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SUPERINTENDÊNCIA

Luiz Edson Feltrim

GERÊNCIA
Emanuelle Marques de Moraes

CONSELHO FISCAL
Antonio Claudio Rodrigues
Carlos Augusto de Macedo Chiaraba (Secretário)
Jacson Guerra Araújo (Coordenador)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Marco Aurélio Borges de Almada Abreu
José Alves de Sena
Luiz Ajita (Conselheiro)
Nábia dos Santos Jorge

PARTICIPANTES
José Alves de Sena
Luiz Ajita
Marco Aurélio Borges de Almada Abreu
Nábia dos Santos Oliveira
Sandra Helena Rosa Kwak

PRESIDENTE

D O E S T U D ANTE
Marco Aurélio Borges de Almada Abreu

VICE PRESIDENTE
Nábia dos Santos Jorge G U IA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Nunes, Maria Denise Crespo


Programa Concurso Cultural: guia do estudante:
Concurso Cultural / Maria Denise Crespo Nunes, Ana Mariza Filipouski;
[organização] Instituto Sicoob. -- 21. ed. -- Brasília : Instituto Sicoob
Para o Desenvolvimento Sustentável, 2022. -- (Coleção Cooperação
nas Escolas)

Bibliografia ISBN 978-65-88056-14-1

1. Cooperativismo - Estudo e ensino (Ensino fundamental)


2. Professores - Formação I. Filipouski, Ana Mariza. II. Instituto
Sicoob Para o Desenvolvimento Sustentável. III. Título IV. Série.

22-107341 CDD-372.07

Índices para catálogo sistemático:

1. Cooperativismo : Estudo e ensino:


Ensino fundamental 372.07

Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964 Brasília 2022


é a agência de investimento social estratégico Eixo Cooperativismo e Empreendedorismo
do Sicoob. Foi criado para difundir a cultura
cooperativista e contribuir para o desenvolvimento Desenvolve programas e projetos que visam à difusão da cultura cooperativista,
sustentável das comunidades. inspirando jovens e adultos a serem agentes de transformação social, com base nos
princípios de democracia, solidariedade, igualdade e economia.

As atividades do Instituto começaram em 2004


Eixo Cidadania Financeira
no Sicoob Metropolitano e, em 2009, foram expandidas
para toda a Central Unicoob. Em 2018, o Instituto Conscientiza o cidadão sobre os seus direitos e deveres ao gerenciar suas finanças,
Sicoob foi nacionalizado e os programas passaram estimula o uso responsável do dinheiro, o hábito de poupar, planejar e fazer a destinação
consciente dos recursos financeiros.
a fazer parte da agenda de todas as Centrais
do Sistema, para que as ações fossem sistematizadas
Eixo Desenvolvimento Sustentável
e integradas aos objetivos estratégicos do Sicoob.
Contribui, estimula e promove o desenvolvimento de uma sociedade sustentável por meio
Seguindo o 7º princípio do cooperativismo, da educação, formação, cooperação e participação ativa de diversos atores sociais na construção
o interesse pela comunidade, os programas de soluções coletivas que promovam o bem comum e o desenvolvimento sustentável.

do Instituto estão centralizados em 3 eixos.

Cooperativismo e Empreendedorismo Este alinhamento mantém o foco e os investimentos direcionados


às diretrizes de responsabilidade social do Sicoob e responde
Cidadania Financeira às perspectivas interna e externa do negócio: o que a organização
espera da sociedade e o que a sociedade espera da organização.
Desenvolvimento Sustentável

Acesse www.institutosicoob.org.br

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SUMÁRIO

Carta aos estudantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Capítulo 1 - Desenhando a cooperação - 3º ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

Capítulo 2 - Crônica, uma leitura do cotidiano - 5º ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Capítulo 3 - Poema, um olhar sensível para o lugar - 7º ano . . . . . . . . . . . . . 31

Capítulo 4 - Tira em quadrinhos, um olhar crítico sobre o contexto - 9º ano . . . . 40

Palavras finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

6
a rta ao s estudantes
C

Olá, pessoal!

Sejam bem-vindos ao Programa Concurso Cultural.

Ficamos felizes com a participação de vocês e esperamos contribuir para que aprendam
bastante e aproveitem a oportunidade de viverem todas as etapas do Concurso com
entusiasmo.

Nesse processo, vocês verão que as ideias do cooperativismo são boas também na escola.
Elas servem para formar cooperadores, crianças e jovens dispostos a conviver em sociedade
de forma solidária e responsável.

Durante o tempo do Programa, vocês terão oportunidade de pensar sobre valores e ati-
tudes, questionar ideias, participar de atividades coletivas que vivenciam a cooperação.
Também aprenderão a construir diferentes gêneros de textos, um conhecimento esperado em
cada ano escolar que pode fazer muito sentido fora da escola, já que investe em sua formação
como usuário da linguagem.

Deem uma olhada no sumário e descubram como o trabalho de participação e a vivência


da cooperação foi proposto a vocês.

Professores e professoras serão parceiros mais experientes nesse processo, mas o que pen-
sam seus colegas de turma durante as diferentes etapas da produção contribuirá para que
todos se tornem melhores leitores e produtores de texto.

Bom, divertido e exitoso trabalho a todos vocês!

8 9
Quando nasceu o cooperativismo?
Vamos começar do início?
Em 1844, na Inglaterra, na cidade de Manchester, no bairro de Rochdale, 27 homens e uma
Antes de apresentar o processo de produção dos textos mulher criaram a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale, berço do cooperativismo.
voltados para o 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental, Foram inspirados por ideias de pensadores da época que defendiam uma sociedade baseada
veja algumas informações de interesse geral. Elas dizem na cooperação, para reagir às condições de trabalho consideradas desumanas.
respeito ao cooperativismo, movimento muito especial
para o Instituto Sicoob. Você logo entenderá por quê. O cooperativismo nasceu como alternativa para enfrentar as mudanças trazidas pela
industrialização. Sua história está ligada à luta por melhores condições sociais e de trabalho.
O resultado positivo que a primeira cooperativa alcançou influenciou a criação de muitas
outras, no mundo todo.

Cooperativismo Que valores guiam atitudes cooperativistas?


