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PLANO DE DESENVOLVIMENTO

CAMPO PESCADA
UN-RNCE

CONTRATO ANP Nº 48000.003912/97-84

DEZEMBRO/2004
SUMÁRIO

SUMÁRIO ............................................................................................................................... ii
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................. iv
LISTA DE TABELAS........................................................................................................... vii
LISTA DE ANEXOS............................................................................................................viii
1. SUMÁRIO EXECUTIVO ................................................................................................... 9
2. LOCALIZAÇÃO DO CAMPO ......................................................................................... 11
3. GEOLOGIA E RESERVATÓRIOS.................................................................................. 13
3.1. Histórico da Exploração.............................................................................................. 13
3.2. Modelo Geológico da Área do Campo ....................................................................... 18
3.2.1. Estratigrafia.......................................................................................................... 18
3.2.2. Aspectos Estruturais ............................................................................................ 21
3.2.3. Sistema Petrolífero............................................................................................... 22
3.3 Modelo Geológico de Reservatório ............................................................................. 28
3.3.1. Zoneamento Estratigráfico, Litofácies e Evolução Diagenética.......................... 28
3.3.2. Geometria Externa e Parâmetros de Reservatórios.............................................. 36
3.3.3. Análises de Testemunhos e Ensaios Petrofísicos................................................. 41
3.3.4. Resultados dos testes de formação....................................................................... 42
3.3.5. Análise Quantitativa de Perfis ............................................................................. 70
3.3.6. Análises de Fluidos .............................................................................................. 70
3.4 Engenharia de Reservatórios ....................................................................................... 70
3.4.1. Estudos de Reservatórios ..................................................................................... 72
3.4.2. Propriedades dos fluidos ...................................................................................... 72
3.4.3. Propriedades das rochas....................................................................................... 79
3.4.4. Simulação dos reservatórios ................................................................................ 87
3.5. Metodologia de Gerenciamento de Reservatórios ...................................................... 93
4. RESERVAS ....................................................................................................................... 94
4.1. Volumes in-situ........................................................................................................... 94
4.2. Produções acumuladas e reservas ............................................................................... 95
4.3. Regulamento Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural ................................... 95
5. PREVISÃO DE PRODUÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE FLUIDOS............................. 97
5.1 Previsão de Produção................................................................................................... 97
5.2. Previsão de Movimentação de Fluidos ..................................................................... 134
6. POÇOS............................................................................................................................. 136
6.1 Perfuração .................................................................................................................. 136
6.2 Completação .............................................................................................................. 137
7. SISTEMA DE COLETA DA PRODUÇÃO ................................................................... 142
8. UNIDADES DE PRODUÇÃO........................................................................................ 144
9. PROCESSAMENTO DE FLUIDOS E UTILIDADES................................................... 146
10. SISTEMA DE ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO .................................................. 150
10.1. Dutos de escoamento .............................................................................................. 150
10.2. Bombas e compressores.......................................................................................... 150
11. SISTEMA DE MEDIÇÃO ............................................................................................ 151
11.1. Ponto de medição.................................................................................................... 151
11.2. Procedimento de medição ....................................................................................... 151
ii
12. GARANTIA DE ESCOAMENTO ................................................................................ 154
12.1. Condições de operação consideradas para garantia de escoamento ....................... 154
12.2 Prevenção de ocorrências anormais ......................................................................... 154
12.3 Eliminação e mitigação de ocorrências anormais.................................................... 155
13. MAPEAMENTO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO ..................................................... 156
14. SEGURANÇA OPERACIONAL E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL ........................ 157
14.1. Gerenciamento de risco bases conceituais........................................................... 157
14.2. Resposta a emergências .......................................................................................... 161
14.3. Planejamento da inspeção e manutenção................................................................ 162
14.4. Segurança operacional manuseio de substancias tóxicas ou perigosas
incrustações radioativas ................................................................................................... 164
14.5. Especificações dos fluidos de perfuração dos poços de desenvolvimento ............. 166
14.6. Áreas com classificação especial ............................................................................ 169
14.7. Outros métodos e práticas de preservação ambiental ............................................. 170
14.7.1. Verificação da estabilidade do fundo............................................................... 170
14.7.2. Preservação de comunidades bióticas de fundo............................................... 171
15. DESATIVAÇÃO DO CAMPO ..................................................................................... 172
15.1. Unidades Estacionárias de Produção ...................................................................... 172
15.1.1. Dutos Submarinos............................................................................................ 172
15.1.2. Abandono de poços.......................................................................................... 172
15.1.3. Abandono das Plataformas .............................................................................. 173
15.1.4. Recuperação da área do local........................................................................... 173
15.1.5. Verificação final .............................................................................................. 173
15.2. Detalhamento do Projeto ........................................................................................ 174
15.2.1. Descrição das Instalações ................................................................................ 174
15.2.2. Caracterização das substâncias contidas na instalação, indicando suas
propriedades físico-químicas ....................................................................................... 174
15.2.3. Caracterização da disposição final, com definição das propriedades químicas e
físicas do local ............................................................................................................. 175
15.2.4. Premissas de remoção das instalações ............................................................. 175
15.2.5. Seleção do local de disposição......................................................................... 175
15.2.6. Levantamento dos efeitos potenciais de impacto ............................................ 176
15.2.7. Monitoramento................................................................................................. 176
15.3. Custos de Desativação ............................................................................................ 176
16. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ........................................................................... 177
ANEXOS ............................................................................................................................. 178

iii
LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Mapa de localização do Campo de Pescada....................................................... 11


Figura 2.2 - Detalhe da área da concessão de Pescada .......................................................... 12
Figura 3.3 Mapa de localização dos levantamentos sísmicos 3D da área do Campo de
Pescada........................................................................................................................... 16
Figura 3.4 - Arcabouço estrutural das acumulações da Área de Pescada.............................. 17
Figura 3.5 Carta Estratigráfica da Bacia Potiguar, ilustrando a posição estratigráfica
(retângulo vermelho) dos reservatórios produtores de óleo no Campo de Pescada ...... 20
Figura 3.6 Mapa Estrutural do Topo da Zona PD200 do Campo de Pescada (as linhas AA
e BB correspondem às seções geológicas da Figura 3.7 e Figura 3.8)......................... 23
Figura 3.7 Seção geológica dip no Campo de Pescada....................................................... 24
Figura 3.8 - Seção geológica strike no Campo de Pescada.................................................... 25
Figura 3.9 - Seção sísmica dip no Campo de Pescada........................................................... 26
Figura 3.10 - Seção sísmica strike no Campo de Pescada ..................................................... 27
Figura 3.11 Modelo de migração e acumulação do Campo de Pescada............................. 28
Figura 3.12 Perfil Tipo do Campo de Pescada ................................................................... 32
Figura 3.13 Descrição dos testemunhos 1 e 2 do poço 3-RNS-85, ilustrando as litofácies
interpretadas para os reservatórios do Campo de Pescada............................................ 33
Figura 3.14 Arenitos grossos com cruzadas acanaladas. Canal distributário (3-RNS-85) . 34
Figura 3.15 Arenitos finos a muito finos com estratificação cruzada sigmoidal. Frente
deltaica (3-RNS-85) ....................................................................................................... 35
Figura 3.16 Gráfico com o gradiente de temperatura para o Campo de Pescada ............... 40
Figura 3.17 Gráfico com o gradiente de pressão com a profundidade para o Campo de
Pescada (kgf/cm2/m). Os dados de pressão são limitados aos testes de formação
efetuado nos poços RNS-84, RNS-88 e RNS-85........................................................... 41
Figura 3.18 Variação da composição dos fluidos amostrados nas zonas PD-200 e PD-300
com a profundidade ....................................................................................................... 75
Figura 3.19 Comportamento da Psat com a profundidade nas zonas PD-200 e PD-300 ... 75
Figura 3.20 Comparação entre os dados de inicialização e os dados da PVT .................... 77
Figura 3.21 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,25......................... 81
Figura 3.22 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,25........................... 82
Figura 3.23 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,30......................... 82
Figura 3.24 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,30........................... 83
Figura 3.25 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,35......................... 83
Figura 3.26 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,35........................... 84
Figura 3.27 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,40......................... 84
Figura 3.28 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,40........................... 85
Figura 3.29 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,45......................... 85
Figura 3.30 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,45........................... 86
Figura 3.31 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para zona PD-100.................... 86
Figura 3.32 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para zona PD-100...................... 87
Figura 3.33 Ajuste da RGO de produção do campo. A curva em azul representa a RGO
observada e em vermelho, a RGO obtida pelo modelo ................................................. 88
Figura 3.34 Ajuste da pressão do PE-1, em produção nas zonas PD-200 e PD-300 .......... 88
Figura 3.35 Ajuste da pressão do PE-2, quando em produção na zona PD-100 ................ 89
iv
Figura 3.36 Ajuste da pressão do PE-2, em produção nas zonas PD-100 e PD-400 .......... 89
Figura 3.37 Ajuste da pressão do PE-03, quando em produção na zona PD-100 .............. 90
Figura 3.38 Ajuste da pressão do PE-3, em produção nas zonas PD-100 e PD-400 .......... 90
Figura 3.39 Ajuste da pressão do RNS-84, em produção nas zonas PD-200 e PD-300..... 91
Figura 3.40 Ajuste da pressão do RNS-85, em produção nas zonas PD-200 e PD-300..... 91
Figura 3.41 Ajuste da pressão do RNS-88, quando em produção na zona PD-100 ........... 92
Figura 3.42 Ajuste da pressão do RNS-88, em produção nas zonas PD-100, PD-200 e PD-
300 ................................................................................................................................. 92
Figura 5.43 - Curvas de produção de gás do campo .............................................................. 97
Figura 5.44 - Curvas de produção de óleo e condensado do campo...................................... 98
Figura 5.45 - Curvas de produção acumulada de petróleo e gás do campo........................... 99
Figura 5.46 Evolução dos fatores de recuperação de petróleo e gás do campo................ 100
Figura 5.47 - Curvas de produção de petróleo da zona PD-100 .......................................... 101
Figura 3.48 - Curvas de produção de gás da zona PD-100.................................................. 102
Figura 5.49 - Curvas de produção de água da zona PD-100................................................ 102
Figura 5.50 - Comportamento da RGO da zona PD-100..................................................... 103
Figura 5.51 - Comportamento da RAO da zona PD-100..................................................... 103
Figura 5.52 - Comportamento da pressão da zona PD-100 ................................................. 104
Figura 5.53 - Curvas de produção de gás das zonas PD-200 e PD-300 .............................. 104
Figura 5.54 - Curvas de produção de petróleo das zonas PD-200 e PD-300....................... 105
Figura 5.55 - Curvas de produção de água das zonas PD-200 e PD-300 ............................ 105
Figura 5.56 Comportamento da RGO das zonas PD-200 e PD-300................................. 106
Figura 5.57 Comportamento da RAO das zonas PD-200 e PD-300................................. 106
Figura 5.58 Comportamento da pressão das zonas PD-200 e PD-300 ............................. 107
Figura 5.59 - Curvas de produção de gás da zona PD-400.................................................. 107
Figura 5.60 - Curvas de produção de condensado da zona PD-400 .................................... 108
Figura 5.61 - Curvas de produção de água da zona PD-400................................................ 108
Figura 5.62 Comportamento da RGO da zona PD-400 .................................................... 109
Figura 5.63 Comportamento da RAO da zona PD-400 .................................................... 109
Figura 5.64 Comportamento da pressão da zona PD-400 ................................................ 110
Figura 5.65 - Curvas de produção de gás da zona PD-500.................................................. 110
Figura 5.66 - Curvas de produção de condensado da zona PD-500 .................................... 111
Figura 5.67 - Curva de produção de água da zona PD-500 ................................................. 111
Figura 5.68 Comportamento da RGO da zona PD-500 .................................................... 112
Figura 5.69 Comportamento da pressão da zona PD-500 ................................................ 112
Figura 5.70 Curva de produção de gás da zona PD-600................................................... 113
Figura 5.71 Curva de produção de condensado da zona PD-600 ..................................... 113
Figura 5.72 Curva de produção de água da zona PD-600 ................................................ 114
Figura 5.73 Comportamento da RGO da zona PD-600 .................................................... 114
Figura 5.74 Comportamento da pressão da zona PD-600 ................................................ 115
Figura 5.75 Curvas de produção de gás da zona PD-700 ................................................. 115
Figura 5.76 Curvas de produção de condensado da zona PD-700.................................... 116
Figura 5.77 Curvas de produção de água da zona PD-700 ............................................... 116
Figura 5.78 Comportamento da RGO da zona PD-700 .................................................... 117
Figura 5.79 Comportamento da pressão da zona PD-700 ................................................ 117
Figura 5.80 Curvas de produção de gás da zona PD-800 ................................................. 118
Figura 5.81 Curvas de produção de condensado da zona PD-800.................................... 118
Figura 5.82 Curva de produção de água da zona PD-800 ................................................ 119
Figura 5.83 Comportamento da RGO da zona PD-800 .................................................... 119
v
Figura 5.84 Comportamento da pressão da zona PD-800 ................................................ 120
Figura 5.85 Evolução do fator de recuperação de petróleo das diversas zonas................ 121
Figura 5.86 Evolução do fator de recuperação de gás das diversas zonas........................ 121
Figura 5.87 Mapa inicial da saturação de gás na zona PD-200 ........................................ 122
Figura 5.88 Mapa inicial da saturação de gás na zona PD-300 ........................................ 123
Figura 5.89 Mapa inicial da saturação de óleo na zona PD-200....................................... 123
Figura 5.90 Mapa inicial da saturação de óleo na zona PD-300....................................... 124
Figura 5.91 Mapa inicial da saturação de água na zona PD-200 ...................................... 124
Figura 5.92 Mapa inicial da saturação de água na zona PD-300 ...................................... 125
Figura 5.93 Mapa da saturação de gás na zona PD-200 em junho de 2004 ..................... 125
Figura 5.94 Mapa da saturação de gás na zona PD-300 em junho de 2004 ..................... 126
Figura 5.95 Mapa da saturação de óleo na zona PD-200 em junho de 2004.................... 126
Figura 5.96 Mapa da saturação de óleo na zona PD-300 em junho de 2004.................... 127
Figura 5.97 Mapa da saturação de água na zona PD-200 em junho de 2004 ................... 127
Figura 5.98 Mapa da saturação de água na zona PD-300 em junho de 2004 ................... 128
Figura 5.99 Mapa da saturação de gás na zona PD-200 em 2010 .................................... 128
Figura 5.100 Mapa da saturação de gás na zona PD-300 em 2010 .................................. 129
Figura 5.101 Mapa da saturação de óleo na zona PD-200 em 2010................................. 129
Figura 5.102 Mapa da saturação de óleo na zona PD-300 em 2010................................. 130
Figura 5.103 Mapa da saturação de água na zona PD-200 em 2010 ................................ 130
Figura 5.104 Mapa da saturação de água na zona PD-300 em 2010 ................................ 131
Figura 5.105 Mapa da saturação de gás na zona PD-200 em 2031 .................................. 131
Figura 5.106 Mapa da saturação de gás na zona PD-300 em 2031 .................................. 132
Figura 5.107 Mapa da saturação de óleo na zona PD-200 em 2031................................. 132
Figura 5.108 Mapa da saturação de óleo na zona PD-300 em 2031................................. 133
Figura 5.109 Mapa da saturação de água na zona PD-200 em 2031 ................................ 133
Figura 5.110 Mapa da saturação de água na zona PD-300 em 2031 ................................ 134
Figura 6.111 - Esquemas típicos de completação dos poços de Pescada linear 4 1/2 ...... 140
Figura 6.112 - Esquemas típicos de completação dos poços de Pescada revest. 7 ......... 141
Figura 7.113 - Sistema de coleta e escoamento da produção dos campos de Pescada e
Arabaiana ..................................................................................................................... 143
Figura 8.114 - Plataformas PPE-1A e PPE-1B.................................................................... 145
Figura 8.115 - Plataforma PPE-2......................................................................................... 145
Figura 9.116 - Fluxograma simplificado do processamento dos fluidos de Pescada em
Guamaré....................................................................................................................... 149
Figura 11.117 Desenho esquemático do sistema de medição........................................... 153
Figura 14.118 - Sistema de Gestão de SMS ........................................................................ 160
Figura 16.119 Cronograma de Desenvolvimento do Campo de Pescada......................... 177

vi
LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 - Coordenadas geográficas requeridas para Pescada............................................ 12


Tabela 3.2 Histórico dos Poços perfurados no Campo de Pescada .................................... 14
Tabela 3.3 - Campo de Pescada Principais Características ................................................ 28
Tabela 3.4 - Lista dos poços testemunhados no Campo de Pescada ..................................... 30
Tabela 3.5 Parâmetros médios de reservatório para as Zonas do Campo de Pescada ........ 37
Tabela 3.6 Fluidos e mecanismo de produção por zona ..................................................... 71
Tabela 3.7 Composição do fluido amostrado na zona PD-100........................................... 72
Tabela 3.8 Fluidos amostrados para análise PVT nas zonas PD-200 e PD-300................. 74
Tabela 3.9 Composição do fluidos amostrados nas zonas PD-200 e PD-300 .................... 74
Tabela 3.10 Propriedades dos pseudocomponentes zonas PD-200 e PD-300................. 76
Tabela 3.11 Composição dos fluidos após pseudoização, em fração molar (%)................ 76
Tabela 3.12 Composição do fluido representativo das zonas PD-400 a PD-800 ............... 77
Tabela 3.13 Propriedades dos pseudo componentes e composição do fluido amostrado no
RNS-90 após realizada a pseudoização ......................................................................... 78
Tabela 3.14 Comparação entre análise de testemunhos e perfis (zona PD-200) ................ 79
Tabela 3.15 Comparação entre análise de testemunhos e perfis (zona PD-300) ................ 79
Tabela 3.16 Valores de permeabilidade disponíveis para as zonas PD-400 a PD-800....... 81
Tabela 4.17 Volumes originais in place.............................................................................. 94
Tabela 4.18 Produções acumuladas do campo ................................................................... 95
Tabela 4.19 Reservas do campo (BAR de dezembro de 2004) .......................................... 96
Tabela 5.20 Previsão do comportamento de produção de petróleo, água e gás natural do
campo de Pescada .......................................................................................................... 99
Tabela 5.21 - Previsão de Movimentação de Gás para o campo de Pescada....................... 134
Tabela 6.22 - Histórico dos poços perfurados no Campo de Pescada ................................. 136
Tabela 6.23 - Completações no campo de Pescada ............................................................. 137
Tabela 6.24 - Poços perfurados no campo de Pescada ........................................................ 138
Tabela 6.25 - Testes da zonas produtoras no campo de Pescada......................................... 138
Tabela 6.26 - Revestimentos no campo de Pescada ............................................................ 139
Tabela 7.27 - Características das linhas de produção/injeção ............................................. 142
Tabela 8.28 - Principais Características das Plataformas .................................................... 144
Tabela 9.29 - Principais características do slug catcher ...................................................... 147
Tabela 9.30 - Principais características do tratamento de gás ............................................. 147
Tabela 9.31 - Principais características dos turbo compressores......................................... 147
Tabela 9.32 - Principais características da Unidade de Produção de Óleo Diesel............... 148
Tabela 9.33 - Principais características da UPGN-II ........................................................... 148
Tabela 10.34 - Duto de escoamento existente ..................................................................... 150

vii
LISTA DE ANEXOS

Anexo 1 Mapas das zonas do campo de Pescada, VOLUME I Zonas PD100, PD200;
VOLUME II Zonas PD300, PD400, PD500; VOLUME III - PD600, PD700, PD800
..................................................................................................................................... 179
Anexo 2 Análises petrofisicas básicas do campo de Pescada........................................... 180
Anexo 3 - Perfis Corridos nos Poços do Campo de Pescada............................................... 186
Anexo 4 Resultados das análises de óleo e condensado ................................................... 193
Anexo 5 Resultados das análises de gás ........................................................................... 210
Anexo 6 Resultados das análises de água ......................................................................... 211
Anexo 7 - Localização das plataformas, poços e dutos do campo de Pescada.................... 215
Anexo 8 - Mapa batimétrico dos campos de Pescada, Arabaiana e Áreas do RNS-33, RNS-
93 e RNS-128............................................................................................................... 216

viii
1. SUMÁRIO EXECUTIVO

O Campo de Pescada foi descoberto em 1980, conta atualmente com 17 poços


perfurados e teve iniciada a fase de produção em abril de 1999. Este campo está localizado
na plataforma continental do Estado do Rio Grande do Norte, na Bacia Potiguar, a cerca de
31Km da costa do município de Areia Branca, em lâmina d água média de 25 m.
O Campo de Pescada possui oito zonas portadoras de hidrocarbonetos, (zonas PD100
a PD800) pertencentes à Formação Pendência, das quais as mais importantes são as Zonas
PD200 e PD300, que ocorrem a uma profundidade média de 3850 metros. Essas zonas são
portadoras de óleo, e/ou gás e condensado retrógrado sendo composta por arenitos flúvio-
deltaicos, com net-pay, porosidade e permeabilidade média iguais a 12 m, 12% e 2 mD,
respectivamente.
Possui reservas totais de óleo de 145 mil m³ de óleo, 1,059 milhões m³ de condensado
e 4353 milhões de m³ de gás. As reservas provadas são 145 mil m³ para óleo, 958 mil m³ de
condensado e 3998,34 milhões de m³ de gás. A produção do campo foi iniciada em 1999.
A malha de drenagem é composta pelos poços 1-RNS-84, 3-RNS-85, 3-RNS-88D,
7-PE-1D, 7-PE-2D e 7-PE-3D. Todos os poços em produção são surgentes.
Os campos de Pescada e Arabaiana tiveram os planos de implantação e de
desenvolvimento da produção elaborados e implementados em conjunto. As principais
diretrizes que nortearam o projeto foram: plataformas desabitadas e simplicidade
operacional nas instalações marítimas.
Existe uma plataforma central no Campo de Pescada (PPE-1A), que centraliza a coleta
e escoamento, uma vez que não há separação nem tratamento dos fluidos produzidos. Essa
plataforma (PPE-1A) recebe também os fluidos produzidos nas plataformas satélites de
Arabaiana (ARB) e de Norte de Pescada (NPE), sendo que os fluidos produzidos são
direcionados para um separador de teste de produção e/ou diretamente para a linha de
exportação para Guamaré, por fluxo multifásico.
Não existe sistema de tratamento de fluidos produzidos nem tratamento e descarte de
efluentes nas plataformas. Todo o processamento da produção, medição e tratamento
ocorrem no Polo Industrial de Guamaré, localizado na costa a uma distância de 68
quilômetros.

9
Ainda estão previstos para o campo de Pescada totalizam US$ 4,06 milhões para 2005,
sendo US$ 3,74 milhões em completação de poços e US$ 0,32 milhões em escoamento da
produção.
A desativação do campo está prevista para 2025.

10
2. LOCALIZAÇÃO DO CAMPO

O Campo de Pescada está localizado na Plataforma Continental do Estado do Rio


Grande do Norte, na Bacia Potiguar, a cerca de 31 km da costa do município de Areia
Branca, em lâmina d água média de 25 m (Figura 2.1).
A área de desenvolvimento é de 55.247 km2. A Figura 2.2 mostra a área registrada
junto à ANP com o limite externo da projeção superficial dos reservatórios produtores. A
Tabela 2.1 apresenta as coordenadas dos vértices da área de concessão.

Figura 2.1 - Mapa de localização do Campo de Pescada

11
Figura 2.2 - Detalhe da área da concessão de Pescada

Tabela 2.1 - Coordenadas geográficas requeridas para Pescada


------------------------------------------------------------------------------
* Nome/Pto Latitude Longitude Coord. Norte Coord. Este
1 4 44 22.500 S 36 51 15.000 W 9452394.42 6901995.34
2 4 44 22.500 S 36 45 56.250 W 9452150.93 6911815.29
3 4 40 37.500 S 36 45 56.250 W 9459372.80 6911991.06
4 4 40 37.500 S 36 47 30.000 W 9459443.61 6909102.57
5 4 41 33.750 S 36 47 30.000 W 9457638.36 6909058.91
6 4 41 33.750 S 36 50 37.500 W 9457780.12 6903282.04
7 4 41 52.500 S 36 50 37.500 W 9457178.53 6903267.51
8 4 41 52.500 S 36 51 15.000 W 9457206.86 6902112.14
9 4 44 22.500 S 36 51 15.000 W 9452394.42 6901995.34
------------------------------------------------------------------------------
Projeção: POLICONICA; Datum: SAD-69; M.C.: 54.00;
Falso Norte: 10000000.00; Falso Este: 5000000.00.

12
3. GEOLOGIA E RESERVATÓRIOS

3.1. Histórico da Exploração

Os Campos de Pescada (PE), Arabaiana (ARB), Dentão (DEN), Norte de Pescada


(NPE) e Guaiúba (GUB), integram a informalmente denominada Área de Pescada (Figura
2.1, Figura 3.3 e Figura 3.4). O Campo de Pescada conta com oito (8) zonas de produção
denominadas PD100 a PD800, do topo para a base.
Atualmente existem 17 poços perfurados dentro da área de concessão de Pescada
(Tabela 3.2), sendo que um é pioneiro (1-RNS-27), um é pioneiro adjacente (4-RNS-92), 12
são extensões e três são de desenvolvimento. Desses poços, três foram perdidos por acidente
mecânico (RNS-88D, RNS-94D e RNS-95D).
Além do levantamento sísmico 2D (179 km) utilizado na fase inicial de exploração da
Bacia Potiguar (parte submersa) que culminou com a descoberta do Campo de Pescada,
existem dois levantamentos sísmicos 3D denominados 3D-Pescada (PESCADA 3D),
adquirido em 1984, cobrindo uma área de 248 km2 e o 3D-Norte de Pescada (NOPESC 3D),
adquirido em 1991, cobrindo uma área de 460 km2 (Figura 3.3). O levantamento sísmico
PESCADA 3D cobre toda a área de concessão de Pescada, e o NOPESC 3D cobre a porção
norte do campo.
O início da atividade exploratória nessa área ocorreu em novembro de 1980, com a
perfuração do poço 1-RNS-27, descobridor do Campo de Pescada, o qual encontrou
reservatórios com gás e condensado retrógrado na Formação Pendência, em intervalos
correspondentes às zonas PD400 a PD800. As demais zonas estão ausentes por falha.
Em abril de 1983 foi concluída a perfuração do poço 3-RNS-33, extensão do
1- RNS-27 para norte. O poço 3-RNS-33 foi descobridor de óleo e gás em reservatórios das
Formações Alagamar e Pescada, não correlacionáveis aos do poço pioneiro 1- RNS-27. Essa
nova acumulação (RNS-33) deu origem ao Campo Norte de Pescada (NPE).
Em novembro de 1985, após o levantamento sísmico 3D de Pescada (PESCADA 3D)
foi concluída a perfuração do poço 3-RNS-84 que, além dos reservatórios com gás do
1-RNS-27, foi descobridor de outros reservatórios com gás e condensado na Formação
Pendência. Esse poço apresenta todas as oito zonas do campo. Foi posicionado um template

13
sobre a base do 3-RNS-84 e perfurados três poços direcionais a partir dessa base
(3-RNS-88DA, em março de 1986; 3-RNS-90D em agosto de 1986; e 7-PE-1D-RNS em
março de 1987). O poço 3-RNS-88DA foi perfurado para sudoeste e confirmou a presença
de todos os reservatórios presentes no 3-RNS-84, porém mais baixos estruturalmente. O
3-RNS-90D foi perfurado para oeste, sendo que as zonas PD100, PD200 e PD300 estão
ausentes por falha. O poço 7-PE-1D-RNS foi perfurado para sudeste e foi semelhante ao
3-RNS-88DA.
Em abril de 1986 foi concluído o poço 3-RNS-86, que constatou a continuidade dos
reservatórios para leste, mostrando alguns dos reservatórios com óleo.
O poço 3-RNS-85 (setembro de 1986) foi perfurado ao sul e apresentou os
reservatórios saturados por gás e óleo. A partir da base do RNS-85 foram perfurados mais
dois poços: o RNS-94DA (abril de 1987), que foi considerado seco, pois encontrou os
reservatórios com água e delimitou a acumulação no sentido sul; o RNS-95DA (agosto de
1987) teve resultado semelhante ao RNS-85, com os reservatórios saturados por óleo e gás.
O poço 3-RNS-96 (abril de 1987), perfurado a leste do RNS-86, apresentou
reservatórios produtores de gás estruturalmente mais baixos que os equivalentes produtores
de óleo no RNS-86, demonstrando uma descontinuidade por falha entre ambos.
Os poços de desenvolvimento 7-PE-2D (novembro de 1997) e 7-PE-3D (setembro de
1998) além do 3-RNS-88DB (dezembro de 1999), gêmeo do 3-RNS-88DA, foram
perfurados para compor a malha de drenagem do campo.
Adicionalmente, em fevereiro de 1984 foi perfurado o poço 7-RNS-56D, a partir da
base do poço 3-RNS-33 e localizado na concessão Norte de Pescada. Esse poço foi
perfurado para sul, no sentido do Campo de Pescada, e delimitou a acumulação do Campo
Norte de Pescada nessa direção. Esse poço atravessou a Falha de Pescada e atingiu
reservatórios portadores de gás, estratigraficamente mais antigos que os reservatórios da
Zona PD800, dentro da acumulação do Campo de Pescada.

Tabela 3.2 Histórico dos Poços perfurados no Campo de Pescada


Ano de Situação Plataforma
Poço Classificação Geometria Tipo
Perfuração Atual de Produção
Descobridor de
1RNS 27 out-1980 pioneiro vertical abandonado
campo de gás

14
Ano de Situação Plataforma
Poço Classificação Geometria Tipo
Perfuração Atual de Produção
Produtor de
3RNS 84 nov-1985 extensão vertical gás e produtor PPE1
condensado
Abandonado
3RNS
jan-1986 extensão direcional acidente abandonado
88D
mecânico
3RNS Produtor de
mar-1986 extensão direcional abandonado
88DA óleo e gás
Produtor de
3RNS 86 abr-1986 extensão vertical abandonado
óleo
Produtor
3RNS
ago-1986 extensão direcional subcomercial abandonado
90D
de gás
Produtor de
3RNS 85 ago-1986 extensão vertical óleo, gás e produtor PPE2
condensado.
Abandonado
3RNS
dez-1986 extensão direcional acidente abandonado
94D
mecânico
7PE 1D
mar-1987 Desenvolv. direcional produtor produtor PPE1
RNS
3RNS
abr-1987 extensão direcional Seco abandonado
94DA
Produtor de
3RNS 96 abr-1987 extensão vertical gás e abandonado
condensado
Abandonado
3RNS
abr-1987 extensão direcional acidente abandonado
95D
mecânico
Pioneiro
4RNS 92 mai-1987 vertical Seco abandonado
adjacente
Produtor de
3RNS
ago-1987 extensão direcional óleo, gás e abandonado
95DA
condensado.
Produtor de
7PE 2D
nov-1998 Desenvolv. direcional óleo, gás e produtor PPE1
RNS
condensado.
Produtor de
7PE 3D
set-1999 Desenvolv. direcional óleo, gás e produtor PPE1
RNS
condensado.
Produtor de
3RNS
dez-1999 extensão direcional óleo, gás e produtor PPE1
88DB
condensado.

