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MANUAL DO OPERADOR

DECANTER CENTRÍFUGO – GMT 186 S

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COMPROVANTE DE RECEBIMENTO

MODELO:
VAZÃO DE OPERAÇÃO:
CARGA DE SÓLIDOS:
TIPO DE LODO:
OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES:
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Informo que recebi o manual do equipamento estando ciente de todas as


condições operacionais dispostas neste documento, no manual anexo, acordados na
venda do equipamento e informadas pelos técnicos da Gratt, durante a partida e/ou
visitas técnicas.

NOME LEGÍVEL: ASSINATURA:

DATA: ______/_______/______

1
Figura 1 - Corte GMT 186 S

Figura 2 – Vista lateral GMT 186 S

2
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................................................... 5
INFORMAÇÕES GERAIS ......................................................................................................................... 9
1.1 CONTEÚDO ......................................................................................................................................... 9
1.2 DISPOSIÇÃO ........................................................................................................................................ 9
1.3 DESIGNAÇÃO DO TIPO E N° DE SÉRIE ........................................................................................................ 9
1.4 REGRAS DE SEGURANÇA ........................................................................................................................ 9
1.5 LUBRIFICAÇÃO E LIMPEZA ..................................................................................................................... 10
1.6 LUBRIFICAÇÃO E LIMPEZA ..................................................................................................................... 10
1.7 PEDIDO DE PEÇAS ............................................................................................................................... 10
2 PRIMERA FASE .......................................................................................................................... 11
3 RECOMENDAÇÕES..................................................................................................................... 11
3.1 VIBRAÇÕES........................................................................................................................................ 11
3.2 O QUE NÃO SE DEVE FAZER: .................................................................................................................. 11
3.3 O QUE É PRECISO FAZER: ...................................................................................................................... 12
3.4 RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS AOS MOTORES .......................................................................................... 12
3.5 RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS AOS RISCOS ELÉTRICOS ............................................................................... 13
3.6 RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS RELACIONADAS COM OS PRODUTOS .............................................................. 13
4 OBRIGAÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA ...................................................................................... 14
4.1 ADESIVOS DE SEGURANÇA .................................................................................................................... 14
5 MANUTENÇÃO .......................................................................................................................... 16
5.1 GENERALIDADES................................................................................................................................. 16
6 TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO ........................................................................................... 17
7 OPERAÇÃO ................................................................................................................................ 18
7.1 OPERAÇÕES PRELIMINARES ................................................................................................................... 18
7.2 ARRANQUE ....................................................................................................................................... 18
7.3 PARADA ........................................................................................................................................... 19
7.4 - OBSERVAÇÕES ................................................................................................................................. 19
8 MÉTODOS DE SEPARAÇÃO ........................................................................................................ 20
8.1 FUNÇÃO ........................................................................................................................................... 20
8.2 FUNCIONAMENTO .............................................................................................................................. 20
8.3 FATORES QUE INFLUENCIAM NA SEPARAÇÃO............................................................................................ 21
8.4 CÁLCULO DO DIFERENCIAL DE VELOCIDADE .............................................................................................. 21
8.5 VELOCIDADE DO CILINDRO. ................................................................................................................... 22
8.6 UTILIZAÇÃO PREVISTA DO DECANTER (ONDE É APLICÁVEL) ........................................................................... 22
9 LUBRIFICAÇÃO .......................................................................................................................... 23

3
9.1 LUBRIFICAÇÃO DO REDUTOR PLANETÁRIO ................................................................................................ 23
9.2 LUBRIFICAÇÃO CILINDRO ...................................................................................................................... 24
9.3 LUBRIFICAÇÃO DO CONTROLADOR DE TORQUE .......................................................................................... 25
10 TIPOS DE LUBRIFICANTES .......................................................................................................... 27
11 MANUTENÇÃO .......................................................................................................................... 27
12 INSTALAÇÃO DA CORREIA E TENSIONAMENTO .......................................................................... 28
12.1 INSPEÇÃO DAS POLIAS ..................................................................................................................... 28
12.2 ALINHAMENTO DAS POLIAS .............................................................................................................. 28
12.3 INSTALAÇÃO DAS CORREIAS .............................................................................................................. 28
12.4 PROCESSO DE TENSIONAMENTO ....................................................................................................... 29
13 AVARIAS E ANOMALIAS............................................................................................................. 29
13.1 VIBRAÇÕES DA MÁQUINA ................................................................................................................ 29
13.2 DECANTER EXTREMAMENTE BARULHENTO .......................................................................................... 30
13.3 AQUECIMENTO ............................................................................................................................. 30
13.4 CLARIFICAÇÃO INCOMPLETA OU SECURA ............................................................................................. 31
13.5 DISPARO INSISTENTE DO BRAÇO DE TORQUE ........................................................................................ 31
13.6 DESGASTE DO CARACOL TRANSPORTADOR .......................................................................................... 33
13.7 SISTEMA TAMBOR/ROSCA ENTUPIDO ................................................................................................ 33
13.8 RUÍDO NOS ÓRGÃOS DE TRANSMISSÃO ............................................................................................... 34
13.9 VELOCIDADE DO ROTOR MUITO BAIXA E/OU TEMPO DE PARTIDA DEMASIADAMENTE LONGO ......................... 34
13.10 DETALHES A SEREM OBSERVADOS ANTES E DURANTE OPERAÇÃO.............................................................. 34
14 FUNCIONAMENTO E REGULAGENS ............................................................................................ 35
14.1 EFEITO DA VARIAÇÃO DA PROFUNDIDADE DA CAMADA LIQUIDA ............................................................... 36
14.2 EFEITO DA VARIAÇÃO DE VELOCIDADE ................................................................................................ 37
14.3 REGULAGENS ................................................................................................................................ 37
15 TRANSMISSÃO .......................................................................................................................... 38
15.1 DISPOSITIVO DE SEGURANÇA ............................................................................................................ 39
15.2 REGULAGEM BRAÇO DE TORQUE ....................................................................................................... 39
16 DIMENSÕES GERAIS .................................................................................................................. 42
17 ALIMENTAÇÃO E DESCARGAS .................................................................................................... 42
17.1 ALIMENTAÇÃO .............................................................................................................................. 42
17.2 DESCARGA DE SÓLIDOS ................................................................................................................... 43
18 INSTALAÇÃO DO DECANTER ...................................................................................................... 45
18.1 DETALHES DA BASE DE FIXAÇÃO ........................................................................................................ 46
18.2 ESPAÇO PARA MANUTENÇÃO ........................................................................................................... 46
18.3 POSTO DE TRABALHO ...................................................................................................................... 47

4
18.4 INTERLIGAÇÕES HIDRÁULICAS ........................................................................................................... 48
18.5 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS .................................................................................................................. 48
18.6 LUBRIFICAÇÃO INICIAL..................................................................................................................... 49
19 HIGIENIZAÇÃO .......................................................................................................................... 49
20 PARADA .................................................................................................................................... 52
21 CONSTRUÇÃO MECÂNICA.......................................................................................................... 52
21.1 LISTA DE PEÇAS.............................................................................................................................. 53
21.2 CILINDRO ..................................................................................................................................... 57
21.3 CARACOL ..................................................................................................................................... 59
22 MONTAGEM ............................................................................................................................. 60
22.1 REMOÇÃO DA REDUTORA ................................................................................................................ 60
22.2 INSTALAÇÃO DA CAIXA REDUTORA ..................................................................................................... 60
22.3 REMOÇÃO DO CARACOL TRANSPORTADOR .......................................................................................... 60
22.4 REMOÇÃO E DESMONTAGEM DO ROLAMENTO TRASEIRO DO CARACOL TRANSPORTADOR .............................. 61
22.5 REMOÇÃO E DESMONTAGEM DOS ROLAMENTOS DIANTEIROS DO CARACOL TRANSPORTADOR ........................ 61
22.6 PARA MONTAR O TRANSPORTADOR ................................................................................................... 61
22.7 MONTAGEM DO CILINDRO ............................................................................................................... 62
23 FERRAMENTAS .......................................................................................................................... 62
24 ANEXOS .................................................................................................................................... 66

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Corte GMT 186 S ........................................................................................... 2
Figura 2 – Vista lateral GMT 186 S ................................................................................. 2
Figura 3 - Placa de Identificação .................................................................................. 11
Figura 4: Olhal Içamento do decanter ........................................................................... 17
Figura 5: Içamento do decanter .................................................................................... 18
Figura 6: Funcionamento Decanter .............................................................................. 20
Figura 7: Diferencial Decanter ...................................................................................... 21
Figura 8: Lubrificação do redutor .................................................................................. 23
Figura 9: Pontos de lubrificação do cilindro .................................................................. 25
Figura 10: Lubrificação do controlador de torque ......................................................... 26
Figura 11: Alinhamento das polias................................................................................ 28
Figura 12: Instalação das correias ................................................................................ 29
Figura 13: Tensionamento das correias ....................................................................... 29
Figura 14: Controlador de torque .................................................................................. 31
Figura 15: Revestimento caracol .................................................................................. 33

5
Figura 16: Pente de regulagem .................................................................................... 36
Figura 17: Ponteira do líquído regulagem da água ....................................................... 37
Figura 18: Transmissão ................................................................................................ 38
Figura 19: Dispositivo controlador de torque montado ao chassi. ................................ 40
Figura 20: Vista em corte do dispositivo controlador de torque. 2 ................................ 40
Figura 21: Controlador de torque .................................................................................. 41
Figura 22: Dimensões ................................................................................................... 42
Figura 23: Alimentação ................................................................................................. 43
Figura 24: Descarga do sólido ...................................................................................... 44
Figura 25: Instalação decanter ..................................................................................... 45
Figura 26: Base civil para o decanter. .......................................................................... 46
Figura 27: Espaço manutenção .................................................................................... 47
Figura 28: Retirada tubo de alimentação ..................................................................... 51
Figura 29: Higienização anel interno ............................................................................ 52
Figura 30: Decanter ...................................................................................................... 54
Figura 31: Subconjunto cilindro .................................................................................... 58
Figura 32: Caracol ........................................................................................................ 59
Figura 33 : Parafuso sacador........................................................................................ 63
Figura 34: Chave de boca ............................................................................................ 63
Figura 35: Chave parafuso Allen sextavada ................................................................. 63
Figura 36: Alicate para anéis ........................................................................................ 64
Figura 37: Martelo pena ................................................................................................ 64
Figura 38: Batedor de Nylon ......................................................................................... 64
Figura 39: Sacador de polia .......................................................................................... 65

6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Lista de peças controlador de torque ............................................................ 41
Tabela 2: dimensões e peso ......................................................................................... 42
Tabela 3: Dimensões para a manutenção decanter ..................................................... 47
Tabela 4: Vazão higienização ....................................................................................... 50
Tabela 5: Higienização ................................................................................................. 51
Tabela 6: Lista de peças decanter ................................................................................ 55
Tabela 7:Lista de Peças subconjunto cilindro ............................................................... 58
Tabela 8: Lista de peças caracol .................................................................................. 59

7
LISTA DE SIGLAS
H = HORA

L/H = LITROS POR HORA

RPM = ROTAÇÕES POR MINUTO

HZ = C/S = CICLOS POR SEGUNDO


Ø = DIÂMETRO
SAE = SOCIETY OF AUTOMOTIVE ENGINEERS – INDICA VISCOSIDADE DO ÓLEO.
SSU = SEGUNDOS SAYBOLT UNIVERSAL – INDICA VISCOSIDADE DO ÓLEO.
E° = GRAUS EULER – INDICA VISCOSIDADE DO ÓLEO.
EP = EXPREMA PRESSÃO – REFERE-SE A LUBRIFICANTES QUE, CONTENDO ADITIVOS,
RESISTEM A GRANDES PRESSÕES.