O que é?
ajuda mútua democracia igualdade honestidade
O cooperativismo é um conjunto de ideias que organiza grupos de pessoas para realizar
atividades econômicas e sociais de forma coletiva. Mas não é só isso! Esse jeito de produzir responsabilidade solidariedade equidade sustentabilidade
pensa também na qualidade de vida e na divisão justa dos resultados do trabalho de todos. E
tem mais! Isso tudo acontece em torno de uma palavra-chave: cooperação.
Valores se expressam em atitudes e revelam o jeito de ser de cada um, ou de um grupo.
Como começou? Guiam escolhas, organizam as formas de convivência, movimentam razão e sentimentos, dão
sentido às experiências, desenvolvendo a ideia de comunidade.
Na Inglaterra, há quase 200 anos, na época da Revolução Industrial, quando a produção
começou a ser feita em grande quantidade, graças às invenções tecnológicas movidas a vapor. Qual a relação entre o Concurso Cultural e o cooperativismo?
Artesãos e agricultores, atraídos pela oportunidade de trabalho, foram para as cidades em
busca de melhores condições de vida. O Concurso Cultural tem tudo a ver com o cooperativismo, já que a cooperação faz parte do
jeito como os estudantes se organizam para produzir os textos que serão inscritos. Enquanto
O aumento da produção enriqueceu muito os donos das máquinas e das fábricas. Os operá- produzem, vivenciam valores cooperativistas. A ideia é que aprendam na escola a agir coope-
rios cumpriam jornadas de trabalho de até 16 horas por dia. Recebiam salários baixíssimos e rativamente no dia a dia, sempre de olho no bem-estar coletivo.
moravam com suas famílias no entorno das fábricas, sem boas condições de higiene, saúde e
alimentação. Como isso tudo acontece?

Em pouco tempo, muitos se revoltaram. Criaram movimentos de resistência à exploração Observe o infográfico para conhecer a proposta de trabalho para cada ano escolar que
que sofriam, e começaram a pensar em construir uma sociedade mais humana e igualitária, participa do Concurso e localize o tipo de texto que a sua turma será desafiada a produzir.
capaz de conciliar trabalho digno com lucro. Foi então que surgiu o cooperativismo.

10 11
O Guia do Estudante vai ajudá-lo a participar do Concurso Cultural a partir da

VIVENDO A COOPERAÇÃO observação da realidade. Você vai aprender como se produz o tipo de texto que
é objeto do Concurso no seu ano de escolaridade (desenho, crônica, poema,

NA ESCOLA tiras em quadrinhos) com a cooperação de seus colegas e do professor, o que


será muito útil no processo de produção .

Ação conjunta para alcançar Valor do Cooperativismo que


objetivos comuns que COOPERAÇÃO COOPERAÇÃO estimula o respeito às pessoas
beneficiem bastante gente. e ajuda a viver junto.

3O ANO 5O ANO 7O ANO 9O ANO


interação participação trabalho coletivo protagonismo
Comunicação entre Forma de integração a um grupo Diálogo para debater ideias, Envolvimento em ações que
pessoas que convivem e que estimula o interesse e confrontar opiniões e tomar ultrapassam interesses individuais
se relacionam entre si. envolvimento com causas coletivas. decisões conjuntas. e se voltam para o bem comum.

desenho crônica poema tira em quadrinhos


Observam o recreio da escola Observam o entorno da escola Observam a rua onde moram Observam a comunidade

Constroem conhecimento Constroem conhecimento Constroem conhecimento Constroem conhecimento

Planejam o desenho Planejam a crônica Planejam o poema Planejam a tira em quadrinhos

Interagem com colegas Participam das atividades Realizam trabalhos coletivos Compartilham com colegas

Pensam sobre possíveis mudanças Pensam sobre possíveis acréscimos Pensam sobre possíveis mudanças Pensam criticamente a tirinha

Produzem o desenho final Finalizam a crônica Finalizam o poema Finalizam a tira em quadrinhos

12 13
Capítulo 1
Desenho – 3º ano

Desenhando a cooperação

Neste capítulo, você encontrará sugestões sobre a observação que fará junto com seus
colegas, até chegar a hora de esboçar e produzir seu desenho.

A ideia é ajudá-lo a olhar para o que acontece na escola, a perceber a presença - ou não - da
cooperação e a imaginar algumas mudanças que gostaria de fazer para, por exemplo, o recreio
ficar melhor para todos.

Lembra do infográfico das p.12 e 13, que apresenta a INTERAÇÃO como um jeito importante
de conviver com outras pessoas, de conversar com elas e colaborar com tarefas coletivas? Pois
é ... você não estará sozinho. Aprenderá coisas novas sobre o tema do Concurso, com a COO-
PERAÇÃO de seus colegas e da professora.

VAMOS COMEÇAR?

Etapa 1

a) Observação do lugar

Seu primeiro desafio será observar o recreio da escola para ver como os estudantes se relacio-
nam, de que brincam, como cuidam das coisas comuns a todos, como descartam os resíduos
do lanche, por exemplo. As perguntas que seguem podem ajudá-lo a organizar um registro.

14 15
1. As crianças estão reunidas em grupos?

2. Quais são as brincadeiras favoritas?

3. Cooperam enquanto brincam e lancham?

4. Cuidam dos brinquedos e jogos, para que durem bastante?

Anote tudo o que quiser no seu caderno ou em folhas avulsas. Pode ser com desenho, frases
ou palavras soltas, para poder lembrar do que observou e participar da próxima atividade:
uma conversa em grande grupo sobre o que e como cada um registrou e sobre o que se repete
nos vários registros, com o auxílio da professora.

Futebol, 1935 Meninos soltando pipa, 1952


b) O desenho como linguagem Pintura a óleo 97x1,30cm Pintura guache 14x15,5cm

Fonte das imagens: portinari.org.br


Você sabia que o desenho é também uma linguagem e pode representar uma forma de ver
o mundo? É diferente da linguagem que usa palavras, mas também comunica pensamentos,
Examine então Meninos soltando pipa. O que você teria a dizer sobre a obra?
expressa ideias. Desde as inscrições rupestres, as primeiras manifestações humanas com in-
tenção comunicativa, os desenhos foram usados para fazer registros.
Por que quando essas imagens são examinadas, é possível pensar em cooperação?

Pinturas Rupestres encontradas Etapa 2


na Serra da Capivara indicam que
o Estado do Piauí já era habitado a) Planejamento do desenho
há 20 mil anos.
Fonte da imagem: Agora, relembre o que observou no recreio da escola. As crianças brincam juntas, cooperam
https://pisa.tur.br/blog/2018/10/16/ umas com as outras, cuidam do que é coletivo? O que foi mais importante observar? Como
pinturas-rupestres-da-serra-da-capivara/
você representaria tudo isso em um desenho? Por onde começaria?

Retome uma ação cooperativa observada durante o recreio, como uma brincadeira em gru-
Em grande grupo, a professora mostrou pinturas do artista brasileiro Cândido Portinari.
po, um jogo cooperativo ou mesmo uma partida de futebol. O que prefere registrar?
A partir da obra Futebol, por exemplo, você pode imaginar o que estava acontecendo?

