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UNIDADE 2

TOPTCO 3

COLOCANDO O PLANO DE
NEGÓCIOS EM PRÁTICA I

I
I

í INTRODUçÃO

No Tópico 1 aprendemos o que é e para que serve o P ano de Negócios. No Tópico 2


vimos, detalhadamente, cada urna das seções que compõêm o Plano de Negócios. Porém, de
nada adianta aprender a elaborar um Plano de Negócios eflciente, se não soubermos torná-lo
eficaz, ou seja, colocá-lo em prática e conseguir o apoio necessário para o negócio sair do
papel.

No Tópico 3 aprenderemos como fazer para colocar o Plano de Negódos em prática e


@nseguir os recursos necessários para transformar o sonho do empreendedor em realidade.

2 A BUSCA DE FINANCIAMENTO

"O Plano de Negócios é o cartão de visitas do empreendedorem busca do financiamento"


(DORNELAS, 2008, p. 164).

Consegu r financiamento no Bras não é tarefa fácil porém como todo empreendedor
deve ser rnuito bem informado, deve sê valer de sua iede de contatos para verficar qual a
mê hor opção para o f nancramento ou a captação de recursos para o seu negocio. E
[1

O fnanciamento nica de urna pequena empresa é frequentemente padronizado,


segundo um plano f nancêrro pêssoal típ co Um futuro ernpreendedor, pr me ro êmpregaÍa N
D
Suas econom as e então solcitará a de seus farn liares e araigos. Se essas fontes íorern
D
lnsuficlentês, o empreendedor ape ará para canais ma s forma s de financ amento. tals comoi
bancos e caprta istas de r sco.
s
M
o
120 TÓPICO 3 UNIDADE 2

As principa s fontes de íinanciamento de patrirnônio são: econom as pessoais.


cap ta istas de rlsco ndividuos abastados (anlosl e o mercado de titulos. As princlpa s fontes
de fnancaraento de dívdas são: bancos conrercas. pl-cgrar.as asslstlcos pelo governo
fornecedores e empresladores coTn base em at vos. Evidenternente. c uso Cessas e DutTas
fontes cle recu rsos não se linrlta ao f nanciamento nic a . Elas tarn bém pod em ser so ic tadas
parafnanclarnecêssidadesoperacionasdodaadiaeparaexpansãodosnegócios.Afigura
a seguir dá uma visão geral das fontes de Íundos aqui discutidas. (DORNELAS, 2008)

FIGURA 17 - FONTE DE FINANC AI\4ENTO CONFORI\48 ÉSTÁGIO DE


CRESCIN,lENTO DA EI\IPRESA

Crcscimento
da êmprêse
4

1 Sâraup

íâmlliâ

Tempo
FONTÉ: Dorne as (2008 p. 167)

Os bancos comerc als são provedores pr rnários de capital de empréstimo a pequenas


empresas. Embora, os bancos tendara a lirnltar seu ernprést rno ao caplta de giro de que as
ernpresas enr Íuncionamento prêcisam, um certo câpita n clal vem dessa fonte.

E
2.1 ECONOI\,1IA PESSOAL, FAMíLIA, AMIGOS

P

E Abusca por suporte Íinanceiro deve começar perto de casa. O empreendedor iniciante,
N geralmente dispôe de três fontes de flnanciamento inicial: economias pessoais' amigos e
D
E parentes e investidores privados na comunidade.
D
o
I Para Dornelas (2008), um plano financeiro que incluios fundos pessoais do empreendedor
S,
NI ajuda a conquistar a confiança entre os investidores potenciais. E importante, portanto, que
122 TÓPIGO 3 UNIDADE 2

2.3 OUTRAS FONTES DE INVESTII\,4ENTOS

Pcde até parecer eslranho mas mutas ernpresas pequenas encontram parceiros
Í nanceiros enke os fornecedores, c entes e até funcionários. No entanto a pequêna empresa
cleve utilizar toda e qualquer alternativa possive para manter o capital de giro e o fluxo de
caixa positivo.

Para Dorneas (2008). entre os fornecedores podem-se negocar as condições de


pagamento da matér a priraa, o que certamente aux a no fluxo de ca xa

Entre os clientes, também há a guns que anteciparn o pagêraento. se houver uraa


negociaqão vantajosa no preÇo.

Com os funcionários, existem muitos que têm espirito empreendedor, e, ao ter a opção
de se tornarem "sócios" do negócio, mesmo que com uma cota mínima (stock options), ficarão
ainda mais motivados e empenhados com o sucesso da empresa. (DORNELAS, 2008).

Não podemos nos esquecer das parceras estratéglcas, que podem nos auxliar a

conseguirvantagens nas negociaçÕes.