ASTM = AMERICAN SOCIETY FOR TESTING MATERIALS.


NLGI = NATIONAL LUBRIFICATING GREASE INSTITUTE – CLASSIFICA AS GRAXAS
LUBRIFICANTES.

ISO = INTERNATIONAL STANDARDIZING ORGANIZATION – ESTABELECE PADRÕES


INTERNACIONAIS DE PROCESSAMENTO.

ºC = GRAUS CELSIUS
ETA = ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
ETE = ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO
ETI = ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE DESPEJOS INDUSTRIAIS
F = FORÇA
FIG = FIGURA
G = GRAVIDADE
G/CM3= GRAMAS/ CENTÍMETRO CÚBICO

HZ = HERTZ
IHM = INTERFACE HOMEM MÁQUINA
KW = QUILOWATT
KG = QUILO GRAMA
KG/CM² = QUILO GRAMA / CENTÍMETRO QUADRADO

KGF.M = QUILO GRAMA FORÇA . METRO


LTDA = LIMITADA
M = METRO
MM = MILÍMETROS

N = NEWTON

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INFORMAÇÕES GERAIS
A instalação correta, o tratamento adequado do líquido antes e depois de sua
passagem pela máquina, a operação perfeita e o manuseio cuidadoso do Decanter de
acordo com as instruções dadas nesse manual, a limpeza, cuidados e revisões
periódicas, são fatores de grande importância para garantir o perfeito funcionamento da
máquina e os resultados desejados com a separação.

1.1 Conteúdo

Este manual contém instruções relativas à instalação e operação, desmontagem


da máquina e também sobre limpeza e manutenções. Visto que praticamente todas as
peças da máquina são identificadas por um número de peça, o Manual de Instruções
serve também como LISTA DE PEÇAS SOBRESSALENTES.
O Manual de Instruções trata não apenas das peças e dispositivos incorporados
ao tipo padrão da máquina, mas também de todos os equipamentos especiais e
alternativos.
Os detalhes de construção dados neste Manual não são obrigatórios.
Reservamo-nos no direito de alterá-los sem aviso prévio. As reconstruções efetuadas
após entrega da máquina não são seguidas de novos Manuais de Instruções.

1.2 Disposição

Cada capítulo deste manual tem seu próprio número de referência impresso no
canto inferior esquerdo de cada página. Os capítulos são dispostos em ordem crescente.
Sempre que se fizer referência a qualquer página do Manual em comunicações que nos
forem dirigidas, favor indicar o número de referência que aparece no capítulo em
questão.

1.3 Designação do Tipo e N° de Série

Pode ocorrer que a designação do tipo constante na placa de identificação da


máquina e a que consta na capa do Manual de Instruções não correspondam
exatamente. Em tal caso prevalece o número de fabricação que figura na placa de
identificação da máquina. Ao pedir peças, indique sempre o tipo (modelo) que consta
na referida placa.

1.4 Regras de Segurança

O capítulo 4 contém uma série de regras de segurança que deverão ser


observadas ESTRITAMENTE.
A instalação elétrica deve ser feita por um eletricista experiente e que tenha
conhecimento dos regulamentos de segurança locais.

9
1.5 Lubrificação e Limpeza

Via de regra, as instruções sobre a montagem apenas mencionam as peças que


deverão ser lubrificadas ou limpas. Todas as informações sobre lubrificantes e produtos
para limpeza que deverão ser usados aparecem nos capítulos seguintes.
Deve-se também notar que, de modo geral, o Manual de Instruções não contém
nenhuma recomendação quanto às propriedades específicas do produto a ser
processado e sua segurança, tais como se é inflamável, tóxico ou corrosivo.

1.6 Lubrificação e Limpeza

Via de regra, as instruções sobre a montagem apenas mencionam as peças que


deverão ser lubrificadas ou limpas. Todas as informações sobre lubrificantes e produtos
para limpeza que deverão ser usados aparecem nos capítulos seguintes.

1.7 Pedido de Peças

Ao pedir peças sobressalentes, indique sempre o CÓDIGO DA PEÇA e o NOME,


bem como a DESIGNAÇÃO DO TIPO e o NÚMERO DE SÉRIE da máquina constante
na placa de identificação.
Formulário para Pedido

Nome da peça Código da peça Quantidade Observações

1.7.1 Entrega
Pode ocorrer que o número de uma peça fornecida por nós não seja o mesmo
que consta no Manual. Neste caso as peças são intercambiáveis, por serem
perfeitamente equivalentes entre si.

1.7.2 Pedido De Peças


Se a máquina foi modificada depois da entrega, se o número da peça não constar
no Manual de Instruções, ou se houver qualquer dúvida sobre o número correto de
alguma peça por qualquer outro motivo, mencione esse fato no pedido.
Em tais casos, a indicação correta da DESIGNAÇÃO DO TIPO e o NÚMERO DE
SÉRIE que figuram na PLACA DE IDENTIFICAÇÃO são da maior importância.

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Figura 3 - Placa de Identificação

2 PRIMERA FASE
Antes de instalar, reparar ou operar, ler os manuais de instruções

3 RECOMENDAÇÕES

3.1 Vibrações

Desligar a máquina se as vibrações forem anormais e procurar a causa. Consultar


o capítulo 13 AVARIAS E ANOMALIAS para poder estabelecer um diagnóstico.
Para informação: a vibração aceitável das máquinas são quando não ultrapassem
vibração de 7 rms medida nos mancais da máquina. De 7 rms até 16 rms a máquina
pode funcionar momentaneamente sem riscos maiores. Em funcionamento contínuo,
existe riscos de fadiga dos rolamentos e outras avariais que podem ser causadas pela
vibração.
Acima de 16 rms a máquina deve ser desligada imediatamente.

3.2 O que não se deve fazer:

Não colocar em funcionamento a máquina sem os capôs de proteção.


Não operar ou reparar o equipamento com peças que não foram fabricadas ou
aprovadas pelo fabricante.

11
Não colocar em funcionamento a máquina se detectar um ruído anormal. Tentar
descobrir a causa.
Não operar ou reparar o equipamento com peças que não foram fabricadas ou
aprovadas pelo fabricante.
Não bloquear os dispositivos de segurança ou modificar os valores limites,
estipulados pelo fabricante.
Não ultrapassar os valores máximos indicados no manual, velocidade de rotação,
densidade do produto, temperatura, etc.
Nunca começar por efetuar uma desmontagem qualquer na máquina enquanto
esta não estiver completamente parada e desligada.
Nunca pôr a funcionar o decanter se peças que constituem o cilindro e as
ponteiras estiverem desgastadas, com fissuras de tal forma que a segurança de
funcionamento poderia ficar afetada. Pedir uma avaliação técnica da GRATT.
Nunca procurar utilizar a máquina para um uso diferente que não o indicado na
encomenda de compra original, sem solicitar o serviço de um técnico da GRATT.

3.3 O que é preciso fazer:

Antes de colocar em funcionamento a máquina, verificar os sentidos de rotação


do ou dos motores e as velocidades máximas correspondentes programadas.
Utilizar apenas os lubrificantes recomendados, ou equivalentes, indicados no
manual específico a cada máquina.
Utilizar para manutenção, as ferramentas previstas para o efeito ou ferramentas
de comércio autorizados.
Limpar cuidadosamente a máquina sempre que estiver desligada porque pode
correr o risco de reiniciar com um excesso de produto.
Se tiver de efetuar alguma solda em qualquer parte da máquina é indispensável
verificar que a corrente de colocação à terra não ultrapasse pelos rolamentos.
Lubrificar a máquina conforme o manual de instruções específico respeitando os
tipos de lubrificantes e as frequências recomendadas.
Respeitar os procedimentos de montagem, desmontagem e de manutenção.

3.4 Recomendações específicas aos motores

Verificar se a tensão de alimentação corresponde efetivamente à tensão de


bobinagem do motor.
Lubrificar o motor conforme as indicações especificas indicadas na placa.

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Não colocar em funcionamento um motor, se este ou elementos rotativos não
trabalhar livremente.

3.5 Recomendações específicas aos riscos elétricos

Desligar sempre a corrente antes de trabalhar em equipamento elétrico


Instalar e ligar a terra todos os equipamentos conformando-se às normas locais
em vigor.
Nunca tocar um equipamento elétrico com a mãos molhadas, ou quando este
estiver em uma superfície molhada.
Antes de tocar um equipamento elétrico, verificar com um voltímetro que este não
está sob tensão.
Limpar regularmente o pó das hélices de ventilação dos motores para evitar um
aquecimento do motor.
Nunca limpar ou lavar com um líquido, um equipamento elétrico a não ser que foi
construída para este fim. Nunca lavar um equipamento elétrico energizado.
Apenas pessoas qualificadas que conhecem as regras de segurança e o
funcionamento da máquina poderá intervir nos equipamentos elétricos.
Nunca reparar ou intervir num equipamento elétrico enquanto a corrente de
alimentação não estiver cortada e sem ter instalado um cadeado ou um dispositivo de
bloqueio de segurança no circuito desligado.
Periodicamente, inspecionar e testar os sistemas de segurança para ter a certeza
de que funcionarão quando forem solicitados.

3.6 Recomendações específicas relacionadas com os produtos

3.6.1 Produtos químicos:


Se produtos químicos corrosivos (ácido ou básico) e/ou tóxicos, solventes forem
utilizados no processo de limpeza, informe-se sobre as características dos produtos
utilizados e sobre as precauções de manipulação e siga todas as recomendações do
fabricante para a sua utilização.
Se o produto for inflamável, tomar todas as precauções para evitar a inflamação
ou explosão dos mesmos.
Evitar o contato com a pele e os olhos. Usar óculos, luvas, capacete, etc. exigidos
pela natureza do produto utilizado.
Se existir dúvidas sobre a natureza do produto utilizado considerá-lo como
perigoso, mesmo se não o for, e ter todas as precauções para evitar danos corporais
e/ou afetar a saúde do pessoal.

13
3.6.2 Produtos ligados a temperatura:
Quando a máquina operar com produtos que possuam uma temperatura elevada
ou temperatura muito baixa, devem ser tomadas precauções extremas para se evitar
danos corporais. Proibir o acesso das superfícies em questão e prever um isolamento
da área, de modo a dificultar o aceso de pessoas não habilitadas ou treinadas.

3.6.3 Produtos abrasivos ou corrosivos:


Os elementos construtivos do cilindro foram calculados, concebidos e fabricados
para:
- Resistir as restrições de centrifugação importantes nos limites de velocidade,
carga, temperatura, etc. definidas na placa de construção.
- Garantir uma longa vida de exploração com um fator de segurança elevado. No
entanto no caso de peças submetidas a um ambiente corrosivo e abrasivo apesar da
matéria e/ou revestimento das peças mais solicitadas terem sido concebidas para
resistir da melhor forma as agressões, a Gratt não poderá garantir a integridade das
peças, sem conhecer as reações que o tempo causara.
É de responsabilidade do cliente determinar a frequência de vigilância destas
peças e alertar o serviço pós-venda da Gratt se fissuras, picadas, abrasão de vários
milímetros (mm), aparecerem nestas peças que são susceptíveis a afetar a resistência
mecânica.

