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COMPROVANTE DE RECEBIMENTO

MODELO:
VAZÃO DE OPERAÇÃO:
CARGA DE SÓLIDOS:
TIPO DE LODO:
OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES:
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Informo que recebi o manual do equipamento estando ciente de todas as


condições operacionais dispostas neste documento, no manual anexo,
acordados na venda do equipamento e informadas pelos técnicos da Gratt,
durante a partida e/ou visitas técnicas.

NOME LEGÍVEL: ASSINATURA:

DATA: ______/_______/______

1
Figura 1 - Corte GMT 355 G

Figura 2 – Vista lateral GMT 355 G

2
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS...................................................................................................................... 5
INFORMAÇÕES GERAIS.......................................................................................................... 8
1.1 CONTEÚDO .......................................................................................................................... 8
1.2 DISPOSIÇÃO ......................................................................................................................... 8
1.3 DESIGNAÇÃO DO TIPO E N° DE SÉRIE ........................................................................................ 8
1.4 REGRAS DE SEGURANÇA ......................................................................................................... 8
1.5 LUBRIFICAÇÃO E LIMPEZA ....................................................................................................... 9
1.6 PEDIDO DE PEÇAS ................................................................................................................. 9
2 MÉTODOS DE SEPARAÇÃO .......................................................................................... 11
2.1 FUNÇÃO ............................................................................................................................ 11
2.2 FUNCIONAMENTO ............................................................................................................... 11
2.3 FATORES QUE INFLUENCIAM NA SEPARAÇÃO ............................................................................ 11
2.4 UTILIZAÇÃO PREVISTA DO DECANTER (ONDE É APLICÁVEL) ........................................................... 12
2.5 CUIDADOS COM O DECANTER ................................................................................................ 12
3 OBRIGAÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA........................................................................ 14
3.1 ADESIVOS DE SEGURANÇA ..................................................................................................... 14
4 DESCRIÇÃO GERAL DA MÁQUINA ................................................................................ 16
4.1 ESPECIFICAÇÕES PARTICULARES ............................................................................................. 16
5 DESCRIÇÕES TÉCNICAS ................................................................................................ 17
5.1 CONJUNTO ROTATIVO.......................................................................................................... 17
5.2 CHASSI.............................................................................................................................. 22
5.3 CARENAGENS DE PROTEÇÃO ................................................................................................. 23
5.4 DIMENSÕES GERAIS ............................................................................................................ 25
5.5 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS .................................................................................................. 27
6 ALIMENTAÇÃO E DESCARGAS ...................................................................................... 28
6.1 ALIMENTAÇÃO ................................................................................................................... 28
6.2 DESCARGA DE SÓLIDOS ........................................................................................................ 29
7 TRANSMISSÃO ............................................................................................................ 30
8 TRANSPORTE E DESCARGA DO EQUIPAMENTO............................................................ 32
9 INSTALAÇÃO DO DECANTER ........................................................................................ 33
9.1 DETALHES DA BASE DE FIXAÇÃO ............................................................................................. 34
9.2 ESPAÇO PARA MANUTENÇÃO ................................................................................................. 34
9.3 POSTO DE TRABALHO ........................................................................................................... 35
9.4 INTERLIGAÇÕES HIDRÁULICAS ................................................................................................ 36
9.5 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ....................................................................................................... 36
9.6 LUBRIFICAÇÃO INICIAL .......................................................................................................... 37

3
10 OPERAÇÃO ................................................................................................................. 38
10.1 OPERAÇÕES PRELIMINARES .............................................................................................. 38
10.2 FUNCIONAR A MÁQUINA .................................................................................................. 38
10.3 PARADA ....................................................................................................................... 39
11 FUNCIONAMENTO ...................................................................................................... 40
11.1 EFEITO DA VARIAÇÃO DA PROFUNDIDADE DA CAMADA LIQUIDA ............................................... 40
12 EFEITO DA VARIAÇÃO DE VELOCIDADE ........................................................................ 42
13 HIGIENIZAÇÃO ............................................................................................................ 43
14 LUBRIFICAÇÃO ............................................................................................................ 44
14.1 LUBRIFICAÇÃO DO REDUTOR PLANETÁRIO ............................................................................ 44
14.2 LUBRIFICAÇÃO CILINDRO .................................................................................................. 45
14.3 LUBRIFICAÇÃO DO CONTROLADOR DE TORQUE ..................................................................... 46
15 TIPOS DE LUBRIFICANTES ............................................................................................ 48
16 DEFEITOS .................................................................................................................... 49
16.1 VIBRAÇÕES DA MÁQUINA ................................................................................................. 49
16.2 CLARIFICAÇÃO INCOMPLETA OU SECURA ............................................................................. 49
16.3 DISPARO INSISTENTE DO BRAÇO DE TORQUE ........................................................................ 50
16.4 DESGASTE DO CARACOL TRANSPORTADOR ........................................................................... 51
16.5 SISTEMA TAMBOR/ROSCA ENTUPIDO ................................................................................. 52
16.6 RUÍDO NOS ÓRGÃOS DE TRANSMISSÃO ............................................................................... 52
16.7 VELOCIDADE DO ROTOR MUITO BAIXA E/OU TEMPO DE PARTIDA DEMASIADAMENTE LONGO ......... 53
16.8 DETALHES A SEREM OBSERVADOS ANTES E DURANTE OPERAÇÃO .............................................. 53
17 MANUTENÇÃO ............................................................................................................ 54
17.1 CONSTRUÇÃO MECÂNICA ................................................................................................. 54
17.2 REMOÇÃO DA CAIXA DE ENGRENAGEM ............................................................................... 54
17.3 INSTALAÇÃO DA CAIXA DE ENGRENAGEM ............................................................................. 56
17.4 REMOÇÃO DO CARACOL TRANSPORTADOR........................................................................... 56
17.5 REMOÇÃO E DESMONTAGEM DO ROLAMENTO TRASEIRO DO CARACOL TRANSPORTADOR .............. 57
17.6 REMOÇÃO E DESMONTAGEM DO INSERTO DIANTEIRO DO CARACOL TRANSPORTADOR .................. 57
17.7 GERAL ......................................................................................................................... 58
17.8 PARA REMOVER O CUBO DIANTEIRO ................................................................................... 58
17.9 PARA MONTAR O TRANSPORTADOR.................................................................................... 58
17.10 MONTAGEM DO ROTOR................................................................................................... 58
17.11 MONTAGEM DOS ROLAMENTOS ........................................................................................ 59
17.12 DESMONTAGEM DOS ROLAMENTOS ................................................................................... 60
18 FERRAMENTAS............................................................................................................ 61
19 CONSTRUÇÃO MECÂNICA ........................................................................................... 62

4
20 RELAÇÃO DE FORNECEDORES DE LUBRIFICANTES ITW – ROCOL ................................... 63

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Corte GMT 355 G............................................................................... 2


Figura 2 – Vista lateral GMT 355 G .................................................................... 2
Figura 3 - Placa de Identificação ...................................................................... 10
Figura 4: Partes constituintes do conjunto rotativo ........................................... 17
Figura 5: Montagem da parte B do conjunto rotativo. ....................................... 18
Figura 6: Explosão da parte C do conjunto rotativo.......................................... 19
Figura 7: Explosão da parte A e C do conjunto rotativo. .................................. 19
Figura 8: Conjunto caracol ............................................................................... 21
Figura 9: Chassi com o motor .......................................................................... 23
Figura 10: Controlador de torque ..................................................................... 23
Figura 11: Carenagens de Proteção ................................................................ 24
Figura 12: Proteções ........................................................................................ 25
Figura 13: Dimensões ...................................................................................... 26
Figura 14: Alimentação .................................................................................... 28
Figura 15: Descarga do sólido.......................................................................... 29
Figura 16: Transmissão .................................................................................... 30
Figura 17: Alinhador de polias .......................................................................... 31
Figura 18: Deformação da correia. ................................................................... 31
Figura 19: Içamento do decanter...................................................................... 32
Figura 20: Espaço manutenção........................................................................ 35
Figura 21: Pente de regulagem ........................................................................ 41
Figura 22: Lubrificação do redutor.................................................................... 44
Figura 23: Pontos de lubrificação do cilindro .................................................... 46
Figura 24: Lubrificação do controlador de torque ............................................. 47
Figura 25: Controlador de torque ..................................................................... 50
Figura 26: Proteção Decanter .......................................................................... 55
Figura 27: Parafusos sacadores....................................................................... 61

5
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Componentes do conjunto rotativo B................................................ 18
Tabela 2: Componentes do conjunto rotativo A e C ......................................... 20
Tabela 3: Componentes conjunto caracol ........................................................ 21
Tabela 4: Carenagens de Proteção.................................................................. 24
Tabela 5 : Dimensões e peso ........................................................................... 26
Tabela 6: Componentes tubo de alimentação .................................................. 29
Tabela 7: Dimensões para manutenção decanter ............................................ 35

LISTA DE SIGLAS
H = HORA

L/H = LITROS POR HORA

RPM = ROTAÇÕES POR MINUTO

HZ = C/S = CICLOS POR SEGUNDO


Ø = DIÂMETRO
SAE = SOCIETY OF AUTOMOTIVE ENGINEERS – INDICA VISCOSIDADE DO ÓLEO.
SSU = SEGUNDOS SAYBOLT UNIVERSAL – INDICA VISCOSIDADE DO ÓLEO.
E° = GRAUS EULER – INDICA VISCOSIDADE DO ÓLEO.
EP = EXPREMA PRESSÃO – REFERE-SE A LUBRIFICANTES QUE, CONTENDO ADITIVOS, RESISTEM A GRANDES
PRESSÕES.

ASTM = AMERICAN SOCIETY FOR TESTING MATERIALS.


NLGI = NATIONAL LUBRIFICATING GREASE INSTITUTE – CLASSIFICA AS GRAXAS LUBRIFICANTES.
ISO = INTERNATIONAL STANDARDIZING ORGANIZATION – ESTABELECE PADRÕES INTERNACIONAIS DE
PROCESSAMENTO.