2,4 CAPITAL DE RISCO

Tecnicamente falando, qualquer capital investido em um empreendimento novo é


unr capitaLista de risco. Entretanto, o termo capitalista de ísco, geralmente é associado com
aquelas corporações ou sociedades que operam como grupos de lnvestirnento. A cada ano,
mais grupos de capital de risco estáo sendo organizados. (DORNELAS, 2008).

Alqumas empresas de capita de rlsco fornecem assstênca gerencia a empresas


in c antes. Tan'rbém auxiliam em necess dades f nanceiras poster ores. Existern ainda
en'rpresas que são chamadas incubadoras e podem ser pÚblicas ou privadas Os cap ta istas
de risco ava iara oportunidades entre as muitas ofertas que recebem. Nêm todos os negócios
l!1
recebem financiamento. O fracasso ern receber fundos dê ura cap ta sta de risco nào sugere
necessarlamente que a oportunidade não sêja boa Frequentemente, o empreendlrnento
E
N
smplesmente não é conveniente para o cap talista de risco. Conforme Dorneas (2008). o
D
capitai de risco é n'rpróprio para emprêsas que não disponharr de:

o
1 Tamanho. Os capitalistas de risco raramentê êstÉio interessados em fazer investimentos
s. muito pequenos. Eles simplesmente gastam demais em custosfixos de pesquisa para investir
NI
o em pequenos negócios.
UNIDADE2 TÓPIGo 3 123

2 [Jma vantagem como propriêtária. A n]enos que a empresa tenha alguma vantagem como
proprietár a, como patentes, muitos cap talistas de risco não têm interesse en'r nvestlr.

3 Um mapa bem deÍinido da estrada. Sem um Plano de Negócios bem preparado, que fale
claramente a todos sobre as questôes que os capitalistas de risco consideram, há pouca
chance de a solicitação ser examinada mais cuidadosamente.

4 Fundadores astro. A maioria das pequenas empresas é íundada por indivíduos que são
pessoas extreman'rênte d nâmicas que possueTn um sonho mas tên'r experiência mitada e
podern não ter formação educacional em uma unlversidade destacada. Os capitalistas de
risco querem nvest r em flrndadorês dê um novo negócio com arnpla experiênc a re ac onada
àqu lo que estão lazendo e corn excelentes créd tos educaclonais. Tentar atrair d nheiro de Lr rn
capitalista de r sco. quando você não se enquadra nos cr tórios de astro' de es. geralrnente
será dlfícil e frustrante.

NoBfasll conforme Castro (2009) ex stem algumas ernpresas naconarseestrangeiras.


que atuam como capital slas de r sco. Ex ste. rnc us ve a Associaçào Bras elra de Capital de
Rsco (ww\,v.abcr-venture com.br) Exstem anCa no Brasi outras eaapresas de capital de
r sco, rêlac onadas a seguir Endeavor Giolla Ventures ITC Ventures, New Ventures, Nok a
Ventures, Promon Ventures, VotorantinVentures.

Caro(a) acadêmico(a), para aprofundar seus conhecimentos leia o


lvro: Como fôzêr Lrrna emprêsa dar certo em Lrm
país incerto. INSTITUTO E[1 PREEN DER EN DEAVOR,
Rlo de Janelroi E sevier, 2005.

Deve ser o llvro de cabece ra de todo empreendedor


que quer abrir um negócio.

E
1"1

3 PROGRAMAS DO GOVERNO B
E
E
N
lnfêlizmente, o Brasil não é pród90 no amparo fnancero aos empreendedores, D
E
princ palmente aqueles de pequeno poíe. D
o

Em função de outras prioridades nacionais, em parte como decorrência da carência S


!\,I
o
124 TóPTCO 3 UNIDADE 2
crônica de capitais, comum êm economias emergentes, há uma desconsideração notória
para com os pequenos negócios. l\,4uito pouco existe à disposição dos empreendedores de
pequenos.

No Brasi , ocorrem frequenternente rnu tas alteraÇôes nâs fontes e formas de


íinanciaraento, cuia origern são recursos do governo. Tratarerros aqui das fontes e forrnas de
financiamento existentes nas agênc as ofic ars que disponibi izam recursos de origêm pública
o seu peso e a sua mportáncia para a economia naclona (DORNELAS 2008).

Segundo Dorne as (2008) os recursos estadua s existentês no Brasil. nornralrnente estão


associados ao ICI\4S, pe o qualos estados oferecem sençÕestemporárasparaernpresasque
se enquadram em determinadas característ cas tais corao geraÇão de erapregos. tecnolog a
etc. Podem, ainda, através de seus bancos estaduais e,/o! reg onals oferecer flnanciamento
de longo prazo para ernpreendimentos Em Santa Catarna por exernplo, duas instituiÇões
atuam corno agentes do BNDES. São e as o BADESC (Banco de Desenvolvimento do Estado
de Santa Calarina) e BRDE (Banco Regiona de Desenvolvlrnento do Extremo Su ). Outros
estados também contam coTn eni dades seme hantes.

