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Qual são as três principais atividades logísticas?

Atividade de transporte
Para a imensa maioria das empresas, essa é uma atividade extremamente
importante, pois é essencial para o fluxo de materiais e representa um custo
considerável dentro dos processos de distribuição. Através de seus planos
estratégicos, proporciona aos profissionais também grandes chances de
crescimento com uma dinâmica que passa pela escolha apropriada dos
modais, pela capacidade de utilização da frota, roteiros, e diz muito sobre a
satisfação dos clientes.

Manutenção de estoques
Detentora dos maiores custos que, dependendo do tipo da empresa, podem
chegar até dois terços do total, essa atividade concentra muitos sistemas,
estudos e oportunidades. Os novos métodos de gerenciamento, a
logística lean ou just-in-time, desafiam os profissionais dessa área em uma
intensa busca pela melhoria contínua que se traduz em mais eficiência do
estoque com menor custo aplicado.

Processamento de pedidos
Essa é a atividade primária que menos concentra custos, embora sob vários
aspectos detenha grandes responsabilidades, uma vez que inicia o processo
operacional de atendimento ao cliente, desde a preparação até a expedição dos
pedidos, sempre administrando o fator tempo. Dependendo dos processos,
pode ser fator gerador de sucessos ou de custos. Talvez por ser vista como
“obrigada” a acertar sempre, essa atividade poderia ser mais reconhecida, pois
seus processos até podem parecer simples, mas não são fáceis.

A falta de maiores detalhes foi proposital para não gerar mais ansiedade. Seja
qual for sua futura função na Logística, você só precisará saber de três coisas:
que a prática lhe tornará cada vez mais seguro, que a abertura a novos
conhecimentos lhe fará entender melhor a Logística e que você gostará muito
dessa área esplêndida.
Gestão da Cadeia de Suprimentos / Aula 1 - Fases do
processo de evolução da Logística

Objetivos da Logística
Atualmente as organizações são desafiadas a operar de forma eficiente e
eficaz para garantir a continuidade de suas atividades, o que as obriga a
constantemente desenvolver vantagens em novas frentes de atuação. As
demandas impostas pelo aumento da complexidade operacional e pela
exigência de maiores níveis de serviço pelos clientes, mas que anseiam por
preços declinantes, servem de exemplo aqui.

Eficácia e eficiência na cadeia logística
Uma cadeia logística eficaz é aquela na qual as melhores decisões para o
processo logístico são tomadas, enquanto uma cadeia eficiente é aquela que
realiza os processos da melhor maneira possível. A eficiência está ligada ao
modo de fazer uma tarefa. O eficaz faz o que é certo para atingir o objetivo
inicialmente planejado. 

Como agregar mais valor e, ao mesmo tempo, reduzir os


custos, garantindo o aumento da lucratividade?

A explicação reside na sua capacidade de evoluir para responder às


necessidades advindas das profundas e constantes mudanças que as
organizações estão enfrentando. O modo como a Logística vem sendo aplicada
e desenvolvida, no meio empresarial e acadêmico, denota a evolução do seu
conceito, a ampliação das atividades sob sua responsabilidade e, mais
recentemente, o entendimento de sua importância estratégica. Em seu estágio
mais avançado, está sendo utilizada para o planejamento de processos de
negócios que integram não só as áreas funcionais da empresa, como também
a coordenação e o alinhamento dos esforços de diversas organizações na
busca por reduzir custos e agregar o máximo valor ao cliente final. A isto tem
sido dado o nome de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos.

Diante desse cenário, muitas empresas vêm empreendendo esforços para


organizar uma rede integrada e realizar de forma eficiente e ágil o fluxo de
materiais, que vai dos fornecedores e atinge os consumidores, garantindo a
sincronização com o fluxo de informações que acontece no sentido contrário.

As empresas que têm implementado o Gerenciamento da Cadeia de


Suprimentos estão conseguindo significativas reduções de estoque.

Apesar dos expressivos resultados obtidos, muitas dificuldades existem na


implementação desse conceito. pois torna-se necessária uma profunda análise
na cultura das empresas que irão compor a cadeia.

A visão funcional deve ser abandonada, informações precisam ser


compartilhadas. inclusive aquelas sobre os custos.

Os relacionamentos devem ser construídos com base em confiança mútua; o


horizonte de tempo desloca-se do curto para o longo prazo, e um dos elos,
chamado de elo forte, será responsável pela coordenação do sistema, e seu
desempenho neste papel será fundamental para o alcance dos objetivos.

Um outro desafio é equacionar os diferentes tamanhos e objetivos dos


componentes, e como isso exige uma mudança de cultura, o estabelecimento
da cadeia requer tempo e esforço.

Dada a complexidade desse novo arranjo, que passa a ter dimensão


interorganizacional, a medição de desempenho necessita de indicadores que
permitam o controle da performance da cadeia como um todo. Não se pode
esquecer que deve existir compatibilidade entre os sistemas de informação dos
elos, que muitas vezes se utilizam de plataformas diferentes.

Por último, e muitas vezes esquecido, está o fato de que o elemento humano é
de suma importância e, portanto, deverá ser treinado e estar preparado para
esta nova realidade. Cabe registrar a escassez de profissionais nessa área, em
especial, aqueles com visão sistémica e conhecedores de todas as atividades
logísticas.

Embora o conceito de Supply Chain Management ainda esteja sendo


desenvolvido e não exista uma metodologia única para a sua implementação,
sua adoção poderá ser uma fonte potencial de obtenção de vantagem
competitiva para as organizações e mostra-se como um caminho a ser seguido
pelas demais.
Gestão da Cadeia de Suprimentos / Aula 2 - Fundamentos
da Logística. Conceito e ciclos de atividades logísticas

A Logística existe para satisfazer às necessidades dos clientes,


facilitando operações relevantes de Produção e Marketing.

Estrategicamente a Logística procura atingir uma qualidade predefinida de nível


de serviços ao cliente, ao menor custo possível, que são os fundamentos da
Logística.

Assim, o desafio é:

 equilibrar as expectativas de serviços ao cliente e os custos


decorrentes para alcançar os objetivos da empresa.

O conceito de atividades logísticas


A competência logística é alcançada através da coordenação das
atividades logísticas: tecnologia da informação, transportes, estoques,
armazenagem, embalagem, manuseio e canais de distribuição. O desafio
está em gerenciar as atividades relacionadas a essas áreas funcionais,
de forma orquestrada com o objetivo de oferecer o nível de atendimento
das exigências logísticas.
A tecnologia da informação é decisiva para uma comunicação rápida e
precisa nos processos logísticos. A tecnologia atual é capaz de
manipular os mais exigentes requisitos de informações. As empresas
estão aprendendo a utilizar essa tecnologia da informação para elaborar
soluções logísticas inovadoras e únicas.
Quanto mais eficiente for o projeto do sistema logístico da empresa, mais
sensível será a precisão das informações. Sistemas logísticos bem
calibrados, baseados no tempo, não têm nenhum excesso de estoque,
pois os estoques de segurança são mantidos num nível mínimo. O fluxo
de informações torna um sistema logístico dinâmico. A disponibilidade de
informações em tempo hábil, com qualidade, é fator-chave às operações
logísticas.
A competência logística é alcançada através da coordenação das
seguintes atividades logísticas:

TRANSPORTES:

O transporte é a atividade logística que posiciona geograficamente os


produtos. Devido à sua importância fundamental e a visibilidade de seu
custo, o transporte recebe uma atenção especial entre as atividades
logísticas. O custo do transporte é o pagamento pela movimentação entre
duas localidades geográficas e as despesas relacionadas ao gerenciamento
e manutenção do estoque em trânsito.

Os ciclos de atividades devem ser projetados para utilizar o transporte que


minimize o custo total do sistema. Se uma movimentação específica levar
dois dias na primeira vez e seis na próxima, esta variação poderá criar sérios
problemas nas operações logísticas. Sem consistência no transporte, torna-
se necessária a formação de estoques de segurança.

ESTOQUES:

As necessidades de estoque de uma empresa dependem da estrutura da


rede logística e do nível desejado de serviço ao cliente. Uma empresa
poderia manter um centro de distribuição com todos os itens vendidos
dedicados a cada cliente. No entanto, são poucas as situações em que
empresas têm como manter seus estoques em níveis tão elevados, em
função do risco e do custo total proibitivo. O objetivo é fornecer o serviço
desejado ao cliente, mantendo o mínimo em estoque, consistente com o
menor custo total possível.

As estratégias logísticas são projetadas para manter o mínimo possível de


ativos financeiros em estoque. O objetivo básico é obter uma rotatividade
máxima satisfazendo, ao mesmo tempo, os compromissos com o cliente.

ARMAZENAGEM:

Por envolver muitos componentes logísticos, a armazenagem não se enquadra


em esquemas de classificação específicos, como estoque ou transporte. Um
depósito é considerado, geralmente, um lugar onde são guardados estoques
de materiais e de produtos. No entanto, em muitos projetos logísticos, o
armazém é considerado mais uma instalação de processamento do que um
local de guarda de mercadorias. A armazenagem é parte de todo o sistema
logístico. Os sistemas de distribuição não devem ser projetados objetivando a
manutenção de estoques por períodos excessivos, embora haja ocasiões em
que isto seja justificável como estratégia de proteção ou especulação. As
vantagens de armazenagem são de natureza econômica e nível de
atendimento aos clientes. Nenhum depósito deve fazer parte de sistemas
logísticos, a menos que a inclusão se justifique plenamente por meio da
análise.
EMBALAGEM E MANUSEIO:
Embalagem e manuseio constituem uma parte integrante da Logística.
Normalmente, é necessário armazenar mercadoria em momentos selecionados
durante o processo logístico. Os veículos de transporte exigem manuseio de
materiais para carregá-los e descarregá-los de uma maneira eficiente. Os
produtos individuais são manuseados de uma maneira mais eficiente quando
embalados juntos, em caixas de papelão ou em contêineres. O manuseio de
produtos é uma atividade importante. Os produtos devem ser recebidos,
movimentados, classificados e montados de modo a atender às exigências do
pedido do cliente. Existe uma variedade de dispositivos automatizados e
mecanizados para ajudar o manuseio de materiais. Quando integrados de uma
maneira eficaz nas operações logísticas da empresa, o manuseio de materiais
e a embalagem aumentam a velocidade e simplificam o fluxo dos produtos ao
longo de todo o sistema logístico.

CANAL DE DISTRIBUIÇÃO:

Um canal de distribuição é composto por empresas empenhadas nas


transações de compra e venda de produtos.

A meta de marketing é negociar, contratar e administrar transações em uma


base contínua. A força total de promoção criativa ocorre dentro da estrutura
de Marketing. Os participantes do canal de Marketing são especialistas em
transações, assim como agentes de produção, vendedores, intermediários,
atacadistas e varejistas.

O canal de Logística representa uma rede de relações de trabalho


especializadas em movimentar e posicionar o estoque. O trabalho Logístico
envolve transporte, armazenagem de estoque, manuseio de materiais e
processamento de pedidos, além de uma variedade cada vez maior de
serviços de agregação de valor

Ciclos de atividades logísticas


A principal unidade de análise da Logística integrada é o ciclo de atividades. A
análise da integração logística, em termos de ciclos de atividades, fornece uma
perspectiva da dinâmica, das interfaces e das decisões que devem ser
vinculadas para a criação de um sistema operacional. Os fornecedores, a
empresa e seus clientes são vinculados através dos meios de comunicação e
do transporte.
Os ciclos de atividades tornam-se dinâmicos à medida que atendem aos
requisitos de entrada/saída. A entrada de um ciclo de atividades é um pedido
que especifica os requisitos de um produto ou material. Um sistema de alto
volume, em geral, exige diversas combinações diferentes de ciclos de
atividades para atender a todos os requisitos do pedido. À medida que os
requisitos são altamente previsíveis ou relativamente poucos, os ciclos de
atividades necessários para fornecer apoio logístico podem ser amplificados. A
estrutura geral dos ciclos de atividades necessários para dar apoio a uma
empresa varejista de grande porte é muito mais complexa que as exigências de
estrutura operacional de uma empresa de pedidos por reembolso postal.

 Ciclos de apoio à produção estão normalmente sob o controle total de


uma única empresa.

 Por outro lado, ciclos de atividades relacionados a distribuição física


ou a suprimentos, envolvem normalmente a participação do cliente ou do
fornecedor.

 Os ciclos de atividades envolvem a cadeia de suprimentos inteira e


vinculam parceiros participantes.

Independentemente do número e dos diferentes ciclos de atividades utilizados


por uma empresa para satisfazer suas exigências logísticas, cada um deve ser
projetado individualmente e gerenciado operacionalmente. Em essência, a
estrutura dos ciclos de atividades é a base para implementação da Logística
integrada.

Para uma melhor compreensão desse conceito importante, a natureza das


semelhanças e das diferenças dos ciclos de atividades, voltados para
distribuição física, apoio à manufatura e suprimentos, é adiante apresentada e
discutida.

Ciclo de atividades da distribuição física

O ciclo de distribuição física envolve o processamento e a entrega de pedidos


do cliente. A distribuição física está relacionada com as atividades de
marketing e de vendas, pois proporciona a disponibilidade de produtos, de
maneira econômica e a tempo.
O ciclo típico da distribuição física envolve quatro atividades relacionadas:

chave para a compreensão da dinâmica do ciclo de atividades da distribuição


física é ter em mente que os clientes iniciam o processo fazendo pedidos. A
capacidade de resposta logística da empresa vendedora constitui uma das
competências mais significativas na estratégia de marketing A.

Ciclo de atividades de apoio à produção


O ciclo de atividades de apoio à produção consiste na Logística da produção. A
produção pode ser vista como estando posicionada entre a distribuição física e
as operações de suprimentos de uma empresa. O apoio logístico à produção
tem como principal objetivo estabelecer e manter um fluxo econômico de
materiais e estoque em processo, para dar apoio às programações de
produção. A movimentação e a armazenagem de produtos, materiais,
componentes e peças semiacabadas dentro das instalações da empresa,
representam a responsabilidade operacional da Logística de apoio à
manufatura.