ºC = GRAUS CELSIUS
ETA = ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
ETE = ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO
ETI = ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE DESPEJOS INDUSTRIAIS
F = FORÇA
FIG = FIGURA
G = GRAVIDADE
G/CM3= GRAMAS/ CENTÍMETRO CÚBICO

HZ = HERTZ
IHM = INTERFACE HOMEM MÁQUINA
KW = QUILOWATT
KG = QUILO GRAMA
KG/CM² = QUILO GRAMA / CENTÍMETRO QUADRADO

6
KGF.M = QUILO GRAMA FORÇA . METRO

LTDA = LIMITADA
M = METRO
MM = MILÍMETROS

N = NEWTON

7
INFORMAÇÕES GERAIS
A instalação correta, o tratamento adequado do líquido antes e depois
de sua passagem pela máquina, a operação perfeita e o manuseio cuidadoso
do Decanter de acordo com as instruções dadas neste manual, a limpeza,
cuidados e revisões periódicas, são fatores de grande importância para garantir
o perfeito funcionamento da máquina e os resultados desejados com a
separação.

1.1 Conteúdo

Este manual contém instruções relativas à instalação e operação,


desmontagem da máquina e também sobre limpeza e revisões. Visto que
praticamente todas as peças da máquina são identificadas por um número de
peça, o Manual de Instruções serve também como LISTA DE PEÇAS
SOBRESSALENTES.
O Manual de Instruções trata não apenas das peças e dispositivos
incorporados ao tipo padrão da máquina, mas também de todos os
equipamentos especiais e alternativos.
Os detalhes de construção dados neste Manual não são obrigatórios.
Reservamo-nos no direito de alterá-los sem aviso prévio. As reconstruções
efetuadas após entrega da máquina não são seguidas de novos Manuais de
Instruções.

1.2 Disposição

Cada capítulo deste manual tem seu próprio número de referência


impresso no canto inferior esquerdo de cada página. Os capítulos são
dispostos em ordem crescente. Sempre que se fizer referência a qualquer
página do Manual em comunicações que nos forem dirigidas, favor indicar o
número de referência que aparece no capítulo em questão.

1.3 Designação do Tipo e N° de Série

Pode ocorrer que a designação do tipo constante na placa de


identificação da máquina e a que consta na capa do Manual de Instruções não
correspondam exatamente. Em tal caso prevalece o número de fabricação que
figura na placa de identificação da máquina. Ao pedir peças, indique sempre o
tipo (modelo) que consta na referida placa.

1.4 Regras de Segurança

O capítulo 3 contém uma série de regras de segurança que deverão ser


observadas ESTRITAMENTE.
A instalação elétrica deve ser feita por um eletricista experiente e que
tenha conhecimento dos regulamentos de segurança locais.

8
Deve-se também notar que, de modo geral, o Manual de Instruções não
contém nenhuma recomendação quanto às propriedades específicas do
produto a ser processado e sua segurança, tais como se é inflamável, tóxico ou
corrosivo.

1.5 Lubrificação e Limpeza

Via de regra, as instruções sobre a montagem apenas mencionam as


peças que deverão ser lubrificadas ou limpas. Todas as informações sobre
lubrificantes e produtos para limpeza que deverão ser usados aparecem nos
capítulos 13,14,15 e 16.

1.6 Pedido de Peças

Ao pedir peças sobressalentes, indique sempre o CÓDIGO DA PEÇA e


o NOME, bem como a DESIGNAÇÃO DO TIPO e o NÚMERO DE SÉRIE da
máquina constante na placa de identificação.
Formulário para Pedido

Nome da peça Código da peça Quantidade Observações

1.6.1 Entrega
Pode ocorrer que o número de uma peça fornecida por nós não seja o
mesmo que consta no Manual. Neste caso as peças são intercambiáveis, por
serem perfeitamente equivalentes entre si.

1.6.2 Pedido De Peças


Se a máquina foi modificada depois da entrega, se o número da peça
não constar no Manual de Instruções, ou se houver qualquer dúvida sobre o
número correto de alguma peça por qualquer outro motivo, mencione esse fato
no pedido.
Em tais casos, a indicação correta da DESIGNAÇÃO DO TIPO e o
NÚMERO DE SÉRIE que figuram na PLACA DE IDENTIFICAÇÃO são da
maior importância.

9
Figura 3 - Placa de Identificação

10
2 MÉTODOS DE SEPARAÇÃO
Informações sobre o tratamento do produto a ser processado acham-se
também contidas nas informações técnicas fornecidas ao cliente na ocasião da
compra da máquina.

2.1 Função

A finalidade do decanter centrífugo é separar fases de uma mistura de


diferentes pesos específicos, especialmente líquido contendo sólidos em
suspensão. A separação de sólido e líquido acontece no interior do tambor
rotativo com formato cilindro/tronco-cônico, em cuja superfície interna se
deposita a fase sólida, mais pesada, que é descarregada de maneira contínua
pela rosca interna, o líquido classificado é descarregado em outra extremidade
e direcionado a tubulação coletora.

2.2 Funcionamento

Através da força centrífuga atuante no interior do tambor rotativo (efeito


provocado pela alta rotação), onde se chega a aproximadamente 1700g a
2900g, dependendo do tipo do decanter a ser utilizado, ou seja, 1700 vezes ou
2900 vezes mais do que a força gravitacional atuante em um ambiente comum,
é possível separar as fases sólida e líquida.
Neste processo o sólido que geralmente apresenta a maior densidade é
forçado para a superfície interna do tambor e é arrastado continuamente pelo
caracol transportador até os bocais de descarga, passando pelo cone onde é
desidratado, ou seja, tem sua umidade reduzida significativamente.
O líquido classificado sendo menos denso fica afastado da superfície do
tambor e através dos bocais de descarga é direcionado ao coletor de líquido

2.3 Fatores que Influenciam na Separação

DIFERENÇA DE PESO ESPECÍFICO: A força centrífuga atua sobre


todas as partículas na proporção do peso específico de cada uma. Quanto
maior a diferença de peso específico, mais fácil será a separação.
TAMANHO E FORMATO DAS PARTÍCULAS: Quanto maior a partícula,
mais rápida será a separação. As partículas a serem separadas não devem ser
tão pequenas que se aproximem das dimensões coloidais. Partículas lisas e
arredondadas são mais fáceis de separar do que as de formato irregular ou
alongadas. Tratamentos rudes, como nas bombas centrífugas, podem fracionar
as partículas, reduzindo-lhes o tamanho e tornando mais lenta a separação.
VISCOSIDADE: Quanto mais fluído for um líquido, mais rápido e melhor
será o processo de separação, ou seja, baixa viscosidade melhora o resultado
da separação. A viscosidade pode, em muitos casos, ser reduzida por
aquecimento. A viscosidade elevada reduzirá a capacidade da máquina.

11
2.4 Utilização prevista do decanter (onde é aplicável)

O decanter centrífugo Gratt é aplicado na separação contínua de sólidos


suspensos de líquidos e clarificação para:
• Desidratação e espessamento de lamas municipais e industriais;
• Recuperação de: óleo de oliva, óleos de abacate, manteiga de cacau,
gelatina, plasma sanguíneo, ossos de animais;
• Estações de Tratamento de despejos industriais (ETDI);
• Estações de Tratamento de Água (ETA);
• Estações de Tratamento de Esgoto (ETE);
• Indústria alimentícia: Abatedouros, clarificação de gordura animal,
processamento de subprodutos, farinha de peixe, clarificação de suco
de fruta, fabricação de amido, fabricação de chá mate instantâneo,
fabricação de café solúvel;
• Indústrias de álcool e açúcar;
• Fabricação de biocombustíveis;
• Resíduos de processo de curtume;
• Resíduos de abatedouros.

2.5 Cuidados com o decanter

2.5.1 Produtos químicos:


Se produtos químicos corrosivos (ácido ou básico) e/ou tóxicos,
solventes forem utilizados no processo de limpeza, informe-se sobre as
características dos produtos utilizados e sobre as precauções de manipulação
e siga todas as recomendações do fabricante para a sua utilização.
Se o produto for inflamável, tomar todas as precauções para evitar a
inflamação ou explosão dos mesmos.
Evitar o contato com a pele e os olhos. Usar óculos, luvas, capacete, etc.
exigidos pela natureza do produto utilizado.
Se existir dúvidas sobre a natureza do produto utilizado considera-lo
como perigoso, mesmo se não o for, e ter todas as precauções para evitar
danos corporais e/ou afetar a saúde do pessoal.

2.5.2 Produtos ligados a temperatura:


Quando a máquina operar com produtos que possuam uma temperatura
elevada ou temperatura muito baixa, devem ser tomadas precauções extremas
para se evitar danos corporais. Proibir o acesso das superfícies em questão e
prever um isolamento da área, de modo a dificultar o aceso de pessoas não
habilitadas ou treinadas.

12
2.5.3 Produtos abrasivos ou corrosivos:
Os elementos construtivos do cilindro foram calculados, concebidos e
fabricados para:
- Resistir ás restrições de centrifugação importantes nos limites de
velocidade, carga, temperatura, etc. definidas na placa de construção.
- Garantir uma longa vida de exploração com um fator de segurança
elevado. No entanto no caso de peças submetidas a um ambiente corrosivo e
abrasivo apesar da matéria e/ou revestimento das peças mais solicitadas terem
sido concebidas para resistir da melhor forma ás agressões, a Gratt não poderá
garantir a boa fixação de peças, sem conhecer as reações no tempo das
peças.
É da responsabilidade do cliente determinar a frequência de vigilância
destas peças e alertar o serviço pós-venda da Gratt se fissuras, picadas,
abrasão de vários milímetros (mm), aparecerem nestas peças que são
susceptíveis a afetar a resistência mecânica.

13
3 OBRIGAÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA
O cliente deverá garantir que todas as pessoas encarregadas da
montagem, operação e manutenção tenham lido e compreendido as presentes
instruções de serviço deste manual, e as respeitem rigorosamente, de modo a
evitar situações de perigo ou de ferimentos para os operadores e/ou terceiros e
garantir a segurança operacional do decanter.
A montagem, operação, manutenção, do decanter apenas deverão ser
executadas por pessoas qualificadas e devidamente autorizadas.
Todos os trabalhos deverão ser cuidadosamente realizados, nunca
negligenciando o aspecto ”segurança”, o cliente deverá também garantir que
este manual esteja sempre guardado próximo ao decanter.