3,1 FINEP (FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS)

Agência de inovação do I\,4inisté o da Ciência e Tecnologia possui alguns programas que


podem ser conÍeridos em seu site (wrivwfinep.govbr). Alguns programas: lnovar ll, Programa
de Subvenção Econômica; Programa PAPPE, Progex, entre outros.

3.2 BNDES (BANCO NACIONAL DE DESENVOLVII\,4ENTO


ECONOTVTCO E SOCIAL)

Os recursos federais, normalmente são oferecidos através de agências como o


BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sociai), diretamente ou através
de instituiçôes Íinanceiras credenciadas, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, além
M de alguns bancos privados. Uma consulta do sife do BNDES na lnternet (www.bndes.gov.
br) permitirá identificar os vários programas existentes. Um desses programas é o CRIATEC,
E voltado à participação em fundos de investimento com a finalidade de capitalizar as micro e
N
D pequenas emprêsas inovadoras e fornecer adequado apoio gerencial.
D
o
I
s
M
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UNIDADE 2 TóPIGO 3 125

3.3 MICROCRÉDITO

E urna modalidacle de fnanciamênto que busca permitr o acesso dos pequenos


empreendedores ao créd to. Uti lza-se de metodolog a próprla voltada ao perfi e às
necess dades dos ernpreendedores estimulando as ativdades produtrvas e as re aÇões
soclais das popuiaÇões ma s carentes, gerando. ass m. ocupaÇã0. emprego e renda

FONTE: D sponivel em: <http //www ceapese.org.br/ ndex.php?opt on=com.-


content&view=árt c e& d=41>. Acesso em: 16 Íev.2A12_

O rn crocrédito é uma modaldade de crédito desenvolvlda para o atendlrnento dos


pequenos enrpreend rnentcs, sejam eles íormals ou lnforma s. podanto, pode rer aceSSo o
empreendedor que toca uma peqlrena fábrca de funclo de qLt nta ou mesmo LtÍ| pequeno
negócio e que necessita de um fnanciamento para meihorar suas atvldades O crédito.
geralmente está cond clonado a deterrn nadas exigênc as ta s como ter o nome I mpo na
praça (SPC e SERASA) e ter uma boa relacão com a sua corllunjdade. O financ arnento
poderá estar condicionado a um avalista ou Tresmo a um grupo de avalistas que tomanl
financiar.ento en grupo. (CASTRO, 2009).

FONTE: D sponive enr: <http ,www igf corn br/aprende/dicasld casResp êspx?clica d=7354>
Acesso em: 17 fe\t 2A12

3,4 SEBRAE

O Sebrae, ernbora seja uma nstituiÇão pr vada. ter. como u m de seus oblet vos facilitar
o acesso dos pequenos empreendimentos ao crédito e a capita s de forma pioneira e ndutora
de mercado Em seu slÍe (w\ w.sebrae com br) pode-se conheceras pr ncipa s linhas ex stentes
para as m cro e pequenas emptesas.

I\4
Vo taremos a falar ma s sobre o Sebraê na próximo tem. po s ele é Lrma ótlrna referênc a
oara o p.np'eerdedo'bL,5oa- assÊc5o-i. pd.é ( (ô_ | eqo. o.
E
N
D

D
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I\4
o
126 TóPICO 3 UNIDADE 2

4 BUSCANDO ASSESSORIA PARA O NEGOCIO

C enrpreendedor não é u ma llha lso ada ro oceano Por rneio de sua rede de contatos ele
deve idenUf car os melhores profissiona s e ent dades para assessorá- o. (DORNELAS. 2008).

Nos tópicos anteriores. falamos da lmportância do empreendedor estabe ecer sua rede
de contatos que vai ajudá-lo(a) a fazer sua empresa cresceT Essa rede de contatos també..
serve para aux llar o empreendedor identif car possíve s necessidades de assessoria externa.

VeTemos nesse tópico da Unidade 2 algumas assessorias que podern auxlar o

empreendedor, seja na criaÇão ou em outros n'romentos crít cos de sua empresa

5 INCUBADORAS DE EMPRESAS

Vocês sabem o que é uma incubadora de empresas?

Para Dornelas (2008) e Castro (2009), uma incubadora de empresas é uma forma
bastante interessante de êstímulo ao empreendedorismo, pois foÍtalece e prepara pequenas
empresas para sobreviver no mercado (mais da mêtadê das micro, pequenas e médias
empresas, fecham as portas até o terceiro ano de vida, segundo dados do Sebrae). Uma
incubadora de empresas busca oÍerecerapoio estratégico para as pequenas empresas durante
os primeiros anos de existência.