15
Figura 3.3 Mapa de localização dos levantamentos sísmicos 3D da área do Campo de Pescada

16
Figura 3.4 - Arcabouço estrutural das acumulações da Área de Pescada
17
3.2. Modelo Geológico da Área do Campo

3.2.1. Estratigrafia

A coluna estratigráfica da Bacia Potiguar no Campo de Pescada está representada, da


base para o topo, por quatro megaseqüências deposicionais: uma seqüência rift, que
compreende as Formações Pendência e Pescada; uma seqüência transicional, que
corresponde aos sedimentos da Formação Alagamar; uma seqüência transgressiva, que
engloba as Formações Quebradas e Jandaíra; e uma seqüência regressiva, que inclui os
sedimentos das Formações Ubarana, Tibau e Guamaré (Figura 3.5).
A Formação Pendência é composta por arenitos, folhelhos e siltitos, pertencentes à
fase rift, depositados em um ambiente flúvio-lacustre. No Campo de Pescada, esta formação
está representada por sedimentos pertencentes aos andares Buracica e Jiquiá (biozonas
P-180 e P-220). Nessa unidade estratigráfica estão contidos os reservatórios com óleo, gás e
condensado (zonas PD100 a PD800) do Campo de Pescada.
A Formação Pescada é constituída por espessos e uniformes pacotes de arenitos,
folhelhos e siltitos, de idade Eo-Aptiano (biozona 230), depositados por sistemas de leques
aluviais coalescentes a flúvio-deltáicos. Os contatos, inferior com a Formação Pendência, e
superior com a Formação Alagamar, são discordantes.
A Formação Alagamar, de idade Aptiana, tem seu contato basal caracterizado por uma
discordância angular de caráter regional. Este contato se dá com os sedimentos da Formação
Pendência, no bloco alto do Sistema de Falhas de Pescada, e com os sedimentos da
Formação Pescada, no bloco baixo deste sistema de falhas. Esta unidade está subdividida, da
base para o topo, em: Membro Upanema, Camadas Ponta do Tubarão e Membro Galinhos.
O Membro Upanema é composto de arenitos fluvio-deltáicos, com intercalações de
folhelhos e carbonatos lacustres. As Camadas Ponta do Tubarão (CPT) são constituídas por
margas e calcilutitos ostracoidais intercalados com folhelhos que marcam o final da
deposição essencialmente lacustrina e o início dos primeiros registros de ingressão marinha
na bacia. O Membro Galinhos é predominantemente argiloso, apresentando intercalações de
arenitos finos, folhelhos e calcilutitos que representam sistemas deltáicos marcados por uma
provável influência marinha.

18
A Formação Quebradas, neste campo, está representada por sedimentos de idade
Albo-Cenomaniano, sendo constituída por folhelhos marinhos de plataforma e talude com
delgadas intercalações de arenitos. Apresenta contato basal discordante com a Formação
Alagamar.
A Formação Jandaíra sobrepõe-se gradacionalmente à Formação Quebradas e foi
depositada desde o Turoniano até o Campaniano. Esta formação é composta por uma grande
plataforma carbonática que, no Campo de Pescada, está representada por sua fácies distal
composta principalmente por calcilutitos.
As formações Tibau, Guamaré e Ubarana representam uma mega seqüência
regressiva, com registro contínuo na porção submersa da bacia. Depositada desde o Neo-
Campaniano até o Recente, constitui uma unidade progradacional composta de arenitos e
conglomerados de leques costeiros da Formação Tibau, que gradam lateralmente para
sedimentos de plataforma carbonática, compostos de calcarenitos bioclásticos, com
intercalações de calcilutitos , folhelhos e arenitos da Formação Guamaré. A porção mais
distal do registro regressivo inclui os folhelhos marinhos de talude e planície bacial, com
presença de arenitos turbidíticos e conglomerados de fluxos de detritos, que constituem a
Formação Ubarana.
Os reservatórios portadores de óleo, gás e condensado retrógrado ocorrem na
Formação Pendência (Figura 3.5).

19
Figura 3.5 Carta Estratigráfica da Bacia Potiguar, ilustrando a posição estratigráfica
(retângulo vermelho) dos reservatórios produtores de óleo no Campo de Pescada

20
3.2.2. Aspectos Estruturais

A origem das bacias interiores do nordeste brasileiro e a separação do continente


Gondwana têm sido temas de trabalhos de diversos autores, todos tendo em comum a
ligação genética entre estes dois eventos. São reconhecidos pelo menos três importantes
estágios tectônicos, em resposta à dinâmica das placas tectônicas durante o início da
fragmentação do Gondwana, denominados de Sin-Rift I, Sin-Rift II e Sin-Rift III. Os
sedimentos das formações Pescada e Pendência, que contém os principais reservatórios
portadores de hidrocarbonetos na Área de Pescada , foram depositados no estágio Sin-Rift
III. Nesta fase o eixo de rifteamento estava posicionado na atual porção submersa da bacia
com direção de transporte tectônico E-W e movimentos predominantemente transtensionais
destrais, em resposta ao início do processo de deriva continental. O registro desta fase na
Bacia Potiguar é restrito à porção submersa, sendo dado pelas seções Barreniana Superior e
Aptiana Inferior, das Formações Pescada e Pendência, respectivamente (Figura 3.5).
O final da fase Rift na Bacia Potiguar é marcado pela deposição dos sedimentos da
Formação Alagamar durante o Neoaptiano (Figura 3.5), sobre uma forte discordância
angular (mais evidente na porção emersa), em resposta ao início de uma subsidência lenta e
generalizada. Dados geoquímicos e bioestratigráficos (presença de dinoflagelados) sugerem
que a primeira incursão marinha na bacia tenha ocorrido nesta idade.
A principal feição estrutural da área em estudo é o Sistema de Falhas de Pescada, com
direção predominante ESE/WNW (Figura 3.4). São interpretadas como falhas de
transferência da fase Sin-Rift III, reativadas com componentes de rejeito direcional destral
no Neocampaniano, gerando uma série de estruturas en echelon.
Os Campos de Pescada e Arabaiana estão posicionados nos blocos alto e baixo,
respectivamente, do Sistema de Falhas de Pescada (Figura 3.4).
Este sistema de falhas limita a norte os reservatórios portadores de óleo e gás da
Formação Pendência no Campo de Pescada. O mapa estrutural do topo da Zona PD200, um
dos reservatórios produtores de óleo, gás e condensado retrógrado deste campo, pertencente
a Formação Pendência, ilustra o modelo eminentemente estrutural das acumulações de
petróleo nesse campo (Figura. 3.4). A estrutura da acumulação é um homoclinal, alongado
na direção leste-oeste e com mergulho acentuado para sul. Os limites norte, oeste e leste são
dados por falhas, e a sul o limite é dado pelos contatos óleo/água e gás/água. O campo está
21
individualizado em dois blocos: o bloco principal, onde se encontram a maioria dos poços, e
o bloco do RNS-96, portador de gás, que apresenta contatos gás/água diferentes do bloco
principal e reservatórios com características permoporosas inferiores.
As seções geológicas dip e strike apresentadas na Figura 3.7 e Figura 3.8,
respectivamente, ilustram a distribuição geográfica das acumulações de hidrocarbonetos do
Campo de Pescada. A Figura 3.9 e Figura 3.10 apresentam duas seções sísmicas
interpretadas, passando pelos mesmos poços das seções geológicas apresentadas na Figura
3.7 e Figura 3.8.
O Anexo 1 apresenta os mapas estrutural do topo e de espessura porosa com óleo da
Zona PD100; os mapas estruturais e espessuras porosas com gás e com óleo das zonas
PD200 e PD300; além dos mapas estruturais dos topos e de espessuras porosas com gás das
zonas PD400 a PD800 da Formação Pendência. Este anexo apresenta, também, o mapa
batimétrico da área de Pescada-Arabaiana.

3.2.3. Sistema Petrolífero

A correlação geoquímica feita entre o petróleo recuperado e as rochas geradoras


evidencia que o mesmo tem origem tipicamente continental, originado por folhelhos
lacustres de água doce da Formação Pendência, em contato direto com os reservatórios,
através dos quais ocorre a migração para os ápices das estruturas (acumulações nas
formações Pendência e Pescada).
A Figura 3.11 ilustra o modelo de migração e acumulação do Campo de Pescada.

22
Figura 3.6 Mapa Estrutural do Topo da Zona PD200 do Campo de Pescada (as linhas
AA e BB correspondem às seções geológicas da Figura 3.7 e Figura 3.8)

23
Figura 3.7 Seção geológica dip no Campo de Pescada
24
Figura 3.8 - Seção geológica strike no Campo de Pescada

25
Figura 3.9 - Seção sísmica dip no Campo de Pescada
26
Figura 3.10 - Seção sísmica strike no Campo de Pescada
27
Figura 3.11 Modelo de migração e acumulação do Campo de Pescada

3.3 Modelo Geológico de Reservatório

3.3.1. Zoneamento Estratigráfico, Litofácies e Evolução Diagenética

No Campo de Pescada, os reservatórios portadores de hidrocarbonetos ocorrem na


Formação Pendência, distribuídos nas zonas PD100, PD200, PD300, PD400, PD500,
PD600, PD700 e PD800, do topo para a base (Figura 3.10). As principais características
desses reservatórios encontram-se resumidas na Tabela 3.3.

Tabela 3.3 - Campo de Pescada Principais Características


Variação de Profundidade Net-Pay Médio Área com HC
Zonas Fluidos
dos topos (m) (m) (Km2)
PD100 -2987 / -3554 9,9 5,52 Óleo
Gás, condensado
PD200 -3046/-3614 18,0 13,80
retrógrado e óleo volátil

28
Variação de Profundidade Net-Pay Médio Área com HC
Zonas Fluidos
dos topos (m) (m) (Km2)
Gás, condensado
PD300 -3076 / -3667 12,7 11,57
retrógrado e óleo volátil
PD400 -3097/-3713 11,3 8,82 Gás
PD500 -3122/-3700 5,0 8,47 Gás
PD600 -3206/-3832 2,5 17,42 Gás
PD700 -3,213/-3843 5,0 16,41 Gás
PD800 -3234/-3884 3,5 15,71 Gás

O tipo de fluído presente nas zonas PD200 e PD300 é de difícil definição. A


caracterização mais precisa desse fluído será apresentada com detalhe no item 3.3.6.
A Zona PD100, única portadora de óleo (black oil) no campo, é restrita ao ápice da
estrutura, ocorrendo com óleo nos poços RNS-88DA, PE-1D, PE-2D e PE-3D. O contato
óleo/água foi posicionado a -3260 metros, tendo sido estimado entre a base dessa zona no
poço PE-1D (-3216 m) e o topo dela no poço RNS-86 (-3325 m). A análise PVT realizada
no poço 3-RNS-88DA fornece uma pressão de saturação de 198,17Kgf/cm2, enquanto a
pressão original do reservatório é de aproximadamente 338,00Kgf/cm2.
As zonas PD200 e PD300 são as mais importantes do campo e, embora em todos os
poços estejam separadas por um corpo de folhelho de 5m, em média, aparentemente
apresentam os mesmos contatos. O contato gás/óleo (-3340m) foi estimado entre a base com
gás da Zona PD300 no poço 7-PE-1D-RNS (-3319m) e o topo com óleo da Zona PD200 no
3-RNS-85 (-3353m); para o contato óleo/água foi considerado o valor de -3460m, que
equivale ao topo com água da zona PD300 no 3-RNS-95DA.
A zona PD400 (Anexo 1) apresenta as maiores espessuras com gás nos poços
1-RNS-27 e 7-PE-1D-RNS. O contato gás/água foi considerado em -3460m que, além de
corresponder ao topo da água no 3-RNS-95DA, é um valor intermediário entre a base da
zona no 3-RNS-85 (-3450m) e o topo, com água, no 3-RNS-86 (-3467m).
Para as zonas PD500 a PD800, o contato gás/água foi estimado em -3750m, entre a
base do gás (-3741m) e o topo da água (-3759m) no 3-RNS-95DA.
A zona PD500 tem ocorrência de reservatórios restrita à porção oeste do campo e ao
bloco do 3-RNS-96, atingindo as maiores espessuras no poço 3-RNS-85, enquanto que a
zona PD600 se desenvolve melhor na área do 3-RNS-96. Os reservatórios das zonas PD700
e PD800 apresentam-se mais bem desenvolvidos na área dos poços 3-RNS-85 e
3-RNS-90D, respectivamente.

29
A Figura 3.7 e Figura 3.8 mostram o relacionamento estrutural entre as diversas zonas
do campo, bem como os contatos entre fluídos.
No Campo de Pescada foram retirados testemunhos em seis poços, sendo que em quatro
deles foram amostrados os reservatórios portadores de hidrocarboneto (Tabela 3.4). A partir
dos dados de rocha, foram definidas quatro litofácies principais: arenitos com granulometria
areia grossa, areia fina a muito fina, síltico-argilosa e folhelhos.

Tabela 3.4 - Lista dos poços testemunhados no Campo de Pescada


REC REC
POÇO TESTMO INTERVALO FORMAÇÃO ZONA
(m) (%)
1-RNS-27 1
1-RNS-27 2
1-RNS-27 03 2763,7 2780,7 17,0 100 Alagamar ALG-E
3-RNS-84 01 3146,0 3158,0 12,0 100 Pendência PD400
3-RNS-85 01 3428,0 3444,0 16,0 100 Pendência PD300
01 3434,0 3444,0 10,0 100 Pendência PD200
3-RNS-86
02 3863,0 3881,0 18,0 100 Pendência --
01 3096,0 3106,2 10,0 100 Pendência --
4-RNS-92
02 3106,2 3124,2 17,3 100 Pendência --
01 3025,0 3034,0 09,0 100 Pendência --
3-RNS-96 02 3550,0 3562,0 12,0 100 Pendência PD300
03 4386,0 4397,0 11,0 100 Pendência --

Essas litofácies, associadas a dados paleontológicos, indicam que a Formação


Pendência foi depositada em ambiente deltaico-lacustre, onde os arenitos com granulometria
areia grossa, com estratificação cruzada e base erosional, representam a deposição em canais
distributários da planície deltaica; os arenitos com granulometria areia muito fina a fina,
com estratificação cruzada sigmoidal, representam a frente deltaica e os folhelhos, as fácies
de prodelta. As fácies síltico-argilosas, bioturbadas e retrabalhadas por ondas, sugerem um
ambiente lacustre-costeiro, sem influência deltaica. A Figura 3.13 mostra a descrição de
testemunhos do poço 3-RNS-85, ilustrando os depósitos de areia grossa de canal
distributário (caixas 1 a 6); depósitos argilosos de prodelta (caixas 7 a 10) e depósitos de
areia fina de frente deltaica (caixas 11 a 16). A Figura 3.14 é uma fotografia desses
testemunhos, ilustrando os depósitos de canal distributário, e a Figura 3.15 ilustra os
depósitos de frente deltaica.

30
Pelas análises petrofísicas, os arenitos com granulometria areia grossa apresentam as
melhores características de reservatórios, com porosidades variando de 10 a 15% e
permeabilidades de até 10mD. Os arenitos com granulometria areia muito fina a fina da
frente deltaica também mostram porosidades de 10 a 15%, porém com permeabilidades
baixas, de até 2mD (Ver coluna Petrofísica na Figura 3.13).
De forma geral, os reservatórios das zonas PD500 a PD800 apresentam reservatórios
delgados e, apesar de não terem sido testemunhados, eles são interpretados como depósitos
de frente deltaica, baseado nas suas características em perfil. Os reservatórios de canais
distributários devem estar restritos às zonas PD100 a PD400, além de ter, também,
reservatórios de frente deltaica.

31
Figura 3.12 Perfil Tipo do Campo de Pescada

32
Figura 3.13 Descrição dos testemunhos 1 e 2 do poço 3-RNS-85, ilustrando as
litofácies interpretadas para os reservatórios do Campo de Pescada

33
Figura 3.14 Arenitos grossos com cruzadas acanaladas. Canal distributário
(3-RNS-85)
34
Figura 3.15 Arenitos finos a muito finos com estratificação cruzada sigmoidal. Frente
deltaica (3-RNS-85)
35
Os principais constituintes mineralógicos encontrados nos arenitos reservatórios são
fragmentos de rochas (40/60%), quartzo (20/30%) e feldspato (25/35%). Os cimentos mais
comuns são os de calcita, clorita ferrífera e clorita-esmectita.
A porosidade geralmente é do tipo secundária intergranular, registrada pela presença
de poros alargados, margens de grãos corroídas e alveolação de grãos feldspáticos.
Foram observados os seguintes eventos diagenéticos: compactação mecânica,
sobrecrescimentos sintaxiais em grãos de quartzo e feldspatos, alteração de grãos
feldspáticos, cimentação por calcita, dolomita/dolomita ferrosa, dissolução do cimento
carbonático, clorita, clorita-esmectita, ilita, ilita-esmectita, cimentação tardia de quartzo e
feldspato, esfeno, anatásio, migração dos hidrocarbonetos e pirita.

3.3.2. Geometria Externa e Parâmetros de Reservatórios

A geometria externa dos reservatórios bem como os dados estruturais, posições dos
contatos entre fluidos e espessuras porosas com gás e óleo, podem ser vistos nos mapas
apresentados no Anexo 1. A análise dos mapas permite que sejam feitas as seguintes
considerações :
Zona PD100 As maiores espessuras de reservatórios estão localizadas na porção
sudoeste do campo, havendo um limite de ocorrência de reservatórios na parte norte
do campo, nos poços estruturalmente mais altos. As melhores porosidades ocorrem na
porção central , com valores entre 12% e 15%.
Zona PD200 As maiores espessuras de reservatórios e maiores porosidades ocorrem
na porção sudoeste do campo, na área dos poços RNS-85 e RNS-95DA, que coincide
com os maiores valores de H.PHI.So. Para leste as espessuras e porosidades
decrescem.
Zona PD300 Os reservatórios com as melhores características de espessura,
porosidade e saturação ocorrem na porção central do campo, nas adjacências do poço
RNS-84, com porosidade da ordem de 16% e saturação de gás de 80%. Para leste e sul
os arenitos tornam-se mais delgados e fechados e com baixas saturações de
hidrocarbonetos.

36
Zona PD400 Na área leste ocorrem as maiores espessuras de reservatórios, porém as
maiores porosidades e saturações ocorrem na porção central do campo, próximo ao
poço PE-1D.
Zona PD500 Tem ocorrência restrita à área oeste do campo, com melhores
características de reservatórios na região do RNS-85; as maiores saturações ocorrem
no RNS-90D, no topo da estrutura.
Zona PD600 Na área leste (RNS-96) ocorre os melhores reservatórios.
Zona PD700 Essa zona é mais significativa na área do poço RNS-85.
Zona PD800 As maiores espessuras ocorrem na área dos poços RNS-85 e
RNS-94DA.

A Tabela 3.5 apresenta os valores de espessura porosa (H), porosidade média (PHIm),
saturação de hidrocarboneto (Shc) e volume poroso com hidrocarboneto (H.PHI.Shc) para
os reservatórios do Campo de Pescada.
Foram utilizados os resultados obtidos na interpretação de perfis, que teve como base
o Modelo Duas Águas , considerando como cut-offs os valores de 5% de porosidade
efetiva e 40% de volume de argila.
Esses resultados encontram-se resumidos na Tabela 3.5. O Poço 7-PE-2D não teve
perfis de resistividade corridos, razão pela qual os valores de Shc e H.PHI.Shc não são
apresentados.

Tabela 3.5 Parâmetros médios de reservatório para as Zonas do Campo de Pescada


ZONA POÇO H (m) PHIm (%) Shc (%) H.PHI.Shc FLUIDO
3-RNS-84 4,4 11,3 30,8 0,04 ÓLEO
3-RNS-85 9,8 11,1 26,2 - ÁGUA
3-RNS-86 6,8 13,9 34,1 - ÁGUA
3-RNS-88DA 9,9 15,0 55,1 0,86 ÓLEO
3-RNS-94DA 15,8 11,6 21,6 - ÁGUA
PD100
3-RNS-95 13,7 14,3 38,4 - ÁGUA
3-RNS-96 6,0 8,3 33,6 - ÁGUA
7-PE-1D 9,0 12,4 45,8 0,60 ÓLEO
7-PE-2D 12,3 14,0 - - ÓLEO
7-PE-3D 8,3 12,0 62,5 0,62 ÓLEO
PD200 3-RNS-84 18,0 13,9 65,6 1,77 GÁS
3-RNS-85 24,6 14,8 58,1 2,20 ÓLEO

37
ZONA POÇO H (m) PHIm (%) Shc (%) H.PHI.Shc FLUIDO
3-RNS-86 12,6 11,3 59,4 0,86 ÓLEO
3-RNS-88DA 21,3 13,5 65,6 1,95 GÁS
3-RNS-94DA 26,6 11,9 26,0 - ÁGUA
3-RNS-95D 20,3 14,5 62,4 1,89 ÓLEO
3-RNS-96 12,6 10,6 50,0* 0,57 GÁS
7-PE-1D 16,0 12,5 63,9 1,32 GÁS
7-PE-2D 16,2 11,9 - - GÁS
7-PE-3D 10,6 9,6 73 0,74 GÁS
3-RNS-84 16,8 16,4 81,8 2,30 GÁS
3-RNS-85 9,0* 13,3 49,2 0,59* ÓLEO
3-RNS-86 12,4 12,6 57,6 0,93 ÓLEO
3-RNS-88DA 16,2 12,7 66,9 1,41 GÁS
3-RNS-94DA 7,6 9,8 23,9 - ÁGUA
PD300
3-RNS-95D 9,5 12,1 47,6 - ÁGUA
3-RNS-96 9,2 9,7 50,0* 0,31 GÁS
7-PE-1D 14,3 10,9 63,4 1,05 GÁS
7-PE-2D 9,9 12,3 - - GÁS
7-PE-3D 14,7 9,7 79 1,13 GÁS
1-RNS-27 20,6 10,1 57,6 1,25 GÁS
3-RNS-84 11,6 10,8 51,6 0,69 GÁS
3-RNS-85 3,6 8,7 26,3 0,09 GÁS
3-RNS-86 21,8 11,6 34,1 - ÁGUA
3-RNS-88DA 5,3 7,8 49,1 0,22 GÁS
3-RNS-90D 3,5 9,4 70,0 0,23 GÁS
PD400
3-RNS-94DA 10,4 10,1 24,6 - ÁGUA
3-RNS-95D 13,7 9,6 43,5 - ÁGUA
3-RNS-96 10,2 9,2 46,0 0,49 GÁS
7-PE-1D 24,0 9,6 49,2 1,18 GÁS
7-PE-2D 24 11,5 - - GÁS
7-PE-3D 28,8 9,8 71,4 2,00 GÁS
3-RNS-84 0,8 6,5 47,4 0,03 GÁS
3-RNS-85 17,0 13,5 58,2 1,39 GÁS
3-RNS-88DA 1,3 9,1 51,7 0,06 GÁS
3-RNS-90D 7,3 9,2 73,1 0,50 GÁS
PD500 3-RNS-95D 2,9 7,8 44,1 0,10 GÁS
3-RNS-96 2,0 10,4 56,2 0,12 GÁS
7-PE-1D 0,5 6,5 33,8 0,01 GÁS
7-PE-2D 0,8 6,3 GÁS
7-PE-3D 4,6 8,7 62,0 0,24 GÁS
PD600 1-RNS-27 1,6 9,2 53,4 0,051 GÁS
3-RNS-84 1,4 7,0 50,8 0,036 GÁS

38
ZONA POÇO H (m) PHIm (%) Shc (%) H.PHI.Shc FLUIDO
3-RNS-85 0,0 - - - **
3-RNS-86 2,8 10,2 73,1 0,212 GÁS
3-RNS-88DA 0,0 - - - **
3-RNS-90D 1,0 7,1 55,0 0,039 GÁS
3-RNS-94DA 2,4 12,6 28,3 - ÁGUA
3-RNS-95D 1,3 14,1 76,8 0,14 GÁS
3-RNS-96 6,8 12,3 69,7 0,60 GÁS
7-PE-1D 2,1 8,4 67,0 0,13 GÁS
7-PE-2D 1,7 8,6 GÁS
7-PE-3D 3,0 8,8 74,6 0,19 GÁS
1-RNS-27 5,8 8,9 64,3 0,34 GÁS
3-RNS-84 4,2 10,8 61,0 0,28 GÁS
3-RNS-85 15,8 15,6 70,6 1,77 GÁS
3-RNS-86 3,8 8,7 59,6 0,20 GÁS
3-RNS-88DA 3,7 9,7 68,3 0,26 GÁS
3-RNS-90D 1,7 6,7 66,2 0,08 GÁS
PD700
3-RNS-94DA 13,4 12,0 21,8 - ÁGUA
3-RNS-95 5,0 12,2 61,8 0,39 GÁS
3-RNS-96 5,8 8,9 54,5 0,29 GÁS
7-PE-1D 2,1 8,2 63,4 0,11 GÁS
7-PE-2D 4,2 8,8 GÁS
7-PE-3D 5,2 7,9 71,4 0,29 GÁS
1-RNS-27 1,6 8,1 47,8 0,07 GÁS
3-RNS-84 4,2 10,6 60,9 0,28 GÁS
3-RNS-85 3,8 13,6 65,3 0,34 GÁS
3-RNS-86 1,6 7,1 42,9 0,05 GÁS
3-RNS-88DA 3,5 11,3 69,6 0,28 GÁS
3-RNS-90D 7,5 11,7 76,3 0,68 GÁS
PD800
3-RNS-94DA 6,1 9,6 34,4 - ÁGUA
3-RNS-95D 3,9 10,9 60,6 0,27 GÁS
3-RNS-96 2,0 6,1 50,0* 0,04 GÁS
7-PE-1D 1,6 8,2 58,7 0,08 GÁS
7-PE-2D 1,2 7,3 - - GÁS
7-PE-3D 0,0 - - - -

Os gráficos com os gradientes de temperatura e pressão para o Campo de Pescada


podem ser vistos na Figura 3.16 e Figura 3.17, respectivamente. Como pode ser visto, essa
área está submetida a regimes de alta pressão e alta temperatura (HTHP). O gradiente
geotérmico para o Campo de Pescada é elevado (61,4 °F/km). Na Formação Pendência,
entre 3400 e 4000 metros de profundidade ocorre uma anomalia de temperatura, no intervalo
39
correspondente aos reservatórios produtores do campo, onde o Gradiente geotérmico é de
72,7 °F/km. O gráfico com o gradiente de pressão com a profundidade foi construído com os
dados de pressão obtidos dos testes de formação efetuado nos poços RNS-84, RNS-88 e
RNS-85.

Figura 3.16 Gráfico com o gradiente de temperatura para o Campo de Pescada

40
Pressao
330 350 370 390 410
3000

3100

3200

3300

3400

3500

3600

3700

Figura 3.17 Gráfico com o gradiente de pressão com a profundidade para o Campo
de Pescada (kgf/cm2/m). Os dados de pressão são limitados aos testes de formação
efetuado nos poços RNS-84, RNS-88 e RNS-85

3.3.3. Análises de Testemunhos e Ensaios Petrofísicos

Com base nos testemunhos cortados nos reservatórios do Campo de Pescada (Tabela
3.4) foram identificados dois tipos de reservatórios: aqueles depositados canais distributários
dentro de uma planície deltaica, e aqueles depositados na frente deltaica/prodelta.
Os reservatórios pertencentes às fácies de canal distributário possuem porosidades
médias de 10% a 15% e permeabilidade média de até 10mD, Os valores de permeabilidade
mais altos se devem ao baixo teor de argila e a predominância de poros inter e
intragranulares, que favorecem a interconectividade destes poros
Os reservatórios pertencentes às fácies de frente deltaica apresentam porosidades
médias de 10 a 15%. e permeabilidades médias de até 2 mD. evidenciando um baixo grau de
interconectividade do sistema poroso.
As análises petrofísicas disponíveis para o Campo de Pescada estão relacionadas na
tabela apresentada no Anexo 2.
41
3.3.4. Resultados dos testes de formação

3.3.4.1.Testes de avaliação Zona PD100 Formação Pendência

O reservatório em análise foi testado nos poços 3-RNS-88-DA e 7-PE-1D-RNS,


obtendo-se os seguintes resultados:

3-RNS-88DA

TFR - 03:
Teste efetuado no período de 08 a 11.12.86 no intervalo 3.425,0 - 3.434,0 m
pertencente à Formação Pendência. Nesse teste, o intervalo revelou-se produtor de óleo de
42°API a 60°F com vazão de 41,0 m3/d de óleo, surgente, e 6.000,0 m3/d de gás,
RGO=150m3/m3, com Pcab=39,4 kgf/cm2 em abertura de 16/64".
O arenito apresentou baixa permeabilidade, produtividade regular e mostrou-se
naturalmente estimulado.
Não foi detectada a presença de H2S com medidor DRAGER neste intervalo.
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados do registrador interno (bundle
carrier), posicionado a 3.186,39 m (PV), forneceu os seguintes resultados:
IP (m3/d)/(kgf/cm2) 0,26
Ke (rnD) 0,99
DR 0,67
Kmédía (mD) 1,47
Pext1 (Kgf/cm2) 337,51
2
Pext2 (Kgtlcm ) 337,16
3
NP (m ) 65,00

42
7-PE-1D-RNS

TFR - 04:
Teste efetuado no período de 26.06 a 01.07.87 nos intervalos 3.497,0 a 3.500,0 m e
3.506,0 a 3.509,0 m da Formação Pendência. Nesse teste, o arenito revelou-se produtor de
óleo de 42,5°API a 60°F, com vazão de 135,0 m3/d, RGO de 146,0 m3/m3 e BSW=0,3% na
abertura 32/64" com pressão a montante de 46,0 kgf/cm2.
O intervalo possui transmissibilidade e permeabilidade efetiva ao óleo normais para a
área de Pescada, não tendo apresentado dano.
A pressão estática inicial do intervalo foi de 338,61 kgf/cm2 a 3,-189,0m (PV), e a
pressão estática final foi de 335,39 kgf/cm2, que equivale a uma queda de 3,22 kgf/cm2 após
a produção de aproximadamente 122,0 m3 de óleo.
Não foi detectada presença de H2S no gás produzido.
A interpretação do teste, baseada nos dados do registrador interno supenor,
posicionado a 3.189,0 m (PV), forneceu os seguintes resultados:
IP (m3/d)/(kgf/cm2) 0,94
Ke (mD) 4,58
DR 0,97
Kmédia (mD) 4,73
Pext1 (kgf/cm2) 338,61
Pext2 (kgf/cm2) 335,39
3
NP (m ) 122, O;

3.3.4.2. Testes de avaliação Zona PD200 Formação Pendência

3-RNS-88DA

TFR - 02:
Teste realizado no período de 20 a 25.11.86 no intervalo 3.494,0 - 3.503,0 m
pertencente à Formação Pendência.