3.1 Adesivos de segurança

Em alguns componentes do decanter, estão aplicadas etiquetas


coloridas específicas cujo símbolo chama a atenção do usuário e indicam
precauções importantes que devem ser tomadas, em relação ao componente
em questão.
A seguir, são citados resumidamente todos os símbolos indicados pelas
etiquetas empregadas no decanter e, ao lado, os componentes para os quais
os símbolos chamam a atenção.
É também indicado o significado do símbolo de acordo com a subdivisão
de perigo, obrigação, proibição, advertência à qual o próprio símbolo pertence.

3.1.1 Perigo

Correias e polias
Órgãos em movimento, não aproximar partes do
corpo ou roupas.

Alerta de segurança
Fique atento, possibilidade de lesões pessoais.
Não remova esta tampa enquanto o motor
estiver funcionando.

14
Eletricidade
Risco de choque elétrico.

3.1.2 Obrigação

Utilize equipamentos de proteção individual


Use abafadores de ouvido quando a máquina
estiver operando.

3.1.3 Proibição

Superfície
Não toque com a máquina em operação.

3.1.4 Advertência

Sentido de rotação
Indica sentido de rotação da máquina.

Graxa que deve ser utilizada


Indicação da graxa que deve ser utilizada
segundo fabricante.

15
4 DESCRIÇÃO GERAL DA MÁQUINA
4.1 Especificações Particulares

Decanter Centrifugo GMT 355 G

4.1.1 Materiais:
Conjunto rotativo (camisa, cone e ponteiras): Aço inox AISI 304
Caracol transportador: Aço inox AISI 304/ Aço inox AISI 316
Revestimento do helicóide da rosca: Carbeto de Tungstênio
Retentores: Borracha nitrílica/viton

4.1.2 Redutor:
Tipo: Planetário
Relação de transmissão: Fixada de acordo com a aplicação.
Lubrificação: Consultar capitulo 15 “Tipos de lubrificantes”

4.1.3 Acionamento:
Motor elétrico tipo: Indução
Marca: WEG
Potência: 25 cv (18,7 kw)
Freqüência: 50/60 hz

4.1.4 Velocidade:
Velocidade nominal absoluta: 3290 rpm
Densidade máxima do lodo: 1,1 g/cm³
Velocidade variável relativa: variável conforme a redução utilizada

4.1.5 3.1.5 Características Gerais:


Peso estático: 1530 kg
Peso dinâmico: 3825 kg

16
5 DESCRIÇÕES TÉCNICAS

O decanter centrífugo modelo GMT 355 G é constituído em 3 partes


principais, cada parte é composta por diversos componentes, podemos
identificá-las da seguinte maneira:

5.1 Conjunto Rotativo

O conjunto rotativo é composto pelos componentes que giram sobre os


mancais de apoio do decanter.

Figura 4: Partes constituintes do conjunto rotativo

17
Figura 5: Montagem da parte B do conjunto rotativo.

Tabela 1: Componentes do conjunto rotativo B

Item Descrição Qtde Código


1 CAMISA Ø355X743,5MM - MO 1 MO-022970
2 ANEL ORING 1 23504
3 PINO GUIA CILINDRICO OX DIN8734 - Ø8 M6X35 2 18183
4 CONE Ø355 - 10° - MO 1 MO-022972
5 PARAF ALLEN A2 DIN912 RT - M12X35 UNC 28 520
6 PARAF ALLEN S/CAB A2 DIN916 - M12X16 UNC 8 14598
7 BUCHA SAIDA SOLIDO Ø50X25MM 8 PC-016235
8 PARAF ALLEN S/CAB A2 DIN916 - M6X10 UNC 8 871
9 PONTEIRA SOLIDO Ø355 - 10° - MO 1 MO-013901
10 PARAF ALLEN A2 DIN912 RT - M10X35 UNC 24 515
11 PARAF ALLEN S/CAB A2 DIN916 - M10X12 UNC 4 661
12 PONTEIRA LIQUIDO Ø355 - 3F - SC 1 SC-023510

18
Figura 6: Explosão da parte C do conjunto rotativo.

Figura 7: Explosão da parte A e C do conjunto rotativo.

19
Tabela 2: Componentes do conjunto rotativo A e C

Item Descrição Qtde Código


1 CILINDRO Ø355X1414,8MM - 10° - 3F - SC 1 SC-023533
2 CARACOL Ø355X1077,5 - CO 1 CO-023600
3 GRAXEIRA ZB DIN 71412 - 1.4 UNF 2 1436
4 ANEL VEDAÇAO CAIXARIA 2 PC-015830
5 ANEL ORING 2 33524
6 PARAF ALLEN S.CAB A2 DIN916 - M6X6 UNC 6 869
7 TAMPA U MANCAL LADO POLIA Ø111,5 - R 1 PC-015951
8 ANEL VEDAÇAO MANCAL Ø101,6 2 PC-016202
9 PARAF ALLEN S/CAB A2 DIN916 - M6X10 UNC 12 871
10 TAMPA INTERNA MANCAL Ø102,6 2 PC-015912
11 ROLAMENTO 1 22305
12 MANCAL Ø150X87,5MM 2 PC-016007
13 PARAF ALLEN CAB CHATA A2 - M10X25 UNC 16 608
14 CALÇO MANCAL Ø149,9X9,7MM 1 PC-016211
15 TAMPA INTERNA MANCAL Ø106,5 2 PC-015913
16 ANEL VEDAÇAO MANCAL Ø105 2 PC-016203
17 TAMPA U MANCAL LADO POLIA Ø111,5 - P 1 PC-015950
18 PARAF ALLEN OX 8.8 DIN912 RP - M8X100 UNC 6 18184
19 PINO GUIA CILINDRICO OX DIN8734 - Ø8 M6X35 2 18183
20 POLIA CILINDRO Ø135 5 - 3V 1 PC-008164
21 PARAF ALLEN OX 8.8 DIN912 RP - M6X40 UNC 8 18185
22 SUPORTE RETENTOR POLIA Ø96,8 1 PC-015991
23 RETENTOR 1 1579
24 ANEL ELASTICO 1 18186
25 ARRUELA LISA A2 DIN125A - M6 4 901
26 PARAF SEXT A2 DIN933 RT - M6X16 UNC 4 531
27 ANEL ORING 1 23641
28 DISCO SEPARADOR LIQUIDO Ø355 1 PC-023640
29 PARAF ALLEN A2 DIN912 RT - M8X20 UNC 6 508
30 PARAF ALLEN S/CAB A2 DIN916 - M8X10 UNC 2 663
31 TAMPA U MANCAL LADO REDUTOR Ø111,5 - R 1 PC-015953
32 CALÇO MANCAL Ø149,9X4,8MM 2 PC-016210
33 ROLAMENTO 1 28729
34 TAMPA U MANCAL LADO REDUTOR Ø111,5 - P 1 PC-015952
35 PINO GUIA CILINDRICO OX DIN8734 - Ø6 M6X24 1 14206
36 FLANGE REDUTOR 1 PC-016017
37 PARAF ALLEN OX 8.8 DIN912 RT - M8X30 UNC 12 819
38 EIXO TRASMISSAO Ø57,6X535MM 1 PC-012861
39 REDUTOR PLANETARIO 1 PC-010611
40 PARAF ALLEN OX 8.8 DIN912 RT - M12X40 UNC 10 836

20
41 ANEL ELASTICO 1 20563
42 BUCHA ENCOSTO BRAÇO TORQUE Ø38X26MM 1 PC-014852
43 BRAÇO TORQUE Ø38X210MM 1 PC-012570
44 ARRUELA BRAÇO TORQUE MOTOR M12 - Ø65 1 PC-018181
45 PARAF SEXT A2 DIN933 RT - M12X30 UNC 1 552
46 PARAF ALLEN S.CAB A2 DIN916 - M12X20 UNC 4 865
47 GRAXEIRA ZB DIN 71412 - 1/8" BSP 4 1437

Figura 8: Conjunto caracol

Tabela 3: Componentes conjunto caracol


Item Descrição Qtde Código
1 CARACOL Ø355X1077,5 - SC 1 SC-023574
2 CUBO DIANTEIRO CARACOL Ø130 1 PC-016238
3 RETENTOR NB 2 1204
4 ANEL ELASTICO 1 3773
5 ROLAMENTO 1 17945
6 PINO GUIA CILINDRICO OX DIN8734 - Ø6 M6X24 1 14206
7 TAMPA CUBO DIANTEIRO CARACOL Ø130 1 PC-016241
8 ANEL ORING 1 17946

21
9 RETENTOR 2 1135
10 PARAF ALLEN A2 DIN912 RP - M8X80 UNC 6 14272
11 PARAF ALLEN S/CAB A2 DIN916 - M8X10 UNC 4 663
12 PINO GUIA CILINDRICO OX DIN8734 - Ø8 M6X30 2 908
13 CUBO ENTALHADO Ø68X76,3MM 1 PC-015955
15 ROLAMENTO 2 17935
14 PARAF ALLEN OX 8.8 DIN912 RT - M10X25 UNC 8 5377
16 TAMPA TRASEIRA CARACOL Ø140 1 PC-023599
17 ANEL ORING 1 18376
18 RETENTOR 2 17944
19 ANEL ELASTICO 1 240
20 PARAF ALLEN A2 DIN912 RT - M8X30 UNC 6 509

Figura 4: Remoção do caracol transportador

5.2 Chassi

O Chassi é o componente que sustenta o conjunto rotativo, o motor


elétrico e as carenagens e que também absorve a carga e vibração de todo o
conjunto.

22
Figura 9: Chassi com o motor

Figura 10: Controlador de torque

5.3 Carenagens de Proteção

Além de atuarem como elementos de proteção, permitem o


direcionamento das fases sólido e líquido para os pontos de coleta das
mesmas.