As primeiras incubadoras de empresas surg ram no BTas na década de 80 e desde


então, esse número vem crescendo sensivelmente. Segundo dados doAnprotec (Associação
Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologia Avançada) existem
hoje no Brasil cerca de 150 incubadoras espalhadas pelo Brasil. núr.ero que er. 1991,
não chegava a 10. Estima-se em cerca de 1 .1 00 o númêro de empresas residentes nessas
incubadoras, o que representa a geração de cerca de 6.100 novos empregos. (ANPROTEC,
M 2011).

FONTEj Disponível em: <http://www.e-commerce.org.br/incubadoras.php>. Acesso em: 17 Íev.2012.


Ê
N
D
Para o Castro (2009), uma incubadora de empresas é um modo de estimulara criação
D
o e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas (industriais, de prestaçáo de serviços,
I de base tecnológica ou de manufaturas leves), pois oferece suporte técnico, gerencial e
S
t\4 formação complementardo empreendedor A incubadora tambémfacilita e agiliza o processo
o
UNIDADE 2 TóPICO 3 127

de inovaçâo tecnológica nas micro e pequenas empresas

Em qeral, as incubadoras ofereceÍr um espaço físico para abrlgar temporariamênte


rnlcro e pequenas ernpresas a ém de oferecer uma série de serv ços, ta s corno cursos de
capactação gerencal, assessorias, consultorlas, orientação na elaboração de pro]etos a
institulções de fornento, sêrvjços administrativos, acesso a nformaçôes etc (CASTRO'

2009)

FONTE: D sponive em: <httpr/w\!w neMon freitas nom bíartigos asp?cod=79> Acesso ern' 17 fev 2012'

6 SEBRAE

' O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) é a principal


entidade que apoia os empreendedores brasileiros. A instituição existe desdê 1990 e é
resultante de uma decisão política, que atende aos anseios dos empresários e do Estado, que
se associaram para criá-la e cooperam na busca de objetivos comuns (DORNELAS, 2008)'

O Sebrae presta todo e qualquer tlpo cle consultoria aos ernpresários: desde que tlpo
de negócio abrir, forma de abertura da ernpresa. cursos de gestâa flnxa de calxa' marketing
flnanças, e mu tos outros. Para conhecer todos os serviços que essa entldade tem d sponível
acesse o slÍe (www.sêbrae com.br) (CASTRO,2009).

7 ASSESSORIA JURÍDICA E CONTÁBIL

Para Dorne as (2008) é n-ruito rnpoÍtante que o empreendedor esteja bem assessorado
clesde o inicio, principalmente em re aÇão aos aspectos contábeis e jurídicos do seu negocio'
Para sso, deve recorrer a profissionas advogados e contadores de sua coníanÇa e
principa mentê, que conheçam e tenharn experiênc a no ramo de atuação da empresa, e a nda
possam auxiliar o empreendedor na gestão do empreend mento.

[,1

I UNIVERSIDADES E INSTITUTOS DE PESQUISA


E
N
D
É
D
Embora os empresários bras eiros ainda não tenham multo o hábito de recoTrer às
unversidadês e aos insttutos de pesquisa para resover probêmas de tecnologa de suas
s
einpresas Dorneias (2008) alerta que o Bras possu boas oportunidades pafa sso a ér' de [,1
o
128 TóPtco 3 UN|DADE 2
opçôes para promover inovações tecnológicas, ê os empreendedores devem estar atêntos,
principalmentê. ás emprêsas de tecnologia.

Dornelas (2008) ressa ta como in c at va bras e ra de destaque nessa área o prograrna


Disque Têcnolog a da Universidade de São paulo por locar as en-rpresas de pequeno porte
acabou se kansformando em uma forrna simples e eficaz Ce resover prob ernas que nào
necessrtara de rnuita tecno ogia do ponto de vista acadêrnico mas que ajudam muito os produtos
e processos de pequenas empresas que não sabern como íazer urn dos fatores que contribu u
para o sucesso do modelo foi a partlcipação de diversas emprêsas jun ores da USp no projeto,
atuando como e o de igação entre o mêio acadêmico e as pequenas empresas

Ivlars uma vez. o Sebrae aparece nesse contexto como urn dos atores aux ltando corn
parte dos custos f nancetros do projeto através do programa Sebraetec. (DORNELAS. 2OOg).

