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Os Tecelões de Rochdale
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Unidade 3 - Associativismo, Cooperativismo, Sindicalismo e o
Agronegócio.
Através da União de 28 tecelões (operários), é criado um pequeno armazém cooperativo
de consumo: a "Sociedade dos Equitativos Pioneiros de Rochdale". E aí foi lançada a
semente do Cooperativismo, em Rochdale, 1844.
O que é Cooperativismo?
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Unidade 3 - Associativismo, Cooperativismo, Sindicalismo e o
Agronegócio.
homem do individualismo, através da cooperação entre seus associados, satisfazendo
assim as suas necessidades. Defende a reforma pacífica e gradual da coletividade e a
solução dos problemas comuns através da união, auxílio mútuo e integração entre as
pessoas. Busca a correção de desníveis e injustiças sociais com a repartição igualitária e
harmoniosa de bens e valores.
Princípios do cooperativismo
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Unidade 3 - Associativismo, Cooperativismo, Sindicalismo e o
Agronegócio.
usualmente propriedade comum da Cooperativa para seu desenvolvimento.
Usualmente os sócios recebem juros limitados sobre o capital, como condição de
sociedade. Os sócios destinam as sobras para os seguintes propósitos: desenvolvimento
das Cooperativas, apoio a outras atividades aprovadas pelos sócios, redistribuição das
sobras, na proporção das operações.
4 - Autonomia e Independência - as Cooperativas são organizações autônomas de
ajuda mútua. Entrando em acordo operacional com outras entidades, inclusive
governamentais, ou recebendo capital de origem externa, elas devem fazer em termos
que preservem o seu controle democrático pelos sócios e mantenham sua autonomia.
5 - Educação, treinamento, informações - as Cooperativas oferecem educação e
treinamento para seus sócios, representantes eleitos, administradores e funcionários
para que eles possam contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento. Também
informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de
opinião sobre a natureza e os benefícios da cooperação.
6 - Cooperação entre cooperativas - as cooperativas atendem seus sócios mais
efetivamente e fortalecem o movimento cooperativo trabalhando juntas, e de forma
sistêmica, através de estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais, através de
Federações, Centrais, Confederações etc.
7 - Preocupação com a comunidade - as Cooperativas trabalham pelo
desenvolvimento sustentável de suas comunidades, através de políticas aprovadas
pelos seus membros, assumindo um papel de responsabilidade social junto a suas
comunidades onde estão inseridas.
Simbologia
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Agronegócio.
Fonte: http://cooperauriverde.com.br/galeria/simbolos
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Agronegócio.
ordinária e extraordinária da OCB, que promoveu a reorganização dos ramos de forma
que as quase sete mil cooperativas brasileiras passaram a integrar sete ramos.
Outro importante benefício trazido pela reorganização dos ramos foi a ampliação
do atendimento às cooperativas pelo SESCOOP, que hoje encontra dificuldade em
organizar ações para ramos extremamente específicos e com poucas cooperativas. Neste
contexto, alguns dos ramos foram agrupados a outros, podendo haver reclassificação de
cooperativas a partir desta reorganização. As mudanças são as seguintes:
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RAMO AGROPECUÁRIO: composto por cooperativas relacionadas às atividades
agropecuária, extrativista, agroindustrial, aquícola ou pesqueira. Não sofreu alteração.
RAMO CRÉDITO: composto por cooperativas que prestam serviços financeiros a
seus cooperados, sendo-lhes assegurado o acesso aos instrumentos do mercado
financeiro. Não sofreu alteração.
Cooperativa: o que é?
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Agronegócio.
podemos definir que: “Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem,
voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais
comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente
gerido”.
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isoladamente. Desse modo a Cooperativa pode ser entendida como uma “empresa” que
presta serviços aos seus cooperados.
Embora sobre vários aspectos uma Cooperativa seja similar a outros tipos de
empresas e associações, ela se diferencia daquelas na sua finalidade, na forma de
propriedade e de controle, e na distribuição dos benefícios por ela gerados. Essas
diferenças definem uma cooperativa e explicam seu funcionamento. Para organizar essas
características e possibilitar uma formulação única para o sistema, foram estabelecidos os
princípios do cooperativismo, pelos quais todas as cooperativas devem balizar seu
funcionamento e sua relação com os cooperados e com o mercado.