43
Nesse teste, o intervalo revelou-se produtor de gás e de condensadode 48,3° API, com
vazão de 3 .500,üm3/d de gás e 8,0 m3/d de líquido (condensado + fluido de completação) na
abertura 32/64".
De acordo com a interpretação realizada, o intervalo apresentou-se de baixíssima
permeabilidade e com alto dano.
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados do registrador interno,
posicionado a 3248,0 m, forneceu os seguintes resultados:
I Ke (rnD) 0,08
DR 2,66
Kmédia (rnD) 0,03
Pext2 (kgf/cm2) 362,88
2
Pext3 (kgf/cm ) 362,73

TP - 02:
Teste realizado no período de 26 a 30.11.86, após acidificação do intervalo 3.494,0 -
3.503,0 m.
Nesse teste, houve produção de 43.500,0 m3/d de gás e 117,0 m3/d de líquido com
RGL de 372,0 m3 STD/m3 STD (BSW igual a 53,0 % causado por vazamento pela coluna e
ferramenta de teste), com Pcab de 38,7 kgf/cm2.
Por causa do grande vazamento, principalmente pelo jar, não foram descidos os
registradores, optando-se por efetuar novo TFR

TFR - 02A:
Teste realizado no período de 01 a 05.12.86, no intervalo 3.494,0 - 3.503,0 m.
Nesse teste, houve produção, na abertura de 32/64", de 36.000,0 m3/d de gás e 45,5
m3/d de condensado de 48,3°API a 15,6°C (vazão aferida) com BSW de 5,0 %, Pcab
variando de 43,6 a 45,7kgf/cm2 e RGO corrigida de 790, m3 STD/m3 STD.
O intervalo mostrou-se de baixa permeabilidade e com alto dano. Antes da
acidificação, a permeabilidade efetiva média na região investigada (68,0m), obtida no TFR-
02, foi de 0,08 mD, valor bem menor do que o obtido nesse teste, que foi de- 1,70 mD. Isso
sugere que o intervalo encontrava-se com dano profundo quando da realização do TFR-02,
sendo esse dano parcialmente removido com a acidificação.

44
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados do registrador inferior,
posicionado a 3.245,5m (PV), (-3.214,5m), forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 1,70
DR 4,93
Kmédia (mD) 0,34
2
Pextl (kgf/cm ) 363,74
2
Pext2 (kgf/cm ) 364,1
GP (m3) 65000
NP (m3) 85

3-RNS-85

TFR - 04:
Teste efetuado no período de 25.11 a 02.12.86, no intervalo 3.390,0 - 3.402,0m
pertencente à Zona PD200 da Formação Pendência.
Nesse teste, com produção final de 89,0 m3/d (aferida) de óleo, em abertura de 32/64",
Pcab variando de 25,3 a 28,l kgf/cm2, RGO corrigida de 320,0 m3/m3 e BSW de 7,0%
(sendo cerca de 6,0% de fluido de completação e 1,0% de água), o arenito apresentou
produtividade regular (IP=0,34 (m3/d)/(kgf/cm2) ), baixa permeabilidade e alto dano.
A pressão estática extrapolada final foi de 364,86 kgf/cm2 na profundidade vertical de
3.375,8 m. O objetivo principal de se investigar depleção foi prejudicado pelo fato de a
válvula de fundo (LPR-N) não ter fechado na primeira estática. Entretanto, como no TF-02
(teste a poço aberto) a pressão estática extrapolada corrigida para a mesma profundidade foi
de 363,8 kgf/cm2, pode-se afirmar que o intervalo não é depletivo.
Foi detectada a presença de H2S e CO2 nas concentrações de 17,0 e 2.000,0 ppm
respectivamente (medidor DRAGER).
A interpretação do teste, baseada nos dados do registrador externo inferior,
posicionado a 3.3 75,8 m (PV), forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 2,74
DR 3,63
Kmédia (mD) 0,65
2
Pextl (kgf/cm ) -

45
Pext2 (kgf/cm2) 364,86
NP (m3) 129,00

7 -PE-01 D-RNS

TFR - 03:
Teste efetuado no período de 21 a 25.06.87, no intervalo 3.584,0 - 3.589,0m da
Formação Pendência.
Esse teste foi parcialmente conclusivo por conta de vazamentos na segunda estática,
não tendo sido possível obter-se os parâmetros do reservatório.
O intervalo testado revelou-se produtor de hidrocarbonetos, com vazão de 88.800,0
m /d de gás e 72,0 m3/d de condensado de 47,8°API a 15,6°C, (RGC de 1.200,0 m3/m3) na
3

abertura 32/64", com pressão a montante de 66,0 kgf/cm2.


A pressão estática extrapolada foi de 366,47 kgf/cm2 a 3.271,0m (PV).

3-RNS-95DA

TFR - 02:
Teste efetuado no período de 05 a 06.09.87, no intervalo 3.712,0 - 3.718,0 m
pertencente à Formação Pendência.
Teste falho por rompimento prematuro da válvula de reversa (APR-A) durante a
pressurização do anular para acionamento do canhão TCP. Houve disparo da bomba da
sonda, com elevação intermitente da pressão para um pique de 217,9kgf/cm2, causando a
comunicação anular-coluna e conseqüente perda do teste.
Recomendou-se repetir o teste.

TFR - 2A:
Teste efetuado no período de 07 a 09.09.87, no intervalo 3.712,0 - 3.718,0m.
Teste qualitativamente conclusivo e mecanicamente perfeito. Durante o segundo fluxo
houve produção de pouco gás, em abertura de 24/64", com pressão na cabeça de 0,0
kgf/cm2, chama de 1,0m no queimador, sem surgência do colchão. Na circulação reversa,

46
foram recuperados 2,2 bbl de óleo de 35° API a 15,6°C, com vazão de 4,6m3/d por
crescimento de coluna.
O intervalo testado apresentou baixíssimas produtividade e transmissibilidade,
encontrando-se danificado (DR=1,8).
A interpretação quantitativa do teste forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 0,2
DR 1,80
Kmédia (mD) 0,10
2
Pextl (kgf/cm ) 373,77
Pext2 (kgf/cm2) 372,04
Foi recomendado o fraturamento hidráulico do intervalo.

TP - 02:
Teste realizado no período de 11 a 17.09.87, após fraturamento hidráulico do intervalo
3.712,0 - 3. 718,0 m da Formação Pendência.
Nesse teste, o arenito revelou-se produtor de óleo de 42° API a 15,6°C, com vazão de
óleo de 84,0 m3/d, vazão de gás de 26.500,0 m3/d e vazão de fluído-de fraturamento de
7,2m3/d (salinidade de 35.811,0 mg/l de CI-), na abertura de 32/64", com pressão de
separação de 6,0 kgf/cm2. A pressão a montante foi de 22,5 kgf/cm2 e a pressão a jusante de
8,l kgf/cm2. O valor da RGL medida foi de 250, 0m3/m3, sendo a RGO medida de 317,0
m3/m3 e o BSW final de 8,0%.
O intervalo testado apresentou boa produtividade e permeabilidade normal para o
campo, não se encontrando danificado (DR=0,95). Não houve indicação de fratura no
gráfico de Ramey.
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados do registrador posicionado a
3.419,9m (PV), forneceu os seguintes resultados:
1 Horner convencional 2 Ramey
IP ( (m3/d)/(kgf/cm2) 0,3
Ke (mD) 1,10 1,24
DR 0,93 0,95
Kmédia (mD) 1,20
2
Pextl (kgf/cm ) 375,07

47
3.3.4.3. Testes de avaliação Zona PD300 Formação Pendência

3-RNS-84

TFR - 02:
Teste realizado no período de 09 a 13.12.85, no intervalo 3.105,0 - 3.132,0 m.
Esse teste revelou o intervalo produtor de gás e condensado, com vazões de 175.000,0
e 160,0 m3 STD respectivamente, em abertura de 24/64", com pressão a montante de 211,0
kgf/cm2.
O arenito testado apresentou elevadas transmissibilidade e permeabilidade,
encontrando-se danificado. A capacidade máxima de produção, AOF, encontra-se em torno
de 2.330.000,0 m/d.
Após uma produção acumulada de 293.000,0 m3 STD de gás e de 270,0 m3 STD de
condensado de 55° API, não foi detectada nenhuma depleção significativa na pressão do
reservatório.
A interpretação do teste, baseada nos dados do registrador externo superior,
posicionado a 3.087,0m, forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 80,0
DR 3,00
Kmédia (mD) 26,00
Pextl (kgf/cm2) 360,99
Pext2 (kgf/cm2) 360,51
3
GP (1000 m ) 293,00
O dano, identificado no teste, pode ter sido causado, em parte, pela deposição de
líquido no reservatório nas imediações do poço, devido ao abaixamento de pressão abaixo
da pressão de bolha do gás condensado retrógrado.

3-RNS-88DA

TFR - 01:
Teste realizado em 04.04.86, no intervalo 3.529,0 - 3.538,0 m, e interrompido por
"kick" na descida da coluna.
48
TFR - lA:
Esse teste, realizado em 07.04.86, no intervalo 3.529,0 - 3.538,0m foi falho devido ao
rompimento do "pump out sub". Após a abertura da válvula LPR, o grande impacto no
atuador da válvula MUST provocou seu fechamento e rompimento do "pump out" com
perda de pressão no anular.

TFR - lB:
Nesse teste, realizado em 10.04.86, no intervalo 3.529,0 - 3.538,0m, não houve
surgência e não foi possível identificar o fluido da formação. A análise qualitativa forneceu
um altíssimo dano, com valores próximos de 24,0.
Foram recuperados 8,0 bbl de fluido de completação e filtrado de lama (10,3 Ib/gal)
na circulação reversa, além de 37,0 bbl de colchão de fluido.
O valor da pressão extrapolada 1 (Pext1) foi de 366,0 kgf/cm2 e o da pressão
extrapolada 2 (pext2) de 365,20 kgf/cm2.
Após o término do TFR-1B, foi decidido efetuar fraturamento no intervalo e realizar o
TP-01.

TP - 01:
O teste, realizado em 15.04.86, no intervalo 3.529,0 - 3.538,0m, indicou ser o arenito
produtor de gás e condensado, com vazões de 118.000,0 e 144,0m3/d, respectivamente, na
abertura de 32/64", com pressão a montante de 87,9 kgf/cm2, RGO medida de 830,0 m3/m3 e
BSW constante de 15,0% (gel de fraturamento)
Não houve registro de pressão de fundo durante as estáticas por problemas
operacionais.
Antes do teste tentou-se efetuar fraturamento do intervalo sem êxito (embuchamento
de areia). Foram injetados na formação 380,0 bbl de fluido de fraturamento, inclusive 24,0
bbl de colchão ácido - "Mud Acid".
Durante o primeiro fluxo, houve limpeza parcial do poço, tendo sido produzidos cerca
de 100,0 bbl de gel de fraturamento.

49
TFR-1C:
Nesse teste, realizado em 10.11.86, no intervalo 3.529,0 - 3.538,0 m, este mostrou-se
produtor de hidrocarbonetos, com vazões de 86.000,0 m3/d de gás e 105,0 m3/d de
condensado de 48,4°API a 15,6°C (vazão aferida) em abertura de 32/64", BSW final de
5,0% e. Pcab de 64,7 kgf/cm2. A RGO corrigi da foi de 860,0 m3/m3 com RGL corrigi da de
820, m3/m3.
A interpretação do teste, baseada nos dados do registrador interno, posicionado a
3.278,0 (PV), (-3.250,0 m), forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 18,00
DR 19,30
Kmédia (mD) 0,94
2
Pextl (kgf/cm ) 365,71
Pext2 (kgf/cm2) 366,51
*GP (1000 m3) 217,00
*NP (m3) 260,00
* Produções acumuladas 110 TFR-OIC e 110 TP-Ol.

3-RNS-86

TFR - 01:
O arenito testado no intervalo 3.449,0 - 3.459,0 m revelou-se produtor de óleo de
41°API, surgente, com vazão de 56,3 m3/d na abertura 20/64", pressão a montante de 45,7
kgf/cm2, RGO medida de 290,0 m3/m3 e BSW constante de 1,0% (sólidos).
A análise quantitativa apresentou baixíssima permeabilidade, baixa produtividade e
dano elevado.
A segunda pressão extrapolada foi de 372,48 kgf/cm2 a 3.427,6m: Houve dúvidas
quanto à extrapolação da primeira estática (369,62kgf/cm2) por causa de vazamento na
"stufling box". Houve também vazamento na terceira estática (na válvula LPR).
O índice de produtividade foi estimado em 0,23 (m3/d)/(kgf/cm2).
A interpretação do teste, baseada no registrador externo, a 3.427,6m, forneceu os
seguintes resultados:
Ke (mD) 2,35

50
DR 2,17
Kmédia (mD) 1,08
Pextl (kgf/cm2) 369,62
Pext2 (kgf/cm2) 372,48
Pext3 (kgf/cm2) 363,91
3
NP (m ) 9,00

TFR-1A
Nesse teste, o intervalo 3.449,0 - 3.459,0 m produziu óleo de 42,2° API a 1\5,6°C com
os seguintes valores:
Qo (rn3/d) Pcab (kgf/cm2) Abertura (pol)
"38,5 19,0 24/64
58,0 17,9 32/64
47,0 80,2 14/64
24,0 128,0 8/64
O arenito apresentou-se de baixa produtividade, baixa permeabilidade, e com dano.
Não foi observada depleção na pressão do reservatório para uma produção acumulada
de 54,0 m3 de óleo.
A interpretação do teste, baseada nos dados do registrador "bundle" externo,
posicionado a 3.427,1m, forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 2,80
DR 4,38
Kmédia (mD) 0,64
2
Pextl (kgf/cm ) 368,41
Pext2 (kgf/cm2) 369,30
NP (m3) 54,00

3-RNS-85

TFR - 03:
Teste realizado no período de 06 a 08.11.86 nos intervalos 3.425,0 - 3.429,0 m e
3.434,0 - 3.440,0 m da Formação Pendência.

51
Nesse teste, o intervalo revelou-se portador de óleo de 44,3° API a 15,6°C, não
surgente. A vazão estimada no segundo fluxo (crescimento de coluna) foi de 4,5 m3/d. O
intervalo testado apresentou baixíssima permeabilidade na região investigada, baixíssima
produtividade, com dano elevado.
A pressão estática extrapolada foi de 370,l kgf/cm2 na profundidade vertical de
3.405,7m.
Foi recomendado acidificar-se o intervalo e efetuar-se o TFR-3A.

TFR - 3A:
Teste realizado no período de 09 a 18.11.86, após acidificação dos intervalos 3.425,0 -
3.429,0 m e 3.434,0 - 3.440,0 m.
Nesse teste, o arenito revelou-se produtor de óleo de 43,5°API a 15,6°C, surgente,
tendo produzido com as seguintes vazões aferi das e pressões na cabeça:
Qo (m3/d) Pcab (kgf/cm2) Abertura (pol) Fluxo
120,0 66,7 3/8 1
133,0 76,6 3/8 2
154,0 69,6 1/2 3
A RGO corrigida foi de 330,0 m3/m3 e o BSW médio foi de 1,0%.
O intervalo testado revelou-se com produtividade regular, baixa permeabilidade e
dano moderado.
Foi detectada a presença de H2S e CO2, com concentrações respectivas de 17,0 ppm e
2.000,0 ppm (medidor DRAGER). Análise posterior indicou um teor total de enxofre de 2,7
ppm, sendo 1,8 ppm de H2S e 0,9 ppm de mercaptans.
O valor da pressão estática extrapolada na primeira estática foi de 358,53 kgf/cm2, ao
passo que na terceira estática foi de 347,91 kgf/cm2, totalizando uma queda de 10,62
kgf/cm2 após a produção de 600,0 m3 de óleo.
Foi detectada a presença de uma descontinuidade a cerca de 38,0 m do poço.
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados do registrador posicionado a
3.386,0 m, forneceu os seguintes resultados:
IP (m3/d)/kgf/cm2) 0,85
Ke (mD) 3,45
DR 1,97

52
Kmédia (mD) 1,75
Pextl (kgf/cm2) 358,53
Pext2 (kgf/cm2) 355,01
Pext3 (kgf/cm2) 347,91
NP (m3) 600,00

7 -PE-01 D-RNS

TFR - 02:
Teste efetuado no período de 15 a 19.06.87, nos intervalos 3.616,0 - 3.618,0 m da
Formação Pendência.
Nesse teste, o arenito revelou-se portador de hidrocarbonetos, com vazão .de gás de
62.930,0 m3/d e 76,4 m3/d de condensado de 43,4°API a 15,6°C, com BSW de 20,0%
(19m3/d de lama emulsionada), com RGL de 961,.0 m3/m3 e RGC de 824,0 m3/m3.
A abertura utilizada foi de 16/64, com pressão a montante de 183,0 kgf/cm2 e pressão
de separação de 12,0 kgf/cm2.
Foi detectada uma concentração de 4,0 ppm de H2S no gás produzido.
O intervalo apresentou transmissibilidade e permeabilidade efetiva ao gás normais
para a área, sem dano.
Não foi observado comportamento depletivo no teste.
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados do registrador "bundle"
superior, posicionado a 3.298,0 m (PV), forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 5,28
DR 1,15
Kmédia (mD) 4,61
Pextl (kgf/cm2) 364,41
Pext2 (kgf/cm2) 364,40

53
3.3.4.4. Testes de avaliação da Zona PD400 da Formação Pendência

1-RNS-27

TF - 02:
Teste realizado no período de 11 a 12.10.80, no intervalo 3.161,1 - 3.182,0 m da
formação Pendência, com recuperação de lama cortada por gás, verificando-se queima de
gás com chama de 1,5m. O intervalo apresentou baixíssima permeabilidade.

TF - 03D:
Teste realizado em 04.11.80, no intervalo 3.184,06 - 3.198,0 m da formação
Pendência.
O intervalo mostrou-se produtor de gás e condensado de 510 API, com vazão
estimada de 36.000,0 m3/d, apresentando permeabilidade em tomo de 1,0mD e dano
aproximadamente igual a 4.
Foi observada a presença de uma barreira a cerca de 4,0 m de distância do poço.
Foi constatada também uma diferença de 1,6 kgf/cm2 entre as pressões extrapoladas 1
e 2, o que, entretanto não caracteriza depleção. Este dano pode ter sido causado por
liberação de liquido no reservatório, próximo ao poço, por causa do abaixamento de pressão.

3-RNS-84

TF - 02:
Teste efetuado no intervalo 3.132,0 - 3.146,0m, da Formação Pendência. Apresentou
produção de gás e condensado, com Qg=40.000,0 m3/d e Pm=42,2kgf/cm2, sendo constatada
uma baixíssima permeabilidade.

7 -PE-1D-RNS

TFR - 01:
Teste efetuado no penodo de 07 a 11.06.87 no intervalo 3.705,0 - 3.714,0 m da
Formação Pendência. Nesse teste, o intervalo revelou-se produtor de gás, com vazão de
74.360,0 m3/d de gás e 45,8 m3/d de condensado de 50,5°API a 15,6°C, havendo também
54
recuperação de 11,5 m3/d de água com salinidade de 23.600,0O mg/l de NaCI (RGL=1.298
e RGC=1.624m3/m3). A abertura utilizada foi de 24/64", a pressão a montante obtida foi de
77,0 kgf/cm2 e a pressão de separação foi de 12,6 kgf/cm2.
Não foi detectada presença de H2S no gás produzido.
O intervalo apresentou transmissibilidade e permeabilidade efetiva ao gás normais
para a área. O reservatório encontra-se levemente danificado nas vizinhanças do poço.
Não foi observado comportamento depletivo durante o teste.
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados do registrador bundle carrier
posicionado a 3.367,2m (PV) forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 1,33
DR 2,10
Kmédia (mD) 0,63
Pextl (kgf/cm2) 369,42
2
Pext2 (kgf/cm ) 370,52

3.3.4.5. Testes de avaliação da Zona PD500 da Formação Pendência

3-RNS-90D

TFR - 01:
Esse teste foi efetuado no período de 09 a 11.09.86 no intervalo 3.284,0-3.290,0 m,
pertencente à Formação Pendência, tendo sido um teste falho. No início da descida dos
comandos, o poço reagiu levemente com produção de gás e fluido de completação pelo
anular. Optou-se pela descida da coluna de trabalho (2 7/8" IF) e pelo não preenchimento do
colchão, o que permitiria um controle mais rápido do poço. Quando a coluna chegou ao
fundo, decidiu-se efetuar circulação reversa e adensar o fluido de completação de 10,3 Ib/gal
para 10,6 Ib/gal.

TFR - 02A:
Teste efetuado no período de 11 a 14.09.86 no intervalo 3.284,0 - 3.290,0 m da
Formação Pendência. Nesse teste, o arenito revelou-se produtor de gás e condensado de
49°API a 15,6°C, com Pmont=3,5 kgf/cm2, Pjus =1,0 kgf/cm2, BSW variando de 40,0 a
55
10,0%, e vazão de condensado de 4,5 m3/d em abertura de 32/64". O reservatório mostrou-se
de baixíssima produtividade, baixas transmissibilidade e permeabilidade e bastante
danificado, não tendo sido possível medir-se a vazão de gás. Foi recomendado realizar-se
um fraturamento hidráulico no intervalo testado.
A interpretação quantitativa dos testes nos dados do registrador externo superior,
posicionado a 3.257,0 m (profundidade medida), forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 0,14
DR 5,30
Kmédia (mD) 0,26
Pextl (kgf/cm2) 380,60
Pext2 (kgf/cm2) 381,97

TFR - 02B:
Teste realizado no período de 20.09 a 06.10.86, após fraturamento do intervalo
3.284,0 - 3.290,0 m. O arenito testado produziu gás e condensado de 54°API a 15,6°C com
vazões de 70.500,0 m3/d de gás e 100,0 m3/d de condensado, em abertura de 16/64",
(RGO=705,0 m3/m3). Foi verificada a presença de BSW com 2,0% de sólidos e 10,0% de
hidratos.
A análise dos registros de pressão indicou que o regime radial não foi atingido, e que,
portanto, não tem sentido qualquer extrapolação de pressão. O que levou a tal conclusão foi:
1. O gráfico de Ramey para o segundo fluxo apresentou inclinação de 25,0 graus no seu
trecho final, demonstrando a existência de fluxo linear;
2. O gráfico de P x - T apresentou pontos bem alinhados no final do fluxo,
evidenciando a existência de regime linear. Com a inclinação do gráfico P x -\JT
estimou-se um valor de 193,0 m para o comprimento da fratura;
3. Considerando-se que o regime radial tivesse sido atingido, a interpretação
quantitativa do teste, utilizando-se o método de Horher convencional, forneceria uma
permeabilidade efetiva (ke) de 13,3 rnD e uma permeabilidade média (Kmédia) de
8,7 mD.

56
3-RNS-85

TFR - 02:
Teste realizado no período de 29.10.86 a 05.11.86 no intervalo 3.503,0 - 3.512,0 m da
Formação Pendência. Nesse teste, o intervalo revelou-se produtor de gás, tendo produzido
com as seguintes vazões:
Abertura (pol) Qg((m3/d) Qc (m3/d) Qagua (m3/d) Fluxo Pcab (kgf/cm2)
3/8 84000 24,7 4,6 3 77,3
1/4 77100 22,6 4,9 3 110,4
1/4 69120 20,4 5,3 2 98,4
O grau API medido foi de 54,9 a 15,6 °C
O BSW da fase líquida variou entre 16 e 21 %.
O intervalo testado apresentou-se com transmissibilidade regular, baixa
permeabilidade e dano aparente moderado. A AOF máxima é de 100.230 m3/d (nas
condições atuais, com o poço danificado).
Foi verificada a presença de H2S (10 ppm pelo medidor DRAGER) no teste, tendo
análise posterior indicado 4,31 ppm de enxofre total com 3,57 ppm de H2S e 0,74 ppm de
mercaptans. Foi também registrado teor de 1.800 ppm de CO2 (medidor tipo DRAGER).
A interpretação do teste, baseada nos dados do registrador superior, posicionado a
3.503,8 m, forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 1,12
DR 2,62
Kmédia (mD) 0,43
2
Pextl (kgf/cm ) 385,57
2
Pext2 (kgf/cm ) 382,91
GP (1000m3) 135,00
NP (m3) 32,0

57
3.3.4.6. Testes de avaliação da Zona PD600 da Formação Pendência

3-RNS-96

TFR - 03:
Teste efetuado no período de 26 a 30.07.87 no intervalo 3.739,5 - 3.745,5m da
Formação Pendência.
Nesse teste, o intervalo revelou-se produtor de gás e condensado, tendo produzido
com vazões de 44.000,0 m3/d de gás e 20,0 m3/d de líquido (condensado de 51°API a 15,6°C
e água de salinidade 25.000,0 ppm de Cl) na abertura de 32/64", com Pm=27,48kgf/cm2,
Pj=8,8kgf/cm2, Psep=6,3kgf/cm2, RGL=2.000,0 m3/m3 e BSW=9,0%, não tendo sido
detectado H2S.
O arenito apresentou baixas produtividade e transmissibilidade e dano moderado.
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados do registrador posicionado a
3.705,19 m, forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 0,80
DR 2,85
Kmédia (mD) 0,30
Pextl (kgf/cm2) 394,87
2
Pext2 (kgf/cm ) 398,75

3.3.4.7. Testes de avaliação da Zona PD700 da Formação Pendência

3-RNS-84

TF - 03:
Testado intervalo 3.259,0 - 3.286,0 m da Formação Pendência. Intervalo produtor de
gás e condensado com Qg=60.000,0 m3/d e Qcond=29,0 m3/d (57°API), Pm=28,l kgf/cm2
(40/64).

58
3-RNS-85

TFR - 01:
Teste efetuado no período de 13 a 16.09.86 no intervalo 3.594,0 - 3.606,0 m,
pertencente à Formação Pendência. O resultado foi inconclusivo com relação ao seu objetivo
principal, pois não foi recuperada amostra representativa do fluido do intervalo.
A pressão estática do intervalo foi estimada em 388,0 kgf/cm2 a 3.570,0 m.

TFR - 01A:
Teste realizado no período de 16 a 21.10.86 após o fraturamento do intervalo 3594,0 -
3606,0 m. Nesse teste, o intervalo revelou-se produtor de gás, com vazão de 80.000,0 m3/d
de gás e 30,0 m3/d de líquido (BSW=20,0% de fluido de completação) em abertura de 16/64,
com pressão a montante de 167,0 kgf/cm2. O grau API medido do condensado produzido foi
de 54,8a 15,6°C.
Não foram obtidos os parâmetros de fratura, uma vez que o intervalo testado não se
comportou como um reservatório fraturado.
Foi medida durante o teste concentração de H2S da ordem de 20,0 ppm. O valor
máximo medido de teor de areia foi de 0,1%.
A interpretação do teste, baseada nos dados do registrador interno, posicionado a
3.576,25m (PV), forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 1,10
DR 1,21
Kmédia (mD) 0,91
2
Pextl (kgf/cm ) 394,05
Pext2 (kgf/cm2) 389,72
GP (m3) 164500,0
Há dúvida quanto à depleção, pois pode ter havido sobrecarga na formação, uma vez
que o poço absorveu 139,1 m3 de fluido de completação antes do TFR.

59
3-RNS-95DA

TFR - 01:
Teste efetuado no período de 22 a 25.08.87 no intervalo 3.960,0 a 3.965,0 m da
Formação Pendência.
O teste foi qualitativamente conclusivo e mecanicamente perfeito. Durante o segundo
fluxo, houve produção de gás com Pcab=0,28 kgf/cm2, abertura 24/64", porém sem
surgência do colchão. Na circulação reversa foram recuperados 9,0 bbl de óleo emulsionado
com lama de difícil caracterização. O intervalo testado apresentou baixíssima produtividade
e transmissibilidade e mostrou-se naturalmente estimulado (DR=0,83). A pressão estática
extrapolada 2 foi de 392,39 kgf/cm2 a 3638,0 m (PV).
Não foi possível interpretar o teste quantitativamente, uma vez que as vazões não
foram conhecidas. O único cálculo confiável foi o dano pela fórmula aproximada, que serviu
para definir a estimulação necessária, no caso, o fraturamento hidráulico.

TP - 01:
Teste efetuado no período de 31.0.8 a 03.09.87 após fraturamento hidráulico do
intervalo 3.960,0 - 3.965,0 m.
Nesse teste, o intervalo revelou-se produtor de gás e condensado de 52,0° API a
15,6°C, tendo produzido 71.500,0 m3/d de gás, 19,1 m3/d de condensado e 12,7 m3/d de
fluido de fraturamento (salinidade de 35.811,0 mg/l de CI-), na abertura de 24/64", com
pressão a jusante de 12,0 kgf/cm2 e BSW médio de 40,0%.
O arenito apresentou produtividade e transmissibilidade regulares, encontrando-se
estimulado. Não houve, porém, indicação de fratura no gráfico de Ramey.
A interpretação quantitativa do teste, baseada nos dados da segunda estática do
registrador posicionado a 3.469,0 m, forneceu os seguintes resultados:
1 2 3
Ke (mD) 0,24 0,25 0,48
DR 0,72 0,71
Pext2 (kgf/cm2) 386,87
1 Método de Homer com vazão variáve
2 Método de Ramey
3 Método de M(P) com vazão variável (utilizando parâmetros de fluido e rocha
ligeiramente diferentes
60
3.3.4.8. Testes de avaliação da Zona PD800 da Formação Pendência

3-RNS-90D

TFR - 01:
Teste realizado no período de 28.08.86 a 03.09.86 no intervalo 3.396,0 3.402,0 m,
pertencente à Formação Pendência. Nesse teste ocorreu a produção de gás e condensado,
com vazões de 27.300,0 m3/d de gás e 8,0 m3/d de condensado na abertura 24/64", e de
22.800,0 m3/d de gás e 7,4m3/d de condensado na abertura 32/64".
O arenito apresentou baixa transmissibilidade, baixíssima permeabilidade e dano
moderado.
Verificou-se uma queda entre as pressões estáticas extrapoladas de 2,1 kgf/cm2 para
uma produção de 46.600,0 m3 STD.
O grau API medido, do condensado, foi de 52,0 a 2.1,1°C (segundo fluxo), podendo,
entretanto, este valor estar ligeiramente influenciado pelo filtrado da lama base óleo que
invadiu o poço (14,3 m3).
O BSW medido na abertura de 3/8" foi da ordem de 30,0%, caindo para valores de 8,0
a 10,0% na abertura de 112".
O percentual máximo de teor de areia da formação foi de 0,5%.
A interpretação quantitativa dos testes, baseada nos dados do registrador externo
inferior, posicionado a 3.252,5m (PV), forneceu os seguintes resultados:
Ke (mD) 0,45
DR 2,48
Kmédia (mD) 0,18
Pextl (kgf/cm2) 387,34
Pext2 (kgf/cm2) 385,28
GP (m3) 46.600,00

Abaixo seguem os resumos dos resultados das avaliações realizadas após a entrada em
produção dos poços:

61
7-PE-1D-RNS

TP-01:
Intervalo: 3580-3627 m
Zonas: PD-200 e PD-300
Data de realização: 12/02/2000
A pressão estática obtida foi 323,60 kgf/cm2 a 3156,75 m (verticalizada).