A Logística de apoio à manufatura normalmente diz respeito exclusivamente à


empresa, ao passo que as outras áreas lidam com a incerteza comportamental
de clientes e fornecedores externos. Mesmo em situações em que são
efetuados contratos de fabricação com terceiros para aumentar a capacidade
interna, o controle total é maior que nas outras duas áreas operacionais.

Ciclo de atividades de suprimentos


Várias atividades ou tarefas são necessárias para facilitar um fluxo ordenado
de materiais, peças ou estoque de produtos acabados, para instalações de
produção ou de distribuição:
Procura > colocação do pedido e expedição > transporte e recebimento

Essas atividades são essenciais para completar o processo de suprimentos.

Recebidos os materiais, peças ou produtos de revenda que foram adquiridos,


as exigências de armazenagem, manipulação e transporte subsequente, para
facilitar a produção ou redistribuição, são fornecidas da maneira adequada
pelos outros ciclos de atividades.

4 Ps do marketing , alocados junto a logística de vendas.

Gestão da Cadeia de Suprimentos / Aula 3 - Cadeia de


Suprimentos – Identificação e Visão Integrada dos Fatores
Chaves

Previsão de Demanda
A previsão de demanda consiste na fixação da quantidade de produtos e
serviços correspondentes de que os clientes necessitarão em determinada
situação. A administração da logística deve também identificar a origem
da demanda no sentido de que uma quantidade de produto possa ser
alocada ou estocada em cada área de seu mercado. O conhecimento de
níveis futuros de demanda permite ao administrador da logística alocar
seus recursos (orçamentos) a atividades que atenderão a essa demanda.

Ciclos de Atividades Logísticas – Suprimentos


Ocorre na interface entre o fabricante e o fornecedor e inclui todos os
processos necessários para garantir que os materiais estejam disponíveis e a
fabricação ocorra sem atrasos. O fabricante faz pedidos de componentes aos
fornecedores que possam reabastecer seus estoques.

A relação é muito parecida com aquela entre distribuidores e fabricantes, com


uma diferença significativa: enquanto os pedidos entre varejistas e
distribuidores são acionados com incerteza em relação à demanda do cliente,
os pedidos dos componentes podem ser determinados com precisão, uma vez
que o fabricante já decidiu qual será sua programação de produção. Assim é
importante que os fornecedores estejam em contato com a programação de
produção do fabricante.

Os processos desse ciclo de acordo com o autor Meindl (2006) são:

Pedido baseado na programação do fabricante ou nas suas necessidades de


estoque.

Programação de produção do fornecedor


Fabricação e transporte dos componentes
Recebimento pelo fabricante
Ciclos de Atividades Logísticas – Produção
Ocorre na interface entre o distribuidor e o fabricante (ou varejista e fabricante)
e inclui todos os processos envolvidos no reabastecimento dos estoques do
distribuidor (ou varejista). Esse ciclo é acionado pelos pedidos dos clientes,
pelos pedidos de reabastecimento de um varejista ou pela previsão de
demanda dos clientes e pela disponibilidade atual de produtos nos depósitos
de produtos acabados do fabricante. Os processos envolvidos nesse ciclo são
os seguintes, segundo o autor Meindl (2006):

Chegada do pedido:
Durante esse processo, o distribuidor programa o acionamento do pedido de
reabastecimento com base na previsão futura demanda e nos estoques já
existentes. O pedido resultante é então transmitido ao fabricante. Em alguns
casos, o cliente ou o varejista podem fazer o pedido direto ao fabricante. Em
outras ocasiões, o fabricante produz para estocagem em um deposito de
produtos acabados;

Programação para produção:

Durante esse processo, os pedidos são integrados ao planejamento ou à


programação da produção. Dadas as quantidades de produção necessárias, o
fabricante deve decidir qual será a sequência exata de produção. Caso possua
diversas linhas, o fabricante deve decidir também que produtos serão alocados
em cada linha. O objetivo desse processo é maximizar a quantidade de
pedidos atendidos no prazo, mantendo os custos baixos;

Fabricação e transporte:

Durante esse processo, o fabricante produz de acordo com a programação de


produção, atendendo aos padrões de qualidade. Durante a fase de transporte,
o produto é transportado ao consumidor, ao varejista, ao distribuidor ou ao
depósito de produtos acabados. O objetivo desse processo é entregar o
produto na data prometida, atendendo aos padrões de qualidade e mantendo
os custos baixos;

Recebimento:

Durante esse processo, o produto é recebido pelo distribuidor, pelo


depósito de produtos acabados, pelo varejista ou pelo cliente e os
registros de estoques são atualizados. Outros processos ligados à
estocagem e transferência de fundos também ocorrem. São eles:

a) Acionamento do Pedido do Varejista: ao atender a


demanda do cliente, o varejista tem seu estoque esgotado, devendo ser
reabastecido para atender a solicitações futuras. É essencial o
planejamento de uma política de reabastecimento ou emissão de pedidos
que acionem um pedido de reabastecimento a partir de um estágio
anterior (possivelmente o distribuidor ou o fabricante). O objetivo do
processo de acionamento de pedido do varejista é maximizar a
lucratividade equilibrando disponibilidade de produto e custo;

b) Emissão do Pedido do Varejista: refere-se à comunicação do


varejista ao distribuidor ou fabricante sobre os produtos que deseja
adquirir. O objetivo desse processo é que o pedido seja emitido com
precisão e transmitido rapidamente a todos os processos da cadeia de
suprimento a eles relacionados;
c) Atendimento ao Pedido do Varejista: nesse processo o
pedido é atendido e enviado ao cliente. Uma distinção muito importante é
a dimensão do pedido em relação ao pedido dos clientes. Os pedidos dos
clientes costumam ser menores que os pedidos de reabastecimento do
varejista. O objetivo desse processo é reabastecer seu estoque no prazo
e minimizar custo;

d) Recebimento do Pedido pelo Varejista: uma vez que o


pedido de reabastecimento chega ao varejista, ele deve providenciar o
que foi pedido, atualizar todos os registros de estoques e quitar todas as
contas a pagar. Esse processo envolve fluxo de produtos do distribuidor
ou fabricante para o varejista, bem como fluxo financeiro e de
informações. O objetivo desse processo é atualizar os estoques e
abastecer as prateleiras de maneira rápida e precisa, com o menor custo
possível.

Ciclos de Atividades Logísticas - Distribuição


Acontece na interface entre o varejista e o distribuidor ou fabricante e engloba
todos os processos ligados ao reabastecimento dos estoques do varejista.

Inicia-se quando um varejista faz um pedido para reabastecer estoques que


deverão atender a uma futura demanda. Em alguns casos, o reabastecimento é
feito por um distribuidor que possui um estoque de produtos acabados.

Em outros casos, o reabastecimento é feito diretamente pela linha de produção


do fabricante. O objetivo do ciclo de reabastecimento é restaurar os estoques
dos varejistas a um custo mínimo e oferecer simultaneamente a disponibilidade
de produtos necessários ao cliente.

Picking = nada mais é do que a separação dos pedidos dos clientes, para a
entrega do mesmo.

Gestão da Cadeia de Suprimentos / Aula 4 - Nível de


Serviço ao Cliente – Marketing e Logística 
 
Nível de serviço segundo a visão da logística, é tudo aquilo q a empresa
pode fazer para buscar a satisfação do cliente. Importante só será valido esse
esforço desde que o serviço agregue valor (seja útil ao cliente) ao cliente.  

Nível de serviço ao cliente


O quê o cliente realmente deseja?
Como quantificar as preferências dos clientes?
Como definir o nível de serviço correspondente?
Como implementar na empresa?
Como monitorar o nível de serviço na operação (auditoria logística)?

Objetivos da logística
Resposta rápida
Redução da variância
Postergação
Consolidação
Apoio do ciclo de vida

Fatores do nível de serviço

Disponibilidade
Desempenho operacional
Agilidade
Consistência
Flexibilidade
Confiabilidade

Os Diferenciais Competitivos
A seleção de uma boa estratégia logística exige muito dos mesmos processos
criativos que o desenvolvimento de uma boa estratégia empresarial.
Abordagens inovadoras para a estratégia logística podem oferecer uma
vantagem competitiva peculiar, diferenciando-se de todos os concorrentes.

Tem sido sugerido que uma estratégia logística tem três objetivos:

1 – Vantagem em custos
2 – Vantagens nos níveis de serviços

3 – Vantagens combinadas

Desafios da Logística
Os maiores desafios da Logística no ambiente atual são os seguintes:

Gerenciamento logístico

A tendência comercial do século XX exige que o processo de gerenciamento


logístico integre o mercado, a rede de distribuição, o processo de fabricação
com a atividade de aquisição, objetivando servir aos clientes com níveis cada
vez mais altos e custos mais baixos. A vantagem competitiva será alcançada
com a redução de custos e manutenção da qualidade do produto através da
excelência no gerenciamento logístico, e não pela redução nos custos de mão-
de-obra, como tradicionalmente era visto.

Redução do ciclo de vida dos produtos

Com o ciclo de vida dos produtos cada vez menores, os usuários estão mais
inclinados a aceitar produtos substitutos se sua primeira escolha não estiver
disponível imediatamente, a cada introdução de um novo produto em
implicações gerenciais causadas pela redução do tempo. Comenta-se sobre a
necessidade de novas formas de gerenciar o processo de desenvolvimento de
novos produtos, associações de risco e da necessidade da melhoria na
qualidade do retorno da informação recebida no mercado, fazendo sua ligação
com o esforço de produção e distribuição da empresa. Entretanto, uma das
funções básicas da logística é proporcionar a “disponibilidade” e promover a
integração entre o marketing e o planejamento de fabricação.

Globalização dos negócios

A tendência global é mais um desafio para o gerenciamento logístico. As


empresas que atendem ao mercado mundial não podem ser simplesmente
uma multinacional, e sim uma empresa global, considerando que ela atenderá a
diferentes mercados com necessidades e características culturais próprias. Em
função disto, é necessário que as empresas desenvolvam uma estratégia de
fabricação flexível e processo logístico eficiente.
Integração organizacional

Modelo da organização clássica a empresa baseada em divisões


funcionais e hierárquicas rigorosas dificulta a obtenção de um fluxo de
materiais completamente integrado e voltado para o cliente.

Os desafios enfrentados pelas empresas mudaram. Atualmente, para


alcançar a posição de vantagem competitiva contínua, as organizações
precisam se basear em um sistema de gerenciamento integrado voltado
para o mercado, e pessoas que valorizam o serviço.

Grau de exigência do nível de serviço ao cliente

Ressaltando o valor de uso do produto, uma vez que estes não têm valor
até que eles estejam nas mãos dos clientes na hora e lugar exigidos, fez
com o que o gerenciamento logístico passasse a ser prioritário.

A vantagem competitiva é conseguida através de uma estratégia de


serviços e de um sistema de entregas bem desenvolvido e sistemático.

Fundamentos da Logística: custos logísticos e nível


de serviços
Custos logísticos – visão do custo total

Para Ballou (1995), o custo total logístico é a soma dos custos de


transporte, estoque e processamento do pedido, sob a perspectiva da
cadeia de suprimentos. Decisões tomadas com base no conceito de
custo total logístico não conseguem enxergar os custos existentes fora
da empresa. Esse tipo de análise torna-se um tanto quanto restritiva, por
não conseguir gerenciar os custos gerados pelas atividades
desempenhadas por uma cadeia de suprimentos. Pelo fato de estar
restrita a aspectos internos da empresa, tal análise não permite uma
visão estratégica dos custos.
A origem do conceito de custo total baseia-se no fato de que algumas
ações no sentido de reduzir os custos individuais de uma atividade
logística podem implicar o aumento dos custos de outra.

É possível, portanto, existirem comportamentos antagônicos dos diversos


custos logísticos. Por exemplo, uma diminuição no custo do transporte
(frete) pode ser conseguida com a compra de lotes maiores de bens e/ou
serviços; mas, por outro lado, isto pode implicar um aumento nos custos
de estoque e de armazenagem e uma antecipação de despesas.

Desta maneira, no momento da tomada de qualquer decisão no processo


logístico, deve-se levar em conta os diversos custos envolvidos,
buscando-se um balanceamento dos mesmos, de maneira que a redução
ou o aumento de alguns custos conduza a uma redução do custo total.

Nível de serviço ao cliente

A missão básica que o Marketing executa na maioria das empresas é


gerar lucro, através de duas ações básicas: obter e atender a demanda
(Kotler, 1995). Conseguir demanda é resultado dos esforços
promocionais, assim como do preço e da composição da carteira de
produtos oferecidos ao público. Uma vez conseguida a demanda, esta
deve ser atendida e é quando a distribuição física age e é reconhecida
como agente estimulador da demanda. Disponibilidade de produto, pronta
entrega e atendimento correto dos pedidos, são apenas alguns dos
serviços que agradam ao cliente, e vendas podem ser geradas por bons
serviços.

É o nível de serviço que une os esforços de promoção e distribuição, e a


qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciada, resulta no
nível de serviço logístico da empresa. Como o nível de serviço logístico
está associado aos custos de prover esse serviço, é necessário que o seu
planejamento se inicie com as necessidades de desempenho exigidas
pelos clientes no atendimento dos seus pedidos.

Vendedores inteligentes procuram criar diferentes combinações dessas


três características básicas para atingir diferentes classes de
compradores e segmentos de mercado.

O nível de serviço oferecido pode ser o diferencial competitivo, podendo


ser um elemento promocional tão importante como desconto no preço,
propaganda, vendas personalizadas ou condições de vendas favoráveis.
Além disso, transporte especial, maior disponibilidade de estoque,
processamento rápido de pedidos e menor perda ou dano de transporte,
geralmente afetam positivamente os clientes e, logo, as vendas. Para
desenvolver uma estratégia de serviço ao cliente, é necessário
desenvolver uma definição operacional do serviço ao cliente.