Existern também os institutos de pesqulsa que têm admin stração indêpendente, rnas
estão mu to ligados com as untversidades. Desenvolvem pesquisas de altíssimo valor agregado
e procuram pronrover a transferência da tecnologia para o setor privado em forrnas de parcêria
ou nduzindo à criação de novas ernpresas de base tecnológica.

Outra possib idade sâo as parcer as corn empresas lun ores de Lln versidades, por não
possuírem fins lucrativos. são ót n as opções para pequenos entpresár os para obterem auxilio
com ba xo cLrsto e a ta qua dade, os ntegrantes ainda contam com o respaldo de professores
na resoluÇão dos probiemas. (DORNELAS,2008)


C \,
Acesseoslte: <www.brasiljunlororg.br> BrasllJunior Confederãção
Brêsileira de Ernpresas Juniores para obter informações sobre as
empresas jUniores do Brasi .

E 9 INSTITUTO EMPREENDER ENDEAVOR


t/

E
E
N O lnstituto Empreender Endeavor foj criado a partir de uma parceia corn a
D
E Endeavor lnitlative lnc.. uma organização internaciona sem fins lucratjvos que promove o
D
o empreendedorismo em países em desenvolvirnento (wwwendeavoa.org.br)_

S, FONTE: Disponive em <www.e seviercorn.br ) página lnicial) Sobreâ Elsevier> Acesso em: l7fev
M 2012.
o
UNIDAOE 2 TóP'CO 3 129

Segundo o instituto, a Endeavor Brastl in clo,.r suas atividades em junho de 2000,


conr o desafio de não só adaptar os programas que vêm sendo implantâdos corn sucesso
ern outros países à realldade do empreendedor brasllelro, mas também, oe clesenvolver
programas que orientern empreendedores, contr buindo para o desenvolv rnento
de uma
forte cultura empreendêdora no país. (ENDEAVOR, 2011).

FONTE D sponÍve em: <http://quererempreencler.b ogspot com/2009/OB/instituto-empreender-


endeavoÍ htrn > Acesso em: 17 íe\ 2U2.

As principa s at vidades da Endêavor são

dent ficar e desenvolver empreendedores, ass st ndo-os na estruturação, no planejamento


e no aprirnoramento de seLrs negóctos e na busca dê capital e parceiros estratégrcos

Gerar exemplos educatjvos de empreendedorismo, ajudando a criar outras histórias dê


SUCESSO

Promover o interesse de nvest dores locais porempresas empreendedoras cranclofóruns


que proraovara a aprox maÇão entre e es.

Forrnar â anças com unversidades e lnstitutções de apoo a emprêendedores. a fim de


estabelecer programas duradouros que dtsseminern a prática do empreendedorsmo no
país. (DORNELAS 2008)

D\cÀ91 t--'l
C
<.:
B

Caro(ê) acadêm co(a), acesse o srte <http:/,/ww\,,,.endeavororg


br/index.asp> para obter r.a s inforrnaÇôes sobre as atividades;
os programas do Instituto Endeavor.

í 0 FRAlVCfllSrrVG
E
|r']

Segundo a Associação Bras elrê de Franchising l/\BF), Franquia ou franchisjng é um


N
mode o dê negóclo utilizado em administração que tem como propós to um sistema de venda D
cle
Icença, onde o franqueadoí (detentor da marca) cede ao franquêado (autor zado a exp orar
o
a marca)o direito de uso da sua marca ou patente, infraestrutura, conhecimento clo negócio
e
dlreito de distr buição exclusiva ou semiexclusiva cle seus produtos ou serviÇos. s
[,]
o
130 TóPICO 3 UNIDADE 2

AABF ainda esclarecê que o franqueado investe e trabalha na franquia e paga parte
do faturaffrento ao franqueador sob a forma de royalties. Eventualrnente o franqueador
tambérn cede ao franqueado o dire to de uso de tecno ogla de implantação e adn'r nistração
de negóclo ou sisternas desenvo vidos ou detidos pelo franqueador, med ante remunerêção
direta ou ndreta sern fcarcaractêrzado vínculo ernpregatício (48F,2011).

FONTE Adaptado de: <http //b ogexpomoney.blogspot.corni> Acesso emr 17 íev.2a12

As lécn cas, ferramentas e rnstrurnentos ut izados nas me horês redes de franquias


vêm sendo utilizados para otim zar o desempenho dê outros tipos de canais de vendas. como
redes de revendas. de representantes comerciais, de assistências técnicas, de distr bu dores
e outros. (DORNELAS, 2008).

FONTE DrsponÍvel em <httpl/wlwadvocacia.com/íranquias htnrl>. Acesso em: 17 íev. 2012

Para que haja êxito nesse sistema, é preciso que franqueado e franqueador sejam
parceiros, afinal, o sucesso dê um é também o resultado positivo do outro. No Brasil quem
representa esse movimento é a ABF (Associação Brasileira de FÍanchisingJ.