4 OBRIGAÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA


O cliente deverá garantir que todas as pessoas encarregadas da montagem,
operação e manutenção tenham lido e compreendido as presentes instruções de serviço
deste manual, e as respeitem rigorosamente, de modo a evitar situações de perigo ou
de ferimentos para os operadores e/ou terceiros e garantir a segurança operacional do
decanter.
A montagem, operação, manutenção, do decanter apenas deverão ser
executadas por pessoas qualificadas e devidamente autorizadas.
Todos os trabalhos deverão ser cuidadosamente realizados, nunca
negligenciando o aspecto de “segurança”, o cliente deverá também garantir que este
manual esteja sempre guardado próximo ao decanter.

4.1 Adesivos de segurança

Em alguns componentes do decanter, estão aplicadas etiquetas coloridas


específicas cujo símbolo chama a atenção do usuário e indicam precauções importantes
que devem ser tomadas, em relação ao componente em questão.
A seguir, são citados resumidamente todos os símbolos indicados pelas etiquetas
empregadas no decanter e, ao lado, os componentes para os quais os símbolos
chamam a atenção.
É também indicado o significado do símbolo de acordo com a subdivisão de
perigo, obrigação, proibição, advertência à qual o próprio símbolo pertence.

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4.1.1 Perigo

Correias e polias
Órgãos em movimento, não aproximar partes do
corpo ou roupas.

Alerta de segurança
Fique atento, possibilidade de lesões pessoais.
Não remova esta tampa enquanto o motor estiver
funcionando.

Eletricidade
Risco de choque elétrico.

4.1.2 Obrigação

Utilize equipamentos de proteção individual


Use abafadores de ouvido quando a máquina
estiver operando.

4.1.3 Proibição

Superfície
Não toque com a máquina em operação.

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4.1.4 Advertência

Superfície
Não remover nenhuma peça antes da
parada completa do Decanter.

Sentido de rotação
Indica sentido de rotação da máquina.

5 MANUTENÇÃO
Algumas regras práticas devem ser respeitadas para a manutenção e a
montagem/desmontagem de elementos de centrifugas.

5.1 Generalidades

As ferramentas especificas devem ter a capacidade exigida, ser inspecionada


regularmente, estar em perfeito estado de funcionamento.
Utilizar apenas as ferramentas e os métodos recomendados pelo fabricante do
equipamento.
Não ficar debaixo de equipamentos suspensos com talha ou outro dispositivo de
elevação.
Usar equipamentos de proteção como: luvas, sapatos de segurança, capacete,
óculos, sapatos de segurança, capacete, óculos de proteção, etc.
Não colocar os dedos, mãos, pés cabeça em lugares em que existam risco de
bloqueamento ou aperto. Ter um especial cuidado com peças afiadas ou cantos vivos.
Prever um espaço suficiente e limpo à volta do equipamento para a manutenção,
e se possível fazer a limpeza de todas as peças.
Durante uma reparação, se o equipamento pode ser fisicamente ou eletricamente
instável, prever barreiras de proteção ou instalar um espaço de segurança.

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6 TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

O transporte do decanter centrífugo da série GMT 186 é realizado com este


montado, para içar o decanter deve-se utilizar cintas presas nos 4 olhais de içamento,
conforme a figura abaixo, estas cintas devem apresentar uma capacidade mínima de
carga de 1000 Kg. Deve-se evitar solavancos e vibrações excessivas no transporte do
equipamento, de modo que não danifique este.
O decanter deve ser mantido em local seco a uma temperatura entre -2C a 55C
até o start- up deste.
Deve-se proteger os rolamentos contra a transmissão de humidade injetando
pelos graxeteiro 5 a 10 gramas de graxa a cada 3 meses, e depois desses
procedimentos fazer girar o rotor na mão para que os elementos rolantes fiquem
lubrificados. (Obs: pelo menos 2 voltas).
Atenção: Um excesso de graxa nos mancais poderá gerar um aquecimento
anormal nos mancais, podendo necessitar neste caso de uma desmontagem parcial
para tirar o excesso.
O redutor está fechado com quantidade de graxa suficiente e não necessita ser
lubrificado.

Figura 4: Olhal Içamento do decanter

17
Figura 5: Içamento do decanter

7 OPERAÇÃO
7.1 Operações preliminares

Antes da partida da máquina verificar-se:


• A voltagem dos motores e a ligação com os bornes correspondem a
voltagem da rede de alimentação.
• O tubo de alimentação está bem firme no suporte.
• As correias de transmissão estão tensionadas corretamente.
• O rotor tambor-transportador não está travado. A verificação pode ser feita
dando uma curta partida no motor principal.

7.2 Arranque

Durante a operação o responsável deve observar a progressão da velocidade e


deve estar pronto para parar a máquina no caso de anomalia.
Anomalias:
Barulho suspeito
Vibrações anormais
Etc....
Para iniciar o funcionamento do decanter centrífugo, deve-se executar os
seguintes passos:
Aperte o botão de partida até o decanter atingir plena velocidade o que demora
cerca de 8 minutos (480s). O interruptor do controle de torque limite deve estar unido à
chave, caso transportador do decanter esteja sobrecarregado. Em caso do uso de
inversor de frequência basta apenas clicar o botão start.

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Não reinicie a partida do decanter sem que ele tenha parado completamente.
Inicie a alimentação e verifique o grau de clarificação do líquido ou a secura dos
sólidos.
Se os resultados não forem satisfatórios, feche a alimentação e pare a máquina;
medidas podem ser tomadas para conseguir resultados satisfatórios como: troca da
regulagem da ponteira do líquido, alteração na velocidade, na temperatura ou na
alimentação, sempre respeitando os valores limites estabelecidos pela GRATT.
• Depois de serem feitos os ajustes necessários, funcione a máquina.
Espere até que alcance velocidade, então abra a válvula de alimentação.
• Se os resultados forem satisfatórios continue a operação. Verifique o
amperímetro em intervalos de tempo para garantir que a máquina não
esteja sobrecarregada.

A alimentação do produto se dá progressivamente e poderá ser feito somente


quando a máquina atingir a rotação nominal, nos decanters que possuem sistema com
motor auxiliar o tempo de rampa deve ser o mesmo que o do motor principal.
A alimentação da bomba de polímero deve se dar junto com o arranque da bomba
de alimentação.

7.3 Parada

A manobra de parada por qualquer motivo, (término da operação ou problemas no


sistema de desidratação) deve ser efetuada depois da operação de lavagem, seção
“HIGIENIZAÇÃO” deste manual, acionando o botão de parada.
O tempo de passagem da velocidade de regime à velocidade zero demora
aproximadamente 7 minutos, devido ao elevado momento de inércia do rotor e do anel
líquido no interior do tambor. (Obs: Não retire nenhuma proteção até se certificar que a
máquina esteja totalmente parada.

7.4 - Observações

No período de baixa rotação, a velocidade do cilindro passa pela frequência de


ressonância dos amortecedores o que provoca durante alguns segundos uma vibração
forte.
A baixa rotação a força centrifuga fica menor e o anel líquido se desfaz assim
pode ser evacuado pela saída do solido da máquina a fase liquida.
PARADA DE EMERGÊNCIA: Procedimento excepcional
Parada de toda a instalação apertando o botão “PARAGEM DE EMERGÊNCIA”.

19
8 MÉTODOS DE SEPARAÇÃO
Informações sobre o tratamento do produto a ser processado acham-se também
contidas nas informações técnicas fornecidas ao cliente na ocasião da compra da
máquina.

8.1 Função

A finalidade do decanter centrífugo é separar fases de uma mistura de diferentes


pesos específicos, especialmente líquido contendo sólidos em suspensão. A separação
de sólido e líquido acontece no interior do tambor rotativo com formato cilindro/tronco-
cônico, em cuja superfície interna se deposita a fase sólida, mais pesada, que é
descarregada de maneira contínua pela rosca interna, o líquido classificado é
descarregado em outra extremidade e direcionado a tubulação coletora.

8.2 Funcionamento

Através da força centrífuga atuante no interior do tambor rotativo (efeito


provocado pela alta rotação), onde se chega a aproximadamente 1700g a 2900g,
dependendo do tipo do decanter a ser utilizado, ou seja, 1700 vezes ou 2900 vezes mais
do que a força gravitacional atuante em um ambiente comum, é possível separar as
fases sólida e líquida.
Neste processo o sólido que geralmente apresenta a maior densidade é forçado
para a superfície interna do tambor e é arrastado continuamente pelo caracol
transportador até os bocais de descarga, passando pelo cone onde é desidratado, ou
seja, tem sua umidade reduzida significativamente.
O líquido classificado sendo menos denso fica afastado da superfície do tambor
e através dos bocais de descarga é direcionado ao coletor de líquido.

Figura 6: Funcionamento Decanter

20
8.3 Fatores que Influenciam na Separação

DIFERENÇA DE PESO ESPECÍFICO: A força centrífuga atua sobre todas as


partículas na proporção do peso específico de cada uma. Quanto maior a diferença de
peso específico, mais fácil será a separação.
TAMANHO E FORMATO DAS PARTÍCULAS: Quanto maior a partícula, mais
rápida será a separação. As partículas a serem separadas não devem ser tão pequenas
que se aproximem das dimensões coloidais. Partículas lisas e arredondadas são mais
fáceis de separar do que as de formato irregular ou alongadas. Tratamentos rudes, como
nas bombas centrífugas, podem fracionar as partículas, reduzindo-lhes o tamanho e
tornando mais lenta a separação.
VISCOSIDADE: Quanto mais fluído for um líquido, mais rápido e melhor será o
processo de separação, ou seja, baixa viscosidade melhora o resultado da separação.
A viscosidade pode, em muitos casos, ser reduzida por aquecimento. A viscosidade
elevada reduzirá a capacidade da máquina.

8.4 Cálculo do diferencial de velocidade

Figura 7: Diferencial Decanter


Dv = Diferencial de velocidade
RC = Rotação do cilindro
R = Redução

𝑅𝐶
𝐷𝑣 =
𝑅
Exemplo:
DV =
RC = 3333 rpm
R = 330

DV = 3333/330
DV = 10,1

21
𝑅𝐶 − 𝑅𝐵𝐷
𝐷𝑣 =
𝑅
Dv = Diferencial de velocidade

8.5 Velocidade do cilindro.

Um aumento da velocidade do cilindro é favorável ao aumento:


➢ Aumento do rendimento do decanter.
➢ Da secagem do sólido extraído.

Ressalta - ssse, no entanto, quando se aumenta esta velocidade a alguns


riscos como:

➢ Aumento da vibração
➢ Aumento do nível sonoro

8.6 Utilização prevista do decanter (onde é aplicável)

O decanter centrífugo Gratt é aplicado na separação contínua de sólidos


suspensos de líquidos e clarificação para:
• Desidratação e espessamento de lamas municipais e industriais;
• Recuperação de: óleo de oliva, óleos de abacate, manteiga de cacau, gelatina,
plasma sanguíneo, ossos de animais;
• Estações de Tratamento de despejos industriais (ETDI);
• Estações de Tratamento de Água (ETA);
• Estações de Tratamento de Esgoto (ETE);
• Indústria alimentícia: Abatedouros, clarificação de gordura animal,
processamento de subprodutos, farinha de peixe, clarificação de suco de fruta,
fabricação de amido, fabricação de chá mate instantâneo, fabricação de café
solúvel;
• Indústrias de álcool e açúcar;
• Fabricação de biocombustíveis;
• Resíduos de processo de curtume;
• Resíduos de abatedouros.