23
Figura 11: Carenagens de Proteção
Tabela 4: Carenagens de Proteção

Item Descrição Qtde Código


5 CAIX INF LIQ 590X250MM - MO 1 MO-022942
6 CAIX INF SOL 590X250MM - MO 1 MO-022950
7 PROT INF CILINDRO Ø355X815MM - MO 1 MO-022960
33 PROTEÇAO INF REDUTOR 666X430MM - MO 1 MO-023662
40 PROTEÇAO CORREIA 600X110MM - MO 1 MO-022147
42 CAIX SUP SOL 590X250MM - 02 - SC 1 SC-023685
43 CAIX SUP LIQ 590X225MM - SC 1 SC-023695
44 PROT SUP CILINDRO Ø355X815MM - SC 1 SC-023703
46 TAMPA INSPEÇAO REDUTOR 666X340MM 1 PC-022261
47 PROT SUP REDUTOR 666X537MM - SC 1 SC-023716
56 FUNIL Ø355G - 2F - MO 1 MO-041916

A máquina é dotada das seguintes proteções, como indicado na Fig. 12

24
Figura 12: Proteções
1. Chassi
2. Caixaria inferior do sólido
3. Amortecedor de vibração
4. Proteção inferior do cilindro
5. Caixaria inferior líquido
6. Proteção inferior da redutora
7. Proteção superior da redutora
8. Caixaria superior do líquido
9. Proteção superior do cilindro
10. Caixaria superior do líquido
11. Proteção das correias

5.4 Dimensões Gerais

A figura 13 junto a tabela 5 demonstra de forma geral as dimensões do


decanter, em três vistas.

25
Figura 13: Dimensões

Tabela 5 : Dimensões e peso

Dimensões A B C D E Peso

765 mm 720 mm 1527 mm 2793 mm 1050 mm 1530 kg

26
5.5 Características técnicas

CILÍNDRO
Forma Cilíndrica/cônica
Diâmetro interno (mm) 355
Comprimento útil (mm) 650
Relação tambor/rosca 15
RPM normal 3290
RPM máximo 4112,5
Aceleração centrífuga máx (x g) 2554
CARACOL
RPM diferencial normal 15
RPM diferencial máximo 18,7
MOTOR PRINCIPAL
Potência (kw) 25
N° de pólos 4
Tensão (V) 220/380/440
Frequência (Hz) 60
Partida Inv. Frequência
REDUTOR
Tipo Planetário

27
6 ALIMENTAÇÃO E DESCARGAS
6.1 Alimentação

O decanter deve ser alimentado por uma bomba de deslocamento


positivo, a tubulação deve possuir um diâmetro igual ou maior que 2’’,
reduzindo na entrada do decanter para 1.1/2", o acoplamento entre a tubulação
de alimentação e o tubo de alimentação do decanter deve ser feito através do
um tubo flexível ou de um mangote para evitar que a carga ou esforço da
tubulação venha a danificar o tubo de alimentação.
A alimentação de liquido da máquina não deve sofrer rápidas variações
quantitativas é também indispensável que haja um sistema de peneiramento
antes da entrada do decanter, aconselha-se que isso seja feito antes mesmo
da bomba de alimentação para reter partículas maiores que 2,0mm.

Figura 14: Alimentação

Item Descrição Qtde Código


29 SUPORTE TUBO ALIM Ø50X240MM 1 PC-015929
34 TUBO ALIMENTAÇAO Ø50X925MM - MO 1 MO-019722
51 TUBO FLEXIVEL Ø1.1/2"X10" MACHO FIXO FEMEA MOVEL 1 7042
62 VALVULA ESF ELET TRI PP C300 LATAO - 1" BSP 1 27226

28
Tabela 6: Componentes tubo de alimentação

Item Descrição Qtde Código


29 SUPORTE TUBO ALIM Ø50X240MM 1 PC-015929
34 TUBO ALIMENTAÇAO Ø50X925MM - MO 1 MO-019722
51 TUBO FLEXIVEL Ø1.1/2"X10" MACHO FIXO FEMEA MOVEL 1 7042
62 VALVULA ESF ELET TRI PP C300 LATAO - 1" BSP 1 27226

6.2 Descarga de Sólidos

As partículas sólidas são descarregadas através da força


centrífuga e direcionadas para a parte de baixo do decanter que saem por uma
abertura na carcaça de coleta com dimensões de 190 x 580 mm. Normalmente
os sólidos são removidos através de uma rosca transportadora, esta rosca não
deve ser fixada a diretamente na caixaria do decanter, é importante manter a
boca da rosca a uma distância entre 5 e 10mm da caixaria do solido para que a
vibração do decanter não atinja a rosca.

Figura 15: Descarga do sólido

29
7 TRANSMISSÃO

A transmissão de movimento entre o motor elétrico e o conjunto rotativo


é feito através de correia, para um bom funcionamento do sistema e longa vida
útil da correia, deve-se verificar a tensão da correia periodicamente em
intervalos de 1000 horas de operação. Para caso de substituição da correia é
fundamental que o alinhamento entre a polia do motor e a polia do conjunto
rotativo seja verificado antes de ligar o equipamento para evitar desgaste
prematuro da correia e dos canais das polias.

Figura 16: Transmissão

Para verificação da tensão da correia deve ser seguido os seguintes


passos:

Passo 1: Certifique-se de que a máquina está totalmente parada.


Passo 2: Pressione o botão de parada de emergência no painel elétrico.
Passo 3: Retire a proteção da correia soltando os parafusos M10 x 20
mm.
Passo 4: Posicione o instrumento de alinhamento das polias .

30
Figura 17: Alinhador de polias
Passo 5: Esticar o motor mantendo as polias alinhadas e aplicar a força
"F=50N" até que a deformação "D" seja igual 8 mm.

Figura 18: Deformação da correia.

Passo 6: Retire o instrumento de alinhamento das polias.


Passo 7: Coloque a proteção da correia e aperte os parafusos
M10x20mm com um torque de 45 N.m.
Passo 8: Ligue o equipamento.

31
8 TRANSPORTE E DESCARGA DO EQUIPAMENTO

O transporte do decanter centrífugo da série GMT 355 G é realizado


com este montado, para içar o decanter deve-se utilizar cintas presas nos 4
olhais de içamento, conforme a figura abaixo, estas cintas devem apresentar
uma capacidade mínima de carga de 2000 Kg. Deve-se evitar solavancos e
vibrações excessivas no transporte do equipamento, de modo que não
danifique este.
O decanter deve ser mantido em local seco a uma temperatura entre -
30°C a 55°C até o start- up deste.

Figura 19: Içamento do decanter

32
9 INSTALAÇÃO DO DECANTER

Para montar o decanter primeiramente deve-se iça-lo através dos


4 olhais fixados no chassi conforme figura 19, e posiciona-lo sobre a base onde
a máquina deve ser instalada, nivele o chassi. Para nivelar utilize um nível de
precisão colocando-o sobre uma das superfícies de apoio de um dos mancais,
ou utilize uma mangueira de nível.
Verifique se os pinos guias dos mancais estão posicionados
corretamente, reaperte os parafusos M16x70mm alternadamente (tipo cruz)
com torque de 150 N.m aperte novamente todos os parafusos até atingir o
torque de 190 N.m.

33
9.1 Detalhes da base de fixação

Para confeccionar a base de fixação respeite as dimensões


conforme mostra a figura abaixo.
Figura 23:Base civil para o decanter.

As dimensões apresentadas no desenho acima são apenas para


referência, portanto deve-se calcular a estrutura conforme o tipo solo e
características do concreto para dimensionar a ferragem necessária e a
espessura do piso, considerando o peso dinâmico da máquina como
referência.
Aconselha-se não confeccionar bases com altura superior a 1200
mm.

9.2 Espaço para manutenção

Para facilitar a manutenção do decanter é importante que tenha um


espaço amplo ao seu redor e que contenha uma estrutura para içamento e
deslocamento, portanto é aconselhável que deixe-se pelo menos um espaço de
2,5m em uma das laterais e que tenha uma talha com capacidade de carga
mínima de 2 toneladas.

34
Figura 20: Espaço manutenção

Tabela 7: Dimensões para manutenção decanter

Cota A B C D E F

Dimensões 2793 mm 1050 mm 1000 mm 1500 mm 3550 mm 4766 mm

9.3 Posto de trabalho

A operação do decanter oferece alguns riscos ao operador e por isso alguns


cuidados devem ser tomados, são eles:
• Sempre utilizar protetor auricular;
• Sempre utilizar óculos de segurança;
• Nunca retirar nenhuma carenagem ou proteção sem que o equipamento esteja
desligado e completamente parado;
• Evite a proximidade com o equipamento, faça isso somente quando houver a
necessidade;
• Não lubrificar os rolamentos do caracol com a máquina em movimento, aguarde
a parada total;

35
• Não abra a tampa do painel elétrico sem que tenha qualificação para exercer
atividades de manutenção elétrica.

9.3.1 Formação do operador:


É indispensável que o operador do decanter centrífugo tenha alguns
conhecimentos específicos para poder operar o equipamento corretamente, são eles:
Habilidade com IHM (interface homem máquina) que controla o decanter
através do painel elétrico e que indica possíveis falhas;
Conhecimento básico sobre o princípio de separação centrífuga;
Conhecimento básico em mecânica e lubrificante.

9.4 Interligações hidráulicas

Deve-se ter o cuidado onde houver possibilidade de entupimento do rotor ou da


linha de alimentação devido à presença de partículas de tamanho demasiado grande
na alimentação, pode ser necessária à remoção das partículas maiores ou realizar um
peneiramento.
Ligue a tubulação de alimentação ao tubo de alimentação por meio de uma
mangueira flexível. Não utilizar um cano rígido, pois as cargas impostas ao tubo de
alimentação podem deformá-lo, fazendo com que danifique o interior do rotor.
Aconselha-se utilizar uma linha conectada a da alimentação para a higienização
interna do rotor e caracol transportador ao final de cada ciclo de operação, para isso
deve ser utilizado água quente, entre 70 a 85°C, coloque uma válvula de controle perto
da linha de alimentação, de modo que os sólidos da alimentação não obstruam a linha
de lavagem, quando esta não está em uso.
Não ligue nada diretamente às capotas. A força de reação dos encanamentos
originada pela variação de temperatura não deve ultrapassar 25 Kg.
O sistema de alimentação do decanter deve ser escolhido de maneira
adequada, para cada aplicação individual.
Utilize sempre um flexível entre a rede de alimentação e o cano central de
alimentação do decanter conforme indicado no item "ALIMENTAÇÃO E DESCARGA".

