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RELATÓRIO DE GESTÃO 2017

RELATÓRIO DE GESTÃO 2017

Brasília, 2018
Presidente
06 QUEM
SOMOS?

06
Márcio Lopes de Freitas
. 08 Mensagem do Presidente
Superintendente
Renato Nobile . 10 Mensagem da Diretoria

Gerente-Geral da OCB

12
Tânia Zanella

Gerente Geral do Sescoop


NOSSOS
DESAFIOS

14
Karla Oliveira

10
Endereço
Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco I
 . 14 Apoiar as cooperativas
CEP: 70.070-936 – Brasília-DF na sua inserção em mercados
Tel.: (61) 3217-2119 – Fax: (61) 3217-2121
www.somoscooperativismo.coop.br
E-mail: ocb@ocb.coop.br . 28 Contribuir para o
aperfeiçoamento do marco

12
regulatório do cooperativismo
e induzir a implementação de
políticas públicas
RELATÓRIO DE GESTÃO 2017

RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO 2017


. 56 Fortalecer a representação
RELATÓRIO DE GESTÃO 2017 RELATÓRIO DE GESTÃO 2017

56
política e institucional do
RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2017 cooperativismo

Realização . 74 Fortalecer a imagem do Sistema


Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) OCB e divulgar os benefícios do
Coordenação cooperativismo
Tânia Zanella, Gerente-Geral
. 86 Fomentar, produzir e disseminar
Equipe Técnica
Daniela Lemke – Gerente de Comunicação conhecimentos para o
cooperativismo brasileiro
Aline Oliveira, Clara Maffia, Fabíola Nader,

0
Fernanda Belisário, Gabriela Prado, Iago
Carvalho e Tatiany Fonseca

100

10
INVESTIMENTO
EM PESSOAS
PROJETO EDITORIAL

74
. 102 Desenvolver continuamente as
competências dos colaboradores

112 RESULTADOS
Edição – Guaíra Flor
Projeto gráfico – Chica Magalhães FINANCEIROS
Textos – Fredson Charlson, Kelly Ikuma e
Naiara Leão
Lettering – Ana Paula Costa
Revisão – Luciana Pereira
MENSAGEM
DO PRESIDENTE

cooperativas, criadas para melhorar a vida das comunidade, garantindo maior visibilidade às
pessoas, a melhor medida de desempenho é ações de responsabilidade social realizadas por
o aumento do número de cooperados. Afinal, nossas cooperativas em todo o país.
nosso principal capital é a confiança da so-
Fortalecidos por essa e por outras experiên-
ciedade — um reflexo claro do trabalho desen-

É TEMPO
cias, decidimos lançar no fim do ano o movi-
volvido por nossas cooperativas e do retorno
mento SomosCoop, criado com dois objetivos
dado por elas a cada um de seus cooperados.
estratégicos. O primeiro é conscientizar as
Foi o que constatamos também em 2017, ape-
pessoas sobre a importância do cooperati-

DE AGIR!
sar de toda a crise econômica. O número de
vismo para o desenvolvimento do Brasil. O
cooperados vem crescendo a cada ano no Bra-
segundo é aumentar ainda mais o orgulho e a
sil. Estamos próximos dos 14 milhões.
sensação de pertencimento de quem já abra-
Outro destaque de 2017 foi o reconhecimento çou essa nova maneira de gerar trabalho e
internacional da capacidade de as coopera- renda. Esses desafios fazem da nossa missão
“NÃO PODEMOS FICAR PARADOS, ESPERANDO A ECONOMIA MELHORAR
tivas brasileiras gerarem resultados e trans- e que serão prioridade em 2018.
OU O CENÁRIO POLÍTICO SE DEFINIR PARA COMEÇAR A ABRIR formações positivas para a sociedade. Fomos
CAMINHOS. COMO BONS COOPERATIVISTAS, SABEMOS QUE É PRECISO um dos quatro países convidados a falar na Para nós, o ano que começa é de trabalho in-
ARREGAÇAR AS MANGAS E AGIR POR CONTA PRÓPRIA, CRIANDO — NÓS Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a tenso. Enquanto representantes do cooperati-
MESMOS — NOVOS EMPREGOS, NOVAS FORMAS DE GERAR RENDA E importância do nosso movimento para a sus- vismo, temos compromisso de apresentar aos
NOVAS OPORTUNIDADES PARA NOSSAS COOPERATIVAS.” tentabilidade do planeta, com Índia, Japão e presidenciáveis as necessidades das cooperati-
Noruega. Foi um momento único para o coo- vas brasileiras e de conscientizar os cooperados
perativismo do Brasil. Por isso fiz questão de sobre a importância do voto. Além disso, para a
Há uma frase de Mahatma Gandhi que resume novas formas de gerar renda e novas oportuni- destacar: quem estava ali não era a OCB ou equipe da OCB, é tempo de preparar o XIV Con-
muito bem o atual momento do cooperativismo dades para nossas cooperativas. Ninguém fará Márcio Lopes de Freitas; quem estava falando gresso Brasileiro de Cooperativismo, previsto
brasileiro: “Seja a mudança que você quer ver isso por nós, tampouco resolverá nossos pro- para lideranças mundiais eram as 6.600 coo- para ocorrer em 2019. É um evento emblemáti-
no mundo”. Depois de uma vida acompanhan- blemas mais bem do que nós mesmos. perativas brasileiras, pois são elas que estão co, pois nele serão discutidos os caminhos que
do as idas e vindas da política e da economia, diariamente plantando sementes de mudança iremos percorrer, juntos, para fazer com que o
percebi que o desenvolvimento virá do esfor- Essa postura empreendedora e destemida tra- cooperativismo seja reconhecido pela socieda-
nos quatro cantos do Brasil. E cada ação rea-
ço de pessoas comuns. Somos nós — eu, você rá resultados concretos para nossa sociedade de por sua competitividade, integridade e capa-
lizada por uma cooperativa — seja ela grande
e os nossos vizinhos — que iremos colocar o e economia. Alguns deles já começaram a ser cidade de gerar felicidade para as pessoas. Os
ou pequena — contribui para deixar a sociedade
Brasil de volta nos trilhos. Não podemos ficar percebidos, mas precisam ser avaliados dentro brasileira mais justa, mais ética e mais susten- primeiros passos — como você verá nas páginas
parados, esperando a economia melhorar ou o de uma lógica cooperativista. Pense comigo: tável. O programa Dia C, Dia de Cooperar — que desse relatório — já foram dados.
cenário político se definir para começar a agir. se as empresas tradicionais são criadas para apresentamos como exemplo na ONU e na As-
Um ano produtivo para todos!
Como bons cooperativistas, sabemos que é dar lucro, nada mais justo do que medir a per- sembleia Geral da Aliança Cooperativa Inter-
preciso arregaçar as mangas e abrir caminhos, formance de um ano pelo resultado financeiro nacional, reúne essas iniciativas. Ele funciona MÁRCIO LOPES DE FREITAS
criando — nós mesmos — novos empregos, obtido ao longo do período. Já nas empresas como um marco do nosso compromisso com a Presidente do Sistema OCB

8 9
MENSAGEM
DA DIRETORIA

NÓS, DO SISTEMA OCB, QUEREMOS PARTICIPAR DA CONSTRUÇÃO


DE UM PAÍS MELHOR. QUEREMOS GOVERNANTES E REPRESENTANTES
COMPROMISSADOS COM O CIDADÃO E COM A POLÍTICA — AQUELA
COM “P” MAIÚSCULO, CRIADA PARA FACILITAR E MELHORAR A VIDA EM
SOCIEDADE, BUSCANDO O BEM COLETIVO ACIMA DO INDIVIDUAL.

com o cidadão e com a política — aquela com Organização das Nações Unidas (ONU) — de ala-
“P” maiúsculo, criada para facilitar e melhorar vancar o desenvolvimento sustentável de uma
a vida em sociedade, buscando o bem coletivo nação. E o Brasil, mais do que nunca, precisa da
acima do individual. Precisamos de governos nossa força para voltar a crescer.
que apoiem e fomentem o crescimento dos se-
Terminamos essa mensagem com um recado
tores da economia que trabalham pelo desen-
para nossas cooperativas: é muito importante

QUEREMOS VER
volvimento do Brasil – setores como o nosso
continuarmos unidos em 2018. Todas as con-
que, apesar da crise econômica e política, têm
quistas da OCB nos últimos anos são fruto do
conseguido crescer, melhorando a qualidade
trabalho em equipe entre a unidade nacional,
de vida das comunidades nas quais estão lo-

O BRASIL MUDAR
as unidades estaduais e a base cooperativista. E
calizados.
esse trabalho engloba não somente a OCB, mas
Ampliamos nossa participação de mercado em o Serviço Nacional de Aprendizagem do Coope-
diversos ramos? Com certeza! Esse desenvolvi- rativismo (Sescoop) e a Confederação Nacional
mento é fruto direto da mobilização gerada por das Cooperativas (CNCoop). Somos um siste-
nossas lideranças e da credibilidade acumulada ma com três instituições. Cada uma delas tem
O cooperativismo é a nossa bandeira. Tudo o Estamos falando de mudanças que indepen- pela OCB. Nossas cooperativas de crédito, por objetivos bem definidos, mas compartilham um
que fazemos gira em torno das cooperativas dem de legendas políticas, agendas partidárias mesmo desafio: tornar as cooperativas brasilei-
exemplo, já crescem quase duas vezes mais que
e dos cooperados brasileiros. Justamente por ou chapas criadas para disputar as próximas
os bancos comerciais e nossos cooperados res- ras reconhecidas por sua competitividade, inte-
isso, no papel de representação que exerce- eleições. A transformação que as cooperativas
pondem por quase metade da produção agríco- gridade e capacidade de gerar felicidade para as
mos, fazemos questão de manter uma postu- brasileiras querem é maior e muito mais pro-
la brasileira. E podemos fazer muito mais. Para pessoas. E a melhor maneira de fazer isso é con-
ra independente e suprapartidária em relação funda. E ela abrange as esferas federal, esta-
isso, precisamos contar com um conjunto de po- tinuando a atuar de forma sistêmica e colabora-
aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. dual e municipal.
líticas públicas capazes de nos deixar mostrar os tiva, lado a lado, em todos os momentos.
E, munidos dessa mesma postura, nós — da Di- Como cooperativistas, temos enorme prazer diferenciais do nosso modelo de negócio. Afinal,
A todos vocês — que assim como nós são
retoria da Organização das Cooperativas Bra- em colaborar para a construção de um país me- o cooperativismo é um movimento comprovada-
COOP —, o nosso muito obrigado!
sileiras — usaremos esse espaço para defender lhor. E queremos fazer isso lado a lado com go- mente transformador, que carrega consigo um
mudanças urgentes no Brasil. vernantes e representantes compromissados imenso potencial — reconhecido inclusive pela A Diretoria

10 11
1 OBJETIVO FINALÍSTICO
APOIAR AS COOPERATIVAS NA
SUA INSERÇÃO EM MERCADOS

INTERCOOPERAÇÃO
ESTRATÉGICA
ESTAMOS TRABALHANDO, DENTRO E FORA DO SISTEMA COOPERATIVISTA,
PARA PROSPECTAR NOVAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS PARA AS
COOPERATIVAS DO SISTEMA OCB

Inovação é a palavra-chave do momento. Che- Em 2017, fizemos nosso dever de casa e traba-
gou a hora de aprimorar processos, buscar no- lhamos para alavancar a participação de merca-
vas oportunidades, abrir a cabeça para o futu- do de nossas cooperativas. Para tanto, criamos
ro. Apesar de as cooperativas terem ciência dos novos canais de negociação e oportunidades de
riscos inerentes a qualquer atividade econômi- negócios entre cooperativas e das cooperati-
ca, somos abertos ao novo e à busca de novos vas com potenciais compradores. Além disso,
caminhos para enfrentar incertezas políticas e geramos informações que estão ajudando os
oscilações mercadológicas, como as do ano que gestores cooperativistas a tomarem decisões
passou. Essa disposição para abrir caminhos táticas e estratégicas com mais confiança e as-
também está no DNA da Organização das Coo- sertividade. Foi o caso, por exemplo, do supor-
perativas Brasileiras. te técnico dado pela OCB às cooperativas de

14 15
NOSSOS DESAFIOS

MERCADO
infraestrutura interessadas em ingressar em oportunidades de mercado da área técnica à NOSSOS RESULTADOS
uma nova modalidade de geração de energia: a habilidade de abrir portas e criar relaciona-
compartilhada. mentos do time de relações institucionais.

INTERNO 4
Também aproveitamos os últimos meses para O segundo projeto é a realização de um curso
desenhar dois novos projetos inovadores, on-line para ensinar o passo a passo da exporta-
com lançamento previsto para 2018. O pri- ção às cooperativas interessadas na internacio-
meiro é a implementação de um Núcleo de nalização de seus produtos, principalmente as cooperativas
brasileiras
Mercados, dedicado a identificar e criar novas de pequeno e médio porte. As aulas estão sendo Existe um novo mercado abrindo-se para as
estão na lista das 300
oportunidades de negócios para as coopera- desenvolvidas em parceria com a Fundação Uni- cooperativas brasileiras. Você sabia que, se maiores do mundo,
tivas brasileiras. Essa nova célula de trabalho med e têm o lançamento previsto para o primeiro começar a gerar sua própria energia — seja ela além da Unimed
atuará de forma intercooperativa, envolvendo solar, eólica ou de outra fonte renovável —, terá do Brasil. São elas:
semestre de 2018. Coopersucar, Coamo,
as equipes das gerências Técnica e Econômica direito a abater esse montante da sua conta Sicredi e C. Vale.
e de Relações Institucionais do Sistema OCB. Conheça, a seguir, um pouco do muito que rea- de luz no fim do mês? Agora, imagine o quan- (Fonte: World Cooperative
Com isso, uniremos duas expertises comple- lizamos em 2017 para apoiar as cooperativas em to você pode ganhar (ou pelo menos deixar de Monitor, ACI, 2016)

mentares: a capacidade de identificar novas sua inserção em novos mercados. gastar) se constituir uma cooperativa de gera-

95%
ção de energia com outras pessoas dispostas a
fazer o mesmo.

A OCB já percebeu o potencial desse novo se- dos municípios


tor e está investindo no fortalecimento e no fo- brasileiros são atendidos por
cooperativas de crédito.
mento das chamadas cooperativas de geração
Além disso, em 564
distribuída. Os resultados já estão aparecendo cidades somos a única
com a clareza de um holofote: em 2017, ultra- instituição financeira
presente.
passamos a marca de 51 cooperativas que op-
(Fonte: Banco
VISÃO ESTRATÉGICA taram pelo sistema de compensação (micro e Central do Brasil)
minigeração distribuída). Esse grupo beneficia

22
Três linhas de ação servem como diretriz à OCB nesse cerca de 150 unidades consumidoras, produzin-
importante desafio: do mais de 5Mwh de energia — quantidade su-
ficiente para gerar uma economia de cerca de
1. Promover a realização de negócios e ações conjuntas
R$ 7 milhões por ano para esses cooperados. milhões de
entre cooperativas. brasileiros são atendidos por
Vale destacar: das 51 cooperativas que hoje operadoras cooperativas
2. Promover rodadas de negócios, missões, visitas técnicas (médicas e odontológicas).
geram sua própria energia, 26 começaram a
e participação em feiras nacionais e internacionais. (Fonte: ANS)
operar em 2017 (50%). Esse trabalho insere as
3. Desenvolver, fomentar e disseminar estudos e pesquisas cooperativas de diversos ramos na compensa-
sobre mercados. ção de energia, contribui para a diversificação

16 17
NOSSOS DESAFIOS

da matriz energética brasileira e também para


CONHECIMENTO É LUZ e com a Cooperação Alemã para o Desenvolvi-
mento Sustentável (GIZ), ambas reconhecidas
A OCB foi convidada, ainda, a palestrar em 12
a geração e manutenção de renda dentro do eventos, como o Brasil Solar Power e o Con-
cooperativismo. mundialmente pela experiência no segmento gresso Brasileiro de Geração Distribuída. Em
Gerar informações de qualidade sobre as pos-
cooperativo e pela capacidade de realizar arran- muitos deles, articulamos a participação da
Os benefícios das fontes renováveis são eviden- sibilidades e os desafios de diferentes setores
jos tecnológicos para geração de energias reno- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
tes, tanto para os cooperados quanto para as da economia também colabora com a amplia-
váveis e eficiência energética, respectivamente. estreitando, assim, o laço com a agência regu-
comunidades nas quais novas plantas de gera- ção da participação de mercado das coopera-
Em conjunto, elaboramos a cartilha Coopere e ladora e garantindo, ainda, que as informações
ção podem ser instaladas. Com isso, preserva- tivas brasileiras. gere sua própria energia, publicação disponível apresentadas aos cooperativistas fossem as
-se o meio ambiente e melhora-se a qualidade
Empenhada em posicionar nosso modelo de ne- em nosso site, Somos Cooperativismo. mais fidedignas e atuais possíveis.
de vida de toda a comunidade envolvida. Além
disso, essas cooperativas permitem a criação gócios como referência na geração de energia Para completar, estamos monitorando – com a
de novos postos de emprego e ainda ajudam a distribuída, consolidamos nossa parceria com a DGRV - grupos interessados em constituir coo-
aquecer a economia local. Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV) perativas de geração. Esse trabalho também se EM DEFESA DAS
estende a cooperativas já existentes, indepen- COOPERATIVAS DE LEITE
dentemente do ramo de atuação, interessadas
em gerar sua própria energia. O mercado lácteo demanda atenção redobrada
e nós estamos atentos às suas movimentações.
Ainda de forma intercooperativa, realizamos o
A cadeia de leite é muito sensível a mudanças, e
primeiro workshop sobre geração de energia
uma variação aparentemente pequena de preço
renovável compartilhada e sua distribuição por
cooperativas. O evento, realizado em São Paulo pode causar reflexo significativo aos produtores,
em agosto de 2017, também contou com o apoio à produção e consequentemente à própria ati-
da Associação Brasileira de Geração Distribuída. vidade da cooperativa. Vimos de perto o reflexo
VISÃO ESTRATÉGICA Entre os assuntos abordados estavam o passo a desse processo nas relações comerciais do Brasil
passo para a constituição de uma cooperativa de com países do Mercosul – mais especificamente
A Casa do Cooperativismo acredita que o considerável aumento de preço geração compartilhada, além da apresentação na importação de leite em pó uruguaio. É um pon-
da energia e a crescente crise hídrica levarão cada vez mais pessoas e de casos de sucesso da Alemanha. to polêmico, com impacto direto para os produ-
cooperativas a buscarem fontes de energia alternativas. Por isso, durante tores rurais brasileiros e suas cooperativas, que
três anos, negociamos com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a mobilizou todo o setor, suas entidades de repre-
COOPERE E

inserção das cooperativas no segmento de micro e mini geração distribuída GERE SUA
PRÓPRIA sentação e o governo no debate sobre o tema.
ENERGIA
de energia— o que aconteceu em 2015, com a publicação da Resolução VOCÊ SABIA QUE PODE GERAR SUA

Atualmente, os uruguaios trabalham com preços


PRÓPRIA ENERGIA E QUE ISSO PODE
SER FEITO ATÉ MESMO ATRAVÉS DO
COOPERATIVISMO?

687/2015 da Aneel que regula esse setor.


abaixo dos praticados pelo restante dos países
O potencial de crescimento desse segmento é imenso dentro do do Mercosul, contribuindo para a crise do setor
cooperativismo. Somente no Sistema OCB, somos mais de 6,5 mil no Brasil, uma situação que precisa ser ajusta-
cooperativas, com aproximadamente 14 milhões de associados. E todos http://www.somoscooperativismo.coop.br/
da para garantir a sustentabilidade da produção
esses empreendimentos e pessoas são consumidores de energia e, portanto, publicacao/21/coopere-e-gere-sua-propria- brasileira nesse segmento. Basta dizer que, em
energia>
cooperados em potencial dessa nova modalidade de geração distribuída. 2017, o Brasil foi destino de 86% do leite uruguaio

18 19
NOSSOS DESAFIOS

em pó desnatado de 72% do integral, competin-


do diretamente com a produção nacional. A ta-
ACOMPANHAMENTOS INTERNO E EXTERNO
rifa zero em vigor e a ausência de negociação de
cotas de importação são pontos que reforçam a
As cooperativas Desde 2016, monitoramos semanalmente e mensalmente os dados da balan-
necessidade da atuação da OCB. brasileiras produzem ça comercial de lácteos, apontados pelo Ministério do Desenvolvimento, In-
Preocupada com a situação, a cadeia láctea bra- 16,5 milhões dústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e pelo Ministério da Agricultura,
sileira — respaldada pelas cooperativas de leite, de litros de leite por dia, ou seja, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O principal objetivo do trabalho é reduzir
que representam 35,5% da produção nacional — mais de 6 bilhões de litros por ano. as assimetrias de informação entre as cooperativas, apresentando relató-
organizou-se para sensibilizar o governo sobre a rios com os preços dos principais produtos lácteos, o preço pago ao produ-
Juntas, elas faturam
tor nas principais bacias de produção brasileiras e a projeção dos preços aos
R$ 7,4 bilhões
situação e pleitear um posicionamento em defesa
do segmento. Foram inúmeras reuniões com dis- produtores para 30, 60 e 90 dias.
por ano
cussões técnicas intensas e forte atuação políti-
Fonte: Censo das Cooperativas de
Além disso, em 2017, renovamos o contrato para a manutenção dos relatórios
ca. Amparados pela Câmara do Leite do Sistema Leite do Sistema OCB (nov/2017) do Sistema de Monitoramento do Mercado de Lácteos (SIMLEITE) — indicador
OCB, pelas unidades estaduais, cooperativas e
criado para sanar a deficiência de informações sobre o mercado de lácteos exis-
pela Fecoagro Leite Minas, conseguimos, de fato,
tente na época da realização do primeiro Censo do Leite em 2002. Além de man-
sensibilizar o governo para o problema. Tanto que,
ter o envio desses levantamentos às cooperativas do segmento, trabalhamos
em outubro, o Ministério da Agricultura, Pecuária
na sua reformulação, pensando em tornar o conteúdo ainda mais claro para
e Abastecimento (Mapa) suspendeu temporaria-
os usuários. Neles, apresentamos informações de preço pago ao produtor em
mente a importação do leite uruguaio.
diversos estados, as previsões para o mercado futuro, bem como indicativos de
relações de troca de insumos e do mercado de derivados.

Esses dois estudos, com as informações consolidadas do mercado lácteo,


são enviados para os membros da Câmara do Leite do Sistema OCB e tam-
bém servem de referência para briefings e estudos encaminhados a parla-
mentares. Os dados compilados têm ajudado a subsidiar tecnicamente as
VISÃO ESTRATÉGICA discussões sobre o tema.

Manter as cooperativas de leite no mercado é falar da Vale destacar: no último ano, participamos de debates importantes para o se-
sustentabilidade de uma cadeia de produção. Por isso que a OCB tor. Na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
sempre priorizou a participação efetiva nas negociações setoriais Rural da Câmara dos Deputados, por exemplo, marcamos presença em uma
— como no caso dos debates sobre as importações dos derivados audiência pública para tratar dos principais problemas da cadeia produtiva de
lácteos da Argentina – a favor de uma competição saudável de lácteos e derivados, com a participação de representantes da Câmara do Leite
preços. O intuito é organizar e coordenar a quantidade de produtos do Sistema OCB. Estivemos presentes, ainda, em audiências com o ministro da
importados para estabelecer um equilíbrio de mercado. Com isso, Agricultura, nas quais apresentamos um documento com sugestões de medidas
os produtores de leite e os consumidores dos dois países saem técnicas para disciplinar as importações de lácteos.
ganhando. Afinal, cooperar é sempre melhor do que competir.