LaLonde e Zinszer pesquisaram várias maneiras de como o serviço ao


cliente pode ser visto:

(1) como uma atividade;


(2) em termos de níveis de desempenho;
(3) como uma filosofia de gestão. Uma visão de serviço ao cliente como uma
atividade sugere que ele pode ser gerenciado. Pensar no serviço ao cliente em
termos de níveis de desempenho tem relevância desde que o serviço possa ser
mensurado com precisão.

A noção de serviço ao cliente como uma filosofia de gestão mostra a


importância da atividade de marketing orientada para o cliente. As três
dimensões são importantes, para o entendimento dos fatores que
contribuem para o serviço bem sucedido ao cliente. Uma definição ampla
deve, portanto abranger as três perspectivas.

LaLonde e seus associados oferecem a seguinte definição: “O serviço ao


cliente é um processo cujo objetivo é fornecer benefícios significativos de
valor agregado à cadeia de suprimento de maneira eficiente em termos de
custo”. Esta definição mostra a tendência de se considerar o serviço ao
cliente como uma atividade decorrente de um processo sujeito aos
conceitos de gerenciamento da cadeia de suprimento. Portanto um
programa de serviço ao cliente deve identificar e dar prioridade a todas as
atividades importantes destinadas a atingir objetivos operacionais,
devendo também incorporar medidas de monitoramento e desempenho.

O desempenho deve ser monitorado para atingir metas e ter relevância. O


principal fator continua sendo: O custo para atingir as metas
estabelecidas de serviço representa um investimento razoável? E, caso o
investimento seja razoável, para que clientes? Por fim, é possível oferecer
aos clientes preferenciais algo mais do que um serviço básico de alto
nível? Um serviço adicional, além do básico é normalmente denominado
de serviço de valor agregado e são por definição exclusivos para clientes
específicos e representam extensões do programa de serviço básico da
empresa.

Gestão da Cadeia de Suprimentos / Aula 5 - Tecnologia da


Informação – papel e importância 
 

A revolução da tecnologia da informação 


  
O avanço da tecnologia de informação (TI) nos últimos anos vem
permitindo às empresas executarem operações que antes eram
inimagináveis. Atualmente, existem vários exemplos de empresas
que utilizam a TI para obter reduções de custo e/ou gerar vantagem
competitiva. Vamos ver, a seguir, três exemplos: 
 
Dell computer  
A Dell Computer investiu na venda direta e customizada de
computadores pela Internet. O resultado foi um faturamento de US$
12,3 bilhões em 1998, crescendo 60% em apenas um ano. Além
disso, ela obteve um lucro de quase US$ 1 bilhão, sendo
considerada como a de melhor desempenho no setor de tecnologia
de informação pela revista Business Week em 1998. 
 

Wal-mart 
O Wal-Mart, maior varejista do mundo, possui 5.000 fornecedores
em todo o mundo e 3.000 lojas localizadas nos Estados Unidos,
controla e gerencia suas atividades baseando-se fortemente em TI. 
 
Souza cruz 
A Souza Cruz conta com uma frota de 900 veículos para atender
cerca de 200 mil clientes em todo o Brasil. Uma das ferramentas
que utiliza para superar este desafio logístico é um Roteirizador,
software que tem como finalidade auxiliar na obtenção da melhor
rota para cada entrega. Com isso, seus veículos atingem uma
eficiência de 99% e fazem em média 43 entregas por dia. 

O monitoramento contínuo das operações é uma das principais características


das empresas, modernas que possuem sistemas logísticos avançados. Ao
contratar um terceiro para executar suas operações de transportes, as
empresas correm o risco de perder contato com seu desempenho no campo.
Para garantir que isto não aconteça, torna-se necessário selecionar um
prestador de serviços com capacidade de medir o desempenho e disponibilizar
as informações para a empresa contratante. Mas e a Logística? Como ela
está sendo abordada? 
 
O fluxo de informações é um elemento de grande importância nas
operações logísticas. 
 
Pedidos de clientes e de ressuprimento, necessidades de estoque,
movimentações nos armazéns, documentação de transporte e faturas são
algumas das formas mais comuns de informações logísticas. 
Antigamente 
 
Antigamente, o fluxo de informações baseava-se principalmente em
papel, resultando em uma transferência de informações lenta, pouco
confiável e propensa a erros. O custo decrescente da tecnologia,
associado a sua maior facilidade de uso, permite aos executivos poder
contar com meios para coletar, armazenar, transferir e processar dados
com maior eficiência, eficácia e rapidez. 
Transferência 
 
A transferência e o gerenciamento eletrônico de informações
proporcionam uma oportunidade de reduzir os custos logísticos através
da sua melhor coordenação. Além disso, permite o aperfeiçoamento do
serviço baseando-se principalmente na melhoria de oferta de informações
aos clientes. 
Distribuição 
 
Tradicionalmente, a Logística concentrou-se no fluxo eficiente de bens ao
longo do canal de distribuição. O fluxo de informações muitas vezes foi
deixado de lado, pois não era visto como algo importante para os
clientes. Além disso, a velocidade de troca/transferência de informações
limitava-se à velocidade do papel. 
 
 
Atualmente, três razões justificam a importância de informações precisas e a
tempo para sistemas logísticos eficazes. 
1. Os clientes percebem que informações sobre status do pedido,
disponibilidade de produtos, programação de entrega e faturas são
elementos necessários do serviço total ao cliente. 
2. Com a meta de redução do estoque total na cadeia de suprimento,
os executivos percebem que a informação pode reduzir de forma
eficaz as necessidades de estoque e recursos humanos. Em especial,
o planejamento de necessidades que utiliza as informações mais
recentes pode reduzir o estoque, minimizando as incertezas em torno
da demanda. 
3. A informação aumenta a flexibilidade permitindo identificar (qual,
quanto, como, quando e onde) os recursos que podem ser utilizados
para que se obtenha vantagem estratégica. 
 
Integração da Tecnologia da Informação com a Logística 
Segundo Bowersox (2001,177) os sistemas de informações logísticas são para
interligar atividades em que se deseja criar um processo integrado e este se baseia em
quatro níveis de funcionalidade: sistema transacional, controle gerencial, análise de
decisão e planejamento estratégico. 
Pode-se observar que as funcionalidades das informações das atividades logísticas
estão dispostas em nível de importância, ou seja, para se ter um bom planejamento
estratégico é preciso primeiro ter um sistema transacional, um controle gerencial e um
apoio às decisões bem eficientes. 

SISTEMA TRANSACIONAL 
 O sistema transacional é a base das operações logísticas; nele é
realizado o principal processo logístico, o ciclo do pedido, no qual serão
executadas tarefas, como entrada de pedidos, alocação de estoques,
separação de pedidos, expedição, formação de preços e emissão de
faturas. Esse sistema transacional é caracterizado por regras formalizadas,
comunicações interfuncionais, grandes volumes de transações e um foco
operacional nas atividades cotidianas. 

CONTROLE GERENCIAL 
 Terminado o sistema transacional, segue para o controle gerencial, que
é o nível que utiliza as informações disponíveis no sistema transacional
para o gerenciamento das atividades logísticas. Neste nível, podem-se
encontrar atividades como mensuração financeira, gerenciamento de
ativos, mensuração do serviço ao cliente e mensuração da qualidade e
produtividade. 

APOIO À DECISÃO 
 Seguindo uma escala de ascensão, parte-se então para o apoio à
decisão, que é o nível que embasa as atividades operacionais táticas e
estratégicas que possuem elevado nível de complexidade. Programação e
roteamento de veículos, gerenciamento e níveis de estoque, configurações
de redes são algumas atividades que se podem encontrar nesse nível de
função logística. 

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
 Concretizados esses três níveis, parte-se para o quarto e último nível de
funcionalidade da informação logística, que é o planejamento estratégico,
em que as informações logísticas são sustentáculos para o
desenvolvimento e aperfeiçoamento da estratégia logística. Nesse nível,
encontram-se atividades como formulação de alianças estratégicas,
desenvolvimento e aperfeiçoamento de capacitação e oportunidades e
análises do serviço ao cliente focadas e baseadas no lucro. 
 
Atividade 
A Picker Internacional fabrica equipamentos de imagem de ressonância
magnética, dispositivos de varredura eletrônica, equipamentos de raio-X e
sistemas de medicina nuclear. A distribuição desses equipamentos requer que
a Picker mantenha alta flexibilidade e grande rapidez na entrega, especialmente
quando um dos equipamentos está fora de serviço. 
Quando a situação é extremamente crítica, as peças ou o equipamento são
entregues no hospital dentro de uma ou duas horas por um 16 depósito de
apoio. Com um pouco mais tempo a empresa pode entregar o equipamento
necessário no hospital dentro de quatro ou cinco horas, por meio de um serviço
de entrega rápida. Por fim, quando um hospital tem como esperar um dia, a
empresa pode entregar as peças em 24 horas por meio de suas
transportadoras aéreas contratadas. 

Na prática, neste caso, quais os requisitos de nível de serviços utilizados? 

RESPOSTA: A distribuição desses equipamentos requer que a Picker


mantenha alta flexibilidade e grande rapidez na entrega, especialmente
quando um dos equipamentos está fora de serviço. 
 
Exercícios 
Questão 1: Pode-se observar que as funcionalidades das informações das
atividades logísticas estão dispostas em nível de relacionamento. Qual nível de
funcionalidade dos sistemas de informações que está definido no texto abaixo: 
 
Neste nível, podem-se encontrar atividades como mensuração financeira,
gerenciamento de ativos, mensuração do serviço ao cliente e mensuração da
qualidade e produtividade. 

a) Apoio às Decisões. 
b) Sistema transacional. 
c) Controle gerencial.    CERTA 
d) Planejamento estratégico. 
 
Questão 2: Os sistemas de informação devem abranger alguns princípios
básicos para alcançar um nível elevado de eficiência logística. Indique qual
denominação abaixo que está definida no texto a seguir: 
 
As informações disponíveis pelos sistemas de informação numa base de
dados centralizada precisam ser exatas, ou seja, apresentar conformidade com
as novas informações que entram no sistema, tais como status atualizado e
contagens físicas. 

a) Atualização em tempo hábil. 


b) Precisão.   CERTA 
c) Flexibilidade. 
d) Disponibilidade. 
 
Questão 3: Através de pesquisas sobre aplicações de Tecnologia da
Informação em Logística foram identificadas algumas variáveis que impactam
na cadeia de suprimentos. 
 
Qual das descrições a seguir está relacionada com a variável Velocidade? 
a) As empresas conseguem simplificar os seus processos decisórios,
mantendo maior intercâmbio de informações entre os parceiros da cadeia. 
b) O uso da TI viabiliza iniciativas que resultam em ganhos de vantagem
competitiva para a cadeia, com agilidade, atendendo às novas demandas do
mercado. 
c) A TI proporciona rapidez nos processos de negócios, eliminando as
atividades redundantes, com velocidade de respostas, interna e externamente. 
CERTA 
d) Ações integradas entre as organizações. 
 
 
Questão 4: Pode-se dizer também que a Tecnologia da Informação está
associada à Logística para melhorar o fluxo de informações. O uso de TI
viabiliza iniciativas que podem resultar em ganhos de mercado para a
empresa. 
 
Escolha entre as definições abaixo aquela que se relaciona diretamente com os
princípios operacionais de Competitividade. 
a) Proporciona a agilização dos processos de informações e eliminação de
atividades redundantes, aumentando assim a velocidade dos processos da
cadeia. 
b) A própria natureza descentralizada das operações logísticas torna
necessário o acesso imediato à informação em qualquer área geográfica,
informações como: prazo, situação do pedido e dos estoques, devem ser
disponíveis permanentemente. 
c) Atender aos requisitos de rapidez, agilidade de resposta às demandas do
mercado, aumento da flexibilidade, atendimento personalizado, maior
satisfação do cliente e atuação consistente no mercado.  CERTA 
d) As informações disponíveis pelos sistemas de informações devem ser
precisas, ou seja, apresentar conformidade com as novas informações que
entram no sistema, tais como situação do pedido e contagens físicas. 
 
 
Aula 6 - Tecnologia da Informação – sistemas logísticos de
informações 
 
Impacto da TI nas variáveis estratégicas organizacionais 
Feldens (2005) apresenta uma revisão da literatura sobre o assunto,
além de propor um modelo de pesquisa para mensuração dos
impactos da TI na gestão das cadeias. 
Como resultado de sua pesquisa, o autor destaca a identificação de
algumas variáveis impactadas pelo uso da TI na SCM, sendo elas: 
 
INTEGRAÇÃO 
Quebra de Página 
é a extensão da conexão intra e entre as atividades da organização e de seus
parceiros. Por meio da TI, as empresas conseguem simplificar seus processos
decisórios, mantendo maior intercâmbio de informações entre os parceiros da
cadeia e facilitando a integração das atividades de planejamento e controle da
produção.
 
PROCESSOS DE ARMAZENAGEM, TRANSPORTE E MOVIMENTAÇÃO 
 
O custo logístico total se divide em: custos de estoque e armazenamento; de
transporte e movimentação; e de instalações (NOVAES, 2004). O emprego da TI
nos processos pode reduzir os custos de armazenamento e de movimentação
da cadeia pelo melhor planejamento destas atividades e pela diminuição de
processos administrativos com consequente redução de papéis, pessoal e
estoque. 

VELOCIDADE 
 
A TI proporciona a agilização dos processamentos de informações e
eliminação de atividades redundantes, aumentando assim a velocidade dos
processos da cadeia. 

COMPETITIVIDADE 
O uso da TI viabiliza iniciativas que resultam em ganhos de vantagem
competitiva para a cadeia, como: agilidade, velocidade de resposta às novas
demandas do mercado, aumento da flexibilidade, atendimento personalizado,
maior satisfação do cliente e atuação em diferentes mercados. 
 

