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O que é logística

A logística corresponde a um conjunto de etapas operacionais que garantem que a


empresa cumpra com o que é prometido aos clientes, principalmente no que diz respeito
à entrega. Ou seja, ela trata de todas as etapas que são exigidas para levar a cabo um
serviço ou a oferta de um produto.
Em geral, esse conceito compreende as tarefas necessárias para garantir a organização e
a administração de recursos e de etapas. Ela não serve apenas para estabelecimentos
comerciais ou industriais, pois também pode ter a ver com outras áreas.
E, de acordo com a CSCMP (Council of Supply Chain Management Professional):
Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja,
implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-
primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles
relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender
às exigências dos clientes” (Carvalho, 2002, p. 31).
Eventos, por exemplo, exigem uma logística complexa de organização. No geral, as
etapas mais relevantes desse processo são:
Gestão de compras
Tudo se inicia a partir das compras de insumos e de matérias-primas para a produção.
Uma indústria, por exemplo, deve comprar os itens específicos e em quantidades
adequadas para produzir os próprios produtos.
O varejo, por sua vez, precisa fazer a aquisição dos itens já prontos, de modo a esperar
que eles sejam adquiridos pelos clientes. Essa etapa é fundamental para evitar o
desabastecimento e também influencia diretamente os custos — por isso ela deve ser
sempre observada com cuidado.
Armazenamento
Depois da compra de elementos, é muito provável que eles não sejam esgotados logo de
cara. Assim, eles precisam ser armazenados adequadamente. Por causa disso, a etapa de
armazenamento também merece cuidado especial por parte das empresas.
É fundamental que os itens fiquem disponíveis e em segurança, além de organizados e
fáceis de encontrar. O armazenamento pode ser feito dentro da própria organização ou
em espaços externos e alugados. Dessa maneira, é possível garantir a integridade dos
elementos e que eles poderão ser usados conforme a demanda.
Gestão de estoques
O armazenamento de itens — seja para a produção, seja para a venda direta — gera um
dos mais importantes pontos logísticos: o estoque. Ele corresponde a uma estrutura com
ativos imobilizados, que podem ser usados diante de cada exigência.
Em uma empresa, o estoque é composto de produtos produzidos ou de itens comprados
para a venda. Em outros casos, como na indústria da guerra, o estoque corresponde aos
suprimentos para a execução das estratégias.
Por isso, ele precisa ser gerenciado corretamente para evitar a perda e o desperdício de
itens — além de garantir uma boa entrada e saída de produtos.
Distribuição e entrega
Na sequência, a distribuição de produtos é a etapa mais importante. A partir do
recebimento de pedidos ou de requerimentos específicos, os materiais precisam ser
preparados para sair do estabelecimento rumo ao seu destino.
Para isso, há preocupações com a entrada e a saída de elementos, com a carga e a
descarga de meios de transporte e até com o uso de centros de distribuição, no caso do
varejo. A partir daí, pensa-se na entrega, que deve ser feita de uma maneira segura, ágil
e eficiente.
Logística empresarial
É praticamente impossível falar de logística sem citar o seu envolvimento empresarial.
Como vimos, esse conjunto de ações pode ser usado em vários outros empreendimentos
e empreitadas — porém, é a sua aplicação empresarial que mais se destaca.
As etapas da logística empresarial são as mesmas do processo logístico “geral”. Porém,
por tratar das necessidades específicas de um empreendimento comercial, é preciso
considerar outras fases que garantem a correta execução do todo.
Também é importante entender que ela se aplica a estabelecimentos de todos os tipos,
tanto os B2B (que vendem para outros negócios) quanto os B2C (que vendem
diretamente para os clientes). As principais etapas executadas para que ela tome forma
são:
Planejamento logístico
Tudo começa com um bom entendimento de quais são as exigências da empresa, de
modo a documentá-las em um planejamento logístico adequado. A ideia é prever quais
são os processos críticos e quais etapas exigem um cuidado maior para garantir um bom
fluxo de atuação.
Nesse momento, é importante definir objetivos e metas logísticas — como taxa de
entregas feitas dentro do prazo. Também é preciso estabelecer os principais desafios e
gargalos, além de definir quais serão as ações tomadas de forma a conquistar os
resultados desejados.
Criação de sistemas logísticos
Quanto à parte prática, deve-se pensar na criação de sistemas logísticos altamente
eficientes e funcionais para as exigências do empreendimento. Esse sistema pode ser
composto por diferentes elementos, desde que todos colaborem para a obtenção dos
resultados.
Um sistema pode ser baseado na automação de processos, por exemplo, integrando
tecnologia às etapas necessárias para a sua realização.
Ele também pode incluir operadores logísticos (3PL), em que há a terceirização de
etapas fundamentais para o sucesso. Com isso, a seleção desse sistema consiste em
desenhar a melhor configuração da logística empresarial.
Logística integrada
Recentemente, um conceito tem dominado as questões desse ramo: o de logística
integrada. Antigamente, era comum que esse setor operasse de um jeito independente —
ou seja, a logística acontecia à parte e suas etapas eram realizadas separadamente.
No entanto, as novas necessidades de negócio mudaram esse panorama. Essa nova
abordagem está voltada para a integração de diversas etapas, de modo a construir um
resultado único e com maior valor agregado.
As principais vantagens dessa novidade são o aumento do controle, da produtividade e
da eficiência — a logística integrada gera resultados melhores e mais satisfatórios. Para