TP-02:
Intervalo: 3567-3627
Zonas: PD-200 e PD-300
Data de realização: 09/10/2004
Intervalo produtor de gás e condensado, de alta produtividade, regular permeabilidade
(Kefg = 2,3 mD), estando levemente danificado (Dr = 1,47). A pressão estática média foi de
173,49 kgf/cm2 a 2441,35 m (PV). O gradiente dinâmico ao longo da coluna foi de 0,0172
kgf/cm2/m. O gradiente estático ao longo da coluna foi de 0,015 kgf/cm2/m. A vazão de
condensado foi de 36,4 m3/d.

7-PE-02D-RNS

TP-01:
Intervalo: 3340,5-3358
Zona: PD-100
Data de realização: 08/02/2000
Intervalo surgente, de boa produtividade, baixa permeabilidade e danificado. A
pressão estática média foi de 189,67 kg/cm2 a 3081,62 m, que comparada com a pressão
registrada no TFR-01 de 20/07/99 representa uma queda de 139,1 kg/cm2 para um volume
produzido de líquido de 21100 m3 e 16,9 MM m3 de gás.
Os resultados apresentados são confiáveis Os dois registradores eletrônicos
funcionaram perfeitamente e suas pressões estão bem compatíveis. Ocorre uma diferença
considerável na permeabilidade obtida neste teste quando comparada com aquela obtida no
TFR-01, mas isso pode ser atribuído a mudanças nas saturações dos fluidos próximos ao
poço.
62
O gradiente de pressão realizado no poço após a estática, indicou a presença de gás
(0,0097 kg/cm2/m) da superfície até 1781 m (PV) e óleo (0,0606 kg/cm2/m) desta
profundidade até 3081,6 m (PV).

RP-01:
Intervalo: 3340,5-3358.
Zona: PD-100.
Data de realização: 17/06/2000.
A pressão estática obtida foi 143,4 kgf/cm2 a 3349 m.

RP-02:
Intervalo: 3340,5-3358
Zona: PD-100.
Data de realização: 10/03/2001
A pressão estática lida foi de 143,37 kgf/cm2 a 3081,0 m (PV).
Os volumes produzidos pelo intervalo até fevereiro de 2001 são: NP = 40.442 m3; GP
= 24,98 x 106 m3 e WP = 847,5 m3. No TP-01 a pressão estática média obtida foi de 189,67
kgf/cm2 a 3081,6 m (PV), para os seguintes volumes produzidos: NP = 21100 m3 e GP =
16,9 x 106 m3. Essa zona também é drenada pelo PE-03 a 600 m de distância.

TP-2:
Intervalo: 3340,5-3495
Zonas: PD100 e PD400
Data de realização: 17/04/2002
O Intervalo testado apresenta alta produtividade, regular permeabilidade ao gás (Kefg
= 6,82 mD), estando danificado (Dr = 3,02). Pela análise por curva tipo do 2o fluxo (Última
abertura) a permeabilidade obtida foi de 10,6 mD. (A permeabilidade obtida através do Log-
Calc foi de 13,5 mD).
A pressão estática média (MBH) foi de 256,59 kgf/cm2. A pressão de fluxo foi de
188,84 kgf/cm2 (abt 40/64"). Pressões a 2946,3 m (PV). O gradiente dinâmico apresentou
gás (Gg = 0,0190 a 0,0207 kgf/cm2/m) em toda coluna de produção.
A permeabilidade obtida na análise pelo registrador de fundo foi de 6,82 mD
(Estática em gráfico Semi-Log) e de 10,62 mD (Fluxo em gráfico Log x Log). A
63
permeabilidade obtida na análise pelo registrador de superfície foi de 30,06 mD (Estática em
gráfico Semi-Log) e de 12,62 mD (Fluxo em gráfico Log x Log). O volume recuperado foi
determinado por medidor rotativo.
Devido a ocorrência durante a estática de segregação de fases, vazamento durante a
estática, e/ou injeção de fluido da zona PD-400 para PD-100 (de menor pressão), o gráfico
diagnóstico (log-log) não deve ser considerado no sentido de identificar heterogeneidades
nas proximidades do poço. Dados confiáveis com reserva, em função de perda de resolução
do registrador e também devido a queda na pressão de fundo a partir de aproximadamente
04:36 h de fechamento, até o final do período.

TP-2A:
Intervalo: 3340,5-3495
Zonas: PD100 e PD400
Data de realização: 21/04/2004
Intervalo produtor de gás e condensado, de regular produtividade, regular
permeabilidade ao gás (Kefg = 1,86 mD), estando levemente danificado (Dr = 1,21). A
pressão estática média foi de 121,10 kgf/cm2 a 2921,7 m (PV). O gradiente dinâmico
realizado na descida da ferramenta foi de 0,0086 kgf/cm2/m. O gradiente estático apresentou
gás de gradiente variando entre 0,0096 e 0,0088 kgf/cm2/m ao longo da coluna de produção.

7-PE-03D-RNS

RP-01:
Intervalo: 3629-3642,5
Zona: PD-100
Data de realização: 12/08/2000
O gradiente estático apresentou óleo (Go = 0,0654 kgf/cm2/m) de 3199,6 a 197,5 m, e
desta profundidade à superfície, gás (Gg = 0,0279 kgf/cm2/m). O valor da pressão estática
foi 221,7 kgf/cm2 a 3635,8 m.

RP-02:
Intervalo: 3629-3642,5:
Zona: PD-100
64
Data de realização: 16/03/2001
A pressão estática lida estabilizada foi de 213,13 kgf/cm2 e a temperatura de 152,17
o
C, a 3188,5 m (PV). Essa zona é drenada pelo RNS-088DB a 1500 m e pelo PE-02D a 600
m de distância.

TP-01:
Zonas: PD-100 e PD-400
Data de realização: 16/03/2003
Devido a queda na pressão de fundo, os parâmetros de rocha e pressão estática devem
ser vistos com reservas, embora estejam coerentes com os esperados. A queda/oscilações na
pressão estática de fundo, podem estar associado a segregação de fases e/ou injeção de
fluidos para canhoneados de menor pressão e maior permeabilidade (Multilayer). As zonas
testadas são bastante intercaladas (vários intervalos canhoneados), além também da zona
PD-100 ter sido fraturada. O intervalo apresentou regular produtividade, regular
permeabilidade (Kefg = 3,80 mD), com elevado dano (Dr = 5,45 ). A pressão estática média
(MBH) foi de 177,60 kgf/cm2 a 3158,20 m (PV). O gradiente dinâmico de pressão
apresentou gás bastante despressurizado em toda a coluna de produção (Gg = 0,0073
kgf/cm2/m). O gradiente dinâmico de temperatura na coluna é da ordem de 0,0182 oC/m.
Durante o 2o fluxo houve aumento significativo na Pcab em função da obstrução do bean
devido a presença de carbonato de cálcio. Dados confiáveis com reservas, devido a queda na
pressão estática de fundo, provavelmente em função de segregação de fases e/ou
reservatório multilayer.

TP-1A:
Intervalo: 3629-3823 m
Zonas: PD-100 e PD-400
Data de realização: 08/06/2004
A pressão estática final lida foi de 124,86 kgf/cm2 a 3206,5 m. Foram determinados os
seguintes gradientes dinâmicos ao longo da coluna: de 3206,5 a 1935,6 m; Go/g = 0,0416
kgf/cm2/m; de 1935,6 a 306,4 m; Gg = 0,0214 kgf/cm2/m e de 306,4 m a superfície Gg =
0,0009 kgf/cm2/m. O gradiente estático apresentou gás com gradiente variando entre 0,0113
a 0,0101 kgf/cm2/m ao longo da coluna. Devido a queda na pressão de fundo durante a
estática (comportamento idêntico ao TP-01 realizado em 22/03/2003), os parâmetros de
65
rocha não devem ser considerados. A queda/oscilações na pressão estática de fundo podem
estar associado a segregação de fases e/ou injeção de fluidos para canhoneados de menor
pressão e maior permeabilidade (Multilayer). As zonas testadas são bastante intercaladas
(vários intervalos canhoneados), além também da zona PD -100 ter sido fraturada.

3-RNS-84-RN

TP-01:
Intervalo: 3074-3121 m
Zonas: PD-200 e PD-300
Data de realização:15/02/2000
O valor do dano deve ser visto com reservas, devido a formação de líquidos nas
proximidades do poço, uma vez que o reservatório já produz abaixo do ponto de bolha (Psat
= 336,4 kgf/cm2 a - 3070 m). Não foi observado em gráfico log x log, características de
heterogeneidades no raio investigado pelo teste. A pressão estática determinada foi de
318,26 kg/cm2 a 2974 m. O gradiente estático apresenta gás (Gg = 0,042 kgf/cm2/m) de
2974,0 m a 2874 m, e desta profundidade a superfície também gás de gradiente 0,0283
kgf/cm2/m. Foi informado um BSW de 31,4%, enquanto o poço produzia em abt 56/64", e
de 24,8% em abt 32/64". O BSW histórico é da ordem de 2%. A água recuperada apresentou
salinidade de 8621 ppm de NaCl, incoerente com o esperado.

RP-01:
Intervalo: 3074-3121 m
Zonas: PD-200 e PD-300
Data de realização: 23/02/2001
A pressão estática lida estabilizada obtida foi de 297,00 kgf/cm2 a 2978 m. A
temperatura estática também nessa profundidade foi de 144,1 oC.

TP-1A:
Intervalo: 3074-3121 m
Zonas: PD-200 e PD-300
Data de realização: 12/05/2004

66
A pressão estática lida estabilizada foi de 190,98 kgf/cm2 a 2973 m. O gradiente
dinâmico apresentou gás (Gg = 0,0176 kgf/cm2/m) em toda a coluna. O gradiente estático
variou ao longo da coluna entre 0,0160 a 0,0172 kgf/cm2/m. Não foi possível determinar os
parâmetros de rocha em função de queda na pressão de fundo durante a estática. Esse
intervalo foi fraturado em janeiro de 2001.

3-RNS-85-RN

TP-01:
Intervalo: 3390-3440 m
Zonas: PD-200 e PD-300
Data de realização: 14/06/2000
A análise quantitativa do teste foi realizada pelos métodos de Horner Superposição de
04 vazões. O teste também foi analisado pelo método de Ajuste por Curva Tipo. Aos
métodos aplicados foi realizada simulação do histórico das pressões, obtendo-se ótimos
ajustes. A pressão estática obtida foi de 329,3 kg/cm2 a 3415 m. Apesar do intervalo ter sido
fraturado dias antes do teste, não foi identificado em gráfico log x log características de
fluxo linear e/ou bilinear. Também não foi observado características de heterogeneidades
tipo barreira(s) no raio investigado pelo teste. Na análise do segundo fluxo (somente o
trecho da primeira abertura) obteve-se uma permeabilidade de 0,67 mD. O gradiente estático
realizado entre as profundidades de 3300 e 2900 m, apresentou uma mistura de óleo e gás
(Go/g = 0,0455 kg/cm2/m). Não foi constatado durante o fluxo presença de H2S ou CO2.

RP-01:
Intervalo: 3390-3440
Zonas: PD-200 e PD-300
Data de realização: 21/07/2001
A pressão estática lida foi 257,23 kgf/cm2 e a temperatura 152,1 oC, ambas a 3316,0
m. Ao final da estática, o gráfico P x T apresentava uma taxa de decrescimento de pressão
de 3,84 kgf/cm2/dia, provável efeito da diferença de pressão entre os intervalos.

TP-01A:
Intervalo: 3390-3440
67
Zonas: PD-200 e PD-300
Data de realização: 15/03/2002
O intervalo apresentou alta produtividade (IP = 0,7396 m3/d/kgf/cm2), baixa
permeabilidade ao óleo (Keffo = 0,586 mD), estando levemente estimulado (Dr = 0,95). A
pressão estática média (MBH) foi de 235,83 kgf/cm2. A pressão final de fluxo foi 121,32
kgf/cm2, pressões registradas na profundidade de 3319,0 m. O gradiente estático apresentou
gás (Gg = 0,0194 kgf/cm2/m) em toda coluna de produção.

3-RNS-88D-RN

TP-01:
Intervalo: 3419-3433,5m
Zona: PD-100
Data de realização: 03/02/2000
Foi obtida uma pressão de 325,17 kgf/cm2 a 3214,5 m.

TP-01A:
Intervalo: 3419-3433,5 m
Zona: PD-100
Data de realização: 22/04/2000
O teste consistiu apenas em fluxo. O intervalo foi recentemente fratutado. Como
resultado do fraturamento, houve um aumento do IP de 0,122 para 0,765 m3/d/kgf/cm2. Em
gráfico IPR foi estimada uma capacidade máxima de fluxo de 190 m3/d (admitindo Ke =
0,40 mD e Skin = - 5,0). Foi observado durante o fluxo um teor de H2S de 6,0 ppm. A RGL
foi de 223,6 m3/m3. O IP foi determinado a partir da pressão estática extrapolada
determinada no TP-01 de 03/02/00.

TP-01B:
Intervalo: 3419-3433,5 m
Zona: PD-100
Data de realização: 20/08/2000
Intervalo surgente, de regular produtividade, de baixa permeabilidade, estimulado. A
pressão estática média foi de 296,24 kg/cm2 a 3153,9m (PV). A análise da fratura indicou
68
baixa condutividade (FCD=1,87), pequena extensão (Xf=36,4m), estando ligeiramente
danificada (Sf=0,16). Os parâmetros do reservatório são confiáveis, pois ficou bem
caracterizado o regime radial transiente. Entretanto, o valor da pressão média é baseado
numa estimativa de área de drenagem e deve ser visto como uma aproximação. Os
gradientes de temperatura e pressão indicaram a presença de gás (0,0093 kg/cm2/m) da
superfície até 985,6 m (983,24 m PV) e de óleo (0,0616 kg/cm2/m) deste ponto até 3348,3 m
(3153,89 m PV).
A utilização do modelo de fratura de condutividade finita resultou num bom ajuste das
curvas-tipo aos dados do teste. A utilização de regressão não linear permitiu uma
confirmação e aprimoramento deste ajuste, chegando-se aos seguintes resultados da fratura:
meio comprimento (Xf) de 36 m, Skin na fratura (Sf) de 0,16 e condutividade adimensional
(FCD) de 1,87. Estes valores são bem inferiores aos considerados pelo projeto do
fraturamento. Entretanto, a presença de estocagem e a não predominância de fluxo linear
corroboram a hipótese de que a fratura obtida foi de baixa condutividade e de pequena
extensão. Foi reportada a presença de 12 ppm de H2S durante o fluxo (medidor DRAGER).

RP-01:
Intervalo: 3419-3433,5m
Zona: PD-100
Data de realização: 10/03/2001
A pressão estática lida estabilizada foi de 239,18 kgf/cm2 e a temperatura de 149,13 oC
a 3161,45 m (PV).

TP-02:
Intervalo: 3419-3565,5m
Zonas: PD-100, PD-200 e PD-300
Data de realização: 03/05/2004
Intervalo produtor de gás e condensado, de alta produtividade, regular permeabilidade
ao gás (Kefg = 1,85 mD) e danificado (Dr = 1,73). A pressão estática extrapolada foi de
203,60 kgf/cm2 a 3196,3 m (PV). O gradiente dinâmico realizado na descida da ferramenta
variou entre 0,0152 a 0,0135 kgf/cm2/m ao longo da coluna. O gradiente estático apresentou
gás com gradiente 0,0182 kgf/cm2/m.

69
3.3.5. Análise Quantitativa de Perfis

O conjunto de perfis corridos nos poços do Campo de Pescada é composto pelos


seguintes perfis: RG (raios gama), FDC (densidade), CNL (neutrão), ISF (resistividade),
BHC (sônico). O WST/VSP foi realizado em quatro poços. O Anexo 3 apresenta a listagem
com os dados disponíveis relativos aos tipos de perfis corridos, datas das perfilagens,
intervalos perfilados, ocorrências relevantes, temperaturas de fundo medidas, temperaturas
extrapoladas e companhias de perfilagem, assim como outras informações.
Na interpretação de perfis, foi utilizado o modelo duas águas . Os parâmetros de
corte utilizados foram: porosidade (PHI) maior que 5% e volume de argila (Vsh) menor que
40%. Não foi usado cut-offs de saturação de água (SW).

3.3.6. Análises de Fluidos

Os resultados das análises de óleo, gás e água estão no Anexo 4, Anexo 5 e Anexo 6
respectivamente.

3.4 Engenharia de Reservatórios

A zona PD100 é um reservatório subsaturado com óleo de 42o API e atualmente está
em produção através dos poços PE-2 e PE-3, em conjunto com a zona PD400, e através do
poço RNS-88, em conjunto com as zonas PD200 e PD300. O mecanismo de produção nesta
zona é a expansão de fluidos, pois a baixa permeabilidade impede uma atuação significativa
do aqüífero. Os estudos iniciais indicaram a necessidade de um método de elevação artificial
por gas lift. A produção em conjunto com zonas portadoras de gás nos três poços
completados nesta zona atuou como um sistema de auto gas lift.
As zonas PD200 e PD300, as mais importantes do campo, são portadoras de óleo
volátil com espessas capas de gás condensado retrógrado. A RGO inicial varia de 250 m3/
m3, nos intervalos de óleo volátil na base da estrutura, até valores superiores a 1000 m3/ m3,

70
no topo. É significativa a deposição de líquidos nos intervalos portadores de gás condensado
retrógrado, chegando a valores de 30 % do volume poroso na região do poço PE-1.
É grande a semelhança entre os fluidos presentes nas zonas PD-200 e PD-300.
Embora não se observe nos perfis dos poços, acredita-se na comunicação entre ambas
através do aqüífero, o qual não se mostra atuante devido a baixa permeabilidade. O
mecanismo de produção é a expansão de fluidos. A produção destas zonas se dá de forma
conjunta. Os poços PE-1, RNS-84 e RNS-88 estão completados na região com gás
condensado e o poço RNS-85 está completado na região com óleo volátil.
As zonas PD400, PD500, PD600, PD700 e PD800 são portadoras de gás condensado
retrógrado. A baixa permeabilidade de todos os intervalos destas zonas descarta a
possibilidade de aqüíferos atuantes. O mecanismo de produção atuante é a expansão de gás.
Destes reservatórios, apenas a PD400 encontra-se em produção, em conjunto com a PD100,
nos poços PE-2 e PE-3. Prevê-se a recompletação do RNS-85 para produção nas zonas
PD500, PD700 e PD800 e a perfuração de um novo poço, o qual teria as zonas PD200 e
PD300 como principal alvo, mas que drenaria também as zonas PD400, PD600, PD700 e
PD800. Estas operações serão detalhadas no item intitulado Previsão de Produção.
Os reservatórios do bloco do RNS-96 não possuem reservas associadas. A
proximidade do contato gás-água, a qualidade dos reservatórios, os pequenos volumes in
place, a produtividade observada nos testes e a distância das principais acumulações do
campo são fatores que inviabilizaram a explotação desses reservatórios.
A Tabela 3.6 apresenta as zonas de produção do campo de Pescada, os fluidos de cada
zona e seus mecanismos primários de produção.

Tabela 3.6 Fluidos e mecanismo de produção por zona


ZONA DE MECANISMO
FLUIDOS
PRODUÇÃO PRIMÁRIO
PD100 Óleo Expansão de fluidos

PD200 Óleo volátil, gás condensado retrógrado Expansão de fluidos

PD300 Óleo volátil, gás condensado retrógrado Expansão de fluidos


PD400 Gás condensado retrógrado Expansão de fluidos
PD500 Gás condensado retrógrado Expansão de fluidos
PD600 Gás condensado retrógrado Expansão de fluidos
PD700 Gás condensado retrógrado Expansão de fluidos
PD800 Gás condensado retrógrado Expansão de fluidos

71
3.4.1. Estudos de Reservatórios

Os estudos foram baseados nos mapas, análises de testemunho e perfis, análises de


fluidos e testes de formação disponíveis. Devido a natureza dos fluidos, a simulação exigiu
uma abordagem composicional, utilizando-se uma pseudoização em seis pseudo-
componentes. Para ajuste das propriedades PVT foi utilizado o simulador CMGPROP,
adotando-se a equação de estado de Peng-Robinson. A simulação de fluxo foi feita
utilizando-se o simulador composicional GEM da CMG.
Considerando-se as necessidades do mercado, a concepção do plano de explotação da
área foi direcionada para produção de gás. Nas previsões de produção, considera-se uma
pressão mínima na cabeça de 12 kg/cm2, sendo o fluxo vertical modelado com a correlação
de Aziz, Govier e Fogarasi, adotada internamente no modelo de simulação. É adotado um
limite de BSW por poço variando de 50 a 95 %, o qual está longe de ser atingido, mesmo na
fase mais madura da vida do campo.

3.4.2. Propriedades dos fluidos

Para zona PD-100, as propriedades dos fluidos adotadas no estudo foram baseadas na
composição do fluido amostrado no TFR-03 do poço RNS-88, apresentada na Tabela 3.7.

Tabela 3.7 Composição do fluido amostrado na zona PD-100


COMPONENTE FRAÇÃO MOLAR COMPONENTE FRAÇÃO MOLAR
CO2 0,0014 nC5 0,0335
N2 0,0052 C6 0,0472
C1 0,3616 C7 0,0752
C2 0,0836 C8 0,0446
C3 0,0835 C9 0,0392
iC4 0,0301 C10 0,0289
+
nC4 0,0566 C11 0,0776
iC5 0,0318

72
A composição acima foi substituída por uma pseudo-composição, com os pseudo-
componentes definidos da seguinte forma:

PSC1 = 98,58 % C1 + 1,42 % N2


PSC2 = 1,65 % CO2 + 98,35 % C2
PSC3 = 73,5 % C3 + 26,5 % iC4
PSC4 = 17,25 % nC4 + 9,69 % iC5 + 10,21 % nC5 +14,39 % C6 +22,92 % C7
+13,59 % C8 +11,95 % C9
PSC5 = C10
PSC6 = C11+

O pseudo-componente PSC6 foi definido com as seguintes propriedades:

Sg = 0,93366
Tb (0K) = 744,482
Pc (atm) = 10,6341
Vc (m3/Kmol) = 1,44126
Tc (0K) = 910,928
Zc = 0,20503
MW = 500,0

Os fluidos presentes nas zonas PD-200 e PD-300 apresentam variações significativas


em sua composição com a profundidade. No topo do reservatório, o fluido apresenta-se
como gás condensado retrógrado e na base, óleo volátil. A Tabela 3.8 apresenta os poços
amostrados para análise PVT e os respectivos fluidos amostrados.
Todas as análises foram feitas em condições de superfície, recombinando-se os fluidos
produzidos para restaurar a composição original no reservatório. As condições de
amostragem não foram ideais, pois as pressões de fluxo frente aos canhoneados estavam
abaixo das pressões de saturação determinadas nas análises PVT, desta forma, ocorreu
deposição de líquido nas zonas de gás e volatilização do óleo na zona de óleo em torno dos
poços produtores no momento da amostragem, comprometendo a composição global da
mistura.

73
Tabela 3.8 Fluidos amostrados para análise PVT nas zonas PD-200 e PD-300
POÇO ZONA FLUIDO
RNS-84 PD-300 Gás condensado
RNS-88 PD-200 Gás condensado
RNS-85 PD-200 Óleo volátil
RNS-85 PD-300 Óleo volátil
RNS-86 PD-300 Óleo volátil
PE-1 PD-300 Gás condensado

A Tabela 3.9 apresenta as composições dos fluidos amostrados nos diversos poços das
zonas PD-200 e PD-300.

Tabela 3.9 Composição do fluidos amostrados nas zonas PD-200 e PD-300


RNS-84 RNS-88 PE-1 RNS-85 RNS-85 RNS-86
ZONA PD-300 PD-200 PD-300 PD-200 PD-300 PD-300
FLUIDO GÁS GÁS GÁS ÓLEO ÓLEO ÓLEO
PROF (m) -3084 -3253 -3284 -3371 -3407 -3430
2
Psat (kg/cm ) 336,4 337,6 336,0 330,0 321,9 280,0
N2 0,90 0,73 1,31 0,60 0,65 1,48
CO2 0,33 0,39 0,15 0,17 0,19 1,05
C1 66,71 64,93 58,35 52,17 53,18 54,80
C2 11,51 11,53 12,35 11,78 11,56 14,24
C3 6,46 6,36 7,88 8,00 7,62 6,57
C4 3,93 3,96 4,28 5,09 5,00 3,65
C5 1,84 2,12 2,08 2,94 2,60 1,61
C6 1,42 1,61 1,61 2,40 1,99 1,18
C7 1,69 1,85 1,86 2,78 3,00 1,32
C8 1,22 2,06 2,03 3,32 2,04 1,73
C9 0,82 1,29 1,33 2,17 1,86 1,11
C10 0,62 0,89 1,04 1,61 1,40 0,79
C11+ 2,55 2,28 5,73 6,97 8,91 10,47

A Figura 3.18 apresenta a variação das composições com a profundidade para os


fluidos amostrados. As amostras do RNS-84, do PE-1 e da zona PD-200 do RNS-85
parecem bastante coerentes; as amostras do RNS-88 e da zona PD-300 do RNS-85
apresentam um certo desvio do comportamento esperado e a amostra do RNS-86 é
discrepante das demais. Em relação ao comportamento das pressões de saturação com a
profundidade (Figura 3.19), há coerência em todas as amostras.
74
-3050
RNS-84 PD-300
C1
-3100 C2
C3-C5
-3150
C6-C8
Profundidade (m)

-3200 C9-C10
C11+
-3250
RNS-88 PD-200
PE-01 PD-300
-3300

-3350
RNS-85 PD-200
-3400
RNS-85 PD-300
RNS-86 PD-300
-3450
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Fração Molar (%)

Figura 3.18 Variação da composição dos fluidos amostrados nas zonas PD-200 e
PD-300 com a profundidade

Psat (kg/cm2)

-3050

-3100

-3150
-3200
-3250
-3300

-3350
-3400

-3450
250 260 270 280 290 300 310 320 330 340 350

Figura 3.19 Comportamento da Psat com a profundidade nas zonas PD-200 e PD-300

As amostras foram ajustadas individualmente com a utilização do simulador PVT.


Não se obteve bons resultados no ajuste simultâneo de todas as análises, escolhendo-se o
75
ajuste da amostra da zona PD-200 do RNS-85 como o mais representativo. A pseudo
composição adotada foi:

PSC1 = 98,86 % C1 + 1,14 % N2


PSC2 = 1,42 % CO2 + 98,58 % C2
PSC3 = 49,9 % C3 + 31,75 % C4+ 18,34 % C5
PSC4 = 19,54 % C6 + 22,64 % C7 + 27,04 % C8 +17,67 % C9 + 13,11 % C10
PSC5 = PSC5
PSC6 = PSC6

As propriedades dos pseudocomponentes acima definidos estão na Tabela 3.10 e a


composição dos fluidos amostrados após realizada a pseudoização é apresentada na Tabela
3.11.

Tabela 3.10 Propriedades dos pseudocomponentes zonas PD-200 e PD-300


Propriedade PSC1 PSC2 PSC3 PSC4 PSC5 PSC6
Sg 0,26401 0,44367 0,56123 0,7040 0,81014 0,90984
0
Tb ( K) 129,46 164,76 206,92 462,28 487,62 519,95
Pc (atm) 46,52 61,90 63,05 16,81 20,36 18,54
3
Vc (m /Kmol) 0,09614 0,11431 0,14354 0,71740 0,67663 0,80774
0
Tc ( K) 188,47 286,965 357,083 622,817 674,806 771,565
Zc 0,26669 0,30049 0,30888 0,23600 0,24873 0,24818
MW 16,188 31,2980 58,2260 119,074 194,706 370,670

Tabela 3.11 Composição dos fluidos após pseudoização, em fração molar (%)
RNS-84 RNS-88 PE-1 RNS-85 RNS-85 RNS-86
ZONA PD-300 PD-200 PD-300 PD-200 PD-300 PD-300
FLUIDO GÁS GÁS GÁS ÓLEO ÓLEO ÓLEO
PROF (m) -3084 -3253 -3284 -3371 -3407 -3430
PSC1 67,62 66,52 59,66 52,78 53,82 56,28
PSC2 11,84 12,07 12,50 11,95 11,76 15,29
PSC3 12,23 12,60 14,24 16,03 15,22 11,83
PSC4 5,77 7,80 7,87 12,28 10,29 6,13
PSC5 1,25 0,19 2,46 1,33 2,69 3,43
PSC6 1,29 0,82 3,27 5,63 6,22 7,04

76
Considerando-se os dados da Tabela 3.11, adotou-se uma variação linear das
composições com a profundidade para que pudéssemos informar ao modelo as composições
iniciais do reservatório a quatro diferentes profundidades: -3000 m, -3084m, -3407 m e -
3460 m. As composições assim calculadas são pontuais, sendo utilizadas pelo simulador
para determinar, por interpolação linear, as composições iniciais em cada ponto do
reservatório. A Figura 3.20 compara os dados para inicialização e os dados obtidos das
análises PVT após pseudoização.

-3000
PSC1
-3050
PSC2
-3100 PSC3
-3150 PSC4
Profundidade (m)

-3200 PSC5
PSC6
-3250
PSC1 ini
-3300 PSC2 ini
-3350 PSC3 ini

-3400 PSC4 ini


PSC5 ini
-3450
PSC6 ini
-3500
0 20 40 60 80 100
Fração Molar (%)

Figura 3.20 Comparação entre os dados de inicialização e os dados da PVT

Para as zonas PD-400 a PD800, a única análise PVT para estes intervalos foi realizada
no fluido amostrado no RNS-90. A análise também foi feita por recombinação. A
composição do fluido amostrado consta na Tabela 3.12.

Tabela 3.12 Composição do fluido representativo das zonas PD-400 a PD-800


Componente Fração molar Componente Fração molar
CO2 0,0034 nC5 0,0107
N2 0,0078 C6 0,0125

77
Componente Fração molar Componente Fração molar
C1 0,6039 C7 0,0126
C2 0,1433 C8 0,0134
C3 0,0959 C9 0,0076
iC4 0,0197 C10 0,0047
+
nC4 0,0339 C11 0,0197
iC5 0,0109

A composição dos pseudo componentes foi assim definida:

PSC1 = 98,72 % C1 + 1,28 % N2


PSC2 = 2,32 % CO2 + 97,68 % C2
PSC3 = 56,05 % C3 + 11,51 % iC4+ 19,81 % nC4+ 6,37 % iC5+ 6,25 % nC5
PSC4 = 24,61 % C6 + 24,80 % C7 + 26,38 % C8 +14,96 % C9 + 9,25 % C10
PSC5 = PSC5
PSC6 = PSC6

As propriedades dos pseudo componentes definidos acima e a composição do fluido


obtido são apresentados na Tabela 3.13.

