências:

EIXO – COOPERATIVISMO

O curso Introdução ao Cooperativismo, uma parceria entre o Sistema OCB


com a Fundação Unimed, foi o grande destaque do Eixo Cooperativismo.
Oferecida aos colaboradores da unidade nacional e dos estados,
contou com a inscrição de 591 pessoas. Foram abordados aspectos
históricos, simbólicos, filosóficos e estruturais do cooperativismo, além de
questões sobre a administração de uma cooperativa, especificidades das
cooperativas de trabalho e, claro, legislação cooperativista

Outras 25 atividades, abordando temas relacionados ao cooperativismo


ou de interesse institucional, também foram oferecidas à equipe da
unidade nacional, somando 201 horas de trabalho, com a participação
equivalente a 1.264 funcionários. Desde palestras sobre pessoas que
mudaram suas vidas – e a realidade de comunidades inteiras – por meio
do cooperativismo até workshops de estímulo ao empreendedorismo.
Também foram oferecidos cursos como o de Gestão de Finanças
Pessoais e capacitações para o processo de implantação do novo plano
estratégico sistêmico.

EIXO – DELIBERATIVO

Nossas ações de capacitação também são direcionadas ao corpo


deliberativo, ou seja, aos profissionais que lideram os processos
decisórios da instituição. Por isso, em 2014, iniciamos a contratação de
uma consultoria para trabalhar na elaboração de conteúdo que será
utilizado em publicações e vídeo-aulas para a formação de dirigentes e
conselheiros do Sistema OCB. Este projeto começa a rodar em 2015 e,
ainda, incluirá a realização de intercâmbio técnico para os integrantes
CAPITAL HUMANO

dos conselhos dos ramos, além da estruturação de critérios para apoiar a


escolha dos participantes e de suas certificações.

EIXO – EXECUTIVO

Outro ingrediente fundamental ao sucesso de qualquer instituição é


ter executivos bem preparados para o exercício de suas funções. Por
isso, criamos em 2013 o Programa Nacional de Desenvolvimento de
Líderes e Executivos do Sistema OCB – primeiramente voltado aos
superintendentes. A ideia é desenvolver e fortalecer competências por
meio de visitas técnicas nacionais e em outros países.

129
O segundo módulo do programa, realizado em 2014, levou o grupo de
superintendentes para conhecer iniciativas realizadas por cooperativas
paranaenses , que refletem o olhar atento à governança e gestão,
pesquisa, inovação e desenvolvimento, intercooperação, além de
processos de negócios consolidados. As visitas contemplaram as sedes da
Copacol, C.Vale, Lar, Sicredi Vanguarda e Agrária.

O II Fórum Nacional de Presidentes, Superintendentes e Dirigentes


do Sistema OCB foi outro destaque no eixo Executivo. O objetivo foi
apresentar o modelo de atuação sinérgica adotado pelo Sistema e
consolidado no Planejamento Estratégico em fase de construção à época
e, ainda, dar continuidade aos debates iniciados nas edições regionais,
promovidos durante o ano de 2014, em todo o país. Um total de 224
participantes, entre representantes da unidade nacional e dos estados.

EIXO – GERENCIAL

A partir de 2015, gerentes que fazem parte da equipe do Sistema OCB


poderão participar de um MBA em Gestão Empresarial, contemplando
módulos sobre aspectos técnicos e comportamentais relacionados
ao cooperativismo. A unidade nacional ofereceu três vagas para cada
unidade estadual. Dezesseis aderiram à ideia, ainda em 2014, formando a
primeira turma dessa especialização, que contará com 35 pessoas.

As capacitações para o corpo gerencial também se estenderam à


unidade nacional, com destaque para o trabalho de coaching. Em foco, o
autodesenvolvimento da equipe de gestores para o exercício da liderança
com suas equipes. No último ano, o grupo participou de sete ações
pensadas especificamente para esse eixo – um total de 238 horas, com 98
participações.
RELATÓRIO OCB 2014

EIXO TÉCNICO – UNIDADES ESTADUAIS

Outras várias ações foram desenvolvidas pensando na execução dos


processos de trabalho, tanto finalísticos quanto de apoio, das nossas
unidades estaduais. Uma carga horária de 508 horas, divididas em
21 atividades diferentes, com 762 participações. Capacitações sobre
gestão, treinamentos voltados à condução de licitações e contratos,
além de encontros, como de contadores e comunicadores, entre tantas
outas iniciativas. Nessa mesma linha, de garantir a melhor condução
dos processos institucionais, foram pensadas atividades específicas
para a equipe da unidade nacional. De desenvolvimento social e da
gestão, temas técnicos e econômicos, assim como assuntos contábeis e
tributários, questões jurídicas e outras próprias da comunicação.

130
E MAIS...

Confira outras iniciativas importantes desenvolvidas durante o ano de


2014, visando ao cuidado, à motivação e capacitação do nosso time de
colaboradores.

• campanhas preventivas e realização de exames médicos para a


identificação de indicadores de saúde;
• projeto voltado à estruturação e sistematização de trilhas de
aprendizagem e modelagem de um processo de multiplicação do
conhecimento;
• estudo preliminar para implantação da previdência complementar
para o Sistema OCB;
• campanha para preenchimento do questionário Felicidade Interna
Cooperativista, como parte de um grande projeto de Qualidade de
Vida no Trabalho;
• estímulo à prática de ações voluntárias e a participação dos
colaboradores na campanha Dia de Cooperar;
• apoio aos projetos de comunicação interna;
• realização de eventos para integração do quadro funcional e
fortalecimento do clima organizacional.

w COOPTÊNCIAS EM NÚMEROS

Programa de Desenvolvimento de Competências do Sistema OCB

UNIDADE NACIONAL
Indicador Intercâmbios Cooperativismo Deliberativo Executivo Gerencial Técnico Total

Ações 9 25 7 53 94
Carga horária 140 201,5 238,5 1.079,80 1.659,8
Participações 22 1.264 98 126 1.510
CAPITAL HUMANO

UNIDADES ESTADUAIS
Indicador Cooperativismo Deliberativo Executivo Gerencial Técnico Total

Ações 4 17 21
Carga horária 164 344 508
Participações 224 538 762

131
RESULTADOS
FINANCEIROS
E PARECERES
RELATÓRIO OCB 2014

134
RESULTADOS FINANCEIROS E PARECERES

135
RELATÓRIO OCB 2014

136
RESULTADOS FINANCEIROS E PARECERES

137
RELATÓRIO OCB 2014

138
RESULTADOS FINANCEIROS E PARECERES

139
RELATÓRIO OCB 2014

140
RESULTADOS FINANCEIROS E PARECERES

141
RELATÓRIO OCB 2014

142
RESULTADOS FINANCEIROS E PARECERES

143
RELATÓRIO OCB 2014

144
RESULTADOS FINANCEIROS E PARECERES

145

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