COORDENAÇÃO INTERORGANIZACIONAL 
Trata-se do planejamento de ações integradas entre as organizações, tais
como a formação de alianças entre os componentes da cadeia. Através da TI,
pode-se atingir um nível mais elevado de coordenação entre os membros da
cadeia, facilitando a troca de informações e o planejamento colaborativo. 
 
Princípios básicos operacionais 
 
Os sistemas de informação devem abranger alguns princípios básicos, tais como:
disponibilidade, precisão, atualização em tempo hábil e flexibilidade. Esses princípios
são definidos a seguir, segundo Bowersox (2001): 

DISPONIBILIDADE  
Por muitos anos, as informações costumavam ser documentadas em papel, o que
conduzia a procedimentos de lenta transferência, baixa confiabilidade, assim como
uma maior propensão a erros. Pode-se imaginar o baixo grau de satisfação do cliente,
em virtude de operações de compra e venda limitadas pela velocidade dos
procedimentos dependentes do fluxo de papéis. Nesse sentido, mais tarde, diante dos
efeitos da mudança de paradigmas da produção, houve necessidade de disponibilizar
as informações logísticas em tempo hábil, e de forma consistente. A própria natureza
descentralizada das operações logísticas torna necessário o acesso imediato a
informação em qualquer área geográfica. Informações como prazo, status do pedido e
do estoque, devem ser disponíveis não só ao acesso interno da empresa, como
também a clientes finais. 
 
PRECISÃO 
As informações disponíveis pelos sistemas de informação numa base de dados
centralizada precisam ser precisas, ou seja, apresentar conformidade com as novas
informações que entram no sistema, tais como status atualizado e contagens físicas.
A consistência entre o nível de estoque físico, e o estoque disponibilizado pelos
sistemas de informação eliminam a necessidade de manter estoques de segurança, o
que gera por decorrência, redução de custos de armazenagem. 
 
ATUALIZAÇÃO EM TEMPO HÁBIL 
O tempo de atualização pode ser definido como a diferença entre o momento que
determinada atividade ocorre, e o tempo em que ela é disponibilizada no sistema de
informação. A atualização de informações em tempo hábil proporciona um retorno
rápido de informações a nível gerencial. Eventuais atrasos em tal atualização
ocasionam inconsistência entre a demanda real e a registrada no sistema, o que
muitas vezes implica em perda de vendas, e aumento de estoque. A disposição de
informações em tempo real já é possível hoje, graças à adoção de poderosas
tecnologias de captura de dados em radiofrequência, tais como os códigos de barras e
etiquetas eletrônicas. 
 
FLEXIBILIDADE 

Por fim, os sistemas de informação logísticos devem ser flexíveis o suficiente, de


forma a promover a satisfação do cliente, e atender suas necessidades mais
específicas. Assim por exemplo, em algumas aplicações, o cliente é capaz de realizar
o acesso a informações restritas a determinada área geográfica. Os sistemas de
informação oferecem uma ampla variedade de aplicações, pelo emprego de
tecnologias abrangendo tanto a parte de software quanto de hardware, por meio dos
quais, se pode gerenciar, controlar e medir as atividades logísticas. Enquanto o
hardware abrange computadores, dispositivos periféricos de entrada e saída e meios
de armazenagem de dados, o software inclui sistemas e programas aplicativos,
empregados em operações transacionais, gerenciais, bem como na análise de decisão
e planejamento estratégico. Essas tecnologias apresentaram uma grande evolução,
sobretudo nas últimas décadas, produzindo impactos positivos sobre o planejamento,
execução e controle logístico. 
 
“todos os aspectos de computadores (hardware e software), sistemas de
informação, telecomunicação e automação de escritórios.” 
 
(PALVIA, 1997) 
A TI tem afetado a competição ao alterar a estrutura do setor, criar novos
negócios e proporcionar vantagens competitivas. De acordo com Porter e Millar
(1985), a TI permeia toda a cadeia de valor e também o sistema de valor,
impactando processos, estruturas e até mesmo produtos. 
Esses autores defendem que a TI é empregada diferentemente de outros
recursos já que possibilita um aumento de velocidade de transmissão e de
capacidade de dados e simultaneamente reduz custos. 
Os principais problemas enfrentados pelas cadeias de suprimento e que são
foco na implantação de tecnologia são: 

Níveis de inventário inadequados. 


Ordens de entrega e recebimento não cumpridas. 
Problemas na transmissão de informações. 
 
Algumas aplicações da Tecnologia da Informação: 
Através do uso combinado dessas tecnologias, é possível executar um
gerenciamento eficiente e integrado de toda a cadeia de suprimentos. 
Segundo Bowersox (2001), o desempenho logístico pode ser
significativamente elevado, ao se combinar as tecnologias de
informação, com os mais modernos meios de comunicação, já hoje
amplamente disseminados e cada vez mais rápidos. 
• Código de Barras 

O código de barras é uma tecnologia que vem sendo empregado para


melhorar a precisão da informação e a velocidade de transmissão dos
dados. 
A utilização se dá ao longo de todo o processo de negócios (BULZONI e
FEE, 1994). A tecnologia veio se tornando cada vez mais visível durante
as últimas décadas, graças ao amplo uso na gestão de inventários e
depósitos, em supermercados e outras operações principalmente do
setor varejista (TIETZ, 1992). 

• Coletores de dados 
Dispositivos de leitura de dados automática, seja através de tecnologias
de código de barras ou de rádio frequência, para leitura de Smart Labels.
Facilitam operações de contagens de mercadorias e controle de
rastreabilidade. 

• Intercâmbio Eletrônico de Dados – EDI 


É a movimentação eletrônica de documentos-padrão de negócios
especialmente formatados como: 
• pedidos, faturas e confirmações, trocados entre parceiros de negócios
(Turban et al., 2004). 
Esse sistema automatiza o processo de compras, dá suporte ao
reabastecimento de estoque automático e próxima à relação entre
compradores e os fornecedores. Por ter sido originalmente baseado em
uma rede provada, o EDI exigiu grande desembolso de capital para ser
implementado, e a adição de cada novo fornecedor custava caro
(KALAKOTA e ROBINSON, 2002). 
Mais recentemente o Internet tem sido substituída como meio de
intercâmbio de informações do EDI, que muda de nome passando a se
chamar WebEDI. Essa mudança reduz os investimentos necessários para
a utilização e torna o EDI acessível às empresas de menor porte. 
Tecnologia que pode ser baseada em transmissão via satélite ou através
de telefonia celular muito utilizada em vagões de trem e caminhões para
possibilitar o acompanhamento do posicionamento destes. Os dados
gerados por esse sistema de rastreamento alimentam sistemas como o 
 
SISTEMA DE ESTOQUE GERENCIADO PARA VENDEDOR - VMI 
Sistema para comunicar aos fornecedores os níveis de estoque ou de demanda
de mercadorias, baseados em dispositivos de leitura de níveis de estoque, de
fluxos de consumo ou de transações de vendas (POS ou SCANNER). Tais
sistemas hoje já possuem comunicações eletrônicas diretamente com sites
especializados ou com próprios sites dos fornecedores. 

GEO-POSITIONING SYSTEMS - GPS 


Dispositivos que identificam posição de qualquer veículo/pessoa através do
uso dos conceitos de latitude e longitude geográfica, em conjunto com mapas
digitalizados. São aplicados para controle de desempenho e segurança de
transportes. 

IDENTIFICAÇÃO POR RADIO FREQÜÊNCIA – RFID 


 A tecnologia RFID utiliza uma série de equipamentos como smart cards,
etiquetas inteligentes e transponders para possibilitar o rastreamento de
produtos através de rádio frequência. Assim como o sistema de código de
barras, a tecnologia RFID é uma ferramenta de suporte que automatiza
processos e melhora a gestão das operações eliminando falhas humanas. Ao
mesmo tempo, dá poder aos tomadores de decisão disponibilizando
informações essenciais sobre o status dos produtos. 

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO – ERP 


O sistema integrado de gestão é um sistema centralizado capaz de integrar
todos os departamentos e funções das empresas em um sistema unificado de
informação, com capacidade de atender a todas as necessidades da
organização. Gable (1998) define os sistemas ERP como os pacotes de
software que buscam integrar o amplo espectro de processos e funções de
modo a apresentar uma visão holística de um negócio a partir de um único
sistema de informação com uma única arquitetura de informação. Já
Rosenman (1999) define o sistema ERP como um software aplicativo que inclui
soluções integradas de negócio para os principais processos (por exemplo,
planejamento e controle da produção, gestão de inventario) e as principais
funções administrativas (por exemplo, contabilidade, e gestão de recursos
humanos) de uma empresa. Os sistemas ERP melhoraram o fluxo de
informações através das cadeias de suprimentos em tal grau que se tornaram
um padrão de operação. 

SISTEMA DE GESTÃO DE RELACIONAMENTO COM CLIENTES – CRM 


O sistema de gestão de relacionamento com clientes é uma ferramenta
inteligente de gestão capaz de unificar as informações sobre os clientes
criando uma visão única centralizando as interações com estes e antecipando
às necessidades dos clientes (KALAKOTA e ROBINSON, 2002). Os sistemas de
CRM já receberam inúmeras definições (RIGBY et al., 2002), porém existem
elementos comuns a todas as definições incluindo aí o fato de serem
tecnologias para possibilitar que clientes individualmente possam ter um
diálogo que permita que as empresas customizem seus produtos e serviços de
modo a atrair, desenvolver e reter consumidores. 
 
 
Questão 1: Através do uso combinado dessas tecnologias, é possível executar
um gerenciamento eficiente e integrado de toda a cadeia de suprimentos. Qual
das descrições abaixo está relacionada so EDI (Eletronic Data Interchange)? 
a) É uma tecnologia que vem sendo empregado para melhorar a precisão da
informação e a velocidade de transmissão dos dados. 
b) Facilitam operações de contagens de mercadorias e controle de
rastreabilidade. 
c) É a movimentação eletrônica de documentos-padrão de negócios
especialmente formatados, como pedidos, faturas e confirmações, trocados
entre parceiros de negócios.  CERTA 
d) São responsáveis pelo controle de todo o transporte de cargas ajudando as
empresas a atenderem aos requisitos de transporte de produtos. 
 
 
 
Questão 2: A aplicação da Tecnologia da Informação nas atividades logísticas
tem proporcionado um aumento considerável no desempenho da cadeia de
suprimentos. Qual das descrições abaixo está relacionada aos sistemas de
gestão. 
A)  É um sistema centralizado capaz de integrar todos os departamentos e
funções das empresas em um sistema unificado de informação, com
capacidade de atender a todas as necessidades da organização.  CERTA 
b) Rastreia e controla o movimento do inventário dentro do depósito, facilitando
o registro, planejamento e o controle dos processos do depósito. 
c) Dispositivos que identificam posição de qualquer veículo/pessoa através do
uso dos conceitos de latitude e longitude geográfica, em conjunto com mapas
digitalizados. 
d) São responsáveis pelo controle de todo o transporte de cargas ajudando as
empresas a atenderem aos requisitos de transporte de produtos. 
 
AULA 7 ESTOQUES Estratégia de estoques – características, tipos,
funções e custo de manutenção 

Tipos de Estoques 
Os estoques são divididos em categorias, sendo estas vinculadas ao fluxo de
material e à forma em que será encontrado. 
Os estoques, para Bertaglia (2003), dividem-se em: 
São os itens que sofrem
Matéria-prima  alterações durante o processo de
produção. 
Refere-se ao produto durante as
Produto em processo  diferentes fases do processo
produtivo. 
São aqueles que ficam estocados,
esperando alguma operação a
Produto semi-acabado 
mais que os adaptem a variadas
formas de uso. 
São aqueles onde já foram
realizadas e finalizadas todas as
operações do processo produtivo,
Produto acabado 
inclusive os testes finais, sendo
ainda aprovados pelo controle de
qualidade. 
É o item já examinado e aprovado,
Estoque de distribuição  passando ao centro de distribuição
devido a exigências logísticas. 
São estoques que ficam com o
cliente, mas que por alguma
Estoque em consignação  negociação ou acordo mútuo
continua na propriedade do
fornecedor, até que seja utilizado. 
Provisão de materiais para Nesta classe, estão itens já
manutenção, reparos e usados que possam favorecer as
operações produtivas MRO  operações da organização. 
 
 
CUSTOS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS 
Ocorrem quando os custos crescem com o aumento da quantidade média
estocada. Por exemplo, quanto maior o estoque, maior o custo de capital
investido. Do mesmo modo, quanto maior a quantidade de itens armazenados,
maior a área necessária e maior o custo de aluguel. 
Quanto maior o estoque, mais área armazenada, mais custo de aluguel, mais
pessoas e equipamentos necessários para manusear os estoques, mais custo
de mão-de-obra e de equipamentos, mais chances de perdas, mais custo
decorrente de perdas, maiores as chances de materiais tornarem-se obsoletos,
mais custos decorrentes de materiais que não mais serão utilizados, maiores
as chances de materiais serem furtados e/ou roubados. 

CUSTOS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS 


São custos ou fatores de custos que diminuem com o aumento do estoque
médio. Isto é, quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais
custos (ou vice-versa). São os denominados custos de obtenção, no caso de
itens comprados e custos de preparação, no caso de itens fabricados
internamente. 
 
Gestão dos Estoques 
A gestão dos estoques constitui uma série de ações que permitem
ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem
utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se
utilizam, bem manuseados e bem controlados. 
Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle
dos estoques, sendo os mais usuais exemplificados a seguir. 
Nível de serviço ou nível de atendimento – indica qual o nível de atendimento,
ou seja, quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos clientes. 

No almoxarifado de uma empresa, durante um período de 6 meses, foram


apresentadas 3.100 requisições de materiais, com um número médio de 1,45
item por requisição. Foram entregues 4.400 itens, exatamente como solicitado.
Qual o nível de atendimento do almoxarifado? 

 
 
 
De janeiro a junho, o estoque de uma empresa apresentou a seguinte
movimentação em reais. Veja os exemplos a seguir. 