Tabela 3.13 Propriedades dos pseudo componentes e composição do fluido amostrado


no RNS-90 após realizada a pseudoização
Propriedade PSC1 PSC2 PSC3 PSC4 PSC5 PSC6
Sg 0,26153 0,44452 0,55590 0,70322 0,83725 0,94306
0
Tb ( K) 112,058 183,018 250,726 382,720 492,792 658,854
Pc (atm) 45,2556 48,5965 39,1555 25,5043 21,4416 14,2473
3
Vc (m /Kmol) 0,09888 0,14666 0,23216 0,46380 0,65729 1,09475
0
Tc ( K) 189,739 305,378 399,061 557,222 687,088 853,899
Zc 0,28740 0,28441 0,27760 0,25869 0,24996 0,22259
MW 16,196 30,3930 52,0330 108,544 173,460 337,401
Fração Molar 0,61170 0,14670 0,17110 0,05080 0,00711 0,01259

As propriedades adotadas para a água,obtidas por correlação, foram as seguintes:


Densidade 0,933
2 -1
Compressibilidade (kg/cm ) 60,0.10-6
78
Viscosidade (cp) 0,2

3.4.3. Propriedades das rochas

Haja vista a inexistência de testemunhos na zona PD-100, foram adotados os dados


obtidos por perfil e testes de formação. Adotou-se uma permeabilidade de 4,8 mD com
porosidade variando de 8 a 15 %, valores obtidos por interpretação de perfis e fornecidos
através dos mapas de isoporosidade. Foi adotado o valor de 50,0.10-6 (kg/cm2)-1 para
compressibilidade da rocha.
As zonas PD-200 e PD-300 foram testemunhadas nos poços RNS-85 (zona PD-300) e
RNS-86 (zona PD-200). Entretanto, o testemunho recuperado no RNS-86 foi muito
pequeno, não sendo representativo do intervalo.
A Tabela 3.14 e Tabela 3.15 mostram a comparação entre os dados de porosidade e
permeabilidade obtidos das análises de testemunho e os obtidos dos perfis corrigidos e testes
de formação.

Tabela 3.14 Comparação entre análise de testemunhos e perfis (zona PD-200)


K efetiva K média Valor
Porosidade Porosidade Valor
Poço teste lab adotado
perfil (%) testemunho (%) adotado (%)
(mD) (mD) (mD)
RNS-84 16,6 - 16,6 - - 8,0
RNS-88 16,7 - 16,7 1,5 - 2,0
RNS-86 13,5 11,1 13,0 - 6,5 2,0
RNS-85 14,5 - 14,5 2,8 - 3,0
PE-01 16,8 - 16,8 - - 4,0

Tabela 3.15 Comparação entre análise de testemunhos e perfis (zona PD-300)


Porosidade Valor
Porosidade Valor adotado K efetiva K média
Poço testemunho adotado
perfil (%) (%) teste (mD) lab (mD)
(%) (mD)
RNS-84 16,7 - 16,7 80,0 - 50,0
RNS-88 16,6 - 16,6 15,0 - 13,0
RNS-86 14,8 - 14,8 2,9 - 3,0
RNS-85 14,5 13,5 14,0 3,5 2,7 4,0

79
Porosidade Valor
Porosidade Valor adotado K efetiva K média
Poço testemunho adotado
perfil (%) (%) teste (mD) lab (mD)
(%) (mD)
PE-01 12,7 - 12,7 8,0 - 7,0

Com relação às permeabilidades absolutas, foram construídos mapas de variação em


área para cada uma das zonas do modelo, com base nos dados apresentados acima. Devido a
pequena quantidade de dados de laboratório, atribuiu-se aos valores de permeabilidade
absoluta os valores da permeabilidade efetiva. Nos aqüíferos das zonas PD-200 e PD-300
foram adotadas permeabilidades de 2 e 3 mD, respectivamente. Quanto à distribuição de
porosidades, foram utilizados mapas de isoporosidades. Os dados de permeabilidade efetiva
mostram que, para zona PD-300, há uma tendência do reservatório ser mais permeável à
medida que sobe estruturalmente. Foi adotado o valor de 54,0.10-6 (kg/cm2)-1 para
compressibilidade da rocha.
Nenhum dos poços testados produziu água caracterizada como água de formação.
Entretanto, pela interpretação dos perfis corrigidos, estas zonas apresentam-se com
saturações de água mais elevadas na região dos poços RNS-85 e RNS-86. Isso nos leva a
crer que, nestas regiões do reservatório, as saturações de água irredutível sejam mais altas.
Foram realizados, em amostras do testemunho do poço RNS-85, ensaios de
permeabilidade relativa nos sistemas óleo-água e gás-óleo.
Utilizando-se o método de Molina, foram traçadas as curvas médias de
permeabilidade relativa gás-óleo e óleo-água para os diversos níveis de saturação de água
irredutível. Verificou-se a saturação inicial de água em cada região do modelo e associou-se
a elas as curvas de permeabilidade relativa correspondentes.
Da Figura 3.21 a Figura 3.32 apresentam as curvas de permeabilidade relativas óleo-
água e gás-óleo, após tratamento, informadas ao simulador. Apresenta ainda as curvas de
pressão capilar para as diferentes regiões de fluido.
Devido à inexistência de dados de testemunhos para as zonas PD-400 a PD-800,
decidiu-se utilizar os dados de permeabilidade efetiva obtidos em testes de formação para
representar as permeabilidades absolutas dos reservatórios. A Tabela 3.16 apresenta os
dados disponíveis e os valores adotados para cada zona.

80
Tabela 3.16 Valores de permeabilidade disponíveis para as zonas PD-400 a PD-800
PERMEABILIDADE DE VALORES DE PERMEABILIDADE
ZONA POÇOS
TESTE (mD) ADOTADOS (mD)
PD-400 PE-01 1,33 0,5
PD-500 RNS-85 / RNS-90 1,12 / 0,14 1,1
PD-600 RNS-96 0,8 0,5
PD-700 RNS-95 / RNS-85 0,3 / 1,1 1,0
PD-800 RNS-90 0,45 0,45

Foram usados os mapas de isosaturação de gás para definição das diversas regiões de
saturação de água irredutível. Os valores médios de saturações adotados para confecção dos
mapas foram obtidos por interpretação de perfis.
Para as permeabilidades relativas, foram utilizadas as mesmas curvas das zonas
PD-200 e PD-300 para os diversos níveis de saturação de água irredutível.
Os valores de porosidade para as zonas PD-400 a PD-800 foram obtidos a partir dos
mapas de isoporosidade.

Figura 3.21 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,25

81
Figura 3.22 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,25

Figura 3.23 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,30

82
Figura 3.24 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,30

Figura 3.25 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,35

83
Figura 3.26 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,35

Figura 3.27 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,40

84
Figura 3.28 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,40

Figura 3.29 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para Swc=0,45

85
Figura 3.30 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para Swc=0,45

Figura 3.31 Curvas de permeabilidade relativa óleo-água para zona PD-100

86
Figura 3.32 Curvas de permeabilidade relativa óleo-gás para zona PD-100

3.4.4. Simulação dos reservatórios

O estudo de simulação foi realizado com o simulador composicional GEM da CMG,


numa modelagem bidimensional. As dimensões das células variam de 187 a 500 m na
direção x e de 125 a 500 m na direção y no layer 1, representativo da zona PD-100. Os layers
2 e 4, representando as zonas PD-200 e PD-300 respectivamente, foram discretizados com
uma malha com dimensões de células variando de 116 a 200 m em ambas as direções. Os
layers 5 a 13, correspondentes às zonas PD-400 a PD-800, foram discretizados em células
com dimensões variando de 120 a 300 m.
A gridagem corner point possibilitou a utilização de dimensões diferentes das células
em cada layer, numa malha cartesiana de 43 x 25 x 13 células. Os mapas geológicos,
revisados em 1995, foram digitalizados e transferidos para o simulador utilizando-se o pré-
processador GRID. Os volumes originais obtidos do modelo estão apresentados no item 4.
Da Figura 3.33 a Figura 3.42 apresentam o ajuste da RGO de produção do campo e os
ajustes de pressão poço a poço. Todas as reservas e previsões de produção apresentadas nos
itens 4 e 5 foram obtidas pelo modelo de simulação.

87
Figura 3.33 Ajuste da RGO de produção do campo. A curva em azul representa a
RGO observada e em vermelho, a RGO obtida pelo modelo

Figura 3.34 Ajuste da pressão do PE-1, em produção nas zonas PD-200 e PD-300

88
Figura 3.35 Ajuste da pressão do PE-2, quando em produção na zona PD-100

Figura 3.36 Ajuste da pressão do PE-2, em produção nas zonas PD-100 e PD-400

89
Figura 3.37 Ajuste da pressão do PE-03, quando em produção na zona PD-100

Figura 3.38 Ajuste da pressão do PE-3, em produção nas zonas PD-100 e PD-400

90
Figura 3.39 Ajuste da pressão do RNS-84, em produção nas zonas PD-200 e PD-300

Figura 3.40 Ajuste da pressão do RNS-85, em produção nas zonas PD-200 e PD-300

91
Figura 3.41 Ajuste da pressão do RNS-88, quando em produção na zona PD-100

Figura 3.42 Ajuste da pressão do RNS-88, em produção nas zonas PD-100, PD-200 e
PD-300

As extrapolações de produção realizadas com o modelo de simulação objetivam obter


a maior recuperação de hidrocarbonetos dos reservatórios, considerando-se sempre a
economicidade dos projetos. Foram realizadas extrapolações até o ano 2040, nas quais
utilizaram-se os seguintes parâmetros para os poços produtores: pressão mínima na cabeça

92
de 12 kg/cm2, vazão de gás mínima para abandono de 5000 m3/d e um BSW limite por poço
variando de 50 a 95 %. No item 5 (Previsão de Produção e Movimentação de Fluidos) serão
detalhadas as premissas consideradas em cada hipótese de previsão e serão apresentados os
mapas de saturação de fluidos em várias fases de explotação do campo.

3.5. Metodologia de Gerenciamento de Reservatórios

A concessão do Campo de Pescada é uma parceria com a ElPaso, havendo um


compromisso formal com os parceiros para realização de no mínimo uma avaliação por poço
por ano. Os testes de produção para medição de vazão são realizados com a freqüência
mínima de um por mês para cada poço. A produção total do campo é medida na UPGN em
Guamaré e rateada entre os poços com base nos resultados dos testes de produção
individuais.

93
4. RESERVAS

4.1. Volumes in-situ

A Tabela 4.17 apresenta os volumes originais in place obtidos pelo modelo de


simulação para os diversos reservatórios do campo. Estes volumes estarão no Boletim Anual
de Reservas (BAR) de dezembro de 2004. No Boletim Anual de Reservas de dezembro de
2003 foram apresentados os volumes obtidos pelos mapas.
No cálculo dos volumes em superfície, a utilização dos volumes cubados nos mapas
nos restringe à utilização de um único valor médio do fator volume de formação para todo o
reservatório cubado. Da mesma forma, usa-se um único valor médio de razão gás-líquido
(para os reservatórios de óleo) ou razão líquido-gás (para os reservatórios de gás) para
cálculo do volume do fluido secundário. Num fluido complexo como o de Pescada, isso
pode ser uma aproximação grosseira, já que a composição do fluido varia verticalmente e,
conseqüentemente, assim também variam suas propriedades e as saturações de líquido e gás.
A utilização de uma razão de solubilidade e fator volume da formação obtidos numa PVT
amostrada numa determinada profundidade do reservatório não é representativa de todo o
reservatório.
Como o modelo composicional trabalha com a composição do fluido célula à célula,
determinando suas propriedades e saturações conforme a pressão e temperatura à cada
profundidade, os volumes de líquido e gás em condições de superfície ficam melhor
determinados pelo modelo.

Tabela 4.17 Volumes originais in place


ZONAS VOLUMES ORIGINAIS IN PLACE (MM m3)
(BLOCO PE-001) ÓLEO GÁS COND GCAP GNA
PD100 0,834 295,470
PD200 1,833 696,210 1,294 1435,200
PD300 1,168 442,485 0,798 899,710
PD400 0,303 1470,000
PD500 0,172 547,990
PD600 0,108 343,060
PD700 0,328 1046,100

94
3
ZONAS VOLUMES ORIGINAIS IN PLACE (MM m )
(BLOCO PE-001) ÓLEO GÁS COND GCAP GNA
PD800 0,149 474,420
TOTAIS 3,835 1434,165 3,152 2334,910 3881,570

4.2. Produções acumuladas e reservas

As reservas classificadas como Provada Desenvolvida Produtora correspondem à


produção das zonas PD-100 (nos poços PE-2, PE-3 e RNS-88), PD-200 e PD-300 (nos
poços PE-1, RNS-84, RNS-85 e RNS-88) e PD-400 (nos poços PE-2 e PE-3).
O incremento de produção devido às intervenções nos poços PE-2 e PE-3 para
ampliação de canhoneio nas zonas PD-200 e PD-300 (previstas para 2005) e à restauração
do poço RNS-85 para produção nas zonas PD-500, PD-700 e PD800 (prevista para 2007) é
classificado como reserva Provada Desenvolvida Não Produtora.
A reserva classificada como Provável resultado da perfuração do novo poço em 2007,
que será completado para produção conjunta das zonas PD-200, PD-300, PD-400, PD-600,
PD-700 e PD-800.
A Tabela 4.18 apresenta as produções acumuladas dos fluidos e a Tabela 4.19
apresenta as reservas de óleo, condensado, gás associado e gás não associado para os
diversos reservatórios do campo.

Tabela 4.18 Produções acumuladas do campo


PRODUÇÕES
GÁS EM GÁS GÁS NÃO
ACUMULADAS (MM m3) ÓLEO CONDENSADO
SOLUÇÃO LIVRE ASSOCIADO
OUT/2004
PD100 0,057 38,655
PD200/PD300 0,078 0,339 42,115 769,095
PD400 0,090 245,808
TOTAIS 0,135 0,428 80,769 769,095 245,808

4.3. Regulamento Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural

Os volumes discriminados nos subitens acima foram determinados de acordo com o


Regulamento Técnico de Reservas de Petróleo e Gás Natural da ANP.
95
Tabela 4.19 Reservas do campo (BAR de dezembro de 2004)
RESERVAS EM MILHÕES DE M3 (RELATÓRIO DE DEZEMBRO/2004)
Zonas
Óleo Condensado Gás assoc em solução Gás livre assoc Gás não assoc
de
prod. Provad Prováve TOTA Provad Prováve TOTA Provad Prováve Provad Prováve Provad Prováve
TOTAL TOTAL TOTAL
a l L a l L a l a l a l
PD100 143,46
0,125 0,125 143,466
PE-001 6
PD200/
2109,3
PD300 0,02 0,02 0,596 0,06 0,656 34,991 34,991 1955,73 153,665
9
PE-001
PD400 877,39
0,105 0,01 0,115 790,159 87,236
PE-001 5
PD500 363,97
0,087 0,087 363,976
PE-001 6
PD600
0,01 0,01 33,070 33,070
PE-001
PD700 577,55
0,125 0,017 0,142 512,072 65,481
PE-001 3
PD200 213,74
0,045 0,004 0,049 197,899 15,842
PE-001 1
TOTAI 178,45 2109,3 2065,7
0,145 0,145 0,958 0,101 1,059 178,457 1955,73 153,665 1864,11 201,629
S 7 9 4

96
5. PREVISÃO DE PRODUÇÃO E MOVIMENTAÇÃO DE FLUIDOS

5.1 Previsão de Produção

A hipótese básica de previsão de produção corresponde ao projeto RC963A, no qual é


mantido o atual esquema de produção: zona PD-100 nos poços PE-2, PE-3 e RNS-88; zonas
PD-200 e PD-300 nos poços PE-1, RNS-84, RNS-85 e RNS-88; zona PD-400 nos poços
PE-2 e PE-3.
O projeto RC1497A corresponde às intervenções nos poços PE-2 e PE-3 para
ampliação de canhoneio nas zonas PD-200 e PD-300 (previstas para 2005) e à restauração
do poço RNS-85 para produção nas zonas PD-500, PD-700 e PD800 (prevista para 2007).
O projeto RC1514A corresponde à perfuração do poço em 2007, que será completado
para produção conjunta das zonas PD-200, PD-300, PD-400, PD-600, PD-700 e PD-800.
As curvas com histórico e previsão de produção de gás e petróleo (óleo+condensado)
do campo estão mostradas na Figura 5.43 e Figura 5.44. As curvas em vermelho (RF1)
correspondem à produção do novo poço e as curvas em verde (RF2) correspondem às
restaurações nos poços PE-2, PE-3 e RNS-85. O histórico de produção e a previsão na
hipótese básica são representados pelas curvas em azul (RF3).

Figura 5.43 - Curvas de produção de gás do campo


97
Figura 5.44 - Curvas de produção de óleo e condensado do campo

A Figura 5.45 mostra as curvas com as produções acumuladas de petróleo e gás


natural do campo previstas ao longo do tempo. A Tabela 5.20 apresenta o comportamento
previsto para o campo das vazões de petróleo, gás e água. A mesma tabela mostra o
comportamento da razão gás-petróleo (RGP) e da razão água-petróleo (RAP) e a evolução
dos fatores de recuperação de petróleo e gás do campo ao longo do tempo.

98
Figura 5.45 - Curvas de produção acumulada de petróleo e gás do campo

Tabela 5.20 Previsão do comportamento de produção de petróleo, água e gás natural


do campo de Pescada
Qo Qg (mil Qw RGP RAP FRp FRg Np Gp
ANO
(m3/d) m3/d) (mil3/d) (m3/m3) (m3/m3) (%) (%) (MMm3) (MMm3)
2005 257,9 654,66 2,7 2538 0,010 9,4 17,4 0,657 1334,623
2006 286,7 777,89 3,2 2713 0,011 10,9 21,2 0,762 1618,553
2007 311,7 887,94 3,3 2849 0,011 12,5 25,4 0,875 1942,651
2008 325,3 1033,48 3,3 3177 0,010 14,2 30,3 0,994 2319,871
2009 252,9 878,11 3,3 3472 0,013 15,6 34,5 11,087 2640,382
2010 195,0 709,04 3,1 3636 0,016 16,6 37,9 1,158 2899,181
2011 165,7 629,25 3,0 3798 0,018 17,4 40,9 1,218 3128,857
2012 143,2 562,47 2,9 3928 0,020 18,2 43,6 1,270 3334,159
2013 125,8 506,36 2,7 4025 0,021 18,8 46,0 1,316 3518,980
2014 114,6 460,36 2,6 4017 0,023 19,4 48,2 1,358 3687,012
2015 94,3 390,09 2,4 4137 0,025 19,9 50,1 1,393 3829,395
2016 84,7 353,56 2,3 4174 0,027 20,4 51,7 1,424 3958,444
2017 79,1 328,82 2,2 4157 0,028 20,8 53,3 1,452 4078,463
2018 72,4 307,07 2,2 4241 0,030 21,2 54,8 1,479 4190,544
2019 66,7 286,92 2,1 4302 0,031 21,5 56,1 1,503 4295,270
2020 62,9 266,82 2,1 4242 0,033 21,8 57,4 1,526 4392,659
2021 59,0 251,52 2,0 4263 0,034 22,2 58,6 1,548 4484,464
2022 52,8 234,73 1,9 4446 0,036 22,4 59,7 1,567 4570,140
2023 50,6 220,09 1,7 4350 0,034 22,7 60,8 1,585 4650,473
99
Qo Qg (mil Qw RGP RAP FRp FRg Np Gp
ANO
(m3/d) m3/d) (mil3/d) (m3/m3) (m3/m3) (%) (%) (MMm3) (MMm3)
2024 46,6 205,5 1,6 4410 0,034 22,9 61,8 1,602 4725,481
2025 44,6 193,94 1,5 4348 0,034 23,2 62,7 1,619 4796,269
2026 42,2 181,89 1,4 4310 0,033 23,4 63,6 1,634 4862,659
2027 38,7 170,89 1,3 4416 0,034 23,6 64,4 1,648 4925,033
2028 36,0 159,91 1,3 4442 0,036 23,8 65,1 1,661 4983,401
2029 34,8 154,33 1,2 4435 0,034 24,0 65,9 1,674 5039,731
2030 31,5 146,74 1,2 4658 0,038 24,1 66,6 1,686 5093,291
2031 28,7 139,41 1,1 4857 0,038 24,3 67,2 1,696 5144,176
2032 26,7 130,98 1,1 4906 0,041 24,4 67,9 1,706 5191,983
2033 25,3 123,98 1,1 4900 0,043 24,5 68,5 1,715 5237,236
2034 25,3 117,83 1,0 4657 0,040 24,7 69,0 1,724 5280,244
2035 21,0 110,58 1,0 5266 0,048 24,8 69,5 1,732 5320,606
2036 21,0 104,43 1,0 4973 0,048 24,9 70,0 1,740 5358,723
2037 19,0 100,18 1,0 5273 0,053 25,0 70,5 1,747 5395,288
2038 19,8 96,03 1,0 4850 0,051 25,1 71,0 1,754 5430,339
2039 18,8 93,78 1,0 4988 0,053 25,2 71,4 1,761 5464,569
2040 17,7 78,53 1,0 4437 0,056 25,3 71,8 1,767 5493,233

A Figura 5.46 mostra a evolução do fator de recuperação de petróleo e gás do campo


ao longo do tempo.

Figura 5.46 Evolução dos fatores de recuperação de petróleo e gás do campo

As curvas com histórico e previsão de produção e pressão para cada reservatório estão
mostradas da Figura 5.47 a Figura 5.84. Seguindo a mesma nomenclatura anterior, as curvas
100
em vermelho (RF1) correspondem à produção do novo poço (nas zonas PD-200, PD-300,
PD-400, PD-600, PD-700 e PD-800) e as curvas em verde (RF2) correspondem às
restaurações nos poços PE-02 e PE-03 (nas zonas PD-200 e PD-300) e RNS-85 (nas zonas
PD-500, PD-700 e PD-800). O histórico de produção e a previsão para hipótese básica estão
representados pelas curvas em azul (RF3). Todas as curvas foram obtidas a partir do modelo
de simulação.
Observa-se uma pequena variação na expectativa de produção das zonas PD-100 e
PD-400 quando comparamos as curvas referentes às restaurações (em verde) às curvas
correspondentes à hipótese básica (em azul). Isso ocorre devido à influência que a produção
conjunta, após canhoneio das zonas PD-200 e PD-300, terá sobre a produção das zonas
PD-100 e PD-400, após as restaurações nos poços PE-02 e PE-03 em 2005.
A produção de água prevista pelo modelo de simulação para todas as zonas é pouco
significativa, conforme podemos observar nos gráficos de vazão de água e razão água-
petróleo apresentados a seguir.

Figura 5.47 - Curvas de produção de petróleo da zona PD-100

101
Figura 3.48 - Curvas de produção de gás da zona PD-100

Figura 5.49 - Curvas de produção de água da zona PD-100

102
Figura 5.50 - Comportamento da RGO da zona PD-100

Figura 5.51 - Comportamento da RAO da zona PD-100

103
Figura 5.52 - Comportamento da pressão da zona PD-100

Figura 5.53 - Curvas de produção de gás das zonas PD-200 e PD-300

104
Figura 5.54 - Curvas de produção de petróleo das zonas PD-200 e PD-300

Figura 5.55 - Curvas de produção de água das zonas PD-200 e PD-300

105
Figura 5.56 Comportamento da RGO das zonas PD-200 e PD-300

Figura 5.57 Comportamento da RAO das zonas PD-200 e PD-300

106
Figura 5.58 Comportamento da pressão das zonas PD-200 e PD-300

Figura 5.59 - Curvas de produção de gás da zona PD-400

107
Figura 5.60 - Curvas de produção de condensado da zona PD-400

Figura 5.61 - Curvas de produção de água da zona PD-400

108
Figura 5.62 Comportamento da RGO da zona PD-400

Figura 5.63 Comportamento da RAO da zona PD-400

109
Figura 5.64 Comportamento da pressão da zona PD-400

Figura 5.65 - Curvas de produção de gás da zona PD-500

110
Figura 5.66 - Curvas de produção de condensado da zona PD-500

Figura 5.67 - Curva de produção de água da zona PD-500

111
Figura 5.68 Comportamento da RGO da zona PD-500

Figura 5.69 Comportamento da pressão da zona PD-500

112
Figura 5.70 Curva de produção de gás da zona PD-600

Figura 5.71 Curva de produção de condensado da zona PD-600

113
Figura 5.72 Curva de produção de água da zona PD-600

Figura 5.73 Comportamento da RGO da zona PD-600

114
Figura 5.74 Comportamento da pressão da zona PD-600

Figura 5.75 Curvas de produção de gás da zona PD-700

115
Figura 5.76 Curvas de produção de condensado da zona PD-700

Figura 5.77 Curvas de produção de água da zona PD-700

116
Figura 5.78 Comportamento da RGO da zona PD-700

Figura 5.79 Comportamento da pressão da zona PD-700

117
Figura 5.80 Curvas de produção de gás da zona PD-800

Figura 5.81 Curvas de produção de condensado da zona PD-800

118
Figura 5.82 Curva de produção de água da zona PD-800

Figura 5.83 Comportamento da RGO da zona PD-800

119
Figura 5.84 Comportamento da pressão da zona PD-800

A Figura 5.85 e Figura 5.86 apresentam o comportamento dos fatores de recuperação


de petróleo e gás para as diversas zonas produtoras do campo. Observamos que, exceto na
zona PD-600, os fatores de recuperação de óleo e condensado variam de 25 % a 51 % e os
fatores de recuperação de gás variam de 45 % a 85 %.
O Boletim Anual de Reservas de dezembro de 2003 não apresentava reservas para a
zona PD600. Os fatores de recuperação hoje estimados para esta zona estão próximos a 10
%. As espessuras e características permo-porosas observadas em perfil nos poços que
interceptam esta zona e o resultado do teste realizado no RNS-96 (permeabilidade média de
0,3 mD) resultaram em desconsiderá-la no esquema de produção inicial. Com o projeto de
perfuração de um novo poço na área nordeste do bloco principal, decidiu-se incluir esta zona
na produção conjunta com as demais zonas de interesse a serem interceptadas pelo poço.
Entretanto, não se tem grande expectativa, haja vista a produção de gás esperada para esta
zona no referido projeto (Figura 5.70). Espera-se que a perfuração do novo poço traga, nesta
área da PD600, um maior conhecimento do reservatório, o que poderia viabilizar maiores
investimentos nesta zona.

120
Figura 5.85 Evolução do fator de recuperação de petróleo das diversas zonas

Figura 5.86 Evolução do fator de recuperação de gás das diversas zonas

Os mapas da Figura 5.87 a Figura 5.110 mostram o comportamento das saturações de


petróleo, gás e água ao longo do tempo para as principais zonas do campo: PD-200 e
PD-300. Os mapas foram obtidos do modelo de simulação, utilizando o simulador
composicional GEM da CMG. A zona PD-200 é representada pelo layer 2 e a zona PD-300
é representada pelo layer 4.
121
Nos mapas que se reportam ao início da produção (Figura 5.87 a Figura 5.92)
podemos observar a gradação nas saturações de gás e líquido com a profundidade,
evidenciando a inexistência de um contato gás-óleo bem definido. Vemos que no RNS-84 o
reservatório apresenta-se saturado com gás e no RNS-85 apresenta-se saturado com líquido.
Na área entre eles, há uma gradação de saturação que é característica de reservatórios de
óleo volátil com capa de gás condensado retrógrado. Ainda em relação às condições iniciais,
observa-se que há uma estreita faixa do reservatório com saturação inicial de óleo maior que
60 %, evidenciando uma coluna predominantemente saturada com gás de quase três vezes a
espessura da coluna com óleo.
Os mapas apresentados da Figura 5.93 a Figura 5.110 mostram a deposição de líquido
na capa e a volatilização do óleo a medida que a pressão do reservatório decresce. Nos
mapas de saturação de água, observa-se a ausência de um aqüífero atuante pela imobilidade
do contato óleo-água.

Figura 5.87 Mapa inicial da saturação de gás na zona PD-200

122
Figura 5.88 Mapa inicial da saturação de gás na zona PD-300

Figura 5.89 Mapa inicial da saturação de óleo na zona PD-200


123
Figura 5.90 Mapa inicial da saturação de óleo na zona PD-300

Figura 5.91 Mapa inicial da saturação de água na zona PD-200


124
Figura 5.92 Mapa inicial da saturação de água na zona PD-300

Figura 5.93 Mapa da saturação de gás na zona PD-200 em junho de 2004


125
Figura 5.94 Mapa da saturação de gás na zona PD-300 em junho de 2004

Figura 5.95 Mapa da saturação de óleo na zona PD-200 em junho de 2004


126
Figura 5.96 Mapa da saturação de óleo na zona PD-300 em junho de 2004

Figura 5.97 Mapa da saturação de água na zona PD-200 em junho de 2004


127
Figura 5.98 Mapa da saturação de água na zona PD-300 em junho de 2004

Figura 5.99 Mapa da saturação de gás na zona PD-200 em 2010


128
Figura 5.100 Mapa da saturação de gás na zona PD-300 em 2010

Figura 5.101 Mapa da saturação de óleo na zona PD-200 em 2010


129
Figura 5.102 Mapa da saturação de óleo na zona PD-300 em 2010

Figura 5.103 Mapa da saturação de água na zona PD-200 em 2010


130
Figura 5.104 Mapa da saturação de água na zona PD-300 em 2010

Figura 5.105 Mapa da saturação de gás na zona PD-200 em 2031


131
Figura 5.106 Mapa da saturação de gás na zona PD-300 em 2031

Figura 5.107 Mapa da saturação de óleo na zona PD-200 em 2031


132
Figura 5.108 Mapa da saturação de óleo na zona PD-300 em 2031

Figura 5.109 Mapa da saturação de água na zona PD-200 em 2031


133
Figura 5.110 Mapa da saturação de água na zona PD-300 em 2031

5.2. Previsão de Movimentação de Fluidos

A previsão de movimentação de gás para o campo de Pescada está apresentada na


Tabela 5.21.