20 21
NOSSOS DESAFIOS

CONFIANÇA UM IMPACTO A
MERCADO
on-line que lista 20 categorias com os diver-
sos produtos e serviços exportados pelo se-
EM ALTA MENOS NO BOLSO tor, divulgando o nome, o contato comercial e

EXTERNO
o portfólio de cada uma delas.
O otimismo é um sentimento que preva- Em 28 de agosto de 2017, o Banco Cen-
lece no agronegócio brasileiro. É o que re- tral do Brasil publicou a Resolução A publicação é distribuída a embaixadas, con-
vela o Índice de Confiança do Agronegó- nº 4.593, na qual o Conselho Monetário sulados, organismos internacionais, governos
cio (ICAgro), medido pelo Departamento Nacional (CMN) torna obrigatórios o re- e agências de comércio global. A novidade de
Trabalhando para apoiar as cooperativas bra-
do Agronegócio (Deagro) da Federação gistro e o depósito centralizado de ati- 2017 foi a ampliação do alcance da publica-
sileiras na inserção em mercados internacio- ção, que agora é divulgada em dez línguas:
das Indústrias do Estado de São Paulo vos financeiros e valores mobiliários por
nais, dando maior visibilidade a seus produtos, português, inglês, espanhol, francês, russo,
(Fiesp) e pela equipe da OCB. O indicador, parte de instituições financeiras. Essa
no terceiro trimestre do ano passado, au- decisão reflete diretamente nas coope- a OCB lança anualmente o Catálogo Brasilei- alemão, mandarim, japonês, árabe e farsi. Até
mentou 6,7 pontos em relação ao segun- rativas de crédito, que passam a ter que ro de Cooperativas Exportadoras — anuário então, eram sete idiomas.
do trimestre, ficando em 99,1 pontos. registrar seus Recibos de Depósito Coo-
perativo (RDC), ação que gera um custo
Isso indica uma melhora significativa
a mais ao segmento.
das expectativas, embora o entusiasmo
ainda não tenha retornado aos níveis Sabendo que essa resolução estava sen- BALANÇA COMERCIAL COOPERATIVA
de 2016, quando no mesmo período re- do elaborada, participamos de sua cons-
gistrou 106,3 pontos. De acordo com a trução para que gerasse o menor impacto
metodologia do estudo, uma pontuação possível para o setor, já que a decisão era
acima de 100 pontos corresponde a oti- definitiva por parte do Banco Central do
mismo e abaixo disso indica baixo grau Brasil. Conseguimos, então, atuar no que
venderam produtos US$ Valor total das

250 6,1
de confiança. A recuperação do indica- diz respeito a prazos, ao funcionamento do no exterior em 2017 exportações diretas das
dor foi percebida em todos os segmen- escalonamento, entre outras questões. cooperativas em 2017
tos pesquisados. cooperativas
Avançamos ainda no sentido de firmar uma bilhões
Esse índice de confiança teve início em negociação coletiva para amenizar os cus-
2013 e mensura, por meio de entrevis- tos com o registro. Para isso, buscamos
tas com produtores agropecuários, uma parceria com a entidade registrado-
a percepção econômica em geral do ra B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), sugerindo a
Brasil, além da condição específica do formulação de uma tabela diferenciada de OS PRINCIPAIS MERCADOS CONSUMIDORES DOS PRODUTOS DE COOPERATIVAS
negócio, das indústrias e cooperativas preço para as cooperativas em virtude de BRASILEIRAS SÃO: CHINA (16,1%), ALEMANHA (10,41%), ESTADOS UNIDOS (8,7%) ,
que atuam nos diferentes elos da ca- suas peculiaridades e dos próprios recibos EMIRADOS ÁRABES UNIDOS (5,7%) E PAÍSES BAIXOS (5,5%).
deia. Sua divulgação é trimestral, feita por elas emitidos. Tudo isso visando uma
com os painéis de investimentos e son- economicidade para o Sistema Nacional
dagem de mercados. de Crédito Cooperativo (SNCC). Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC)

22 23
NOSSOS DESAFIOS

A pedido da Aliança Cooperativa


ACORDO BILATERAL DESTINO: MERCOSUL
Internacional (ACI), o catálogo foi
apresentado na Assembleia Geral qualidade
BRASIL – ARGENTINA
or
il
Estamos cada vez mais atuantes nos debates
ras

Melh
da instituição, realizada em Kuala do no B
sobre transporte no âmbito do Mercosul. O con-
CATÁLOGO rica A política vigente de importações do Uru-
Fab

gar
Lumpur, na Malásia. Outra prova BRASILEIRO DE anti a
d
vite para ampliar o acesso do cooperativismo a
de que o mundo está cada vez mais COOPERATIVAS guai tem gerado queda da produção brasilei-
EXPORTADORAS novos mercados, dentro e fora do Brasil, partiu
interessado em conhecer as coo- ‫العربية‬
ra nos últimos anos e colocado em cheque
da Agência Nacional de Transportes Terrestres
中国的 ESPAÑOL PORTUGUÊS ENGLISH РУССКИЙ FRANÇAIS

perativas exportadoras brasileiras. os atuais acordos setoriais da cadeia do leite


(ANTT). Passamos então a compor a mesa dos
E não é para menos, já que em 2017 com a Argentina. Por esse motivo, foi um dos
fóruns de discussão internacional do transpor-
elas comercializaram US$ 6,1 bi- temas discutidos durante as reuniões anuais
te terrestre, espaço no qual apresentamos aos
lhões, com vendas para 147 países, de monitoramento do Acordo Bilateral Brasil
Catálogo Brasileiro de Cooperativas países vizinhos e ao órgão regulador os serviços
segundo o Ministério da Indústria, Exportadoras Argentina para comercialização de leite em
das cooperativas e suas especificidades.
Comércio Exterior e Serviços. En- pó, realizadas nos meses de junho e agosto
http://www.somoscooperativismo.coop.
tre os principais produtos exporta- br/servico/15/catalogo-brasileiro-de- de 2017. Grande parte das cooperativas que operam no
cooperativas-exportadoras
dos destacam-se: carne de frango, transporte internacional está localizada nos
Além disso, foram debatidas as cotas do
café e soja em grão. estados da Região Sul do Brasil e prestam ser-
acordo entre os dois países. Definiu-se pela
viços para países do Mercosul. Elas atuam em
No último ano, 250 (cooperativas, manutenção até maio de 2018, incluindo a
vários segmentos, como o de transporte de
contabilizando as filiais), realizaram cota de até 54 mil toneladas de leite em pó/
eletrodomésticos, farinha de trigo, papel, aço,
exportações diretas: 12 exportaram ano. Durante os debates, levantou-se tam-
madeira, frutas, peixes, entre outros produtos
valores acima de US$ 100 milhões, 9 bém a necessidade de maior celeridade no importantes de exportadores e importadores
com vendas entre US$ 50 e 100 mi- processo de liberação das licenças de im- brasileiros.
lhões; 21 entre US$ 10 e 50 milhões; portação por parte do governo brasileiro e
21 entre US$ 5 e 10 milhões; 74 entre de uma análise da atual conjuntura produti- ENCONTRO DECISIVO — Ainda em 2017, par-
US$ 1 e 5 milhões; e 113 cooperativas va de leite e do mercado de lácteos dos dois ticipamos de uma das mais expressivas reu-
com vendas até US$ 1 milhão. países. niões sobre o tema, que trata da aplicação do
Acordo de Transporte Internacional Terrestre
O Paraná foi o estado com maior O primeiro encontro ocorreu em Buenos Ai- (ATIT). Implementado por meio do Decreto nº
volume de exportações, represen- res, na sede do Centro da Indústria Leiteira 99.704/1990, ele é considerado o principal ins-
tando 42,2% do total cooperativis- da Argentina (CIL), com a presença de inte- trumento regulador da prestação de serviços
ta. Em seguida aparecem: São Pau- grantes da Câmara do Leite do Sistema OCB terrestres de cargas e passageiros, inclusive
lo (22,9%); Minas Gerais (11,4%); e da Confederação Nacional da Agricultura transporte ferroviário entre países do Cone
Santa Catarina (11,4%); e Mato (CNA) representando o Brasil. O segundo foi Sul. Nesses encontros, trataram-se temas
Grosso (1,4%). realizado em Brasília, contando com a parti- como: transporte de produtos perigosos, pe-
cipação do Ministério da Agricultura, Pecuá- sos e dimensões e, ainda, a integração digital
Confira, a seguir, os outros destaques
ria e Abastecimento. de processos.
do ano no mercado internacional:

24 25
NOSSOS DESAFIOS

ROTA COMERCIAL
Sempre de olho em novas oportunidade de
negócios, a OCB — em parceria com o Servi-
ço Nacional de Aprendizagem do Coopera-
tivismo (Sescoop) — organizou três missões
internacionais em 2017 rumo ao Chile, à
França e à Alemanha. A primeira foi promo-
vida pela unidade nacional da Organização e
as outras duas, realizadas pela unidade es-
tadual da Bahia, contando com uma progra-
mação desenhada por nossa equipe.

No Chile, lideranças de cooperativas de


transporte de todo o Brasil participaram SEMPRE DE participar da 77ª edição da Paris Interna-
INTERCOOPERAÇÃO
tional Agrobusiness Show (SIMA) e do Salão
de missão voltada à prospecção de boas
práticas e promoção comercial. O objeti-
OLHO EM NOVAS Internacional de Agricultura, onde foi pos-
NAS AMÉRICAS
vo dos 28 delegados foi conhecer o movi- OPORTUNIDADE sível conhecer o que há de mais avançado
Intensificar o comércio na Rede Interameri-
em tecnologia nesse segmento. Também fi-
mento cooperativista do país, bem como DE NEGÓCIOS, A cana de Cooperativas Agropecuárias, formada
identificar oportunidades comerciais para zeram parte da programação visitas à Em-
as cooperativas de transporte de carga
OCB — EM PARCERIA baixada do Brasil na França e à Câmara de
por organizações cooperativistas da Argentina,
do Brasil, Canadá, Chile, Paraguai, Peru, Uru-
brasileiras. A delegação manteve reuniões COM O SERVIÇO Comércio Brasil/França.
guai e dos Estados Unidos foi outro foco traba-
em Santiago e Valparaíso; vale ressaltar
NACIONAL DE A delegação que esteve na Alemanha conhe- lhado pela OCB. Durante o ano de 2017 foram
que o Chile é um dos principais parceiros
ceu mais sobre o mercado europeu de expor- realizadas duas reuniões da Rede e o grupo tra-
comerciais do Brasil e um dos países la- APRENDIZAGEM DO
tação e importação de produtos, como frutas, balhou na organização de missões de promoção
tino-americanos com o maior Índice de COOPERATIVISMO café, soja e outros bens. O roteiro também comercial entre os países participantes.
Desenvolvimento Humano. Com um PIB
de aproximadamente US$ 445 bilhões, é a
(SESCOOP) contemplou uma visita à Cooperativa Central
A ideia é estimular compras em comum e
Agravis, contato com a Macalea Comércio de
quinta maior economia da América do Sul e — ORGANIZOU Frutas, a Federação Alemã de Café e também
para isso temos incentivado os demais países
a quadragésima terceira do planeta. a elaborar um catálogo semelhante ao nosso,
TRÊS MISSÕES com as importadoras Ruben Atté GmbH e List
indicando onde estão suas cooperativas e o
Já na França e na Alemanha, representan- INTERNACIONAIS & Beisler. Foi um momento de falar sobre as
que elas produzem, levantando também sua
tes de cooperativas agropecuárias da Bahia certificações necessárias e o padrão de qua-
participaram de eventos mundiais do se-
EM 2017, RUMO AO lidade exigido pelos europeus para importar
capacidade de exportação. Estamos falando
de informações importantes para estimular
tor e fizeram visitas para a prospecção de CHILE, À FRANÇA E produtos de outros países – mercado que po-
a intercooperação e o comércio entre os in-
negócios. O grupo teve a oportunidade de deria ser potencializado pelo grupo.
À ALEMANHA. tegrantes da Rede.

26 27
2
OBJETIVO FINALÍSTICO
CONTRIBUIR PARA O APERFEIÇOAMENTO
DO MARCO REGULATÓRIO DO
COOPERATIVISMO E INDUZIR A
IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

VAMOS
CRESCER JUNTOS?
ESSE É O CONVITE DA OCB PARA O BRASIL. AS COOPERATIVAS SÃO UMA
FONTE SUSTENTÁVEL DE EMPREGO, RENDA E FELICIDADE PARA AS PESSOAS.
E, PARA QUE ISSO ACONTEÇA, DEVEMOS CONTAR COM POLÍTICAS PÚBLICAS
E JURISPRUDÊNCIAS QUE RESPEITEM NOSSO MODELO E SEJAM CAPAZES DE
ALAVANCAR O CRESCIMENTO DO NOSSO SETOR.

No cooperativismo ninguém faz nada sozi- República. Justamente por isso, todas as
nho. Sabemos que a coletividade gera resul- cooperativas do Sistema OCB contam com
tados melhores, mais eficazes e produtivos. um time de analistas e gestores trabalhando
Na democracia é a mesma coisa. Sabemos por elas, em Brasília. Essa equipe é monta-
que temas discutidos por diversas vozes ge- da, coordenada e mantida pela OCB, atuando
ram leis, marcos regulatórios e políticas pú- como os olhos, os ouvidos e a voz do coope-
blicas mais adequadas às reais necessidades rativismo junto a quem representa o povo no
do país. E todas essas discussões acontecem, Poder. E nesse importante trabalho contamos
prioritariamente, dentro dos Três Poderes da com o apoio direto das unidades estaduais.

29
NOSSOS DESAFIOS

Um dos desafios desses profissionais é fazer elaboração de leis e políticas públicas. Feito lificada para o cooperativismo – voz que repre- CONGRESSO EM NÚMEROS
um monitoramento sistemático das pautas e isso, levamos nossos pleitos à esfera compe- senta milhares de outras vozes e, justamente Estivemos presentes em 555 reuniões de comissões
discussões do Congresso Nacional, dos nor- tente — exercendo, na prática, o papel legal de por isso, ecoa e se faz ouvida, mesmo em as- e plenários no Congresso Nacional. Confira abaixo
mativos publicados pelo Executivo e dos pro- órgão técnico-consultivo do governo em rela- suntos controversos ou relacionados a outros os principais destaques:
cessos tramitados pelo Judiciário. Assim, o ção ao cooperativismo. setores da economia.
Sistema OCB está sempre por dentro de tudo
Hoje — após mais de quatro décadas de existên- Em parte, esse é um trabalho para abrir novos
o que possa impactar (positiva ou negativa-
cia e atuação ininterrupta —, a OCB está con- caminhos, estimulando a criação de conheci-
mente) o cooperativismo.
solidada como a legítima porta-voz das coo- mento e estruturas especializadas em coope-
A partir desse olhar, identificamos os disposi- perativas brasileiras junto aos Três Poderes. rativismo nos órgãos públicos. Por outro lado,

979
tivos mais relevantes, discutimos com a base Construímos, com cada cooperado e com cada atuamos para tirar pedras de caminhos que já
e realizamos estudos que contribuam para a cooperativa, uma voz forte, clara, direta e qua- existem. Por isso, trabalhamos também pela
alteração e retificação de regulamentações
que não contemplem as particularidades do proposições
acompanhadas
modelo cooperativista.

Confira, a seguir, o que temos feito para garan-


tir que o cooperativismo tenha leis e políticas
públicas que o favoreçam:

VISÃO ESTRATÉGICA

Empenhada em colaborar com a criação de um marco


regulatório favorável ao cooperativismo no Brasil, todos
PODER 402 proposições

LEGISLATIVO
os anos a OCB lança uma publicação que reúne as positivas pautadas
principais pautas e proposições de interesse do setor nos
Três Poderes. Estamos falando da Agenda Institucional
do Cooperativismo, que em sua 11ª edição reuniu 40
proposições legislativas em tramitação no Congresso
A equipe da OCB atua de forma sistemática e
Nacional, 16 temas prioritários junto ao Poder Executivo e
estratégica ao longo de todo o ano para ga-
cinco assuntos de interesse no Judiciário.
rantir uma legislação nacional que favoreça o

89
A agenda revela o pensamento das cooperativas brasileiras sistema cooperativista. Fazemos isso ao apre-
sobre matérias capazes de impactar — positiva ou sentar pautas positivas a deputados federais e
negativamente — nosso modelo de negócios. Um trabalho senadores e também ao solicitar alterações e
de base, criado para ajudar deputados, senadores, correções em dispositivos legais que possam proposições
http://www.somoscooperativismo.
negativas barradas
representantes de governo e juristas a tomar decisões mais prejudicar nosso setor. É um trabalho, ao mes-
coop.br/publicacao/1/agenda-
institucional-do-cooperativismo. conscientes em relação ao cooperativismo. mo tempo, de proposição e de defesa.

30 31
NOSSOS DESAFIOS

Em 2017, cientes da conjuntura de crise políti-


12 TRABALHOS mento e o fortalecimento da economia por meio
ca e econômica do país, atuamos com atenção da oferta de crédito, da geração de emprego e
redobrada para que as proposições em trami- QUE MERECEM SER renda, da formação de poupança e da melhoria
VISÃO ESTRATÉGICA
tação não acarretassem aumento de custo ou COMEMORADOS da qualidade de vida da população”.
qualquer obstáculo ao desenvolvimento das
Antes da aprovação da Lei Complementar Com a aprovação do PLP 100/2011, estima-se
cooperativas em curto, médio ou longo prazo.

1. nº 161/2018, muitas prefeituras que não conta- que a captação de novos depósitos chegue à
Evitamos a votação de 89 proposições negati- ordem de R$ 1 bilhão.
vam com agências de bancos oficiais tinham de
vas para o setor. E conquistamos a aprovação
PLP 100/2011: Operações gerir seus recursos em bancos localizados em
de diversas propostas que melhoram a vida dos Somente o Sescoop pode depositar
Financeiras com Municípios outras localidades. Com isso, perdiam em efi-
cooperados na prática, como a lei que autori- mais de R$ 380 milhões por ano nas
ciência e deixavam de ver esse dinheiro sendo cooperativas de crédito. E esse dinheiro
za cooperativas de crédito a captarem recur- 2018 será um ano histórico para as
aplicado na própria cidade. Sem falar nos ser- será 100% reinvestido na capacitação
sos municipais (Lei Complementar 161/2018, cooperativas de crédito. A partir de
vidores, que precisavam resolver suas questões de profissionais, no fortalecimento da
originada no Projeto de Lei Complementar agora, as prefeituras poderão apli-
financeiras em outros municípios. gestão, no monitoramento de cooperativas
100/2011), entre muitas outras. car seus recursos e gerir suas finan-
ças diretamente nas cooperativas. Até então, e nos programas de responsabilidade
Vale destacar: a nova lei também autoriza as
Esse acompanhamento do Legislativo é uma socioambiental desenvolvidos pelo setor.
conforme o parágrafo 3º do artigo 164 da Cons- cooperativas e os bancos cooperativos a rea-
de nossas mais antigas e principais tarefas.
tituição Federal, esses recursos só poderiam lizarem a gestão das disponibilidades financei-
Só em 2017 monitoramos 979 proposições. Te-
ser captados por bancos oficiais. É um avanço ras do Serviço Nacional de Aprendizagem do
mos uma equipe especializada que acompanha
significativo tanto para cooperativas quanto Cooperativismo (Sescoop). Antes, esse tipo de
a pauta semanal de votações e discussões no do mercado global de seguros e faturam cerca
para o município, que verá o recurso ser aplica- operação não era possível, sendo exclusividade
Congresso Nacional. Produzimos estudos, nú- de US$ 7,8 bilhões por ano, beneficiando 915
do na própria comunidade. de bancos oficiais, o que era um contrassenso.
meros e pareces técnicos que fornecem em- milhões de pessoas, segundo dados da Aliança
basamento para os pleitos apresentados, for- A nova lei foi aprovada por unanimidade no Afinal, como as cooperativas podiam ser impe- Cooperativa Internacional (ACI).
talecendo argumentos e aumentando nosso Congresso Nacional no fim de 2017 e sanciona- didas de gerir recursos que vêm delas mesmas?
Em 2017, sete deputados integrantes da Co-
potencial de persuasão. da sem nenhum veto pela Presidência da Repú-
missão Especial responsável por elaborar pa-
blica no início de 2018. Uma conquista resultan-
Nos últimos anos, também temos fortalecido
nossas relações com as frentes Parlamentar
te de seis anos de trabalho intenso da OCB, das
unidades estaduais, das cooperativas de crédi-
2. recer ao PL 3.139/2015 — que proíbe a consti-
tuição de cooperativas de seguros — estiveram
do Cooperativismo (Frencoop), da Agricultu- PL 3.139/2015 – Cooperativas de em dois seminários internacionais sobre o
to e da Frencoop.
ra (FPA), da Defesa do Sistema S e com outras Seguros tema, no Uruguai e na Inglaterra. Durante es-
bancadas. Somente na Frencoop articulamos Conforme o diretor da Frencoop e autor do pro- ses eventos, foram convidados a participar de
Existe um novo mercado com enorme potencial uma agenda paralela organizada pela OCB e
com 279 membros, sendo 243 deputados e 36 jeto, deputado Domingos Sávio (MG), destacou
na votação no Plenário da Câmara, existem 564 de crescimento para as cooperativas brasilei- pela International Cooperative and Mutual In-
senadores, de diversas bandeiras partidárias e
municípios em que as cooperativas de crédito ras: a área de seguros, na qual ainda não temos surance Federation (ICMIF), órgão setorial da
estados de origem.
são a única instituição financeira. Especialmen- autorização para operar. Mas, se depender da ACI para as cooperativas de seguros. Foi uma
Confira nas próximas páginas as principais con- te nestes locais, elas “promovem o desenvolvi- atuação da OCB, isso deve mudar em breve. Afi- oportunidade de visitarem cooperativas de
quistas do Sistema OCB no Legislativo: nal, as cooperativas são responsáveis por 27,3% seguros e autoridades locais que detalharam

32 33
NOSSOS DESAFIOS

4. 5. 7.
os modelos regulatórios desses países, apre-
sentando uma visão positiva do setor.
PL 827/2015 – Lei de PL 4.860/2016 – Marco Programa de Aquisição de Alimentos
Além disso, a OCB participou de audiência pú-
Proteção de Cultivares Regulatório do Transporte
blica sobre o tema realizada na Câmara dos De- Em 2017, o governo federal propôs um
Rodoviário de Cargas
putados e foi convidada para integrar o grupo de Desde 2015 uma Comissão Especial corte de 98,7% nos recursos do Pro-
trabalho criado pela Superintendência de Segu- na Câmara dos Deputados discu- As cooperativas de transporte estão ofi- grama de Aquisição de Alimentos
ros Privados (Susep) para discutir as atividades te alterações na Lei de Proteção de cialmente contempladas no novo Marco (PAA), reservando a ele somente R$ 4
securitárias exercidas por associações e coope- Cultivares (9.456/97). O grupo estu- Regulatório do Transporte Rodoviário de milhões no Projeto de Lei Orçamentária Anual
rativas. As discussões sobre a regulamentação da a possibilidade de permitir a co- Cargas no Brasil. (PLOA) para 2018. Isso iria, na prática, mitigar um
da participação das cooperativas no mercado de brança de royalties sobre as semen- dos programas mais importantes para a agricul-
seguros continuam em 2018. A OCB trabalhou nessa pauta por mais de
tes ou mudas de cultivares salvas, tura familiar e para a segurança alimentar do país.
um ano, para conscientizar os membros
e estender o direito de propriedade

3.
da comissão a respeito do modelo coo- Após forte mobilização da OCB, com apoio da
até o produto final da colheita. Esse
perativista e garantir que eles aprovas- Frencoop e do Ministério de Desenvolvimento
último ponto, especialmente, preo-
PL 9.206/2017 – Funrural sem texto que viabilizasse o serviço das Social (MDS), o Congresso Nacional aprovou o
cupa a OCB, que prevê a oneração da
cooperativas de transporte de cargas. O PLOA para 2018 garantindo a continuidade do
produção, o aumento da inseguran-
Cerca de 5 milhões de produtores ru- pleito foi atendido e aprovado por uma PAA. O orçamento alcançou R$ 431,4 milhões,
ça jurídica, a quebra de confiança na
rais serão beneficiados pela aprova- Comissão Especial da Câmara dos Depu- superando os R$ 340 milhões de 2017.
relação cooperativa/cooperado e a
ção do programa de regularização tados. As discussões em torno do tema
dificuldade de logística para o escoa- A reviravolta reforçou a importância do programa
dos débitos contraídos por eles com continuam em 2018.
mento da produção. perante legisladores e formuladores de políticas
o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural,
públicas. Mobilizamos parlamentares das comis-

6.
mais conhecido como Funrural. O texto aprova- Dispostos a apresentar o ponto de
sões de Agricultura da Câmara e do Senado, bem
do no Congresso Nacional — derivado do PL vista das cooperativas brasileiras
como representantes Casa Civil. Eles compreen-
9.206/2017 — foi sancionado com 24 vetos pelo sobre o assunto, elaboramos um ma- Lei 13.340/2016 – Renegociação
deram que, quando o governo compra alimentos
presidente Michel Temer, em janeiro de 2018. terial informativo com importantes do Pronaf
para as Forças Armadas, a merenda escolar e ou-
cooperativas do setor (conforme de-
A partir de agora, a OCB e a FPA trabalharão Outra importante conquista de tros fins diretamente de pequenos produtores,
talhado no capítulo 3 deste relatório).
pela revisão e/ou derrubada de alguns dos ve- 2017 foi a derrubada do Veto também fortalece a geração de renda no campo
Além disso, enviamos à Comissão Es-
tos do presidente. No entanto, é importante 38/2016, no Plenário do Con- e combate a insegurança alimentar.
pecial uma carta conjunta, assinada
destacar: apesar dos vetos, a nova lei continua gresso Nacional. Com isso, o go-
por instituições representativas de Além disso, o Congresso Nacional aprovou a
positiva para as cooperativas agrícolas, permi- verno federal está novamente autorizado a
diversos elos da cadeia produtiva. Medida Provisória 759/2016, que originou a Lei
tindo que os produtores optem pela contribui- repactuar as dívidas de cooperativas agro-
Com essa articulação, conseguimos 13.465/2017, que, entre outros assuntos, tra-
ção sobre a receita bruta ou sobre a folha de pecuárias com o Programa Nacional de For-
sensibilizar parte dos membros da tou da regulamentação da venda de produtos
pagamento, além de permitir o parcelamen- talecimento da Agricultura Familiar (Pro-
Comissão, que optaram por não deli- industrializados no âmbito do PAA. A proposta
to dos débitos contraídos por eles até 30 de naf) adquiridas até 31 de dezembro de 2010.
berar a matéria em 2017 e seguir dis- atende a um importante pleito da OCB ao pos-
agosto de 2017. O texto foi reintegrado à Lei 13.340/2016.
cutindo o assunto em 2018. sibilitar a aquisição de produtos beneficiados,

34 35
NOSSOS DESAFIOS

processados e industrializados pela agricultura de assinaturas do requerimento que – após a que prejudicavam o setor cooperativista. En-
familiar, adquiridos por meio do programa. Além ação, não foi apresentado por falta de apoio. tre esses, a proibição da prestação de servi-
disso, prevê a possibilidade de contratação de Esse é um exemplo de como o monitoramento ço de segurança privada por cooperativas de
prestação de serviços e de aquisição de insumos constante e a atuação estratégica conseguem trabalho e a necessidade de que cooperativas
para esse processo. evitar a desvirtuação de recursos destinados de crédito possuíssem os mesmos aparatos
ao setor cooperativista.

8.
de segurança dos bancos convencionais.

A reversão desses pontos deu-se por meio


PL 3.067/2011 – Crédito
Rural e FAT 10. de reuniões de senadores da Frencoop com
membros da Comissão de Assuntos Sociais
Medidas Provisórias – Setor Mineral
(CAS) e o relator, senador Vicentinho Alves
A Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câ-
Os plenários da Câmara dos Deputados e do Se- (TO). Representantes da OCB também parti-
mara dos Deputados aprovou o PL 3.067/2011, que
autoriza o acesso de bancos cooperativos, centrais nado Federal aprovaram as Medidas Provisórias ciparam de audiência pública e apresentaram
e confederações de cooperativas de crédito, além (MPV 789 e 791/2017, que reestruturam o setor propostas de emendas ao texto. O relator
de outras instituições financeiras, aos recursos do mineral. A MPV 789/2017, sancionada como Lei acatou os pleitos no parecer aprovado pela
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para fins de 13.540/2017, altera a forma de cálculo da receita CAS e o texto aguarda votação no Plenário do
concessão de crédito rural. decorrente da Compensação Financeira pela Ex- Senado Federal.
ploração de Recursos Minerais (CFEM). Além dis-
A proposição faz parte da Agenda Institucional do

12.
so, prevê que os resíduos possam ser explorados
Cooperativismo e foi relatada pelo deputado Co- como minério, antigo pleito do Sistema OCB.
vatti Filho (RS), integrante da Diretoria da Fren- O CONGRESSO Já a MPV 791/2017, agora Lei 13.575/2017, cria PL 5.587/2016 – Aplicativos para o
coop. Agora, deve passar pela Comissão de Cons- NACIONAL a Agência Nacional de Mineração, que será uma transporte individual de passageiros
tituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) antes de
APROVOU O importante ferramenta de desburocratização do
ser enviada para sanção presidencial. setor com a liberação eficaz das solicitações de Os plenários da Câmara dos Deputados e do
PLOA PARA 2018
lavra. A OCB atuou durante todo o processo jun- Senado Federal aprovaram o PL 5.587/2016,

9. GARANTINDO A
CONTINUIDADE
to aos relatores, ao governo e à Frencoop para
que as mudanças atendessem aos pleitos das
que regulamenta o transporte remunera-
do privado individual de passageiros. Porém,
PLS 386/2016 – Recursos do Sistema S
DO PAA. O cooperativas de mineração. como os senadores alteraram o texto ante-
riormente aprovado pelos deputados, o pro-
O senador Ataídes Oliveira (TO) formulou reque- ORÇAMENTO
rimento de urgência para a apreciação do Projeto
de Lei do Senado 386/2016, que visa retirar 30%
ALCANÇOU
R$ 431,4 MILHÕES,
11. jeto retornou à Câmara para avaliação.