1. O que o pintor quis comunicar? 1. Quem serão os personagens do desenho?

2. Quem são os personagens, o que estão fazendo? 2. Que ação coletiva será representada?

3. Será que Portinari escolheu focar em uma cena interessante do jogo, ou preferiu dar im- 3. Quando e onde a ação acontecerá?
portância ao conjunto da ação?
Registre as respostas e procure detalhar cada uma, para acrescentar ideias que enrique-
4. O que foi colocado no centro da tela?
çam características dos personagens, mostrem a cooperação, criem o contexto que deseja
5. Que detalhes acrescentou para dar ambiente ao que foi mostrado?
representar.

16 17
Você pode recorrer a pequenos desenhos, palavras, frases curtas. O importante é que co- Agora chegou a hora de iniciar o desenho, começando pelo esboço! Faça isso a partir do
laborem para ampliar a sua visão de cooperação, tenham a ver com o tema do Concurso e o que observou no recreio a respeito de cooperação.
auxiliem na hora de fazer o esboço do desenho.

b) Esboço do desenho
1. O que vale a pena representar?
Você sabia que um esboço é o conjunto dos traços iniciais, provisórios, que representa
a ideia aproximada do que seu autor tem na cabeça, e o ajuda a colocar o que está imagi- Decida o que vai ser mostrado, o que não pode faltar no desenho para valorizar
nando no papel? a cooperação como um jeito de transformar o recreio em um espaço de convivên-
cia saudável.
É uma das etapas do processo de criação do desenho, por isso faz parte do planejamento.

2. A cena terá movimento, mostrando atitudes positivas e negativas num


Veja a seguir um esboço feito por Portinari, um grande artista que, antes de iniciar seus
mesmo espaço?
quadros, estudava como representaria suas figuras.

Experimente representar a cena de forma simplificada, localizando no centro


da folha o que será mais relevante.

3. Como você poderá representar o que é positivo e distinguir o negativo?

Uma ideia é recorrer à reação das pessoas que estão no entorno da cena cen-
tral para indicar se a ação é aprovada ou reprovada. Você também pode usar, por
exemplo, balões ou emojis aplicados sobre a cena, sinalizando o que é positivo ou
negativo.

Faça então seu esboço do desenho em uma folha de rascunho, com lápis e borracha. Cuide
para não pressionar demais o lápis para não marcar a folha, no caso de você querer apagar
algumas vezes até encontrar a forma que mais lhe agrade.

Plantando bananeira, 1955


Desenho Grafite/papel - 25 x 31cm
Coleção Particular Estudo para a pintura
“Meninos com Carneiro”
Fonte das imagens: portinari.org.br

18 19
c) Leitura compartilhada do esboço

Forme trios com outros colegas e veja se os esboços mostram pessoas em situações de
cooperação, observadas durante o recreio da escola. Converse com eles a respeito do que
pretendem fazer no desenho e como esperam alcançar o efeito desejado.

Debata sobre cores e outros acréscimos que possam qualificar a última versão do desenho
individual. Anote sugestões que possam contribuir com seu esboço e ofereça ideias que agre-
guem valor ao dos colegas.

Enquanto trabalha com o colega, seja respeitoso, colaborativo, e mantenha o foco!

d) Versão final do desenho

Decida que ideias ou sugestões recebidas dos colegas você incluirá na versão final do seu
desenho e comece a produzi-lo na folha oficial do Concurso, acrescentando contorno e cores,
se desejar. Antes de entregar a versão final, converse com a professora e verifique se ela tem
outras sugestões para melhorá-lo.

Claro que você já pensou no nome que dará ao seu desenho, não é? Então, escreva-o na
folha oficial do Concurso, bem ali onde diz: título.

Ah! Não esqueça de preencher os dados de identificação necessários à inscrição!

20 21
Capítulo 2 VAMOS COMEÇAR?

Crônica – 5º ano
Etapa 1
Crônica, uma leitura do cotidiano 1 - Sobre o contexto
Neste capítulo você poderá observar como as pessoas se comportam, se relacionam e Você já percebeu que, ao observar atentamente o cotidiano de um lugar, ele ganha um bri-
cooperam no espaço onde vivem. lho extra, como se de repente ele se tornasse outra coisa?

Ao olhar atentamente para a realidade, você reconhecerá alguns valores que orientam as a) E xamine o painel com manchetes e imagens que a professora organizou a respeito da
escolhas da comunidade, construirá conhecimentos úteis para se posicionar frente a situações atualidade brasileira e converse com seus colegas:
que causam estranheza ou espanto, como:
1. De que temas o painel trata?

2. Por que esses temas se tornaram notícia?


- Há lixo acumulado atrás do muro da escola e duas grandes lixeiras na esquina;
- As calçadas são lavadas com frequência, ainda que a região viva grande seca; 3. Os temas são familiares? Por que eles chamam a atenção?
- As crianças correm risco na entrada e saída das aulas porque os motoristas não
4. Isto seria diferente se as pessoas cooperassem para ter um ambiente legal para todos
respeitam a faixa de segurança.
viverem?

5. O que/que coisas/que atitudes pode(m) mudar o que foi observado?

Você concorda que os três exemplos tratam de coisas que não estão bem e são causas
Para organizar as ideias após o debate, registre em seu caderno a resposta à pergunta:
coletivas? O que a participação e a cooperação - ou a falta delas - tem a ver com isso?

Pela participação e cooperação, você acha que a gente pode olhar para as coisas do
Ao analisar criticamente os fatos observados no entorno da escola, será possível participar
cotidiano de um outro jeito?
da busca de soluções. A produção de uma crônica, que expresse a sua visão sobre o cotidiano
do lugar com criatividade, certamente despertará o interesse do leitor, além de cooperar com b) J unto com a professora, ou a partir do que for combinado com ela, participe da caminha-
mudanças que façam bem ao planeta. da pelo entorno da escola e observe atentamente as coisas/as atitudes que dão vida ao
lugar, seja para destacar o que não está legal, seja para registrar o que não existe e faz
Consulte o infográfico nas p. 12 e 13, retome os quadrinhos que explicam COOPERAÇÃO falta, pensando na participação e cooperação.
e PARTICIPAÇÃO, atitudes que podem ajudá-lo a ampliar seu modo de abordar o tema do
Concurso. c) D
 e volta à escola, em uma roda de conversa, socializem o que observaram e anotem
no caderno ideias que possam ser interessantes, originais e inesperadas para registrar
em crônica.