 
 
 

 
Cobertura de estoques – indica o número de unidades de tempo; por exemplo,
dias que o estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média: 

 
Calcule a cobertura com base nos dados do exemplo anterior (tabelas). 

 
Giro de estoques – mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se
renovou ou girou: 

 
A informação é um fator importante para melhorar a competitividade da
logística. É tecnologia-chave para aperfeiçoar o planejamento, as
operações e a avaliação de desempenho. 

Os chamados PRRs (Programas de Resposta Rápida) surgiram com o objetivo de


reduzir custos de produção e distribuição, bem como para intermediar o
relacionamento entre empresas, seus fornecedores e clientes, através do
compartilhamento de informações. 
Podemos citar alguns exemplos, como EDI e VMI. 
ECR (Eficiente Consumer Response) – o sistema seria uma estratégia de
negócios entre fabricantes do setor de alimentos e supermercadistas, a
fim de atender às crescentes necessidades dos consumidores finais ao
menor custo possível. 
Planejamento e Gestão de Materiais 
 
A partir da globalização dos mercados, do aumento da concorrência, da
necessidade de maior diversificação de produtos e melhoria constante em
eficiência operacional, a gestão de demanda passou a ser assunto central na
gestão de operações. 
Segue uma breve revisão de alguns conceitos relacionados à gestão de
demanda em operações industriais, em ambientes que requerem alta
flexibilidade, alta diversidade e baixos custos, abordando os seguintes tópicos
e suas correlações: 

A) GESTÃO DE DEMANDA 
Previsões de demanda desempenham um papel-chave em diversas áreas na
gestão de organizações. A área financeira, por exemplo, planeja a necessidade
de recursos analisando previsões de demanda de longo prazo; as mesmas
previsões também servem às áreas de recursos humanos e marketing, no
planejamento de modificações no nível da força de trabalho e nas vendas.
Talvez mais do que em qualquer outra área de uma organização, previsões de
demanda são essenciais na operacionalização de diversos aspectos do
gerenciamento da produção. Alguns exemplos são a gestão de estoques, o
desenvolvimento de planos agregados de produção e a viabilização de
estratégias de gerenciamento de materiais. São inúmeras as aplicações de
previsão dentro de uma empresa. A operacionalização satisfatória de
estratégias de planejamento e controle da produção, por exemplo, está
fortemente associada a existência de um sistema eficiente de previsão de
demanda. 

B) PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO 


Os sistemas de produção devem ser classificados sobre os critérios de: 
• Competitividade; 
• Estratégia de produção; 
• Complexidade dos produtos; 
• Tecnologia; e 
• Diversidade. 

O foco do PCP, segundo os autores, pode ser definido segundo programação


ou planejamento (se produz para estoque, o foco é planejamento; se produz
sob encomenda, o foco é programação; e se produz sob encomenda com alta
variedade de produtos finais o foco é tanto planejamento quanto
programação). A classificação dos sistemas de produção é dada a partir do
nível de repetibilidade da produção, podendo ser: contínuo puro, semicontínuo,
produção em massa, repetitivo, semi-repetitivo, não repetitivo e grandes
projetos. A repetibilidade do sistema de produção se caracteriza a partir do
comportamento da demanda. 

C) GESTÃO DE CAPACIDADE 
No setor de produção, além da gestão interna da capacidade a obtenção de
matérias-primas e componentes é vital e grande parte da capacidade encontra-
se fora dos muros da empresa, mas ainda dentro da cadeia, nos fornecedores.
O controle sobre a capacidade desses fornecedores, então, é fundamental para
a análise da disponibilidade de matérias-primas, insumos e subconjuntos e,
portanto, da capacidade de produção. Nesse ambiente de
manufatura/montagem, algo que influencia muito a capacidade é o mix de
produtos que se vai fazer. Dependendo dele, a capacidade é maior ou menor.
Existem mixes que aumentam a capacidade sem que seja preciso mudar um
parafuso. Uma dada combinação de produtos usa melhor a estrutura produtiva.
Da mesma forma, outras combinações diminuem a capacidade, porque os
produtos concorrem contra capacidades que estão na rede ou na fábrica. 

D) CAPTAÇÃO DE MATERIAIS 
Um exemplo de problemas associado a falta de coordenação na cadeia de
suprimentos é o fenômeno da distorção da informação de demanda. Este
fenômeno, conhecido como “efeito chicote” (bullwhip effect), começou a ser
estudado na década de 60, por Forrester (1961), que chegou a seguinte
conclusão: quando a demanda de um produto é transmitida ao longo de uma
série de empresas, por meio de pedidos, a variação entre a demanda conhecida
na empresa-cliente (a que envia o pedido) e a demanda conhecida na empresa-
fornecedora) a que recebe o pedido) cresce a cada transferência. As causas do
efeito chicote estão relacionadas com a estrutura de gestão descentralizada
observada em grande parte das cadeias de suprimento, a qual nem sempre
distribui a informação adequadamente a todos os elementos da cadeia. 

E) PROCESSAMENTO DAS VARIAÇÕES DE DEMANDA 


A distorção da demanda surge devido à falta de visibilidade que os
fornecedores e fabricantes têm do real consumo de seus produtos. Uma forma
de reduzir esse aspecto é compartilhando as informações de consumo com as
empresas que atuam na cadeia de distribuição. 

F) PADRONIZAÇÃO E MODULARIZAÇÃO 
Projetar mecanismos de montagem eficientes e desenvolver produtos que
possam ser separados e ter suas partes padronizadas. A modularização no
projeto de produto pode ajudar aumentando a velocidade no processo de novos
desenvolvimentos de produto. 
Orientando o projeto base dos novos produtos assim como maximizando o uso
dos componentes padronizados existentes, economizando recursos
(financeiros e humanos), bem como reduzindo o tempo requerido. Isto
implicará, certamente, em ganhos financeiros e de tempo, nos processos de
desenvolvimento. 

G) DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS ACABADOS 


Conforme citado por Helder et al. (2000), entre as práticas mais usuais em
Supply Chain Management (SCM), uma que exerce extrema importância é o
sistema de postergação. Este sistema visa atender às necessidades de
customização em massa conseguindo disponibilizar uma alta variedade de
produtos a baixo preço. Isto é possível porque o sistema de postergação
consegue garantir a customização dos produtos sem que haja, entretanto, a
perda das vantagens provenientes da economia de escala. Esta técnica
consiste em uma forma eficaz de lidar com variações de demanda e de
possibilitar entregas mais rápidas e confiáveis, criando centros de
diferenciação de produtos ao longo da cadeia onde um determinado produto
semiacabado é guardado até que chegue um pedido com, por exemplo, certas
especificações de embalagem. Aí então, o produto pode ser acabado de acordo
com o pedido do cliente. A remodelagem do produto e do processo, a fim de
retardar o ponto de diferenciação do produto, aumentam a flexibilidade do
processo para lidar com as variações do mercado. 
 
Análise de estoques pelo método ABC 
Analisar em profundidade milhares de itens no estoque é uma tarefa
extremamente difícil e, na maioria das vezes, desnecessária. É conveniente que
os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os
menos importantes. Assim, economizam-se tempo e recursos. 

A análise ABC classifica as mercadorias através de alguma medida de


desempenho para determinar quais itens não devem faltar no estoque, quais
itens podem ficar em falta no estoque, ocasionalmente, e quais devem ser
excluídos da seleção de estoque. 
A análise ABC utiliza o princípio geral de 80-20 que implica que 80% do valor
dos estoques ou vendas são provenientes de 20% dos itens em estoque ou
vendidos. 
Clique em cada um dos itens abaixo e veja como ocorre a sequência do
processo de construção da curva ABC. 
1 - Lista dos códigos dos produtos ou materiais com as unidades
consumidas no período com os respectivos custos unitários.  
 
2 - Tabela com a apuração do curso total por item (consumo unitário X
custo unitário). 

 
3 - Tabela com o custo total por item. 
 
4 - Tabela com a colocação dos itens em ordem crescente. Cálculo do
percentual de participação por item. Acumulação do percentual
calculado item a item.

 
5 - Curva ABC. 
COMPLETAR APÓS LEITURA 
 
Técnicas de Gestão de Estoques 
Segundo Ballou (1995, 217), existem várias formas de controlar a quantidade
em inventário de modo a atender os requisitos de nível de serviço e ao mesmo
tempo minimizar o custo de manutenção do estoque. Anos de pesquisas e
aplicações geraram centenas de conceitos e métodos para administrar
estoques. Veja, a seguir, algumas dessas técnicas. 

FLUXO DESCONTÍNUO DE MATERIAL 


Para Ching (2001, 40), esse é o sistema clássico, comumente conhecido como
método de empurrar estoque (push). O fluxo de material é “empurrado” ao
longo do processo pela fábrica até a distribuição, para suprir clientes. Ele
começa com a previsão de vendas que é a base para os programas de
produção. À medida que os pedidos dos clientes chegam, eles são atendidos
com os produtos acabados estocados nos depósitos. Para repor os estoques
nos depósitos, a fábrica produz contra a previsão de vendas e não contra a
demanda atual ou do depósito. 

LA VUELTA DE MARTÍN FIERRO (1879) 


O JIT requer os seguintes pontos chaves: 
• Qualidade: deve ser alta, porque distúrbios na produção por erros de
qualidade reduzirão o fluxo de materiais; 
 
• Velocidade: essencial em caso de se pretender atender à demanda dos
clientes diretamente conectados com a produção em vez de por meio dos
estoques; 
 
• Confiabilidade: pré-requisito para se ter um fluxo rápido de produção; 
 
• Flexibilidade: importante para que se consiga produzir em lotes pequenos,
atingir fluxo rápido e lead time (tempo de ressuprimento) curtos; 
 
• Compromisso: essencial comprometimento entre fornecedor e comprador de
modo que o cliente receba sua mercadoria no prazo e local determinado sem
que haja qualquer tipo de problema em seu processo de entrada de
mercadorias para venda. 
Esse sistema possibilita que a empresa possua estoques próximos de zero,
mas tenha o produto e a matéria-prima disponíveis em curtíssimo espaço de
tempo. Com isso, o cliente tem menores custos de estocagem, aumenta sua
produtividade, além de ter uma coisa a menos com que se preocupar, podendo
se dedicar ao seu negócio de fato (core business). 

FLUXO CONTÍNUO DE MATERIAL 


Era um ambiente de constantes alterações, os clientes demandam uma
variedade crescente de produtos, em lotes cada vez menores e mais
frequentes, altas exigências de qualidade e demanda veloz de entregas de seus
fornecedores. Estas são exigências críticas de competitividade em que as
empresas precisam estar atentas caso queiram sobreviver. Um enfoque
distinto do fluxo de materiais, o de fluxo contínuo, fornece uma eficiente
resposta. 
O fluxo contínuo é um refinamento da filosofia do JIT. É comumente conhecido
como método de puxar estoque (pull). 
As previsões de vendas de médio e longo prazo, agora são usadas para
planejar as necessidades de compras e devem refletir a sazonalidade da
demanda. Quando o pedido do cliente chega, ele é transmitido online para a
fábrica, e não para o depósito. A fábrica produz contra a demanda, em ciclos de
produção curtos e rápidos. Ela despacha o produto ao cliente, diretamente ou
por meio do estoque regulador, que pode ser apenas de consolidação da carga
ou terminais. Dessa forma, a demanda do cliente “puxa” o fluxo de material. 
As previsões de vendas de médio e longo prazo, agora são usadas para
planejar as necessidades de compras e devem refletir a sazonalidade da
demanda. Quando o pedido do cliente chega, ele é transmitido online para a
fábrica, e não para o depósito. A fábrica produz contra a demanda, em ciclos de
produção curtos e rápidos. Ela despacha o produto ao cliente, diretamente ou
por meio do estoque regulador, que pode ser apenas de consolidação da carga
ou terminais. Dessa forma, a demanda do cliente “puxa” o fluxo de material. 
Segundo esse enfoque, estoque de produtos acabados é evitado tanto quanto
possível, especialmente estoque de segurança. A razão disso é que a produção
ocorre contra a demanda real. 

FLUXO SINCRÔNICO DE MATERIAL 


Define-se o fluxo sincrônico de material como um novo enfoque que está
emergindo, ainda mais eficiente, para o sistema de controle da produção. A
produção e a distribuição se tornam integradas por meio do uso da tecnologia
da informação. 
O fluxo do material é balanceado de uma só vez ao longo do processo de
compras/produção/distribuição por um sistema automatizado de gestão de
materiais. Esse sistema fornece um fluxo sincronizado de informação que
atualiza simultânea e instantaneamente todas as partes envolvidas:
fornecedores, fábricas, estoque regulador e distribuição. 
A demanda real do cliente dá início ao processo, porém o fluxo de material é
agora balanceado e a informação sobre a necessidade de material (seja
produto acabado, seja de matéria-prima) flui paralelamente, não em série, para
todos os envolvidos. Este enfoque fornece uma resposta mais rápida às
mudanças no mercado. 
As demandas são capturadas instantaneamente no ponto-de-venda e
transmitidas online para um módulo de processamento de transações que
processa as demandas e otimiza as relações de custo-benefício envolvidos
(como carga ideal, melhor roteiro, volume mínimo) e alimenta os resultados
para todas as partes envolvidas. 
TERMINAR A AULA APÓS CONCLUSÃO DE TRABALHO PROPOSTO 
 
 
AULA 8 - Gerenciamento de Depósitos (Centros de Distribuição) 
 
Centro de Distribuição 
De acordo com a Associação Brasileira de Logística (Aslog), o Centro de
Distribuição (CD) é um armazém que tem por objetivo realizar a gestão
dos estoques de mercadorias na distribuição física. Em geral, este
armazém recebe cargas consolidadas de diversos fornecedores. Estas
cargas são então fracionadas com intuito de consolidar os produtos em
quantidade e variedade corretas, para depois serem encaminhadas aos
pontos de venda, ou em alguns casos aos clientes finais. 
 