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Agronegócio.
As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade,
democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos seus fundadores, os
membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência,
responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.
Agora que já temos uma boa noção de cooperativas, vamos agora aprender um
pouco sobre suas características legais. A Lei nr. 5.764, de 16 de dezembro de 1971 define
a Política Nacional de Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades
cooperativas, e dá outras providências. Conforme a Lei nº 5.764/71, no seu artigo 3º, as
sociedades cooperativas têm por finalidade a prestação de serviços aos associados para o
exercício de uma atividade comum, econômica, sem que tenham objetivo de lucro. Segue
as principais características:
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10. Deve ostentar a expressão “cooperativa” em sua denominação, sendo vedado
o uso da expressão “banco”.
11. Neutralidade política e não discriminação religiosa, social e racial.
12. Indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de
dissolução da sociedade.
Uma cooperativa para ser constituída deve ter no mínimo 20 sócios. É importante
salientar que as cooperativas não têm fins lucrativos e sua função é prestar serviços a seus
associados. Assim, todos os resultados econômicos alcançados devem ser distribuídos
para os cooperados ou ir para fundos específicos para a prestação de serviços aos
cooperados ou para a manutenção do capital de giro.
Estrutura Descrição
Assembleia Geral Órgão supremo da cooperativa que, conforme o prescrito da
legislação e no estatuto social, tomará toda e qualquer decisão de
interesse da sociedade. a reunião da assembleia geral dos cooperados
ocorre, nas seguintes ocasiões:
Assembleia Geral Ordinária (AGO) – realizada obrigatoriamente
uma vez por ano, no decorrer dos três primeiros meses, após o
encerramento do exercício social, para deliberar sobre prestações de
contas, relatórios, planos de atividades, destinações de sobras,
fixação de honorários, cédula de presença, eleição do conselho de
administração e fiscal, e quaisquer assuntos de interesse dos
cooperados. Assembleia Geral Extraordinária (AGE) – realizada
sempre que necessário e poderá deliberar sobre qualquer assunto de
interesse da cooperativa. É de competência exclusiva da AGE a
deliberação sobre reforma do estatuto, fusão, incorporação,
desmembramento, mudança de objetivos e dissolução voluntária.
Conselho de Administração Órgão superior da administração da cooperativa. É de sua
competência a decisão sobre qualquer interesse da cooperativa e de
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seus cooperados nos termos da legislação, do estatuto social e das
determinações da assembleia geral. O conselho de administração
será formado por cooperado no gozo de seus direitos sociais, com
mandatos de duração (no máximo 4 anos) e de renovação
estabelecidos pelo estatuto social. A cada eleição é necessário
renovar pelo menos 1/3 do conselho administrativo.
Conselho Fiscal Formado por três membros efetivos e três suplentes, eleitos para a
função de fiscalização da administração, das atividades e das
operações da cooperativa, examinando livros e documentos entre
outras atribuições. É um órgão independente da administração.
Representa a assembleia geral no desempenho de funções por um
período de doze meses.
Comitê educativo, núcleo É um comitê temporário ou permanente. Constitui-se em órgão
cooperativo ou conselhos auxiliar da administração. Pode ser criado por meio da assembleia
consultivos geral com a finalidade de realizar estudos e apresentar soluções sobre
situações específicas. Pode adotar, modificar ou fazer cumprir
questões, inclusive no caso da coordenação e programas de educação
cooperativista junto aos cooperados, familiares e membros da
comunidade da área de ação.
Estatuto Social Conjunto de normas que regem funções, atos e objetivos de
determinada cooperativa. É elaborado com a participação dos
associados para atender às necessidades da cooperativa e de seus
associados. Deve obedecer a um determinado padrão. Mesmo assim
não é conveniente copiar o documento de outra cooperativa
já que a área de ação, objetivos e metas diferem uma da outra.