O tema é crucial para cooperativas de táxi e


dos recursos do Sistema S e transferi-los à Pre- SCD 6/2016 – Estatuto da Segurança
por isso a OCB trabalha para viabilizar a re-
vidência Social. SUPERANDO OS Privada e das Instituições Financeiras
gulamentação dos aplicativos, evitando uma
A OCB, com as unidades estaduais e demais R$ 340 MILHÕES A articulação do Sistema OCB conseguiu rever- concorrência desleal com os taxistas, que têm
Confederações Patronais, articulou a retirada DE 2017. ter os pontos do Estatuto da Segurança Privada uma série obrigações e tributações.

36 37
NOSSOS DESAFIOS

TEMPO DE REFORMAS PEC 287/2016 – Reforma da Previdência


Reforma Tributária PODER
Diante da articulação que tem ocorri-

EXECUTIVO
Ao longo do ano, a OCB acompanhou de
Saiba o que a OCB está fazendo para garantir do para uma ampla Reforma Tributária
perto as discussões a respeito da Refor-
que as cooperativas brasileiras sejam ouvidas no país, a OCB trabalhou em 2017 para
ma da Previdência proposta pelo governo
durante o processo de construção e debate das apresentar as peculiaridades do setor
federal. Após a análise da PEC 287/2016 e
reformas Trabalhista, Tributária e Previdenciária. cooperativo aos legisladores do Con-
dos relatórios apresentados na Câmara A unidade nacional da OCB trabalha dia-
gresso Nacional. riamente junto ao governo federal para
dos Deputados, a OCB, em conjunto com
Lei 13.467/2017– Reforma Trabalhista as unidades estaduais e as cooperativas do garantir que os interesses das coope-
Primeiramente, a OCB reuniu-se com suas
sistema, elaborou documento com posição rativas brasileiras estejam na pauta das
Em julho de 2017, o Congresso Nacional aprovou unidades estaduais para analisar a minu-
favorável e algumas ressalvas à reforma. políticas públicas nacionais. Temos ca-
a Reforma Trabalhista Brasileira e o Sistema OCB ta da Proposta de Emenda à Constituição
Tal documento foi amplamente trabalhado nais de diálogo abertos com diferentes
empenhou-se para orientar as cooperativas so- (PEC) que altera normas do setor tributá-
com a Frencoop e a FPA e divulgado no Le- interlocutores na administração direta —
bre as novas regras e, assim, evitar impactos rio brasileiro. As sugestões de alteração
gislativo e no Executivo. atualmente composta por 28 ministérios
negativos no seu dia a dia, disponibilizando uma foram protocoladas na Comissão Especial
e secretarias com status de ministério — e
cartilha sobre o tema. Acreditamos que o texto e enviadas diretamente para o relator da
Em linhas gerais, entendemos que o pro- também nos órgãos da administração in-
aprovado tenha pontos que merecem ser desta- matéria, deputado Luiz Carlos Hauly (PR).
cesso de desenvolvimento do nosso país direta, que englobam as agências regu-
cados, como importantes avanços para o setor demanda uma reforma que garanta a sus- Além disso, tivemos espaço na Comissão ladoras, autarquias, fundações públicas,
produtivo. Entre esses, a possibilidade da divisão tentabilidade da Previdência Social. Essa Geral realizada no Plenário da Câmara empresas públicas e sociedades de eco-
de férias em três períodos e a flexibilização da deve adotar critérios diferenciados para para debater a reforma, participando das nomia mista.
jornada – importante para o setor agrícola, que trabalhadores rurais e segurados especiais discussões como expositores. Defende-
se organiza em safra e entressafra, por exemplo. e manter a imunidade da contribuição pre- mos a tributação de acordo com o fluxo Por sermos uma instituição supraparti-
videnciária sobre as exportações. da riqueza, evitando a dupla tributação dária, cultivamos um bom relacionamen-
Como destacado pelo presidente do Sistema
das cooperativas. to com tomadores de decisões de todos
OCB, Márcio Lopes de Freitas, “nossa aposta é de O parecer do relator, deputado Arthur Olivei-
os partidos, mantendo as portas abertas
que a nova lei dê mais tranquilidade às relações ra Maia (BA), foi aprovado em maio, na Co-
com o Executivo, independentemente da
de trabalho que já existem”. missão Especial que avalia a PEC 287/2016.
legenda que esteja no poder. Além disso,
A proposta seguiu para a apreciação do Ple-
temos uma equipe reconhecida no meio
nário da Câmara dos Deputados.
político por sua capacidade técnica, vi-
são estratégica e habilidade para propor
CARTILHA
DA REFORMA
TRABALHISTA
boas soluções em prol do desenvolvi-
mento econômico brasileiro. Justamente
por isso, a OCB é frequentemente convi-
dada por ministérios, agências regulado-
A publicação está disponível no site Somos Cooperativismo
LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017
Principais alterações na CLT que vão impactar
a rotina das cooperativas e de seus empregados.
1
(http://somoscooperativismo.coop.br/). ras e outros órgãos públicos a colaborar
na elaboração de políticas públicas.

38 39
NOSSOS DESAFIOS

EM NÚMEROS Esse trabalho de representação inclui, ain- Normativos com impacto para o cooperativismo publicados no DOU e mapeados em 2017:
O cooperativismo está sempre dialogando da, o monitoramento de todas as decisões
com formadores de opinião e com as pessoas do Executivo capazes de afetar, positiva ou Normativos com impacto
Principais órgãos
encarregadas de tomar decisões no governo para o cooperativismo
negativamente, o cooperativismo. Um tra-
federal. Além disso, estamos atentos às decisões
balho que envolve as equipes institucional, Presidência da República 233
e regulamentações capazes de impactar nosso
modelo de negócio. Confira um pouco do trabalho técnica, jurídica, tributária e sindical do Secretaria da Receita Federal do Brasil 191
da equipe da OCB junto ao Executivo:
Sistema OCB. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 139
Agência Nacional de Energia Elétrica 133
Banco Central do Brasil 78

ESTRATÉGIA DEPENDE Ministério do Trabalho 73

29 DE CONHECIMENTO Conselho Nacional de Política Fazendária 51


Ministério das Cidades 46

Toda informação é fundamental para o Agência Nacional de Saúde Suplementar 41


bom estrategista. Justamente por isso a Ministério da Fazenda 36
reuniões com
ministros OCB está sempre por dentro de tudo o que Ministério do Desenvolvimento Social 33
de Estado e acontece nos Três Poderes da República. Ministério de Minas e Energia 28
diretores-gerais
No âmbito do Executivo — além de estar Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário 23
sempre dialogando com os tomadores de Agência Nacional de Vigilância Sanitária 20
decisões e com os principais atores políti- Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços 19
cos — mantemos, desde 2015, um fluxo de Conselho Nacional de Trânsito 19

247
monitoramento do Diário Oficial da União. Câmara de Comércio Exterior 16
Isso garante que, todas as manhãs, tenha- Agência Nacional de Transportes Terrestres 16
mos conhecimento de tudo o que entra em Ministério do Meio Ambiente 16
encontros com vigor – sejam novas leis, políticas públi-
equipes técnicas Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste 16
cas, mudanças regulatórias, alterações no
quadro governamental, criação de fóruns Fonte: Sistema OCB
públicos de debate, e assim por diante.

As informações mais relevantes são com-


Diário Oficial da União (DOU)
partilhadas com os conselhos consultivos

1.609
dos ramos e com as unidades estaduais
Veículo de comunicação encarregado de tornar público todo e qualquer
da OCB, para manter a base informada assunto acerca do governo federal brasileiro. Disponibilizado apenas
das decisões do poder público e solicitar pela internet, possui três seções fixas, que publicam:
normativos com posicionamentos e contribuições. Essas 1. Emendas constitucionais, leis, decretos, resoluções, instruções normativas,
impacto para o portarias e outros atos normativos de interesse geral.
discussões modelam nossas ações e prio-
cooperativismo 2. Atos de interesse dos servidores da Administração Pública Federal.
mapeados no Diário ridades no Executivo. 3. Contratos, editais, avisos e editoriais.
Oficial da União

40 41
NOSSOS DESAFIOS

1.
Sabemos, ainda, que no processo de for- sugestões do Sistema OCB e definiu as regras esforço foi coroado com a publicação da
mulação de leis e políticas públicas, muitas para a aquisição dos produtos processados Resolução 4.597/17, que ajustou o plano,
questões são levadas para audiências ou Regulamentação da aquisição de e industrializados. atendendo aos pleitos das cooperativas e
consultas públicas, presenciais ou on-line. produtos processados, beneficiados do agronegócio.
Por fim, em dezembro o governo federal editou
Dessa maneira, pessoas e entidades inte- ou industrializados no Programa de
o Decreto 9.214/2017, que reforçou a possibi- Esse é um grande exemplo de como a OCB
ressadas são convidadas a se manifestar Aquisição de Alimentos
lidade de agricultores familiares contratarem defende os interesses das cooperativas
antes da decisão final sobre o assunto.
Após um ano de intensas negociações, o gover- prestação de serviços ou adquirirem insumos. O não apenas pautando necessidades, mas
O Sistema OCB participa desse processo no federal regulamentou a compra de alimentos decreto também ampliou o rol de beneficiários revertendo cenários prejudiciais. Foram
registrando e defendendo os interesses processados, beneficiados ou industrializados do programa, possibilitando que os produtos da quatro meses de intensas discussões téc-
dos cooperados na formulação do marco no âmbito do Programa de Aquisição de Alimen- agricultura familiar sejam destinados à rede pú- nicas e constante atuação política em au-
regulatório de cada um dos 13 ramos em tos (PAA). A medida trouxe segurança jurídica blica de saúde, aos estabelecimentos prisionais e diências públicas e reuniões de sensibiliza-
que atuam. A cada semana, mapeamos aos agricultores fornecedores do programa, já às unidades de internação do sistema socioedu- ção. Os itens modificados foram:
audiências e consultas públicas em 30 ór- que esse tipo de compra chegou a ser suspensa cativo, além dos beneficiários tradicionais. ✓✓ Lista de cooperados — havia um entra-
gãos do governo federal, entre ministérios em 2016 pela Companhia Nacional de Abasteci-
Todas essas medidas aprovadas ao longo de ve operacional que pedia uma lista pré-
e agências reguladoras. mento (Conab) após questionamentos do Tribu-
2017 afastaram questionamentos jurídicos a via, a ser inserida no Sistema de Ope-
nal de Contas da União (TCU). A situação vinha
rações do Crédito Rural e do Proagro
Em 2017, foram localizadas e compartilha- afetando cooperativas de todo o país. respeito do direito das cooperativas de agregar
(SICOR). A exigência caiu e foi validado
das com as equipes técnicas 99 audiências valor à produção de seus cooperados e de am-
O questionamento do TCU partiu do fato de ali- o mesmo desenho operacional realiza-
e consultas públicas, publicadas por 17 pliar seu acesso a mercados.
mentos industrializados utilizarem não apenas do pelas cooperativas nas safras ante-
órgãos diferentes. Dessas, 35 tinham im-
matéria-prima ou serviços de agricultores fa- riores.

2.
pacto direto para o cooperativismo e con-
miliares, mas também de grandes produtores.
taram com a nossa colaboração na formu- ✓✓ O prazo de fiscalização e comprova-
A seu ver, isso constituiria um desvirtuamento
lação dos normativos. Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 ção das operações de financiamento
do programa criado para fortalecer pequenos
de insumos passou de 60 para 120 dias
produtores. O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 foi
6 DESTAQUES DE 2017 publicado em maio pelo Conselho Monetário
— a mudança na norma permite às coo-
A OCB trabalhou junto ao Grupo Gestor do PAA perativas anteciparem-se aos prazos
em três medidas provisórias que se concretiza- Nacional (CMN) com normas de crédito rural de compras de insumos, aproveitando
Em um ano de intensas mudanças políti-
ram em 2017. Elas culminaram na promulgação que trariam grandes prejuízos para coopera- as campanhas de vendas de grandes
cas e econômicas, o Sistema OCB mante-
da Lei 13.465/2017, assegurando às cooperati- tivas agropecuárias. multinacionais com preços mais aces-
ve-se empenhado em contribuir com pro-
vas de agricultores familiares o direito de com- síveis.
postas de políticas públicas equilibradas, A OCB, as unidades estaduais, a Frencoop, a
prar insumos ou contratar terceiros para bene-
capazes de promover a inclusão produti- FPA e o Ministério da Agricultura, Pecuária e ✓✓ Operações de comercialização com
ficiar, processar e industrializar os alimentos a
va, o desenvolvimento regional e a moder- Abastecimento (Mapa) entraram, então, em recursos à vista — permissão para que
serem adquiridos pelo PAA.
nização do ambiente de negócios coope- forte mobilização conjunta, que resultou na as operações de comercialização se-
rativista. Confira os principais resultados Meses depois, em setembro, foi publicada a reversão de todos os pontos negativos que fo- jam feitas com recursos obrigatórios,
obtidos junto ao Executivo: Resolução 78/2017, que contemplou diversas ram apontados pela base. O resultado desse com custo financeiro mais acessível.

42 43
NOSSOS DESAFIOS

3.
✓✓ Operações de industrialização com vigor no ato da abertura da audiência pública
é mostrar o mundo cooperativo de perto para
recursos à vista — o mesmo vale para que debateria o tema. Tal ato excepcional pro-
agentes de decisão, tanto para sensibilizá-los
as operações de industrialização. Foi Metodologia de subvenção para tegeu as cooperativas que passariam por revi-
quanto para que eles conheçam as especifici-
permitido que elas sejam feitas com cooperativas permissionárias de sões e reajustes tarifários no período de vigên-
dades e necessidades das cooperativas.
recursos obrigatórios, com custo fi- distribuição de energia elétrica cia da audiência pública, mitigando a retirada
nanceiro mais acessível. dos descontos tarifários para elas. A primeira edição contou com 70 participan-
Graças a uma atuação estratégica da OCB,
tes discutindo temas como perspectivas da
✓✓ Subexigibilidade, faculdades e limites 38 cooperativas permissionárias de energia
saúde brasileira, estrutura e boas práticas
com recursos à vista — eliminação des-
sa exigência para cooperativas – fato
receberão R$ 350 milhões em subvenção do
governo federal. Um valor 25% superior ao ini- 4. de governança cooperativista, tendências da
saúde suplementar, entre outros. Em 2018, o
que prejudicava a contratação de em- cialmente previsto pela Agência Nacional de Projeto Conhecer para Cooperar
objetivo é levar os formuladores de políticas
preendimentos de porte maior. Energia Elétrica (Aneel).
Teve início, em 2017, o projeto Conhecer para Coo- públicas para conhecerem cooperativas nas
✓✓ Limite para integradoras — foi mantido Essa conquista é fruto de um estudo da OCB — perar do Ramo Saúde, promovendo o encontro de cidades de Belo Horizonte, Goiânia, Fortale-
o limite de R$ 400 milhões e eliminado em parceria com a Confederação Nacional das líderes cooperativistas com representantes de za, Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Cam-
o cronograma de redução. Há limites Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop) — pinas. O Conhecer para Cooperar começou
órgãos do governo, como Ministério da Saúde,
diferenciados por produtor para avi- que conseguiu demonstrar a importância do em 2016, com foco no Ramo Agropecuário, e
Conselho Administrativo de Defesa Econômica
tratamento diferenciado para as cooperativas
cultura (R$ 110 mil e R$ 200 mil, no (CADE), Agência Nacional de Saúde Suplementar foi inspirado em outra iniciativa do sistema, o
permissionárias. Resultado? Aprovamos uma
caso de mais de uma cultura) e suino- (ANS) e Banco Nacional de Desenvolvimento Eco- projeto Prospecção de Boas Práticas do Cré-
subvenção permanente para compensar a re-
cultura (R$ 150 mil). nômico e Social (BNDES). O objetivo do projeto dito, desenvolvido em 2012.
duzida densidade de carga do mercado dessas
✓✓ Taxas de juros com recursos à vista cooperativas.
— incluído dispositivo que possibili-
De posse dos estudos sobre o assunto, em janei-
tou reduzir a taxa de juros a partir da
ro de 2017 informamos à Aneel sobre a premente
negociação entre a instituição finan-
ceira e a cooperativa. A perspectiva
necessidade de construção de uma metodologia GT PARA MITIGAR formado por técnicos da OCB e da Secre-

de redução dos custos financeiros é


de subvenção das cooperativas, para garantir o IMPACTO DA RETIRADA DOS taria de Gestão Energética do Ministério de
seu equilíbrio econômico-financeiro. A instalação DESCONTOS TARIFÁRIOS Minas e Energia (MME) .
muito significativa. de uma audiência pública que iria tratar da defini-
ção e aplicação da subvenção da Lei 13.360/2016, O grupo construiu um cronograma de retira-
✓✓ Aquisição dos insumos 180 dias an- Um dos trabalhos desenvolvidos para ajudar
com reflexos diretos na atuação das cooperati- da gradual dos descontos que estabelece um
tes do financiamento — foi prorroga- as cooperativas brasileiras a conseguir uma
vas, estava prevista para ocorrer entre março e limite de 10% por ano para o impacto na con-
da a validade dessa regra até junho de subvenção adequada às suas atividades foi
abril, porém o prazo não foi cumprido. ta de energia dos cooperados. A solução foi
2018, permitindo que ao longo da safra a criação de um grupo de trabalho para mi-
2017/2018 produtores e cooperativas Com isso, a OCB entrou em campo novamente, tigar o impacto da retirada dos descontos aceita pelo ministério e evitou, já no período
continuem utilizando notas fiscais de para evitar que 17 cooperativas fossem prejudi- tarifários, previstos na proposta original da 2017/2018, um desembolso de aproximada-
insumos adquiridos até 180 dias antes cadas por esse atraso, negociando com a Aneel Aneel sobre o assunto. O GT em questão foi mente R$ 2,4 milhões dos cooperados.
do financiamento. que os efeitos da metodologia entrassem em

44 45
NOSSOS DESAFIOS

5. E TEVE MAIS TRABALHO EM 2017...

Confira um resumo de outras atuações e conquistas do Sistema OCB junto ao Poder Executivo:
Prorrogação do Convênio ICMS 100/1997

Atualmente, permanece em vigor a redução da base de


Assunto Resumo Ramos Impactados
cálculo de ICMS, nos percentuais de 30% e 60%, para os
insumos destinados ao uso na agricultura e na pecuá- Nossa equipe foi convidada para integrar o Fórum Nacional
ria, regulamentado pelo Convênio ICMS nº 100/1997 do de Microcrédito, criado pelo Decreto 3.161/2017. Ele faz parte
Inclusão da OCB no do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado,
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
Fórum Nacional de também lançado no último ano, que consiste em ações de Crédito
Microcrédito fomento e apoio às atividades produtivas de empreendimentos
Com a previsão de vencimento do convênio em outubro
de pequeno porte, com ênfase para a expansão da
de 2017, a OCB e diversas entidades de representação se- disponibilidade de crédito.
torial mobilizaram secretários estaduais e governadores
para conseguirem a prorrogação de seus efeitos. O pleito Após a mobilização da OCB, o Conselho Monetário Nacional
(CMN) aprovou que instituições financeiras concedam descontos
dos agricultores e das cooperativas brasileiras agrope-
nos empréstimos lastreados com recursos obrigatórios,
cuárias foi ouvido, e o Confaz celebrou o Convênio ICMS estendendo também às operações do Funcafé. As operações
133/2017, que prorroga as mesmas condições do Convênio Funcafé contratadas a partir de novembro de 2017 permitem que os Agropecuário
encargos financeiros aplicáveis aos financiamentos no âmbito
ICMS 100/1997 até 30 de abril de 2019.
do Funcafé sejam flexibilizados para menos, desde que a redução
seja integralmente deduzida da remuneração da instituição

6.
financeira – atualmente em 4,5% ao ano.

Em 2017, a OCB foi convidado a integrar a Comissão Nacional


Correção da ITG 2004 de Compras de Alimentos da Agricultura Familiar, coordenada
pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDS), e participou
Em 2017, após sete anos de atuação técnica, contábil e de oito Simpósios de Compras da Agricultura Familiar nas
jurídica do Sistema OCB no Conselho Federal de Con- cinco regiões do país. Os seminários discutiram as demandas
dos órgãos públicos e a organização dos fornecedores locais
tabilidade, conseguimos afastar a aplicação do enten- Comissão e
para atendimento desses pleitos. Com isso, conseguimos
dimento consubstanciado na ICPC 14 com a edição da Simpósios de
aproximar o MDS das cooperativas agropecuárias, mostrando Agropecuário
Compras da
Interpretação Técnica Geral (ITG) 2004. oportunidades de venda e abertura de mercados. Uma das
Agricultura Familiar
edições foi organizada pela OCB/ES, em Vitória, quando
Essa norma trata de conceitos, regras e formas de também foi realizado o lançamento do Catálogo de Produtos
escrituração e elaboração das demonstrações contá- de Cooperativas da Agricultura Familiar do estado. Também
criamos um grupo de trabalho com todas as unidades estaduais
beis para as sociedades cooperativas. O maior ganho,
para compartilhar informações específicas sobre as vendas de
contudo, está nas definições trazidas acerca do patri- cooperativas de agricultura familiar.
mônio líquido dessas sociedades, uma vez que estabe-
lece a contabilização das quotas de capital social no
patrimônio líquido das cooperativas e não no passivo,
conforme previa a ICPC 14.

46 47
NOSSOS DESAFIOS

Assunto Resumo Ramos Impactados Assunto Resumo Ramos Impactados

O Ministério da Integração Nacional publicou a Portaria O Conselho Consultivo do Ramo Mineral (CCRM) da OCB
nº 23/2017, estabelecendo que os bancos administradores dos organizou um café da manhã para representantes de órgãos de
Fundos Constitucionais de Financiamento (como FCO, FNO e desenvolvimento e fiscalização do setor, visando à apresentação
FNE) informem aos agentes operadores – entre os quais estão dos pleitos do cooperativismo. Participaram dirigentes e
Aproximação com
os bancos cooperativos – o montante disponível para operações técnicos do MME e do Departamento Nacional de Produção Mineral
MME e DNPM
de crédito. A informação deve ser repassada até 15 de dezembro Mineral (DNPM). Foi uma importante ação de aproximação com
Retificação da
do ano anterior. O normativo revoga a portaria anterior Crédito o poder público, que auxiliou na redação de várias medidas
Portaria 616/2003
(616/2003), que regulava o repasse dos Fundos sem estabelecer provisórias sobre mineração (MPV 789/17, MPV 790/17 e MPV
prazo máximo para envio da informação. Com a demora, as 791/17).
cooperativas de crédito não conseguiam se planejar para utilizar
o recurso disponível em tempo hábil. A mudança é resultado de A OCB iniciou um grupo de trabalho com a Agência Nacional
articulações da OCB e da Frencoop com a Casa Civil e o Banco de Transportes Terrestres (ANTT) para discutir a Resolução
Central do Brasil, além do Ministério da Integração. 4.777/2015, que dispõe sobre o serviço de transporte rodoviário
coletivo interestadual e internacional de passageiros em
Grupo de Trabalho
A OCB acompanhou o processo conjunto de 14 cooperativas regime de fretamento. A iniciativa surgiu da apresentação Transporte
OCB/ANTT
de distribuição de energia elétrica para se enquadrarem de vários pleitos feitos pela OCB, que vê diversos problemas
na Aneel como permissionárias. A partir de discussões e na norma por não contemplar as especificidades do modelo
Processo de
troca de informações, elas optaram por buscar a permissão cooperativista. A agência formou o grupo de trabalho para
enquadramento das
para prestação de serviços de distribuição para o chamado Infraestrutura propor ajustes na resolução.
cooperativas na
público indistinto. Caso contrário, teriam que restringir seu
Aneel
mercado aos consumidores cooperados e só poderiam atender Após ampla discussão técnica com a OCB, o Confaz publicou
consumidores rurais com limite de carga de 112,5Kva, reduzindo o Ajuste SINIEF 18/2017 com Códigos de Operação Fiscal e
40% de seu faturamento. Prestação (CFOP) específicos para sociedades cooperativas.
Os CFOP são códigos de identificação da natureza da
A OCB desenvolveu diversas ações para promover a inclusão Ajuste SINIEF circulação da mercadoria ou prestação de serviço utilizados no
digital no campo por meio do cooperativismo. Primeiramente, 18/2017, celebrado preenchimento do Sistema Nacional Integrado de Informações Agropecuário
trabalhou nas consultas públicas de decretos do Ministério da pelo Confaz Econômico–Fiscais (SINIEF). Até então, as cooperativas eram
Melhoria das Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI) que obrigadas a usar códigos que não descreviam com veracidade
telecomunicações revisarão parte da regulamentação que trata dos investimentos Infraestrutura suas atividades e poderiam gerar desajustes contábeis. Com a
no campo públicos a serem aplicados no setor de telecomunicações. Além mudança, garantimos o enquadramento do cooperativismo nas
disso, avançou com a Frencoop na apresentação de um projeto disposições normativas vigentes.
de lei que visa aumentar as linhas de crédito para cooperativas
de infraestrutura.

48 49
NOSSOS DESAFIOS

A DIMENSÃO DA NOSSA ATUAÇÃO NOS...