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2 - Sobre a crônica Depois, pense a respeito do crescimento desordenado das cidades, das habitações verticais,
da poluição, e reflita sobre as consequências que isso pode trazer para os seres vivos.
Você sabia que as crônicas são capazes de fazer pensar sobre a vida e sobre o mundo a
partir do olhar do autor para um acontecimento cotidiano? Afinal, a crônica demonstra a preocupação da autora com a extinção de uma espécie (bem-
-te-vi) da fauna brasileira e, ao mesmo tempo, chama a atenção para a importância de uma
a) Leia a crônica “História de bem-te-vis” de autoria de Cecília Meireles, importante convivência respeitosa entre os seres humanos e a natureza da qual todos fazem parte.
jornalista, professora e poeta brasileira, e descubra um olhar inusitado que a cronista dirige
para o seu lugar. b) Agora, participe da conversa a respeito desta crônica e registre no caderno o que achar
importante. 

1. Quem escreve a crônica?


DICA 2. Qual o título da crônica?

Siga as orientações da professora para acessar a crônica 3. Qual o tema do texto? É um tema atual, por quê?
de Cecília Meireles, ela está disponível integralmente em:
4. O texto está situado no tempo? Qual? E no espaço? Qual?

5. Há algum conflito no texto?


https://portuguesirado.com.br/v20/2011/07/23/texto-para-
interpretacao-6-historia-de-bem-te-vi-nivel-fundamental/ 6. O texto tem um narrador? Como isso é percebido?

7. O que caracterizaria o texto lido como uma crônica?

8. Qual terá sido a intenção da autora ao registrar esses fatos?


https://facetasculturais.com.br/2020/02/08/o-bem-te-vi-de-cecilia-meireles/

c) Em pequeno grupo, leiam a nova crônica indicada pela professora. Retomem o roteiro
utilizado para análise da crônica anterior e preparem-se para relatar, junto com um breve
resumo do enredo, o que observaram.
História de bem-te-vis, começa assim: “Com estas florestas de arranha-céus que vão crescendo,
muita gente pensa que passarinho é coisa só de jardim zoológico”.

E termina assim: “Que engraçado! Um bem-te-vi gago! ”

ANDRADE, Carlos Drummond; MEIRELES, Cecilia et all. Quadrante 2. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1968. p. 178-9

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Etapa 2

a) Aquecimento
Ao participar da conversa sobre o processo de produção de crônicas, você poderá decidir se
usará as informações tiradas da observação do contexto com humor, ironia, ou se vai mostrá-lo
para se posicionar criticamente. Sobre o que irá escrever? Como falará da cooperação e da falta
que ela faz?

b) Planejamento da escrita da crônica


Forme dupla com um colega e discutam o planejamento da crônica que cada um escreverá,
considerando as questões que seguem:

1. Com quem você pretende falar, apenas com pessoas da sua idade, ou com todos que tive-
rem contato com seu texto?

2. Que objetivo você quer alcançar: divertir, sensibilizar ou fazer o leitor refletir?

3. Qual será sua relação com o fato narrado (primeira pessoa - visão pessoal do que acon-
teceu, ou terceira pessoa - visão de um dos personagens envolvidos)?

4. Onde (o lugar) e quando (à noite, de madrugada...) o fato aconteceu?

5. Quantas partes terá a história? Qual será vista mais de perto? Recorra ao uso de tempos
verbais para expressar essas diferenças e não esqueça de separar o texto em parágrafos!

6. Que tal usar alguns diálogos? O discurso direto dá movimento e dinamismo à narrativa!

7. Como dar sabor à linguagem a ser usada? Pense em palavras legais, escreva com correção,
de forma simples, clara e direta, procurando ser compreendido pelo leitor.

c) Redação inicial da crônica

Depois de pensar no texto, planejá-lo e detalhar o que e como cada um pretende dizer, é
hora de, individualmente, escrever! Experimente se apropriar de um “modo de dizer as coisas”
que tenha impressionado você durante a leitura de crônicas e veja como isso pode funcionar!

26 27
Enquanto trabalha com a crônica do colega, seja respeitoso, colaborativo e mantenha o foco!
Explique e exemplifique suas impressões e ouça com respeito o que ele diz de seu texto. Afinal,
DICA isso agregará valor à tarefa de cada um e ao texto que inscreverão no Concurso!
Mais adiante, a versão final da crônica precisará ser transcrita
para a folha oficial do Concurso, com 25 linhas, logo ela precisa e) Reescrita da crônica/autoavaliação
ser curta!
Depois de ouvir o que seu colega comentou sobre sua crônica, faça as alterações que achar
necessárias, prestando ainda atenção a outros aspectos do texto:

d) Leitura compartilhada da crônica 1. Verifiquei se a pontuação está correta?

Você percebeu que, nesse Concurso, o texto é entendido como a finalização de um processo 2. Corrigi os erros de ortografia?
que começa com a descoberta do que dizer (observação do contexto), continua com a aquisição
de conhecimentos sobre o tipo de texto usado para dizer (a crônica) e passa pela socialização 3. Substituí palavras repetidas e eliminei as desnecessárias?
do que foi observado, bem como de decisões a respeito do que vai dizer (o planejamento)? Só
4. Encontrei um bom título para a crônica?
então você é colocado diante da folha branca.
Recorra à professora, caso tenha dúvidas. Então prepare uma versão final e entregue-a.
Este é um jeito de ficar claro que escrever é processo, tem finalidade, exige trabalho e que,
quando isso é feito em colaboração, o resultado pode ser muito melhor! f) Revisão final da crônica

Por isso, prepare-se para mais um desafio, a leitura compartilhada da crônica. Nesta etapa, Nessa etapa do trabalho, a professora será a revisora do seu texto. Ela levará em considera-
em duplas, a partir da leitura da crônica produzida pelo colega, cada um vai observar: ção o produto final – sua crônica – e, se necessário, fará ainda sugestões para melhorá-la.

ROTEIRO DE ANÁLISE DAS CRÔNICAS


IMPORTANTE
A crônica possui título interessante;
Mesmo os grandes cronistas têm seus textos revisados antes
A crônica apresenta uma visão pessoal, criativa do tema do Concurso; da publicação por leitores especializados. Essa etapa pode in-
dicar quem, entre todos os alunos da turma, merece ser distin-
Os elementos narrativos como tempo, espaço, ação, personagem, estão
presentes e a linguagem utilizada é adequada; guido como o melhor produtor de crônicas!

Apresenta uma situação inicial, desenvolve o tema principal e conduz


para uma conclusão;

A crônica leva o leitor a pensar sobre cooperação e participação; g) Redação final da crônica

O texto é leve e curto, considerando que o espaço máximo é a folha Depois de lida e comentada pela professora, se necessário, faça os ajustes finais recomen-
do Concurso. dados e prepare o original na folha oficial do Concurso Cultural. Neste momento, a crônica é
passada a limpo e todos os dados de identificação são preenchidos.