Tabela 5.21 - Previsão de Movimentação de Gás para o campo de Pescada


GÁS NATURAL (Mil m3/d)
Ano Produção de gás Importado Consumo Injeção Perdas Disponível
2005 654,66 0 0 0 0 654,66
2006 777,89 0 0 0 0 777,89
2007 887,94 0 0 0 0 887,94
2008 1033,48 0 0 0 0 1033,48
2009 878,11 0 0 0 0 878,11
2010 709,04 0 0 0 0 709,04

134
GÁS NATURAL (Mil m3/d)
Ano Produção de gás Importado Consumo Injeção Perdas Disponível
2011 629,25 0 0 0 0 629,25
2012 562,47 0 0 0 0 562,47
2013 506,36 0 0 0 0 506,36
2014 460,36 0 0 0 0 460,36
2015 390,09 0 0 0 0 390,09
2016 353,56 0 0 0 0 353,56
2017 328,82 0 0 0 0 328,82
2018 307,07 0 0 0 0 307,07
2019 286,92 0 0 0 0 286,92
2020 266,82 0 0 0 0 266,82
2021 251,52 0 0 0 0 251,52
2022 234,73 0 0 0 0 234,73
2023 220,09 0 0 0 0 220,09
2024 205,50 0 0 0 0 205,50
2025 193,94 0 0 0 0 193,94
2026 181,89 0 0 0 0 181,89
2027 170,89 0 0 0 0 170,89
2028 159,91 0 0 0 0 159,91
2029 154,33 0 0 0 0 154,33
2030 146,74 0 0 0 0 146,74
2031 139,41 0 0 0 0 139,41
2032 130,98 0 0 0 0 130,98
2033 123,98 0 0 0 0 123,98
2034 117,83 0 0 0 0 117,83
2035 110,58 0 0 0 0 110,58
2036 104,43 0 0 0 0 104,43
2037 100,18 0 0 0 0 100,18
2038 96,03 0 0 0 0 96,03
2039 93,78 0 0 0 0 93,78
2040 78,53 0 0 0 0 78,53

135
6. POÇOS

6.1 Perfuração

O início da atividade exploratória ocorreu em Novembro de 1980, com perfuração


1-RNS-27, descobridor do Campo de Pescada, o qual encontrou reservatório com gás e
condensado retrógrado na Formação Pendência, em intervalos correspondentes as zonas
PD-400 e PD-800.
A partir daí temos a continuidade da atividade exploratória, resumida na tabela
abaixo, detalhada no Item 3.1 Histórico da Exploração neste Plano de Desenvolvimento.

Tabela 6.22 - Histórico dos poços perfurados no Campo de Pescada


Ano de Situação Plataforma
Poço Classificação Geometria Tipo
Perfuração Atual de Produção
1RNS Descobridor de
out-1980 pioneiro vertical abandonado
27 campo de gás
Produtor de
3RNS
nov-1985 extensão vertical gás e produtor PPE1
84
condensado
Abandonado
3RNS
jan-1986 extensão direcional acidente abandonado
88D
mecânico
3RNS Produtor de
mar-1986 extensão direcional abandonado
88DA óleo e gás
3RNS Produtor de
abr-1986 extensão vertical abandonado
86 óleo
Produtor sub-
3RNS
ago-1986 extensão direcional comercial de abandonado
90D
gás
Produtor de PPE1
3RNS
ago-1986 extensão vertical óleo, gás e produtor
85
condensado.
Abandonado
3RNS
dez-1986 extensão direcional acidente abandonado
94D
mecânico
7PE
1D mar-1987 Desenvolvimento direcional produtor produtor PPE1
RNS
3RNS
abr-1987 extensão direcional Seco abandonado
94DA

136
Ano de Situação Plataforma
Poço Classificação Geometria Tipo
Perfuração Atual de Produção
Produtor de
3RNS
abr-1987 extensão vertical gás e abandonado
96
condensado
Abandonado
3RNS
abr-1987 extensão direcional acidente abandonado
95D
mecânico
4RNS Pioneiro
mai-1987 vertical Seco abandonado
92 adjacente
Produtor de
3RNS
ago-1987 extensão direcional óleo, gás e abandonado
95DA
condensado.
7PE Produtor de
2D nov-1998 Desenvolvimento direcional óleo, gás e produtor PPE1
RNS condensado.
7PE Produtor de
3D set-1999 Desenvolvimento direcional óleo, gás e produtor PPE1
RNS condensado.
Produtor de
3RNS
dez-1999 extensão direcional óleo, gás e produtor PPE1
88DB
condensado.

6.2 Completação

O desenvolvimento do Campo de Pescada possui um total de 6 poços, todos surgentes


e produtores de óleo, e/ou gás e condensado retrógado, tendo-se 4 (quatro) direcionais e 2
(dois) verticais, entrando em produção em Abril de 1999.

Tabela 6.23 - Completações no campo de Pescada


Poço Plataforma Tipo ANS/ANM Produção/Injeção
7-PE-1D-RNS PPE1 Direcional ANS Produção
7-PE-2D-RNS PPE1 Direcional ANS Produção
7-PE-3D-RNS PPE1 Direcional ANS Produção
3-RNS-84 PPE1 Vertical ANS Produção
3-RNS-85 PPE1 Vertical ANS Produção
3-RNS-88D PPE1 Direcional ANS Produção

137
Tabela 6.24 - Poços perfurados no campo de Pescada
Coordenada Geográfica
Poço Cabeça do Poço Objetivo
X Y X Y
7-PE-1D-RNS 741039,0 9479784,5 741678,9 9478516,6
7-PE-2D-RNS 741038,0 9479786,0 741892,9 9479366,5
7-PE-3D-RNS 441040,3 9479786,6 742410,1 9478890,0
3-RNS-84 741038,0 9479786,0 741038,0 9479786,0
3-RNS-85 739939,4 9478246,7 739927,6 9478393,6
3-RNS-88D 741040,3 9479784,6 740461,4 9478884,3

O Campo possui 08 (oito) zonas portadoras de hidrocarbonetos (PD-100, PD-200,


PD-300, PD-400, PD-500, PD-600, PD-700 e PD-800), pertencentes a formação Pendência,
das quais as mais importantes são as zonas PD-200 e PD-300, que ocorrem numa
profundidade média de -3850m.
Abaixo dados dos testes mais recentes das zonas produtoras por poço:

Tabela 6.25 - Testes da zonas produtoras no campo de Pescada


Zona Abt Pcab Qo Gg (mil RGO
Poço Data Teste BSWt
Produtora (/64") (kgf/cm2) (m3/d) m3/d) (m3/m3Std)
7-PE-1D- PD-200,
04.11.2004 45 42 34,7 141923 4090 1
RNS PD-300
7-PE-2D- PD-100,
24.10.2004 64 17,4 32,4 76658,4 2366 1
RNS PD-400
7-PE-3D- PD-100,
23.10.2004 96 15,5 20,6 85654,8 4158 1,5
RNS PD-400
PD-200,
3-RNS-84 19.11.2004 38 120,1 64 204800 3200 0,5
PD-300
PD-200,
3-RNS-85 09.11.2004 50 15,8 15,36 7818,24 509 2
PD-300
PD-100,
3-RNS-88D PD-200, 24.10.2004 55 58 67,7 261999 3870 0,8
PD-300

A presença de substâncias corrosivas, ácido sulfídrico e gás carbônico, nos fluidos do


reservatório torna necessária a instalação de equipamentos resistentes à ação destas
substâncias, a nível de sub-superfície e superfície.

138
Tabela 6.26 - Revestimentos no campo de Pescada
Poço Revestimento e Coluna Produção
Liner Hanger 4 1/2" Cromo-13 (topo-sapata 3430/3888m), acima e até superfície
7-PE-1D-RNS
rev 7" P-110 e N-80. Coluna produção 2 7/8"Fox-K, 6.4lb/pé..
Revestimento 7", 29lb/pé, KOHP295KSI de 3284 a 3535m (canhoneados:
7-PE-2D-RNS 3340.5-3495.0m). Todo restante revestimento 7", 29/b/pé e L-80. Coluna
produção 3 1/2"Fox-K , 9.2lb/pé, KOHP295KSI..
Revestimento 7", 29/lb/pé, L-80 (superfície-sapata 4155.2m). Coluna produção 3
7-PE-3D-RNS
1/2"Fox-K, 9.2lb/pé, KOHP295KSI.
Liner Hanger 4 1/2" (topo/sapata: 2290.2-3184.2m), 11.6lb/pé, Cromo -13
(canhoneados: 3074.0-3121.0m). Liner 4 1/2", 12.75lb/pé, N-80 (topo/sapata:
3-RNS-84
3184.2/3241.6m). De 2990.2m (sapta 3491.1m) até superfície 7", 29lb/pé e L-80.
Coluna produção 3 1/2"Fox-K, 9.2lb/pé, KOHP295KSI..
Liner Hanger 4 1/2" Cromo-13 (topo-sapata 3333.0/3654.0m) (canhoneados:
3-RNS-85 3390.0-3606.0m).Revestimento 7", 29lb/pé, P-110 da superfície até 3333.0m, e
de3654.0 até 3802.5m. Coluna produção 2 7/8"Fox-K,6.4lb/pé.
Revestimento 7", 29lb/pé (topo-sapata: 3380.0-3571.5m), Cromo-13
(canhoneados: 3419.0-3565.5m), o restante do revestimento de 7" 29lb/pé, L-80 (
3-RNS-88
superfície até 3380.0m) e 3571.5 a 3687.0m. Coluna produção 3 1/2"Fox-K,
9.2lb/pé, KOHP295KSI.

O Liner Hanger 4 ½ de Cromo-13 é resistente a corrosão, O revestimento de 7 ,


29lb/pé, KOHP295KSI é resistente a corrosão. A coluna 3 ½ e 2 7/8 eu FOX-K são
resistentes a corrosão.

139
Figura 6.111 - Esquemas típicos de completação dos poços de Pescada linear 4 1/2

140
Figura 6.112 - Esquemas típicos de completação dos poços de Pescada revest. 7

141
7. SISTEMA DE COLETA DA PRODUÇÃO

Os campos de Pescada e Arabaiana tiveram os planos de implantação e de


desenvolvimento da Produção elaborados e implementados em conjunto. As características
qualitativas e quantitativas dos fluidos produzidos nos dois campos foram fatores
preponderantes para esta decisão. As principais diretrizes que nortearam o projeto foram:
plataformas desabitadas e simplicidade operacional nas instalações marítimas.
O duto de coleta existente no campo de Pescada interliga a plataforma PPE-2 à
plataforma central PPE-1A, de onde a exportação para terra se dá através de fluxo bifásico
(Figura 7.113). Suas características estão listadas na Tabela 7.27 abaixo. Por ser um campo
de gás, o dimensionamento desse duto levou em consideração as curvas de produção
atreladas às curvas de demanda previstas por ocasião do projeto.

Tabela 7.27 - Características das linhas de produção/injeção

Rígida/ Diâmetro Compri Operação Tipo de


Linha
Flexível Nominal (pol.) m. (km) Pressão (Kgf/cm2) Temp. (oC) Rev.

PPE-2/ Coaltar
Rígida 6 1,83 13 36
PPE-1A Duplo

A plataforma PPE-1B abriga 5 poços, e a PPE-2, apenas 1 poço. Cada poço possui
linha de escoamento individual, diretamente para a plataforma central do campo de Pescada
PPE-1A, onde o fluido produzido é direcionado para um separador de teste ou diretamente
para a linha de exportação para Guamaré.

142
Figura 7.113 - Sistema de coleta e escoamento da produção dos campos de Pescada e Arabaiana
143
8. UNIDADES DE PRODUÇÃO

O sistema de produção de Pescada é constituído por três plataformas fixas, do tipo


jaqueta (fixa), e as respectivas linhas de produção de cada poço. A profundidade d água
varia de 17 m a 20 m e as instalações do campo distam da costa em torno de 35 km. A
Tabela 8.28, abaixo, resume as principais características das plataformas.
Na PPE-1A está localizado o sistema de teste dos poços, constituído de separação
líquido/gás e medição dos fluidos produzidos. A partir da PPE-1A a produção do campo
escoa em fluxo bifásico para o Pólo de Guamaré.
A Tabela 8.28 mostra as características principais das Unidades de Produção e a
Figura 8.114 e Figura 8.115 apresentam fotos das instalações.

Tabela 8.28 - Principais Características das Plataformas

LDA Localização Processamento Armazenamento Compressão


Unidade Tipo
(m) X Y Óleo Gás Óleo Gás

PPE-1A Fixa 17 9.479.711 741.097 Não Não Não Não


PPE-
Fixa 17 9.672.784 502.539 Não Não Não Não
1B
PPE-2 Fixa 20 9.478.347 739.999 Não Não Não Não

144
Figura 8.114 - Plataformas PPE-1A e PPE-1B

Figura 8.115 - Plataforma PPE-2


145
9. PROCESSAMENTO DE FLUIDOS E UTILIDADES

Os fluidos produzidos em Pescada não possuem sistema de tratamento nas


plataformas, apenas há um sistema de separação bifásica (gás/líquido), para teste dos poços
na plataforma central PPE-1A. No projeto, adotou-se um sistema simplificado nas
instalações marítimas e colocou-se o sistema de tratamento e processamento de fluidos
internamente ao Pólo Industrial de Guamaré.
Dentro do plano de implantação do desenvolvimento dos campos de Pescada e
Arabaiana, foram construídas as seguintes instalações em Guamaré:
Uma unidade para recebimento das frentes de condensado (Slug Catcher) do duto
de exportação de Pescada/Arabaiana, com capacidade para 1.997 m3 de líquido e
1.500 Mm3/d de gás (não simultâneos);
Uma unidade de tratamento de gás (UTG) para remoção de H2S, com capacidade para
tratar até 1.500 Mm3/d com 30 ppmv de H2S;
Dois Turbo Compressores, com capacidade de movimentar cerca de 850 Mm3/d de
gás cada um, elevando a pressão do gás de 5 kgf/cm2 g para 70 kgf/cm2 g;
Uma unidade de produção de óleo diesel para processar o condensado proveniente de
Pescada/Arabaiana, com capacidade de processar até 1.500 m3/d de carga;
Uma unidade de processamento de gás natural (UPGN-II) do tipo turbo expander,
com capacidade nominal de processar 2.000 M m3/d de gás natural.

A seguir é feita uma descrição resumida das instalações acima mencionadas com suas
principais características:
Slug Catcher Sistema de recebimento de fluxo bifásico cuja finalidade, além de
separar a fase líquida da gasosa, é funcionar como um acumulador de líquido para alimentar
a carga da unidade de óleo diesel. É constituído por dois tramos de modo a possibilitar
manutenção sem a completa paralisação dos campos produtores.
Cada tramo possui 16 tubos de 42 polegadas de diâmetro e 180 m de comprimento,
possuindo uma leve inclinação para um dos lados, de modo a facilitar o escoamento das
fases líquidas e gasosas para extremos opostos. Conforme pode ser visto na Figura 9.116, a
saída de líquido é direcionada para a unidade de óleo diesel, e a de gás para a estação de
compressores. A Tabela 9.29, abaixo, resume as principais características do slug catcher.
146
Tabela 9.29 - Principais características do slug catcher
Item Valor Observação
Pressão normal de
6 kgf/cm2 g
operação
Limitada pela pressão máxima de trabalho de
Pressão máxima de
10 kgf/cm2 g Pescada e pelo volume do hold up existente
operação (estimada)
(PPE-1A)
Vazão máxima de gás 1500 M m3/d @20°C e 1 atm
este é o volume de slug máximo a receber.
Capacidade ao líquido 1997 m3 Este volume é recebido, mas pára os
compressores por segurança

Unidade de tratamento de gás (UTG) - Esta unidade utiliza o processo


SULFATREAT, e tem por finalidade única a remoção do H2S contida no gás. É constituída
por 10 vasos verticais com bloqueios individuais, para permitir a troca do recheio de cada
um sem detrimento da operação total. Suas principais características estão resumidas na
Tabela 9.30, a seguir.

Tabela 9.30 - Principais características do tratamento de gás


Item Valor Observação
O SULFATREAT é solido, sob a forma de pó. Sua
Quantidade de recheio por
90 t grande vantagem é que, após saturado, não
vaso
contamina o meio ambiente ao ser descartado.
Teor máximo de H2S prevista 30 ppmv
Tempo de campanha máximo
2,5 anos
previsto
Vazão total de gás 1.500 m3/d
Pressão normal de operação 5 kgf/cm2 g

Dois Turbo Compressores Têm por finalidade, comprimir o gás para permitir o seu
processamento nas Unidades de Processamento de Gás Natural I e II (UPGN-I e UPGN-II).
Suas principais características encontram-se na Tabela 9.31, abaixo.

Tabela 9.31 - Principais características dos turbo compressores


Item Valor Observação
Quantidade dentro Existem mais duas unidades instaladas em Guamaré,
2 unidades
do projeto PE/ARB perfazendo um total de 4 unidades instaladas
Capacidade de
movimentação por 850 Mm3/d @20°C e 1 atm
unidade

147
Item Valor Observação
Pressão de sucção 5 kgf/cm2 g
Pressão de descarga 70 kgf/cm2 g

Unidade de Produção de Óleo Diesel Esta unidade tem por finalidade atender o
mercado de óleo diesel do estado do Rio Grande do Norte, em função das características do
óleo de Pescada. A contribuição de Arabaiana na carga desta unidade é muito pequena em
função de sua baixa produção de hidrocarbonetos líquidos. As principais características
dessa unidade estão resumidas na Tabela 9.32, abaixo.

Tabela 9.32 - Principais características da Unidade de Produção de Óleo Diesel


Item Valor Observação
2
Pressão normal na entrada 8,0 kgf/cm g
3
Carga máxima 1.500 m /d
Produção de diesel 550 m3/d
Produção de nafta 570 m3/d
Na saída da unidade, a NAFTA e o RAT são
Produção de RAT 270 m3/d misturados e direcionados para os tanques de óleo
bruto

Unidade de Processamento de Gás Natural II (UPGN-II) Utilizando o processo


de turbo expander, esta unidade foi implantada com o objetivo de remover as frações
pesadas do gás para poder enviá-lo para a comercialização através dos gasodutos
NORDESTÃO e GASFOR em conjunto com a planta existente. As principais
características da UPGN-II encontram-se resumidas na Tabela 9.33, abaixo.

Tabela 9.33 - Principais características da UPGN-II


Item Valor Observação
Capacidade nominal de processamento 2.000 Mm3/d @20°C e 1 atm
Produção de GLP 340 t/dia
Produção de C5+ 178 t/dia
Gás residual 1.741,8 M m3/d @20°C e 1 atm
Pressão nominal na entrada 70 kgf/cm2
Pressão nominal na saída 70 kgf/cm2 g
Teor máximo de enxofre (admissível) 0,1 ppmv
Teor de umidade na entrada < 0,1 e 0,5 ppm (máx.)

148
Figura 9.116 - Fluxograma simplificado do processamento dos fluidos de Pescada em Guamaré

149
10. SISTEMA DE ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO

A produção de gás e condensado oriunda de duas das três unidades de produção,


PPE-1B e PPE-2, escoa em fluxo multifásico para a Plataforma Central do Campo de
Pescada, PPE-1A. A partir da PPE-1A o escoamento é feito, também em fluxo multifásico,
através do duto Pescada/Pólo de Guamaré que é compartilhado pelos campo de Arabaiana e
Norte de Pescada.

10.1. Dutos de escoamento

O duto utilizado para escoamento da produção é rígido e revestido externamente com


material para proteção contra corrosão e uma camada de concreto que serve de lastro. O
equipamento utilizado para lançamento foi uma balsa guindaste de lançamento, e as
principais características do duto são mostradas na Tabela 10.34.

Tabela 10.34 - Duto de escoamento existente


Capacidade
Diâmetro Comp.
Unidade Destino Tipo Gás Líquido Rev.
(pol) (Km)
(Mm³/d) (m³/d)
Pólo Coaltar
PPE-1A Rígido 1.500 1.500 26 72,68
Guamaré Concreto

10.2. Bombas e compressores

A transferência da produção de Arabaiana e Pescada até o Pólo de Guamaré é feita


utilizando-se a pressão existente nos poços, por isso não existem compressores nem bombas
de transferência instalados nas Plataformas.

150
11. SISTEMA DE MEDIÇÃO

11.1. Ponto de medição

O diagrama esquemático Figura 7.113 (ver capítulo 7 - Sistema de Coleta da


Produção) ilustra como será feito o escoamento da produção de cada uma das plataformas
do campo de Pescada para a plataforma central (PPE-1A), e daí para o slug catcher do Pólo
Industrial de Guamaré, em fluxo bifásico.
A produção de condensado será medida após a saída do slug catcher (amortecedor de
golfada) na planta de processo em Guamaré, através de medidores volumétricos que deverão
ser mensalmente aferidos através de vasos de pressão arqueados para aferição. A
temperatura de referência para a medição é de 20º C, devendo o fator de aferição incluir a
correção para o efeito da temperatura.
O gás produzido será medido na saída do slug-catcher. Todos os medidores de gás
devem ser periodicamente aferidos.
A Figura 11.117, a seguir, mostra um desenho esquemático da localização dos pontos
e padrões de medição utilizados.

11.2. Procedimento de medição

Conforme já mencionado anteriormente, a medição fiscal da produção de Pescada e


Norte de Pescada será feita conjuntamente com a concessão de Arabaiana. Os volumes de
fluidos produzidos serão rateados com base nos testes regulares de produção, os quais serão
executados no separador de testes da plataforma central de Pescada (PPE-1A).
Os procedimentos de medição para todos os fluidos serão compatíveis com as normas
API contidas no Petroleum Measurement Manual, nos capítulos 8 e 10, normas ASTM D-
473, D-4006 e D-4007, dentre outras, ou de acordo com instruções estabelecidas pela ANP.
As medições serão sempre realizadas em condições padrão de 20° C e 0,1013 MPa (1 atm)
com o uso de tabela de correção.

151
A periodicidade de medição dos fluidos é diária. A análise de qualidade do
condensado será feita periodicamente, sendo que a medição de densidade e de salinidade
será feita quando houver necessidade. A análise de teor de sedimentos será feita diariamente.
Para o gás, o procedimento de medição deve ser compatível com a AGA Report
números 3, 7 ou 8. O medidor será uma placa de orifício com correção de temperatura,
pressão e densidade (composição via cromatógrafo de processo) on-line. A periodicidade de
medição será diária. A aferição dos medidores será de acordo com o critério de Shumacher
(que leva em conta o histórico do erro das 3 ultimas calibrações). A análise de qualidade do
gás (teores de CO2 e de H2S, composição, poder calorífico e teor de inertes), terá
periodicidade diária pelo cromatógrafo de processo da Unidade de Processamento de Gás,
UPGN-II.

152
PESCADA

PPE-1B
PPE-1A
6 x 1,83 km

PPE-2
MEDIÇÃO DE TESTES
PARA APROPRIAÇÃO

DUTO MULTIFÁSICO

GASODUTO PESCADA GUAMARÉ


26 x 70 km

PARTE MARÍTIMA

PARTE TERRESTRE

RECEBIMENTO E SEPARAÇÃO GÁS/LÍQUIDO

TRATAMENTO E EMED
ESTABILIZAÇÃO ÓLEO GÁS

EMED
ÓLEO UPGN

PÓLO GUAMARÉ

Figura 11.117 Desenho esquemático do sistema de medição


153
12. GARANTIA DE ESCOAMENTO

12.1. Condições de operação consideradas para garantia de


escoamento

O campo de Pescada apresenta as seguintes condições especiais:


alta temperatura;
alta pressão;
presença de H2S e de CO2;

12.2 Prevenção de ocorrências anormais

Em função das condições especiais acima, o projeto das instalações definiu as


seguintes diretrizes:
Equipamentos de poço (coluna, acessórios e cabeça de produção) fabricados em aço
especial, conforme ASTM A276 UNS-S31803, com 22% de Cromo;
Válvulas, curvas e restrições dos conjuntos denominados Árvores de Natal fabricadas
em aço especial, conforme ASTM A276 UNS-S31803, com 22% de Cromo, para
classe de pressão de 10.000 psi;
Em caso de poços fraturados com bauxita, instalação de filtros para retenção de
sólidos à jusante das válvulas de controle (bean) das Árvores de Natal, para proteção
das linhas e dos equipamentos de superfície contra a abrasão;
Injeção de inibidor de corrosão à jusante das válvulas de controle (bean e choke) das
Árvores de Natal;
Válvulas de controle tipo fail-safe (falha segura), equipadas com atuadores
hidráulicos ou pneumáticos, operadas remotamente e intertravadas no sistema
supervisório;
Procedimentos de testes regulares de funcionamento e de estanqueidade das barreiras
de segurança (DHSV e válvulas das Árvores de Natal);

154
Composição de estoque estratégico de equipamentos, conjuntos de vedação e
acessórios para manutenção preventiva e corretiva das válvulas de controle.

12.3 Eliminação e mitigação de ocorrências anormais

O projeto de automação de Pescada prevê a instalação de todo um sistema de


instrumentação e sensoriamento para monitoração e controle pelo sistema supervisório, na
Plataforma PUB-2 do campo de Ubarana.
O sistema de automação e supervisão remota está equipado com sensores de gás,
sensores de pressão alta e baixa, sensores de temperatura e cupons de corrosão, monitorados
por Controladores Lógicos Programáveis (CLP) em cada plataforma, cujos programas
tomam as ações necessárias definidas para poços ou para plataformas na ocorrência de
qualquer anormalidade. Os CLPs estão conectados por rádio com o sistema supervisório da
PUB-2, enviando as informações do estado de cada plataforma a cada 45 segundos.
A partir da detecção de qualquer possível anomalia, o sistema local de automação
toma a ação corretiva de acordo com os Diagramas de Causa e Efeito do sistema de
emergência de cada plataforma, e sinaliza (através do sistema supervisório central) para o
operador de plantão a anormalidade detectada, a fim de que sejam iniciadas as ações
complementares.

155
13. MAPEAMENTO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO

Os poços produtores do campo de Pescada estão localizados nas plataformas fixas,


PPE-1B e PPE-2. O Anexo 7 mostra a localização das plataformas, poços e dutos.

156
14. SEGURANÇA OPERACIONAL E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

14.1. Gerenciamento de risco bases conceituais

O modelo adotado pela UN-RNCE é o de Gestão do SMS (Segurança, Meio


Ambiente e Saúde), fundamentado nas normas NBR ISO 14001 e BS 8800, envolvendo
todas as atividades de pesquisa e extração, bem como os serviços de apoio desenvolvidos.
A análise dos resultados do gerenciamento dos riscos é realizado através de reuniões
periódicas com os próprios empregados, inclusive de contratados, reuniões com a supervisão
e fiscalização, reuniões de análise crítica do sistema envolvendo todas as gerências da
Unidade Operacional, onde são tomadas ações de manutenção e de realinhamento de ações
voltadas para o controle dos riscos das instalações e atividades desenvolvidas.
O sistema SMS desta Unidade é certificado pela Det Norsk Veritas (DNV).
Este sistema é baseado no procedimento periódico de planejar, implementar, analisar
criticamente, corrigir e melhorar processos - PDCA (plan, do, check, action).
O sistema está estruturado de modo a garantir que:
Haja uma política de Segurança, Meio Ambiente e Saúde apropriada para a UN e para a
sociedade;
Sejam identificados os aspectos associados a Segurança, Meio Ambiente e Saúde
decorrentes das atividades, produtos ou serviços, passados, atuais ou planejados, para
determinar os impactos significativos;
Sejam identificados os requisitos legais e regulamentos aplicáveis;
Sejam identificadas e estabelecidas suas diretrizes e metas apropriadas;
Sejam estabelecidos a estrutura e os planos de ação para implementar sua política e
atingir suas diretrizes e metas;
Sejam facilitados as atividades de planejamento, controle, monitoramento, ação
corretiva, auditoria e análise crítica, de forma a assegurar que a política seja obedecida e
que o Sistema de Gestão de SMS permaneça apropriado;
Tenha capacidade de adaptar-se às mudanças das circunstâncias.

As diretrizes do sistema são:


157
Buscar a melhoria contínua do desempenho em Segurança, Meio Ambiente e Saúde;
Atender a legislação aplicável e demais requisitos corporativos;
Implantar ações preventivas, utilizando tecnologias seguras e adequadas para a proteção
das pessoas e do meio ambiente;
Educar, capacitar e conscientizar a força de trabalho para as questões de Segurança,
Meio Ambiente e Saúde, buscando o envolvimento de fornecedores e parceiros;
Manter permanente diálogo com as partes interessadas no tocante aos aspectos de
Segurança, Meio Ambiente e Saúde relacionados às nossas atividades, produtos e
serviços.

Segundo este sistema, foi desenvolvido um extenso levantamento dos Aspectos e


Impactos das atividades desenvolvidas com foco nas questões relacionadas com Segurança,
Meio Ambiente e Saúde, que foram e serão aplicados, de modo contínuo, na melhoria das
atividades abrangidas por este Plano de Desenvolvimento. Como parte deste processo de
trabalho foram utilizadas técnicas estruturadas de levantamento de perigos e de análise de
riscos das instalações onde se fez necessário. Os processos e tarefas críticas e as respectivas
medidas mitigadoras constam nas planilhas de Levantamento de Aspectos de Segurança,
Meio Ambiente e de Saúde disponíveis na instalação.
O Projeto das Instalações Marítimas foi elaborado em consonância com um
documento básico de segurança (Filosofia de Segurança), desenvolvido no segmento E&P e
que consolida a experiência adquirida neste segmento assim como, da experiência do Centro
de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello (CENPES) e as orientações
corporativas estabelecidas pela Companhia.
Os poços submarinos são perfurados e equipados conforme Padrões da Petrobras,
desenvolvidos a partir de experiências de outros países e continuamente aperfeiçoados de
modo a incorporar a experiência da Companhia e as peculiaridades das operações nas
condições brasileiras. Os procedimentos necessários para o gerenciamento de todo e
qualquer processo na Unidade Operativa responsável por esta concessão são estabelecidos
através de um sistema de padronização que pressupõe a existência de diversos tipos de
padrões (gerencial, processo e de execução), e em diversos níveis de abrangência.
A operação das instalações é feita com base em procedimentos definidos, constantes
de um Sistema Informatizado de Padronização de E&P (SINPEP), disponível em meio

158
eletrônico. Da mesma forma, a inspeção das instalações e a sua manutenção são
desenvolvidas conforme programas e procedimentos. Os riscos das instalações e atividades
desenvolvidas são levantados através das planilhas de aspectos (causas) e impactos (efeitos)
e os mesmos são minimizados, mitigados ou eliminados através de procedimentos
operacionais, ações preventivas e/ou corretivas, como também através da informação e
conscientização do próprio empregado.
A análise dos resultados do gerenciamento dos riscos é realizado através de reuniões
periódicas com os próprios empregados, inclusive de contratados, reuniões com a supervisão
e fiscalização, reuniões de análise crítica do sistema envolvendo todas as gerências da
Unidade Operacional, onde são tomadas ações de manutenção e de realinhamento de ações
voltadas para o controle dos riscos das instalações e atividades desenvolvidas.