Assunto Resumo Ramos Impactados
TRIBUNAIS SUPERIORES
Durante todo o ano, identificamos 156 recursos nas pautas
do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) do Ramos com
Ministério da Fazenda, referente a matérias contábeis e tributárias maior número de
que envolvem cooperativas. Os recursos são de cooperativas de processos julgados:
diversos ramos: crédito, trabalho, transporte, agropecuário, saúde,
Crédito, Trabalho, decisões decisões Saúde.................. 4.204

17.122 7.737
dentre outros. Além disso, atuamos em 16 recursos de cooperativas mapeadas analisadas
Monitoramento e Transporte, Agropecuário..... 1 .261
de crédito, cujos temas foram previamente definidos pelo Conselho
atuação no Carf Agropecuário e
Consultivo Nacional do Ramo Crédito (Ceco): tributação de juros Crédito.................. 1.161
Saúde
ao capital, tributação das sobras e contribuição previdenciária Habitacional............ 653
sobre cédula de presença de dirigentes. As cooperativas de crédito
contam com o apoio técnico e institucional do Sistema OCB para Transporte.............. 159
atuar nesses processos, por meio de despachos de memoriais e
sustentações orais.

TRIBUNAIS DE JUSTIÇA
Ramos com
maior número de
processos julgados:

decisões decisões Crédito.....................636

1.640 Saúde.......................586
mapeadas disponibilizadas
39.310 Agropecuário......... 200

PODER Habitacional............... 95
leis no Congresso Nacional ou de marcos re-
gulatórios no Executivo. Seus textos podem ter Transporte................. 58
trechos ambíguos, lacunas ou, por mais bem

JUDICIÁRIO redigidos que estejam, podem ser questiona-


dos a partir de interpretações que favoreçam
diferentes grupos. As instâncias superiores da
Justiça entram então em ação para unificar um
DESTAQUES DA ATUAÇÃO
O acompanhamento do Poder Judiciário é o
mais recente entre os eixos de monitoramen- entendimento, que deve ser aplicado nos casos NOS TRIBUNAIS SUPERIORES
to e articulação nacional do Sistema OCB. Em em questão e em outros semelhantes.
2017, ampliamos essa atuação acompanhando
as decisões publicadas por Tribunais de Justiça
Em nosso monitoramento, identificamos esses
casos que tramitam na Justiça e que podem im-
1. agrícolas. Ao longo do ano, acompanhamos 706
processos julgados sobre o tema, especialmente
e Tribunais Superiores, e dialogando com juízes, Código Florestal
pactar o segmento cooperativista. Foram 17 mil, nos tribunais dos estados de São Paulo e de Minas
ministros e desembargadores.
só nas instâncias superiores, em 2017. Analisamos O novo Código Florestal foi sancionado em 2012, Gerais, e atuamos como amicus curiae (voluntá-
Isso é necessário porque, muitas vezes, uma parte deles e agimos elaborando novos materiais mas ainda gera muitos debates e polêmicas no Ju- rio para prestar esclarecimentos ao tribunal so-
questão não se encerra com a aprovação de de apoio às áreas jurídicas de cooperativas. diciário com potencial impacto para cooperativas bre questões essenciais ao processo, mesmo não

50 51
NOSSOS DESAFIOS

2.
sendo parte interessada) em quatro ADIs (Ações constitucionalidade dos dispositivos questio-
Diretas de Inconstitucionalidade) em tramitação nados e a importância de se legitimar o com-
no Supremo Tribunal Federal (STF). Nosso objeti- promisso nacional que o Novo Código Florestal Ato Cooperativo
vo é garantir que os avanços legislativos para o traz de assegurar o equilíbrio entre proteção
setor produtivo conquistados no Código por meio ambiental e produção de alimentos. Monitoramos quatro recursos no STF e
da Lei 12.651/2012 não percam a efetividade na in- dois processos no Superior Tribunal de
Em seu voto, o ministro Fux considerou consti- Justiça (STJ) relacionados ao ato coo-
terpretação do Poder Judiciário.
tucional a maioria dos dispositivos que haviam perativo, em que atuamos como amicus
As ADIs tiveram movimentações relevantes sido questionados. A OCB avalia que, ressalva- curiae. O objetivo do Sistema OCB é qua-
em 2017: o início de seu julgamento, com as dos aspectos pontuais, o posicionamento do lificar o debate em favor das cooperativas
sustentações orais das partes e dos amicus relator é favorável para o setor cooperativista, e de seus cooperados.
curiae a leitura do voto do relator, ministro Luiz respeitando a diversidade de direitos – ecoló-
Fux, como amicus curiae, a OCB defendeu a gicos, sociais e econômicos – envolvidos. Nos processos do STJ, houve decisões que
reconheceram a não incidência de PIS e
Cofins sobre o ato cooperativo. Cerca de
60 recursos tramitando no tribunal foram
suspensos e vinculados ao julgamento de
precedentes do STF referentes aos mes-
O ACOMPANHAMENTO
mos tributos.
DO PODER JUDICIÁRIO
É O MAIS RECENTE Já no STF, o ministro Dias Toffoli julgou os
O QUE QUESTIONAM AS ADIs? ADI 4903 – Matéria relativa às hipóteses de
intervenção em Áreas de Preservação Per- ENTRE OS EIXOS DE embargos de declaração no Recurso Ex-

ADI 4901 – O artigo 12 da Constituição Fede- manente (APP) e ao enquadramento nas hi- MONITORAMENTO traordinário (RE) 599.362, decidindo que a

ral (parágrafos 4º, 5º, 6º, 7º e 8º), que trata da póteses de utilidade pública e interesse social E ARTICULAÇÃO incidência do PIS e do Pasep se manteria
redução da Reserva Legal – área de vegetação como autorizadoras dessa intervenção. NACIONAL DO apenas nas cooperativas de trabalho, libe-
natural que deve ser protegida, mas pode ser SISTEMA OCB. EM rando os outros ramos que vinham sendo
ADI 4937 – A instituição das Cotas de Reser-
explorada de forma sustentável. 2017, AMPLIAMOS afetados pela contribuição.
va Ambiental (CRA) e a servidão florestal, por
considerá-las instrumentos de especulação. A
ESSA ATUAÇÃO Em 2018, a OCB seguirá atuando nos REs
ADI 4902 – Temas relacionados à recuperação
CRA consiste em um título normativo repre- ACOMPANHANDO AS 672.215 e 597.315, ambos sob a relatoria do
de áreas desmatadas, como a anistia conce-
dida a quem desmatou antes da aprovação do sentativo de área com vegetação nativa, exis- DECISÕES PUBLICADAS ministro Luís Roberto Barroso, nos quais
Novo Código. Os instrumentos de compensa- tente ou em processo de recuperação. No en- POR TRIBUNAIS DE também figura na condição de amicus
ção previstos determinam, entre outros, que tendimento da ADI, agricultores que não têm JUSTIÇA E TRIBUNAIS curiae. O objetivo é fazer com que os jul-
áreas desmatadas podem ser compensadas Reserva Legal poderão compensá-la adquirin- SUPERIORES, E gadores compreendam as especificidades
pela compra ou pelo arrendamento de áreas do esse título na bolsa de valores. DIALOGANDO COM da relação societária estabelecida entre a
com mata no mesmo bioma. Fonte: STF JUÍZES, MINISTROS E cooperativa e seus cooperados, além dos
DESEMBARGADORES. reflexos tributários dessa particularidade.

52 53
NOSSOS DESAFIOS

3. 4.
• Não caracterização de responsabilidade so-
lidária entre cooperativa singular, coopera-
Diferenciação de empregados de Monitoramento dos Tribunais tiva central e banco cooperativo por ausên-
cooperativas de crédito e bancários cia de previsão legal;
Em 2016, iniciamos um trabalho de moni-
Após um intenso trabalho de sensibiliza- toramento de recursos envolvendo coope- • Legalidade da exigência de aprovação em
ção junto ao Tribunal Superior do Trabalho rativas em decisões junto ao STJ e STF. Em processo de seleção pública de provas e tí-
(TST), o cooperativismo de crédito obteve apenas um ano e meio desse trabalho, de tulos para a admissão de novos cooperados;
importante conquista em 2010. A Orienta- junho de 2016 ao fim de 2017, já mapeamos • Não caracterização de vínculo empregatício
ção Jurisprudencial SDI1-379 TST pacificou mais de 28 mil processos judiciais de coo- entre cooperativa e cooperado por ausên-
o entendimento de que os empregados de perativas e analisamos 7.500 movimenta- cia dos requisitos do artigo 3º da CLT.
cooperativas de crédito não se equiparam a ções processuais.
bancários, para fins do art. 224 da CLT – que
As decisões favoráveis encontradas são
estabelece a jornada de trabalho de seis ho- Nos Tribunais de Justiça:
disponibilizadas por meio do informativo
ras para os empregados de bancos, casas
“Cooperativismo nos Tribunais”. A publica- • Não aplicação do Código de Defesa do Con-
bancárias e da Caixa Econômica Federal.
ção tem servido de apoio aos advogados sumidor nas relações entre cooperado e
Desde então, realizamos um trabalho cons- que atuam nas cooperativas para elabo- cooperativa;
tante de monitoramento das decisões envol- ração de pareceres e atuação processual.
• Aplicação das regras do Novo Código Flo-
vendo a discussão de jornada de trabalho de Já as decisões desfavoráveis nos mostram
restal, em especial as relacionadas a Áreas
empregados de cooperativas de crédito que quais temas precisam ser trabalhados em
de Preservação Permanente (APP) e Reser-
chegam ao TST. Em conjunto com as coope- nossos materiais de apoio e na atuação es-
va Legal (RL);
rativas de crédito, a cada novo julgamento tratégica direta nos tribunais.
em que a aplicação da OJ 379 TST está em EM APENAS UM • Legalidade do voto proporcional em cen-
Entre os principais temas monitorados em
discussão, é realizada uma atuação específi- ANO E MEIO DESSE trais e federações, mesmo após a edição do
2017, destacam-se:
ca junto ao ministro relator do recurso e de- Código Civil.
TRABALHO, DE
mais integrantes da turma julgadora, focado No STF e no STJ:
JUNHO DE 2016
na garantia de manutenção do entendimento
• Não incidência de ICMS sobre transfe- AO FIM DE 2017, JÁ No Tribunal Superior do Trabalho:
de não equiparação.
rência de bens e mercadorias entre ma- MAPEAMOS MAIS DE • Jornadas de trabalho nas cooperativas de
Ao longo de 2017, foram identificados 259 triz e filiais de cooperativas;
28 MIL PROCESSOS crédito, buscando a consolidação da Orien-
recursos tramitando perante o TST envol-
• Constitucionalidade do Funrural do em- JUDICIAIS DE tação Jurisprudencial nº 379 da SBDI-1;
vendo sociedades cooperativas, sendo que
121 destes discutiam os temas monitorados,
pregador rural pessoa física; COOPERATIVAS E
• Tese de inexistência de grupo econômico
tendo havido atuação específica nos julga- • Legalidade na contratação de cooperati- ANALISAMOS 7.500 envolvendo cooperativas singulares, cen-
mentos, com resultado positivo na totalida- va de trabalho para prestação de servi- MOVIMENTAÇÕES trais e confederações de cooperativas de
de dos recursos. ços à empresa varejista; PROCESSUAIS crédito e bancos cooperativos.

54 55
3 OBJETIVO FINALÍSTICO
FORTALECER A REPRESENTAÇÃO POLÍTICA
E INSTITUCIONAL DO SISTEMA OCB

SUA VOZ MAIS


PERTO DO PODER
SABEMOS COM QUEM E COMO FALAR PARA GARANTIR QUE AS DEMANDAS
DO COOPERATIVISMO SEJAM OUVIDAS E CONSIDERADAS POR QUEM DE
FATO TOMA AS DECISÕES NO EXECUTIVO, NO LEGISLATIVO E NO JUDICIÁRIO

O cooperativismo é uma força de mudança no como um órgão consultivo do governo no que diz
mundo. Trabalhamos por uma economia mais for- respeito às particularidades do nosso modelo.
te, mais inclusiva, com comunidades empodera-
Nosso trabalho começa na base. O primeiro
das e um desenvolvimento realmente sustentável.
E sabemos que, para promover essas mudanças, passo é mapear os anseios e as demandas das

é preciso ser ouvido, respeitado e ter capacidade nossas cooperativas, ouvindo o que as lideran-
de subsidiar com informações e dados de quali- ças de cada região do país têm a nos dizer. Fa-
dade os agentes tomadores de decisão. E é exa- zemos essa análise estudando os 13 ramos do
tamente isso o que temos feito em todas nossas cooperativismo, a partir de diálogos democrá-
ações de fortalecimento da representação políti- ticos e descentralizados, como os que aconte-
ca e institucional do cooperativismo, funcionando cem nos conselhos de ramos.

57
NOSSOS DESAFIOS

Elencadas as demandas, com a participa- oficiais do cooperativismo e representá-lo aprender com iniciativas internacionais de su-
ção direta das unidades estaduais, definimos nesses espaços é uma função essencial da cesso. Em 2017, por exemplo, enviamos repre-
quem são os interlocutores mais indicados OCB. Aliás, esse foi um dos principais motivos sentantes das cooperativas brasileiras a 19
para defender esses pleitos junto aos Três para a nossa fundação. países e recebemos três delegações estrangei-
Poderes da República. A partir de então, eles ras. Além disso, sediamos eventos importantes,
passam a representar o cooperativismo (e E para representar esse modelo de negócios da como as plenárias da Reunião Especializada de
consequentemente a OCB) em fóruns con- melhor maneira possível, investimos também Cooperativas do Mercosul e o Seminário Inter-
sultivos, câmaras setoriais e outros espaços em estudos setoriais e prospecções de boas nacional “O Movimento Cooperativista e os Ob-
práticas de gestão, governança e representa- jetivos do Desenvolvimento Sustentável”.
dedicados à construção de programas de
governo e políticas públicas. No Executivo, ção institucional. Para tanto, buscamos infor- Para completar, mais uma vez, elegemos um
por exemplo, participamos de 148 reuniões mar e educar, compartilhando a expertise bra- brasileiro para o Conselho de Administração
desses 70 colegiados. Somos os porta-vozes sileira no cooperativismo, sem jamais deixar de da Aliança Cooperativa Internacional (ACI)
e colaboramos com a conscientização de
REPRESENTAÇÃO
nossas cooperativas sobre a importância de
abraçar — com o Sistema OCB — os 17 Obje-
NO BRASIL
tivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
propostos pela Organização das Nações Uni-
das (ONU) para o mundo. PODER EXECUTIVO
Em 2017, o Sistema OCB manteve-se como re-
VISÃO ESTRATÉGICA ferência em assuntos de cooperativismo junto
ao Palácio do Planalto, aos ministérios e às de-
Você sabia que dois em cada cinco programas governamentais adotados no Brasil mais autarquias do Poder Executivo, em Brasí-
foram desenhados em fóruns de representação, com a participação de diversos lia, e em instâncias governamentais de todo o
setores da economia? A informação é do Instituto de Pesquisa Econômica país. Nossos representantes estiveram em 148
Aplicada (Ipea) e baseia-se nas políticas públicas adotadas no país entre os anos reuniões de 70 conselhos, câmaras temáticas e
de 1994 e 2004. Ciente da importância desses espaços de construção e debate, outros fóruns de discussão e decisão.
a OCB faz questão de participar ativamente de fóruns, grupos de trabalho e
Entenda a importância da ACI
espaços de representação política. Em 2017, por exemplo, esteve nas audiências Marcando presença e atuando como fonte de
Criada em 19 de agosto de 1895, a Aliança consulta qualificada, ajudamos a construir di-
públicas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), onde conseguiu um
Cooperativa Internacional (ACI) foi uma das
tratamento diferenciado para cooperativas permissionárias de energia elétrica primeiras organizações de representação a
versos programas voltados para geração de
que lhes garantiram R$ 350 milhões em subvenção. Já no Congresso Nacional, a participar do Sistema ONU. São mais de 120 renda, inclusão financeira, empreendedorismo e
participação em audiências públicas rendeu um modelo favorável às cooperativas anos dedicados à promoção e à defesa do desenvolvimento regional. Essa constante par-
cooperativismo. A OCB é associada à instituição
de transporte no Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas e a ticipação da OCB no cenário político garante a
desde 1989 e um dos nossos presidentes,
reversão de aspectos do Estatuto da Segurança Privada que poderiam prejudicar Roberto Rodrigues, foi o primeiro não europeu a criação de leis e políticas públicas que e estimu-
cooperativas de trabalho e de crédito, entre várias outras conquistas. presidir a organização (1997-2001). lem o cooperativismo (veja Capítulo 2).

58 59
NOSSOS DESAFIOS

REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E
INSTITUCIONAL EM NÚMEROS

As cooperativas brasileiras têm voz em


70 fóruns e
câmaras temáticas
do governo federal.

1 em cada 2 deputados
da atual legislatura do Congresso Confira o que os parlamentares comentaram
Nacional pertence à Frente Parlamentar
do Cooperativismo. São 243 deputados sobre o cooperativismo em 2017:
e 36 senadores (47% do Congresso
Nacional).
“Às vezes as cooperativas são surpreendidas por normas tributárias ou
jurídicas que não consideram os diferenciais de uma empresa cooperativa
em relação às mercantis. Por isso, é fundamental destacar que o
cooperativismo é responsável pelo desenvolvimento integral não só do
cooperado, mas da sociedade na qual está inserido.”
Deputado Osmar Serraglio, presidente da Frencoop, em 5/4/2017

PODER LEGISLATIVO são 279 membros, sendo 243 deputados e 36 “As cooperativas têm sido fator de desenvolvimento local com plena
senadores de vários partidos e estados. Ta- autonomia para ajustar a sua política creditícia e de gestão da poupança à
manha abrangência faz dela uma das banca- realidade local, com geração e incremento de renda, estimulando a fixação
A expansão do cooperativismo passa, neces-
das mais influentes do Congresso Nacional. A dos jovens nas próprias comunidades.”
sariamente, pela conquista de leis benéficas
boa performance e os resultados obtidos pela Senador Waldemir Moka, em 12/12/2017
para o movimento. Por isso, temos uma equi-
Frencoop têm incentivado a criação de banca-
pe de cientistas políticos que acompanha
das cooperativistas regionais por todo o país. “O cooperativismo é um sistema que talvez possa ser sintetizado com
tudo o que acontece no Congresso Nacional
com potencial de impactar o setor. Uma das duas palavras: inclusão e pessoas. Em especial neste momento de crise em
Hoje, a OCB mantém reuniões periódicas com a
muitas missões desses profissionais é arti- que o país vive, o cooperativismo se apresenta como proposta tática de
Frencoop para discutir estratégias de atuação
cular com deputados e senadores a inclusão valorização do ser humano.”
na defesa de pontos de interesse do segmen-
de dispositivos capazes de beneficiar o coo- Deputado Heitor Scuch, em 5/7/2017
to, identificados a partir de um monitoramento
perativismo, bem como impedir o avanço de contínuo de mais de 979 projetos de lei e me-
leis prejudiciais. Trabalho feito em conjunto “O cooperativismo tem contribuído para a organização e para a
didas provisórias de interesse do nosso setor.
com a Frente Parlamentar do Cooperativis- transparência do país. As assembleias e pré-assembleias das nossas
mo (Frencoop), bancada suprapartidária que E, para realizar esse trabalho, apresentamos cooperativas de crédito são um orgulho.”
defende os interesses cooperativistas na dados e exemplos concretos que mostram o Deputado Evair Vieira de Melo, em 16/5/2017
Câmara dos Deputados e no Senado Federal quanto as cooperativas já contribuem e po-
desde 1986. dem contribuir ainda mais com a economia do “Quero fazer aqui uma referência ao Sescoop: todo esse conjunto de
país. Especialmente em um momento de crise, organizações das entidades empresariais voltadas para o treinamento
Presidida pelo deputado Osmar Serraglio, do empreendedorismo coletivo, inclusão social, profissional, assistência técnica, consultoria e pesquisa presta uma enorme
Paraná, desde 2012, a Frencoop conta com a geração de renda e desenvolvimento regional contribuição para o desenvolvimento do nosso país.”
adesão de 47% dos parlamentares. Ao todo, trazem respostas eficazes. Deputado Angelim, em 10/8/2017

60 61
NOSSOS DESAFIOS

DIRETO NA BASE questões que os originaram são resolvidas. nente sobre o tema. Ao longo de 2017, o grupo
produziu pareceres para casos específicos que
possibilitadas pela atual redação do dispositivo
– poderiam causar às cooperativas agropecuá-
Confira os principais trabalhos desenvolvidos
nesses fóruns intercooperativos: tramitaram Tribunal de Contas da União (TCU) rias, a OCB organizou um grupo técnico com
A intercooperação é o mais sólido alicerce para
com a aplicação da Súmula 281, que restringe a sete importantes cooperativas de multiplica-
o crescimento do cooperativismo e para o for-
Câmara do Leite participação de cooperativas em licitações com ção de sementes e armazenagem.
talecimento da nossa identidade e do modo de
o Poder Público.
pensar cooperativista. E ela ocorre não somen- O GT reuniu-se em quatro ocasiões e elaborou
Por ter questões que se renovam nos marcos
te ao firmarmos relações comerciais; ela acon- um material técnico que acabou por convencer
tece também quando compartilhamos nossas
regulatórios da produção leiteira, é um fórum GT Sistema de Produção Verticalizado
parlamentares e entidades do agronegócio a
ideias e nossos anseios uns com os outros. permanente. Em 2017, ele se reuniu duas vezes,
retomarem a discussão, e possivelmente reve-
em maio e setembro, para debater a conjuntura Ao longo do ano, quatro reuniões foram reali-
Justamente por isso, antes de levar qualquer rem suas posições, em 2018.
da cadeia produtiva e as perspectivas de mer- zadas para discutir especialmente os efeitos da
posicionamento aos Poderes Executivo e Legis-
cado para o setor. O primeiro encontro ocorreu Lei 13.288/2016, que dispõe sobre os contratos
lativo, consultamos a nossa base. É ela que, vi- GT Crédito Rural
em São Paulo, em parceria com as consultorias de integração vertical firmados entre produto-
vendo os desafios do dia a dia, sabe bem o que é
Agroconsult e B3. No segundo, discutiram-se res e indústrias para a produção e o beneficia-
prioritário para nossas cooperativas. Em cinco reuniões realizadas em 2017, o GT
os resultados do Censo das Cooperativas de mento na cadeia de aves e suínos, e também de
elaborou propostas e forneceu subsídio técni-
Um dos principais canais para manter esse diá- Leite e as estratégias para aquisição de grãos outros produtos agrícolas.
co para negociação com formuladores de po-
logo ativo são os Conselhos Consultivos dos e insumos e as ferramentas de mercado futuro. Foi pensado um modelo de estatuto que ga- líticas públicas. Formado por 12 integrantes, o
ramos, composto por técnicos e dirigentes de
ranta a segurança de todos os signatários grupo debate os principais pleitos do coope-
cooperativas. Atualmente existem 11 conse-
GT do Ceco desse tipo de contrato, mesmo que estejam rativismo agropecuário em relação ao crédito
lhos para tratar das especificidades dos ramos
agrupados numa mesma cooperativa. O gru- rural. Sua atuação foi fundamental no pro-
do cooperativismo. Eles reúnem 493 partici- Em 2017, o GT do Ceco, que também é um gru- po também organizou um monitoramento das cesso de revisão do Plano Agrícola e Pecuário
pantes, indicados pelas unidades estaduais po de trabalho permanente, dedicou-se àde- ações estabelecidas pelas Comissões para 2017/2018, por exemplo.
para atuar como porta-vozes das demandas de finição das diretrizes de atuação do Sistema Acompanhamento, Desenvolvimento e Con-
sua região junto à OCB. Os conselheiros dos
Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC), um
ramos nos ajudam a atuar de forma mais as-
ciliação da Integração (Cadec) e pelo Fórum Câmaras Temáticas do Ramo
planejamento que apresentamos neste relató-
sertiva e estratégica.
Nacional de Integração (Foniagro), entidades Transporte
rio, quando falamos do Objetivo Estratégico 5 criadas especificamente para acompanhar e
Em 2017, os Conselhos Consultivos da OCB – que trata do fomento, da produção e disse- mediar questões da produção verticalizada O Conselho Consultivo do Ramo Transporte
reuniram-se 25 vezes para debater 95 temas. minação de conhecimentos para o cooperati- em todo o país. conta com o apoio das Câmaras Temáticas, que
Esses encontros geraram um calendário de vismo brasileiro. são acionadas sempre que surgem questões de
ações anuais, além de projetos de médio e GT de Royalties interesse do setor. Em 2017, foram quatro reu-
longo prazos, os quais contam sempre com GT Participação de niões das Câmaras Temáticas de Passageiros e
a deliberação da Diretoria da OCB. Vale des- Cooperativas em Licitações O PL 827/2015, em discussão na Câmara dos Cargas do Ramo Transporte que contaram com
tacar: sempre que surgem temas que exigem Deputados, propõe alterar a Lei de Proteção de a participação de representantes e técnicos
maior aprofundamento, montam-se Grupos As constantes dificuldades enfrentadas pelas Cultivares para permitir a cobrança de royalties de oito unidades estaduais, de quatro regiões
de Trabalho (GT) para analisá-los sob dife- cooperativas na hora de participar de proces- sobre as sementes ou mudas de cultivares sal- do Brasil. O objetivo foi analisar, propor e de-
rentes perspectivas. Via de regra, são fóruns sos licitatórios, especialmente no Ramo Traba- vas. Diante do impacto que uma cobrança abu- senvolver estudos que subsidiaram o Conselho
transitórios, dissolvendo-se à medida que as lho, motivaram a criação de um grupo perma- siva, insegurança jurídica e má fiscalização – Consultivo do setor.

62 63
NOSSOS DESAFIOS

EM 2017, A OCB...