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Capítulo 3
Poema – 7º ano

Poema, um olhar sensível para o lugar

Neste capítulo, o trabalho coletivo é destacado em atividades que favorecem a relação


dos estudantes entre si e com o contexto social. O diálogo, ferramenta importante para esse
tipo de trabalho, facilita o compartilhamento de experiências, aumenta a curiosidade, mo-
difica o jeito de ver as coisas, desenvolve a sensibilidade.

Ao ter contato com visões distintas sobre a mesma realidade, você perceberá que há ou-
tras maneiras de ver o mundo, que a visão individual se amplia e provoca mudanças tanto
no jeito de pensar como no modo de agir.

Produzir poemas exige desenvolver um olhar atento e sensível aos fatos do dia a dia, ob-
servando como a vida acontece e o que provoca nas pessoas. Você já parou para observar
detalhes que geralmente passam despercebidos? Já pensou nos efeitos que essa atitude
pode causar em você? Tente imaginar como as coisas que existem no seu cotidiano pode-
riam ser diferentes, se fossem vistas com empatia, se a cooperação fosse de fato orientadora
da vida diária.

Retome o infográfico das p. 12 e 13 e acompanhe o processo de construção dos poemas.


Comece refletindo sobre cooperação e trabalho coletivo, depois veja as etapas que partem
da observação da comunidade e culminam com a produção final do poema que será inscrito
no Concurso.

30 31
VAMOS COMEÇAR? DICA
Ouça ainda a versão musicada do poema, em um trabalho do músico
e compositor Marcio de Camillo, no cd Crianceiras_Mario Quintana,
Etapa 1
disponível em https://www.youtube.com/watch?v=cgYYnbCvLgc

1 - Sobre o contexto
Durante uma caminhada pelo ambiente próximo, observe acontecimentos relacionados à coo-
peração e ao trabalho coletivo. O que você identificou? Eles caberiam num poema? Por quê?

2 - Sobre o poema
a) F aça uma leitura individual do poema Cidadezinha, de Mario Quintana, e depois ouça o
professor. Então, em grande grupo, participe da conversa com o professor a respeito do poema de Quin-
tana, auxiliado pelo roteiro que segue:

1. Por que logo dizemos que o texto é um poema?


Cidadezinha
2. Que recursos o autor usou ao compô-lo? Por quê?
Cidadezinha cheia de graça…
Tão pequenina que até causa dó! 3. Há sons que se repetem no poema? Quais?
Com seus burricos a pastar na praça…
Sua igrejinha de uma torre só… 4. Há palavras que rimam? Cite exemplos.

Nuvens que venham, nuvens e asas, 5. Quantos versos tem o poema?


Não param nunca nem um segundo…
6. Quantas estrofes?
E fica a torre, sobre as velhas casas,
Fica cismando como é vasto o mundo!… 7. Como o poeta trabalhou a linguagem para dar as características que a cidadezinha possui?

Eu que de longe venho perdido,


Acompanhe os destaques do professor durante a análise do soneto e observe os recursos de
Sem pouso fixo (a triste sina!)
linguagem utilizados pelo poeta. Anote tudo que lhe parecer interessante. Adiante, você poderá
Ah, quem me dera ter lá nascido!
utilizar recursos semelhantes para produzir seu poema.

Lá toda a vida poder morar!


Cidadezinha... tão pequenina
Que toda cabe num só olhar...

CIDADEZINHA – In: Lili inventa o mundo, de Mario Quintana,


Global Editora, São Paulo. © by herdeiros de Mario Quintana.

32 33
c) D
 epois, preparem-se para apresentar uma leitura em voz alta ao grande grupo, bem
IMPORTANTE como o que descobriram ao examinar o poema.

Rima - palavras que, num poema, possuem o mesmo som no


final de cada verso.

Verso - cada linha do poema. DICA


Estrofe - dentro de um poema, refere-se a um conjunto de versos, Escolham um leitor com bastante fluência entre os colegas do
separado por um espaço de outro conjunto. grupo, experimentem formar um jogral, podem até musicar o
poema, valorizando o talento musical de alguém e recorrendo
Soneto - é uma forma fixa, composta de duas estrofes com
ao que já apreciaram ao ouvir a canção de Marcio de Camillo,
quatro versos e duas estrofes com três versos.
que dá melodia ao poema de Quintana.
Hipérbole - recurso de linguagem relacionado ao exagero.
Ex.: tão pequenina; não para nem um segundo

Metonímia - recurso de linguagem que toma a parte pelo todo.


Ex.: asas, no lugar de pássaros, no primeiro verso da segunda d) A pós as apresentações ao grande grupo, colaborem para realizar uma síntese do que
estrofe. foi observado sobre o poema em um cartaz-guia, que conterá tudo o que for útil para o
poema que produzirão adiante.
Personificação - recurso de linguagem que humaniza o que é
inanimado. Ex.: a torre fica cismando
Etapa 2

a) Definição do tema do poema


E\b) F orme grupos, leiam e troquem ideias sobre o poema atribuído a cada um. Retome os registros da caminhada pelo entorno da escola para destacar os diferentes aspec-
1. Quem é o autor e qual o título do texto? tos (positivos ou negativos) relacionados ao trabalho coletivo e à cooperação.

2. Por que é um poema? Em pequenos grupos, imaginem como pode vir a ser este lugar, se as pessoas trabalharem cole-
tivamente para transformá-lo em um espaço em que predomine a cooperação, por exemplo.
3. Que marcas visuais e sonoras ele possui?

4. Há rimas ou não? Quais? Manuseiem jornais e revistas, disponibilizadas em classe pelo professor, e recortem imagens
e palavras que possam se referir aos conceitos trabalho coletivo e cooperação e ao tema pro-
4. Quantos versos, quantas estrofes ele possui? posto pelo Concurso Cultural.

5. Como o poeta trata a linguagem para expressar seus sentimentos?


Se tiverem acesso à internet, imprimam palavras e imagens representativas de um lugar onde
6. Vocês reconhecem algum recurso de linguagem utilizado? não haja cooperação e que mostrem ainda como ele pode vir a ser. Então, colem no cartaz que
o professor colocou na lousa para esse fim.
7. Percebem a existência de outro recurso que ainda não estudaram? Explicar.