Capital Social É o valor, em moeda corrente, que cada pessoa investe ao associar-
se e que serve para o desenvolvimento da cooperativa. O capital
social é fixado em estatuto e dividido em quotas-partes. O valor é
uma quota-parte e não pode ser superior a um salário-mínimo. O
valor do capital social também pode ser constituído com bens e
serviços.
Demonstração de resultado No final de cada exercício social é apresentado, na assembleia geral,
do exercício o balanço geral e a demonstração do resultado que devem conter:
Sobras – os resultados dos ingressos menos os dispêndios. São
retornadas ao associado após as deduções dos fundos, de acordo com
a lei e o estatuto da cooperativa.
Fundo indivisível – valor em moeda corrente que pertence aos
associados e não pode ser distribuído e sim destinado ao: fundo de
reserva para ser utilizado no desenvolvimento da cooperativa e
cobertura de perdas futuras.
Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (FATES); e
outros fundos que poderão ser criados com a aprovação da
assembleia geral.
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Segue abaixo o Organograma Padrão de uma Cooperativa do Brasil.
3. ASSOCIAÇÕES
Tipos de Associações
Tipo Descrição
Filantrópicas Agrupam pessoas que trabalham com atendimento de públicos em
vulnerabilidade social, carentes, com necessidades especiais. Ou seja, atendem
um determinado público com serviços que esse público não teria condições de
pagar.
Comunitárias Buscam resolver problemas da comunidade, bairro, vila ou rua. Também visam
lazer e organização religiosa. É comum nas comunidades rurais a associação
estar organizada em torno da igreja, salão comunitário, cancha de bocha, campo
de futebol, etc.
Defesa da Vida Atuam em defesa ou apoio de pessoas, animais e meio ambiente. São exemplos:
associações protetoras de animais, do meio ambiente, de prevenção de doenças
como AIDS, grupos de apoio a pessoas viciadas, como os Alcoólicos
Anônimos.
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Pais e Mestres Representam a organização da comunidade escolar, com o objetivo de melhorar
as condições de ensino-aprendizagem e promover a integração sociocultural.
Culturais, São grupos de pessoas ligadas às atividades literárias, artísticas, desportivas ou
Desportivas e grupos com características semelhantes. Realizam atividades de lazer, espaços
Sociais de discussão e integração, oficinas, dentre outras. São exemplos os grupos de
jovens no meio rural, os grupos de dança, grupos da melhor idade, grupos de
esportes.
Associações de São grupos de consumidores que se organizam para o consumo de produtos
Consumidores dentro dos preceitos da alimentação saudável, com justiça social e ambiental.
Os grupos de consumidores normalmente compram de associações de
agricultores ecológicos, assentados, que possuem agroindústria de pequeno
porte, produzam alimentos com identidade, etc.
Associações de Organizam-se para representar uma determinada classe de trabalhadores.
Classe São exemplos os conselhos profissionais, as federações, as confederações, os
sindicatos.
Associações de São organizações de trabalhadores que visam a realização de atividades
Trabalho produtivas ou o apoio coletivo ao trabalho. As associações de máquinas
agrícolas no meio rural, de agroindustrialização coletiva, de produção de
insumos, são exemplos.
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estado; na Secretaria do Meio Ambiente; Sistema de Inspeção Federal (SIF), no
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); no Ministério do Trabalho
e na Previdência Social, quando envolve contratação de empregados.
Como as associações não têm fins lucrativos, são isentas de pagamento de imposto
de renda, no entanto, devem preencher, anualmente, a Declaração de isenção de imposto
de renda e apresentar à Receita Federal. Quando a associação presta serviços aos
associados e cobra pelos mesmos deve recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS). É
necessário ter sempre organizado: (a) livros caixas; (b) controle de numerários e
bancários; (c) propostas de admissão de associados; (d) carteirinhas de sócios, controle
de anuidade e joias de admissão, quando for o caso; (e) cadastros de associados.