Representou as cooperativas
brasileiras em
13 organizações internacionais

Viajou com delegações a


19 países
GT Táxi grande potencial de impacto, como o antepro- público e de direito privado. Além disso,
jeto de reforma tributária. Além disso, elaborou elegemos Onofre Cesário Filho, diretor Recebeu representantes de mais de
Em 2017, o GT com representantes de um texto sobre o tratamento tributário adequa-
30 países
da OCB e presidente do Sistema OCB/ em dois eventos internacionais
nove estados brasileiros buscou igualda- do ao ato cooperativo que será trabalhado nos MT, como membro do Conselho de Ad- sediados no Brasil
de de condições de atuação por meio das Poderes Executivo e Legislativo no próximo ano. ministração da Aliança Cooperativa
negociações do PL 28/2017, que regula- Internacional (ACI), que já conta com Foi reeleita para o
Conselho de
menta o transporte remunerado privado GT de Discussões Trabalhistas do Ramo representantes brasileiros há 25 anos.
Administração da ACI
de passageiros. O grupo também aprimo- Crédito Para completar, apoiamos projetos que
rou o projeto da Bandeira Única, um apli- nos orgulham, como a implementação
cativo mobile para captação de clientes, Esse GT analisa questões de direito trabalhista do cooperativismo em Botsuana.
que poderá ser utilizado por cooperativas aplicadas ao cooperativismo de crédito. Ao lon-
go de 2017, dedicou-se primeiramente a estudar Aqui no Brasil, realizamos um semi-
de táxi de todo o país, garantindo maior
o equivocado reconhecimento de vínculo de em- nário internacional e levantamos a
competitividade.
prego diretamente com os bancos cooperativos bandeira dos ODS (Objetivos do De-
de trabalhadores em cooperativas de crédito senvolvimento Sustentável, definidos
GT Registro, Filiação e países. Foram eles: Equador, Botsuana, Tailândia,
feito por tribunais da Justiça do Trabalho. Em pela ONU) conscientizando os coope-
Contribuições França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Mongólia,
seguida, elaborou um material de orientação — rados sobre a importância de abraçar
México, Inglaterra, Chile, Estados Unidos, Áustria,
Em 2016, o grupo já havia proposto a re- amplamente divulgado no Sistema Nacional de esse movimento mundial. E fizemos
Espanha, Malásia, Argentina, Uruguai, Paraguai e
dação do texto que resultou na Resolução Crédito Cooperativo (SNCC) — com estratégias em conjunto com a ACI.
Portugal. Essas missões buscaram identificar
OCB 49/2016, padronizando os procedi- de atuação processual na primeira instância ju-
Tudo isso nos confirma como referên- boas práticas, bem como oportunidades comer-
dicial, a fim de reverter tal quadro.
mentos de registro para todas as unida- cia mundial em cooperativismo e nos ciais e de cooperação com outros países.
des estaduais. Em 2017, a norma foi apri- aproxima de países parceiros em quem

1.
morada, dando lugar à Resolução OCB podemos nos inspirar. Nas próximas pá-
50/2017. Seu conteúdo foi organizado em
uma cartilha informativa que esclarece REPRESENTAÇÃO ginas detalharemos as principais ações
de um 2017 agitado no que se refere à Missão de cooperativas

NO MUNDO
conceitos e possíveis dúvidas relaciona- representação internacional da OCB: paulistas aos EUA
das ao registro e à contribuição coopera-
tivista, além dos formulários padroniza- Em agosto, a OCB apoiou a realização de uma
dos para realizar esses processos. missão técnica de presidentes de 13 coope-
As cooperativas brasileiras estão vivendo em um MISSÕES AO rativas dos ramos Agropecuário e Crédito do
GT Ato Cooperativo
mundo praticamente sem fronteiras, graças à
excelência de sua produção e também à atuação
EXTERIOR estado de São Paulo aos Estados Unidos. Eles
realizaram visitas técnicas a cooperativas de
do Sistema OCB. Em 2017, cumprimos com êxito
Com a participação de representantes A OCB desenvolve roteiros internacio- Nova York, Texas, Califórnia e Wisconsin, e fi-
a missão de promover o cooperativismo brasilei-
de cooperativas e o auxílio de convida- nais para lideranças cooperativistas, co- zeram um curso de capacitação na renomada
ro como exemplo em todo o mundo.
dos, como assessores jurídicos especia- laboradores do Sistema e unidades esta- Universidade de Wisconsin, que possui o mais
lizados, este GT opinou sobre importan- Visitamos 19 países, participamos ativamen- duais. No ano de 2017, elaborou roteiros ativo centro de pesquisa em cooperativismo
tes proposições legislativas de 2017 com te de 13 organizações internacionais de direito e apoiou missões internacionais a 19 nos Estados Unidos.

64 65
NOSSOS DESAFIOS

de Jovens Produtores de Leite, produzido pela Outro programa de cooperação internacional

2. 4.
Missão de estudos na BVR (Fundo Garantidor
Federação Pan-americana do Leite (Fepale) no
Equador, em abril, com o apoio da OCB. O obje-
que já começa a apresentar resultados foi fir-
mado com Botsuana. Encerramos a primeira
Missão do Sistema
tivo foi trocar experiências e discutir desafios fase do projeto, colocando em funcionamento a
Oceb à Espanha Alemão)
e oportunidades com mais de 200 jovens de Cooperativa de Comercialização dos Hortículas
A OCB, como integrante do Conselho de Administra- toda a América Latina. de Kweneng Norte. Graças aos bons resulta-
A OCB organizou, com o Sistema
ção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédi- dos, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC)
OCEB, uma missão internacional
to (FGCoop), visitou o Fundo Garantidor Alemão (BVR) — órgão vinculado ao Ministério de Relações
de estudos — apoiada pelo Sescoop
Bahia — à Espanha. A delegação, for-
mada por conselheiros e funcioná-
para conhecer o sistema de garantia voltado especi-
ficamente às cooperativas de crédito. Foi possível ver
COOPERAÇÃO Exteriores — já formalizou um convite para que
continuemos o projeto numa nova etapa, vol-

rios do Sescoop Bahia, realizou um


curso de formação de gestores na
como funcionam o monitoramento e o sistema de sa-
neamento daquelas cooperativas que se encontram em
INTERNACIONAL tada para questões específicas de transporte
e armazenamento, e para a abertura de novas
risco no país, com assistências financeira e de liquidez. cooperativas na região.
Universidade Mondragón e visitou
cooperativas agropecuárias, alimen- O acordo com Botsuana foi desenhado pela ABC,

5.
Neste ano, assinamos um Acordo de Cooperação
tícias, de trabalho e de crédito em com nossa participação direta na execucação do
Técnica com o Ministério Federal de Alimentação
Madri. projeto, OCB e Serviço Nacional de Aprendiza-
Visita técnica a Sunchales e Agricultura da República Federal da Alema-
gem do Cooperativismo (Sescoop) juntos, em
nha e a Confederação das Cooperativas Alemãs

3.
parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa
Representantes da OCB e do Sescoop visitaram coo- (DGRV), processo que vai contar com atuação Agropecuária (Embrapa). Desde 2014, enviamos
perativas escolares na cidade de Sunchales, reconhe- conjunta de OCB e Sescoop. A parceria prevê
Missão do Sistema OCB/ES cida como a capital do cooperativismo na Argentina. As
três delegações ao país. Em princípio, com o
ações nas cooperativas agropecuárias para a apoio do governo local, mapeamos produtores
à Europa Ocidental cooperativas da cidade mantêm constante intercâmbio
melhoria da qualidade dos serviços e sistemas com perfil cooperativista. Depois desenhamos
com as de Nova Petrópolis (RS), considerada a Capital
O Programa de Formação de Execu- de controle, tais como treinamentos de audito- um plano de negócios e realizamos ações de for-
Nacional do Cooperativismo. A ideia é estimular as coo-
tivos, realizado pelo Sistema OCB/ES res internos e externos. Os primeiros estados a mação e capacitação. Na mais recente viagem,
perativas educacionais brasileiras a fomentar projetos
em parceria com a Fundação Getulio receberem as atividades são Espírito Santo, Pa- em abril de 2017, a cooperativa entrou em pleno
pedagógicos que abordem o cooperativismo e a atuar
Vargas, levou 27 participantes para raná, Rio Grande do Sul e São Paulo. funcionamento. Essa iniciativa é especialmente
em sintonia com o Programa Cooperjovem, desenvolvido
uma missão internacional à Europa
pelo Sescoop.
Ocidental. O objetivo da viagem foi
capacitar diretores e executivos com Recepção de delegações estrangeiras
uma visão internacional de negócios,
mostrando a prática de modelos de
6.
Encontro Pan-americano de Jovens
AO LONGO DO ANO, RECEBEMOS TRÊS DELEGAÇÕES ESTRANGEIRAS, VINDAS
referência europeus que poderiam DA ÍNDIA, DE MOÇAMBIQUE E DA NIGÉRIA. AS COMITIVAS NOS VISITARAM
Produtores de Leite
inspirar ações em suas organizações. INTERESSADAS EM CONHECER O COOPERATIVISMO BRASILEIRO E SABER MAIS
Com o apoio da OCB, eles percorre- Uma delegação de representantes da OCB e 19 coope- SOBRE SUA PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL DO
ram cooperativas na Alemanha, Ho- rados brasileiros, produtores de leite, com idades en- BRASIL, ALÉM DE ENTENDER MELHOR COMO É O PAPEL DE REPRESENTAÇÃO DO
landa, Bélgica e França. tre 18 e 30 anos, esteve no 3º Encontro Pan-americano SETOR PELO SISTEMA OCB.

66 67
NOSSOS DESAFIOS

importante para o país, que ainda não alcançou internacional durante a Assembleia Geral da Lisboa, Portugal, em maio, com a participação Nesse período, as plenárias da RECM, grupo
a autossuficiência de alimentos e tem pouca ex- ACI realizada em novembro, em Kuala Lam- de dirigentes de cooperativas dos oito países: de integração entre os movimentos coopera-
periência cooperativista. pur, na Malásia. Na ocasião, a OCB apresen- Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Mo- tivistas dos quatro países membros, tiveram
tou a representantes de mais de 90 países o çambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Ti- suas sessões realizadas no Brasil, nas cidades
Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exporta- mor Leste. A pauta da Assembleia Geral contou de Curitiba e Brasília.

FÓRUNS doras, com informações sobre produtos que com o planejamento bianual da organização

6.
exportamos e contatos de cooperativas, dis- e com ações de formação e cooperação, além
INTERNACIONAIS ponível em dez línguas. Também aproveitamos da eleição do novo presidente da Organização,
essa oportunidade para falar do programa de cargo até então exercido por Márcio Freitas. Reuniões do Conselho de
Foram cinco eventos realizados em quatro paí- Administração da ACI e do
responsabilidade social das cooperativas bra-

5.
ses: Brasil, Malásia, México e Portugal. Em to- Conselho da ACI-Américas
sileiras, o Dia C – Dia de Cooperar, a lideran-
dos eles, as cooperativas brasileiras fizeram-se
ças internacionais.
presentes por meio da OCB. Em cada um des- Reunião Especializada de A OCB participou, ao longo do ano de 2017, de
ses fóruns abrimos novas portas e estimulamos Cooperativas do Mercosul no reuniões dos conselhos de administração da
laços de intercooperação internacional. Basta
afirmar que, somente na Assembleia Interna-
3.
Reunião do Comitê Executivo do ICAO
Brasil (RECM) ACI e ACI-Américas. Com sua presença, a OCB
procura apoiar o Brasil em ambos os colegiados,
cional da ACI, nossos produtos e empreendi- Durante o segundo semestre de 2017, o Brasil além defortalecer a representação e coopera-
mentos foram apresentados a representantes assumiu a presidência rotativa do Mercosul. ção internacional com parceiros estratégicos.
Em 2017, a OCB foi a anfitriã da reunião do Co-
de mais de 90 países.
mitê Executivo da Organização Internacional
das Cooperativas Agropecuárias (ICAO), or-

1.
Conferência Regional da
ganização setorial da ACI que representa as
cooperativas do Ramo Agropecuário. O evento
ocorreu em abril, com a participação de repre-
ACI-Américas
sentantes dos movimentos cooperativistas da
A OCB esteve na XX Conferência Regional da Coreia do Sul, do Japão, da Turquia, da Polônia,
ACI Américas, em novembro, no México. O da Índia e da Uganda. As delegações visitaram CONQUISTAS QUE MERECEM DESTAQUE
evento contou com representantes de 20 paí- cooperativas em Brasília e a feira internacional
TecnoShow Comigo, em Rio Verde, Goiás. O Brasil permaneceu no Conselho de Administração da ACI nas eleições de novembro, na Malá-
ses membros da ACI-Américas e debateu o pa-
sia. O diretor da OCB e presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cezário Filho, foi o 6º mais vota-
pel das novas tecnologias nos serviços ofereci-

4.
do para uma das 15 vagas. A OCB tem mantido representantes eleitos na ACI há 25 anos. Com
dos pelas cooperativas às suas comunidades.
isso, colaboramos com o fortalecimento das cooperativas brasileiras como exemplo e referência

2.
Assembleia Geral da OCPLP mundial do setor, abrindo espaços nos quais podemos compartilhar experiências, conhecimentos
e boas práticas cooperativistas. Vale destacar: o Conselho de Administração é o colegiado mais
Assembleia Geral da ACI O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes importante da entidade, decidindo sobre o planejamento, o orçamento e a administração, além
de Freitas, participou da Assembleia Geral da de colaborar com a definição das diretrizes de divulgação e promoção do cooperativismo em
A capacidade de exportação das cooperativas Organização Cooperativista dos Países de Lín- mais de 100 países. Os mandatos de conselheiro têm duração de quatro anos.
brasileiras foi apresentada para um público gua Portuguesa (OCPLP). O evento ocorreu em

68 69
NOSSOS DESAFIOS

REPRESENTAÇÃO acima, foram mais de 1.500 ações realizadas


por 120 mil voluntários, que abrangem toda

SUSTENTÁVEL a tabela de ODS da ONU (veja quadro).

Realizado em âmbito nacional desde 2015,


o Dia C está ganhando visibilidade interna-
As cooperativas brasileiras estão comprometidas com a

1.
cional. No último ano, o programa foi apre-
construção de um futuro mais justo, mais sustentável e sentado na sede da Organização das Nações
mais colaborativo para o nosso planeta. Abraçamos a ini- Unidas, em Nova York, pelo presidente do
Exemplo para o mundo
ciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) de lançar Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a
uma agenda mundial com 17 Objetivos do Desenvolvimento Todos os dias, as cooperativas uma plateia de líderes e formadores de opi-
Sustentável (ODS) a serem cumpridos até 2030. Eles con- brasileiras realizam projetos nião de todo o mundo. Além disso, o Dia C
templam ações nas áreas de erradicação da pobreza, se- de responsabilidade social que foi tema de um painel na Assembleia Geral
gurança alimentar, agricultura, padrões sustentáveis de transformam vidas e trazem da Aliança Cooperativa Internacional (ACI),
produção e de consumo, crescimento econômico inclusivo, sustentabilidade para as comu- realizada na Malásia, dessa vez com a apre-
entre outras. Ao fazê-lo, a ONU espera engajar governos, nidades em que atuam. Cien- sentação do presidente do Sistema Ocemg,
entidades e pessoas do mundo inteiro na construção de um te do imenso potencial trans- Ronaldo Scucato.
futuro melhor para todos. formador dessas iniciativas, o REALIZADO EM
Por perceber que muitos dos princípios e das atitudes coo-
perativistas já se enquadravam nessa proposta — aliando o
Sistema OCB criou uma plata-
forma dedicada a dar maior vi-
sibilidade a esse trabalho que
ÂMBITO NACIONAL
DESDE 2015, O DIA 2.
Seminário internacional – O
crescimento social ao econômico —, a ACI e o Sistema OCB C ESTÁ GANHANDO
acontece durante todo o ano: Movimento Cooperativista e os
aderiram à proposta da ONU desde o lançamento dos ODS, VISIBILIDADE
escolhemos uma data para en- Objetivos do Desenvolvimento
em 2015. Afinal, o cooperativismo também busca melhoria INTERNACIONAL.
volver toda a sociedade nessa Sustentável: Combinando
de comunidades locais, inclusão financeira, erradicação da NO ÚLTIMO ANO, Poder Social e Econômico para
grande corrente do bem que é
pobreza, uso responsável de recursos naturais, entre tan- O PROGRAMA FOI
o Dia de Cooperar, ou simples- um Futuro Melhor
tas outras pautas similares aos ODS. APRESENTADO NA SEDE
mente chamado Dia C.
Isso fica claro na realização do Dia C, um programa de res- DA ORGANIZAÇÃO Em março, em São Paulo, organizamos o
Nos últimos anos, esse evento DAS NAÇÕES UNIDAS, seminário internacional em parceria com a
ponsabilidade socioambiental das cooperativas brasileiras
ocorreu com o Dia Internacional ACI e a Unimed do Brasil. Mais de 200 par-
que estimula iniciativas contínuas e que, só nesse último ano, EM NOVA YORK, PELO
do Cooperativismo, no primei- ticipantes, entre representantes de unida-
concentrou 120 mil voluntários em mais de 1.500 ações. PRESIDENTE DO SISTEMA
ro sábado de julho, realizando des estaduais da OCB e convidados de 30
No ano de 2017, intensificamos um trabalho de conscienti-
OCB, MÁRCIO LOPES
simultaneamente uma série de países, estiveram em painéis que tratavam
zação de nossas cooperativas sobre a importância dos ODS ações cooperativistas de res- DE FREITAS, A UMA justamente da sinergia entre os princípios e
e de realizarmos ações — o que já é natural para nós — de ponsabilidade social, em todo PLATEIA DE LÍDERES a prática cooperativista e os ODS. Na pro-
forma unificada, compondo uma verdadeira força mundial. o Brasil. Assim, já beneficiamos E FORMADORES DE gramação, temas em destaque, como enga-
Confira, a seguir, um pouco do que fizemos ao longo dos mais de 2,5 milhões de pes- OPINIÃO DE TODO O jamento econômico, empreendedorismo e
últimos meses: soas. Só em 2017, como citamos MUNDO. representatividade global.

70 71
NOSSOS DESAFIOS

3. 5.
Seminário internacional na Mongólia
CONHEÇA OS 17 OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA ONU
Portal Coopsfor2030 lançado Eles têm muito em comum com os princípios cooperativistas e com as ações que temos visto
em português Representantes da OCB participaram, em ou- nossas instituições implantarem na prática. O Objetivo 17, “Parceria em Prol de Metas”, é
tubro, de Seminário Internacional promovido praticamente uma tradução do próprio cooperativismo.
A OCB patrocinou a tradução da plataforma
pela ACI em Ulan Bator, capital da Mongólia.
www.coopsfor2030.coop para o português. O
Eles apresentaram o Dia C e as boas práticas
site é uma iniciativa da ACI que compila ações
da Unimed Nordeste Rio Grande do Sul, ven-
adotadas por cooperativas em todo o mundo
cedora da categoria Cooperativa Cidadã do
para a promoção dos ODS. Com a tradução, as
Prêmio SomosCoop 2016 – Melhores do Ano.
cooperativas brasileiras que se cadastrarem
Também estiveram presentes representantes
para as ações do Dia C 2018 também poderão
dos movimentos cooperativistas da China, da
se registrar no portal, demonstrando sua dis-
Coreia do Sul e do Japão.
posição em colaborar para o cumprimento dos
ODS em todo o mundo.

4.
Capacitação da ONU sobre os ODS

Colaboradores do Sistema OCB participaram


em maio, na Tailândia, de curso de capacitação
sobre o papel das cooperativas para o cum-
primento da Agenda 2030, que contém os 17
O OBJETIVO 17,
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. “PARCERIA EM
Além dos brasileiros, havia representantes de PROL DE METAS”,
outros 15 países. O objetivo do curso foi dis-
É PRATICAMENTE
cutir estratégias de cumprimento da Agenda e
trocar experiências e boas práticas de promo-
UMA TRADUÇÃO
ção dos ODS nas cooperativas em diferentes DO PRÓPRIO
partes do mundo. COOPERATIVISMO.

72 73
4
OBJETIVO FINALÍSTICO
FORTALECER A IMAGEM DO SISTEMA
OCB E DIVULGAR OS BENEFÍCIOS DO
COOPERATIVISMO

CONECTADOS
COM VOCÊ
FOI UM GRANDE ANO PARA A COMUNICAÇÃO COOPERATIVISTA. INGRESSAMOS
NAS REDES SOCIAIS COMO SISTEMA, LANÇAMOS UM MOVIMENTO NACIONAL
DE VALORIZAÇÃO DO COOPERATIVISMO E FORTALECEMOS NOSSO
RELACIONAMENTO COM A IMPRENSA BRASILEIRA

Você, assim como nós, acredita que é possível A OCB acredita em tudo isso e tem trabalhado
unir o econômico e o social? Que o legal é fa- diariamente para espalhar esse jeito diferente
zer por você e pelo outro? Que o caminho para de pensar e fazer as coisas e, assim, inspirar
um mundo melhor está na colaboração, na muitas outras pessoas a escolher o coopera-
cooperação? Então você já é cooperativista! E tivismo como um modelo de negócio e de vida.
quem ainda não faz parte de uma cooperativa Temos investido de forma estratégica em co-
certamente vai querer ingressar nessa gran- municação e nosso objetivo é mostrar para
de rede e abraçar, com a gente, um propósito toda a sociedade essa proposta diferenciada.
maior de vida: construir um mundo mais justo, Queremos mostrar que somos, sim, otimistas,
mais feliz, mais equilibrado e com melhores mas também somos empreendedores, somos
oportunidades para todos. colaborativos, somos sustentáveis, somos

75
NOSSOS DESAFIOS

COMUNICAÇÃO EM NÚMEROS inovadores, somos profissionais. É dessa ma- carimbo da campanha em seus produtos, rea- À palavra COOP — que traz em sua representa-
neira que nos colocamos no mercado e na so- lizar palestras, vestir a camisa ou simples- ção um elo, que reflete o espírito de colaboração
ciedade. mente dizer ao mundo o quanto sentem orgu- que impera nas cooperativas — acrescentamos o
lho de ser Coop. verbo SER, para aumentar a sensação de perten-
Nós apostamos no trabalho conjunto para so-

4,1
cimento ao nosso movimento, trazendo nesse
mar forças, vencer desafios e crescer cada vez A ideia é espalhar essa energia e mostrar para
pacote cores que destaquem a nossa brasilidade.
dos perfis do mais. Somos tudo isso e muito mais. Somos- toda a sociedade que o cooperativismo tem
Sistema OCB Coop, e esse é o nome do movimento criado por realmente um propósito diferente, que tem Em nosso movimento, utilizaremos o verbo SER
milhões de no Facebook
e no Twitter nossa equipe com dois objetivos estratégicos: tudo a ver com o que se defende hoje para um de três formas:
visualizações
em 2017. Uma chamar a atenção dos brasileiros para essa futuro melhor. Um modelo de negócio pautado
média de 342 mil 1. É COOP! Para a identificação dos produtos
causa e fortalecer entre nós, que já compramos na cultura da participação e do compartilha-
visualizações por e serviços de cooperativas.
mês. essa ideia, o orgulho de ser cooperativista. mento, que se preocupa com o crescimento
econômico, mas também cuida do social. 2. SOU COOP! Para fortalecermos, em cada
Ainda em 2017, demos mais um passo impor-
um de nós, o orgulho de ser cooperativistas.
tante para modernizar nossa imagem perante A escolha do nome SomosCoop está alinhada,
a sociedade: finalmente ingressamos nas redes estratégica e visualmente, com o movimen- 3. SOMOSCOOP! Para ressaltarmos a essência
sociais com uma estratégia sistêmica. Hoje, te- to cooperativista mundial COOP criado pela do nosso modelo de negócio: a união.

880
mil pessoas
impactadas
por eventos e
publicações que
contaram com o
apoio ou patrocínio
mos perfis em quatro redes sociais: Facebook,
Twitter, YouTube e Instagram. Cada uma delas
trabalha uma estratégia diferente, capaz de nos
Aliança Cooperativa Internacional (ACI) para
falar ao mundo sobre como o cooperativismo
trabalha para um desenvolvimento sustentável
Não importa qual seja o tempo de conjugação,
em todos eles a palavra COOP está presente e
em destaque, trazendo com ela os valores, ideais
auxiliar a fortalecer a imagem do Sistema OCB global, que seja para todos.
da OCB e diferenciais do cooperativismo. Nós Somos-
e a divulgar os benefícios do cooperativismo.
Coop, somos o cooperativismo no Brasil e faze-
mos parte dessa corrente mundial.

MOVIMENTO
SOMOSCOOP
+ de publicadas na A força do cooperativismo agora tem um novo
VISÃO ESTRATÉGICA

100
imprensa nacional #SomosCoop
sobre o Sistema símbolo: SomosCoop, um movimento nacional Somos o
O SomosCoop quer conectar a ideia da cooperação às pessoas,
OCB. Média de cooperativismo no Brasil
a favor do cooperativismo, maior do que uma inspirando novos cooperativistas e reforçando, naqueles que já
matérias duas notícias por Vem com a gente!
marca ou campanha publicitária. Assinado pela compraram essa ideia, um sentimento de pertencimento.
semana, resultado www.somos.coop.br
direto do trabalho OCB e pelo Sescoop, o SomosCoop foi criado Apresentamos o movimento às nossas lideranças e aos nossos
de assessoria para engajar as pessoas nessa causa, em todos colaboradores entre novembro e dezembro de 2017. Na sequência,
os cantos do país, fazendo cada unidade es- passaremos por todas as unidades do Sistema OCB, seguindo para as
tadual, cooperativa ou cooperado abraçá-lo à cooperativas. A sociedade também conhecerá o SomosCoop.
sua maneira. As cooperativas poderão usar um Vamos mostrar histórias reais de vidas transformadas pelo cooperativismo na
websérie SomosCoop e destacar os diferenciais do nosso modelo de negócio.