22
9 LUBRIFICAÇÃO
9.1 Lubrificação do redutor planetário

A caixa redutora de engrenagens é lubrificada inicialmente com graxa “GRAXA


BARDAHL MAXLUB 12846”, o nível deve ser verificado a cada 1000 horas de trabalho.
A verificação e o modo de encher a caixa redutora são os seguintes:
• Desligue o decanter centrífugo;
• Aguarde a parada completa do equipamento e pressione o botão de
emergência no painel elétrico;
• Retire a proteção da caixa redutora;
• Gire a caixa de engrenagem até que os dois plugs situados na superfície
traseira estejam na posição mais elevada.
• Remova o plug (D) mais elevado, e então gire a caixa de engrenagem até
o plug atingir 45º, então observe se o nível do óleo está ligeiramente
superior a este nível. Em caso de nível muito baixo, adicione óleo suficiente
para estabelecer este nível usando uma seringa de óleo. Deve-se tomar o
máximo cuidado para evitar que sujeiras entrem na caixa de engrenagem.

Figura 8: Lubrificação do redutor

• Se for notada persistente perca de lubrificante, verifique o retentor do eixo


de entrada e o ajuste entre a caixa redutora e o flange de fixação da caixa,
se for notado vazamento nessa região deve-se efetuar a manutenção
corretiva, removendo a caixa por um técnico da Gratt ou mecânico
qualificado para substituição do redutor do eixo de saída da caixa redutora.
• Se não tiver problemas com vazamento, aperte os bujões e coloque a
proteção da redutora, o equipamento está pronto para voltar a operar.
• A cada 2 retiradas dos bojões de inspeção é necessário trocar a arruela
de vedação.

23
9.2 Lubrificação cilindro

Os rolamentos do caracol transportador item (B) devem ser lubrificados uma vez
por semana em operação normal, em uma quantidade de 7 a 10 gramas de graxa cada
ponto. Se a aplicação requer higienização com água quente, os rolamentos do
transportador devem ser lubrificados antes que o decanter seja posto novamente em
operação, ou seja, assim que terminar a higienização a lubrificação deve ser efetuada.
Para executar a lubrificação nesses dois pontos é necessário que o equipamento esteja
desligado e completamente parado, para facilitar o posicionamento do bico graxeiro dê
a partida e 1 segundo após já desligue o equipamento, se o bico não estiver posicionado
repita isso por até 6 vezes se necessário, e ele com certeza atingirá uma posição ideal.
Os furos de saída do excesso de graxa dos rolamentos do caracol transportador
estão localizados nos eixos das ponteiras de descarga de sólido e líquido. Esses furos
devem ser limpos antes do engraxamento. Se necessário, limpe os furos varetando-os.
Engraxe os rolamentos do transportador com a graxa especificada na secção
"TIPOS DE LUBRIFICANTES, introduza-o através dos bicos graxeiros existentes nas
ponteiras. No extremo da máquina, no lado da caixa de engrenagem, esse bico está
localizado entre o mancal e o flange da caixa redutora de engrenagens. Na extremidade
de alimentação da máquina, esse bico está localizado entre o mancal e a carenagem.
Se for observado sujeira ou algum indicio de produto junto a graxa que sai do mancal,
deve-se realizar a troca dos retentores dos rolamentos conforme secção
"MANUTENÇÃO" seção 11 deste manual. Se cavacos de metal surgem junto a graxa
velha, isto indica um indício de possível avaria nos rolamentos.
Durante a lubrificação de ambos os lados do transportador, gire o braço do torque
em qualquer sentido. Este procedimento distribuirá a graxa ao redor do eixo, e evitará
ruptura dos retentores.
Nota: O EXCESSO DE LUBRIFICANTE faz com que haja um aquecimento
anormal dos mancais, o dispositivo de evacuação do lubrificante em excesso não
age instantaneamente e podem decorrer de 3 a 24 horas antes que o mancal atinja
a temperatura normal de funcionamento.

Os rolamentos dos mancais item (A) saem de fábrica lubrificados antes de serem
entregues. Depois do engraxe inicial, é exigida a lubrificação, normalmente, a intervalos
de 2 dias em uma quantidade de 7 a 10 gramas cada rolamento. Se as condições são
tais que possa ocorrer condensação no interior da câmara do rolamento, este intervalo
de tempo deve ser reduzido para 1 dia, dependendo da severidade do caso.
Para recarregar com graxa, processada como segue:

• Use uma das graxas especificadas na seção “15” “TIPOS DE


LUBRIFICANTES”.
• Utilize o bico graxeteiro mostrado na figura abaixo item (A) para a
lubrificação dos rolamentos dos mancias.

24
• Quando não está alimentando o líquido, ou se o líquido alimentado é frio,
a temperatura normal de operação do mancal é inferior a 60ºC. Quando o
rolamento é recém lubrificado, entretanto, a temperatura se elevará acima
deste valor por um curto período de tempo, entretanto, não deverá exceder
90ºC. Este procedimento de lubrificação deve ser seguido rigorosamente,
pois uma falha pode resultar num sério dano à máquina.

Figura 9: Pontos de lubrificação do cilindro

Lembrete: Os pontos “B” devem ser lubrificados semanalmente com 7 a


10 gramas de graxa e os pontos “A” lubrificar a cada 2 dias de 7 a 10 gramas de
graxa cada ponto. Utilizar somente graxas especificadas na seção 15 “TIPOS DE
LUBRIFICANTES”, pagina 48 deste manual, o excessivo uso da graxa pode
ocasionar aquecimento nos mancais, a lubrificação inadequada pode danificar os
componentes da máquina.

Em casos especiais a máquina pode ser fornecida com lubrificação


automática no ponto (A), sendo o procedimento de lubrificação do ponto B o
mesmo descrito para maquinas que não possuem lubrificação automática.

9.3 Lubrificação do controlador de torque

O kit de controle de torque deve ser lubrificado a cada 60 dias, com lubrificantes
indicados na seção 10 “TIPOS DE LUBRIFICANTES deste manual.
Deve-se ejetar no máximo 4g de lubrificante em cada bico graxeiro.

25
Figura 10: Lubrificação do controlador de torque

26
10 TIPOS DE LUBRIFICANTES

A seguir lista de lubrificantes que devem ser utilizados para lubrificação


do Decanter.
Lubrificantes Redutor
• - Bardahl Maxlub 12846

Lubrificante mancais e braço de torque


• - ITW- Rocol SAPPHIRE HI-TEMP 2
• - Kluber Isoflex NBU – 15 (opcional)

Atenção: para utilizar algum lubrificante opcional deve-se desmontar o item onde
irá ser feito a troca e depois lavar todas as peças.
Atenção: Qualquer outro lubrificante não indicado sem consentimento da GRATT
acarretara a perda da garantia

11 MANUTENÇÃO
Além da lubrificação, a máquina exige outros cuidados, controles e
monitoramento como:
DURANTE 1000 HORAS OU TRÊS MESES O QUE ACONTECER
PRIMEIRO
➢ Limpeza externa da máquina
➢ Monitorar vibração anormais
➢ Monitorar ruído de rolamentos
➢ Monitorar temperatura do redutor e dos mancais
➢ Monitorar vazamentos no redutor
➢ Monitorar vazamentos e deterioração do tubo de alimentação
➢ Monitorar e se necessário reapertar a correia.

DURANTE 4000 HORAS OU SEIS MESES O QUE ACONTECER


PRIMEIRO
➢ Verificar o desgaste dos bocais de saída do lodo
➢ Verificar o nível de óleo da caixa redutora
➢ Fazer Troca dos rolamentos dos mancais

DURANTE 8000 HORAS OU 1 ANO O QUE ACONTECER


PRIMEIRO.
➢ Troca de todos os rolamentos e retentores
➢ Examinar cuidadosamente as peças sujeitas a abrasão: caracol,
raspadores, buchas de saída do sólido.
➢ Verificar se o conjunto rotativo apresenta alguma fissura.

27
➢ Procurar eventuais fissuras e de forma geral, substituir todas as
peças desgastadas, corroídas ou anormalmente deformadas.

DURANTE 24000 HORAS OU 3 ANO O QUE ACONTECER


PRIMEIRO
➢ Trazer a máquina para a GRATT ou filial fazer uma manutenção
geral.

12 INSTALAÇÃO DA CORREIA E TENSIONAMENTO


12.1 Inspeção das polias

As ranhuras desgastadas, deformadas, corroídas podem danificar as


correias.
O alinhamento das polias e a tensão são essenciais para a longevidade
das correias.

12.2 Alinhamento das polias

➢ Alinhar a face das polias do motor e da máquina com régua.


➢ Quando as polias estiverem convenientemente alinhadas, a régua
deve tocar a face das polias.
➢ Rodar cada polia para verificar que não existe empeno das polias
ou dos eixos.

Figura 11: Alinhamento das polias

12.3 Instalação das correias

➢ Afrouxar parafusos da proteção da correia;


➢ Retirar proteção da correia;

28
➢ Afrouxar parafusos do motor;
➢ Deslocar motor para o centro da máquina;
➢ Colocar a correia;
➢ Utilizar as buchas esticadoras para tencionar a correia;
➢ Colocar a régua alinhada na forma indicada conforme figura 11
(régua alinha faces das polias lado do chassi).

Figura 12: Instalação das correias

12.4 Processo de Tensionamento

Depois de certificar-se que a correia está instalada e alinhada


corretamente utilize as buchas esticadoras para dar o aperto nas correias
necessário.
Utilizar valor D = 8 mm e força de F = 50 N

Figura 13: Tensionamento das correias

13 AVARIAS E ANOMALIAS
13.1 Vibrações da máquina

Em máquinas deste tipo é normal esperar uma leve vibração periódica,


devido ao diferencial de velocidade entre o rotor (cilindro) e o transportador
(rosca). Se a vibração é severa, a causa pode ser encontrada, da seguinte
maneira:

29
• A máquina não está adequadamente lubrificada.
• Uma parte das hélices do transportador pode estar obstruída com
sólidos, causando o desbalanceamento do rotor (conjunto rotativo).
Lave como foi descrito na seção “HIGIENIZAÇÃO”.
• O adaptador (flange) do redutor planetário pode estar desalinhado.
Mediante um flexímetro, controle-o da seguinte maneira. Coloque
o elemento flexível do flexímetro (ponta apalpadora) sobre o eixo
do pinhão do redutor planetário girando está. Se a amplitude das
indicações da agulha no mostrador do flexível exceder 0,05 mm,
retire o redutor planetário e controle a superfície do adaptador
(flange) a extremidade da superfície interna do mesmo. Deverá
substituir o adaptado adaptador (flange) se as leituras excedem 0,1
mm. É importante que a base do flexímetro esteja firmemente
apoiada a alguma superfície livre de vibrações, independente da
máquina.
• A base do decanter pode estar deformada ou empenada devido a
calços inadequados. Verifique o nível nos apoios do mancal, com
um nivelador de precisão.
• Os rolamentos do caracol tanto dianteiro como traseiro podem
estar danificados. Retire o caracol para a substituição dos
rolamentos danificados.