 
Sistemas sequenciais ou escalonados 
Na estrutura escalonada ou indireta, a empresa possui um ou mais armazéns
centrais e um conjunto de centros de distribuição avançados, próximos aos
clientes. 

Sistemas diretos ou estruturas diretas 


Já nas estruturas diretas, a empresa possui um ou mais armazéns
centrais, nos quais os produtos são expedidos diretamente para os
clientes. 
 
As instalações intermediárias típicas de um sistema de distribuição
direta ou centralizado, destinam-se a produtos com um menor giro de
estoque, maior sazonalidade, alta amplitude de vendas, maior risco de
obsolescência, ou seja, que envolvem um maior risco quanto à previsão de
sua demanda, justificando-se, portanto, a prática de postergar ao máximo
o envio dos produtos. 
 
Os sistemas de distribuição diretos podem também utilizar instalações
intermediárias, não para manter estoque, mas para permitir um rápido
fluxo de produtos, aliado a baixos custos de transporte. São os sistemas
denominados: transit point, cross docking e merge in transit. 

Sistemas flexíveis 
Os denominados sistemas flexíveis são os que combinam as vantagens da
estrutura escalonada com as do sistema direto. Nestes sistemas, materiais ou
produtos de grande saída permanecem em depósitos avançados, enquanto que
outros itens de maior risco, ou de maior valor, podem ser armazenados em um
local central para serem distribuídos diretamente aos consumidores. 
Cross Docking 
As instalações que operam com o cross docking recebem carretas completas
de diversos fornecedores e realizam, dentro das instalações, o processo de
separação de pedidos através da movimentação e combinação das cargas (ou
não), transferindo-as da área de recebimento para a área de expedição, sem
colocar em estoques. As carretas partem então, com a carga completa
formada pela combinação de diversos fornecedores, principalmente para lojas
de rede. 

Sistemas Diretos - Transit Point 


 
É um Centro de Distribuição localizado de forma a atender a uma determinada
área de mercado, distante dos armazéns centrais, e opera como uma
instalação de passagem, recebendo cargas consolidadas e as separando para
entregas locais, sem formar estoques. É um sistema muito usado por
empresas transportadoras. Os produtos recebidos já têm os destinos definidos,
ou seja, já estão previamente destinados aos clientes e podem ser
imediatamente expedidos para entrega local. 
Atualmente, com o aumento da competitividade, diversas empresas, em
segmentos bastante diferentes, vêm fazendo uso dos CD’s, pois esses
Centros passaram a ser considerados estratégicos para as empresas,
por dois motivos: 
1. Porque através da utilização de CDs, é possível atender mais rápido
ao cliente, garantindo sua fidelidade e melhorando o nível do serviço. 
2. Porque empresas que desejam ter cobertura nacional, em países
como o Brasil, precisam de pontos de apoio estrategicamente
localizados, para assegurar a eficácia na entrega dos produtos. 
Segundo Lima (2002), os armazéns de produtos acabados, antes
gerenciados pelas próprias indústrias, deram lugar aos CD’s, visto que
eles têm como principal desafio atender corretamente à crescente
demanda de pedidos. Esta demanda vem aumentando devido à maior
variedade de produtos e à necessidade de melhor atendimento ao
cliente. 
 
É possível observar também um aumento na frequência de atendimento,
pois o número de entregas diretas ao consumidor vem crescendo muito,
com a utilização cada vez maior da Internet e das vendas por catálogo e
pelo telemarketing. Como resposta, os responsáveis pelos CD’s vêm
investindo em tecnologias que permitem reduzir o tempo de atendimento
ao cliente e simultaneamente aumentar a sua produtividade. 
 
Os CD’s transformaram-se em pólos geradores de carga, portanto devem
ficar em área de fácil acesso e com infraestrutura adequada ao tipo de
operação a ser executada. Desta forma, sua localização é de extrema
importância, tanto para a velocidade da operação como para a qualidade
do serviço prestado e a infraestrutura deverá estar associada
diretamente com as necessidades específicas dos tipos de produtos
envolvidos. 
 
Segundo observa Lacerda (2000), além da melhora no atendimento, os
CD’s permitem uma redução no custo de transporte, já que operam
muitas vezes como consolidadores de carga. Isto significa que um CD,
utilizado por diversos fornecedores, permite que estes realizem as
transferências entre suas fábricas e o CD com cargas consolidadas, da
mesma forma que as cargas para os clientes finais também poderão
consolidar pedidos de diversos fornecedores, com isso reduzindo o custo
total de transporte. Para os clientes, por outro lado, além do custo de
transporte ser reduzido, ainda existe a economia de tempo de operação,
gerado em função do recebimento de um único carregamento com todos
os produtos necessários, ao invés de receber carregamentos separados
de cada fornecedor. 
Segundo Moura (2002), os CD's podem ofertar, além dos serviços de
armazenagem, serviços que agreguem valor aos produtos, como etiquetagem,
embalagem ou reembalagem, entre outros. Para Bowersox & Closs (2001), esta
é uma das vantagens em se utilizar um CD no sistema logístico. O CD tem um
papel fundamental na cadeia logística. Quando operado de forma eficiente,
permite o gerenciamento eficaz do fluxo de mercadorias e informações, e como
consequência há uma melhoria no nível de atendimento ao cliente e reduções
de custo. 
 
O CD está relacionado, portanto, com diversas áreas da empresa: marketing,
vendas, financeira, entre outras. Cada área interage com o CD de acordo com
seus objetivos. Marketing e vendas estão interessados no pronto atendimento
ao cliente, para não ter nenhuma venda perdida, já a área financeira deseja que
o estoque seja o menor possível, pois estoque é sinônimo de dinheiro parado,
que poderia estar gerando lucro para a empresa, se estivesse aplicado no
mercado financeiro. As diversas áreas da empresa possuem objetivos
diferentes com relação ao CD, e cabe à empresa definir a melhor estratégia de
acordo com seus objetivos e missões. 
 
As principais atividades em um CD, segundo a Aslog, englobam:
recebimento, movimentação, armazenagem, seleção de pedido,
expedição e, em alguns casos, agregação de valor intrínseco, como a
colocação de embalagens e de rótulos e a preparação de kits
comerciais. 

Um processo de recebimento de produtos inicia-se quando um veículo entra no


CD, aproxima-se e estaciona na doca. Após estacionar o veículo, retiram-se os
produtos para iniciar a contagem e conferência física do material. Em alguns
CDs, poderá haver equipamentos para nivelar o caminhão com a plataforma,
com isso evitam-se eventuais acidentes durante a movimentação de
mercadorias. (Moura, 1997). 

TECNOLOGIA 
Atualmente, com o avanço da tecnologia, durante o recebimento é possível
utilizar código de barras e coletores de dados. Essas ferramentas agilizam o
processo de conferência e evitam erros humanos no processo. Em ambiente
onde a utilização do código de barras não é eficiente, existe a possibilidade de
substituí-lo pelo uso da etiqueta inteligente associado ao uso da tecnologia de
RFID. 

MOVIMENTAÇÃO 
A movimentação é realizada após o recebimento dos produtos, sendo sua
primeira atividade a descarga dos veículos. (Bowersox & Closs, 2001) Existem
dois tipos de movimentação dentro do CD: a transferência e a separação. A
transferência consiste em mudar o material da área de recebimento para o
local onde ficará estocado, e a separação em retirar o material da área onde foi
estocado e levá-lo para a área de consolidação dos pedidos. 

PROCESSO 
O processo de movimentação pode ser feito através da força física humana ou
por meio de equipamentos, como empilhadeiras e/ou transpaleteiras, quando
são usados pallets ou slip sheet. A utilização de empilhadeiras tem como
principal benefício uma maior produtividade, já que torna a movimentação mais
rápida. A segurança da operação na utilização de empilhadeiras é de
responsabilidade do gestor do armazém, que deverá indicar funcionários aptos
a manusear este equipamento. 
Segundo Ballou (1993), a embalagem contribui para uma melhor
movimentação, desde que exista uma padronização e que ela seja
suficientemente forte para aguentar mais de uma movimentação. 
 
Como citado anteriormente, uma das formas de padronizar a embalagem é a
paletização, já que possibilita movimentar maiores quantidades de produtos. 
 
Entretanto, deve-se observar a correta distribuição do peso e o correto
posicionamento do centro de gravidade, para evitar possíveis acidentes com a
empilhadeira em virtude do transporte, principalmente quanto à
movimentação. 
 
Outra maneira de se padronizar e de se usar as embalagens é através da
utilização de contêineres, que são equipamentos nos quais são colocadas as
embalagens secundárias ou produtos soltos durante a armazenagem e o
transporte. Suas principais vantagens são: aumento geral da eficiência de
movimentação de materiais, redução de avarias durante o transporte, redução
de furtos e maior proteção contra fatores ambientais. Porém, como principal
desvantagem existe a necessidade de equipamentos específicos de
movimentação, pois sem estes fica impossível movimentar um contêiner.
(Bowersox & Closs 2001) 
 
Antes de passar para a próxima etapa, realize os exercícios de autocorreção
desta aula. Lembre-se de que sua frequência está associada à realização
desses exercícios. 
 
Atividade 
A estratégia competitiva de uma empresa exerce um forte impacto nas
decisões sobre localização de centros de distribuição. As empresas que
priorizam custos tenderão a procurar a localização mais barata para as suas
instalações considerando os custos totais. As empresas que priorizam
atendimento tenderão a colocar suas instalações mais perto do mercado para
que a empresa reaja mais rapidamente às necessidades do mercado. 

GABARITO 
As cadeias de lojas de produtos de alto consumo têm como objetivo oferecer
fácil acesso aos clientes como parte da estratégia competitiva, com preços
atrativos. Devem ter um custo baixo de distribuição.  Assim, as cadeias de lojas
possuem muitas lojas que cobrem uma região, como os supermercados.
Também, são produtos de alto giro. 
 
 
Aula 9 - Embalagem e Manuseio 

O papel da embalagem 
A embalagem se tornou item fundamental da vida de qualquer pessoa e
principalmente das atividades de qualquer empresa. O desenvolvimento
da embalagem acompanhou o desenvolvimento humano, da necessidade
inicial do homem de armazenar água e alimentos em algum recipiente,
visando à sobrevivência própria, até o início das atividades comerciais, e
à disseminação do uso das embalagens. Hoje estão presentes em todos
os produtos, com formas e funções variadas, sempre com a evolução
das tecnologias utilizadas, que as tornam cada vez mais eficientes e
estratégicas. 
Dependendo do foco em que está sendo analisado, o conceito de
embalagem pode variar. Para um profissional da área de distribuição, por
exemplo, a embalagem pode ser classificada como uma forma de
proteger o produto durante sua movimentação. Enquanto que para um
profissional de marketing a embalagem é muito mais uma forma de
apresentar o produto, visando atrair os clientes e aumentar as vendas, do
que uma forma de o proteger. 
 
Neste conceito, os autores tentam abranger tudo que envolve a
concepção da embalagem: arte, técnicas e ciências, bem como suas
funções: 
A de proteção da mercadoria, durante as atividades de logística, 
A de exposição ao consumidor, como meio de aumentar as vendas. Sem
deixar de considerar os custos envolvidos na produção e no transporte
de mercadorias. 
 
Até que ponto as unidades de movimentação como caixa, paletes e
contenedores facilitam a estocagem, e até que ponto a embalagem
facilita o descarte e a reciclagem? 
 
A embalagem proporciona a proteção necessária ao produto durante o
processo de armazenagem, assegurando sua integridade e poder
proporcionar melhor utilização do espaço nos armazéns e facilitar a
identificação e separação dos produtos, evitando retrabalho com
correções. 
 
Classificação das embalagens 
Quanto à classificação, a mais referenciada é a que classifica de acordo
com as funções em: 

Primária 
É a embalagem que está em contato com o produto que está contido
nela. Exemplo: vidro de pepino, caixa de leite, lata de leite condensado e
caixa de sabão em pó. 

Secundária 
Secundária: é aquela que protege as embalagens primárias e facilita o
manuseio e acomodação nas prateleiras. Exemplo: o fundo de papelão,
com unidades de caixa de leite envolvidas em um plástico. É geralmente
a unidade de venda no varejo. 

Terciária 
É a que acomoda as embalagens secundárias, facilitando a
armazenagem e a movimentação nos depósitos e nos CD’s. Exemplos
caixas de madeira ou de papelão. 

Quaternária 
Acomoda as embalagens terciárias para facilitar o empilhamento e a
movimentação com equipamentos adequados. Exemplos: paletes. 

Embalagem de Quinto Nível 


É a embalagem “conteineirizada”, ou embalagens especiais para envio a
longa distância. 

CONTENÇÃO 
A contenção refere-se à função de conter o produto, de servir como receptáculo, por
exemplo, quando ocorre de o produto vazar da embalagem, esta função não foi
cumprida. O grau de eficiência da embalagem nesta função depende das
características do produto. Uma mercadoria perigosa, inflamável, deve sempre ter
100% de eficiência, realizando o investimento necessário para tal. Enquanto um
fabricante de um material de menor valor, como sal, por exemplo, pode utilizar uma
embalagem com menor grau de eficiência nesta função, o mesmo ocorre com relação
à função de proteção.
 
PROTEÇÃO 
A função de proteção possibilita o manuseio do produto até o consumo final, sem que
ocorram danos na embalagem e/ou produto. Também, com relação a esta função,
deve-se estabelecer o grau desejado de proteção ao produto. Alguns dos principais
riscos aos quais a embalagem está submetida são: choques, aceleração, temperatura,
vibração, compressão, oxidação, perfuração, esmagamento, entre outros. 

COMUNICAÇÃO 
E a função de comunicação é a que permite levar a informação, utilizando diversas
ferramentas, como símbolos, impressões, cores, RFID1. Nas embalagens primárias,
esta função ocorre diretamente com os consumidores finais, trazendo informações
sobre a marca e o produto. E nas embalagens ditas industriais, relacionadas à
Logística, a comunicação ocorre na medida em que impressões de códigos de barra
nas embalagens, marcações, cores ou símbolos permitam a localização e
identificação de forma facilitada nos processos logísticos de armazenagem, estoque,
separação de pedidos e transporte. 