34 35
Individualmente, anote o que for mais interessante para compor o seu poema. Acrescente a c) Redação inicial do poema
cada ideia uma impressão pessoal, que registre como efetivamente o fato impacta sua sensibili-
dade, tornando possível fazer comparações, por exemplo. Isso possibilitará que você já comece Redija uma primeira versão. Depois, faça todos os ajustes que julgar necessários para
a pensar na linguagem que será usada no seu poema. melhorá-lo. É ouvindo o que escreveu, ensaiando diferentes possibilidades, trabalhando a
linguagem que seu texto vai ficando cada vez melhor! Isso leva algum tempo e exige muitas
leituras.

DICA Também ajuda pensar:


Para compor um poema, recorra a comparações, que possibilitam
1. Que reação eu quero provocar no leitor/ouvinte do meu poema?
aproximar coisas diferentes a partir de uma característica comum.
Por exemplo, uma calçada suja pode ser comparada com uma li- 2. O que escrevi ajuda a provocar essa reação?
xeira, possibilitando a criação de uma frase que diz: A calçada é
suja como uma lixeira. 3. O poema está bem relacionado ao tema?

Outro recurso de linguagem muito presente no poema é a 4. Ele utiliza os recursos de linguagem que foram estudados antes?
metáfora, que radicaliza o que se fez com a comparação e afirma
que uma coisa é a outra, a partir de uma característica comum: Quando estiver satisfeito, prepare-se para compartilhar o resultado com seus colegas,
A calçada é uma lixeira. conforme a indicação do professor.

b) Planejamento da escrita de um poema DICA


Você sabia que existem dicionários de rima? Em forma física
Definido o tema do poema e suas relações com a realidade observada, faça escolhas a ou on-line, eles podem ser muito úteis ao escrever poemas!
respeito dos recursos e da forma de estruturar seu texto:

1. Que tema aparecerá no poema?

2. A escolha das palavras vai valorizar a musicalidade, o ritmo do texto?

3. Como o poema será organizado no papel? https://bancoderimas.com/ https://www.dicio.com.br/palavras-que-rimam/

4. Ele será separado em estrofes, ou constituirá um só corpo?

5. O poema utilizará uma linguagem comum ou outros recursos de linguagem?

Estas são decisões importantes antes de começar. Agora é “deixar falar o coração e soltar https://www.dicionarioinformal.com.br/rimas/ https://www.rhymit.com/pt
a imaginação”!

36 37
d) Leitura compartilhada do poema f) Revisão pelo professor

Esta etapa é a oportunidade de você verificar se o que desejava expressar a respeito da Antes de finalizar, mostre seu trabalho ao professor e verifique se ele tem outras sugestões para
cooperação e/ou do trabalho coletivo se concretizou em um poema. Você terá leitores do melhorá-lo.
texto que produziu!
g) Redação final do poema
Forme trios, esteja atento às observações dos colegas e seja colaborativo ao ouvir o que
escreveram. Este roteiro vai ajudá-los a manter o foco na qualidade do texto. Transcreva-o então para a folha oficial do Concurso, sem esquecer de preencher os dados de
identificação necessários à inscrição!

ROTEIRO DE ANÁLISE DOS POEMAS

O título é criativo?

O tema foi tratado de forma satisfatória?

O resultado final possui um ritmo harmonioso?

O poema tem organização clara em versos e estrofes?

Há rimas? Elas foram cuidadosamente tratadas?

Há uso criativo da linguagem? Comparações, metáforas, personificação etc.?

e) Reescrita do poema/Autoavaliação

A partir das contribuições dos colegas, reveja seu poema e, se achar conveniente, reformule-o.
Considere ainda outros aspectos importantes:

1. A pontuação foi revisada com cuidado?

2. E a ortografia? (Consulte dicionário e peça ajuda ao professor, se precisar)

3. A linguagem está adequada?

38 39
Capítulo 4 VAMOS COMEÇAR?

em q uadrinhos – 9º an
Tira o
Etapa 1

1 - Sobre o contexto
Tira em quadrinhos, um olhar crítico sobre o contexto
Para alguém se posicionar criticamente, é preciso antes conhecer, ter informações
a partir das quais seja possível formular opiniões a respeito de alguma coisa que afete
Este capítulo apresenta o protagonismo como modo de agir, valoriza a participação e dá
a vida das pessoas, por exemplo. Ao observar o contexto, você pode identificar temas
oportunidade de os jovens intervirem na realidade por meio de seus textos. É uma forma de
com os quais queira se envolver, escolhendo um foco para a sua tira em quadrinhos.
exercício da cidadania, comprometida com a transformação e a afirmação de valores coo-
perativos em torno de questões humanitárias, ambientais, de direitos humanos, proteção
a) B
 rainstorming (chuva de ideias)
dos animais, entre outras.
Colabore com a formação de um grande círculo, posicionando-se para ver todos os
Nele, você poderá agir cooperativamente, construir conhecimentos e desenvolver habilida- colegas e ser visto por eles. Após as explicações do professor sobre o funcionamento
des relacionadas ao protagonismo, próprias dessa etapa de finalização do ensino fundamental. da chuva de ideias, esteja atento à pergunta-guia:

Além disso, vai favorecer o conhecimento da realidade, a compreensão crítica do que Como os jovens podem contribuir com a qualidade de vida de uma comunidade,
acontece, instrumentalizando os jovens para planejarem e participarem de ações que vão cooperando para torná-la um lugar melhor para se viver?
muito além de interesses individuais. Assim, como acontece no cooperativismo, todos esta-
rão colaborando com o bem-estar da comunidade. O objetivo é gerar um grande número de ideias e explorar a criatividade de todos,
para compartilharem o que sabem e pensam sobre o assunto e imaginar como podem
Volte ao infográfico das p. 12 e 13 e retome o processo que será desenvolvido de forma contribuir, levando em conta o tema do Concurso.
coletiva, partindo da observação da comunidade até a produção das tiras em quadrinhos,
tendo a cooperação, o protagonismo e o tema do Concurso como focos da produção textual. Fique atento ao que dizem os colegas, porque a ideia de um amplia a do outro e faz
com que todos avancem no processo de reconhecimento do que é essencial para a
qualidade de vida em uma comunidade.

Participe da organização conjunta das ideias anotadas, excluindo as repetidas e de-


talhando as que forem mantidas. Assegure-se de que compreendeu todas elas. Anote-as
no caderno.

b) Observação do contexto

Junto com o professor, ou a partir do que for combinado com ele, participe da cami-
nhada pelo entorno da escola /comunidade em busca de resposta para a pergunta-guia.