4. SINDICALISMO
O que são sindicatos - Sindicatos são associações civis formadas por membros
de uma mesma classe ou categoria profissional e econômica, que visam coordenar,
representar e defender os interesses e direitos de seus associados, relativos ao exercício
de suas atividades. Têm os sindicatos, como função principal, congregar os integrantes
de uma mesma categoria, sejam empregados, empregadores, trabalhadores, autônomos
ou profissionais liberais, que exerçam as mesmas atividades ou profissões similares ou
conexas.
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Por sua vez, os sindicatos de empregadores e trabalhadores rurais visam congregar
os membros das respectivas categorias, defender seus interesses de maneira organizada e
solidária, em prol da valorização e desenvolvimento socioeconômico de seus membros,
através do fomento da agropecuária em seus municípios.
Sindicalismo no Brasil
Muitos decretos e leis foram sendo criadas ao longo dos anos 1930 a 1940, e foi
no ano de 1943 que entrou em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
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Agronegócio.
O governo da época buscou controlar o movimento operário e sindical
incorporando-o ao Estado. Foi criado, então, o Ministério do Trabalho e a estrutura
sindical se tornou legalizada pelo Estado. Todas as leis vigentes, entretanto, não
respaldavam os trabalhadores agrícolas e o sindicalismo rural. Porém, em 1944 a
sindicalização rural é formalizada por meio de um Decreto-Lei n.º 7.038 de 10/11, assim,
atrelou-se à estrutura sindical oficial determinada pela CLT.
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COMUNICAÇÃO - Tem atuado como um interlocutor dos agricultores
familiares e se mostrado capaz de pressionar vários órgãos públicos para que estes
executem políticas que venham a beneficiar os agricultores de um modo geral.
REIVINDICAÇÃO - É um canal de reivindicações junto às agências bancárias
para que estas liberem créditos entravados burocraticamente pelas instituições
financeiras.
LIDERANÇA - Neste espaço, a direção sindical aparece travando um
enfrentamento com autoridades municipais, atuando junto aos conselhos
municipais, principalmente junto ao Conselho Municipal de Desenvolvimento
Rural, mas também junto aos conselhos de saúde, educação, transporte etc. Com
essas ações dos sindicatos, os conselhos municipais de agricultura têm se
mostrado como um importante instrumento de cobrança e fiscalização dos
dirigentes do poder público.
FISCALIZAÇÃO - Atua como órgão fiscalizador das ações do poder público
local quanto ao cumprimento de políticas distributivistas, como por exemplo, a
distribuição de cestas básicas, dos empregos nas frentes de emergência, entre
outras. Este novo momento do trabalho e das ações dos sindicatos está lhe dando
um novo papel nas suas relações com o poder local.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA - Busca de novos instrumentos de assistência técnica
para a produção. Até bem pouco tempo, essa área era atividade era ocupada
exclusivamente pelos órgãos oficiais de fomento ou de extensão, ou
eventualmente por cooperativas de produtores.
EXPANSÃO - Os sindicatos rurais estão expandindo sua atuação e se
envolvendo, por exemplo, com o banco de sementes, o fundo rotativo de adubos
orgânico e a assistência para a obtenção de crédito.
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Unidade 3 - Associativismo, Cooperativismo, Sindicalismo e o
Agronegócio.
consultiva do governo como órgãos técnicos para difundir ideias e conhecimentos
agropecuários, bem como realizar exposições e feiras.
DL nº 8.127: indicou que as associações rurais deveriam ser constituídas em
federações estaduais e se filiarem a Confederação Rural Brasileira, que foi
fundada em 1951. Neste caso, a lei não excluía as organizações já existentes.
Podemos abordar de forma positiva que muitos sindicatos hoje têm buscado
oferecer processos educacionais e de informação, bem como outros serviços para seus
filiados, contribuindo para a evolução educacional das regiões onde atuam.
O Sindicato dos produtores rurais tem atuado também como um interlocutor dos
agricultores familiares, e se mostrado capaz de pressionar vários órgãos públicos para que
esses executem políticas que venham a beneficiar os agricultores de um modo geral.