Planejamento da embalagem 

A interação da embalagem com as operações logísticas deve iniciar-se no


planejamento da embalagem, pois nesta etapa são definidos aspectos fundamentais,
que irão influenciar todo o processo, como: dimensões, tipo de material, design, custo
e padronização das embalagens. Estes aspectos são fundamentais para o
planejamento e eficiência no armazenamento e transporte dos produtos. Caso a
embalagem não seja planejada de acordo com os recursos existentes, será necessário
adequar todos os recursos à embalagem. 
Há um conflito no planejamento da embalagem, por interferir em diversas áreas da
empresa e ter grande representatividade nos custos. Neste sentido, Moura e Banzato
(2000) estabelecem cinco critérios básicos para desenvolver uma embalagem: função,
proteção, aparência, custo e disponibilidade. Têm-se prioridades diferentes de acordo
com o tipo de produto que será acondicionado e o tipo de embalagem, se para
consumo ou industrial (transporte). 
Entretanto, para ambas é essencial que se verifiquem, nesta etapa do planejamento,
quais serão as condições de manuseio, armazenagem e de transporte a que serão
submetidas. 
A padronização das embalagens geralmente ocorre nas embalagens secundárias e
terciárias, que protegem e acondicionam as embalagens primárias. 
 
Segundo Moura & Banzato (2001), ao se falar em padronização de embalagens, na
maioria das vezes refere-se à padronização das dimensões, e não do material. Isto
porque são estas as características que influenciam mais a capacidade do
equipamento de movimentação, e não o tipo de material utilizado na fabricação. 
 
A redução da variabilidade de embalagens facilita o armazenamento, o manuseio e a
movimentação dos materiais, reduzindo o tempo de realização destas tarefas, por
proporcionar uma padronização destes métodos, dos equipamentos de movimentação
e de armazenamento. Além da redução do tempo, outra vantagem da padronização é a
redução de custos. 

Atividade 
A embalagem afeta tanto a eficiência como a eficácia das operações logísticas. A
embalagem para o consumidor dá ênfase à conveniência, ao apelo de mercado, enfim
ao Marketing. A embalagem para uso na Logística visa à produtividade dos sistemas
logísticos com o menor custo possível. 
 
Por que a embalagem afeta tanto a eficiência e a eficácia das operações logísticas? 
GABARITO 
A eficiência e a facilidade de manuseio de materiais são influenciadas pelas
características das embalagens, principalmente pelo seu grau de padronização
e unitização das cargas. O papel da comunicação nas embalagens é permitir a
identificação dos conteúdos, além de rastrear e proporcionar informações
sobre o manuseio. A embalagem logística contribui substancialmente no
deslocamento rápido dos produtos, através da padronização de acessórios e
equipamentos utilizados em seu trajeto.   Além disso, contribui no tocante à
proteção contra avarias. 
 
Aula 10 - Infraestrutura de Transportes 
 
O papel dos transportes 
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a
maior parcela dos custos logísticos na maioria das organizações, tem papel
fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço ao Cliente. 
Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas
logísticas, o que em alguns casos pode significar duas ou três vezes o lucro de
uma companhia, como é o caso, por exemplo, do setor de distribuição de
combustíveis. 
Desde os primórdios, o transporte de mercadorias tem sido utilizado para
disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo
adequado às necessidades do comprador. Mesmo com o avanço de
tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real, o
transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo
logístico, que é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no
lugar certo e ao menor custo possível. 

O ponto central desta análise é a relação entre políticas de


transporte e de estoque? 
 

 
Sim, o ponto central desta análise é a relação entre políticas de
transporte e de estoque. Dentro de uma visão não integrada, o gestor de
estoques possui comumente o objetivo de minimizar os custos com
estoque sem analisar todos os custos logísticos. Este tipo de
procedimento impacta, de forma negativa, outras funções logísticas,
como, por exemplo, a produção que passa a necessitar de uma maior
flexibilidade e uma gestão de transporte caracterizada pelo transporte
mais fracionado, aumentando uma forma geral o custo unitário de
transporte. 
 
ATENÇÃO 
É importante deixar claro que esta política pode ser a mais adequada em
situações em que se utilizam estratégias baseadas no tempo, como JIT, ECR,
QR. Estas estratégias visam reduzir o estoque a partir de uma visão integrada
da Logística, exigindo da função transporte a rapidez e a consistência
necessária para atender aos tamanhos de lote e aos prazos de entrega. Além
disso, em muitos casos a entrega deve ser realizada em uma janela de tempo
que pode ser de um turno ou até de uma hora. 
Outra questão importante ligada a esta análise está associada à escolha de
modais. Dependendo do modal escolhido, o transit time poderá variar em dias.
Por exemplo, um transporte típico de São Paulo para Recife pelo modal
rodoviário demora em torno de 5 dias, enquanto o ferroviário pode ser realizado
em cerca de 18 dias. A escolha dependerá evidentemente do nível de serviço
desejado pelo cliente, e dos custos associados a cada opção. O custo total
desta operação deve contemplar todos os custos referentes a um transporte
porta a porta, mais os custos do estoque, incluindo o estoque em trânsito. Para
produtos de maior valor agregado, pode ser interessante o uso de modais mais
caros e de maior velocidade. 

O Serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística


Integrada. Todas as funções logísticas vistas contribuem para o nível de
serviço que uma empresa presta aos seus clientes. O impacto do transporte no
Serviço ao Cliente é um dos mais significativos, e as principais exigências do
mercado geralmente estão ligadas à pontualidade do serviço, à capacidade de
prover um serviço porta a porta, à flexibilidade, no que diz respeito ao
manuseio de uma grande variedade de produtos, ao gerenciamento dos
riscos associados a roubos, danos e avarias e à capacidade de o
transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se
capaz de executar outras funções logísticas. As respostas para cada uma
destas exigências estão vinculadas ao desempenho e às características de
cada modal de transporte, tanto no que diz respeito às suas dimensões
estruturais, quanto à sua estrutura de custos. 

Classificação dos Modais de Transporte 

Os cincos modais de transporte básicos são: 

 o ferroviário; 
 o rodoviário; 
 o hidroviário; 
 o aeroviário; 

  os dutos e os de multimodalidade e intermodalidade. 


A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos da
quilometragem do sistema, do volume de tráfego, da receita e da natureza da
composição do tráfego. 
De acordo com Alvarenga e Novaes (2000: 93), para se organizar um sistema
de transporte é preciso ter uma visão sistêmica, que envolve planejamento,
mas para isso é preciso que se conheça: 
os fluxos nas diversas ligações da rede; 
  o nível de serviço atual; 
  o nível de serviço desejado; 
  as características ou parâmetros sobre a carga; 
  os tipos de equipamentos disponíveis e suas características (capacidade,
fabricante etc); 
  e os sete princípios ou conhecimentos, referentes à aplicação do enfoque
sistêmico. 
Quanto aos parâmetros de carga, os principais elementos são: peso e volume,
densidade média; dimensão da carga; dimensão do veículo; grau de
fragilidade da carga; grau de perecibilidade; estado físico; assimetria; e
compatibilidade entre cargas diversas. 
Sendo assim, pode-se observar que no transporte de produtos, vários
parâmetros precisam ser observados para que se tenha um nível de serviço
desejável pelo cliente. 
Dependendo das características do serviço, será feita a seleção de um modal
de transporte ou do serviço oferecido dentro de um modal. 

A primeira dimensão a ser considerada na escolha do modal é a estrutura de


custos fixos/variáveis e a classificação das características operacionais de
cada modal quanto à velocidade, disponibilidade, confiabilidade, capacidade e
frequência. 
 
Segundo Ballou (2001:156), a seleção de um modal de transporte pode ser
usada para criar uma vantagem competitiva do serviço. Para tanto, destaca-se
a seguir algumas características dos modais de transporte. 

FERROVIÁRIO 
No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento
de grandes tonelagens de produtos homogêneos, ao longo de distâncias
relativamente longas. 
Como exemplo destes produtos estão: os minérios (de ferro, de manganês),
carvões minerais, derivados de petróleo e cereais em grão, que são
transportados a granel. No entanto, em países da Europa, por exemplo, a
ferrovia cobre um aspecto muito mais amplo de fluxos. Como exemplos de
meios de transporte ferroviário, pode-se citar o transporte com vagões,
containers ferroviários (1 a 5 toneladas) e transporte ferroviário de
semirreboque rodoviário (piggyback). 
Segundo Ballou (1993:127), existem duas formas de serviço ferroviário, o
transportador regular e o privado. Um transportador regular presta serviços
para qualquer usuário, sendo regulamentado em termos econômicos e de
segurança pelo governo. Já o transportador privado pertence a um usuário
particular, que o utiliza em exclusividade. 
Com relação aos custos, o modo ferroviário apresenta altos custos fixos em
equipamentos, terminais e vias férreas, entre outros. Porém, seu custo variável
é baixo. 
Embora o custo do transporte ferroviário seja inferior ao rodoviário, este ainda
não é amplamente utilizado no Brasil, como o modo de transporte rodoviário.
Isto se deve a problemas de infraestrutura e a falta de investimentos nas
ferrovias. 

RODOVIÁRIO 
É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente
todos os pontos do território nacional, pois desde a década de 50, com a
implantação da indústria automobilística e a pavimentação das rodovias, esse
modelo se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado. Difere do
ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de
produtos acabados e semiacabados. Por via de regra, apresenta preços de
frete mais elevados do que os modais ferroviário e hidroviário portanto sendo
recomendado para mercadorias de alto valor ou perecíveis. Não é
recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito baixo para
este modal. 
Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e
frota privada, existem também transportadores contratados e isentos. Quando
os clientes desejam obter um serviço mais adequado às suas necessidades,
isentando-se de despesas de capital ou problemas administrativos associados
à frota própria, estes se utilizam de transportadores contratados. Os
transportadores contratados são utilizados por um número limitado de
usuários em contratos de longa duração. Já os transportadores isentos são
aqueles livres de regulamentação econômica, como por exemplo, veículos
operados e contratados por fazendeiros ou cooperativas agrícolas. 
O transporte rodoviário apresenta custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e
construídas com fundos públicos), porém seu custo variável (combustível,
manutenção etc.) é médio. 
As vantagens deste modal estão na possibilidade de transporte integrado porta
a porta e de adequação aos tempos pedidos, assim como frequência e
disponibilidade dos serviços. Apresenta como desvantagem a possibilidade de
transportar somente pequenas cargas. 

HIDROVIÁRIO 
O transporte hidroviário é utilizado para o transporte de granéis líquidos,
produtos químicos, areia, carvão, cereais e bens de alto valor (operadores
internacionais) em contêineres. Os serviços hidroviários existem em todas as
formas legais citadas anteriormente. Como exemplos de meios de transporte
hidroviário, pode-se citar os navios dedicados, os navios contêineres e os
navios bidirecionais para veículos (roll-on, roll-off, vessel). 
Este tipo de transporte pode ser dividido em três formas de navegação: a
cabotagem, que é a navegação realizada entre portos ou pontos do território
brasileiro utilizando a via marítima, ou entre esta e as vias navegáveis interiores
(até, aproximadamente, 12 milhas da costa); a navegação interior, que é
realizada em hidrovias interiores em percurso nacional ou internacional e, por
fim, a navegação de longo curso, realizada entre portos brasileiros e
estrangeiros. 
Em relação aos custos, o transporte hidroviário apresenta custo fixo médio
(navios e equipamentos) e custo variável baixo (capacidade para transportar
grande quantidade de tonelagem). É o modal que apresenta o mais baixo
custo. 
Este modal apresenta como vantagem a capacidade de transportar mercadoria
volumosa e pesada e o fato dos custos de perdas e danos serem considerados
baixos, quando comparados com outros modais. Suas principais desvantagens
são a existência de problemas de transporte no porto; a lentidão, uma vez que o
transporte hidroviário é, em média, mais lento que a ferramenta e a forte
influência do tempo. Sua disponibilidade e confiabilidade são afetadas pelas
condições meteorológicas. 

AEROVIÁRIO 
O transporte aeroviário tem tido uma demanda crescente de usuários, embora
o seu frete seja significativamente mais elevado que o correspondente
rodoviário. Em compensação, seu deslocamento porta a porta pode ser
bastante reduzido, abrindo um caminho para esta modalidade, principalmente
no transporte de grandes distâncias. 
Este tipo de transporte é utilizado principalmente nos transportes de cargas de
alto valor unitário (artigos eletrônicos, relógios, alta moda etc.) e perecíveis
(flores, frutas nobres, medicamentos etc). Como exemplos deste meio de
transporte estão os aviões dedicados e aviões de linha. 
Segundo Ballou (1993:129), no modo aéreo existem os serviços regulares,
contratuais e próprios. O serviço aéreo é oferecido em alguns dos sete tipos:
linhas-tronco domésticas-regulares, cargueiras (somente cargas), locais
(principais rotas e centros menos populosos, passageiros e cargas),
suplementares (charters, não tem programação regular), regionais (preenchem
rotas abandonadas pelas domésticas, aviões menores), táxi aéreo (cargas e
passageiros entre centros da cidade e grandes aeroportos) e internacionais
(cargas e passageiros). 

