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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA


BACHARELADO EM CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
PROFESSOR: Kleber Morais de Sousa Período: 5° Semestre: 2020.1

Aluno (a) Annelisa Mendes Barreto Data 07/05/2021

EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM
TÓPICO 4 – Financiamento de longo prazo

INSTRUÇÕES:
Prezado aluno,

Este exercício deve ser respondido e enviado para o e-mail kleber.sousa@ufrpe.br


Você pode responder diretamente neste arquivo ou responder em uma folha de caderno ou
qualquer outro tipo de papel, tirar uma foto e mandar por e-mail. Faça o que for mais
conveniente para você.

Para facilitar a correção, no assunto do e-mail coloque o número do exercício, a disciplina e o


curso dessa forma: “Exercício 5 – Administração Financeira – Curso de Administração”

Esse exercício faz parte da avaliação contínua, ou seja, será levado em conta na atribuição da
nota da primeira unidade da disciplina.

QUESTÕES:

1) Pesquise na internet por meio de artigos científicos, notícias e demais fontes de


informações confiáveis, e explique:
a) quais são as principais dificuldades na obtenção de empréstimos por empresas?
Cite exemplos obtidos na pesquisa e cite a fonte.
b) Existem diferenças de procedimentos na liberação de financiamento para empresas
de pequeno porte e de grande porte? Cite exemplos obtidos na pesquisa e cite a
fonte.
c) Se você fosse um gestor da empresa, o que você faria para resolver os problemas
apresentados no item a.
d) Por que os financiamentos de longo prazo são preteridos pelos bancos privados?
e) Por que o financiamento habitacional é comumente realizado por fontes de
financiamento com recursos do FGTS ou do orçamento fiscal do governo federal?

Respostas:

a) O Economista Alessandro Azzoni, diz que tem 4 dificuldades que limitam o


acesso a empréstimo para as micros, pequenas e grandes empresas. Que são a
situação fiscal, onde muitas empresas tem empréstimos negado por possuírem
problemas fiscais e de endividamento, ou seja, por estarem em situação de débitos
com o fisco, já significa negação do empréstimo no primeiro contato.
A maquiagem financeira, com o intuito de evitar gastos com tributos, por vezes o
empreendedor comete o erro de não emitir, por exemplo, notas fiscais sobre todo o
seu faturamento.
É algo cultural que acompanha a existência da iniciativa privada no país.
No entanto, isso acaba por criar uma maquiagem financeira da empresa, o que
limita seu acesso ao empréstimo em momentos de crise como esse.

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O Pronampe garante 30% de crédito sobre o faturamento bruto declarado da
empresa do ano de 2019. 
Vamos supor que sua empresa tenha faturado R$ 1,5 milhão no ano passado, mas
você declarou para a Receita Federal ter faturado apenas R$ 500 mil.
Você até conseguiu o empréstimo, mas apenas sobre o que foi declarado, pois o
faturamento real não existiu. Provavelmente é um valor muito inferior às reais
necessidades da empresa. Em outras palavras, a demanda por capital de giro,
saneamento de despesas fixas e a responsabilidade com a folha de pagamento fica
comprometida com o crédito obtido.
O capital social desatualizado, uma micro ou pequena empresa geralmente inicia
com um capital social modesto, justamente para dar o start no empreendimento.
Com medo de perder benefícios no regime tributário pelo qual a empresa optou
inicialmente, ou por displicência, o capital social do empreendimento não foi
atualizado, e acaba limitando o acesso ao credito.
E a não participação de Bancos privados, entre os programas de linha de crédito
além do Pronampe estão o Pese (Programa Emergencial de Suporte ao Emprego)
e o Fampe (Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas).
No entanto, estes estão ligados à Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.
Isso foi um empecilho grande para a maioria dos empreendedores que não
possuem conta nessas instituições.
Ampliar a base de distribuições de empréstimo para bancos privados é essencial
para o sucesso desses programas.
“A velocidade da operação na Caixa Econômica as vezes não é agressiva. Muitas
empresas preferem operar com bancos mais agressivos nesse sentido
como Santander, Bradesco, Itaú ou HSBC. São bancos comerciais com política
de
mercado mais arrojada, e os empresários tendem a preferir trabalhar com esses
bancos”, explicou o economista.
Como essas instituições bancárias ficaram de fora no primeiro momento, os
empréstimos concedidos foram tímidos.