UN\
(-
(--
Acesse o síte da Associação Brasilêira de Franchisíng. Disponível
em: < http://www, portaldofra nch ising.com. brlsite/contenvhome/
index.asp> para obter mais informaçõês sobre franquias.

LEITURA COMPLEMENTAR
ESPECIALISTAS E EMPREENDEDORES REVELAM O CAMINHO PARA
SE INICIAR UM NEGÓCIO DE ALTO IMPACTO

Sérgio Tauhata

Como começaí uma StaÉup em 10 passos

E
M Começar um negócio requer muito mais do que um CNPJ. A identificação no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas funciona apenas como o RG do empreendimento. Construilo
E
E exige tempo, preparo, paixão, empenho e uma dose de ousadia. E, no caso dasstartups, esses
N
D ingredientes têm de ser dobrados. lsso porque não se tratam de empresas comuns.
E
D
o
Existem características que diÍerem as startups dos negócios tradicionais, como lojas,

s. restaurantes ou padarias. A mais evidente é o grande potencial de crescimento. Em segundo


ti lugar, o modelo tem de ser inovador. E, para completar o tripé que sustenta as iniciativas do
UNIDADE2 TÓPIGO 3 131

gênero, deve ser êscalável, ou seja, conseguir absorver o aumento rápido da operação sem
comprometer a rentabilidade.

Para ajudar a montar uma stadlrp de sucesso. reun raos 101Ções fundamentais nasqua s
especial stas e empreendedores revelarn o cam nho para se n c ar urn negócio de alto impacto

Confira o infográf co abaixo, con'reÇando pela upa em sentido horár o

Coloque a ideia sob a lupa

Antes mesmo de tirar o negócio do pape .u ma estratég a mportante é verificar se o conceito

orignai se enca xa nas pTem ssas Ce un a stadup Nesseestágo o asp rante a ernpreendedor
deve estar aberto a ouvir op.ôes Responcer agLrrnas qLrestõês básicas ajuda a colocar o
rnodeoem perspectiva Saber se o rneiaado e arp o oJ Ce n aho ajuda a dent f car o tanranho
do público potencia e ssc def ne a capaa dacÊ CÊ cresa mento di !n'presa E preciso conhecer
tanto os consurnidores quanto a concorrênc a Desse modc. o prci Jto evo u ao ncorporar as
demandas de clientes que não são atend das pelos cornpet dores. uesrno quando se reproduz
umnegóco jáexstente,é mportante melhorá- o e acrescentar doses extras de rnovação Vaie
checar a nda se é urn mode o fácil de ser reproduz do. Se srm. êntâo você corre o r sco de ter
seu espaço nvâdido por urna enxurrada de novos jogadores de uma hora para outra

Faça o modêlo êvoluir

M
Para Steve Blank. professor das univêrsidades ameTicanas Stanford e Berkey, ex
empreendedor seria e um dos rna s lmportantes pensadores da cena sladup atua, 'o modo
E
corno você executa e reformu a ê ide a é mas mportante que a de a ern si. Sucesso tem ma s N
D
a ver com aprendizado descober-ta e red rec onamento de suas hipóteses n ciais '
E
D
o
As conclusões vêrn de um episódio no qua Blan k v veu na pele a situaÇão de concoffer
consigo mesmo ssoporquesuas deias sobre autornaçã a de matueting, qre deram origem a s
IM
o
132 TÓPlco 3 UNIDADE 2

uma de suas startups, a Epiphany, foram roubadas depois de uma apresentação a ur. executivo
de um potencial investidor. Segundo o pesquisador, "quando soubemos que nosso interlocutor
tinha aberto um concorrente foi como um soco no estômago".

Em seu b/og, B ank conta que os r vais, na veldadê montaram um negócio baseado
em hipóteses formuladas nove meses antes 'Percebernos ogo que não podiarios dirigir
olhando pe o retrovisor.' Nesse período, o conce to da Ep phany evo ulu e tornou-se um projeto
lnte rarnente novo. Os competidorês. no entanto, permanec am estac onados nas ideias ant gas
'Em do s fizemos aquela startup pirata comer poeira.'