76 77
NOSSOS DESAFIOS

Em 2017, ampliamos nossa atuação no universo das ou mesmo ajudar a resolver algum problema.
NA NUVEM on-line, apresentando-nos nas mídias sociais
E não vamos parar por aqui! Em 2018, abriremos
como Sistema OCB. O desafio é abrir novos
É fato: não existe ambiente mais podero- nosso perfil no LinkedIn, acompanhando e ana-
canais de relacionamento com a sociedade e
so de comunicação do que a internet. A lisando de perto novos espaços para promover-
com nossos públicos estratégicos – divulgan-
rede mundial dos computadores conecta mos novas interações.
do os benefícios do cooperativismo e fortale-
pessoas, acelera a divulgação dos fatos e
cendo a imagem sistêmica.
proporciona novas formas de relaciona-
mento entre empresas, pessoas, institui- A nossa página no Facebook, que já tinha mais NÓS NA WEB
ções e governos. No papel de represen- de 2 mil fãs e estava voltada a falar especial-
VEM COM A GENTE!
tante do cooperativismo brasileiro, não mente do trabalho que realizamos junto aos Tudo acontece muito rápido na internet. Justa-
www.somoscooperativismo.coop.br podíamos ficar de fora da rede. Três Poderes, passou a ter esse olhar sistêmico, mente por isso o site www.somoscooperativis-
@sistemaocb chamando ainda mais pessoas a conhecerem o mo.coop.br está sempre em atualização.
/sistemaocb cooperativismo. Já nos primeiros seis meses,
dobramos o número de fãs, fechando o ano com Desde que entrou no ar, em outubro de 2016,
/sistemaOCB
mais de 4 mil seguidores, e projetamos dobrar apresentamos aos usuários informações rele-
@diaC vantes de forma clara e objetiva. E mais, esta-
esse número em 2018.
mos atentos às interações, aos retornos e aos
Nosso objetivo é apresentar conteúdos rele- dados de navegação para deixar esse ambiente
vantes sobre o modelo de negócio cooperati- cada vez mais amigável e interativo.
vista, fazendo uma conexão com a atualidade e
Em 2017, preparamos um kit para nossas unida-
chamando atenção para iniciativas de sucesso
VISÃO ESTRATÉGICA e exemplos de vidas transformadas pelo coope-
des estaduais, com exemplos de telas e orienta-
ções para a aplicabilidade desse novo modelo de
rativismo. Todos os temas são pensados e traba-
No Facebook primamos pelo relacionamento com a base site também nos estados. O objetivo, com isso, é
lhados de acordo com a segmentação dos públi-
cooperativista, comunicando — de forma leve — tudo o buscar um alinhamento de discurso também no
cos e com a natureza das plataformas, buscando
que acontece em nosso sistema, e fazemos o mesmo meio digital, tanto visual quanto textual. E vale
sempre promover experiências interessantes.
para falar sobre cooperativismo a novos públicos, ressaltar: consideramos nesse processo linhas de
Afinal, nossa meta é nos posicionar como refe-
também utilizando essa plataforma. O Twitter é um atuação comuns a todo o sistema, mas também as
rência em tudo que diga respeito a cooperativis-
canal para relacionamento com a imprensa, auxiliando particularidades de cada uma das unidades, com
mo no país, inclusive no universo digital.
na divulgação de pautas e notícias. Nosso YouTube é produtos e serviços segmentados e personaliza-
uma vitrine do cooperativismo, apresentando nosso Ah! Como esses são espaços voltados justamen- dos. Isso mesmo! Nosso objetivo é promover uma
movimento à sociedade a partir de histórias reais de te para a exposição de ideias e o relacionamento, comunicação cada vez mais eficiente e integra-
como o cooperativismo é capaz de transformar a vida estamos sempre atentos às interações e prontos da, fortalecendo a imagem do cooperativismo e,
das pessoas. E o Instagram traz imagens das nossas para iniciar uma conversa com os internautas, também, do Sistema OCB, prezando sempre pela
ações de responsabilidade social, com ênfase no Dia C. seja para fornecer informações, esclarecer dúvi- transparência na divulgação das informações.

78 79
NOSSOS DESAFIOS

NO PAPEL, NAS ONDAS públicos. O objetivo é transmitir as men- arquivo completo, mais detalhado, a par-
sagens de forma rápida e precisa, man- tir de um link. Assim, nossos líderes, tanto
DO RÁDIO E NA TV tendo a base cooperada bem informada e dos ramos quanto das unidades estaduais,
conectada com o que está sendo realiza- podem acompanhar de perto tudo que es-
Todo cooperativista sabe: nosso modelo de
do em prol do cooperativismo, em todo o tamos fazendo pelo cooperativismo brasi-
negócios é o mais agregador, o mais sus-
Brasil. Confira: leiro e, ainda, sugerir novas ações. Durante
tentável e o que torna as pessoas mais feli-
o último ano, nas 12 edições do relatório,
zes. Mas o seu vizinho também sabe disso?
divulgamos 1.076 iniciativas estratégicas
E as pessoas à nossa volta? É aí que entra INFORMATIVO SISTEMA OCB
para a base.
nossa equipe técnica, composta por pro-
Estamos sempre empenhados em compar-
fissionais especializados nessa arte de co-
tilhar notícias importantes para o sistema
municar, indicando a melhor maneira de cooperativista brasileiro. E os principais
falarmos com a sociedade e os veículos de
REVISTA SABER COOPERAR NOSSA MARCA,
destaques da semana são enviados todas
comunicação capazes de ampliar o alcance Defendemos uma causa que é de muitos,
NOSSA IMAGEM
as quartas-feiras por e-mail, pelo Infor-
da nossa mensagem. Ciente disso, o Siste- mativo Sistema OCB, para um público di- um movimento que trabalha pelo todo e
A marca do Sistema OCB está presente
ma OCB desenvolve um trabalho forte de versificado e estratégico. São presidentes contribui para o desenvolvimento de comu-
em eventos e veículos de comunicação
assessoria de imprensa e relações públicas. de cooperativas, colaboradores e dirigen- nidades inteiras. Para mostrar tudo que as
afinados com nossas missão e visão,
O objetivo é potencializar a exposição da tes das unidades estaduais, formadores de cooperativas fazem de bom no Brasil afora,
nossos valores, nosso plano estratégi-
marca cooperativista na mídia, bem como opinião, parlamentares e cooperados inte- realizamos uma série de ações, e a nossa
co. No último ano, apoiamos 47 ações,
posicionar o Sistema OCB como o legítimo ressados em saber o que está acontecen- revista, Saber Cooperar, está entre elas. A
totalizando R$ 1,1 milhão de investimen-
porta-voz das cooperativas brasileiras junto do na Casa do Cooperativismo, em outras ideia, com a publicação, é dar visibilidade
to, com a exposição da nossa marca
a formadores de opinião de todo o país. cooperativas e também em nossas unida- a iniciativas que são colocadas em prática
para 880 mil pessoas, em várias partes
des por todo o Brasil. Isso sem falar no que lá na base e mudam a vida de milhões de do país. Aproveitamos esses espaços
Esse trabalho de relacionamento deu visi-
acontece em outras partes do mundo. pessoas, compartilhando esses exemplos para reforçar nossos posicionamentos
bilidade às nossas cooperativas e conquis-
com formadores de opinião e com a socie- sobre temas diversos. Exemplos? A ter-
tou espaços em importantes veículos de
dade como um todo. Chamamos a atenção ceira edição do Fórum de Cidadania Fi-
comunicação. Um dos destaques do ano foi RELATÓRIO MENSAL
para a edição que lançamos em novembro nanceira, realizado pelo Banco Central
a publicação de um caderno especial sobre
Boletim periódico criado para informar as de 2017 com um novo formato, um novo do Brasil em parceria com o Serviço
o modelo de negócio cooperativista no Va-
unidades estaduais e as principais lideran- projeto gráfico, seguindo a linha que temos Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
lor Econômico — jornal de economia mais
ças cooperativistas sobre as ações e os adotado para a comunicação com nossos Empresas (Sebrae), é um deles, assim
lido do Brasil, com tiragem aproximada de
projetos estratégicos em andamento na públicos estratégicos, mantendo sempre como mais uma edição do Congresso
41 mil exemplares por dia.
unidade nacional. Para garantir que a men- uma linguagem clara e informativa. Nosso Brasileiro do Agronegócio, promovido
Além disso, o time de comunicação do sagem chegue clara a quem importa, nossa objetivo? Promover uma leitura que convi- pela Associação Brasileira do Agrone-
Sistema OCB investe constantemente em equipe prepara um infográfico com os des- de as pessoas para um mergulho no univer- gócio (Abag), entre tantos outros.
novas ferramentas para falar com seus taques do mês, levando os leitores para o so cooperativista.

80 81
NOSSOS DESAFIOS

ATITUDES SIMPLES DIA C 2017 EM NÚMEROS


DISCURSO NA ONU E PRESENÇA NA ACI
MOVEM O MUNDO
Com a proposta de buscar o econômico e ainda promover a inclusão social a partir do empreen-
O interesse pela comunidade é algo intrín- dedorismo coletivo, o cooperativismo tem se colocado como um agente importante e um aliado da
seco à essência cooperativista. Essa von- + de Organização das Nações Unidas na concretização da Agenda 2030, no alcance dos Objetivos de De-

2
de brasileiros
tade de fazer não só por você mesmo, mas beneficiados senvolvimento Sustentável.
por um grupo maior de pessoas, de pro-
O cooperativismo brasileiro, que se destaca nesse cenário, foi um dos expositores da Cerimônia de
mover verdadeiras transformações, está milhões
Observância do Dia Internacional do Cooperativismo, que ocorreu em julho de 2017. O presidente do
no nosso DNA. Por isso, a OCB realiza to-
Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, falou a representantes do mundo na sede da ONU, em Nova
dos os anos o Dia C — Dia de Cooperar —,
York. O tema do discurso foi o Dia C – Dia de Cooperar e os impactos dos programas de respon-
programa de responsabilidade social das
sabilidade social realizados pelas mais de 6 mil cooperativas brasileiras. Confira alguns trechos do
cooperativas brasileiras, idealizado para
discurso do presidente:
mostrar à sociedade que “Atitudes simples
movem o mundo” e o cooperativismo tem
JUSTIÇA

120
feito a sua parte para isso.
cooperativistas “As cooperativas são aliadas naturais de quem luta por um mundo mais justo, equilibrado e responsável.”
Criado em 2009 pela equipe do Sistema participando
de ações de
Ocemg, em Minas Gerais, o Dia C foi expan- mil responsabilidade REDUÇÃO DA POBREZA
dido para o restante do país em 2014. Só no voluntários social
“Guiadas pelo sétimo princípio cooperativista, ‘Interesse pela comunidade’, associado ao incentivo cons-
último ano, beneficiou mais de 2 milhões
tante à intercooperação, as cooperativas brasileiras têm mostrado que são competitivas, qualificadas e
de brasileiros, como bem ressaltou o nos-
preparadas para estar à frente de qualquer mercado ao redor do mundo. E elas são, também, instrumen-
so presidente, Márcio Lopes de Freitas, em
tos poderosos na cooperação para a redução da pobreza, ao promover inclusão financeira.”
seu discurso, nas Nações Unidas (veja box
ao lado). Somente em 2017, 1.563 coopera-
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
tivas estiveram dedicadas a ações do Dia
“Numa natural corrente de promover a transformação nas comunidades onde estão inseridas, as coo-
C, com 1.640 projetos em curso, contando cooperativas

1.563
perativas brasileiras contribuem, de forma simples, porém significativa, para o alcance dos ODS. Elas
com a participação de 120 mil voluntários. envolvidas
fazem isso no seu dia a dia, em seu jeito de produzir ou de prestar seus serviços, valorizando sempre as
Vale destacar: como marco do programa,
dimensões econômica, social e ambiental, plantando as sementes para um futuro melhor, pautado em
realizamos um evento comemorativo. Em
ética, transparência e atenção às pessoas.”
2017, foi no primeiro sábado de julho, com a
celebração do Dia Internacional do Coope- E NA ACI...
rativismo. E o objetivo do Dia C é estimular
Em 2017, o Dia C também foi apresentado na assembleia geral da Aliança Cooperativa Interna-
projetos estruturadores, que tenham conti-
cional (ACI), dessa vez pelo presidente da nossa unidade em Minas Gerais, Ronaldo Scucato. Foi
nuidade e promovam verdadeiras transfor-
mais uma oportunidade para falar do trabalho diferenciado das cooperativas brasileiras.
mações nas comunidades.

82 83
NOSSOS DESAFIOS

é a taxa de
aprovação do
RELACIONAMENTO estados. Com o tema “O Desafio do Cooperativis-
mo na Jornada do Futuro”, o grupo teve a tarefa
98,8% programa Portas
Abertas
COM OS ESTADOS de visualizar esse horizonte e pensar estratégias
VISÃO ESTRATÉGICA A interação e a sinergia entre a unida-
de atuação, considerando pontos fortes e fracos,
oportunidades e ameaças. Uma tarefa que não fi-
de nacional e as unidades estaduais do
Antes do lançamento da versão nacional do Dia C, cou restrita aos comunicadores do sistema, mas
Sistema OCB acontecem o tempo todo,
as cooperativas brasileiras já realizavam projetos de estendeu-se a profissionais de outras áreas de
nas mais diversas frentes do nosso tra-
responsabilidade social junto às suas comunidades.
balho. No estratégico campo da co- suporte ao negócio cooperativo – jurídica, con- PORTAS ABERTAS
Embora muito importantes regionalmente, faltava dar tábil, financeira, tecnologia da informação e li-
municação não é diferente. Tanto que
visibilidade a esses projetos, reunindo-os sob uma A Casa do Cooperativismo está sempre pron-
a área conta com um Conselho de Co- citatória. Vale ressaltar: o Capacita Coop trouxe
mesma bandeira que tornasse possível compreender
uma nova proposta, a de reunir colaboradores de ta para receber nossos mais de 13 milhões de
o quanto as cooperativas têm colaborado para o municadores incumbido justamente de
áreas diversas para discutir, a partir de suas ex- cooperados, bem como todo e qualquer cida-
desenvolvimento sustentável do Brasil. Essa foi a garantir um alinhamento sistêmico en-
periências, os caminhos do cooperativismo. dão que se identifique com os nossos valores
grande sacada do Sistema OCB: transformar o Dia C tre todas as unidades, respeitando-se
e maneira de gerar trabalho e renda. Como
em uma vitrine para todas as ações sociais do nosso as especificidades de cada estado. Esse
representantes do movimento cooperativista
movimento, tangibilizando o quanto as cooperativas
brasileiras têm colaborado para o cumprimento dos
colegiado técnico, formado por comu- INTERCÂMBIO no Brasil, estamos atentos às necessidades de
nicadores das cinco regiões do país,
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nossos cooperados, atuando diariamente para
reúne-se periodicamente para debater Ainda seguindo o propósito de promover uma
estabelecidos pela ONU. o seu desenvolvimento. Todo esse trabalho é
a realidade do movimento cooperati- construção conjunta, a comunicação da unida- apresentado a grupos que visitam a nossa sede,
vista, o papel estratégico da comunica-
de nacional participou de encontros realizados em Brasília, pelo programa Portas Abertas.
ção, além — é claro — de desenhar ações
pelas unidades estaduais, assim como pelas
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO que possam fortalecer a imagem do Em 2017, recebemos 12 turmas que reuniram
cooperativas. Em 2017, foram cinco eventos, a
SUSTENTÁVEL (ODS) movimento. Afinal, temos a missão de mais de 243 participantes, incluindo represen-
maioria deles voltada a comunicadores.
Agenda global, proposta pelas Nações Unidas, trabalhar conjuntamente para alcançar tantes de cooperativas do sistema, e também
para acabar com a pobreza, promovendo a a visão estabelecida para o cooperati- E como o modelo de negócio que representa- de missões que vêm ao país conhecer melhor o
prosperidade e o bem-estar para todos, além de
vismo, de chegar em 2025 reconhecido mos é bem diverso, atuando em 13 segmentos modelo cooperativista brasileiro. Tivemos um
proteção ao meio ambiente. Bem na linha do que
defende o cooperativismo. Os países signatários pela sociedade “por sua competitivida- de atividades econômicas, os comunicadores índice de aprovação de 98,8%. É a prova de que
dos ODS acreditam que a erradicação da de, integridade e capacidade de promo- do Sistema OCB também fazem parte de outros estamos no caminho certo.
pobreza, em todas as suas formas e dimensões ver a felicidade dos cooperados”. fóruns de discussão coordenados por institui-
– incluindo a pobreza extrema – é o maior O sucesso do Portas Abertas foi tanto que pas-
desafio global e um requisito indispensável para Temos trilhado esse caminho juntos, ções representativas e parceiras. É o caso do samos a levar as informações apresentadas no
o desenvolvimento sustentável. Para tanto, Grupo de Trabalho de Comunicação do GT do
levando essa reflexão também para programa para além das fronteiras do Brasil, em
concordaram em cumprir 17 objetivos que
encontros anuais, que reúnem profis- Agro, conduzido pela Confederação da Agri- apresentações internacionais ou realizadas em
equilibram as suas três dimensões: a econômica,
a social e a ambiental. O desafio é trabalhar sionais de comunicação de todo o país. cultura e Pecuária do Brasil (CNA). A intenção outros estados ou instituições. Somando todas
para terminar o ano de 2030 com todos esses Foi assim também em 2017, durante o é levar a visão cooperativista e sua experiência as apresentações institucionais externas e visitas
objetivos cumpridos. O Brasil e as cooperativas
Capacita Coop, que contou com a par- para outros espaços, já que nossa representati- à Casa do Cooperativismo, chegamos a um total
brasileiras estão fazendo a sua parte!
ticipação de 39 comunicadores de 24 vidade é significativa em muitos setores. de 1.796 participantes.

84 85
5
OBJETIVO FINALÍSTICO
FOMENTAR, PRODUZIR E DISSEMINAR
CONHECIMENTOS PARA O
COOPERATIVISMO BRASILEIRO

SABER
COMPARTILHADO
SABEMOS COM QUEM E COMO FALAR PARA GARANTIR QUE AS DEMANDAS
DO COOPERATIVISMO SEJAM OUVIDAS E CONSIDERADAS POR FORMADORES
DE OPINIÃO E POR TOMADORES DE DECISÃO, EM TODAS AS ESFERAS

A informação, quando é útil e bem trabalhada, jurisprudência e boas práticas. Também nos di-
transforma-se em conhecimento. E o conheci- rigimos a um público externo formado por par-
mento, por sua vez, embasa decisões acertadas, lamentares e gestores públicos, que têm poder
estratégicas e eficazes. Reconhecendo isso, o para impactar nosso setor no dia a dia e que to-
Sistema OCB tem investido mais a cada ano em mam decisões embasados por nossas pesquisas
produzir e espalhar conhecimentos para coo- e materiais de estudo.
perativas e sobre cooperativas.
Além disso, promovemos encontros, seminá-
Elaboramos estudos, relatórios e publicações rios e debates não só para ensinar, mas para
para que as cooperativas conheçam melhor aprender e evoluir juntos como movimento
o setor, suas tendências, normas, legislação, cooperativista. As discussões qualificadas que

87
NOSSOS DESAFIOS

EM NÚMEROS acontecem nesses fóruns são extremamente todo o Brasil em suas causas judiciais e também
importantes para construir o conhecimento de na sua gestão. Nesse primeiro ano de publica-
que o cooperativismo precisa para crescer ten- ção, reunimos as principais jurisprudências dos
pareceres cooperativas do a segurança de raízes aprofundadas e pros- seguintes temas:
jurídicos, brasileiras foram

525 41
peridade de ramos fortes.
administrativos, reconhecidas no ✓✓ Forma de incidência de ISS nas sociedades
contabéis e Prêmio Sescoop Nossas atividades e publicações de 2017 divi- cooperativas;
tributários foram Excelência de
emitidos pela Gestão. dem-se em cinco linhas de ações, que apresen- ✓✓ Não aplicação do CDC às relações entre
equipe da OCB. tamos a seguir. cooperados e suas cooperativas;
✓✓ Jurisprudência do Funrural no Superior Tri-

1. bunal de Justiça (STJ) e Tribunais Regionais


Federais (TRF);
Sistematizar e disseminar leis, ✓✓ Penhora sobre quotas de capital social.
jurisprudência, regulações e políticas
VISÃO ESTRATÉGICA ✓✓ Ilegalidade da restrição à participação das
públicas afeitas ao cooperativismo
cooperativas de trabalho em licitações;
Para garantir que todo o conhecimento existente sobre o ✓✓ Não cabimento da recuperação judicial às
Uma das principais maneiras de ajudar as coo-
cooperativismo brasileiro se perpetue, ajudando a fortalecer cada sociedades cooperativas;
perativas brasileiras é fazendo-as estar sempre
vez mais nosso movimento, contamos — na Casa do Cooperativismo
por dentro (e em dia) das leis e a da regulamen- ✓✓ Inadequação das ações de prestação de
— com uma equipe dedicada a reunir, catalogar e preservar livros,
tação do mercado no qual atuam. Justamente contas movidas por cooperados contra
fotografias e demais documentos capazes de (re)contar a nossa
por isso, realizamos um trabalho sistemático de cooperativa;
história.
compilação, análise e divulgação de leis, nor- ✓✓ Visão do Poder Judiciário sobre a elimina-
Precisa saber alguma coisa sobre o cooperativismo, no Brasil e no mativos e políticas públicas capazes de impac- ção de associados.
mundo? Já sabe onde encontrar. Nosso Centro de Documentação tar nosso movimento. Confira:
e Memória Institucional reúne aproximadamente 30 mil itens em
acervos que crescem diariamente, distribuídos da seguintes maneira: PARECERES JURÍDICOS, CONTÁBEIS E
BANCO DE DECISÕES JUDICIAIS TRIBUTÁRIOS
SERVIÇO
• 10.814 livros, revistas, jornais e demais publicações impressas
É o mais novo aliado dos advogados e juristas Advogados, contadores e tributaristas do Sis-
• 17.158 fotografias, imagens, desenhos e outros registros
Diariamente, esse material cooperativistas. Lançado em 2017, o Banco de tema OCB elaboraram mais de 500 análises
é disponibilizado on-line, iconográficos
na Biblioteca Brasileira do Decisões Judiciais oferece compilados temáti- jurídicas, administrativas, contábeis e tribu-
Cooperativismo. • 577 áudios de entrevistas
cos de jurisprudência aos advogados e assesso- tárias em 2017. Ao analisar consultas, pro-
• 536 vídeos res jurídicos de cooperativas. Todos os meses, posições e contratos, eles orientam a equipe
• 494 mapas, plantas de projetos arquitetônicos, atlas e nossa equipe seleciona um tema específico e técnica da unidade nacional, assim como as
transparências elabora um compilado de decisões favoráveis unidades estaduais, sobre a aplicação da le-
Consultas em: • 275 selos, medalhas, certificados, diplomas e demais nos Tribunais de Justiça e Tribunais Superiores. gislação cooperativista e dos demais ramos do
http://www.somoscooperativismo.
coop.br/biblioteca documentos de caráter histórico O objetivo do material é auxiliar cooperativas de Direito. No acumulado do ano foram:

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NOSSOS DESAFIOS

✓✓ 354 posicionamentos jurídicos e tributá- ✓✓ Cooperativismo em Pauta no Congresso são de destaque, escrita por um especialis- produzimos duas edições comemorativas,
rios para áreas internas. Nacional ta no tema. Ao todo, em 2017, foram divul- com entrevistas do diretor-geral da Impren-
✓✓ 171 respostas a consultas jurídicas de Semanalmente, enviamos a parlamentares gados 41 informativos semanais com 1.700 sa Nacional, Pedro Bertone, e do diretor de
unidades estaduais, interpretando a le- e representantes dos ramos e de unidades decisões judiciais. Transparência e Controle Social da CGU,
gislação cooperativista societária e tri- estaduais esse compilado dos projetos que Otávio Neves.
butária e análises estatutárias. estão na agenda de votação dos Plenários ✓✓ Radar do Cooperativismo no
Em sua entrevista, Neves explicou que “um
ou em comissões do Senado Federal e da Poder Executivo
✓✓ 167 instrumentos jurídicos e normativos cidadão com mais acesso à informação tem
Câmara dos Deputados. O boletim apre- Reunimos nessa publicação semanal os
elaborados e/ou analisados, como con- melhores condições de exercer sua cida-
senta o posicionamento do Sistema OCB principais atos do governo federal com im-
tratos de prestação de serviços, acordos dania, responder aos seus deveres e obter
e orienta parlamentares sobre como votar, pacto para o cooperativismo. Em 2017, a
de cooperação, convênios, instrumentos seus direitos”.
caso tenham intenção de apoiar o movi- publicação comemorou seu primeiro ani-
de renegociação, patrocínios, termos de
mento cooperativista. versário com restruturação de layout e ex- O Radar teve, em 2017, 50 edições com 670
parceria, cooperação e aditivos, resolu-
pansão do número de destinatários. Também normativos de impacto para o cooperativismo.
ções, regimentos internos e portarias. No fim da semana, é enviado novo documento
✓✓ 251 atos administrativos de defesa das com o resultado de todas as votações. Além
marcas do Sistema OCB perante o Ins- disso, o informativo lista as discussões de in-
tituto Nacional de Propriedade Intelec- teresse do cooperativismo, como audiências
tual (INPI), tais como pedidos de regis- públicas, reuniões de frentes parlamentares
tro de marcas, deferimentos, oposições, e instalações de comissões especiais.

colidências (análise de semelhança entre


Números do cooperativismo em
marcas), recursos, notificações extraju- “É de suma importância que existam publicações como o Radar do Cooperativismo.
pauta em 2017
diciais, cumprimento de exigências admi- Muitas vezes, o interessado não sabe ou não tem tempo de buscar as informações
nistrativas, concessões de certificados, • 42 edições do informativo. que afetam sua vida. A pesquisa e a seleção desses atos públicos dão muito trabalho
desistência, entre outros. • 555 reuniões acompanhadas. e é louvável que a Organização das Cooperativas Brasileiras tenha um canal de
comunicação como esse.”
• 402 itens pautados a serem apreciados
PODERES EM PAUTA em comissões e plenários com impacto Pedro Bertone, diretor-geral da Imprensa Nacional
para o cooperativismo.
O Sistema OCB envia três informativos pe-
• 225 audiências públicas acompanhadas. “O trabalho da OCB é reconhecido! O informativo Cooperativismo nos Tribunais,
riódicos expondo as principais discussões e
muito bem produzido, com qualidade e conteúdo, auxilia de forma direta os advogados
ações em andamento no Congresso Nacio- ✓✓ Cooperativismo nos Tribunais cooperativistas a manterem-se permanentemente atualizados sobre os diversos temas
nal, no Poder Executivo e no Poder Judiciário. jurídicos que são objeto de debate no país em relação ao Sistema Cooperativo, nas mais
Elaboramos um informativo semanal a par-
Com as publicações, esperamos disseminar diversas áreas do Direito. Eu mesmo tenho recebido, leio e aprecio muito a forma clara,
tir do monitoramento regular dos tribunais.
informações com regularidade e transparên- objetiva, direta do Informativo, assim como a pertinência dos temas tratados.
Ele traz os recursos de cooperativas que
cia, alinhando ações do cooperativismo em Estão de parabéns!”
serão votados na semana e um resumo das
todo o país. Os três informativos, relaciona-
decisões proferidas na semana anterior. O Cláudio Pacheco Prates Lamachia, presidente do Conselho Federal
dos a cada um dos Três Poderes, são: boletim também traz a análise de uma deci- da Ordem dos Advogados do Brasil

90 91
NOSSOS DESAFIOS

QUADRO GOVERNAMENTAL BANCO DE MODELOS DE DEFESAS Diretrizes Estratégicas do


Sistema Nacional de
JUDICIAL E ADMINISTRATIVA Crédito Cooperativo
Publicação que traça um perfil de todos os in- 2018-2022

tegrantes do primeiro e do segundo escalão do O Sistema OCB elaborou modelos jurí-


Poder Executivo. Atualizado permanentemente, dicos e administrativos para que coo-
o documento ajuda o Sistema OCB e as coope- perativas de trabalho — que têm enfren-
rativas brasileiras a terem uma visão geral de tado restrições à sua participação em
cada uma das pastas ministeriais e também das licitações — possam utilizar para entrar
http://srvrepositorio.somoscooperativismo.
mudanças ocorridas no quadro político nacio- com pedidos de impugnação de editais coop.br/arquivos/gecom/Diretrizes_SNCC.pdf
nal. Com isso, podemos planejar estrategica- e mandados de segurança. O objetivo é
mente nossas ações, inserindo-nos de maneira alinhar uma única estratégia de defesa
efetiva na agenda do governo para auxiliar no capaz de reafirmar a constitucionali- Na primeira etapa, ouvimos as lideranças do No fim, foram identificados seis grandes desa-
aprimoramento das políticas públicas positivas dade e a legalidade da participação de SNCC e os agentes públicos com influência fios e propostas onze diretrizes estratégicas
ao cooperativismo. cooperativas em processos licitatórios. direta no segmento. Depois, realizamos três para superá-los como, por exemplo, comparti-
O material foi divulgado no Conselho rodadas regionais e disponibilizamos um ques- lhar informações jurídicas entre sistemas e ex-
Consultivo do Ramo Trabalho e encami- tionário on-line para todas as cooperativas de pandir o cooperativismo para regiões e merca-
nhado a todas as unidades estaduais do crédito do país. dos ainda pouco explorados. Confira:
Sistema OCB.