40 41
Identifique situações interessantes, com as quais jovens como você gostariam de se en- 2 - Sobre a tira em quadrinhos
volver, criando ações com potencial para melhorar a qualidade de vida do lugar.
As tirinhas são sequências curtas de desenhos e legendas que contam uma anedota
1. Dos fatos observados, quais podem ser explorados pelo tema do Concurso? ou uma história. Elas costumam falar sobre coisas que as pessoas dizem ou fazem no
dia a dia, comentam notícias recentes, referem pessoas ou acontecimentos históricos
2. Você identificou algum problema relevante para a vida das pessoas da comunidade? Qual?
que estão na mídia, com a intenção de fazer rir e/ou pensar.
3. Que ações de protagonismo podem contribuir para enfrentar o problema?

4. Como a cooperação pode favorecer a mudança desejada?

5. Isso pode ser tratado em uma tirinha de um jeito simples, irônico, bem humorado para
chamar a atenção e revelar seu posicionamento crítico sobre o problema?

Registre as informações obtidas. Elas serão úteis para socializar o que chamou mais
atenção durante a caminhada e o que ainda merece ser melhor conhecido. Escolha,
então, um foco de ação para a tira em quadrinhos, capaz de expressar uma visão de
mundo crítica e que valorize o protagonismo juvenil.
https://tirasarmandinho.tumblr.com/

c) Socialização
a) Analise a tira em quadrinhos do Armandinho e, em grande grupo, converse sobre ela.
De volta à classe, realize um bate papo com os colegas para compartilhar com eles Quem são os personagens? A que eles se referem? Que solução o menino imagina a partir
o que foi observado e destacar situações relevantes/necessárias e com potencial para da declaração do adulto? Isso lembra algum modo de agir que foi visto antes? Qual?
transformá-los em agentes de transformação.
Certamente você já viu tiras em quadrinhos, não? Elas ocupam lugar fixo nos jornais
impressos e aparecem frequentemente na Internet. Muitas até se transformaram em
livro, uma forma de reconhecer o sucesso que fazem junto ao público leitor.

Por serem compostas de legendas (linguagem verbal) e desenho (linguagem não


verbal), são chamadas de textos multimodais, ou seja, textos compostos em mais de
um modo de comunicação, ou múltiplas formas de linguagem (escrita, oral, visual, au-
ditiva etc.), cada vez mais utilizados em tempos de comunicação virtual.

42 43
b) Agora a tarefa é navegar na internet para ler tirinhas e buscar algumas que se Proceda conforme a indicação do professor (trabalhe em casa ou na escola) e selecione
refiram aos conceitos destacados como importantes para a produção do Concurso no tirinhas que:
9º ano: protagonismo e cooperação.
Representem alguma preocupação com cooperação e protagonismo;

Possam compor um painel em sala de aula (físico ou virtual) para pensar sobre a estrutura
da tirinha e o que ela pretende comunicar;

DICA Venham a compor um cartaz de tirinhas selecionadas pela turma.

Alguns links sugeridos c) Em grande grupo, conversem sobre as tirinhas selecionadas. Expliquem o que
compreenderam dos textos e a função comunicativa que eles possuem. Anote o que
Armandinho Garfield considerar mais importante e esteja atento às orientações do professor.
https://www.google.com/ https://www.culturamix.com/humor/
search?q=armandinho+tirinhas&tbm tirinhas/tirinhas-do-garfield/
=isch&hl=pt-BR&chips=q:armandinho
+tirinhas,g_1:educa%C3%A7%C3%A3o
Etapa 2
:H036akxkijc%3D&client=safari&sa=
X&ved=2ahUKEwj2uZ_72fz2AhXo
FrkGHfczBMsQ4lYoAXoECAEQIA Calvin e Haroldo a) Planejamento da escrita de uma tira em quadrinhos
&biw=1799&bih=833
https://tiras-do-calvin.tumblr.com/
https://www.facebook.com/ page/11 Visualize no Youtube um vídeo de Diogo Camargo, youtuber e quadrinista, que trata do
tirasarmandinho/photos/
a.488361671209144.113963.488356901 processo de produção da tira em quadrinhos, disponível em https://www.youtube.com/
209621/1625070614204905/?type
=3&theater watch?v=lA_C7k3Vcnk, e procure anotar o roteiro de produção sugerido.
Peanuts
Mafalda https://www.google.com/search? Em grande grupo, converse sobre o que viu, relacione as observações feitas com o que foi
q=peanuts+tirinhas+exemplos&rlz=
https://www.google.com/search?
q=mafalda+tirinhas+em+portugu%
1C1EJFA_enBR766BR766&sxsrf=APq destacado antes e contribua para construir na lousa, com a colaboração de todos e a orienta-
-WBv5L0OFjU2nDhyLAP4kNgjkiJ3x
C3%AAs&tbm=isch&ved=2ahUKEwj ção do professor, um roteiro para produzir tirinhas, também chamado de storyboard.
TQ:1649170854051&source=lnms&
GtbjL7PX1AhWDDdQKHUHvA9
tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjjz7
IQ2-cCegQIABAA&oq=mafalda+
eXmP32AhXeH7kGHRQPBO8Q_AU
tirinhas&gs_lcp=CgNpbWcQARgBM
oAXoECAEQAw&biw=1821&bih=833 Copie o que decidirem sobre o roteiro, volte às tirinhas já examinadas para resolver dú-
gUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEM
&dpr=0.75
gUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEM vidas, se existirem, e prepare-se para começar a produção individual que cumpra todas as
gUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAE
OgcIIxDvAxAnOgYIABAIEB46BAgAE etapas do roteiro.
Bg6BggAEAcQHjoICAAQCBAHEB46
BAgAEEM6CAgAEIAEELEDUNj9Bljjq
Adg2sIHaAFwAHgAgAGYA4gBjiuSA
QkwLjQuNi44LjGYAQCgAQGqAQtn
b) Redação inicial da tira em quadrinhos
d3Mtd2l6LWltZ8ABAQ&sclient=img&ei
=i2QFYobEEIOb0AbB3o-QDQ&bih=921 Fique atento a algumas escolhas antes de começar:
&biw=672&client=safari&hl=pt-BR

1. Quem serão os personagens? Quantos? Que características terão?

3. Quantos quadros a tirinha terá?

4. Em que cenário os personagens estarão inseridos?

5. O que poderá ser colocado nos balões?

44 45
São escolhas provisórias, mas todas dirigem seu olhar para um “formato ideal da sua
tirinha”. Reveja o vídeo acima referido sempre que necessário e trabalhe em seu projeto até
que a tirinha expresse uma ideia completa e você esteja satisfeito com ela.
IMPORTANTE
O que vale não é a “beleza” do desenho, mas quanto ele será
capaz de ser irônico ou fazer pensar, referindo-se ao tema
cooperação e protagonismo. É um jeito de dizer que o inte-
DICA ressante é o sentido que a tirinha possui, certo?