9.5 Instalações elétricas

A Gratt recomenda algumas regras praticas para as instalações elétricas do


decanter:
Antes de fazer qualquer ligação elétrica verificar se a chave geral está desligada
(OFF).

Antes de fazer as ligações elétricas verificar o aterramento da máquina.

36
Faça as ligações elétricas ao motor e a chave, de acordo com o diagrama
elétrico fornecido. Devido à alta carga de inércia do rotor, uma chave de partida deverá
ser usada para que eliminem dispositivos de proteção por sobrecarga, durante o
tempo em que o motor é acelerado. Esta prolongada alta corrente de partida requer o
uso de cabos de tamanho maior que aqueles indicados para a plena carga do motor.
Faça primeiramente ligações elétricas provisórias, e então marche a máquina
por instantes, e verifique se o sentido da rotação da máquina esta de acordo com a
indicação gravada na mesma.
Ligue o interruptor do controle de torque limite, ao circuito de retenção da
bobina da bomba de alimentação, ou a uma válvula solenóide na linha de alimentação,
de modo que a alimentação seja cortada imediatamente, se o controle de torque
(chave fim de curso) disparar. O disparo indica que o transportador está
sobrecarregado ou pode estar obstruído com material estranho. Este interruptor pode
também, ser usado, ao mesmo tempo para desligar o motor de acionamento ou para
ativar um alarme sonoro ou luminoso.
É aconselhável instalar um amperímetro na linha do motor se não houver
inversor de freqüência. Verificando periodicamente a leitura do amperímetro é possível
determinar se a máquina está sobrecarregada ou não. Uma corrente de marcha maior
que a normal, significa sobrecarga e a alimentação deve ser reduzida.

9.6 Lubrificação inicial

O decanter já saí de fábrica lubrificado, portanto não há necessidade de


lubrifica-lo antes do start-up, porém para as lubrificações periódicas é necessário que
utilize-se os seguintes lubrificantes:
Para a caixa redutora de engrenagens: Bardahl Maxlub 12846.
Para os rolamentos dos mancais e caracol: GRATT LUB GBE 2T, ITW
Rocol SAPPHIRE HI-TEMP 2 ou Klüber Lubrication Isoflex NBU-15.

37
10 OPERAÇÃO
10.1 Operações preliminares

Antes da partida da máquina verificar-se:


• A voltagem dos motores e a ligação com os bornes correspondem a
voltagem da rede de alimentação.
• O tubo de alimentação está bem firme no suporte.
• As correias de transmissão estão tensionadas corretamente.
• O rotor tambor-transportador não está travado. A verificação pode ser
feita dando uma curta partida no motor principal.

10.2 Funcionar a máquina

Para iniciar o funcionamento do decanter centrífugo, deve-se executar os


seguintes passos:
Aperte o botão de partida até o decanter atingir plena velocidade o que demora
cerca de 8 minutos (480s), e então pressione o botão de marcha para colocar os
térmicos no circuito do motor. Se a chave possui relê automático aperte simplesmente
o botão de marcha. O interruptor do controle de torque limite deve estar unido à chave,
caso transportador do decanter esteja sobrecarregado. Em caso do uso de inversor de
frequência basta apenas clicar o botão start.
Não reinicie a partida do decanter sem que ele tenha parado completamente.
Inicie a alimentação e verifique o grau de clarificação do líquido ou a secura dos
sólidos.
Se os resultados não forem satisfatórios, feche a alimentação e pare a máquina;
mediadas podem ser tomadas para que se conseguir resultados satisfatórios como:
troca da regulagem da ponteira do líquido, alteração na velocidade, na temperatura ou
na alimentação, sempre respeitando os valores limites estabelecidos pela GRATT.
• Depois de serem feitos os ajustes necessários, funcione a máquina.
Espere até que alcance velocidade, então abra a válvula de alimentação.
• Se os resultados forem satisfatórios continue a operação. Verifique o
amperímetro em intervalos de tempo para garantir que a máquina não
esteja sobrecarregada.

38
10.3 Parada

A manobra de parada por qualquer motivo, (término da operação ou problemas


no sistema de desidratação) deve ser efetuada depois da operação de lavagem,
seção“13” HIGIENIZAÇÃO” pagina 43 deste manual.’’, acionando o botão de parada.
O tempo de passagem da velocidade de regime à velocidade zero demora
aproximadamente 7 minutos, devido ao elevado momento de inércia do rotor e do anel
líquido no interior do tambor.

39
11 FUNCIONAMENTO

A suspensão de sólidos insolúveis a ser separada é introduzida na zona de


alimentação do transportador, através de um tubo de alimentação montado
axialmente. A descarga é feita por aberturas localizadas no centro do caracol
transportador.
Quando os sólidos se separam da suspensão são conduzidos pela força
centrífuga para a parede do rotor. Os sólidos são movimentados pelo transportador ao
longo da parede do rotor até a zona cônica e posteriormente descarregando pelos
bocais de descarga de sólidos situados na extremidade do cone onde os sólidos são
lançados para a parte inferior da carenagem.
O líquido clarificado flui para a parte traseira do rotor onde é descarregado pelas
aberturas pentes de regulagem. Este disco pode ser ajustado a sua posição para
variar a profundidade do líquido no rotor (conhecido como “profundidade da camada
líquida”). As posições da descarga são numeradas. Quando o furo da descarga leva o
número mais alto à camada de líquido no rotor está na sua mínima profundidade, ou
seja, com o menor tempo de retenção hidráulica.

11.1 Efeito da variação da profundidade da camada liquida

O grau de sedimentação dos sólidos que ocorre no rotor do decanter para


qualquer aplicação especifica é uma função do:
• Tempo de resistência média da base líquida do rotor;
• A efetiva força centrífuga que atua sobre a suspensão.
Esses fatores podem ser controlados, dentro de certos limites, para obter os
resultados ótimos, fazendo certos ajustes no decanter.
O rotor está equipado com pentes de regulagem, estes pentes de níveis são
ajustáveis, sendo fixados, para controlar a capacidade de retenção da fase liquida
dentro de um limite relativamente extenso.
Uma maior profundidade da camada líquida no rotor resultará na máxima
clarificação do líquido descarregado e o máximo arraste de umidade nos sólidos
descarregados, para uma determinada vazão de alimentação de uma dada suspensão
de sólidos insolúveis.
Já, uma profundidade da camada líquida mais rasa, o rotor resultara numa
reduzida clarificação do líquido descarregado, e na máxima secura dos sólidos
descarregados, para uma determinada vazão de uma da suspensão de sólidos
insolúveis. Portanto, se a máxima eficiência de clarificação for o objetivo principal e o
teor de umidade livre dos sólidos descarregados for secundário, a mais profunda
camada líquida deve ser usada. A mais rasa camada líquida é usada quando a
máxima secura dos sólidos for o objetivo principal. Para sólido de fácil sedimentação,
uma descarga de líquido clarificado e secura máxima dos sólidos podem ser possíveis
até mesmo na mais rasa camada líquida, na vazão requerida e na temperatura de

40
operação. É óbvio, portanto, que a fixação ótima da camada líquida para cada
aplicação pode ser determinada somente levando em conta os resultados desejados e
pela experiência na aplicação.

Figura 21: Pente de regulagem

41
12 EFEITO DA VARIAÇÃO DE VELOCIDADE

A força centrífuga de um rotor centrifugo é uma função do produto: diâmetro do


rotor pelo quadrado da velocidade de rotação (rpm). Desde que o diâmetro do
decanter é fixado, a força centrífuga da máquina pode ser variada somente pela
mudança de velocidade de rotação do rotor. Normalmente para trabalho de
clarificação, é usada a máxima velocidade do rotor, entretanto quando se deseja
clarificar, isto é, remover partículas sólidas de um tamanho e densidades maiores que
as especificadas e deixar as menores partículas em suspensão no líquido
descarregado, pode ser necessários reduzir a velocidade do rotor. Essa redução da
velocidade do rotor pode ser feita mudando parâmetros do inversor de frequência.

42
13 HIGIENIZAÇÃO

Em certas aplicações é desejável retirar dos sólidos separados ou mesmo


resíduos de líquidos. Na maioria das aplicações a lavagem com água fria ou quente
pode ser suficiente, para outras aplicações é necessário uma solução com solvente.
Para possibilitar a higienização é necessário que haja uma linha de lavagem
com água/solução com pressão entre 0,3 a 2,0 kg/cm².
Quando o processo de alimentação do fluido é interrompido para as operações
normais de parada da máquina ou para intervenções de emergência por problemas
nos acessórios da planta, é recomendável efetuar a lavagem da máquina como segue:
Injetar água fria ou quente (ou eventualmente outro fluido indicado),
dependendo da natureza e da temperatura do produto processado, através do tubo de
alimentação.
O tempo de lavagem deve ser suficiente para eliminar do interior da máquina os
sólidos residuais e o líquido clarificado.
A operação é necessária para evitar a permanência e a sucessiva fermentação
do produto no tambor, provocando a formação de cheiros desagradáveis (indesejáveis
nos processos alimentares ou similares) e mais ainda para evitar que as partes móveis
fiquem coladas às partes fixas da máquina.
Esta situação criaria problemas na próxima partida (excessiva absorção de
potência no motor principal).