Devemos observar que essa trajetória dos sindicatos não é simples, pois há
problemas e momentos de crise. Por exemplo, ao crescerem as atividades ligadas à
produção dentro do sindicato, ele pode não ter recursos financeiros, materiais e humanos
suficientes para dar prosseguimento às atividades aprovadas e assumidas pela base.
A superação de tais problemas pressupõe uma maior presença do estado por meio
de políticas públicas adequadas e eficazes, mas também direcionadas a tentar suprir os
problemas emergentes dos trabalhadores rurais. Por isso, dentro da atual conjuntura do
sindicalismo rural, é de fundamental importância a aproximação de novos parceiros junto
aos sindicatos de trabalhadores rurais, devido às suas limitações. Alçando-se a estas novas
funções, com certeza o sindicato por si só não poderia suprir a todas as necessidades dos
trabalhadores rurais.
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5. ASSOCIATIVISMO, COOPERATIVISMO, SINDICALISMO RURAL E
AGRONEGÓCIO
Para recapitular o conteúdo que você estudou ao longo deste curso, confira na
tabela abaixo uma síntese do conceito e da finalidade de cada uma das formas de
organização rural.
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Organização Associação Cooperativa Sindicato
Critérios
Conceituação
Sociedade civil sem Sociedade civil com fins Sociedade civil sem
fins lucrativos. econômicos, sem objetivo de fins lucrativos.
lucro.
Objetivos Promover a defesa dos Viabilizar e desenvolver as Representar e
interesses de seus atividades de consumo, defender os interesses
associados; produção, crédito, prestação econômicos e
Estimular a melhoria de serviços e profissionais dos que
técnica, profissional, comercialização, de acordo exercem a mesma
cultural e social dos com os interesses dos atividade ou
associados; Prestar cooperados. profissão.
serviços. Atuar em nível de mercado;
Formar e capacitar seus
integrantes para o trabalho e a
vida em comunidade.
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Receita Contribuições sociais, Percentual da produção a ser Contribuições dos
doações, legados, fixado e taxa de serviços sobre sócios definidas por
subvenções e taxas de as operações com cooperantes lei: Contribuição
serviços. e terceiros. Sindical,
Confederativa ou
Assistencial.
Anuidades, prestação
de serviços, doações,
subsídios,
subvenções.
Destino do Como não tem objetivo Após decisão da Assembleia Como não tem
Excedente financeiro, o saldo de Geral, as possíveis sobras objetivo financeiro, o
caixa é utilizado para as podem ser divididas saldo de caixa é
atividades da proporcionalmente à utilizado para as
associação. participação de cada atividades do
cooperante. É obrigatória a sindicato.
destinação de 10% para os
fundos de reserva e 5% para os
fundos educacionais.
Remuneração Os dirigentes não têm Pró-labore definido pela Os dirigentes não têm
dos Dirigentes remuneração pelo assembleia geral. remuneração pelo
exercício de suas exercício de suas
funções, mas podem funções, mas podem
receber o reembolso das receber o reembolso
despesas realizadas para das despesas
o desempenho de seus realizadas para o
cargos. desempenho de seus
cargos, as chamadas
verbas de
representação.
Tributação Deve fazer anualmente Não paga Imposto de Renda Deve fazer
a declaração de isenção sobre suas operações como os anualmente a
de Imposto de Renda. associados. Deve recolher o declaração de isenção
Imposto de Renda na Fonte de Imposto de Renda.
sobre operações com terceiros.
Paga as taxas e impostos
decorrentes das ações
comerciais.
Destino do Em caso de dissolução, Em caso de dissolução, após a Em caso de
Patrimônio após a liquidação das liquidação das dívidas, o dissolução, após a
dívidas, o remanescente remanescente é dividido entre liquidação das
é transferido para os sócios. dívidas, o
entidades afins. Em caso de liquidação, os remanescente é
sócios são responsáveis pelas transferido para
dívidas que deverão ser pagas, entidades afins.
com o capital correspondente,
à sua cota-parte, quando o
ativo for insuficiente para
liquidar o passivo.
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REFERÊNCIAS
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