Para a produção inicial, utilize folha de rascunho.

d) Reescrita da tira em quadrinhos

c) Leitura compartilhada da tira em quadrinhos A partir das contribuições dos colegas, revise sua tirinha e, se achar conveniente, reformu-
le-a. Transcreva-a então para a folha do Concurso, preocupe-se com cores, contornos, sem
Forme grupos e compartilhe com os colegas o esboço da tirinha em produção. A ideia é descuidar do tom crítico da tirinha, bastante potencializado pela linguagem visual.
que todos examinem o projeto de trabalho dos colegas com destaque para as características
de uma tira em quadrinhos e sua função comunicativa. Esteja atento ainda à correção e adequação da linguagem, à expressividade da pontua-
ção e à ortografia. Sempre que tiver dúvidas, recorra ao professor.
O esboço é o conjunto dos traços iniciais, provisórios, que representa a ideia do autor.
É uma das etapas do processo de criação da tirinha. e) Revisão pelo professor

Antes de finalizar, mostre seu trabalho ao professor e verifique se ele tem alguma suges-
1 2 3 4 tão para melhorá-lo.

e) Finalização da tira em quadrinhos

Depois de analisada e comentada pelo professor, se necessário, faça os ajustes finais e


prepare o original na folha oficial do Concurso Cultural.

Não esqueça de preencher, na folha oficial do Concurso, os dados de identificação necessários


à inscrição!

46 47
Palavras finais REFERÊNCIAS

ANDRADE, Carlos Drummond; MEIRELES, Cecilia et al. Quadrante 2. Rio de Janeiro,


Vocês trilharam uma caminhada para conhecer o cooperativismo, e olhar a partir de ou- Editora do Autor, 1968.
tros valores para o seu lugar, questionaram ideias, participaram de atividades em grupo
para vivenciar a cooperação. ARAÚJO, Djario D. Crônica: o cotidiano em destaque. In: MENDONÇA, Marcia (Coord.)
Diversidade textual: propostas para a sala de aula. Formação continuada de professores.
Recife, MEC/CEEL, 2008. p.55 – 66.
Também aprenderam a construir textos, um conhecimento esperado em cada ano esco-
lar, durante a participação no Concurso Cultural. CANDIDO, Antonio. Prefácio. Para gostar de ler crônicas. São Paulo: Ática. v. 1

Ainda que os premiados sejam poucos, o ganho final é coletivo, já que todos aprenderam CITELLI, Beatriz. Leitura e produção de textos no ensino fundamental. São Paulo: Cortez,
2001. v. 7.
a trabalhar juntos, a olhar para a realidade de forma crítica e jamais deixar de pensar que a
qualidade de vida é um direito humano.
IAVELBERG, Rosa. O desenho cultivado da criança. Porto Alegre: Zouk, 2013.

Isso faz muito sentido dentro e fora da escola, pois transforma vocês em pessoas mais MARINHO, Fernando. História em quadrinhos. Brasil Escola. Disponível em: https://
ligadas com as questões da convivência social, capazes de ler e escrever melhor! brasilescola.uol.com.br/redacao/historia-quadrinhos.htm.

MARCUSCHI, Luiz A.; DIONÍSIO, Angela P. (Orgs.). Fala e Escrita. Belo Horizonte:
Parabéns e sucesso!
Autêntica, 2005.

MARTINS, Mirian C. Teoria e Prática Do Ensino Da Arte: a língua do mundo. São Paulo:
FTD, 2018.

MUNDO EDUCAÇÃO. Desenho. Disponível em: mundoeducacao.uol.com.br/ artes/


desenho.htm.

MORICONI, Italo (Org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. São Paulo:
Objetiva, 2001.

NOVA ESCOLA. O desenho e o desenvolvimento das crianças. Disponível em: https://


novaescola.org.br/conteudo/121/o-desenho-e-o-desenvolvimento-das-criancas

QUINTANA, Mario. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.

SÁ, Jorge. A crônica. São Paulo: Ática, 1997.

48 49
SANTOS, Joaquim (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. São Paulo: Objetiva,
2007.

SORRENTI, Neusa. A poesia vai à escola: reflexões, comentários e dicas de atividades.


Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

TERRA, Ernani. Da leitura literária à produção de textos. São Paulo: Contexto, 2018.
https://www.youtube.com/watch?v=lA_C7k3Vcnk

https://tempodecreche.com.be/

https://www.youtube.com/watch?v=lA_C7k3Vcnk

https://tirasarmandinho.tumblr.com

https://www.google.com/search?q=armandinho+tirinhas&tbm=isch&hl=pt-BR&chips
=q:armandinho+tirinhas,g_1:educa%C3%A7%C3%A3o:H036akxkijc%3D&client=
safari&sa=X&ved=2ahUKEwj2uZ_72fz2AhXoFrkGHfczBMsQ4lYoAXoECAEQIA&biw=
1799&bih=833

https://www.facebook.com/tirasarmandinho/photo /a.488361671209144.113963.488
356901209621/1625070614204905/?type=3&theater

https://www.google.com/search?q=mafalda+tirinhas+em+portugu%C3%AAs&tb
m=isch&ved=2ahUKEwjGtbjL7PX1AhWDDdQKHUHvA9IQ2-cCegQIABAA&oq=mafalda
+tirinhas&gs_lcp=CgNpbWcQARgBMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIAB
CABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEOgcIIxDvAxAnO
gYIABAIEB46BAgAEBg6BggAEAcQHjoICAAQCBAHEB46BAgAEEM6CAgAEIAEELEDU
Nj9BljjqAdg2sIHaAFwAHgAgAGYA4gBjiuSAQkwLjQuNi44LjGYAQCgAQGqAQtnd3Mt
d2l6LWltZ8ABAQ&sclient=img&ei=i2QFYobEEIOb0AbB3o-QDQ&bih=921&biw=672&
client=safari&hl=pt-BR

https://www.culturamix.com/humor/tirinhas/tirinhas-do-garfield/

https://tiras-do-calvin.tumblr.com/page/11

https://www.google.com/search?q=peanuts+tirinhas+exemplos&rlz=1C1EJFA_enBR
766BR766&sxsrf=APq-WBv5L0OFjU2nDhyLAP4kNgjkiJ3xTQ:1649170854051&source=
lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjjz7eXmP32AhXeH7kGHRQPBO8Q_AUoAXoE
CAEQAw&biw=1821&bih=833&dpr=0.75
www.institutosicoob.org.br

/oinstitutosicoob /InstitutoSicoob /InstitutoSicoob

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