Descubra o que o mercado quer

Duas questões - qua s são os públicos potenc a s e o que eles querem - delerm nam a
capacidade de crescimento do negóc o. Mas não é preclso invest r uma fábu a em pesqu sas
para obter respostas. A maoria das empresas de software usa há tempos a estaatégia de
lançar versões de teste - conhecidas corno beta - dê seus produtos. A própria comun dade de
usuários se encalrega de apontar fa has e avaliar funciona] dades

Um dos métodos ma s usados pelas stadups aluais para validar deias nsplra-se no
conce to de protót pos beta. No slstema de Customer Deve opment (CD), dêsenvolv do por
Steve Blank. os ernpreendedores anÇam d versas versões de um produto com funcionalidades
específicas. O objetvo é saberem quaisvale investir.'O custodo processode CD é infnitarÍrente
rnenor que o de urna pesqu sa de rnercado. A agllidade de respostas em tempo quase real
de clientes potencia s a]ucla a empresa a comeÇar com um produto viáve', af rma ["4arcelo
Amorlm, da Jarcard nvestimentos.

Estabeleça um modelo lucrativo

O modelo de negócios, ou seja, a maneira como a empresa vai ganhar dinheiro com
sêu produto íaz toda a diferença para entender a escalabilidade. Há diversos modelos de
monetização possíveis entre os novos negócios na internet. A afirmação é do investidorAníbal
I\4essa, diretor do fundo de venture capital Temasek, de Cingapura. Conheça:

Os transac onais. de venda de produtos ou serviços são os ma s usados no rnomento.


Exêmplos de sucesso são os iogos paaa redes soc a s. que comerc alizam bens virtuais e
E
M
apetrechos para jogos

Ê
E
O tead generation consiste em levartráfego para outros sife§. Empresas que usam de modo
N eficiente esse sistema são a Boo Box, que opera uma plataforma de publicidade para mídias
D
E sociais, e o Ad Network, que une blogueiros e anunciantes.
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t_ O formato de assinatura por período ou subscription volta a ganharforça com a chegada do iPad
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I\4 e de outros tablets e com a disseminação dos formatos de "software as a service" (SaaS)
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UNIDADE 2 TÓPIGo3 133

- O Freemium, termo derivado da junção das palavras free e premium, combina conteúdo
grátis ê áreas restritas com funcionalidades avançadas pagas.

Pênse grande

Startups de tecnologia poder. - e devem - pensar globa mente. I\4uitos empreendedores


a nda se apegam ao conceito de qLrê internac ona zação é urn próxirao estágio do negóc o. Corao
em todas as áreas existêm rnodelos de empresas dig tais nos quais o foco no mercado lnterno
é uma questão estratégica Exernp os são os s/tes de compras colet vas. l\,4as se a lniciante tem
uma solução universal, considerar o mundo como seu pa co de negóc os traz vantagens. como
atraira atenção de invest dores, já que os fundos de venture capitalse preocupam com o potenc a
de crescimento Portanto. deias globats são ma s interêssantes. 'Aqui no Brasil eu pTocuTo um
en]preendedor que sela ao rnesmo tempo apalxonado pe o negócio e tenha coragera de pensar
globa mente" afirr.a Roberto Bonanzinga, sócio do fundo ing ês de VC Balderton Cap tal.

Monte um Plano de Negócios

Depois de conhecer seu mercado, entender seu púb co. validar sLras ideias, estabe ecer
o modelo de negócios e reunir as ferramentas de gestão necessárias para sustentar o
crescimênto da empresâ, chega a hora de montar o plano de negócios. Nesse ponto. vale
uma ressava: ter um pano de negócos pode supostamente, ia contra novos formatos de
panejamento estratég co lá que uma das premissas das startups é inovar. até mesmo no
Processo de montagem do negóc o.

No conce to de ean startup por exemplo a deia cenka é obter resultados por me o de
testes de valldação feitos no próprio mêrcado. O consuitor e autor do llvro The Lean Startup,
EricRes explica que o terrao se refere a uma ernpresa em forma ou seja. com o menor grau
de despêrdício de recursos e a maior efciência possivel. O s stema ênvolve usar e abusaT
do customer deve opment. da tecnologia de cloud computing, de soÍr1/are de código aberto,
de escntóios v duais, de co-work ng e qualquer nstrurnento que pêrrarta alcançar resu tados
expressivos com pouco nvestrraento. A proposta da ean startup dispara até mesrno contra urn
dos cânones do empreendedor srno o plano de negóc os. para Ries, seoUirum p anejamento
ríg do tira a agildade da empresa e a flex b idade de se adaptar ao aprend zado sobre os
desejos dos consumidores.

E
No entanto, um plano de negócios pode, s r., ajudar na criaÇão de Ltma lean startup.