159
Sistema de Gestão SMS - ISO 14000 e BS 8800 NA UN-RNCE

Identificação /Avaliação Requisitos Legais


de e
Aspectos /Impactos SMS Outros Requisitos

Objetivos
Política SMS e
Metas

Plano de Ação

GerenciamentodaRotina Gerenciamento de Riscos

Prevenção
Controle Operacional Contenção P
( lano de Contingência)

Monitorização M
/ edição

Análise Crítica

Comunicação
Responsabilidade/Autoridade
Treinamento/ Conscientização/ Capacitação
Controle de Documentos
Anomalias
Registros SMS
Auditoria

Figura 14.118 - Sistema de Gestão de SMS

160
14.2. Resposta a emergências

A Unidade Operativa responsável por esta concessão possui Planos de Contingência


para cada uma de suas unidades tanto marítimas como terrestres além de alguns planos
específicos conforme necessário. O campo de PESCADA possui o Plano de Emergência
Individual-PEI, em consonância com a Resolução CONAMA 293/01, Plano de
Contingência Local (Emergência) que se encontra disponível no Sistema de Padronização
(SINPEP) de Exploração e Produção da Petrobras que estabelece medidas para as situações
de:
Vazamento de óleo;
Abalroamento de embarcação com a plataforma;
Queda de homem ao mar;
Queda de aeronave;
Incêndio e explosão;
Blow out
Acidentes pessoais.

O Ativo de Produção da UN RNCE-Mar estabeleceu medidas de contenção para o


atendimento a acidentes e situações de emergência para todas as suas instalações do campo
de PESCADA, as quais estão descritas no Plano de Contingência Local das Plataformas
Marítimas do RN-Mar, Plano de Emergência Individual em consonância com a Resolução
CONAMA 293/01 e padrões executivos das tarefas. O Plano de Contingência é testado
anualmente através de simulados e revisados sistematicamente após a ocorrência de
acidentes ou situações de emergência ou mesmo após os simulados. O PCL foi elaborado
após levantamento de riscos feito nas áreas de processo da unidade, por ferramentas de
análise de riscos onde são consideradas as áreas ambientais e de operações. A partir deste
levantamento foram elaborados procedimentos para cada hipótese acidental levantada, como
por exemplo: Incêndio ou explosão, vazamento de óleo, colisão de embarcações etc.
conforme descrito acima.
A identificação do potencial de risco é realizada através do levantamento de aspectos
e impactos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, como já descrito anteriormente.

161
A sistemática de prevenção dos impactos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde é
gerenciada pelo controle operacional.
Pelas características e localização das plataformas do Campo de Pescada não foram
detectados riscos potenciais para a população.
São realizados exercícios simulados para hipóteses acidentais levantadas, com a
participação das pessoas envolvidas no controle da emergência, sendo a periodicidade
desses exercícios estabelecida em Plano de Gerenciamento de Simulados.

14.3. Planejamento da inspeção e manutenção

As diretrizes básicas para a inspeção de equipamentos de processamento nas


plataformas do Campo de Pescada desta Unidade Operativa responsável por esta concessão
são as seguintes:
Todos os equipamentos de processo, sistema de amarração, sistemas de transferência,
equipamentos de plantas de processos, utilidades, linhas e equipamentos submarinos, são
cadastrados em sistema informatizado de gerenciamento de inspeção;
São estabelecidos Planos de Inspeção, que são elaborados com base na Legislação
Brasileira (em especial com a Norma Regulamentadora NR-13, do Ministério do
Trabalho e Emprego), nos regulamentos das Sociedades Classificadoras, nas Normas
Técnicas Petrobras aplicáveis e em procedimentos internos;
Estes Planos de Inspeção são cadastrados no sistema informatizado de gerenciamento de
inspeção, referenciados aos respectivos equipamentos. O conjunto de equipamentos e
seus planos individuais formam o Plano de Inspeção da Unidade Estacionária de
Produção. A programação anual de inspeção é feita baseada nas inspeções previstas no
Plano, e atualizada em função das inspeções realizadas e do histórico de cada
equipamento, que também consta deste cadastro;
As vistorias realizadas por Sociedades Classificadoras em atendimento à regulamentação
marítima aplicável às Unidades Estacionária de Produção (Normas da Autoridade
Marítima NORMAM) são tratadas à parte, com controle próprio feito pelas Sociedades
Classificadoras. O processo de verificação, assim como os requisitos a serem atendidos
são aqueles constantes das NORMAM aplicáveis a cada caso;

162
A execução dos serviços de inspeção é feita com base em procedimentos de execução
próprios, específicos e baseados nas Normas Técnicas Petrobras correspondentes. Cada
inspeção realizada gera um relatório, também cadastrado no sistema informatizado já
mencionado e um conjunto de recomendações, que também fica registrado no mesmo
sistema.

A inspeção dos dutos rígidos é realizada pelas seguintes técnicas:


Inspeção submarina externa
Inspeção interna por pig instrumentado
Monitorização da corrosão interna

Os resultados das inspeções acima referidas são registrados em banco de dados


específico, de modo a compor um prontuário de cada duto mantido durante todo o período
de utilização da instalação. A manutenção dos equipamentos e instalações de produção, bem
como daqueles relacionados às embarcações, é realizada de acordo com rotinas específicas,
abrangendo tanto manutenções preventivas quanto manutenções corretivas, estas últimas
geralmente decorrentes das inspeções realizadas. Nestas manutenções são usados
procedimentos que se baseiam em padrões corporativos (em especial nas Normas Técnicas
Petrobras), nos requisitos estabelecidos nas NORMAM aplicáveis (em relação aos
equipamentos relacionados às embarcações) e nas informações constantes dos manuais
fornecidos pelos fabricantes dos equipamentos.
O acompanhamento da manutenção é feito através de sistemas informatizados em
cada Unidade Estacionária de Produção.
A UN RNCE possui Sistema Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE) certificado
pelo IBP (acreditado pelo INMETRO), com planejamento e cronograma realizado por tipo
de equipamento com prazos em conformidade com a legislação, normatização, regulamento
ou prático operacional.
Tal planejamento e execução são lançados no Sistema de Gerência de Equipamentos
(SGE). Mensalmente é retirada uma listagem desse sistema com as inspeções programadas.
As inspeções são realizadas por técnicos de inspeção de equipamentos e emitidos relatórios
no próprio sistema. As não-conformidades encontradas ficam registradas e, após sanadas,
são registradas como realizadas.

163
Analogamente a manutenção também tem um Sistema de Gerenciamento de
Manutenção (SGM). Mensalmente são retiradas as SOT´s solicitação de ordem de trabalho
com as diversas rotinas de manutenção preditiva dos equipamentos.
As manutenções corretivas são realizadas conforme necessidade e também registradas
no SGM. As linhas de produção do campo são inspecionadas com o objetivo de verificar o
nível de corrosão, trincas, etc.
Como melhoria da confiabilidade da operação dos poços, estão implantadas ações
para automação dos poços. O objetivo maior é propiciar uma maior segurança operacional
ao processo, contribuindo com uma maior eficiência operacional e garantida proteção contra
falhas, tanto do próprio equipamento quanto operacionais.
O campo de Pescada contempla 3 plataformas fixas tipo caisson, cujo escoamento
segue para armazenamento na Unidade de Processamento e Tratamento de Fluidos (UTPF)
em Guamaré-RN, que por sua vez transfere a produção do Campo de Pescada para um
Navio Aliviador através do Quadro de Bóias de Guamaré.

14.4. Segurança operacional manuseio de substancias tóxicas


ou perigosas incrustações radioativas

Para a segurança operacional em atividades que incluam o manuseio de substâncias


tóxicas ou perigosas, existem padrões estabelecidos contemplando vários níveis de atuação,
desde orientações básicas relativas ao transporte, identificação, embalagem e
armazenamento, à transferência, transvasamento, inventário, ficha de dados de segurança de
produtos químicos, manuseio, controle de vazamentos e disposição final de resíduos.
Além dos procedimentos de segurança operacional estabelecidos, são desenvolvidas
uma série de ações para garantir a preservação da saúde dos trabalhadores e minimizar a
exposição dos mesmos a substâncias tóxicas, através do Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais - PPRA e do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional PCMSO,
conforme previsto na legislação de Segurança e Saúde no Trabalho. Dentre estas ações, cabe
mencionar a avaliação da exposição ocupacional, treinamento dos trabalhadores e
disponibilização de equipamentos de proteção respiratória adequados. Os dados levantados
pelos programas mencionados são repassados para a área de Saúde e servem de subsídio

164
para a realização dos exames médicos periódicos previstos na legislação de Segurança e
Saúde no Trabalho.
Ainda que não existam elementos que permitam prever a possibilidade da ocorrência
de incrustações radioativas de ocorrência natural na fase de desenvolvimento desta
concessão, a Unidade Operativa responsável pela Concessão dispõe de um padrão para a
disposição de borra e cascalho contaminado com material radioativo de ocorrência natural,
caso tal fato venha a ocorrer.
Aa atividades/serviços desenvolvidos ou utilizados no campo de ARABAIANA, são
identificados e as respectivas tarefas listadas. Para cada tarefa é preenchida uma planilha
(Planilha de Identificação de Aspectos e Avaliação dos Impactos no Meio Ambiente, na
Segurança e na Saúde).
Para cada tarefa dos processos em análise são identificados os aspectos ambientais, de
segurança e de saúde, incluindo-se aqueles referentes aos produtos utilizados. Cada aspecto
identificado é listado na coluna correspondente da Planilha, bem como os seus impactos
associados. O manuseio de substâncias tóxicas ou perigosas é um desses aspectos.
As medidas mitigadoras para eliminar ou minimizar os aspectos relativos a manuseio
de produtos tóxicos ou perigosos poderão ser:
Ações imediatas de bloqueio (por ex. sinalizar a área, instalar chuveiros e lava-olhos de
emergência etc.);
Instalar equipamentos ou sistemas de controle;
Estabelecer o uso de equipamento de proteção individual;
Estabelecer monitoramento do local;
Estabelecer programas de treinamento;
Elaborar ou alterar padrões executivos que garantam o controle dos aspectos
significativos através da adoção de medidas específicas a serem observadas na execução
das tarefas;
Estabelecer planos de ação.

165
14.5. Especificações dos fluidos de perfuração dos poços de
desenvolvimento

Os fluidos de perfuração a serem utilizados nos poços de desenvolvimento dessa área


de concessão estão abaixo descritos.

1. Convencional - Água industrial


Argila 30 lb/bbl
Soda cáustica 0,5 lb/bbl
2. NaCl c/Poliacrilamida (alta salinidade) - Água industrial
Argila 10 lb/bbl
CMC AVAS 2,0 lb/bbl
CMC BVAS 1,5 lb/bbl
Amido 6,0 lb/bbl
PHPA 3,0 lb/bbl
Soda Cáustica 1,5 lb/bbl
NaCl 150.000 mg/l
Baritina p/peso 12,0 lb/gal
3. Fluido 2 + 0,5 lb/bbl de bactericida - (Triazina)
4. KCL c/poliacrilamida - Água industrial
Argila 10 lb/bbl
CMC AVAS 2,0 lb/bbl
CMC BVAS 1,5 lb/bbl
Amido 6,0 lb/bbl
PHPA 2,0 lb/bbl
Soda Cáustica 1,5 lb/bbl
KCL 60.000 mg/l
5. Fluido 4 + 0,5 lb/bbl de bactericida - (Triazina)
6. Biopolimerico supersaturado - Água industrial
NaCl 100 lb/bbl
Goma Xantana 2,0 lb/bbl
Amido hidroxipropilano 6,0 lb/bbl
Sal granulado 50 lb/bbl
Oxido de magnésio 5,0 lb/bbl
7. Base Cal - Água industrial
Argila 15 lb/bbl
Cal hidratada 3,0 lb/bbl
Soda Cáustica 2,0 lb/bbl
Amido 12,0 lb/bbl
Lignossulfonato 2,0 lb/bbl
166
NaCl 60.000 mg/l
Baritina p/peso 12,0 lb/gal
8. Disperso - Água industrial
Argila 20 lb/bbl
Lignossulfonato 2,0 lb/bbl
Amido 8,0 lb/bbl
Soda cáustica 2,0 lb/bbl
NaCl 60.000 mg/l
Baritina p/peso 10,0 lb/gal
9. Alta temperatura (M.I.) - Água industrial
Argila 10,0 lb/bbl
Poliacrilato 3,0 lb/bbl (TACKLE)
Estireno sulfonato/Anidrito maleico 4,0 lb/bbl (SSMA)
Acrilamida/Metilpropano sulfonado 5,0 lb/bbl (EMI176)
5,0 lb/bbl
Lignitos/Resinas polimericas
(RESINEX)
Soda cáustica 1,5 lb/bbl
Baritina p/peso 17,5 lb/gal
10 - NaCl COM POLIACRILAMIDA - Água industrial
Argila 10,0 lb/bbl
Soda Cáustica 1,0 lb/bbl
CMC AVAS 1,0 lb/bbl
CMC BVAS 1,5 lb/bbl
AMIDO 6,0 lb/bbl
PHPA 2,0 lb/bbl
NaCl 70.000 mg/l
Baritina p/peso 10,0 lb/gal
11 FLUIDO 10 + 0,5 lb/bbl de BACTERICIDA - (TRIAZINA)
12 ALTA TEMPERATURA - Água industrial
Argila 10,0 lb/bbl
Poliacrilato 3,0 lb/bbl
Vinilsulfonato/vinilamida 5,0 lb/bbl
Lignina polianiônica 5,0 lb/bbl
Soda cáustica 1,5 lb/bbl
Baritina p/peso de 17 lb/gal

Os fluidos acima foram testados pelo CENPES, tendo o trabalho sido objeto da tese de
mestrado Estudo da Toxicidade Marinha de Fluidos de Perfuração de Poços de Petróleo
(Veiga, 1998) junto à UFF, onde foi aprovado com grau máximo e onde pode ser facilmente
acessado.
Das conclusões do eEstudo são extraídas as seguintes afirmativas:
167
As 12 formulações de fluidos de perfuração avaliadas neste estudo estão aprovados e são
ambientalmente aceitas segundo o critério ecotoxicológico adotado pela agência de proteção
ambiental americana (EPA).
O Mysidium gracile e o Mysidopsis juniae mostraram ser bastante adequados e com grande
potencial para serem utilizados como organismos de referência, pois apresentaram
sensibilidade às amostras e boa repetibilidade entre réplicas das FPS (Fração Particulada
Suspensa) e são organismos autóctones.
Os testes de toxicidade com a espécie Mysidium gracile, apesar de ainda não estar
padronizado por uma instituição, mostrou-se aplicável a estudos ecotoxicológicos com
fluidos de perfuração.
Artemia sp e Poecília vivípara, de modo geral, não foram afetados de forma adversa pelas
várias formulações dos fluidos indicando que alguns organismos toleram bem a exposição
aos fluidos.
O valor da CL 50 de 3% da FPS, estabelecido pela EPA como limite da toxicidade de
fluidos de perfuração, parece adequado para os fluidos utilizados no Brasil.
A existência de um critério claro e específico também facilita o controle e a fiscalização
ambiental.

Foi também submetido aos mesmos testes um fluido sintético de perfuração, o fluido
N-parafina , cuja formulação é:

13 N-Parafina BR Hidrogenada 210 mL


EZ-MUL 8g
Cal hidratada 10 g
Salmoura NaCl 10 ppg 140 mL
Geltone 4g
Duratone 4g
RM-63 1
Baritina p/ 9,9 lb/bbl
14 N-Parafina BR C3 + RLAM 210 mL
EZ-MUL 8g
Cal hidratada 10 g
Salmoura NaCl 10 ppg 140 mL
Geltone 4g
Duratone 4g
RM-63 1

168
Baritina p/ 9,9 lb/bbl

Os testes, que foram realizados pelo Centro de Pesquisas da Petrobras e encaminhados


ao IBAMA, apresentam as seguintes conclusões:
Os testes preliminares indicaram que a N-Parafina da BR C13+ não apresentou toxicidade
aguda para a Artemia SP segundo a metodologia de preparo de extrato aquoso descrita por
Anderson (1974) como recomenda a Norma Petrobras (N-2594).

A N-parafina hidrogenada (ENCA) apresentou indícios de toxicidade. O percentual da


morte da população teste na concentração 100% da FDO (Fração Dissolvida de Óleo em
Água, obtida pelo método de Anderson) foi de 20%.
Os fluidos de perfuração preparados segundo formulação BRMUL, com a N-parafina
hidrogenada (ENCA) e com a N-parafina da BR C13+ apresentaram igualmente indícios de
toxicidade, com percentual de organismos afetados na concentração 100% da FPS (Fração
particulada Suspensa, obtida pelo método API) de 12,5% e 17,5% respectivamente. Estes
valores são considerados similares e estão muito próximos do percentual aceitável (10%)
para o controle.

14.6. Áreas com classificação especial

As áreas das plataformas do Campo de Arabaiana que requerem classificação especial


para os fins da instalação de equipamentos elétricos são determinadas conforme definido em
Norma Técnica Petrobras, elaborada com base em padrões internacionais reconhecidos (API
e IEC - International Eletrotechnical Comission). Estas áreas são registradas em Plantas de
Classificação de Áreas para Instalação de Equipamentos Elétricos e os equipamentos
elétricos instalados nestas áreas são especificados para atender aos requisitos constantes das
normas técnicas ABNT a respeito e, onde inexistente norma nacional, em normas
internacionais ou estrangeiras e, quando requerido, são testados por amostragem ou
individualmente conforme requisitos estabelecidos pelo INMETRO.
Nessas mesmas plataformas as áreas com requisitos especiais de proteção contra
incêndio são estabelecidas em consonância com o estabelecido na Filosofia de Segurança; os
limites dessas áreas são definidos através de estudos de propagação de incêndios e as
169
características das proteções ativa e passiva a serem nelas instaladas são fixadas com base na
Filosofia de Segurança e nas Normas Técnicas Petrobras.
As áreas e sistemas, tanto nas instalações industriais a bordo quanto nas áreas das
plataformas, que necessitem do estabelecimento de requisitos especiais para trabalho são
fixadas no Manual de Segurança e nelas as atividades são desenvolvidas em conformidade
com procedimentos padronizados.

14.7. Outros métodos e práticas de preservação ambiental

14.7.1. Verificação da estabilidade do fundo

Para a instalação de equipamentos submarinos e unidades de produção no fundo


marinho são realizados estudos visando a identificação de presença de feições que podem
comprometer os resultados das operações previstas e/ou a integridade dos equipamentos a
serem instalados. O método empregado consiste na realização de uma análise geológica
integrada que focaliza os seguintes aspectos:
a) Batimetria e gradientes de inclinação do solo marinho;
b) Composição e resistência do solo marinho, bem como a verificação da existência de
acumulações coralíneas e o seu mapeamento em casos afirmativos;
c) Ocorrência de estruturas geológicas: falhas profundas que alcançam o fundo marinho,
falhos da seção rasa, zonas de fraturas, etc;
d) Indícios de exudações de hidrocarbonetos observados no fundo marinho;
e) Ocorrência de acumulação de gás em sub-superfície, na seção rasa. E também
possibilidade de existência de hidrato de gás;
f) Previsão litológica de sub-superfície (até cerca de 200m abaixo do fundo marinho);
g) Presença de horizontes, em sub-superfície, que representem aumento de adensamento;
h) Ocorrência de areias confinadas e/ou zonas de pressão anormal.

As ferramentas utilizadas são: sísmica 2D e 3D, sísmica de 3,5 kHz (Sub-Bottom


Profile-SBP), registros sonográficos regionais e de alta resolução, registros batimétricos
regionais e de alta resolução, imagens e registros digitais obtidos por ROV (Remotly
Operated Vehicle) em inspeções do fundo marinho, amostras do fundo marinho (piston
170
cores) e testemunhos geológicos (até cerca de 200m de profundidade); além dos dados de
furos geotécnicos.

14.7.2. Preservação de comunidades bióticas de fundo

Os estudos ambientais realizados até o momento para implantação de unidades


semelhantes indicam que o impacto ambiental causado pelo sistema de ancoragem das
estruturas restringe-se, praticamente, ao momento de implantação do ponto fixo de fundo
pela colocação de estaca ou do lançamento da âncora. Esta operação pode gerar um
revolvimento do sedimento de fundo, sendo este sedimento basicamente constituído por
lama. A área atingida pela ação de revolvimento vai variar de acordo com o sistema de
fixação utilizado, sendo bem pontual no caso de estacas, podendo atingir uma área de cerca
de 100m x 15m, devido ao arrasto no tensionamento, no caso das âncoras.
Os mesmos estudos sugerem que a nuvem de sedimentos gerada no procedimento de
ancoragem permanecerá por poucas horas em suspensão no meio marinho, com um raio de
ação pequeno, gerando um impacto localizado, desprezível e temporário. Em conseqüência,
consideram eles (os estudos já realizados) desnecessária a adoção de medida que venha
reduzir este impacto. Os estudos sugerem também que, a fase de implantação das Unidades
Estacionárias de Produção poderá afetar, diretamente, as populações bentônicas de águas
profundas, de forma negativa e irreversível, causando a morte dos organismos. Tal prejuízo,
porém, pode ser considerado temporário, restrito espacialmente e de curta duração, uma vez
que as comunidades bentônicas costumam se reestruturar em pouco tempo.
Em consequência, também neste caso não é esperado inferir medida que venha reduzir
este impacto.
Com relação à preservação de comunidades bióticas quanto aos efeitos provados pelo
descarte de água de produção, deverão ser otimizados processos de tratamento/descarte da
água de produção.

171
15. DESATIVAÇÃO DO CAMPO

Documentos Referenciados:
Norma Petrobras N-2730: Abandono de Poços
Portaria ANP Nº 25, de 06/03/2002
PG-11-0091: Notificações de Abandono de Poços Produtores/Injetores Fase
de Produção - Etapa de Desenvolvimento
PG-11-0075: Solicitação de Autorização de Abandono de Poço de Produção

15.1. Unidades Estacionárias de Produção

Prevê-se ao término do contrato ou desativação da produção, a sua remoção para outra


locação, para o continente (estaleiro) ou, em casos especiais, para fora de jurisdição
territorial brasileira. É prevista a desativação das instalações de subsuperfície e submarinas,
bem como a desconexão da unidade.

15.1.1. Dutos Submarinos

Todas as instalações e dutos submarinos serão limpos de qualquer agente que possa
poluir o meio ambiente e, sendo a disposição final realizada na locação, de vez que as
mesmas não precisam ser removidas, de acordo com regulamentação internacional em vigor.

15.1.2. Abandono de poços

A programação da parada da produção e fechamento dos poços será de acordo com os


padrões da PETROBRAS (PG-11-0075 do sistema de padronização do E&P-Petrobras).
Os poços serão abandonados conforme o Regulamento Técnico de Abandono de
Poços aprovado pela Portaria n.º 25 da ANP, de 06/03/2002, que revogou e substituiu a
Portaria nº 176, de 27 de outubro de 1999. O abandono está previsto para ser realizado no
172
final do contrato de concessão, ano de 2025.

15.1.3. Abandono das Plataformas

Após o abandono dos poços, e retirada dos equipamentos e instalações existentes nas
plataformas fixas de aço, será iniciada a remoção dos conveses, corte das estacas e remoção
total da jaqueta, utilizando-se a própria Plataforma auto-elevatória (PA) que fez o abandono
dos poços, ou uma balsa guindaste (BGL ou Similar). Após a remoção as estruturas serão
embarcadas em balsas de transporte ou rebocadores e transportadas para terra, porto de
Guamaré, ou Natal, no Rio Grande do Norte.

15.1.4. Recuperação da área do local

A área ocupada pela instalação deverá no período de operação ser preservada e durante
e após a desmobilização, devidamente recuperada, segundo as melhores práticas da indústria
do petróleo, após o qual será devolvida à ANP.

15.1.5. Verificação final

Durante a fase de execução do projeto e após a execução dos serviços indicados no


projeto de desativação, deverá ser realizada uma Auditoria Ambiental, verificando e
documentando dentro das premissas do SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança), o que
foi realizado durante a implantação do programa de desativação e se a área está em
condições de ser devolvida à ANP.
A Auditoria Ambiental será realizada seguindo-se os padrões de comunicação e
devolução de áreas indicados no item 15.2.

173
15.2. Detalhamento do Projeto

Para providenciar a autorização para desativação, o projeto deverá conter no seu


detalhe o seguinte:

15.2.1. Descrição das Instalações

Descrição das Instalações de Produção a serem retiradas segundo o projeto de


desativação, indicando as características da instalação, incluindo as substâncias contidas e os
potenciais de poluição ao meio ambiente, à segurança e à saúde, elaborando uma APR
(Análise Preliminar de Risco) para execução do projeto de desativação.

15.2.2. Caracterização das substâncias contidas na instalação, indicando


suas propriedades físico-químicas

Analisando as fontes de poluição levantadas no item anterior, caracterizar os


compostos químicos e físicos que necessitam de cuidados especiais, utilizando a melhor
técnica ambiental para remoção e os processos a serem utilizados para essa remoção,
indicando quantidades e as possíveis condições de risco que elas apresentam.
Todos os equipamentos, tanques e dutos devem ser acondicionados ou limpos das
substâncias tóxicas ou poluentes contidas, antes da movimentação dos mesmos.
No caso de linhas e dutos de escoamento que serão dispostos no local da instalação, os
mesmos deverão ser limpos, ou condicionados para evitar a poluição potencial em qualquer
condição, mantendo um registro e sinalização da área para não prejudicar a navegação.

174
15.2.3. Caracterização da disposição final, com definição das propriedades
químicas e físicas do local

Caracterizar o fundo do mar, com propriedade físicas e químicas, a coluna de água e a


composição biológica dos ecossistemas associados, incluindo a planilha de aspectos e
impactos do local e dos locais que possam ser afetados pela disposição proposta.

15.2.4. Premissas de remoção das instalações

As alternativas de remoção, quando for de interesse, consideram pelo menos as


seguintes:
remoção total das estruturas das plataformas;
os poços serão abandonados conforme o Regulamento Técnico de Abandono de
Poços aprovado pela Portaria n.º 25 da ANP, de 06/03/2002, que revogou e substituiu
a Portaria nº 176, de 27 de outubro de 1999.
as linhas e dutos podem ser abandonados no fundo do mar, devidamente limpos de
substâncias tóxicas e/ou poluentes, ou tamponados em forma segura, garantindo que
não haverá vazamento em qualquer condição.

15.2.5. Seleção do local de disposição

O material que for retirado deverá ser disposto em local pré-selecionado com prévia
aprovação para descarte, minimizando-se o impacto ambiental. Para isto deverá ser
analisado, no mínimo, os seguintes aspectos:
características físicas e biológicas da área;
características das comunidades afetadas pela disposição;
características ambientais da área;
identificar valores sociais e físicos da área envolvida, seja terrestre ou marítima;
viabilidade técnico econômica do projeto de desativação;
licença vigente na área escolhida, emitida pelo órgão competente.

175
15.2.6. Levantamento dos efeitos potenciais de impacto

Os itens acima devem ser suficientemente explícitos para o levantamento dos fatores
potenciais de impacto ao meio ambiente, à saúde e à segurança, para subsidiar as medidas
tomadas pelo efeito da desativação nas suas diferentes fases.

15.2.7. Monitoramento

O monitoramento tem como objetivo a verificação de que o previsto no projeto de


execução foi considerado, e que todas as medidas foram tomadas para garantir as condições
do licenciamento, no imediato e no longo prazo.

15.3. Custos de Desativação

Para a provisão de fundos necessários para a desativação dos campos foi considerado
o abandono dos poços, limpeza dos dutos, desativação das plataformas, transporte de
equipamentos etc.
Com base nos quantitativos identificados foi feita uma estimativa de gastos para
abandono. De posse dessa estimativa de custos de abandono serão constituídas provisões
mensais com base numa taxa proporcional ao quociente da produção realizada no mês pela
reserva remanescente.
Estas estimativas de custos de abandono e provisões podem ser revisadas anualmente
levando em consideração mudanças nas curvas de produção / reservas e variações nos
valores inicialmente estimados.

176
16. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

A carteira de projetos do Campo de Pescada contempla a intervenção nos poços PE-2


e PE-3 visando ampliar o canhoneio nas zonas PD-2 e PD-3, além disso está previsto a
instalação de mais uma bomba de incêndio na Plataforma PPE-1A. Os dois projetos deverão
ser implantados em 2005. A figura a seguir mostra o cronograma dos dois projetos a serem
implantados em a Pescada.