43
14 LUBRIFICAÇÃO
14.1 Lubrificação do redutor planetário

A caixa redutora de engrenagens é lubrificada inicialmente com graxa


“BARDAHL MAXLUB 12846”, o nível deve ser verificado a cada 1000 horas de
trabalho. A verificação e o modo de encher a caixa redutora são os seguintes:
• Desligue o decanter centrífugo;
• Aguarde a parada completa do equipamento e pressione o botão de
emergência no painel elétrico;
• Retire a proteção da caixa redutora;
• Gire a caixa de engrenagem até que os dois plugs situados na superfície
traseira estejam na posição mais elevada.
• Remova o plug (D) mais elevado, e então gire a caixa de engrenagem
até o plug atingir 45º, então observe se o nível do óleo está ligeiramente
superior a este nível. Em caso de nível muito baixo, adicione óleo
suficiente para estabelecer este nível usando uma seringa de óleo. Deve-
se tomar o máximo cuidado para evitar que sujeiras entrem na caixa de
engrenagem.

Figura 22: Lubrificação do redutor

• Se for notada persistente perca de lubrificante, verifique o retentor do


eixo de entrada e o ajuste entre a caixa redutora e o flange de fixação da
caixa, se for notado vazamento nessa região deve-se efetuar a
manutenção corretiva, removendo a caixa por um técnico da Gratt ou
mecânico qualificado para substituição do redutor do eixo de saída da
caixa redutora.

44
• Se não tiver problemas com vazamento, aperte os bujões e coloque a
proteção da redutora, o equipamento está pronto para voltar a operar.

14.2 Lubrificação cilindro

Os rolamentos do caracol transportador item (B) devem ser lubrificados uma vez
por semana em operação normal, em uma quantidade de 10 a 14 gramas de graxa
cada ponto. Se a aplicação requer higienização com água quente, os rolamentos do
transportador devem ser lubrificados antes que o decanter seja posto novamente em
operação, ou seja, assim que terminar a higienização a lubrificação deve ser efetuada.
Para executar a lubrificação nesses dois pontos é necessário que o equipamento
esteja desligado e completamente parado, para facilitar o posicionamento do bico
graxeiro dê a partida e 1 segundo após já desligue o equipamento, se o bico não
estiver posicionado repita isso por até 6 vezes se necessário, e ele com certeza
atingirá uma posição ideal.
Os furos de saída do excesso de graxa dos rolamentos do caracol transportador
estão localizados nos eixos das ponteiras de descarga de sólido e líquido. Esses furos
devem ser limpos antes do engraxamento. Se necessário, limpe os furos varetando-os.
Engraxe os rolamentos do transportador com a graxa especificada na secção
"TIPOS DE LUBRIFICANTES, introduza-o através dos bicos graxeiros existentes nas
ponteiras. No extremo da máquina, no lado da caixa de engrenagem, esse bico está
localizado entre o mancal e o flange da caixa redutora de engrenagens. Na
extremidade de alimentação da máquina, esse bico está localizado entre o mancal e a
carenagem. Se for observado sujeira ou algum indicio de produto junto a graxa que sai
do mancal, deve-se realizar a troca dos retentores dos rolamentos conforme secção
"MANUTENÇÃO" seção 17 deste manual. Se cavacos de metal surgem junto a graxa
velha, isto indica um indício de possível avaria nos rolamentos.
Durante a lubrificação de ambos os lados do transportador, gire o braço do
torque em qualquer sentido. Este procedimento distribuirá a graxa ao redor do eixo, e
evitará ruptura dos retentores.
Nota: O EXCESSO DE LUBRIFICANTE faz com que haja um aquecimento
anormal dos mancais, o dispositivo de evacuação do lubrificante em excesso
não age instantaneamente e podem decorrer de 3 a 24 horas antes que o mancal
atinja a temperatura normal de funcionamento.

Os rolamentos dos mancais item (A) saem de fábrica lubrificados antes de


serem entregues. Depois do engraxe inicial, é exigida a lubrificação, normalmente, a
intervalos de 2 dias em uma quantidade de 10 a 14 gramas cada rolamento. Se as
condições são tais que possa ocorrer condensação no interior da câmara do
rolamento, este intervalo de tempo deve ser reduzido para 1 dia, dependendo da
severidade do caso.
Para recarregar com graxa, processada como segue:

• Use uma das graxas especificadas na seção “15” “TIPOS DE


LUBRIFICANTES” pagina 48 deste manual.

45
• Utilize o bico graxeteiro mostrado na figura abaixo item (A) para a
lubrificação dos rolamentos dos mancias.
• Quando não está alimentando o líquido, ou se o líquido alimentado é frio,
a temperatura normal de operação do mancal é inferior a 60ºC. Quando o
rolamento é recem lubrificado, entretanto, a temperatura se elevará
acima deste valor por um curto período de tempo, entretanto, não deverá
exceder 90ºC. Este procedimento de lubrificação deve ser seguido
rigorosamente, pois uma falha pode resultar num sério dano à máquina.

Figura 23: Pontos de lubrificação do cilindro

Lembrete: Os pontos “B” devem ser lubrificados semanalmente com 10


a 14 gramas de graxa e os pontos “A” lubrificar a cada 2 dias de 10 a 14 gramas
de graxa cada ponto. Utilizar somente graxas especificadas na seção 15 “TIPOS
DE LUBRIFICANTES”, pagina 48 deste manual, o excessivo uso da graxa pode
ocasionar aquecimento nos mancais, a lubrificação inadequada pode danificar
os componentes da máquina.

14.3 Lubrificação do controlador de torque

O kit de controle de torque deve ser lubrificado a cada 60 dias, com lubrificantes
indicados na seção 15 “TIPOS DE LUBRIFICANTES”, pagina 49 deste manual.
Deve-se ejetar no máximo 4g de lubrificante em cada bico graxeiro.

46
Figura 24: Lubrificação do controlador de torque

47
15 TIPOS DE LUBRIFICANTES

A seguir lista de lubrificantes que devem ser utilizados para lubrificação do


decanter.
• - Bardahl Maxlub 12846
• - ITW- Rocol SAPPHIRE HI-TEMP 2
• - Kluber Isoflex NBU - 15

48
16 DEFEITOS
16.1 Vibrações da máquina

Em máquinas deste tipo é normal esperar uma leve vibração periódica, devido
ao diferencial de velocidade entre o rotor (cilindro) e o transportador (rosca). Se a
vibração é severa, a causa pode ser encontrada, da seguinte maneira:
• A máquina não está adequadamente lubrificada.
• Uma parte das hélices do transportador pode estar obstruída com
sólidos, causando o desbalanceamento do rotor (conjunto rotativo). Lave
como foi descrito na seção 13 “HIGIENIZAÇÃO” (pg 43).
• O adaptador (flange) do redutor planetário pode estar desalinhado.
Mediante um flexímetro, controle-o da seguinte maneira. Coloque o
elemento flexível do flexímetro (ponta apalpadora) sobre o eixo do pinhão
do redutor planetário girando esta. Se a amplitude das indicações da
agulha no mostrador do flexível exceder 0,05 mm, retire o redutor
planetário e controle a superfície do adaptador a extremidade da
superfície interna do mesmo. Deverá substituir o adaptador se as leituras
excedem 0,1 mm. É importante que a base do flexímetro esteja
firmemente apoiada a alguma superfície livre de vibrações, independente
da máquina.
• A base do decanter pode estar deformada ou empenada devido a calços
inadequados. Verifique o nível nos apoios do mancal, com um nivelador
de precisão.
• Os rolamentos do caracol tanto dianteiro como traseiro podem estar
danificados. Retire o caracol para a substituição dos rolamentos
danificados.

16.2 Clarificação incompleta ou secura

As causas da clarificação incompleta ou secura podem ser.


• Os furos de descarga podem estar numa posição incorreta. Para mudar a
profundidade da camada líquida, afrouxe os parafusos de aperto da
capota do lado de descarga líquida e retire a capota superior. Remova os
parafusos dos pentes de regulagem, e troque a regulagem conforme os
parâmetros necessários para o produto que o decanter é aplicado, como
está explicado na seção 11 de “FUNCIONAMENTO’”( pg 40 E 41).
• As hélices do transportador podem estar muito gastas, permitindo o
aumento excessivo de sólidos no rotor. Resultando numa descarga de
sólidos mais úmidos e ou numa incompleta clarificação do líquido. Para
verificar o transportador, o rotor deve ser desmontado como foi descrito
na seção 17 “MANUTENÇÃO”.
• A temperatura da alimentação pode estar excessivamente baixa.
• A temperatura de alimentação pode estar muito alta.

49
• O método de alimentação pode provocar uma degradação do tamanho
dos sólidos ou sua emulsificação. Em geral, evita-se o uso de bombas de
alta velocidade.

16.3 Disparo insistente do braço de torque

O caracol transportador e a caixa de engrenagem estão protegidos contra


avarias por meio de um sistema de controle de torque que dispara a um torque limite
do caracol transportador já pré-estabelecido.

Figura 25: Controlador de torque


O funcionamento de todos os tipos de mecanismos de desarme por sobrecarga
baseia-se no princípio de que a força aplicada ao braço de torque é proporcional à
carga imposta ao caracol transportador que movimenta os sólidos no interior do rotor.
O mecanismo padrão de desarme de sobrecarga usa um braço de torque que está em
contato com um calço amortecedor situada na alavanca atuadora, esta alavanca opera
um dispositivo de compressão, que na posição de marcha é mantida contra o pino de
parada devido a força exercida por uma mola que pressiona o conjunto de
componentes. A pressão da mola pode ser variada pela porca de ajuste que se fixa em
sua posição definitiva por meio de um prisioneiro.
Para diagnosticar o motivo do desarme do sistema de controle de torque, deve
executar os seguintes passos:

• 1° Desligue o decanter e certifique-se de que está completamente


parado;
• 2° Retire a proteção da caixa redutora de engrenagens;
• 3° Gire, com a mão, o braço de torque no sentido horário, para
assegurar-se de que o transportador não está bloqueado por material

50
estranho. Se o braço girar sem obstrução e a caixa de engrenagem não
girar, retorne a alavanca de torque até a articulação de compressão ficar
de novo contra a alavanca atuadora de parada. Coloque a proteção da
redutora e ponha em marcha a máquina novamente. O rotor geralmente
se livrará por si mesmo dos sólidos durante o período de aceleração
quando a força centrífuga tem um valor inferior que a plena velocidade.
Se a alavanca de torque não disparar nessas condições, indicam que os
sólidos foram eliminados e a alimentação pode ser iniciada novamente.
Se o transportador estiver bloqueado, a caixa redutora de engrenagens girará
quando o braço de torque for girando com as mãos no sentido horário. Se isso ocorrer,
ou se a alavanca de torque disparar imediatamente após o retorno da máquina ao
serviço, o rotor terá que ser limpado pois a máquina está entupida.
Existem dois motivos que podem causar o disparo insistente do braço de torque
são eles:
• A vazão de alimentação, ou a concentração de sólidos podem ser
demasiado altas.
• Material estranho pode estar depositado no rotor. Geralmente, nesse
caso, é necessário desmontagem do transportador.