13.2 Decanter extremamente barulhento

• A velocidade do cilindro aumentada


• Rolamentos dos mancais começam a demostrar desgaste.
• Parafusos estão desapertados:
➢ Capo central
➢ Caixarias do liquido e do sólido
➢ Proteção da redutora
➢ Amortecedores deteriorados

13.3 Aquecimento

13.3.1 Aquecimento dos mancais


Se o aquecimento estiver acontecendo por excesso de graxa, é
necessário esperar algumas horas antes do mancal voltar a temperatura normal.
No caso contrário, pode se tratar de falta de graxa e de um princípio de
deterioração do rolamento.

13.3.2 Aquecimento do redutor


Um nível de graxa incorreto (demasiado ou pouco)
Lubrificante inadequado
Um princípio de deterioração do redutor.

30
13.4 Clarificação incompleta ou secura

As causas da clarificação incompleta ou secura podem ser.


• Os furos de descarga podem estar numa posição incorreta. Para
mudar a profundidade da camada líquida, afrouxe os parafusos de
aperto da capota do lado de descarga líquida e retire a capota
superior. Remova os parafusos dos pentes de regulagem, e troque
a regulagem conforme os parâmetros necessários para o produto
que o decanter é aplicado, como está explicado na seção 14 de
“FUNCIONAMENTO”;
• As hélices do transportador podem estar muito gastas, permitindo
o aumento excessivo de sólidos no rotor. Resultando numa
descarga de sólidos mais úmidos e ou numa incompleta
clarificação do líquido. Para verificar o transportador, o cilindro
deve ser desmontado;
• A temperatura da alimentação pode estar excessivamente baixa;
• A temperatura de alimentação pode estar muito alta;
• O método de alimentação pode provocar uma degradação do
tamanho dos sólidos ou sua emulsificação. Em geral, evita-se o uso
de bombas de alta velocidade.

13.5 Disparo insistente do braço de torque

O caracol transportador e a caixa redutora estão protegidos contra avarias


por meio de um sistema de controle de torque que dispara a um torque limite do
caracol transportador já pré-estabelecido.

Figura 14: Controlador de torque

31
O funcionamento de todos os tipos de mecanismos de desarme por
sobrecarga baseia-se no princípio de que a força aplicada ao braço de torque é
proporcional à carga imposta ao caracol transportador que movimenta os sólidos
no interior do rotor. O mecanismo padrão de desarme de sobrecarga usa um
braço de torque que está em contato com um calço amortecedor situada na
alavanca atuadora, esta alavanca opera um dispositivo de compressão, que na
posição de marcha é mantida contra o pino de parada devido a força exercida
por uma mola que pressiona o conjunto de componentes. A pressão da mola
pode ser variada pela porca de ajuste que se fixa em sua posição definitiva por
meio de um prisioneiro.
Para diagnosticar o motivo do desarme do sistema de controle de torque,
deve executar os seguintes passos:

• 1 Desligue o decanter e certifique-se de que está completamente


parado;
• 2 Retire a proteção da caixa redutora de engrenagens;
• 3 Gire, com a mão, o braço de torque no sentido horário, para
assegurar-se de que o transportador não está bloqueado por
material estranho. Se o braço girar sem obstrução e a caixa de
engrenagem não girar, retorne a alavanca de torque até a
articulação de compressão ficar de novo contra a alavanca
atuadora de parada. Coloque a proteção da redutora e ponha em
funcionamento a máquina novamente. O cilindro geralmente se
livrará por si mesmo dos sólidos durante o período de aceleração
quando a força centrífuga tem um valor inferior que a plena
velocidade. Se a alavanca de torque não disparar nessas
condições, indicam que os sólidos foram eliminados e a
alimentação pode ser iniciada novamente.
Se o transportador estiver bloqueado, a caixa redutora de engrenagens
girará quando o braço de torque for girando com as mãos no sentido horário. Se
isso ocorrer, ou se a alavanca de torque disparar imediatamente após o retorno
da máquina ao serviço, o rotor terá que ser limpado pois a máquina está
entupida.
Existem dois motivos que podem causar o disparo insistente do braço de
torque são eles:
• A vazão de alimentação, ou a concentração de sólidos podem ser
demasiado altas;
• Materiais estranho pode estar depositado no cilindro. Geralmente,
nesse caso é necessário a desmontagem do transportador.

32
13.6 Desgaste do caracol transportador

Se a alimentação do decanter contiver abrasivos, resultará no desgaste


das hélices do transportador. Tal desgaste pode ser diminuído, endurecendo a
superfície. A menos que, se saiba experimentalmente, que os sólidos não são
abrasivos, estabeleça um programa de inspeção regular, antes de iniciar a
operação, como segue:
Após um mês de operação desmonte o rotor acompanhado por um técnico
da GRATT e examine o transportador, inspecione novamente este após 3
meses, e, estime a partir desses exames a taxa de desgaste. Posteriormente,
faça um exame periódico, baseado nessas taxas de desgaste, arranjando com
a GRATT Indústria de Máquinas Ltda. um endurecimento, antes que o desgaste
atinja o metal mais mole. Se a ação abrasiva continuar até que as bordas da
hélice sejam consideravelmente desgastadas, o reparo do transportador terá
custo elevado.

Figura 15: Revestimento caracol

13.7 Sistema tambor/Rosca Entupido

As eventuais causas de entupimento podem ser:


• Excessivo volume de alimentação;
• Baixa velocidade diferencial entre tambor e rosca;
• Alto teor de sólidos na entrada;
• Afrouxamento das correias.

33
Para normalizar o funcionamento da máquina deve-se executar as
seguintes operações, depois de haver desconectado o quadro elétrico:
- Injetar água quente no tambor pelo tubo de alimentação
• Retirar a correia;
• Rodar manualmente a polia do cilindro, mantendo parado o redutor,
verificar, pelos furos de descarga do lodo, se a rosca se move
livremente;
• Se a rosca estiver livre, girá-la meia volta usando a polia do cilindro;
• Ligar e desligar o motor principal 2 ou 3 vezes em seguida;
• Verificar que a rosca descarregue o lodo presente no tambor.
Caso as operações acima não consigam liberar a rosca, desmontá-la,
solicitando eventualmente a presença da Assistência Técnica GRATT.

13.8 Ruído nos órgãos de transmissão

• Redutor: Desgaste das engrenagens e dos rolamentos e presença


de resíduos metálicos no óleo lubrificante: proceder a
desmontagem do redutor, consultar a Assistência Técnica GRATT.
• Correias: Correias frouxas ou gastas. Verificar a tensão e
eventualmente substituí-las se necessário.

13.9 Velocidade do rotor muito baixa e/ou tempo de partida


demasiadamente longo

• Queda de tensão na rede elétrica de alimentação ou voltagem


nominal da rede inferior do motor: Conferir a tensão da rede
elétrica de alimentação e eventualmente tomar as providências
adequadas.
• Motor com defeito: Consertar ou substituir o motor.
• Sujeira presa entre tambor e carcaça: Lavar e drenar o interior
da carcaça.

13.10 Detalhes a serem observados antes e durante operação

Alguns detalhes são de fundamental importância para segurança,


instalação e operação do decanter, são eles:
• Ao instalar o decanter não esqueça o uso da sub-base e dos
amortecedores;
• Não descuide da lubrificação, segundo foi descrito anteriormente;
• Não coloque elemento algum diretamente contra a carcaça;
• Não faça funcionar a máquina se houver uma vibração excessiva;

34
• Não se esqueça de acionar manualmente o dispositivo de controle
de torque pelo menos uma vez por semana, para assegurar-se que
está em condições de operar satisfatoriamente;
• Não se esqueça de limpar perfeitamente a máquina ao final de
cada operação;
• Não inicie a alimentação até que a máquina tenha alcançado
rotação nominal;
• Não abra a capota superior até que a máquina pare totalmente;
• Não substitua peça alguma, a menos que esteja corretamente
posicionada;
• Não faça intercâmbio de peças de um cilindro a outro.

• Não faça funcionar o decanter a menos que tenha verificado


primeiramente a direção da rotação do cilindro. O cilindro deve girar
no sentido horário (sentido indicado na máquina com seta) quando
visto do extremo da polia. Durante a instalação inicial e após
qualquer trabalho no sistema elétrico, verifique isto antes de pôr em
funcionamento à máquina.

• Obs: Quando for operar o decanter pela primeira vez após


substituição dos rolamentos, lubrifique-os como foi descrito na
seção 9 “LUBRIFICAÇÃO”.

14 FUNCIONAMENTO E REGULAGENS

A suspensão de sólidos insolúveis a ser separada é introduzida na zona


de alimentação do transportador, através de um tubo de alimentação montado
axialmente. A descarga é feita por aberturas localizadas no centro do caracol
transportador.
Quando os sólidos se separam da suspensão são conduzidos pela força
centrífuga para a parede do cilindro. Os sólidos são movimentados pelo
transportador ao longo da parede do cilindro até a zona cônica e posteriormente
descarregando pelos bocais de descarga de sólidos situados na extremidade do
cone onde os sólidos são lançados para a parte inferior da carenagem.
O líquido clarificado flui para a parte traseira do cilindro onde é
descarregado pelas aberturas pentes de regulagens. Estes pentes podem ser
ajustados a sua posição para variar a profundidade do líquido no cilindro
(conhecido como “profundidade da camada líquida”). As posições da descarga
são numeradas. Quando o furo da descarga leva o número mais alto à camada
de líquido no rotor está na sua mínima profundidade, ou seja, com o menor
tempo de retenção hidráulica.

35
14.1 Efeito da variação da profundidade da camada liquida

O grau de sedimentação dos sólidos que ocorre no cilindro do decanter


para qualquer aplicação especifica é uma função do:
• Tempo de resistência média da base líquida do cilindro;
• A efetiva força centrífuga que atua sobre a suspensão.
Esses fatores podem ser controlados, dentro de certos limites, para obter
os resultados ótimos, fazendo certos ajustes no decanter.
O cilindro está equipado com pentes de regulagem, estes pentes de níveis
são ajustáveis, sendo fixados, para controlar a capacidade de retenção da fase
liquida dentro de um limite relativamente extenso.
Uma maior profundidade da camada líquida no cilindro resultará na
máxima clarificação do líquido descarregado e o máximo arraste de umidade nos
sólidos descarregados, para uma determinada vazão de alimentação de uma
dada suspensão de sólidos insolúveis.
Já, uma profundidade da camada líquida mais rasa, o cilindro resultara
numa reduzida clarificação do líquido descarregado, e na máxima secura dos
sólidos descarregados, para uma determinada vazão de uma da suspensão de
sólidos insolúveis. Portanto, se a máxima eficiência de clarificação for o objetivo
principal e o teor de umidade livre dos sólidos descarregados for secundário, a
mais profunda camada líquida deve ser usada. A mais rasa camada líquida é
usada quando a máxima secura dos sólidos for o objetivo principal. Para sólido
de fácil sedimentação, uma descarga de líquido clarificado e secura máxima dos
sólidos podem ser possíveis até mesmo na mais rasa camada líquida, na vazão
requerida e na temperatura de operação. É óbvio, portanto, que a fixação ótima
da camada líquida para cada aplicação pode ser determinada somente levando
em conta os resultados desejados e pela experiência na aplicação.