Fonte:
https://www.jornalcontabil.com.br/dificuldades-de-acesso-a-emprestimo-bancario/

b) Sim, pois o modelo de negócio e porte da empresa vai depender e influenciar


algumas diferenças quanto as ofertas e condições especificas de financiamento.
O BNDES classifica seus clientes em função do porte, o que permite uma atuação
adequada às características de cada segmento, através da oferta de linhas, programas
e condições específicas. O apoio às micro, pequenas e médias empresas, por
exemplo, é considerado prioritário pelo BNDES, oferecendo condições especiais
com o intuito principal de facilitar o acesso destas empresas ao crédito.
A classificação de porte é realizada conforme a Receita Operacional Bruta (ROB)
das empresas ou conforme a renda anual de clientes pessoas físicas.
Quando a empresa integrar um grupo econômico, a classificação do porte
considerará a ROB consolidada do grupo. Entes da administração pública direta não
são classificados por porte e, para fins de condições financeiras, são equiparados às
grandes empresas.

Fonte:

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/guia/porte-de-empresa

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c) Iria recorrer ao capital próprio como melhor opção, caso a empresa que gerencio
não tenha recursos, teria que recorrer a uma das opções mais adequada ao tipo e
porte do meu negócio. Se o Proprietário estiver disposto a vender parte do negócio
eu optaria pela participação acionaria, buscaria um socio-investidor, tem também o
investimento-anjo, que é feito por pessoas físicas interessadas em contribuir com o
desenvolvimento de empresas, e o fundo de investimento, feito por pessoas
jurídicas para empresas com potencial lucrativo.
Mas se caso o proprietário não aceitasse dividir a empresa com outras pessoas, iria
procurar outras formas de conseguir recursos. Procuraria as fontes alternativas pois
para determinados modelos de negócio, agências de fomento também
disponibilizam linhas de credito para pesquisa e inovação, por vezes, até mesmo a
fundo perdido. Subvenções desse tipo podem ser uma das alternativas mais
acertadas para a obtenção de capital.
E no caso de investimentos financiados a longo prazo, O BNDES é outra
importante opção. E além dessas fontes que recorreria, tem também as fontes
tradicionais de recursos para financiamentos, a Fintech’s que passaram a ofertar
recursos para financiamentos tanto para pessoas jurídicas quanto para pessoas
físicas, atuando no ambiente eletrônico, sendo ágeis e com custos menores que a
rede tradicional bancária.

Fonte:

https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-as-fontes-de-financiamento-e-
as-principais-linhas-decredito,7475a8ce76801510VgnVCM1000004c00210aRCRD

d) Muitos fatores aumentam a aversão aos financiamentos de longo prazo por parte
dos bancos privados. Entre eles, estão a instabilidade de câmbio e de taxas de juro e o
fato de o sistema privado agir sob o efeito de manada. O setor privado capta recursos
no mercado, com taxas e juros que variam muito, o que acaba sendo ruim para a
atividade financeira e inviabilizando os financiamentos de longo prazo.

Fonte:
https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2010/02
/banco-privado-foge-de-financiamento-de-longo-prazo-aponta-economista/

e) O Brasil tem duas fontes oficiais de financiamento habitacional fortemente


subsidiadas e reguladas: os depósitos de poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e
Empréstimo – SBPE) e os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS). Quanto ao desempenho, observa-se que, no triênio 1980/1982, o FGTS e o
SBPE financiaram anualmente a média de 540 mil unidades (Hereda, 2004), para
uma população total em torno de 125 milhões (IBGE). Na década de 1990, a média
de financiamentos anuais concedidos foi de 178 mil (Hereda, 2004 e Banco Central,
2002), para uma população, em 1995, no meio da década, estimada em 160 milhões
de pessoas (IBGE).
De acordo com Ricardo Carneiro, o financiamento habitacional faz parte dos
que representam o maior risco, e como o setor privado tem uma certa aversão a
riscos, isso fica por conta do setor público.