2. O QUE PROPÕE DIRETRIZES DE ATUAÇÃO

Fomentar o relacionamento
Promover o debate em torno com o associado e a identidade
dos desafios atuais e futuros do cooperativista como principais
diferenciais do cooperativismo.
cooperativismo Manter o SNCC
VISÃO ESTRATÉGICA DESAFIO DA competitivo frente ao Aumentar a eficiência do
1
COMPETITIVIDADE mercado tradicional e às cooperativismo de crédito por meio
DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DO do ganho de escala e de soluções
Em um encontro de negócios, a melhor soluções inovadoras
SISTEMA NACIONAL DE CRÉDITO inovadoras.
maneira de criar empatia com nossos
COOPERATIVO Expandir para outras regiões, públicos
interlocutores é identificando pontos e mercados ainda pouco explorados.
em comum com eles. Por isso, a equipe Publicação inédita que mapeou, pela pri-
Fortalecer a defesa do
do Sistema OCB mapeia toda e qualquer meira vez, os desafios comuns e as so- cooperativismo de crédito junto
ligação de ministros de estado, políticos luções a serem buscadas, em conjunto, aos Poderes Legislativo, Executivo e
DESAFIO DA Garantir segurança Judiciário.
e juristas com o cooperativismo. Assim, pelo Sistema Nacional de Crédito Coope- 2 LEGISLAÇÃO E jurídica e o adequado Fortalecer as entidades de
podemos ter uma ideia da posição que rativo (SNCC) para o período 2018-2022. REGULAÇÃO tratamento tributário representação.
podem adotar em relação ao setor, além Um trabalho realizado de forma inter-
Compartilhar informações jurídicas
de ampliar as chances de sensibilizá-los cooperativa, após um amplo processo de entre os sistemas.
sobre a nossa pauta. consulta à base do Ramo Crédito.

92 93
NOSSOS DESAFIOS

nados entre mais de 300 inscritos. Foram OCB. Em 2017, os principais assuntos debatidos
O QUE PROPÕE DIRETRIZES DE ATUAÇÃO 67 apresentações orais e quatro pôsteres, pela Cecont foram:
Divulgar a força e Alinhar propósitos e diferenciais com a presença dos pesquisadores para
DESAFIO DA os diferenciais do cooperativos e comunicar de forma ✓✓ Proposta do Conselho Federal de Contabili-
3 esclarecimento de dúvidas.
COMUNICAÇÃO cooperativismo de institucional quem somos e o que dade (CFC) para a classificação das quotas-
crédito fazemos.
-partes das cooperativas normatizada pela
Fortalecer a governança Fortalecer e intensificar o MONITORAMENTO E SEGMENTAÇÃO
cooperativa e aprimorar atendimento do Sescoop ao ITG 2004;
DESAFIO DA
GOVERNANÇA E a qualificação cooperativismo de crédito. PRUDENCIAL PARA O SNCC
✓✓ Parecer do relator da Reforma Tributária,
4 QUALIFICAÇÃO de dirigentes e
colaboradores do Identificar e promover boas práticas O Sistema OCB promoveu debate entre Luiz Carlos Hauly (PR), na Comissão Espe-
cooperativismo de de gestão e governança. representantes do Sistema Nacional de cial que discute o tema;
crédito
Cooperativo de Crédito (SNCC) e do Con- ✓✓ Criação dos códigos fiscais específicos para
Estimular a intercooperação entre
DESAFIO DA Estimular a os ramos do cooperativismo, visando selho Monetário Nacional (CMN) sobre a cooperativas;
5
INTERCOOPERAÇÃO intercooperação tornar as cooperativas de crédito o Resolução CMN 4.553/17. O normativo
braço financeiro do cooperativismo ✓✓ Prorrogação da redução de ICMS para in-
possibilita que as cooperativas de cré-
Fortalecer a sumos agropecuários, conforme o Convê-
dito enquadradas em S5 possam adotar
DESAFIO DA representação nio ICMS 100/1997.
Fortalecer a negociação coletiva estrutura simplificada para gerenciamen-
6 REPRESENTAÇÃO sindical patronal do
sindical e a representação patronal.
SINDICAL cooperativismo de to contínuo de riscos de acordo com seu
crédito

3.
porte e operações realizadas. O debate
foi parte do Fórum de Monitoramento e
Segmentação Prudencial, promovido pelo Identificar pleitos e levantar subsídios
CENSO DAS COOPERATIVAS DE LEITE ENCONTRO BRASILEIRO DE PESQUISADORES Fundo Garantidor das Cooperativas de para a elaboração de estudos,
EM COOPERATIVISMO (EBPC) Crédito (FGCoop) e pelo Banco Central pesquisas e pareceres da OCB
O Censo das Cooperativas de Leite, realizado
do Brasil, em setembro, em Brasília, com
pelo Sistema OCB em parceria com a Empresa Juntos, Sescoop e OCB promoveram a quarta mais de 100 participantes. SEMINÁRIOS REGIONAIS DO
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores
COOPERATIVISMO DE TRABALHO
foi lançado em novembro, em Brasília, trazendo em Cooperativismo (EBPC), cujo tema foi “De-
dados como o perfil dos cooperados e o volume senvolvendo negócios inclusivos e responsá- COMISSÃO DE ESTUDOS CONTÁBEIS E Atendendo a uma demanda do Conselho Con-
da produção. veis: cooperativas na teoria, política e prática”. TRIBUTÁRIOS (CECONT) sultivo do Ramo Trabalho, o Sistema OCB rea-
Fórum de discussão composto por contado- lizou seminários regionais no Nordeste, Norte e
As informações foram coletadas em cerca de O encontro tem o objetivo de aproximar acadê-
160 cooperativas de todas as regiões do Brasil res e tributaristas de todo o país, indicados Centro-Oeste. A programação abordou aspec-
micos e cooperativas, valorizando o cooperati-
e analisadas pelos pesquisadores da Embrapa pelas unidades estaduais com o objetivo de tos tributários e previdenciários, e levantou as
vismo como um modelo de negócios diferenciado
Gado de Leite e por técnicos do Sistema OCB. analisar o impacto de normativos e proposi- particularidades de desafios e oportunidades em
e com potencial de colaborar com o desenvolvi-
ções legislativas para as cooperativas bra- cada região. As discussões também colaboraram
mento sustentável da economia brasileira.
sileiras. O trabalho desenvolvido pelo gru- para a construção do plano de ação do ramo. Em
Para conhecer em detalhe os resultados, Durante o EBPC, foram apresentados 71 traba- po tem dado respaldo técnico à tomada de 2018, os seminários continuam atendendo as re-
acesse o hotsite http://www.
somoscooperativismo.coop.br/leite lhos de pesquisadores de 21 estados, selecio- decisões contábeis e tributárias no Sistema giões Sul e Sudeste.

94 95
NOSSOS DESAFIOS

4.
SEMINÁRIO NACIONAL DO RAMO SEMINÁRIO DE AUTOGESTÃO DAS àquelas que apresentaram melhorias signi-
TRANSPORTE COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS ficativas desde o primeiro ciclo em 2013. As
Identificar e disseminar boas práticas vencedoras foram:
O Sistema OCB realizou em agosto a quarta Em julho realizamos a segunda edição do
edição do Seminário Nacional das Cooperati- Seminário Nacional de Autogestão das Coo- ✓✓ Primeiros Passos – Sicredi Sudoeste
PRÊMIO SESCOOP EXCELÊNCIA DE GESTÃO
vas de Transporte. Com cerca de 150 partici- perativas Agropecuárias. Cerca de 300 pes- MT/PA (MT).
pantes, o encontro promoveu um debate sobre soas participaram, com o objetivo de melho- Na sua 3ª edição, foram reconhecidas 41 inicia- ✓✓ Compromisso com a Excelência –
os principais temas de interesse das coopera- rar a administração e a competitividade de tivas entre 248 cooperativas inscritas e contem- Viacredi (SC).
tivas de transporte, como aspectos legais, go- suas cooperativas. plando projetos de dez estados: Ceará, Espírito ✓✓ Rumo à Excelência – Unimed BH (MG).
vernança, tecnologias e cenário econômico. Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Para-
Juntos, OCB e Sescoop organizaram pales-
ná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Ca-
Além dos dirigentes e técnicos de coopera- tras sobre os cenários econômico e finan-
tarina e São Paulo. O prêmio promove a valoriza-
tivas, estiveram presentes representantes da ceiro, gestão por indicadores e referenciais APOIO INSTITUCIONAL À POLÍTICA DE
ção de cooperativas que buscam o aumento da
Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), da e apresentações de casos de sucesso. Ainda COMPLIANCE CONCORRENCIAL
qualidade e da competitividade por meio da ado-
Agência Nacional de Transportes Terrestres durante o evento, foi assinado um acordo A Diretoria da OCB deliberou pelo apoio insti-
ção de boas práticas de gestão e governança.
(ANTT) e do Banco Nacional de Desenvolvi- de cooperação internacional entre o Siste- tucional à política de compliance concorrencial
mento Econômico e Social (BNDES). ma OCB e a Confederação das Cooperati- Em 2017, as cooperativas foram premiadas de
desenvolvida pela Confederação Nacional das
vas Alemãs (conhecida como DGRV, na sigla acordo com seu nível de maturidade em prá-
Cooperativas Médicas (Confemed) e pela Fede-
alemã). O objetivo é oferecer qualificação ticas de gestão. Além da categoria Primeiros
ração Brasileira das Cooperativas de Aneste-
SEMINÁRIO DE AUTOGESTÃO DAS a cooperativas agropecuárias de diversas Passos, que valoriza iniciativas de cooperativas
siologia (Febracan). Essa política busca desen-
COOPERATIVAS DE TRANSPORTE partes do país. que estão começando um programa de melho-
volver práticas que previnam a concorrência
ria da gestão, foram 27 as premiadas. Na cate-
ilícita, ao mesmo tempo em que defende a ética
O Ramo Transporte teve também um Semi- goria Compromisso com a excelência, foram
e a legalidade do trabalho médico desenvolvi-
nário Nacional de Autogestão promovido pela reconhecidas 12 cooperativas, que já começam
3ª REUNIÃO DO COMITÊ JURÍDICO DO do por meio do cooperativismo. O projeto in-
OCB e pelo Sescoop, em Brasília, no mês de a medir e perceber melhorias em seus resulta-
SISTEMA OCB clui capacitações de dirigentes de cooperativas
outubro. Participaram 150 representantes de dos. E na categoria Rumo à Excelência, reco-
médicas, além de produção de materiais educa-
49 cooperativas, localizadas em dez estados Aproximadamente 50 advogados das unida- nhecemos duas cooperativas com um sistema
tivos sobre o tema.
brasileiros. O objetivo desse encontro foi a des nacional e estaduais participaram da 3ª de gestão em franca evolução, aumentando a
sensibilização sobre a importância de referen- reunião do Comitê Jurídico do Sistema OCB, competitividade e qualidade.
ciais comparativos para a melhoria da gestão. realizada em Brasília, em agosto de 2017.
Além disso, a premiação ofereceu o Destaque PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE
Os participantes assistiram a apresentações Eles assistiram a palestras sobre Direito
Governança para a C. Vale (PR) por sua forte COOPERATIVAS ODONTOLÓGICAS
de soluções criativas de gestão, como da Uni- Cooperativo/Regulatório, Governança e Di-
atuação na educação cooperativista e no de-
med Vitória, reconhecida duas vezes no Prê- reito Sindical e tiveram uma capacitação em O Conselho Nacional do Sescoop aprovou a
senvolvimento de novas lideranças.
mio Sescoop Excelência de Gestão, na faixa Licitações e Compras. Além disso, definiram realização de uma pós-graduação em Gestão
ouro (nos ciclos 2013/2014 e 2015/2016). Tam- os temas estratégicos e as próximas ações A banca julgadora reconheceu ainda uma coo- de Cooperativas Odontológicas na modalidade
bém trabalharam no planejamento de ações do comitê. O evento foi uma realização con- perativa em cada nível de maturidade, com de Ensino a Distância, com três encontros pre-
de continuidade em seus estados. junta de OCB, Sescoop e CNCoop. o Destaque Melhoria Contínua – concedido senciais. Essa é uma demanda do Ramo Saúde,

96 97
NOSSOS DESAFIOS

que será viabilizada por meio de uma parceria conjunto de US$ 2,1 trilhões, o equiva- TREINAMENTO EM
do Sistema OCB, da Faculdade Unimed e da lente à nona maior economia do mundo. BOVINOCULTURA DE LEITE
Uniodonto do Brasil.
O Sistema OCB e a Embrapa promo-
O relatório completo pode ser veram, entre março a setembro, um
CAPACITAÇÃO PARA O RAMO EDUCACIONAL
acessado em www.monitor.coop treinamento em bovinocultura de
Representantes do Conselho Consultivo do Ramo leite para técnicos de cooperativas
Educacional participaram de um programa de ca- agropecuárias de cinco estados. A
CONFERÊNCIA MUNDIAL DA WOCCU
pacitação que envolveu palestras e visitas técni- Embrapa apresentou soluções tec-
cas a cooperativas educacionais de Santa Cata- Com o apoio do Sistema OCB, o Bra- nológicas inovadoras para a cadeia
rina e do Rio Grande do Sul. Cooperativistas de sil foi a segunda maior delegação es- do leite e houve palestras e debates
13 estados trocaram experiências sobre projetos trangeira na Conferência do Conselho sobre o mercado e a cadeia produtiva
pedagógicos, fortalecimento da identidade coo- Mundial das Cooperativas de Crédito no Brasil e no mundo.
perativista e o programa Cooperjovem. (Woccu), realizada em Viena, Áustria, em
julho. As inscrições dos 120 delegados
Em Concórdia (SC), os representantes conhe-
foram patrocinadas pelo Sescoop. No QUALIFICAÇÃO NA CADEIA
ceram a Cooperativa Educacional Magna e, em
encontro estiveram também represen- PRODUTIVA DE CEREAIS DE
Nova Petrópolis (RS), visitaram as cooperativas
tantes de outros 55 países que discuti- INVERNO
escolares Cooperfred e Cooebompa.
ram o desenvolvimento sustentável das
O Sistema OCB e a Embrapa desen-
cooperativas de crédito.

5.
volveram a terceira edição do pro-
grama de qualificação profissional da
COM APOIO DO
Fomentar e disseminar a inovação e QUALIFICA UNIMED
cadeia produtiva de cereais de inver-
o desenvolvimento tecnológico nas no – classificação que engloba trigo, SISTEMA OCB,
cooperativas Em 2017, o programa Qualifica, da Uni- cevada, centeio, aveia e, transver- O BRASIL FOI A
med do Brasil, capacitou 1.500 diri- salmente, canola, soja, milho e feijão. SEGUNDA MAIOR
gentes e técnicos de 47 cooperativas Participaram 31 técnicos de 17 coope-
WORLD COOPERATIVE MONITOR DELEGAÇÃO
médicas com o apoio do Sistema OCB. rativas que atuam em diversas áreas,
O programa buscou padronizar proce- especialmente naquelas que visam à
ESTRANGEIRA NA
Mais uma vez, a OCB patrocinou o World Coo-
perative Monitor (WCM), publicação da Alian- dimentos operacionais das cooperati- melhoria da qualidade e produtividade CONFERÊNCIA
ça Cooperativa Internacional (ACI) que traz vas participantes, melhorando a quali- do setor. Com ações assim, a OCB e a DO CONSELHO
os principais números do cooperativismo no dade dos serviços e a sustentabilidade Embrapa Trigo pretendem fortalecer a MUNDIAL DAS
da marca, além de reduzir o custo as- rede de relacionamento entre profis-
mundo e sua participação na economia glo- COOPERATIVAS
bal. Segundo dados de 2017, as 300 maiores sistencial. Com o sucesso da iniciativa, sionais das cooperativas e pesquisa-
uma nova etapa foi aprovada para con- dores, facilitando suas atuações como
DE CRÉDITO,
cooperativas do mundo – entre as quais es-
tão cinco brasileiras – têm um faturamento templar outras 30 cooperativas. multiplicadores de conhecimento e REALIZADA EM
tecnologias no campo. VIENA, ÁUSTRIA.

98 99
6 OBJETIVO DE GESTÃO
DESENVOLVER CONTINUAMENTE A
COMPETÊNCIA DOS COLABORADORES

PESSOAS QUE
CUIDAM DE PESSOAS
EM 2017, AMPLIAMOS O CUIDADO COM A FORMAÇÃO E A CAPACITAÇÃO DE
PROFISSIONAIS CAPAZES DE LEVANTAR, COM PAIXÃO E PROFISSIONALISMO,
A BANDEIRA DO COOPERATIVISMO

Nossos olhos estão sempre voltados para a fe- para defender a pauta cooperativista e hoje fa-
licidade e o bem-estar das pessoas. E não po- zem parte das três instituições que compõem
deria ser diferente, já que o cooperativismo é o Sistema OCB – OCB, Sescoop e CNCoop.
um movimento feito por pessoas com valores
Hoje, só na OCB, trabalhando pela representa-
semelhantes, que defendem uma distribuição
justa dos resultados obtidos pelo grupo. E te- ção político-institucional, contamos com uma
mos um olhar especial para um desses grupos: equipe altamente qualificada e 100% com-
os colaboradores da unidade nacional e das prometida com o nosso modelo de negócio. A
unidades estaduais do Sistema OCB. Profis- maioria, com curso superior, exerce a função
sionais que vestem a camisa da cooperação e de analista e tem entre 31 e 40 anos. São, ma-
escolheram dedicar seu tempo e seu talento joritariamente, frutos da Geração Y (nascidos

103
OBJETIVO DE GESTÃO

GESTÃO DE PESSOAS EM NÚMEROS nas décadas de 1980 e 1990) e cerca de 60% A partir das respostas, o Sistema OCB investirá, educação, formação e informação; intercoo-
têm mais de seis anos de Casa. Esse último em 2018, ainda mais no plano de benefícios, no peração, e interesse pela comunidade.
dado revela o engajamento do time com a ins- programa de qualidade de vida, nas ações sociais
tituição, fator fundamental para o bom desem- e no desenvolvimento de atividades coletivas.
investidos na penho do papel de proteger e divulgar o traba-
  PERFIL DOS TALENTOS

3
Isso tudo porque quem escolhe trabalhar pelo
capacitação de lho das cooperativas.
conselheiros, cooperativismo faz isso por se identificar com
Encerramos 2017 com 56 colaboradores só na
executivos, Em 2017, vários projetos de qualidade de vida pro- o propósito do movimento, de contribuir para
R$ gestores, OCB: 2 executivos (1 presidente e 1 superin-
milhões analistas e moveram a saúde e estimularam ações voluntá- um mundo melhor, mais justo e com oportuni-
tendente), 1 gerente-geral, 5 gestores/asses-
técnicos das rias e cidadãs do nosso time. Um desses projetos dades para todos. Por isso, cuidar da felicidade
unidades nacional sores, 2 coordenadores, 33 analistas, sendo 1
foi o Dia C, ou Dia de Cooperar, um programa de de nossa equipe é prioridade para nós: esta-
e estaduais do trainee, e 13 técnicos.
Sistema OCB responsabilidade social das cooperativas, que mos sempre pensando em iniciativas que con-
acontece durante todo o ano e tem uma data co- siderem o estilo de vida pessoal e profissional Também fazem parte desse time 15 terceiriza-
memorativa, celebrada no primeiro sábado de ju- dos nossos colaboradores. E fazemos isso le- dos (14 da área de serviços gerais e 1 agente
lho, com o Dia Internacional do Cooperativismo. É vando em conta a prática dos sete princípios de turismo), 1 prestador de serviços na área de
nesse evento que os colaboradores têm a oportu- do cooperativismo: adesão voluntária e livre; contabilidade e 2 menores aprendizes, compon-

63%
dos cargos de nidade de vivenciar, na base, os valores cooperati- gestão democrática; participação econômi- do um quadro total de 74 profissionais a serviço
gestão da OCB vistas, participando das ações voluntárias ofere- ca dos membros; autonomia e independência; das cooperativas brasileiras.
são ocupados por cidas pelas cooperativas à população.
mulheres
Internamente, fazemos mesmo questão de criar
um ambiente cada vez mais positivo e atraen-
te para a atuação profissional da equipe. Nós
valorizamos e reconhecemos nossos talentos.
Colaboradores Quantitativo
Em 2017, por exemplo, houve 19 progressões
e 11 promoções na carreira, que beneficiaram Técnico (13)
65,21% dos técnicos e analistas da instituição. Analista (33)

84%
Coordenador (2)
dos colaboradores
têm nível superior Outra maneira de melhorar a qualidade de vida Efetivo Gerente/Assessor (5) 56
dos nossos colaboradores é ajudando-os a cui- Gerente-Geral (1)
dar de sua saúde financeira. Por isso, desenha- Superintendente (1)
mos uma trilha que fala sobre Educação Finan- Presidente (1)
ceira — com ferramentas que facilitam a prática Terceirizado 15
do hábito de poupar — para ajudá-los a adminis-
Menor aprendiz 2
trar suas finanças,
6 EM CADA 10 EMPREGADOS Prestador de serviço 1
DA OCB ESTÃO HÁ MAIS DE SEIS ANOS E mais: os colaboradores também responderam à Total 74
TRABALHANDO PELO COOPERATIVISMO pesquisa “Felicidade Interna do Cooperativismo”. Fonte: Gerência de Pessoas do Sistema OCB (ref. dez/2017)

104 105
OBJETIVO DE GESTÃO

Esse quadro se completa com os colaboradores EQUIDADE DE GÊNERO


CAPTAÇÃO E RETENÇÃO INTEGRANDO PESSOAS
do Sescoop (95) e da CNCoop (3), um grupo de
elite que trabalha pelo crescimento do coope-
Na Casa do Cooperativismo, nós valorizamos DE TALENTOS E os novos integrantes da equipe são re-
o talento e a diversidade. Homens e mulheres cebidos com atividades, que fazem parte
rativismo brasileiro com as equipes das unida-
ocupam quase o mesmo número de postos de Também estamos de olho no mercado para do Programa de Integração de Novos Co-
des estaduais.
trabalho, praticamente 50% para 50%. Já nos identificar mais pessoas alinhadas com a nos- laboradores e têm o objetivo de promover
quadros gerenciais, elas são destaque: ocupam sa missão e aumentar essa turma que trabalha a socialização dessas pessoas ao quadro de
FORMAÇÃO SUPERIOR pelas cooperativas brasileiras. A OCB realizou funcionários. Em 2017, 18 novos colabora-
63% dos cargos de chefia.
três processos seletivos para o preenchimen- dores, incluindo integrantes da OCB e do
Dos colaboradores da OCB, 84% têm ensino su-
Sescoop, chegaram à instituição e conhe-
perior. E, desses, 42,5% já concluíram algum tipo to de vagas no ano passado. Dois foram para o
JOVENS TALENTOS ceram suas áreas, seus processos e proje-
de pós-graduação – seja especialização, mestra- cargo de analista, função advogado, e um para
tos institucionais.
do ou doutorado –, agregando ao trabalho um Temos uma turma jovem e cheia de energia na secretária executiva. A movimentação média
olhar de especialistas. Eles sabem o que fazem. luta pelo fortalecimento do cooperativismo. anual foi de 3,57%, o que demonstra estabili- Uma imersão sobre cooperativismo tam-
Metade dos nossos colaboradores são da Gera- dade do quadro funcional, sem deixar de lado o bém fez parte da programação, com a reali-
ção Y, nascidos nas décadas de 1980 e 1990, e cuidado com a oxigenação da equipe. zação de cursos e atividades externas, mo-
têm entre 22 e 35 anos de idade. mento em que os colaboradores puderam
conhecer, pessoalmente, a estrutura e o
funcionamento de uma cooperativa. E o fe-
chamento veio com uma visita ao Congres-
so Nacional, onde a OCB atua fortemente
na defesa do cooperativismo brasileiro.