Figura 16: Pente de regulagem

36
14.2 Efeito da variação de velocidade

A força centrífuga de um rotor centrifugo é uma função do produto:


diâmetro do rotor pelo quadrado da velocidade de rotação (rpm). Desde que o
diâmetro do decanter é fixado, a força centrífuga da máquina pode ser variada
somente pela mudança de velocidade de rotação do cilindro. Normalmente para
trabalho de clarificação, é usada a máxima velocidade do cilindro, entretanto
quando se deseja clarificar, isto é, remover partículas sólidas de um tamanho e
densidades maiores que as especificadas e deixar as menores partículas em
suspensão no líquido descarregado, pode ser necessário reduzir a velocidade
do cilindro. Essa redução da velocidade do cilindro pode ser feita mudando
parâmetros do inversor de frequência.

14.3 Regulagens

Figura 17: Ponteira do líquído regulagem da água

As regulagens variam o nível de liquido dentro do equipamento onde nas


regulagens 01 e 02 podemos ter níveis altos que favorecem a clarificação e
extração de sólidos mais úmidos. Já nas regulagens 03 e 04 o nível de líquidos
se torna baixo favorecendo a secagem porem em alguns casos pode haver
partículas solidas no clarificado.

37
15 TRANSMISSÃO

A transmissão de movimento entre o motor elétrico e o conjunto rotativo é


feito através de correia, para um bom funcionamento do sistema e longa vida útil
da correia, deve-se verificar a tensão da correia periodicamente em intervalos de
1000 horas de operação. Para caso de substituição da correia é fundamental
que o alinhamento entre a polia do motor e a polia do conjunto rotativo seja
verificado antes de ligar o equipamento para evitar desgaste prematuro da
correia e dos canais das polias.
Um decanter centrifugo é constituído de um cilindro cónico e de um
caracol transportador destinado a extrair sedimentos aplicados pela força
centrifuga na parede do cilindro.
O caracol transportador é acionado em relação ao rotor (cilindro), por uma
caixa redutora montada sobre um adaptador (flange) unido a ponteira traseira,
encaixando-se na bucha estriada fixa ao cubo do transportador.

Figura 18: Transmissão


Cálculo da velocidade do cilindro
Vc = Velocidade do cilindro
Dc = Diâmetro da polia do cilindro
Dm = Diâmetro da polia do motor
Rm = Rotação do motor
Desta forma a velocidade do cilindro se dá pela formula abaixo

38
𝑃𝑚
𝑉𝐶 = ∗ 𝑅𝑚
𝑃𝑐
Exemplo:
Dc = 135 mm
Dm = 255 mm
Rm = 1800 rpm

255
𝑉𝐶 = ∗ 1800
135

Vc é igual a 3400 rpm

15.1 Dispositivo de segurança

O braço de torque é instalado no chassi do decanter juntamente com uma


chave fim de curso, estes dispositivos protegem o decanter contra eventuais
sobrecargas.
Quando aplicado uma sobrecarga no conjunto rotativo do decanter, este
faz com que o braço de torque exerça uma força alta contra o batente, esta força
sendo maior que a da mola do dispositivo o dispara, acionando a chave fim de
curso e interrompendo instantaneamente o funcionamento do decanter.

15.2 Regulagem braço de torque

O dispositivo controlador de torque deve estar fixado ao chassi do


Decanter por meio de quatro (04) parafusos Allen A2-70 - M10x40mm. Em
seguida deve-se posicionar o batente (item 14) do dispositivo controlador de
torque próximo ao braço de torque, conforme figura (01).

39
Figura 19: Dispositivo controlador de torque montado ao chassi.

Para efetuar a regulagem do dispositivo de controle de torque,


primeiramente devem-se desparafusar os dois (02) parafusos (item 13) que
impede o tambor de regulagem (item 09) de se movimentar sobre o pino de
regulagem (item 07).

Figura 20: Vista em corte do dispositivo controlador de torque. 2

O tambor de regulagem (item 09) estando livre para movimentação deve


ser rosqueado sobre o pino de regulagem (item 07) no sentido horário para
comprimir a mola (item 10).
A mola (item 10) deve ser comprimida a tal ponto que o dispositivo
controlador de torque desarme ao ser submetido a uma força de 35 Kgf no ponto
de contato entre o batente (item 14) e o braço de torque.

40
Figura 21: Controlador de torque

Tabela 1: Lista de peças controlador de torque


Ite Descrição Qtde Código
m
1 ALAVANCA CONTROLE TORQUE 85MM 1 02.01.009.001.200307
2 ANEL ELASTICO EXT AÇO CARB 1 01.05.001.004.000383
3 BASE CONTROL TORQUE 280X85MM 1 02.01.009.001.200311
4 BATENTE Ø30X35MM 1 02.01.009.001.200299
5 CUPILHA AISI 304 Ø3,2X22MM DIN94 2 01.05.001.008.001657
6 GRAXEIRA AISI 304 1/4" UNF DIN1404 2 01.05.007.007.000920
7 MOLA ARAME AÇO MOLA Ø6MM 1 01.05.007.016.001214
8 PARAF ALLEN SEM CAB OX M6X10 UNC DIN916 2 01.05.001.001.000238
9 PINO DESARMADOR Ø23,9X80MM 1 02.01.009.001.200308
10 PINO LIGAÇAO Ø19X50MM 1 02.01.009.001.200298
11 PINO LIMITE Ø12,5X68MM 2 02.01.009.001.200310
12 PINO REGULAGEM 23X95MM 1 02.01.009.001.200300
13 PINO TAMBOR Ø20X86MM 1 02.01.009.001.200309
14 TAMBOR PRESSAO Ø55X116MM - MO 1 02.02.009.001.200306
15 TAMBOR REGULAGEM Ø45,5X42MM 1 02.01.009.001.200301

41
16 DIMENSÕES GERAIS

A figura 22 junto a tabela 5 demonstra de forma geral as dimensões do


decanter, em três vistas.

Figura 22: Dimensões

Tabela 2: dimensões e peso

Dimensões A B C D E Peso

540mm 396mm 720mm 1666mm 670 mm 435 kg

17 ALIMENTAÇÃO E DESCARGAS
17.1 Alimentação

O decanter deve ser alimentado por uma bomba de deslocamento


positivo, a tubulação deve possuir um diâmetro igual ou maior que 1.1/4’’,
reduzindo na entrada do decanter para 1", o acoplamento entre a tubulação de
alimentação e o tubo de alimentação do decanter deve ser feito através do um
tubo flexível ou de um mangote para evitar que a carga ou esforço da tubulação
venha a danificar o tubo de alimentação.

42
A alimentação da máquina não deve sofrer rápidas variações
quantitativas é também indispensável que haja um sistema de peneiramento
antes da entrada do decanter, aconselha-se que isso seja feito antes mesmo da
bomba de alimentação para reter partículas maiores que 2,0mm.

Figura 23: Alimentação

17.2 Descarga de Sólidos

As partículas sólidas são descarregadas através da força


centrífuga e direcionadas para a parte de baixo do decanter que saem por uma
abertura na carcaça de coleta com dimensões de 145x330 mm. Normalmente os
sólidos são removidos através de uma rosca transportadora, esta rosca não deve
ser fixada a diretamente na caixaria do decanter, é importante manter a boca da
rosca a uma distância entre 5 e 10mm da caixaria do solido para que a vibração
do decanter não atinja a rosca.

43
Figura 24: Descarga do sólido

44
18 INSTALAÇÃO DO DECANTER

Para montar o decanter primeiramente deve-se iça-lo através dos


4 olhais fixados no chassi conforme figura 20, e posiciona-lo sobre a base onde
a máquina deve ser instalada, nivele o chassi. Para nivelar utilize um nível de
precisão colocando-o sobre uma das superfícies de apoio de um dos mancais,
ou utilize uma mangueira de nível.
Verifique se os pinos guias dos mancais estão posicionados
corretamente, reaperte os parafusos M10x50mm alternadamente (tipo cruz) com
torque de 150 N.m aperte novamente todos os parafusos até atingir o torque de
190 N.m.

Figura 25: Instalação decanter

45
18.1 Detalhes da base de fixação

Para confeccionar a base de fixação respeite as dimensões


conforme mostra a figura abaixo.

Figura 26: Base civil para o decanter.


As dimensões apresentadas no desenho acima são apenas para
referência, portanto deve-se calcular a estrutura conforme o tipo solo e
características do concreto para dimensionar a ferragem necessária e a
espessura do piso, considerando o peso dinâmico da máquina como referência.
Aconselha-se não confeccionar bases com altura superior a 1200
mm.

18.2 Espaço para manutenção

Para facilitar a manutenção do decanter é importante que tenha um


espaço amplo ao seu redor e que contenha uma estrutura para içamento e
deslocamento, portanto é aconselhável que deixasse pelo menos um espaço de
2,5m em uma das laterais e que tenha uma talha com capacidade de carga
mínima de 2 toneladas.

46
Figura 27: Espaço manutenção

Tabela 3: Dimensões para a manutenção decanter

Cota A B C D E F

Dimensões 1666mm 669 mm 800 mm 1500 mm 2969 mm 3188mm

18.3 Posto de trabalho

A operação do decanter oferece alguns riscos ao operador e por isso alguns


cuidados devem ser tomados, são eles:
• Sempre utilizar protetor auricular;
• Sempre utilizar óculos de segurança;
• Nunca retirar nenhuma carenagem ou proteção sem que o equipamento esteja
desligado e completamente parado;
• Evite a proximidade com o equipamento, faça isso somente quando houver a
necessidade;

47
• Não lubrificar os rolamentos do caracol com a máquina em movimento, aguarde
a parada total;
• Não abra a tampa do painel elétrico sem que tenha qualificação para exercer
atividades de manutenção elétrica.

18.3.1 Formação do operador:


É indispensável que o operador do decanter centrífugo tenha alguns
conhecimentos específicos para poder operar o equipamento corretamente, são eles:
Habilidade com IHM (interface homem máquina) que controla o decanter através
do painel elétrico e que indica possíveis falhas;
Conhecimento básico sobre o princípio de separação centrífuga;
Conhecimento básico em mecânica e lubrificante.

18.4 Interligações hidráulicas

Deve-se ter o cuidado onde houver possibilidade de entupimento do cilindro ou


da linha de alimentação devido à presença de partículas de tamanho demasiado grande
na alimentação, pode ser necessária à remoção das partículas maiores ou realizar um
peneiramento.
Ligue a tubulação de alimentação ao tubo de alimentação por meio de uma
mangueira flexível. Não utilizar um cano rígido, pois as cargas impostas ao tubo de
alimentação podem deformá-lo, fazendo com que danifique o interior do cilindro.
Aconselha-se utilizar uma linha conectada a da alimentação para a higienização
interna do cilindro e caracol transportador ao final de cada ciclo de operação, para isso
deve ser utilizado água quente, entre 70 a 85C, coloque uma válvula de controle perto
da linha de alimentação, de modo que os sólidos da alimentação não obstruam a linha
de lavagem, quando esta não está em uso.
Não ligue nada diretamente às capotas. A força de reação dos encanamentos
originada pela variação de temperatura não deve ultrapassar 25 Kg.
O sistema de alimentação do decanter deve ser escolhido de maneira adequada,
para cada aplicação individual.
Utilize sempre um flexível entre a rede de alimentação e o cano central de
alimentação do decanter conforme indicado no item "ALIMENTAÇÃO E DESCARGA".