Figura 16.119 Cronograma de Desenvolvimento do Campo de Pescada

177
ANEXOS

178
Anexo 1 Mapas das zonas do campo de Pescada, VOLUME I Zonas PD100, PD200;
VOLUME II Zonas PD300, PD400, PD500; VOLUME III - PD600, PD700, PD800
(consultar os volumes que acompanham o PD)

179
Anexo 2 Análises petrofisicas básicas do campo de Pescada
VH = horizontal
Obs.:
VV = Vertical
POÇO PROF (m) Tipo DIREÇÃO PHI K (MD)
1-RNS-27 2765,6 P VH2 8,1
1-RNS-27 2765,6 P VV 8,1 0,1
1-RNS-27 2766,6 P VH2 7,4
1-RNS-27 2766,6 P VV 7,4 0,1
1-RNS-27 2770,1 P VH2 9,5
1-RNS-27 2770,1 P VV 9,5 0,7
1-RNS-27 2770,6 P VH2 11,6
1-RNS-27 2770,6 P VV 11,6 0,7
1-RNS-27 2771,7 P VH2 11
1-RNS-27 2771,7 P VV 11 0,5
1-RNS-27 2772,4 P VH2 14
1-RNS-27 2772,4 P VV 14 0,8
1-RNS-27 2773,1 P VH2 13,1
1-RNS-27 2773,1 P VV 13,1 1,2
1-RNS-27 2773,5 P VH2 13,1
1-RNS-27 2773,5 P VV 13,1 0,9
1-RNS-27 2773,9 P VH2 12,5
1-RNS-27 2773,9 P VV 12,5 0,9
1-RNS-27 2774,5 P VH2 12,3
1-RNS-27 2774,5 P VV 12,3 0,3
1-RNS-27 2774,8 P VH2 10,4
1-RNS-27 2774,8 P VV 10,4 0,2
1-RNS-27 2775,5 P VH2 14,4
1-RNS-27 2775,5 P VV 14,4 3,3
1-RNS-27 2776,3 P VH2 14,8
1-RNS-27 2776,3 P VV 14,8 0,2
1-RNS-27 2777,8 P VH2 11,2
1-RNS-27 2777,8 P VV 11,2 0,1
1-RNS-27 2778,6 P VH2 13,5
1-RNS-27 2778,6 P VV 13,5 0,1
1-RNS-27 2779,1 P VH2 5,6
1-RNS-27 2779,1 P VV 5,6 0,1
1-RNS-27 2779,4 P VH2 14,3
1-RNS-27 2779,4 P VV 14,3 0,1
3-RNS-85 3428,1 P VH1 10,5 0,2
3-RNS-85 3428,1 P VH2 5,8
3-RNS-85 3428,1 P VV 5,8 0
3-RNS-85 3428,4 P VH1 12,8 11,4
3-RNS-85 3428,8 P VH1 12 7,2
3-RNS-85 3429,1 P VH1 9,3 6,2
3-RNS-85 3429,2 P VH1 13,4 7,7
3-RNS-85 3429,2 P VH2 12
180
VH = horizontal
Obs.:
VV = Vertical
POÇO PROF (m) Tipo DIREÇÃO PHI K (MD)
3-RNS-85 3429,2 P VV 12 2,2
3-RNS-85 3429,3 P VH1 14,8 21
3-RNS-85 3429,5 P VH1 11,5 0,2
3-RNS-85 3429,9 P VH1 13,6 0,6
3-RNS-85 3430 P VH1 16,4 1
3-RNS-85 3430,1 P VH1 16,6 1,6
3-RNS-85 3430,2 P VH1 15,6 2,6
3-RNS-85 3430,2 P VH2 15,2
3-RNS-85 3430,2 P VV 15,2 7,7
3-RNS-85 3430,3 P VH1 14,8 16,1
3-RNS-85 3430,4 P VH1 12,5 9,2
3-RNS-85 3430,45 P VH1 12,2 4,8
3-RNS-85 3430,5 P VH1 11,7 3,3
3-RNS-85 3430,8 P VH1 9,2 0,1
3-RNS-85 3430,9 P VH1 11,6 0,4
3-RNS-85 3431,1 P VH1 16 8,1
3-RNS-85 3431,2 P VH1 14,9 6,4
3-RNS-85 3431,2 P VH2 14,7
3-RNS-85 3431,2 P VV 14,7 0,3
3-RNS-85 3431,3 P VH1 15,3 1
3-RNS-85 3431,4 P VH1 15,8 0,9
3-RNS-85 3431,5 P VH1 13,9 2,4
3-RNS-85 3431,6 P VH1 12,9 1,3
3-RNS-85 3431,7 P VH1 11,1 1,9
3-RNS-85 3431,8 P VH1 12,2 5,4
3-RNS-85 3432,1 P VH1 13,3 2
3-RNS-85 3432,2 P VH1 11,1 3,4
3-RNS-85 3432,2 P VH2 11,7
3-RNS-85 3432,2 P VV 11,7 1,9
3-RNS-85 3432,6 P VH1 10,8 6
3-RNS-85 3432,7 P VH1 13,7 13,6
3-RNS-85 3432,9 P VH1 9,6 3,7
3-RNS-85 3433,3 P VH1 9,3 0,3
3-RNS-85 3433,3 P VH2 9,4
3-RNS-85 3433,3 P VV 9,4 0,1
3-RNS-85 3438,1 P VH1 11,8 0,1
3-RNS-85 3438,4 P VH1 12,8 0,1
3-RNS-85 3438,8 P VH1 13,1 0,3
3-RNS-85 3438,8 P VH2 7,5
3-RNS-85 3438,8 P VV 7,5 0
3-RNS-85 3439,2 P VH1 12,5 0,1
3-RNS-85 3439,5 P VH1 14,2 0,1
3-RNS-85 3441,6 P VH1 14,4 0,2
3-RNS-85 3442,2 P VH1 8,5 0,1
3-RNS-85 3442,6 P VH1 11,6 0,1
181
VH = horizontal
Obs.:
VV = Vertical
POÇO PROF (m) Tipo DIREÇÃO PHI K (MD)
3-RNS-85 3443,1 P VH1 15,9 2,4
3-RNS-85 3443,1 P VH2 15,4
3-RNS-85 3443,1 P VV 15,4 0,8
3-RNS-85 3443,7 P VH1 5,9 0,1
3-RNS-85 3732,1 P VH1 6,5 0,3
3-RNS-85 3732,1 P VV 7,4 0,19
3-RNS-85 3732,4 P VH1 13,8 1,6
3-RNS-85 3732,75 P VH1 11,8 0,3
3-RNS-85 3733,1 P VH1 12,5 0,5
3-RNS-85 3733,1 P VV 11,9 0,4
3-RNS-85 3733,4 P VH1 11,1 0,4
3-RNS-85 3733,65 P VH1 10,5 0,5
3-RNS-85 3733,95 P VH1 9,3 0,3
3-RNS-85 3733,95 P VV 8,5 0,18
3-RNS-85 3734,2 P VH1 11,7 0,3
3-RNS-85 3734,45 P VH1 5,3 0,16
3-RNS-85 3736,6 P VH1 7,8 0,4
3-RNS-85 3736,6 P VV 6,9 0,2
3-RNS-85 3736,9 P VH1 9,5 0,3
3-RNS-85 3738,25 P VH1 3,1 0,1
3-RNS-86 3434,1 P VH1 14,3 5,3
3-RNS-86 3434,1 P VH2 8,2
3-RNS-86 3434,1 P VV 8,2 0,1
3-RNS-86 3434,6 P VH1 8,8 0,1
3-RNS-86 3435,2 P VH1 6,6 0,2
3-RNS-86 3436,1 P VH1 9,4 8,8
3-RNS-86 3436,1 P VH2 9,6
3-RNS-86 3436,1 P VV 9,6 1,2
3-RNS-86 3436,3 P VH1 6,9 2,5
3-RNS-86 3436,4 P VH1 10,4 9,1
3-RNS-86 3436,6 P VH1 10,2 14,2
3-RNS-86 3436,8 P VH1 8,7 4,9
3-RNS-86 3437,1 P VH1 8,6 2,2
3-RNS-86 3437,3 P VH1 5,6 3,1
3-RNS-86 3437,3 P VH2 5,9
3-RNS-86 3437,3 P VV 0,6
3-RNS-96 3550,4 P VH1 15,8 0,2
3-RNS-96 3550,4 P VV 15,2 0,2
3-RNS-96 3550,95 P VH1 2,3 0,1
3-RNS-96 3550,95 P VV 3 0,1
3-RNS-96 3553,5 P VH1 1,8 0,1
3-RNS-96 3553,5 P VV 1,2 0,1
3-RNS-96 3557,65 P VH1 4,8 0,1
3-RNS-96 3557,65 P VV 4,2 0,1
3-RNS-96 3558,5 P VH1 16,6 0,7
182
VH = horizontal
Obs.:
VV = Vertical
POÇO PROF (m) Tipo DIREÇÃO PHI K (MD)
3-RNS-96 3558,5 P VV 13 0,2
3-RNS-96 3558,8 P VH1 14,4 1,3
3-RNS-96 3558,8 P VV 14,4 1,7
3-RNS-96 3559,15 P VH1 15,8 1,2
3-RNS-96 3559,15 P VV 15,6 1
3-RNS-96 3559,65 P VH1 7,6 0,1
3-RNS-96 3560,05 P VH1 8,1 0,12
3-RNS-96 3560,05 P VV 8,6 0,1
3-RNS-96 3560,75 P VH1 4,4 0,3
3-RNS-96 3560,75 P VV 4,6 0,1
3-RNS-96 4386,2 P VH1 6,7 0
3-RNS-96 4386,2 P VH2 6,9
3-RNS-96 4386,2 P VV 6,9 0
3-RNS-96 4386,5 P VH1 3,8 0,1
3-RNS-96 4386,9 P VH1 7,2 0,2
3-RNS-96 4387,3 P VH1 4,5 0,1
3-RNS-96 4387,3 P VH2 5,9
3-RNS-96 4387,3 P VV 5,9 0,1
3-RNS-96 4387,8 P VH1 3,1 0,1
3-RNS-96 4392,7 P VH1 5 0,2
3-RNS-96 4393,2 P VH1 5,2 0,6
3-RNS-96 4393,2 P VH2 5,6
3-RNS-96 4393,2 P VV 0,3
4-RNS-92 3096,2 P VH1 14,3 0,6
4-RNS-92 3096,2 P VH2 13,3
4-RNS-92 3096,2 P VV 13,3 0,5
4-RNS-92 3096,6 P VH1 11,1 3,8
4-RNS-92 3096,9 P VH1 12,9 27
4-RNS-92 3097,3 P VH1 11,3 1,7
4-RNS-92 3097,3 P VH2 13,1
4-RNS-92 3097,3 P VV 13,1 8,5
4-RNS-92 3097,6 P VH1 10,7 8,9
4-RNS-92 3098 P VH1 13,9 2,3
4-RNS-92 3098,2 P VH1 10,6 39,1
4-RNS-92 3098,2 P VH2 11,7
4-RNS-92 3098,2 P VV 11,7 10,6
4-RNS-92 3098,5 P VH1 9,5 2,9
4-RNS-92 3098,8 P VH1 9,2 10,3
4-RNS-92 3099,2 P VH1 11 33,3
4-RNS-92 3099,2 P VH2 11,7
4-RNS-92 3099,2 P VV 11,7 2,9
4-RNS-92 3099,5 P VH1 12,5 9,2
4-RNS-92 3099,8 P VH1 14 10,8
4-RNS-92 3101,3 P VH1 5,8 0,1
4-RNS-92 3101,9 P VH1 10,1 0,1
183
VH = horizontal
Obs.:
VV = Vertical
POÇO PROF (m) Tipo DIREÇÃO PHI K (MD)
4-RNS-92 3102,2 P VH1 13,1 0,7
4-RNS-92 3103,1 P VH1 12,4 0,3

3103,1 P VH2 10,2


4-RNS-92
4-RNS-92 3103,1 P VV 10,2 0
4-RNS-92 3103,9 P VH1 13,4 0,2
4-RNS-92 3104,6 P VH1 16,9 15,7
4-RNS-92 3105,2 P VH1 16,3 0,3
4-RNS-92 3105,2 P VH2 14,9
4-RNS-92 3105,2 P VV 14,9 0,3
4-RNS-92 3105,6 P VH1 8,6 0,4
4-RNS-92 3106 P VH1 15,6 5,6
4-RNS-92 3106,2 P VH1 14,1 1
4-RNS-92 3106,2 P VH2 15,2
4-RNS-92 3106,2 P VV 15,2 0,7
4-RNS-92 3106,3 P VH1 14,9 0,7
4-RNS-92 3106,8 P VH1 11,7 12,1
4-RNS-92 3107,1 P VH1 9 0,3
4-RNS-92 3107,1 P VH2 12,5
4-RNS-92 3107,1 P VV 12,5 0,1
4-RNS-92 3107,4 P VH1 15,8 61
4-RNS-92 3107,8 P VH1 16,1 5,2
4-RNS-92 3108,1 P VH1 16,7 35,2
4-RNS-92 3108,1 P VH2 16,7
4-RNS-92 3108,1 P VV 16,7 18,7
4-RNS-92 3108,5 P VH1 17,4 26,8
4-RNS-92 3108,8 P VH1 16,5 9,7
4-RNS-92 3109,1 P VH1 9,6 1,3
4-RNS-92 3109,1 P VH2 8,7
4-RNS-92 3109,1 P VV 8,7 1,3
4-RNS-92 3110 P VH1 12,4 0,1
4-RNS-92 3110,4 P VH1 8,1 0,1
4-RNS-92 3110,8 P VH1 10,7 0,1
4-RNS-92 3110,8 P VH2 11,2
4-RNS-92 3110,8 P VV 11,2 0,01
4-RNS-92 3111,6 P VH1 1,2 0,01
4-RNS-92 3112,7 P VH1 4,9 0,1
4-RNS-92 3113,7 P VH1 10,6 0,1
4-RNS-92 3113,7 P VH2 11,3
4-RNS-92 3113,7 P VV 11,3 0,1
4-RNS-92 3114,4 P VH1 10,7 0,1
4-RNS-92 3114,7 P VH1 11,2 0,1
4-RNS-92 3115,1 P VH1 11,5 0,1
4-RNS-92 3115,1 P VH2 12,4
4-RNS-92 3115,1 P VV 12,4 0,1

184
VH = horizontal
Obs.:
VV = Vertical
POÇO PROF (m) Tipo DIREÇÃO PHI K (MD)
4-RNS-92 3116,2 P VH1 8,3 0,1
4-RNS-92 3116,4 P VH1 6,2 0,1

Análises permeabilidade relativa em testemunhos do


Campo de pescada
Poço Prof (m) Tipo k phi
3-RNS-85 3429,9 água/óleo 1 16,4
3-RNS-85 3432,1 água/óleo 2 13,3

Análises Pressão Capilar em testemunhos do


Campo de pescada
Poço Prof (m) Tipo phi k (md
3-RNS-85 3429,2 gás/água 7,7 13,4
3-RNS-85 3430,2 gás/água 2,6 15,6
3-RNS-85 3432,6 gás/água 6 10,8
3-RNS-86 3434,1 gás/água 5,3 14,3

185
Anexo 3 - Perfis Corridos nos Poços do Campo de Pescada

Poco: 7-PE-1D-RNS
???????????????????

Poco: 7-PE-2D-RNS

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
153 01 SDL\ HALLIBURTON 01 A 21/11/1998 2846.20(-2650.94) 3718.00(-3452.23)
197 01 DSN\ A 2846.20(-2650.94) 3712.20(-3446.60)
165 01 GR A 2846.50(-2651.18) 3709.30(-3443.78)
021 02 DLL\ HALLIBURTON 01 A 2846.20(-2650.94) 3115.00(-2886.58)
165 02 GR B 2775.00(-2592.39) 2846.20(-2650.94)

Poco: 7-PE-3D-RNS

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
035 01 DIS\ SCHLUMBERGER 01 A 28/09/1999 3070.00(-2714.93) 4087.80(-3585.02)
150 01 LDL\ A 3070.00(-2714.93) 4077.10(-3575.76)
194 01 CNL A 3070.00(-2714.93) 4071.30(-3570.76)
165 01 GR A 3070.00(-2714.93) 4067.50(-3567.49)

Poco: 1-RNS-27

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
005 01 IES\ SCHLUMBERGER 01 A 13/09/1980 590.80( -562.80) 1787.20(-1759.20)
020 01 DLL\ A 590.80( -562.80) 1787.20(-1759.20)
105 01 BHC\ A 590.80( -562.80) 1785.00(-1757.00)
165 01 GR A 590.80( -562.80) 1787.20(-1759.20)
140 02 FDC SCHLUMBERGER 01 A 590.80( -562.80) 1787.20(-1759.20)
105 03 BHC\ SCHLUMBERGER 01 B 590.80( -562.80) 1785.00(-1757.00)
165 03 GR B 302.40( -274.40) 1778.00(-1750.00)

186
237 04 HDT SCHLUMBERGER 01 A 700.00( -672.00) 1792.00(-1764.00)
005 01 IES\ SCHLUMBERGER 02 B 24/10/1980 1798.00(-1770.00) 3727.70(-3699.70)
105 01 BHC\ C 1798.00(-1770.00) 3725.30(-3697.30)
165 01 GR C 1798.00(-1770.00) 3720.40(-3692.40)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 02 B 1798.00(-1770.00) 3727.00(-3699.00)
165 02 GR D 1798.00(-1770.00) 3720.40(-3692.40)
105 03 BHC SCHLUMBERGER 02 D 1798.00(-1770.00) 3725.30(-3697.30)
237 04 HDT SCHLUMBERGER 02 B 1798.00(-1770.00) 3726.50(-3698.50)
246 05 WST SCHLUMBERGER 02 A 598.00( -570.00) 3719.00(-3691.00) (19 NIVEIS)

TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM


N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
1 184.0 1792.00 LACHENBRUCH & BREWER
2 334.0 3728.00 LACHENBRUCH & BREWER

Poco: 3-RNS-84

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 01 A 13/09/1985 742.00( -714.00) 1753.00(-1725.00)
105 01 BHC\ A 742.00( -714.00) 1743.00(-1715.00)
165 01 GR A 50.00( -22.00) 1746.00(-1718.00)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 02 B 06/10/1985 1743.00(-1715.00) 3005.50(-2977.50)
105 01 BHC\ B 1743.00(-1715.00) 2996.50(-2968.50)
165 01 GR B 1743.00(-1715.00) 2998.50(-2970.50)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 02 A 2600.00(-2572.00) 3006.50(-2978.50)
194 02 CNL A 2600.00(-2572.00) 3002.00(-2974.00)
220 03 CDR\ SCHLUMBERGER 02 A 1743.00(-1715.00) 2050.00(-2022.00)
237 03 HDT A 2050.00(-2022.00) 3007.00(-2979.00)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 03 C 06/11/1985 3002.00(-2974.00) 3682.00(-3654.00)
105 01 BHC\ C 3002.00(-2974.00) 3673.00(-3645.00)
165 01 GR C 3002.00(-2974.00) 3675.00(-3647.00)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 03 B 3002.00(-2974.00) 3683.00(-3655.00)
194 02 CNL B 3002.00(-2974.00) 3678.50(-3650.50)
237 03 HDT SCHLUMBERGER 03 B 3002.00(-2974.00) 3684.00(-3656.00)

TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM


N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
1 235.5 2979.50 DADO NAO REVISTO
2 319.0 3656.00 DADO NAO REVISTO

187
Poco: 3-RNS-85
AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
005 99 IEL\ GO INTERNATIONAL 01 A 01/01/1900 620.00( -595.00) 1399.00(-1373.96)
105 99 BCS\ A 620.00( -595.00) 1390.80(-1365.76)
165 99 GR A 110.00( -85.00) 1383.80(-1358.77)
005 99 IEL\ GO INTERNATIONAL 02 B 01/01/1900 1399.00(-1373.96) 2535.80(-2508.84)
105 99 BCS\ B 1393.00(-1367.96) 2529.30(-2502.34)
246 99 WSS\ A 350.00( -325.00) 1625.00(-1599.72)
246 99 WSS\ B 2425.00(-2398.06) 2525.00(-2498.05)
165 99 GR B 1383.80(-1358.77) 2524.10(-2497.15)
005 99 IEL\ GO INTERNATIONAL 03 C 01/01/1900 2535.80(-2508.84) 3806.00(-3774.19)
105 99 BCS\ C 2531.00(-2504.04) 3797.90(-3766.16)
140 99 CDL\ A 2531.00(-2504.04) 3806.00(-3774.19)
194 99 CNS\ A 2531.00(-2504.04) 3803.80(-3772.01)
237 99 FED A 2540.00(-2513.04) 3800.00(-3768.24)
165 99 GR C 2531.00(-2504.04) 3792.60(-3760.90)

TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM


N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
1 332.0 3790.60 DADO NAO REVISTO

Poco: 3-RNS-86

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
005 01 IEL\ GO INTERNATIONAL 01 A 28/02/1986 744.20( -720.20) 1921.80(-1897.80)
105 01 BCS\ A 744.20( -720.20) 1913.60(-1889.60)
165 01 GR A 140.00( -116.00) 1908.10(-1884.10)
005 01 IEL\ GO INTERNATIONAL 02 B 24/03/1986 1921.80(-1897.80) 3152.60(-3128.60)
105 01 BCS\ B 1913.60(-1889.60) 3144.40(-3120.40)
165 01 GR B 1908.00(-1884.00) 3138.90(-3114.90)
246 02 WSS GO INTERNATIONAL 02 A 525.00( -501.00) 3153.00(-3129.00) ( 18 NIVEIS )
140 03 CDL\ GO INTERNATIONAL 02 A 2800.00(-2776.00) 3152.80(-3128.80)
194 03 CNS A 2800.00(-2776.00) 3149.60(-3125.60)
005 01 IEL\ GO INTERNATIONAL 03 C 30/04/1986 3146.00(-3122.00) 3924.80(-3900.80)
105 01 BCS C 3144.40(-3120.40) 3918.40(-3894.40)
140 03 CDL\ GO INTERNATIONAL 03 B 3152.80(-3128.80) 3925.00(-3901.00)
194 03 CNS B 3149.60(-3125.60) 3922.30(-3898.30)
165 03 GR C 3138.90(-3114.90) 3919.80(-3895.80)

188
TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM
N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
2 270.0 3129.00 LACHENBRUCH & BREWER
3 316.0 3901.00 LACHENBRUCH & BREWER

Poco: 3-RNS-88DA

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 01 A 16/02/1986 1794.50(-1711.14) 2602.30(-2445.92)
010 01 ISF\ B 2250.00(-2138.13) 2799.30(-2618.63)
105 01 BHC\ A 1794.50(-1711.14) 2593.50(-2438.30)
105 01 BHC\ B 2250.00(-2138.13) 2790.30(-2610.64)
165 01 GR B 2250.00(-2138.13) 2792.30(-2612.42)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 02 C 17/03/1986 2793.00(-2613.04) 3893.00(-3614.07)
105 01 BHC\ C 2793.00(-2613.04) 3884.00(-3605.78)
165 01 GR C 2793.00(-2613.04) 3886.50(-3608.08)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 02 A 2793.00(-2613.04) 3894.00(-3614.99)
194 02 CNL A 2793.00(-2613.04) 3889.50(-3610.84)
287 03 RFT SCHLUMBERGER 02 A 3311.50(-3082.47) 3536.50(-3286.51) (07 PRE-TESTES)
(05 TESTES)

TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM


N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
2 315.0 3880.00 LACHENBRUCH & BREWER

Poco: 3-RNS-88DB
?????????????????

Poco: 3-RNS-88D
Não foi perfilado

Poco: 3-RNS-90D

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 01 A 28/06/1986 699.00( -674.85) 1752.40(-1679.48)
105 01 BHC\ A 699.00( -674.85) 1744.00(-1671.42)
189
165 01 GR A 699.00( -674.85) 1745.30(-1672.67)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 02 B 21/07/1986 1747.50(-1674.78) 2837.80(-2702.12)
105 01 BHC\ B 1747.50(-1674.78) 2828.70(-2693.57)
165 01 GR B 1747.50(-1674.78) 2830.80(-2695.54)
004 01 IL\ SCHLUMBERGER 03 A 13/08/1986 2830.00(-2694.79) 3677.00(-3506.55)
105 01 BHC\ C 2830.00(-2694.79) 3668.00(-3497.95)
165 01 GR C 2830.80(-2695.54) 3670.00(-3499.86)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 03 A 2830.00(-2694.79) 3678.20(-3507.70)
194 02 CNL A 2830.00(-2694.79) 3678.20(-3507.70)

Poco: 4-RNS-92

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 01 A 29/03/1987 649.50( -627.50) 1748.00(-1726.00)
105 01 BHC\ A 649.50( -627.50) 1738.30(-1716.30)
165 01 GR A 110.00( -88.00) 1741.10(-1719.10)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 02 B 17/04/1987 1748.00(-1726.00) 2697.00(-2675.00)
105 01 BHC\ B 1744.00(-1722.00) 2687.00(-2665.00)
165 01 GR B 1741.00(-1719.00) 2690.00(-2668.00)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 02 A 2398.00(-2376.00) 2698.00(-2676.00)
194 02 CNL A 2398.00(-2376.00) 2693.50(-2671.50)
246 03 WST SCHLUMBERGER 02 A 625.00( -603.00) 2695.00(-2673.00) (20 NIVEIS)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 03 C 18/05/1987 2697.00(-2675.00) 3802.20(-3780.20)
140 01 FDC\ B 2698.00(-2676.00) 3795.60(-3773.60)
194 01 CNL\ B 2693.50(-2671.50) 3790.90(-3768.90)
165 01 GR C 2690.00(-2668.00) 3796.00(-3774.00)
105 02 BHC SCHLUMBERGER 03 C 2687.00(-2665.00) 3801.70(-3779.70)
169 03 NGS SCHLUMBERGER 03 A 2400.00(-2378.00) 3802.00(-3780.00)
237 04 HDT SCHLUMBERGER 03 A 2678.50(-2656.50) 3800.00(-3778.00)

TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM


N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
1 174.0 1750.00 LACHENBRUCH & BREWER
2 235.0 2699.00 LACHENBRUCH & BREWER

Poco: 3-RNS-94DA

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE

190
005 01 IEL\ GO INTERNATIONAL 01 A 14/03/1987 1985.00(-1887.79) 3637.00(-3333.17)
105 01 BCS A 1985.00(-1887.79) 3637.00(-3333.17)
140 02 CDL\ GO INTERNATIONAL 01 A 2490.00(-2340.20) 3637.80(-3333.91)
194 02 CNS\ A 2490.00(-2340.20) 3637.00(-3333.17)
165 02 GR A 572.00( -547.84) 3632.70(-3329.25)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 02 A 08/04/1987 3635.00(-3331.35) 4471.00(-4095.07)
105 01 BHC\ B 3635.00(-3331.35) 4471.00(-4095.07)
165 01 GR B 3635.00(-3331.35) 4464.00(-4088.68)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 02 B 3635.00(-3331.35) 4472.00(-4095.98)
194 02 CNL B 3635.00(-3331.35) 4472.00(-4095.98)

TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM


N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
1 283.0 3637.00 LACHENBRUCH & BREWER
2 339.0 4470.00 LACHENBRUCH & BREWER

Poco: 3-RNS-94D
Não foi perfilado

Poco: 3-RNS-95DA

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
005 01 IEL\ GO INTERNATIONAL 01 A 09/07/1987 2101.80(-1950.29) 3341.20(-3099.28)
105 01 BCS\ A 2101.80(-1950.29) 3336.50(-3094.96)
165 01 GR A 597.90( -573.64) 3329.60(-3088.62)
005 01 IEL\ GO INTERNATIONAL 02 B 06/08/1987 3341.20(-3099.28) 4459.00(-4104.96)
105 01 BCS B 3336.50(-3094.96) 4452.50(-4099.16)
140 02 CDL\ GO INTERNATIONAL 02 A 3335.00(-3093.59) 4459.60(-4105.49)
194 02 CNS A 3335.00(-3093.59) 4456.40(-4102.64)
165 02 GR B 3329.60(-3088.62) 4453.90(-4100.41)

TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM


N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
1 341.0 4459.00 DADO NAO REVISTO

Poco: 3-RNS-95D
Não foi perfilado

191
Poco: 3-RNS-96

AQUISICAO/PROCESSAMENTO
COD GR TIPO CIA COR DESC DATA TOPO BASE
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 01 A 22/02/1987 2019.00(-1986.61) 3350.80(-3312.22)
105 01 BHC\ A 2019.00(-1986.61) 3341.80(-3303.23)
165 01 GR A 710.00( -677.99) 3343.80(-3305.23)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 01 A 2850.00(-2812.10) 3352.00(-3313.41)
194 02 CNL A 2850.00(-2812.10) 3347.30(-3308.72)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 02 B 28/03/1987 3344.50(-3305.92) 4178.00(-4138.28)
140 01 FDC\ B 3344.50(-3305.92) 4171.40(-4131.69)
194 01 CNL\ B 3344.50(-3305.92) 4166.70(-4127.00)
165 01 GR B 3343.80(-3305.23) 4171.80(-4132.09)
105 02 BHC SCHLUMBERGER 02 B 3344.50(-3305.92) 4177.50(-4137.78)
010 01 ISF\ SCHLUMBERGER 03 C 10/04/1987 4178.00(-4138.28) 4514.60(-4474.42)
105 01 BHC\ C 4177.50(-4137.78) 4505.20(-4465.03)
165 01 GR C 4171.80(-4132.09) 4506.40(-4466.23)
140 02 FDC\ SCHLUMBERGER 03 C 4171.40(-4131.69) 4515.80(-4475.62)
194 02 CNL C 4166.70(-4127.00) 4511.10(-4470.93)
246 03 WST SCHLUMBERGER 03 A 3365.00(-3326.40) 3965.00(-3925.57) (41 NIVEIS)

TEMPERATURA EXTRAPOLADA EM PERFILAGEM


N.PERF. TEMP. EXTRAPOLADA PROF. GRAFICO METODO DE EXTRAPOLACAO
1 286.0 3320.80 DADO NAO REVISTO
2 358.0 4180.00 DADO NAO REVISTO

192
Anexo 4 Resultados das análises de óleo e condensado
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

193
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

194
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

195
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

196
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

197
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

198
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

199
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

200
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

201
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

202
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

203
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

204
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

205
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

206
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

207
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

208
TOPO BASE DATA TEMP
POÇO ZONA DENS VISCDIN1 VISCDIN2 VISCDIN3 ENXOFTOT GRAUAPI KUOP SALINIDA AGUASEDI VISCCIN1 VISCCIN2
(m) (m) COLETA (OC)

209
Anexo 5 Resultados das análises de gás
POÇO TOPO (m) BASE (m) DATA COLETA ZONA DENS (AR)
3-RNS-86 3441 3466 1/5/1986 PD0200 ,666
3-RNS-86 3441 3466 1/5/1986 PD0300 ,666
3-RNS-86 3449 3459 1/6/1986 PD0300 ,791
3-RNS-86 3449 3459 1/5/1986 PD0300 ,78
3-RNS-86 3449 3459 1/5/1986 PD0300 ,805
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,832
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,856
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,856
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,832
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,832
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,856
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,856
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,832
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,832
3-RNS-88DA 3425 3434 1/12/1986 PD0100 ,856
3-RNS-88DA 3494 3503 1/12/1986 PD0200 ,75
3-RNS-88DA 3494 3503 1/12/1986 PD0200 ,75
3-RNS-88DA 3494 3503 1/12/1986 PD0200 ,75
3-RNS-88DA 3494 3503 1/12/1986 PD0200 ,75
3-RNS-88DA 3494 3503 1/12/1986 PD0200 ,75
7-PE-3D-RNS 3787,5 3823 29/1/2002 PD0400 ,8368

210
Anexo 6 Resultados das análises de água
FERRO SOLIDO
DATA DATA CALCIO CLORETO DENSIDADE MAGNESIO SALINIDADE BICARBON SODIO RESISTIV
POÇO TOPO BASE ZONA TOT PH CALC
COLETA ANÁLISE mg/l mg/l (Temp 0C) mg/l mg/l mg/l mg/l ohm.m
mg/l mg/l

211
FERRO SOLIDO
DATA DATA CALCIO CLORETO DENSIDADE MAGNESIO SALINIDADE BICARBON SODIO RESISTIV
POÇO TOPO BASE ZONA TOT PH CALC
COLETA ANÁLISE mg/l mg/l (Temp 0C) mg/l mg/l mg/l mg/l ohm.m
mg/l mg/l

212
FERRO SOLIDO
DATA DATA CALCIO CLORETO DENSIDADE MAGNESIO SALINIDADE BICARBON SODIO RESISTIV
POÇO TOPO BASE ZONA TOT PH CALC
COLETA ANÁLISE mg/l mg/l (Temp 0C) mg/l mg/l mg/l mg/l ohm.m
mg/l mg/l

213
FERRO SOLIDO
DATA DATA CALCIO CLORETO DENSIDADE MAGNESIO SALINIDADE BICARBON SODIO RESISTIV
POÇO TOPO BASE ZONA TOT PH CALC
COLETA ANÁLISE mg/l mg/l (Temp 0C) mg/l mg/l mg/l mg/l ohm.m
mg/l mg/l

214
Anexo 7 - Localização das plataformas, poços e dutos do campo de Pescada

215
Anexo 8 - Mapa batimétrico dos campos de Pescada, Arabaiana e Áreas do RNS-33, RNS-93 e RNS-128

216

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