Fonte:

3
https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos-legislativos/tipos-de-estudos/textos-
para-discussao/td-29-financiamento-habitacional

“O Sistema Financeiro da Habitação do Brasil - serve de veículo para atrair,


para fins de habitação, poupanças voluntárias e involuntárias em benefício de
mutuantes e mutuários de diversos níveis de renda. Do ponto de vista de fontes
de fundos, o sistema proporciona aos poupadores não só cadernetas de
poupança, mas também letras imobiliárias, sujeitas à correção monetária. Esses
programas têm obtido um êxito notável. De modo geral, a correção monetária
dos ativos financeiros tem preservado seu valor real. A correção toma essas
aplicações atrativas aos poupadores de vários níveis socioeconômicos, em
virtude das taxas de inflação de 15 a 30% verificadas em anos recentes. Sem
esse programa, uma parte desses fundos teria certamente sido canalizada ao
consumo (principalmente no caso daqueles que participaram com depósitos de
pequenos valores), ao invés de se constituir em poupanças, e outra parte teria
sido uti-. lizada para investimento em haveres reais ou financeiros alternativos
(como no caso dos depósitos de poupança maiores e das letras imobiliárias).
...Todavia, no caso do Brasil, essas políticas têm contribuído para o aumento
maciço dos recursos disponíveis às instituições integrantes do SFH. Esses
fundos, juntamente com os provenientes das poupanças do FGTS, além de
permitirem ao SBPE, bem como a outros agentes, estar sempre em dia com a
crescente demanda habitacional por parte das classes médias e altas (aquelas
situadas na faixa superior - 20% na distribuição das rendas) nas principais
cidades brasileiras, também lhes facultou mostrar certo progresso em reduzir
tanto o déficit de habitações populares, quanto as necessidades de programas
gerais da infra-estrutura urbana. ... Em face das políticas adotadas na maioria
dos países em vias de desenvolvimento, que tendem a ser regressivas em
termos do retorno de ativos financeiros, razão pela qual os grupos de rendas
mais baixas recebem geralmente taxas de juros inferiores e até negativas sobre
suas poupanças financeiras, o programa brasileiro constitui um passo definitivo
na direção da eqüidade social (ou pelo merios no sentido do afastamento da
ineqüidade social). Em termos de aplicação dos fundos, contudo, o nosso
estudo indica que a maioria dos recursos do programa, até o presente
momento, é utilizada para financiar habitações para os grupos de renda baixa
ou alta, ao invés da construção de habitações para as classes menos
favorecidas. Revela, ainda, que houve uma intensificação dessa tendência, nos
primeiros anos da década de 70, sendo um dos motivos o fato de a política de
correção monetária - responsável pelo êxito do programa em atrair fundos -
implicar um contínuo ajuste do valor nominal das prestações de amortização da
dívida, a fim de permitir ao programa a retenção de sua liquidez. Embora essas
prestações não aumentem em valor real, existe, no processo de reajustes, um
aspecto politicamente impopular, principalmente para os componentes dos
grupos de rendas baixas, que experimentam a erosão de suas rendas reais em
4 face de reajustes salariais que tendiam, antes do reajuste de maio de 1975, a se
situar aquém dos aumentos verificados nos preços. ... Atualmente, contudo, o
fluxo líquido de fundos entre os setores privado e público, através do programa
habitacional, parece favorecer antes ao próprio governo, uma vez que o
programa é utilizado para financiar obras de infra-estrutura governamentais,
bem como a aquisição de títulos da dívida pública. Assim sendo, até a criação
do PLANHAP, o SFH representou um canal de poupanças financeiras que
fluíam do setor privado para o setor público, sendo que alguns elementos são

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mais progressivos na sua incidência do que outros. Constitui também um canal
de fundos provenientes de todos os grupos de renda na direção de proprietários
de unidades habitacionais de faixas inferior, média e superior, com crescente
ênfase nos últimos dois grupos. Nada existe, porém na própria natureza do
programa ou na de suas instituições, que exija o prosseguimento da referida
situação. De fato, o conceito original diferia bastante da prática seguida nos
últimos anos. Agora, em face do novo impulso proporcionado pela
implantação dos diversos programas de crédito do PLANHAP e das várias
iniciativas para com as famílias sem renda fixa, o SFH pode ter começado a
realizar seu potencial de suprimento da massa da força de trabalho urbana com
acesso seguro a subsídios indiretos no que se refere à aquisição de moradias.
Há muito ainda a se fazer no sentido de melhorar a capacidade de acesso à
posse de cadernetas de poupança, bem como ao crédito de baixo custo para
habitação, fora dos grandes centros urbanos do país. É de se esperar que o
programa continue a se estender também nesse sentido.”

Fonte:

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
75901977000500002&lng=e&nrm=isso

Fazendo um resumo o setor publico toma de conta pois o setor privado se limita a esse tipo de
financiamento.

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