que isso seja possível, alguns dos pontos que devem ser observados são:
Gestão e a alinhamento da comunicação
Não existe integração logística sem que os diferentes profissionais e setores se
comuniquem corretamente. Essa troca de informação gera valor, melhora os resultados
e constrói efeitos diferenciados e positivos.
Assim, tudo começa com um alinhamento de comunicação. Todos os setores devem
compreender quais são os objetivos logísticos e os desafios do empreendimento.
Também é necessário estabelecer fluxos de troca de informações e criar canais que
permitam a interação completa.
Logística reversa
Em geral, a logística possui um caminho tradicional: ela parte da empresa em direção ao
cliente — de dentro para fora. Porém, um novo conceito surgiu nas últimas décadas: o
de logística reversa.
Basicamente, ele se refere ao retorno de um produto que já havia saído do
empreendimento. Ao mesmo tempo, essa não é uma característica necessariamente
negativa. O fato é que ela pode acontecer com objetivos variados e, dessa forma,
também é uma maneira de ajudar o negócio a se desenvolver.
Porém, se a tradicional já impõe desafios, a reversa exige ainda mais cuidados em sua
execução. Nesse sentido, os principais elementos para considerar incluem:
Estabelecimento de objetivos
A logística reversa pode ser de dois tipos: de pós-venda ou de pós-consumo. No
primeiro caso, o item retorna por razões estritamente comerciais: a peça que não coube,
o item com defeito de fábrica ou o envio incorreto do pedido são razões comuns para o
retorno.
Já no caso da reversa pós-consumo, como o nome indica, o produto já foi usado. É o
que acontece quando um empreendimento permite a troca desde que o elemento esteja
em boas condições de uso, por exemplo.
Porém, o que se destaca nessa categoria é a logística reversa em relação à embalagem. É
cada vez mais comum que as empresas recolham suas embalagens, de modo a garantir
uma economia de matéria-prima e a direcionar o descarte adequado desses materiais.
Levantamento dos riscos
No entanto, a logística reversa não pode ser implementada sem que, em primeiro lugar,
sejam conhecidos os seus riscos.
Logística de suprimentos
Também conhecida como “supply chain” ou “cadeia de suprimentos”, a logística de
suprimentos tem a ver com o monitoramento, o gerenciamento e o transporte dos
elementos logísticos, indo das matérias-primas — se for o caso — até o produto que
será enviado para o cliente final.
A ideia é planejar e controlar adequadamente as tarefas ligadas ao suprimento, que é a
menor e mais importante unidade de uma estrutura logística.
Controle de fretes
Com isso, há uma preocupação completa, que começa na obtenção de matéria-prima e
se prolonga até que o item certo esteja nas mãos do cliente dentro do prazo desejado.
Logística como ferramenta de negócios
Fato é que, independentemente da forma como se apresenta, a logística é um elemento
crucial para o seu empreendimento. Seja de maneira interna ou externa, melhorar a
logística da sua PME, por exemplo, é uma forma de conseguir resultados que se
propagam em várias esferas.
Ajuda a reduzir os custos
Quando é bem-feita, a logística é um elemento que ajuda a redução de custos. Um
processo adequado de logística empresarial garante que os itens cheguem aos clientes
dentro do previsto, preferencialmente sem atraso e evitando retrabalhos.
Já uma boa cadeia de suprimentos leva a melhores negociações com fornecedores,
diminuindo as despesas. A logística reversa, por sua vez, pode ajudar a diminuir o
consumo de matérias-primas, reduzindo os gastos. Além disso, quando ela é bem
planejada, as chances de erros diminuem.
Aumenta a robustez do empreendimento
A logística é um dos pilares dos bons resultados de um negócio. É graças a ela que
tudo funciona da forma planejada, utilizando os recursos da melhor maneira e com
máxima eficiência. Ter uma boa atuação nesse sentido, portanto, significa aumentar
bastante as chances de alcançar objetivos empresariais.
Aprovisionamento O "Aprovisionamento”, por si só, representa geralmente a maior
despesa das empresas, é de esperar que seja uma área muito pressionada em termos de
eficiência e eficácia. É uma área em evolução dentro das empresas, com cada vez mais
responsabilidades, pois o que antes se chamava simplesmente “aprovisionamento", hoje
apresenta nomes como sourcing, supply manegement, etc. A par desta “mudança” de
nome, verifica-se um crescente reconhecimento da importância das atividades de
“aprovisionamentos" no sucesso da empresa.
Tipos de stocks
4.4.1. Stock normal O stock normal agrupa todos os artigos consumidos de modo mais
ou menos regular. Este divide-se em stocks ativos e stocks de reserva. 
Stock ativo: artigo que no armazém ocupam o espaço dos equipamentos de arrumação
(estantes, caixas, etc.) de onde são retirados para satisfação imediata das necessidades
correntes dos utilizadores.  Stock de reserva: constitui as existências do stock normal
que não tem no local destinado ao stock ativo.
4.4.2. Stock de segurança O stock de segurança (ou de proteção): parte do stock global
destinado a tentar prevenir ruturas de material, provenientes de:
 Eventuais excessos de consumo em relação aos previstos;
 Aumentos de prazo de entrega em relação aos que tinham sido acordados;
 Rejeições de material na sua receção;
 Falta de material por deterioração, roubos, etc.
Stock afetado O stock afetado é parte do stock global que se encontra destinado a fins
específicos. Quando um artigo, embora constitua consumo de vários serviços, é
fundamental para o consumo de um deles e está a escassear, por vezes reserva-se parte
do seu quantitativo retirando-a do stock normal onde fisicamente se encontra. 4.4.4.
Stock global O Stock global é toda a existência física de determinado artigo num dado
momento, que é igual à soma dos stocks: normal, de segurança e afetado

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