 
GESTÃO DO DESEMPENHO

A vida profissional dos colaboradores,


desde o recrutamento e a seleção até o
Tempo de casa estágio de inatividade, é acompanhada
Formação acadêmica
de perto pela nossa equipe de Gestão de
Até 1 ano............................... 4%
Ensino médio..................... 16% Faixa etária Pessoas. Assim, desenvolvemos e geren-
De 1,1 ano a 2 anos.............. 7%
Graduação........................ 48% ciamos políticas com foco nas necessida-
De 20 a 30 anos...........12,21% De 2,1 anos a 3 anos........... 0%
Especialização.................. 30% des dos colaboradores e nos objetivos e
De 31 a 40 anos.......... 11,20% De 3,1 anos a 6 anos........ 30%
Mestrado.............................. 4% resultados institucionais.
De 41 a 50 anos......... 26,46% De 6,1 anos a 10 anos...... 32%
Doutorado............................ 2%
  Mais de 50 anos............. 7,13%   Mais de 10,1 anos..............27% A gestão do desempenho, por exemplo,
Fonte: Gerência de Pessoas do Sistema OCB (ref. dez/2017) envolve atividades de avaliação periódica,

106 107
OBJETIVO DE GESTÃO

momento de analisar a aplicação das


EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DE EIXO COOPERATIVISMO
competências para cada cargo e fun- COMPETÊNCIAS DO SISTEMA OCB
ção. Em 2017, o quarto Ciclo de Avalia- CORPORATIVA Ações como a continuidade do curso a
Para orientar a implementação e oferta de ações distância Introdução ao Cooperativis-
ção de Competências e Desempenho
Temos alcançado resultados interessantes para dentro do Programa de Desenvolvimento de mo” e do curso presencial “Coopera-
da OCB considerou as contribuições
o cooperativismo, e podemos fazer ainda muito Competências do Sistema OCB, pensando na tivismo como Estratégia marcaram o
de cada funcionário para o alcance
mais. É para isso que atua nossa equipe diaria- organização de conhecimentos e de processos, plano previsto para este eixo em 2017.
dos resultados gerados em 2016.
mente, e investir na capacitação desse time é trabalhamos com eixos e módulos temáticos. O Destacamos, ainda, o IV EBPC – Encon-
No decorrer do último ano, também ponto fundamental para amplificarmos o alcan- propósito de cada eixo é atender às especificida- tro Brasileiro de Pesquisadores em Coo-
estiveram em foco as ações de de- ce do nosso trabalho. É aí que entra em ação o des de cada público, incluindo os colaboradores perativismo, realizado em Brasília, de 20
senvolvimento. Cada colaborador deu Plano de Desenvolvimento de Competências In- das unidades nacional e estaduais.
a 22 de novembro.
o tom do seu próprio processo, en- dividuais, integrado à Avaliação de Competên- O programa funciona também como fonte para
gajando-se na execução do Plano de Outro ponto alto foi a participação de
cias e Desempenho. Com ele, os colaboradores identificarmos necessidades de desenvolvi-
Desenvolvimento de Competências moderados da Casa na Oficina de Peda-
definem os focos de seu desenvolvimento e se- mento organizacional e sistêmico. Sua execu-
Individuais. Como? Escolhendo seus gogia da Cooperação, que permitiu a vi-
lecionam opções de aprendizagem. ção e os resultados podem ser conferidos nos
percursos, sempre comprometido vência das Sete Práticas da Pedagogia da
eixos Cooperativismo, Deliberativo, Executivo,
Até dezembro do ano passado, foram conta- Cooperação: contato, contrato, inquieta-
com uma aprendizagem contínua. Gerencial e Técnico.
bilizadas 1.150 horas de capacitação e desen- ções, projetos de cooperação, soluções
volvimento, considerando apenas as chamadas comuns, aliança e parceria e vencer.
PLANO DE PREVIDÊNCIA ações formais. Mas também foram realizadas
COOPERATIVISTA 46 ações informais, como leitura de documen-  
tos, artigos e livros, além de projeção de vídeos EIXO DELIBERATIVO
Estamos empenhados em cuidar
e filmes, gerando 46 resenhas e totalizando Também promovemos ações específicas
cada vez mais bem de quem cuida das
uma carga horária de 158 horas de aprendiza- para os conselhos, pensando em uma
nossas cooperativas, e a adesão a um
do, aliado a entretenimento e trabalho.
Plano de Previdência Privada cor- atuação integrada. O objetivo? Reforçar a
porativo faz parte desse processo. O Sistema OCB foi reconhecido por seu tra- importância do papel de um conselheiro,
O QUE SÃO TRILHAS DE APRENDIZAGEM
Como levamos a sério a importância balho de educação corporativa, durante o a partir do conhecimento da estrutura e
São caminhos para o aprimoramento pessoal e
da intercooperação, escolhemos uma Segundo Fórum Nacional de Trilhas de Apren- profissional de uma equipe de alta performance.
do funcionamento institucional, da estra-
instituição cooperativa para fazer dizagem: Gestão por Competências em Em- Na prática, são recomendações de cursos tégia, dos marcos legais e das responsa-
a administração do plano: a Unimed presas Públicas e Privadas, realizado em presenciais e on-line, artigos de revistas, bilidades junto aos órgãos de controle.
filmes, vídeos de treinamento, palestras,
Fundo de Pensão Multipatrocinado. Brasília. A homenagem, recebida pelo supe- As principais foram a Capacitação para
entrevistas e outros meios capazes de estimular
Ao fazer isso, garantimos que a re- rintendente Renato Nobile, é fruto de um tra- a aprendizagem e o conhecimento do time. Hoje, Membros do Conselho Fiscal do Sescoop,
serva previdenciária dos nossos co- balho colaborativo da Casa do Cooperativis- o Sistema OCB tem 22 trilhas, distribuídas em com participação de 67 conselheiros, e a
oito eixos de desenvolvimento, que contemplam
laboradores conte com a solidez e a mo, que adotou a metodologia das Trilhas de Capacitação para Membros do Conselho
mais de 1.200 opções de aprendizagem. Tudo
confiança que só uma cooperativa é Aprendizagem para estimular a capacitação isso reunido em uma nova plataforma on-line e de Administração das unidades estaduais
capaz de oferecer. interna e externa do nosso time. ambiente de aprendizagem: a Wiki. do Sescoop, com 58 participantes.

108 109
OBJETIVO DE GESTÃO

EIXO EXECUTIVO EIXO TÉCNICO – UNIDADES ESTADUAIS O Sistema OCB também concede bolsas de es- Interna de Prevenção de Acidentes no Traba-
tudos para cursos de graduação, pós-graduação lho, que está em sua terceira edição. Em 2017,
Já para os superintendentes e presidentes, Diversas ações foram desenvolvidas para
e idiomas. Os colaboradores participam de um o tema escolhido foi a prevenção ao estresse.
tivemos três ações: o Encontro de Superin- apoiar as unidades estaduais na execução
processo seletivo para ter direito a esses bene- Mais atual, impossível.
tendentes, em Brasília; o Encontro de Pre- do seu trabalho, seja com foco finalístico ou
fícios. No último ano, o Programa de Educação
sidentes – Reestruturação da Governança de apoio: E, por falar em não se estressar, a “pelada coo-
Continuada beneficiou 32 pessoas com percen-
e os Papéis dos Presidentes nesse Cenário, perativista”, além de ser responsável por muitas
✓✓ Semana Nacional de Capacitação - da tuais de reembolsos de 40% a 90%, em diferen-
também na capital federal; e o World Coop bolas na rede, animou os colaboradores e aumen-
Área Finalística contou com 187 cola- tes áreas, além dos cursos de inglês e espanhol.
Management – Ideias Conectando o Futuro, tou a qualidade de vida dessa turma. Uma quadra
boradores das unidades do Sescoop. O   de esporte foi alugada justamente para os nossos
em Belo Horizonte. Toda as ações voltadas
evento foi dividido em duas etapas e pro- atletas mostrarem toda a sua arte. A OCB tam-
ao compartilhamento de informações sobre
temas correlacionados a liderança, gestão e
moveu a capacitação e o alinhamento em MENTE SÃ, CORPO SÃO bém fez parcerias e convênios com academias,
torno dos processos de formação profis- garantindo descontos para os colaboradores.
inovação de negócios.
sional, promoção social e monitoramento Nós nos preocupamos também com a saúde de
de cooperativas. O objetivo foi apoiar uni- nossos colaboradores, sempre pensando em
EIXO GERENCIAL dades estaduais no propósito de fortale- manter um ambiente agradável, que propicie
cer o desenvolvimento social e da gestão efeitos positivos para todos, ajudando também
Para estimular o pensamento estratégico
no cooperativismo. a melhorar nossos resultados e contribuindo
entre nossos gestores — tanto da unidade
para nossa motivação diária.
nacional do Sistema OCB quanto na das es- ✓✓ Capacita Coop – O desafio do cooperati-
taduais – colocamos em prática ações que No ano passado, 65 colaboradores da unidade
vismo na jornada do futuro, em Brasília,
fomentem o conhecimento e a dissemina- nacional participaram do 17º Cooperjogos –
promoveu uma reflexão sobre os projetos
ção de projetos de referência em gestão Jogos de Integração Cooperativista, promovi-
de apoio ao negócio. O evento teve a pre-
e governança corporativa, no Brasil e no do pelo Sistema OCDF. Eles disputaram com-
sença de 233 colaboradores, do nacional e
mundo. Isso acontece, por exemplo, a partir petições de atletismo, natação, dama, futsal,
dos estados.
de imersões internacionais. Em 2017, ocor- futebol society, truco, sinuca, cabo de guerra,
reu mais uma etapa das chamadas Missões dominó, queimada, peteca, xadrez, teste coo-
EIXO TÉCNICO – UNIDADE NACIONAL perativismo e gincana solidária, na disputa por
de Estudos Cooperativistas, dessa vez na
Também estiveram em destaque, em 2017, medalhas. Nesse evento, o Sistema OCB con-
Oceania. Outros projetos foram voltados à
atividades voltadas à melhoria do trabalho quistou a medalha de prata na Gincana Solidá-
capacitação dos gestores, como o curso de
ria, iniciativa que arrecadou alimentos para as NO ÚLTIMO ANO, O PROGRAMA
pós-graduação em Gestão Empresarial, rea- e ao protagonismo dos colaboradores. Fo-
crianças carentes da Creche Renascer da Es- DE EDUCAÇÃO CONTINUADA
lizado em parceria com a Fundação Institu- ram 187 ações formais, com 2.800 horas de
trutural, no Distrito Federal. BENEFICIOU 32 PESSOAS COM
to de Administração (FIA), e a participação capacitação e 1.980 participações. Em 2017,
PERCENTUAIS DE REEMBOLSOS
em congressos especializados em gestão de foram realizadas 15 horas de intercâmbio em Todos os anos, a Casa do Cooperativismo cria
quatro instituições. A ideia foi conhecer prá-
DE 40% A 90%, EM DIFERENTES
projetos e pessoas, como o Programa de Li- uma série de ações de promoção à saúde e à
derança Washington, da American Universi- ticas que contribuíram para a melhoria dos qualidade de vida, como a campanha de va-
ÁREAS, ALÉM DOS CURSOS DE
ty, realizado na capital dos Estados Unidos. projetos da Casa do Cooperativismo. cinação contra o vírus da gripe e a Semana INGLÊS E ESPANHOL.

110 111
RESULTADOS FINANCEIROS

ATIVO DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO


2017 2016 2017 2016
CIRCULANTE RECEITAS OPERACIONAIS
Disponibilidades 516.677,54 467.733,77 Contribuições Cooperativistas 31.972.765,79 26.921.740,23
Aplicações Financeiras 38.661.132,16 29.861.379,70 Contribuições do Sescoop 7.058.896,99 6.386.775,69
Outros Créditos 731.385,66 908.878,11 Taxa de Credenciamento de Auditores 14.055,00 22.648,58
Almoxarifado 65.061,16 195.944,65 Recuperação de Despesas - 167.154,60
39.974.256,52 31.433.936,23 Outras Receitas Operacionais 102,00 22.634,55
NÃO CIRCULANTE 39.045.819,78 33.520.953,65
Investimentos 478.479,67 304.757,78 DESPESAS OPERACIONAIS
Tangível 16.733.409,33 17.228.945,06 Pessoal (13.202.777,54) (12.114.245,65)
Intangível 277.195,89 323.416,91 Administrativas (11.326.097,13) (9.295.656,76)
17.489.084,89 17.857.119,75 Tributárias (486.050,98) (484.306,24)
TOTAL DO ATIVO 57.463.341,41 49.291.055,98 Contribuições/Doações Diversas (212.514,27) (236.804,69)
Apoio Institucional (6.394.518,79) (5.392.606,69)
Apoio e Patrocínio - Despesas (3.358.081,90) (2.411.938,42)
(34.980.040,61) (29.935.558,45)
RECEITA/DESPESAS FINANCEIRAS
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Receitas Financeiras 4.232.362,15 4.500.281,61
2017 2016 Despesas Financeiras (6.421,93) (4.397,02)
CIRCULANTE RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 8.291.719,39 8.081.279,79
Fornecedores 415.010,46 265.264,80 SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 8.291.719,39 8.081.279,79
Convênio DGRV 3.253,81 998,02 As Notas Explicativas são partes integrantes das Demonstrações Financeiras
Obrigações Tributárias e Contribuições 596.049,58 548.288,54
Provisões Férias e Encargos Sociais 1.397.097,21 1.315.789,68
Outras Obrigações 234.037,82 154.756,12 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.645.448,88 2.285.097,16
PATRIMÔNIO RESULTADO DO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO DESCRIÇÃO TOTAL
SOCIAL EXERCÍCIO
Patrimônio Social 34.847.754,62 26.766.474,83
Saldo em 31/12/2016 47.005.958,82 - 47.005.958,82
Superávit do Exercício Corrente 8.291.719,39 8.081.279,79
Ajuste de Avaliação Patrimonial no Exercício (479.785,68) (479.785,68)
Ajuste de Avaliação Patrimonial 11.678.418,52 12.158.204,20
Resultado Apurado em 31/12/2016 - 8.291.719,39 8.291.719,39
54.817.892,53 47.005.958,82
Superávit do Exercício Corrente 8.291.719,39 (8.291.719,39) -
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 57.463.341,41 49.291.055,98
Saldo em 31/12/2017 54.817.892,53 - 54.817.892,53
As Notas Explicativas são partes integrantes das Demonstrações Financeiras

114 115
RESULTADOS FINANCEIROS

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO ATIVO:


INVESTIMENTOS/IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
Aquisição, Custo Aquisição, Custo
Baixas/ Baixas/
Discriminação 2016 Atribuído, Depreciação 2017 Discriminação 2016 Atribuído, Depreciação 2017
Ajustes Ajustes
e Amortização e Amortização
INVESTIMENTOS INTANGÍVEL
Participação Societária 304.757,78 251.303,18 (77.581,29) 478.479,67 Marcas e Patentes 178.234,20 - - 178.234,20
304.757,78 251.303,18 (77.581,29) 478.479,67 Softwares/Sistemas 623.812,82 - - 623.812,82
IMOBILIZADO Softwares em Andamento 25.000,00 - - 25.000,00
Terreno 842.700,00 - - 842.700,00 Desenvolvimento de Marca 23.360,00 - - 23.360,00
Terreno - Custo Atribuído 3.027.533,92 - - 3.027.533,92 850.407,02 - - 850.407,02
Edificações 5.931.946,71 259.209,06 6.191.155,77 AMORTIZAÇÃO
Edificações - Custo Atribuído 11.969.890,11 - - 11.969.890,11 Amortização 526.990,11 46.221,02 - 573.211,13
Máquinas e Equipamentos 235.287,79 35.054,63 (3.912,12) 266.430,30 526.990,11 46.221,02 - 573.211,13
Móveis e Utensílios 600.961,07 61.784,20 - 662.745,27 Total do Intangível Líquido 323.416,91 (46.221,02) - 277.195,89
Veículos 143.000,00 - - 143.000,00
Sistema de Comunicação 51.560,22 3.329,10 - 54.889,32 Total Geral Líquido 17.857.119,75 (286.541,45) (81.493,41) 17.489.084,89
Provisão P/Perda c/Desval. As Notas Explicativas são partes integrantes das Demonstrações Contábeis
(5.495,02) - - (5.495,02)
S. Comunicação
Equipamentos de Informática 479.958,95 7.923,95 - 487.882,90
23.280.208,72 367.300,94 (3.912,12) 23.643.597,54
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA
Imóveis/Edificações 5.120.853,33 716.937,51 - 5.837.790,84
Máquinas e Equipamentos 93.050,04 22.200,83 - 115.250,87
Móveis e Utensílios 425.738,33 27.878,60 - 453.616,93
Veículos 43.614,94 28.599,96 - 72.214,90
Sistema de Comunicação 28.963,95 7.776,36 - 36.740,31
Equipamentos de Informática 339.043,07 55.531,29 - 394.574,36
6.051.263,66 858.924,55 - 6.910.188,21
TOTAL DO IMOBILIZADO
17.228.945,06 (491.623,61) (3.912,12) 16.733.409,33
LÍQUIDO

116 117
RESULTADOS FINANCEIROS

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS LEVANTADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017


DESCRIÇÃO 2017 2016 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Resultado Líquido 8.291.719,39 8.081.279,79
Ajustes ao Resultado Líquido:
(+) Depreciação do Exercício 858.924,55 861.529,31 1. Contexto Operacional
(+) Amortização 46.221,02 70.472,13
A Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB, com sede na cidade de Brasília-DF, é o órgão de
( +/- ) Ajuste ref. Baixas: Imobilizado, Investimento e Ajuste
(479.785,68) (479.785,68) representação, controle, registro e cadastramento do Sistema Cooperativista Brasileiro.
Patrimônio Social
Resultado Líquido Ajustado 8.717.079,28 8.533.495,55
2. Apresentação das Demonstrações Contábeis:
Fluxo de Caixa do Ativo e Passivo Operacional (circulantes)
As Demonstrações Contábeis foram elaboradas com observância aos princípios de contabilidade ado-
Contribuição Cooperativista a Receber 115.392,76 (156.318,33)
tados no Brasil e adaptadas às atividades da Organização.
Créditos Diversos 62.099,69 (140.342,74)
Almoxarifado 130.883,49 (49.672,59)
Fornecedores 149.745,66 (1.069,96) 3. Principais Práticas Contábeis
Convênio DGRV 2.255,79 998,02
a) Ativo e Passivo Circulantes
Convênio APEX -
Obrigações Tributárias/Contribuições 47.761,04 86.114,49 O ativo e o passivo circulantes estão compostos por valores vencíveis no prazo de 360 dias.
Provisão Férias e Encargos Sociais 81.307,53 216.349,82
Credores Diversos 22.643,03 (41.910,01) b) Depreciação e Amortização
Outras Obrigações 56.638,67 (20.501,78) As depreciações do imobilizado foram calculadas pelo método linear, observando-se as taxas es-
Caixa Líquido das Atividades Operacionais 668.727,66 (106.353,08) tabelecidas em função do tempo de vida útil fixado por espécie de bens, perfazendo o montante de
R$ 379.138,87, contabilizada como Despesa Operacional do Exercício. A Amortização do Intangível foi
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento de R$ 46.221,02.
Variação de Participação Societária (173.721,89) (224.950,25)
Variação de Imobilizado (363.388,82) (43.592,41) c) Valor Recuperável (Impairment Test) dos Ativos Imobilizados
Variaçao de Intangível - (27.306,48) Em consonância com as Normas, Interpretações e os Comunicados Técnicos de forma convergente com
Caixa Líquido nas Atividades de Investimento (537.110,71) (295.849,14) as Normas Internacionais de Contabilidade e a promoção de uso dessas normas nas demonstrações
contábeis para fins gerais no Brasil, e adaptando-as à OCB no que lhe diz respeito, à luz do que deter-
Aumento Líquido ao Caixa e Equivalente de Caixa 8.848.696,23 8.131.293,33 mina a NBC T 19.41 Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, Seção 27 Redução do Valor Recu-
Caixa e Equivalente de Caixa no Fim do Período 39.177.809,70 30.329.113,47 perável para Ativo em seu item 27.7 Indicadores de desvalorização, que diz “Se não existir indicação de
Caixa e Equivalente de Caixa no Início do Período 30.329.113,47 22.197.820,14 desvalorização, não é necessário estimar o valor recuperável” e com base nas informações geradas pela
Variação das Contas Caixa/Bancos/Equivalente de Caixa 8.848.696,23 8.131.293,33 Gerência de Logística - Gelog, de não haver indicação de que os ativos fixos (imobilizado e intangível)
As Notas Explicativas são partes integrantes das Demonstrações Financeiras

118 119
RESULTADOS FINANCEIROS

apresentassem perda de representatividade econômica, esta contabilidade manterá os mesmos parâ-


CONTA VALORES EM R$
metros para os valores dos bens do grupo do imobilizado e intangível e respectivos métodos para depre-
Encargos e Impostos sobre terceiros 50.640,09
ciação e amortização destes; contudo, recomenda-se para o fim do ano seguinte o procedimento de se
testar e avaliar a redução do valor recuperável do ativo fixo, salvo se não houver necessidade. Encargos, Consignações e Impostos sobre folha de pagamento 545.409,49

d) Apuração do Resultado
✓✓ Provisão de férias e encargos sociais no montante de R$ 1.397.097,21, corresponde a 52,81%.
É adotado o regime de competência para registro das receitas e despesas.
✓✓ Obrigações por convênios OCB-OCEs na ordem de R$ 210.000,00, correspondente a 7,94% re-
ferente a fomento às OCEs, pela manutenção da regularidade da contribuição cooperativista por
4. Créditos parte das cooperativas registradas.

Destaca-se no Ativo Circulante a conta Outros Créditos no montante de R$ 731.385,66, nesta abarca-
-se o crédito sob o título de: 6. Patrimônio Social
Contribuição Cooperativista a Receber, com saldo final de R$ 216.824,65, corresponde a 29,65%, re- a) Ajuste de Avaliação Patrimonial
presenta os valores arrecadados de Contribuição Cooperativista que serão repassados a OCB a partir
de janeiro de 2018. Na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial Edificações foi procedida a baixa no montante de
R$ 479.785,68 referente ao exercício de 2017, pela realização por meio da depreciação do bem avaliado.
Créditos Diversos no montante de R$ 514.561,01, corresponde a 70,35%, deste as parcelas relevantes
são: b) Resultado do Exercício

CONTA VALORES EM R$ O resultado do exercício foi apropriado na conta Superávit do Exercício Corrente à disposição da As-
sembleia.
Adiantamentos Concedidos 320.408,76
Contrato de mútuo concedido à OCEMA e OCB-AL, montante remanescente 176.071,21
Márcio Lopes de Freitas
Valores a Recuperar Contr. Serv. Jurídicos Demarest e Almeida Advogados Associados 18.065,04
Presidente
CPF: 046.067.008-58
5. Informação de Obrigações
Renato Nobile
Do montante final do Passivo Circulante na ordem de R$ 2.645.448,88, destacam-se as seguintes con-
Superintendente
tas relevantes:
CPF: 057.178.698-78
✓✓ Fornecedores na ordem de R$ 415.010,46 corresponde a 15,69% com vencimento em 2018.
Jonny Sousa Brito
✓✓ Obrigações Tributárias/Contribuições no montante de R$ 596.049,58, correspondem a 22,53% e
Contador
compõem-se das seguintes rubricas a vencer em 2018:
CRC/MG 053494/O-1 T-DF
CPF: 385.309.701-44

120 121
RESULTADOS FINANCEIROS

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS Responsabilidade da administração e da governança pelas demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações fi-
nanceiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela
determinou como necessários para permitir a elaboração das demonstrações financeiras livres de dis-
torção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capa-


Ilmos. Srs.
cidade da Organização continuar operando, divulgando, quando aplicáveis, os assuntos relacionados
Membros da Diretoria e Conselho Fiscal da
com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações
ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS - OCB financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Organização ou cessar suas operações,
BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Organização são aqueles com responsabilidade pela supervisão
Opinião do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Examinamos as demonstrações financeiras da ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS BRASILEIRAS


- OCB, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demons- Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras
trações de superávit ou déficit, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em con-
fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas,
junto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir
incluindo o resumo das principais políticas contábeis.
relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um nível de segurança, mas não
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em to- uma garantia de que uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de
dos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATI- auditoria sempre detectará as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser
VAS BRASILEIRAS – OCB em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os fluxos de decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto,
caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários toma-
das com base nas referidas demonstrações financeiras.

Base para opinião Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria,
exercemos julgamento profissional, e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nos-
disso:
sas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada
“Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes ✓✓ Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, indepen-
em relação à Organização, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética dentemente de causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria
Profissional do Contador e nas normas Profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para
e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é
evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. maior do que proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles inter-
nos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

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RESULTADOS FINANCEIROS

✓✓ Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos pro- PARECER DO CONSELHO FISCAL DA OCB
cedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos
opinião sobre a eficácia dos controles internos da Organização. REFERENTE AO EXERCÍCIO DE 2017
✓✓ Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contá-
beis e respectivas divulgações feitas pela administração.
O Conselho Fiscal, em suas reuniões, analisou os atos de gestão, as demonstrações financeiras e a
✓✓ Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade ope-
documentação contábil mensal, considerando-as regulares.
racional, e com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe uma incerteza significativa em
relação a eventos ou circunstâncias que possa causar dúvida significativa em relação à capacidade Considerando que, nesta data, amparado na análise do Relatório da Auditoria e do respectivo Relató-
de continuidade operacional da Organização. Se concluirmos que existe uma incerteza significa- rio dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Contábeis relativas ao Balanço Patrimonial
tiva, deveríamos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações de 2017, realizada pela C Serv & Auditores Associados, que analisou e considerou regulares as contas
nas demonstrações financeiras ou incluir modificações em nossa opinião, se as divulgações fossem do exercício de 2017, apresentadas por meio do Balanço Patrimonial, da Demonstração do Resulta-
inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a do, da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, da Demonstração do Fluxo de Caixa, da
data de nosso relatório. Demonstração da Mutação do Ativo Investimento Imobilizado/Intangível e das Notas Explicativas às
✓✓ Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusi- Demonstrações Contábeis e, com base no inciso II, artigo 21 do Estatuto Social da Organização das
ve as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações Cooperativas Brasileiras – OCB, recomenda à Assembleia Geral Ordinária a aprovação das contas do
e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. exercício de 2017.
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance
Por fim, o Conselho Fiscal ressalta as boas práticas de gestão e governança observadas pela OCB du-
planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais
rante o execício de 2017, sob responsabilidade deste Conselho.
deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Curitiba, 9 de março de 2018. Brasília-DF, 14 de março de 2018.

MAURO DE SOUZA CSERV & AUDITORES ASSOCIADOS


Auditor Responsável CRC-PR Nº. 00.5377/O-8
ERNANDES RAIOL DA SILVA
Contador CRC – PR Nº. 010.899/O-6 Coordenador e Conselheiro Fiscal Titular

JOSÉ FRANCISCO DO NASCIMENTO


Secretário e Conselheiro Fiscal Titular

MARCOS DIAZ
Conselheiro Fiscal Titular

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