DUTOS 
A utilização do transporte dutoviário é ainda muito limitada. Destina-se
principalmente ao transporte de líquidos e gases em grandes volumes e
materiais que podem ficar suspensos (petróleo bruto e derivados, minérios). A
movimentação via dutos é bastante lenta, sendo contrabalançada pelo fato de
que o transporte opera 24 horas por dia e sete dias por semana. Os direitos de
acesso, construção, requisitos para controle das estações e capacidade de
bombeamento fazem com que o transporte dutoviário apresente o custo fixo
mais elevado. Em contrapartida, o seu custo variável é o mais baixo, nenhum
custo com mão de obra de grande importância. É, portanto, o segundo modal
com mais baixo custo, ficando atrás apenas do modo de transporte hidroviário. 
Como vantagens, o transporte dutoviário se apresenta como o mais confiável
de todos, pois existem poucas interrupções para causar variabilidade nos
tempos e os fatores meteorológicos não são significativos. Além disso, os
danos e perdas de produtos são baixos. Como desvantagem está a lentidão na
movimentação dos produtos, o que inviabiliza seu uso para o transporte de
perecíveis. 

MULTIMODALIDADE E INTERMODALIDADE 
A multimodalidade pode ser definida como a integração entre modais, com o
uso de vários equipamentos, como contêineres. Já a intermodalidade
caracteriza-se pela integração da cadeia de transporte, com o uso de um
mesmo contêiner, um único prestador de serviço e documento único. No Brasil
utiliza-se a multimodalidade. Segundo Nazário (In: Fleyry et al., 2000:145), uma
das principais barreiras ao conceito da intermodalidade no Brasil diz respeito a
sua regulamentação da prática do Operador de Transporte Multimodal (OTM). 
Com a implantação de um documento único de transporte, alguns estados
argumentam que seriam prejudicados na arrecadação do ICMS. 
A integração entre modais pode ocorrer entre vários modais: aéreo-rodoviário,
ferroviário-rodoviário, aquário-ferroviário, aquário-rodoviário ou ainda mais de
dois modais. A utilização de mais de um modal agrega vantagens a cada
modal, caracterizados pelo nível de serviço e custo. Combinados, permitem
uma entrega porta a porta a um menor custo e um tempo relativamente menor,
buscando equilíbrio entre preço e serviço. 
O transporte é o principal componente do sistema logístico. Sua importância
pode ser medida através de pelo menos três indicadores financeiros:
custos, faturamento e lucro. 
 
 
Custos 
A economia e a precificação dos transportes dizem respeito aos fatores
e às características que direcionam os custos. Para desenvolver uma
estratégia de logística eficaz é necessário atender tais fatores e
características. Segundo Bowersox (2006), os custos de transporte são
calculados a partir de sete fatores. Apesar de não ser componente de
tarifa direta, cada um deles influencia na tarifa de frete. Tais fatores são:
distância, volume, densidade, capacidade de acondicionamento,
manuseio, responsabilidade e aspectos de mercado. É importante
ressaltar que cada fator varia de acordo com as características
específicas dos produtos. A distância é o fator de maior influência nos
custos de transporte, pois contribuem diretamente para despesas
variáveis, como mão de obra, combustível e manutenção. Outro fator é o
volume de carga. Em muitas atividades logísticas, existem economias de
escala do transporte para a maioria das movimentações. Essa relação
indica o custo de transporte por unidade de peso, que diminui à medida
que o volume de carga aumenta. Isso ocorre porque os custos fixos de
coleta e de administração podem ser diluídos no incremento do volume.
Outro fator é a densidade do produto, combinação de peso e volume.
Eles são importantes, pois o custo de transporte para qualquer
movimentação é cotado em valor por unidade de peso. A relação do
custo de transporte normalmente são avaliados como baixos e
decrescentes por unidade de peso à medida que aumenta a densidade. A
capacidade de acondicionamento refere-se como as embalagens dos
produtos podem acomodar-se nos equipamentos de transporte. Já o
manuseio refere-se aos equipamentos utilizados para manusear a carga
durante o processo de carregamento e descarga de caminhões, vagões
ferroviários e navios, por exemplo. 
 
A responsabilidade envolve características dos produtos que podem
resultar em danos ou reclamações potenciais. E, aspecto de mercado, o
último fator a ser considerado dentre os fatores econômicos, refere-se ao
volume de transporte em uma rota ou ao balanceamento. Ambos
também influenciam os custos de transporte. 

Faturamento 
Importante ressaltar que os valores apresentados anteriormente podem
variar substancialmente, de setor para setor, e de empresa para empresa.
A participação no faturamento, que em média é de 3,5%, pode variar, por
exemplo, de 0,8%, no caso da indústria farmacêutica, a 7,1%, no caso da
indústria do papel e celulose. Como regra geral, quanto menor o valor
agregado do produto, maior a participação das despesas de transporte
no faturamento da empresa. 
 
Os cinco modais de transporte de cargas: rodoviário, ferroviário,
aquaviário, dutoviário e aéreo possuem, cada um, custos e
características operacionais próprios, que os tornam mais adequados
para certos tipos de operações e produtos. Os critérios para escolha de
modais devem sempre levar em consideração aspectos de custos, por
um lado, e características de serviços, por outro. Em geral, quanto maior
o desempenho em serviços, maior tende a ser o custo do mesmo. 

Lucro 
As diferenças de custo/preço entre os modais tendem a ser
substanciais. Tomando como base um transporte de carga fechada à
longa distância, verifica-se que, em média, os custos/preços mais
elevados são os do modal aéreo, seguido pelo rodoviário, ferroviário,
dutoviário e aquaviário, pela ordem. 
 
A segunda dimensão a ser considerada na escolha do modal é a qualidade dos
serviços oferecidos. São cinco as dimensões mais importantes, no que diz
respeito às características dos serviços oferecidos: dimensão e
disponibilidade, velocidade, consistência e capacidade. 

DIMENSÃO E DISPONIBILIDADE 
A dimensão disponibilidade se refere ao número de localidades onde o modal
se encontra. Aqui, aparece a grande vantagem do rodoviário, que quase não
tem limites no lugar que pode chegar. Teoricamente, o segundo em
disponibilidade é o ferroviário, mas isto depende da extensão da malha
ferroviária do país. Nos EUA, tal malha, com cerca de 300 mil quilômetros, é
sem dúvida a segunda em destinação. No Brasil, nossa malha, de apenas 29
mil quilômetros, tem baixa oferta fora das regiões Sul e Sudeste, o que faz com
que o modal aéreo apresente maior disponibilidade em muitas regiões. O
modal aquaviário, embora ofereça potencial de alta disponibilidade devido à
nossa costa de 8 mil quilômetros, e nossos 50 mil quilômetros de rios
navegáveis, apresenta, de fato, uma baixa disponibilidade, por causa da
escassez de infraestrutura portuária, de terminais e de sinalização. 

VELOCIDADE 
Em termos de velocidade, o modal aéreo é o mais veloz, seguido pelo
rodoviário, ferroviário, aquaviário e dutoviário. No entanto, considerando que a
velocidade deve levar em consideração o tempo gasto na porta a porta. Esta
vantagem do modal aéreo só ocorre para distâncias médias e grandes, devido
ao tempo de coleta e entrega que precisa ser computado. Ou seja, quanto
maior a distância a ser percorrida, maior a vantagem do modal aéreo em
termos de velocidade. Por outro lado, é bom lembrar que, na prática, o tempo
do rodoviário e do ferroviário depende fundamentalmente do estado de
conservação das vias e do nível de congestionamento das mesmas. 

CONSISTÊNCIA 
A consistência, que representa a capacidade de cumprir os tempos previstos,
tem o duto como a melhor opção. Por não ser afetado pelas condições
climáticas ou de congestionamentos, o duto apresenta uma alta consistência,
seguida na ordem pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo. O baixo
desempenho do aéreo resulta de sua grande sensibilidade a questões
climáticas e de sua elevada preocupação com questões de segurança, o que
torna bastante comuns atrasos nas saídas e nas chegadas. Vale lembrar
novamente que, assim como no caso da velocidade, o desempenho do
rodoviário e do ferroviário depende fortemente do estado de conservação das
vias e do nível de congestionamento do trânsito. 
CAPACIDADE 
A capacidade está relacionada à possibilidade de um determinado modal
trabalhar com diferentes volumes e variedades de produtos. Nesta dimensão, o
destaque do desempenho é o modal aquaviário, que praticamente não tem
limites sobre o tipo de produto que pode transportar, assim como do volume,
que pode atingir centenas de milhares de toneladas. O duto e o aéreo
apresentam sérias restrições em relação a esta dimensão. O duto é muito
limitado em termos de produtos, pois só trabalha com líquidos e gases, e o
aéreo possui limitações em termos de volumes e tipos de produtos. 

Decisão sobre propriedade da frota: própria ou de terceiros? 


 
A decisão sobre ter frota própria, ou utilizar ativos de terceiros, é a segunda
mais importante decisão estratégica no transporte. Neste caso, o processo
decisório deve considerar além do custo e da qualidade do serviço, a
rentabilidade financeira das alternativas. A grande ênfase dada atualmente
pelas empresas, principalmente as de grande porte, na rentabilidade sobre os
investimentos dos acionistas, tem sido um dos principais fatores a influenciar
as empresas na direção de utilizar terceiros nas suas operações de transporte.
Como a rentabilidade sobre investimentos é o resultado do lucro sobre os
investimentos do acionista, a maneira mais rápida de aumentar a rentabilidade,
é reduzir os investimentos dos acionistas, o que pode ser feito através da
utilização de ativos de terceiros, no caso ativos de transportes. 
Uma série de características da operação, e do setor, também contribui para o
processo decisório de propriedade da frota. Dentre estas se destacam: 

  O tamanho da operação; 

  A competência gerencial interna; 


  A competência e competitividade do setor; 
  A existência de carga de retorno; e os modais a serem utilizados. 

Quanto maior o tamanho da operação de transporte, maior a possibilidade de


que a utilização de frota própria seja mais atraente do que a utilização de
terceiros. Em primeiro lugar porque a atividade de transporte apresenta
enormes economias de escala. Quanto maior a operação, maior as
oportunidades de redução de custos. Segundo porque as operações de
transporte estão ficando cada vez mais sofisticadas em termos de tecnologia e
gestão. Ser pequeno significa ter pouca capacidade de manter equipes
especializadas e de fazer investimentos contínuos em tecnologia, e em
especial, tecnologias de informação. 

Seleção e negociação com transportadoras 


Uma vez decidida à utilização de terceiros, torna-se necessário estabelecer
critérios para seleção de transportadores. São seis os principais critérios
utilizados na seleção dos prestadores de serviços de transporte: confiabilidade;
preço; flexibilidade operacional; flexibilidade comercial; saúde financeira;
qualidade do pessoal operacional; e informações de desempenho. 
 
1 – Confiabilidade  
O primeiro, é normalmente mais importante, critério para seleção de um
prestador de serviços de transportes tende a ser a confiabilidade, ou seja, a
capacidade de cumprir aquilo que foi combinado como, por exemplo, prazos de
entrega e coleta, disponibilidade de veículos, segurança, preço, informações.
Surpresa desagradável é tudo que um embarcador quer evitar. No mundo
do just-in-time em que vivemos nos dias atuais, desvios no planejado podem
resultar em impactos substanciais na operação do destinatário. Portanto, ter
certeza de que o planejado vai ser cumprido, é um critério fundamental na hora
de selecionar um transportador. 
 
2- Preço 
O preço, como não poderia deixar de ser, tende a ser o segundo critério mais
importante. De fato, enquanto a confiabilidade tende a ser um critério
qualificador, ou seja, é uma condição mínima necessária para um transportador
ser pré-selecionado, o preço tende a ser um critério classificador, ou seja, dado
que o critério confiabilidade foi atendido, aquele transportador com menor
preço tende a ser selecionado. Importante lembrar, no entanto que, muitas
vezes, critérios de desempenho são tão críticos, como no caso de produtos
perigosos, ou de altíssimo valor agregado, que as questões de segurança
pesam mais do que simplesmente o preço do frete. 
 
3- Flexibilidade operacional e comercial  
Flexibilidade, tanto comercial, quanto operacional, tem se tornado um critério
cada dia mais importante no processo de seleção de transportadores. No
mundo turbulento em que hoje vivemos, onde a segmentação de clientes e
mercados é cada vez mais utilizada, e a inovação é uma constante, ter
flexibilidade para adaptar a operação e renegociar preços e contratos é uma
necessidade básica da maioria dos embarcadores. Questões como local e
horários de entrega, tipos de veículos e embalagem, níveis de serviço, são
algumas das dimensões importantes de flexibilidade valorizadas pelos
embarcadores. 
 
4- Saúde financeira  
A saúde financeira do prestador de serviço é outro critério crescentemente
utilizado na hora de selecionar uma transportadora. A forte tendência por parte
dos embarcadores, de reduzir o número de transportadoras utilizadas, assim
como de estabelecer um relacionamento cooperativo de longo prazo, faz com
que a saúde financeira do fornecedor de serviços cresça de importância. Nada
pior do que investir tempo e recursos no desenvolvimento de um
relacionamento sob medida, para descobrir mais adiante o parceiro não terá
condições de acompanhar suas necessidades, seja em termos de capacidade
de transporte, seja em termos de modernização tecnológica ou gerencial. 
 
5. Qualidade de pessoal operacional 
Com a crescente sofisticação das operações de transportes, tanto do ponto de
vista tecnológico, quanto do ponto de vista de serviços, a qualidade do pessoal
operacional passou a ter uma importância fundamental no desempenho dos
transportadores. Por qualidade do pessoal entenda-se educação formal,
capacitação técnica, e habilidade comportamental. Portanto, ao selecionar uma
transportadora, torna-se cada vez mais necessário conhecer e analisar o perfil
profissional do pessoal operacional. 
 
6. Informações de desempenho  
O monitoramento contínuo das operações é uma das principais características
das empresas, modernas que possuem sistemas logísticos avançados. Ao
contratar um terceiro para executar suas operações de transportes, as
empresas correm o risco de perder contato com seu desempenho no campo.
Para garantir que isto não aconteça, torna-se necessário selecionar um
prestador de serviços com capacidade de medir o desempenho e disponibilizar
as informações para a empresa contratante. 
 
 
posicionamento logístico é composta por cinco categorias
 a coordenação do fluxo de produtos;
 a política de produção;
 a alocação de estoques;
 a política de transportes;
 e o dimensionamento da rede

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