Na visão de Eric Ries os pontos chaves são ve ocidade e fex b dade. Sob esse concelto, o
PN não precrsa ser
e nem deveria - uma camlsa de força. Llm plano detalhado. na verdade,
E
pode Íuncionar corno um paocesso de autoconheclmento. N
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lnvista em ,Veúworking o

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Um negócio pode ser viabilizado pela rede dê contatos. Com o plano de Negócios IV
o
134 TÓPICO 3 UNIDADE 2

montado, f ca mais fáci aprêsentar as ide as e eventua Tnente conseguir colaboraç ão ou mesmo
sócios para a errpre tada. Os melhores loca s para se conqu star o parcelro deal são os eventos
detecnologia Desde2008 o país fervilha corn n c ativas como a Carnpus Party campeonatos
de startups e stadups meet ups EspaÇos fis cos. como os escrtórios compart hados de co-
working e incubadoras vêm se tornando verdadelros cata sadores de erapreendedorismo ao
Teun T em uTna mesma sala deias e pessoas das rna s diferentes formaçÕes.

Negociê invêstimentos

Um dos segredos do sucesso do Vale do Silício nos Estados i..ln dos é a fartura de
invest dores, que aportam dinheiro até mesmo em lde as. As startups americanas se benef ciam
de todo o ecoss stema de cap talde r sco. Em urn pr me ro momento, os anios n]etam recursos
para a implantação do proleto. Com o desenvolvimento do negócio os fundos de seed e de
venture cap tal êntrarn em cena para acelêrar o crescimento da êmpresa.

No Brasil, êssa cultura ainda engatinha. l\4as o passo se ace era cada vez rnais ráp do.
Cor.o resultado hole ficou mu to mais fácil entrar em contato corn nvest dores Até cinco anos
atrás, os empreendedores viam as insttu çôes de venture capital corno clubes fechados. nos
quais se entrava apenas por ndicação. Na cena atual, o contato pode ser íeito pela até por
e-mal/. E, em vários casos, os próprios fundos vão atrás das startups.

lnvestimento mais fácil, por outro lado, exige do empreendedor novos cuidados-
Ex-diretora de Ílrmas de ventufe capital e professora de êmpreendedorismo do NIIT, Shari
Loessberg alerta para algumas armadilhas legaisque contratosde sociedadê comÍundos podem
embutir. A especialista cita como exemplo cláusula§ de preferred stocks, por mêio das quais
investidores recêbem de volta seu investimento antes de todos os demais acionistas. O termo
antidiluição também pode causarefeitos indesejados. Quando o contrato prevê a recomposiçào
de participação, como forma de prevenir a diluição acionária em caso de aumento de câpital,
o investidor pode se beneficiar êm situações nas quais o êmpreendimento muda de patamar,
como em uma segunda rodada de investimentos ou na fusão com outra companhia.

Mântênha"sê antenado

Dois mantras pregados por Eric Riês, autor do livro The Lean Startup, são velocidade
ê flexibilidade. Em um ambiênte táo competitivo, em que concorrentes podem surgir de um
i\,r
dia para o outro, a agilidade com a qual o êmpreendedor consegue corrigir os rumos de seu
negócio deÍine quão longe a empresa pode chegar. Provas de como o marestá apenas para os
peixes mais rápidossão os segmentosde compras coletivas edos aplicativos para smartphone.
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tjm modelo que funciona hoje pode estar saturado em questão de meses. O ponto cêntral é
E manter o foco na inovação. E ter coragem de mudat
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FONTE: Disponívelem: <http://revistapegn.globo.com/Revista./Common/0,,E1\,41239059-17189,00-CO
NIO+CO|\,,IECAR+U|IIA+STARTUP+E[/]+PASSOS.html>. Acêsso em: 25 jan- 2012.
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UNIDADE 2 TóPICO 3 135

RESUMO DO TóPICO 3

Nesse tópico vimos

. Algumas alternativas de Íinanciamento para o empreendedor capitaljzar


recursos para sua
empresa: capital pessoal, de Íamiliares, bancos, entre outras opçôes.

Aprendemos que podemos conseguirapoio com parcerias estratégicas


com as pessoas que
nos cercam: fornecedores. clientes e até mesmo com os nossos funcionários.

. Conhecemos alguns programas do governo que auxiliam as micro e pequenas


empresas
FINEP; BNDES; SEBRAE

ldentificamos a necessidade dê o erapreendedor buscar assessona para gearr


o sell
negócio.

. Analisamos algumas opções de assessoria disponíveis para o empreendedor


em cada fase
do empreendimento.

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136 TóPICO 3 UNIDADE 2

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ouloA1''JtoA'll; \
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Responda às questôes e relembre os principais conceitos estudados nesse tópico

1 Quais os tipos de financiamentos estão disponíveis para o empreendedor?

2 Quais os programas de financiamento do governo brasileiro?

3 Por que o erapreendedor deve buscar assêssoria para ger r o seu negÓc o?

4 O que são e para que servem as incubadoras?

5 Quais as entidades que apoiam e incentivam o empreendedorismo?

6 O que éÍÊnchising e qual a vantagem de ser um franqueado?

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