18.5 Instalações elétricas

A Gratt recomenda algumas regras praticas para as instalações elétricas do


decanter:

48
Antes de fazer qualquer ligação elétrica verificar se a chave geral está desligada
(OFF).

Antes de fazer as ligações elétricas verificar o aterramento da máquina.


Faça as ligações elétricas ao motor e a chave, de acordo com o diagrama elétrico
fornecido. Devido à alta carga de inércia do cilindro, uma chave de partida deverá ser
usada para que eliminem dispositivos de proteção por sobrecarga, durante o tempo em
que o motor é acelerado. Esta prolongada alta corrente de partida requer o uso de cabos
de tamanho maior que aqueles indicados para a plena carga do motor.
Faça primeiramente ligações elétricas provisórias, e então parta a máquina por
instantes, e verifique se o sentido da rotação da máquina está de acordo com a indicação
gravada na mesma.
Ligue o interruptor do controle de torque limite, ao circuito de retenção da bobina
da bomba de alimentação, ou a uma válvula solenóide na linha de alimentação, de modo
que a alimentação seja cortada imediatamente, se o controle de torque (chave fim de
curso) disparar. O disparo indica que o transportador está sobrecarregado ou pode estar
obstruído com material estranho. Este interruptor pode também, ser usado, ao mesmo
tempo para desligar o motor de acionamento ou para ativar um alarme sonoro ou
luminoso.
É aconselhável instalar um amperímetro na linha do motor se não houver inversor
de frequência. Verificando periodicamente a leitura do amperímetro é possível
determinar se a máquina está sobrecarregada ou não. Uma corrente de funcionamento
maior que a normal, significa sobrecarga e a alimentação deve ser reduzida.

18.6 Lubrificação inicial

O decanter já saí de fábrica lubrificado, portanto não há necessidade de


lubrifica-lo antes do start-up, porém para as lubrificações periódicas é necessário que
utiliza-se os seguintes lubrificantes:
Para a caixa redutora de engrenagens: Bardahl Maxlub 12846
Para os rolamentos dos mancais e caracol: GRATT LUB GBE 2T, ITW
Rocol SAPPHIRE HI-TEMP 2

19 HIGIENIZAÇÃO

Na maioria das aplicações a lavagem com água fria ou quente pode ser suficiente,
para outras aplicações é necessária uma solução com (solventes), antes da utilização
de solventes consultar um técnico da GRATT.

49
Para possibilitar a higienização é necessário que haja uma linha de lavagem com
água/solução com pressão entre 0,3 a 2,0 kg/cm², sendo esta antes da bomba de
alimentação do decanter com uma vazão de agua igual a de alimentação do decanter
ou conforme tabela abaixo.
Quando o processo de alimentação do fluido é interrompido para as operações
normais de parada da máquina ou para intervenções de emergência por problemas nos
acessórios da planta, é recomendável efetuar a lavagem da máquina como segue:
• Cortar a alimentação;
• Injetar água fria/quente (ou eventualmente outro fluido indicado),
dependendo da natureza e da temperatura do produto processado, através
do tubo de alimentação;
• Colocar a máquina em rampa de desaceleração até o motor principal
atingir 100 rpm;
• Colocar a máquina em rampa de aceleração até o motor principal atingir
300 rpm;
• Repetir o procedimento 3 a 4 vezes;
• O tempo de lavagem deve ser de no mínimo 20 minutos ou o suficiente
para eliminar do interior da máquina os sólidos residuais e o líquido
clarificado;
• Desligar a água de higienização e desligar o equipamento.

Tabela 4: Vazão higienização
Vazão de higienização (l/h)
Decanter
1000
186 S
2000
230 L/S/G
4000
355 L/S/G/R1/R1B
8000
400 S/L/R1/R1B/LD
15000
470 E/L/S/G/R1
25000
620 LA/LS/GA/GS/SAN
30000
808 L

50
Tabela 5: Higienização
Tipo de higienização
Produto
Água fria (Temperatura ambiente)
Lodo primário
Água fria (Temperatura ambiente)
Lodo biológico
Água quente (90ºC)
Gordura animal
Água fria (Temperatura ambiente)
Lacticínio
Água fria (Temperatura ambiente)
Suco
Água fria (Temperatura ambiente)
Plasma sanguíneo
Água quente (90ºC)
Produtos 3 fases (“óleo”)

A operação é necessária para evitar a permanência e a sucessiva fermentação


do produto no tambor, provocando a formação de cheiros desagradáveis (indesejáveis
nos processos alimentares ou similares) e mais ainda para evitar que as partes móveis
fiquem coladas às partes fixas da máquina.
Esta situação criaria problemas na próxima partida (excessiva absorção de
potência no motor principal).
Com a máquina desligada e o cilindro parado, a cada 30 dias deverá ser retirado
o tubo de alimentação, suporte do tubo de alimentação e proteção da correia, com uma
mangueira deverá ser realizado a higienização do anel interno do caracol conforme
figura abaixo.
Deve-se semanalmente realizar na máquina uma higienização externa em todas
as proteções da máquina.

Figura 28: Retirada tubo de alimentação

51
Figura 29: Higienização anel interno

20 PARADA
A manobra de parada por qualquer motivo, (término da operação ou problemas
no sistema de desidratação) deve ser efetuada depois da operação de lavagem, seção
HIGIENIZAÇÃO” deste manual, acionando o botão de parada.
O tempo de passagem da velocidade de regime à velocidade zero demora
aproximadamente 7 minutos, devido ao elevado momento de inércia do rotor e do anel
líquido no interior do tambor.

21 CONSTRUÇÃO MECÂNICA
O rotor consiste de um cilindro ao qual são fixados às ponteiras, as extensões
horizontais destas ponteiras estão montadas em mancais. A união entre a ponteira
traseira e o cilindro do rotor, assim como a união entre a ponteira dianteira e a cilindro
do rotor estão vedadas contra vazamentos por meio de anéis de anéis O’rings.
Na parte externa do cilindro do rotor há canais que coincidem com as divisões
existentes na carcaça, formando câmaras, que impedem o contato entre as fases sólidas
e líquidas no momento da descarga.
Dentro do rotor (cilindro) está o transportador. Em cada extremidade do
transportador há um inserto removíveis (cubos), dentro do qual se encontram os
rolamentos que apoiam o transportador, e os retentores. Os retentores do transportador
evitam que o produto chegue aos rolamentos, e ao mesmo tempo impedem que a graxa
de lubrificação passe do rolamento para a zona de alimentação.
O transportador é acionado em relação ao rotor (cilindro), por uma caixa de
engrenagem montada sobre um adaptador (flange) unido a ponteira traseira,
encaixando-se na bucha estriada fixa ao cubo do transportador.

52
Um rolamento está montado na parte traseira do transportador, para suportar as
cargas axiais e radiais, enquanto um rolamento é montado na parte dianteira do
transportador para suportar as cargas radiais.
Capôs cobrem o rotor formando compartimentos que coletam os sólidos numa
extremidade e o líquido na outra, enviando-as em correntes separadas para fora da
máquina.

21.1 Lista de peças

53
Figura 30: Decanter

54
Tabela 6: Lista de peças decanter

Item Descrição Qtde Código


1 ADESIVO "NAO TOQUE COM A MAQUINA EM OPERAÇAO" 1 01.05.007.020.004945
2 ADESIVO 70X100MM NÃO REMOVA A TAMPA 2 04.04.006.001.005216
3 AMORTECEDOR VIBRAÇAO NB Ø100X55MM 60SHA 4 01.05.007.017.001803
4 ANEL O´RING 1 02.01.009.001.274349
5 ARRUELA BRAÇO TORQUE MOTOR M10 - Ø65 1 02.01.009.001.200295
6 ARRUELA FIXAÇAO MOTOR 25X45 - M12 4 02.01.009.001.200297
7 ARRUELA LISA A2 M10 36 01.05.001.003.000078
8 ARRUELA LISA A2 M12 4 01.05.001.003.000085
9 ARRUELA LISA A2 M4 2 01.05.001.003.000091
10 ARRUELA LISA A2 M8 16 01.05.001.003.000093
11 BARRA ROSCADA AISI 304 M16X100MM 4 02.01.009.001.205178
12 BUCHA ESTICADORA MOTOR M12X20MM 2 02.01.009.001.200252
13 CAIXARIA INFERIOR 540X276MM 1 02.02.009.001.274440
14 CAIXARIA SUPERIOR 540X276MM 1 02.02.009.001.274368
15 CALHA REG MOTOR 330X103MM - MO 1 02.02.009.001.204061
16 CALHA REG MOTOR 330X103MM - MO - 02 1 02.02.009.001.204062
17 CHASSI Ø186X590MM 1 02.01.009.001.274354
18 CHAVE FIM CURSO SCHMERSAL ZV7H 236 11ZP 1 01.10.002.001.001815
19 CILINDRO Ø186X624 - 9° - 2F - CO 1 02.04.009.001.274413
20 CONTROLADOR TORQUE 280X85MM MOLAØ5 - MO 1 02.02.009.001.200312
21 CORREIA 3/3VX 335 TORQUE TEAM 1 01.05.003.001.001196
22 FUNIL Ø186 - 2F - MO 1 02.02.009.001.274380
23 MOTOR ELETRICO 10CV 2 POLOS 1 01.04.003.001.001425
24 PARAF ALLEN CAB CILIND A2 M10X40 MA RT 4 01.05.001.001.000175
25 PARAF ALLEN CAB CILIND A2 M4X30 UNC RT 2 01.05.001.001.000185
26 PARAF ALLEN CAB CILIND A2 M8X20 UNC RT 4 01.05.001.001.000190
27 PARAF ALLEN CAB CILIND A2 M8X80 MA RP 2 01.05.001.001.000116
28 PARAF ALLEN CAB CILIND OX M8X40 UNC RT 8.8 1 01.05.001.001.000228
29 PARAF OLHAL ZB M16X28 UNC 4 01.05.001.005.000480
30 PARAF SEXT A2 M10X20 MA RT 10 01.05.001.001.000278
31 PARAF SEXT A2 M10X25 MA RT 9 01.05.001.001.000279
32 PARAF SEXT A2 M10X45 MA RT 6 01.05.001.001.000283
33 PARAF SEXT A2 M10X50 MA RT 12 01.05.001.001.000284
34 PARAF SEXT A2 M12X50 MA RT 6 01.05.001.001.000290
35 PARAF SEXT A2 M8X30 MA RT 12 01.05.001.001.000319
36 PINO ELASTICO AÇO CARB M6X20 4 01.05.001.008.000450
37 PINO ELASTICO AÇO CARB M8X40 4 01.05.001.008.000454
38 PINO ELASTICO AÇO CARB M8X60 2 01.05.001.008.000455
39 PINO GUIA CILIND AÇO CARB M8X40MM 2 01.05.001.008.000462