16.4 Desgaste do caracol transportador

Se a alimentação do decanter contiver abrasivos, resultará no desgaste das


hélices do transportador. Tal desgaste pode ser diminuído, endurecendo a superfície.
A menos que, se saiba experimentalmente, que os sólidos não são abrasivos,
estabeleça um programa de inspeção regular, antes de iniciar a operação, como
segue:
Após um mês de operação desmonte o rotor acompanhado por um técnico da
GRATT e examine o transportador, inspecione novamente este após 3 meses, e,
estime a partir desses exames a taxa de desgaste. Posteriormente, faça um exame
periódico, baseado nessas taxas de desgaste, arranjando com a GRATT Indústria de
Máquinas Ltda. um endurecimento, antes que o desgaste atinja o metal mais mole. Se
a ação abrasiva continuar até que as bordas da hélice sejam consideravelmente
desgastadas, o reparo do transportador terá custo elevado.
Para diminuir substancialmente a ação abrasiva da alimentação, um ciclone
líquido pode ser usado para remover algumas das partículas abrasivas antes que elas
cheguem ao decanter.

51
16.5 Sistema tambor/Rosca Entupido

As eventuais causas de entupimento podem ser:


• - Excessivo volume de alimentação
• - Baixa velocidade diferencial entre tambor e rosca
• - Alto teor de sólidos na entrada
• - Afrouxamento das correias
Para normalizar o funcionamento da máquina deve-se executar as seguintes
operações, depois de haver desconectado o quadro elétrico:
- Injetar água quente no tambor pelo tubo de alimentação
• Retirar a correia
• Rodar manualmente a polia do cilindro, mantendo parado o redutor,
verificar, pelos furos de descarga do lodo, se a rosca se move livremente.
• Se a rosca estiver livre, girá-la meia volta usando a polia do cilindro.
• Ligar e desligar o motor principal 2 ou 3 vezes em seguida
• Verificar que a rosca descarregue o lodo presente no tambor.
Caso as operações acima não consigam liberar a rosca, desmontá-la,
solicitando eventualmente a presença da Assistência Técnica GRATT.

16.6 Ruído nos órgãos de transmissão

• Redutor: Desgaste das engrenagens e dos rolamentos e presença de


resíduos metálicos no óleo lubrificante: proceder a desmontagem do
redutor como ilustrado e descrito na secção 17 “MANUTENÇÃO”
consultar a Assistência Técnica GRATT.

52
• Correias: Correias frouxas ou gastas. Verificar a tensão e eventualmente
substituí-las se necessário.

16.7 Velocidade do rotor muito baixa e/ou tempo de partida


demasiadamente longo

• Queda de tensão na rede elétrica de alimentação ou voltagem


nominal da rede inferior a do motor: Conferir a tensão da rede elétrica
de alimentação e eventualmente tomar as providências adequadas.
• Motor com defeito: Consertar ou substituir o motor.
• Sujeira presa entre tambor e carcaça: Lavar e drenar o interior da
carcaça.

16.8 Detalhes a serem observados antes e durante operação

Alguns detalhes são de fundamental importância para segurança, instalação e


operação do decanter, são eles:
• Ao instalar o decanter não esqueça o uso da sub-base e dos
amortecedores.
• Não descuide da lubrificação, segundo foi descrito anteriormente.
• Não coloque elemento algum diretamente contra a carcaça.
• Não faça funcionar a máquina se houver uma vibração excessiva.
• Não se esqueça de acionar manualmente o dispositivo de controle de
torque pelo menos uma vez por semana, para assegurar-se que está em
condições de operar satisfatoriamente.
• Não se esqueça de limpar perfeitamente a máquina ao final de cada
operação.
• Não inicie a alimentação até que a máquina tenha alcançado rotação
nominal.
• Não abra a capota superior até que a máquina pare totalmente.
• Não substitua peça alguma, a menos que esteja corretamente
posicionada.
• Não faça intercâmbio de peças de um rotor a outro.

• Não faça funcionar o decanter a menos que tenha verificado


primeiramente a direção da rotação do rotor. O rotor deve girar no
sentido horário (sentido indicado na máquina com seta) quando visto do
extremo da polia. Durante a instalação inicial e após qualquer trabalho no
sistema elétrico, verifique isto antes de por em marcha à máquina.

53
17 MANUTENÇÃO
Antes de efetuar qualquer manutenção na máquina verifique se o interruptor
geral de instalação elétrica esta desligado( posição OFF), e se o interruptor geral da
máquina esta desligado.

17.1 Construção mecânica

O rotor consiste de um cilindro ao qual são fixados às ponteiras, as extensões


horizontais destas ponteiras estão montadas em mancais. A união entre a ponteira
traseira e o cilindro do rotor, assim como a união entre a ponteira dianteira e a cilindro
do rotor estão vedadas contra vazamentos por meio de anéis de anéis O’rings.
Na parte externa do cilindro do rotor há canais que coincidem com as divisões
existentes na carcaça, formando câmaras, que impedem o contato entre as fases
sólidas e líquidas no momento da descarga.
Dentro do rotor (cilindro) está o transportador. Em cada extremidade do
transportador há um inserto removíveis (cubos), dentro do qual se encontram os
rolamentos que apóiam o transportador, e os retentores. Os retentores do
transportador evitam que o produto chegue aos rolamentos, e ao mesmo tempo
impedem que a graxa de lubrificação passe do rolamento para a zona de alimentação.
O transportador é acionado em relação ao rotor (cilindro), por uma caixa de
engrenagem montada sobre um adaptador (flange) unido a ponteira traseira,
encaixando-se na bucha estriada fixa ao cubo do transportador.
Dois rolamento estão montados na parte traseira do transportador, para
suportar as cargas axiais e radiais, enquanto um rolamento é montado na parte
dianteira do transportador para suportar as cargas radiais.
Capôs cobrem o rotor formando compartimentos que coletam os sólidos numa
extremidade e o líquido na outra, enviando-as em correntes separadas para fora da
máquina.

17.2 Remoção da caixa de engrenagem

• Remova o protetor da caixa de engrenagem.


• Retire o braço de torque.
• Sustente a caixa de engrenagem com a alça unida a uma talha, de modo
que o eixo estriado não seja danificado quando a caixa for retirada.
• Remova os parafusos do adaptador (flange) da caixa de engrenagem.
• Sustente a caixa e retire-a com cuidado para não danificar o eixo
entalhado.
• Não tente fazer reparo na caixa de engrenagem. Se quaisquer partes
forem danificadas, o conjunto completo deve ser substituído por nova
caixa de engrenagem. A caixa de engrenagem danificada deve ser
retornada a Gratt Ind. e Com. Ltda. para reparos.

54
Figura 26: Proteção Decanter
Item Descrição Qtde Código
11 ARRUELA LISA A2 DIN125A - M12 50 675
17 PARAF SEXT A2 DIN933 RT - M12X50 UNC 16 556
30 ARRUELA LISA A2 DIN125A - M10 8 677

55
40 PROTEÇAO CORREIA 600X110MM - MO 1 MO-022147
41 PARAF SEXT A2 DIN933 RT - M10X20 UNC 4 541
42 CAIX SUP SOL 590X250MM - 02 - SC 1 SC-023685
43 CAIX SUP LIQ 590X225MM - SC 1 SC-023695
44 PROT SUP CILINDRO Ø355X815MM - SC 1 SC-023703
45 PARAF SEXT A2 DIN933 RT - M12X35 UNC 22 553
46 TAMPA INSPEÇAO REDUTOR 666X340MM 1 PC-022261
47 PROT SUP REDUTOR 666X537MM - SC 1 SC-023716
51 TUBO FLEXIVEL Ø1.1/2"X10" MACHO FIXO FEMEA MOVEL 1 7042
52 PLACA IDENTIFICAÇAO GRATT 280X120 2 4831
53 PLACA SENTIDO DE GIRO 110X40 1 3344
54 PLACA IDENTIFICAÇAO DE GRAXA 60X35 2 8333
55 ADESIVO NAO TOQUE 90X70 1 4991
68 PLACA IDENTIFICAÇAO NUMERO SERIE 1 PC-026565

17.3 Instalação da caixa de engrenagem

• Sustente a caixa de engrenagem com uma alça unida à talha. Levante-a


numa altura suficiente, de modo que o eixo estriado possa entrar no
adaptador da caixa de engrenagem e na ponteira traseira.
• Empurre o eixo estriado da caixa de engrenagem para dentro do
adaptador. Gire levemente o rotor do decanter pressionando ao mesmo
tempo a caixa de engrenagem na estria para encaixar na bucha estriada
no transportador. Deixe cerca de ¼” de abertura entre a face de contato
da caixa de engrenagem e a face de encaixe da adaptador.
• Gire o eixo do pinhão até os furos rosqueados da caixa de engrenagem
estar alinhados com os furos do adaptador.
• Empurre a caixa de engrenagem para dentro da cavidade do adaptador.
Coloque e aperte os parafusos do adaptador.
• Gire a caixa de engrenagem até que um dos botões esteja em sua
posição mais elevada e verifique o nível do óleo, como foi descrito na
seção 14 de “LUBRIFICAÇÃO”.
• Recoloque o conjunto de controle de torque empurrando para baixo a
alavanca de torque e coloque o protetor da caixa de engrenagem.

17.4 Remoção do caracol transportador

• Remova o protetor da caixa de engrenagem.


• Remova os parafusos das capotas e retire as superiores.
• Desaperte os parafusos do suporte do tubo de alimentação e remova-o.
• Retire a caixa de engrenagem como foi descrito na seção 17 de
“MANUTENÇÃO” deste manual.

56
• Remova os pinos guias dos mancais parafusados aos pinos, que atuarão
como extrator.
• Remova os parafusos dos mancais.
• Prenda a barra elevadora do rotor (cilindro) a ponteira traseira e a
ponteira dianteira. Assegure-se que a barra esteja bem enganchada ao
rotor.
• Levante o rotor a caixa de engrenagem acoplada ao rotor (cilindro).
• Coloque cuidadosamente o rotor (cilindro) sobre uma superfície limpa na
posição horizontal.
• Remova a barra levantadora do rotor (cilindro). Com a caixa de
engrenagem retirada, prenda a barra levantadora do transportador ao
adaptador.
• Coloque o rotor na posição vertical, ficando a extremidade da ponteira
dianteira na parte inferior e os blocos de um tamanho tal que impeçam o
contato da polia com o chão. Não deixe a polia descansar sobre o piso e
sob nenhuma circunstância, tente desmontar o rotor na posição vertical.
• Retira-se a ponteira traseira do cilindro por meio de parafusos extratores .
Assegura-se de que as pontas destes parafusos não sejam pontiagudos
ou quebradas, para evitar riscos nas superfícies em que eles se apóiem.
• O conjunto composto pelo adaptador da caixa de engrenagem, mancal e
ponteira traseira pode agora ser retirado . Deixe o conjunto à parte num
local limpo.
• Retire a barra levantadora do transportador do adaptador da caixa de
engrenagens, e parafuse-o ao inserto traseiro do transportador. Puxe
cuidadosamente o transportador para fora, raspões contra a ponteira
dianteira são resultados de um tubo empenado.
Obs: A remoção do transportador e demais peças do rotor pode ser feita na
horizontal desde que haja gabaritos especiais para remoção sem que danifique os
componentes.

17.5 Remoção e desmontagem do rolamento traseiro do caracol


transportador

Este método explica a remoção de um rolamento danificado. Se o rolamento


está ainda em boas condições então não necessita ser removido do caracol.
• Remova os parafusos da camisa retentora , retire o suporte dos
retentores
• Com a bucha estriada ainda aparafusada introduza o extrator de
rolamentos e remova o rolamento.

17.6 Remoção e desmontagem do inserto dianteiro do caracol


transportador

57
Este método explica a remoção de um rolamento danificado. Se o rolamento
está ainda em boas condições então não necessita ser removido do caracol.
• Remova os parafusos da camisa retentora, retire o suporte dos
retentores com os extratores.
• Com a bucha estriada ainda aparafusada introduza o extrator de
rolamentos e remova o rolamento.

17.7 Geral

• Remova o transportador como foi descrito na seção 17 de


“MANUTENÇÃO”.
• Coloque o transportador sobre uma superfície limpa e em posição
horizontal.
• Remova a barra levantadora do transportador.
• Providencie um local limpo sob o qual se apoiará o lado traseiro (caixa de
engrenagem) do transportador. Levante cuidadosamente o transportador
para a posição vertical com o lado traseiro do transportador repousando
sobre a superfície limpa.

17.8 Para remover o cubo dianteiro

• Remova os parafusos de fixação do suporte dos retentores, depois


usando um sacador extrai o suporte; os retentores saíram junto com o
suporte.
• Após retirar os retentores, o próximo passo é remover os seis parafusos
do cubo dianteiro, depois de removidos use o sacador para retirar o cubo,
com ele saíra junto o rolamento do cubo.
• Repouse o cubo sobre uma superfície limpa com a parte traseira para o
alto, e usando uma haste bata o rolamento para fora do cubo.

17.9 Para montar o transportador

• Fixe o cubo entalhado ao cubo traseiro do transportador através dos


parafusos.
• Insira os dois cubos no tubo do transportador, e parafuse o cubo traseiro
ao tubo do caracol através de parafusos de fixação.
• Insira os rolamentos no cubo, fazendo-o assentar pressionando a pista
exterior do rolamento por meio de um cano ou de um tubo desse
diâmetro, perfeitamente limpo.
• Coloque os dois retentores no suporte de retentor do cubo dianteiro.
• Insira o suporte de retentor do cubo dianteiro ao cubo dianteiro e
parafuse-o.

17.10 Montagem do rotor

58
• Com o cilindro na posição vertical, suspenda a ponteira do sólido e a
encaixe na outra extremidade do cone, logo após parafuse a também.
• Agora retorne o cilindro na posição horizontal.
• Posicione o transportador verticalmente com a parte traseira para cima.
• Suspenda a ponteira do liquido e a encaixe ao transportador.
• Após fixar a ponteira ao transportador, baixe-os na posição horizontal.
• Com o auxílio do gabarito para transporte suspenda o transportador e o
introduza horizontalmente dentro do cilindro.
• Ajuste todos os parafusos uniformemente, para que eles não permitindo
que se torçam durante a operação.
• Depois que todos os parafusos foram apertados manualmente, verifique
o aperto, golpeando suavemente a chave de mão com um martelo leve.
Se os parafusos não estão apertados pode afrouxar-se durante a
operação.
• Verifique as condições das superfícies da base do mancal, dos
rolamentos e dos pinos; todas as superfícies correspondentes devem
estar limpas e livres de rebarbas.

17.11 Montagem dos rolamentos

• Deslize o receptor de excesso de lubrificante e a lateral do mancal


interno sobre a ponteira.
• Coloque o rolamento em seu lugar, pressionando a pista interna.
• Deslize o mancal por sobre o rolamento. Se o rolamento foi aquecido
para a sua colocação sobre a extensão, será necessário esperar que
esfrie antes de colocar o mancal. O calço entre o mancal e a pista
exterior do rolamento ou a incorreta posição do mancal tornarão
impossível à montagem. Cubra o rolamento com a graxa recomendada.
• Fixe ambas laterais dos rolamentos com os parafusos da lateral.
• Deslize o aspersor externo. Pressione sobre o adaptador da caixa de
engrenagem, colocando o adaptador sobre a extensão da ponteira
traseira por meio de pino guia. Aperte o adaptador à ponteira com os
parafusos de aço do adaptador da caixa de engrenagem.
• Levante o conjunto do rotor com a barra levantadora e coloque-o sobre a
carcaça.
• Introduza os pinos guia cônicos nos mancais e prenda-os a carcaça.
• Ajuste os aspersores para cerca de 1,5 mm de folga nas laterais. Aperte
os parafusos fixadores do aspersor e verifique essa folga em diversos
pontos. Uma folga uniforme é importante.
• Monte os receptadores com excesso de lubrificante interno e externo e
gire o adaptador da caixa de engrenagem até os furos em seu flange
externo estejam alinhados com os furos dos parafusos do receptor do
excesso de lubrificante.
• Introduza os parafusos do receptor do excesso de lubrificante nos furos
coincidentes do adaptador da caixa de engrenagem e do receptor de
lubrificante externo. Aperte esses parafusos firmemente.
• Instale o restante das peças.

59
Obs: Quando for operar o decanter pela primeira vez após substituição dos
rolamentos, lubrifique-os como foi descrito na seção 14 “LUBRIFICAÇÃO”.

17.12 Desmontagem dos rolamentos

O rolamento adjacente da polia tem seu movimento axial limitado pelo anel de
regulagem e localiza o rotor longitudinalmente com relação às capotas e a base. O
rolamento adjacente à caixa de engrenagem está livre para mover-se
longitudinalmente para permitir a extensão do rotor.
• Remova as peças como se indica nos parágrafos anteriores na seção
“17” MANUTENÇÃO deste manual. Coloque o rotor montado na posição
horizontal.
• Gire o mancal até que os três furos no flange externo do adaptador
estejam alinhados com os parafusos do receptor de excesso de
lubrificante.
• Remova os parafusos de excesso de lubrificante e os receptores.
• Solte os parafusos de fixação dos aspersores do rolamento de cada um
deles.
• Tire os parafusos da ponteira traseira e retire flange ou adaptador da
redutora.
• Retire os parafusos da lateral do mancal e a lateral traseira do mancal.
• Induza o extrator do rolamento do mancal, rosqueie-a com os dedos as
porcas correspondentes até ajustar o parafuso extrator central contra a
extensão da ponteira traseira.
• Remova o rolamento apertando o parafuso central do extrator.

60
18 FERRAMENTAS

Ferramentas que podem ser montadas na máquina para sua manutenção:


- Parafuso sacador: M8, M10 M12
- Chaves:19,17, 24, 13 e 10, boca ou estrela
- Chaves Allen sextavada M5, M6, M8, M10, e M3

Figura 27: Parafusos sacadores

A -Parafuso sacador M10


B- Parafuso sacador M12
C -Parafuso sacador M8

61
19 CONSTRUÇÃO MECÂNICA

O rotor consiste de um cilindro ao qual são fixados às ponteiras, as extensões


horizontais destas ponteiras estão montadas em mancais. A união entre a ponteira
traseira e o cilindro do rotor, assim como a união entre a ponteira dianteira e a
extensão cônica estão vedadas contra vazamentos por meio de anéis de borracha.
Na parte externa do cilindro do rotor há quatro canais que coincidem com as
divisões existentes na carcaça, formando câmaras, que impedem o contato entre as
fases sólidas e líquidas no momento da descarga.
Dentro do rotor está o transportador. Em cada extremidade do transportador há
um inserto removível, dentro do qual se encontram os rolamentos que apoiam o
transportador, e os retentores. Os retentores do transportador evitam que o produto
chegue aos rolamentos, e ao mesmo tempo impedem que a graxa de lubrificação
passe do rolamento para a zona de alimentação.
O transportador é acionado em relação ao rotor, por uma caixa de engrenagem
montada sobre um adaptador unido a ponteira traseira, encaixando-se na bucha
estriada fixa ao cubo do transportador.
Carcaças cobrem o rotor formando compartimentos que coletam os sólidos
numa extremidade e o líquido na outra, enviando-as em correntes separadas para fora
da máquina.
Fixo ao eixo de cada ponteira e adjacente a capota há um defletor que evita o
escape de líquidos ou sólidos para fora da máquina.

62
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– ROCOL

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