55
40 PLACA DE IDENTIFICAÇAO GRATT 280X120MM 2 01.05.007.020.004947
41 PLACA DE IDENTIFICAÇAO NUMERO DE SERIE 1 01.05.007.020.004948
42 PLACA SETA SENTIDO POLIESTER 1 01.05.007.020.001641
43 POLIA MOTOR Ø150 3 - 3V 1 02.01.009.001.274353
44 PORCA SEXT A2 M12 MA 4 01.05.001.002.000484
45 PORCA SEXT A2 M4 MA 2 01.05.001.002.000488
46 PORCA SEXT A2 M8 MA 2 01.05.001.002.000490
47 PROT INF REDUTOR ET3010 - MO 1 02.02.009.001.274420
48 PROT SUP REDUTOR ET 3010 - SC 1 02.03.009.001.274376
49 PROTEÇAO CORREIA 381X85 - MO 1 02.02.009.001.274385
50 SUPORTE TUBO ALIMENTAÇAO Ø30 1 02.01.009.001.274352
51 TAMPA INSPEÇAO REDUTOR 372X254MM 1 02.01.009.001.274351
52 TUBO ALIMENTAÇAO Ø30X450MM - MO 1 02.02.009.001.256102
53 TUBO FLEXIVEL LT Ø3/4"X8" 1 01.05.007.013.003658

56
21.2 Cilindro

57
Figura 31: Subconjunto cilindro
Tabela 7:Lista de Peças subconjunto cilindro

Item Descrição Qtde Código


1 PARAF ALLEN CAB CILIND OX M8X25 MA RT 8.8 8 01.05.001.001.000226
2 ANEL ELASTICO INT AÇO CARB 1 01.05.001.004.000393
3 ANEL ELASTICO INT AÇO CARB 1 01.05.001.004.000397
4 ANEL ENCOSTO CARACOL 1 02.01.009.001.200279
5 ANEL PISTAO MOTOR VW FUSCA 1300 4 01.05.002.002.004954
6 ANEL VEDAÇAO CAIXARIA 2 02.01.009.001.200258
7 ANEL VEDAÇAO FLANGE 1 02.01.009.001.200256
8 ANEL VEDAÇAO POLIA 1 02.01.009.001.200259
9 ARRUELA BRAÇO TORQUE MOTOR M10 - Ø65 1 02.01.009.001.200295
10 BRAÇO TORQUE Ø40X210MM 1 02.01.009.001.208576
11 BUCHA ENCOSTO BRAÇO TORQUE Ø40X26MM 1 02.01.009.001.208577
12 CARACOL Ø186X400MM - CO 1 02.04.009.001.274401
13 CILINDRO Ø186X624 - 9° - 2F - SC 1 02.03.009.001.274410
14 EIXO TRANSMISSAO Ø40X330MM 1 02.01.009.001.274412
15 FLANGE REDUTOR ET3010 1 02.01.009.001.225901
16 GRAXEIRA AISI 304 1/4" UNF 2 01.05.007.007.000920
17 MANCAL Ø120X72MM 2 02.01.009.001.200262
18 PARAF ALLEN CAB CILIND A2 M8X60 UNC RT 8 01.05.001.001.000193
19 PARAF ALLEN CAB CILIND OX M6X25 UNC RT 8.8 6 01.05.001.001.000225
20 PARAF ALLEN CAB CILIND OX M8X30 MA RT 8.8 8 01.05.001.001.000227
21 PARAF ALLEN SEM CAB A2 M6X6 UNC 6 01.05.001.001.000234
22 PARAF SEXT A2 M10X25 MA RT 1 01.05.001.001.000279
23 PINO GUIA CILIND AÇO CARB M6X30MM 2 01.05.001.008.004184
24 PINO GUIA CILIND AÇO CARB M6X35MM 2 01.05.001.008.000469
25 POLIA CILINDRO Ø120 3 - 3VX 1 02.01.009.001.200260
26 RETENTOR VEDAÇAO INTERNA 1 01.05.002.001.001373
27 RETENTOR VEDAÇAO INTERNA 2 01.05.002.001.001375
28 ROLAMENTO 1 01.05.004.001.001455
29 ROLAMENTO 1 01.05.004.007.001467
30 ROLAMENTO 1 01.05.004.004.001473
31 TAMPA EXTERNA MANCAL Ø89 2 02.01.009.001.200261
32 TAMPA INTERNA MANCAL Ø76 2 02.01.009.001.200263
33 MO REDUTOR PLANETARIO 3010_FE 1 02.02.009.001.278434

58
21.3 Caracol

Figura 32: Caracol


Tabela 8: Lista de peças caracol

Item Descrição Qtde Código


1 CARACOL Ø186X400MM - SC 1 02.03.009.001.274398
2 ANEL CARACOL 1 02.01.009.001.274400
3 PINO GUIA CILIND AÇO CARB M6X25MM 2 01.05.001.008.004185
4 CUBO DIANTEIRO CARACOL Ø50 1 02.01.009.001.274399
5 PARAF ALLEN CAB CILIND A2 M6X20 MA RT 14 01.05.001.001.000187
6 PARAF ALLEN SEM CAB A2 M6X6 UNC 4 01.05.001.001.000234
7 CUBO ENTALHADO Ø60X45MM 1 02.01.009.001.200265
8 PARAF ALLEN CAB CILIND OX M10X25 UNC RT 8.8 8 01.05.001.001.000217
9 CUBO TRASEIRO CARACOL Ø90 1 02.01.009.001.200264
10 ROLAMENTO 2 01.05.004.002.001463
11 ANEL ORING 1 01.05.002.002.003429
12 RETENTOR VEDAÇAO INTERNA NB BRG 2 01.05.002.001.001376
13 ANEL ELASTICO EXT AÇO CARB 1 01.05.001.004.000379
14 ANEL ELASTICO INT AÇO CARB 2 01.05.001.004.000395

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22 MONTAGEM
22.1 Remoção da redutora

• Remova o protetor da caixa redutora.


• Retire o braço de torque.
• Sustente a caixa redutora com a alça unida a uma talha, de modo que o
eixo estriado não seja danificado quando a caixa for retirada.
• Remova os parafusos do adaptador (flange) da redutora.
• Sustente a redutora e retire-a com cuidado para não danificar o eixo
entalhado.
• Não tente fazer reparo na caixa redutora. Se quaisquer partes forem
danificadas, o conjunto completo deve ser substituído por nova caixa de
redutora. A caixa redutora danificada deve ser retornada a Gratt Ind. e
Com. Ltda. para reparos.

22.2 Instalação da caixa redutora

• Sustente a caixa redutora com uma alça unida à talha. Levante-a numa
altura suficiente, de modo que o eixo estriado possa entrar no adaptador
da redutora e na ponteira traseira.
• Empurre o eixo estriado da caixa de redutora para dentro do adaptador
(flange). Gire levemente o cilindro do decanter pressionando ao mesmo
tempo a redutora na estria para encaixar na bucha estriada no caracol
transportador.
• Gire o eixo do pinhão até os furos rosqueados dos redutores estarem
alinhados com os furos do adaptador (flange).
• Empurre a redutora para dentro da cavidade do adaptador (flange).
Coloque e aperte os parafusos do adaptador (flange).
• Gire a redutora até que um dos botões esteja em sua posição mais elevada
e verifique o nível do óleo, como foi descrito na seção de
“LUBRIFICAÇÃO”.
• Recoloque o conjunto de controle de torque empurrando para baixo a
alavanca de torque e coloque o protetor da redutora.

22.3 Remoção do caracol transportador

• Remova a proteção da redutora.


• Remova os parafusos das capotas e retire as superiores.
• Desaperte os parafusos do suporte do tubo de alimentação e remova-o.
• Retire a redutora como foi descrito na seção 17 de “MANUTENÇÃO” deste
manual.

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• Remova os pinos guias dos mancais parafusados aos pinos, que atuarão
como extrator.
• Remova os parafusos dos mancais.
• Levante o rotor (cilindro) a caixa redutora acoplada ao rotor (cilindro).
• Coloque cuidadosamente o rotor (cilindro) sobre uma superfície limpa na
posição horizontal.
• Coloque o rotor (cilindro) na posição horizontal.
• Retira-se a ponteira traseira do cilindro por meio de parafusos extratores.
Assegura-se de que as pontas destes parafusos não sejam pontiagudos
ou quebradas, para evitar riscos nas superfícies em que eles se apoiem.
• O conjunto composto pelo adaptador da redutora, mancal e ponteira
traseira pode agora ser retirado. Deixe o conjunto à parte num local limpo.
Obs: A remoção do transportador e demais peças do rotor (cilindro) podem ser
feitas na vertical desde que haja gabaritos especiais para remoção sem que danifique
os componentes.

22.4 Remoção e desmontagem do rolamento traseiro do caracol


transportador

Este método explica a remoção de um rolamento danificado. Se o rolamento está


ainda em boas condições então não necessita ser removido do caracol.
• Remova os parafusos da tampa traseira do caracol.
• Utilizando os parafusos extratores retire a tampa traseira do caracol a qual
serve de suporte dos retentores e doa rolamentos

22.5 Remoção e desmontagem dos rolamentos dianteiros do caracol


transportador

• Remova os parafusos da ponteira do solido e utilize os parafusos


secadores para retirar está.
• Com o extrator remova os rolamentos da ponteira do solido.

22.6 Para montar o transportador

• Fixe o cubo entalhado ao tubo traseiro do transportador através dos


parafusos;
• Monte a capa interna do rolamento e depois fixe está com anel elástico.

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• Coloque os dois retentores no suporte de retentor do cubo dianteiro e mais
o anel O’ring.

• Coloque os dois retentores no suporte de retentor do cubo traseiro mais o


anel O’ring e os dois rolamentos;
• Insira o suporte de retentor e dos rolamentos no tubo traseiro do caracol
com os retentores montados cuidando para que o anel O’ring fique na
posição certa de montagem e então parafuse-o.

22.7 Montagem do cilindro

• Com o cilindro na posição vertical, suspenda a ponteira do sólido e a


encaixe na outra extremidade do cone, logo após parafuse a também.
• Agora retorne o cilindro na posição horizontal.
• Posicione o transportador verticalmente com a parte traseira para cima.
• Suspenda a ponteira do liquido e a encaixe ao transportador.
• Após fixar a ponteira ao transportador, baixe-os na posição horizontal.
• Com o auxílio do gabarito para transporte suspenda o transportador e o
introduza horizontalmente dentro do cilindro.
• Ajuste todos os parafusos uniformemente, para que eles não permitindo
que se torçam durante a operação.
• Depois que todos os parafusos foram apertados manualmente, verifique o
aperto, golpeando suavemente a chave de mão com um martelo leve. Se
os parafusos não estão apertados pode afrouxar-se durante a operação.
• Verifique as condições das superfícies da base do mancal, dos rolamentos
e dos pinos; todas as superfícies correspondentes devem estar limpas e
livres de rebarbas.

23 FERRAMENTAS

Ferramentas utilizadas na manutenção:


- Parafuso sacador: M8, M10 M12

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Figura 33 : Parafuso sacador

- Chaves:19,17, 14, 13 e 11, e 8 boca ou estrela

Figura 34: Chave de boca

- Chaves Allen sextavada M3, M4, M5, M6, M10 e M8

Figura 35: Chave parafuso Allen sextavada

Alicate para anéis externo bico reto 7’’


Alicate para anéis interno bico reto 7’’

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Figura 36: Alicate para anéis
Martelo pena1 kg

Figura 37: Martelo pena

Batedor de nylon

Figura 38: Batedor de Nylon

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Sacador de polia com 3 garras articuladas 520 mm

Figura 39: Sacador de polia

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24 ANEXOS

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