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WESLEY MARTINS
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
a) O que determina o preço de um ativo financeiro, como uma ação ou uma obrigação?
c) Qual é a melhor composição que se deve ter de diferentes tipos de ativos financeiros?
1. Em quais investimentos a longo prazo a empresa deverá aplicar? Ou seja, em que linhas de
negócio a empresa atuará e quais os tipos de construções, maquinários e equipamentos serão
necessários?
2. Como a empresa obterá o financiamento a longo prazo para pagar seus investimentos? A
empresa trará outros acionistas ou pedirá dinheiro emprestado?
1
GITMAN, Lawrence J.; MADURA, Jeff. Administração financeira: uma abordagem gerencial. São Paulo: Addison
Wesley, 2003. p. 2.
1
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Administradores financeiros: “são responsáveis pela decisão de como investir os recursos de uma
empresa para expandir seus negócios e como obter recursos (financiamentos).” 2
2
GITMAN, Lawrence J.; MADURA, Jeff., Op. cit., p. 3.
3
ROSS, Stephen; WESTERFIELD, Randolph W.; JORDAN, Bradford D. Princípios de administração financeira. 2
ed. São Paulo: Atlas, 2000. p. 39.
2
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Estrutura de Capital: combinação entre capital de terceiros e capital próprio que a empresa
possui.
1. Maximização da riqueza do acionista: medida pelo preço da ação, que considera: a data
de ocorrência dos retornos (fluxo de caixa), em sua magnitude e em seu risco.
Ex.: Uma empresa vendeu R$ 10 milhões em mercadorias em 2016; essas mercadorias foram
adquiridas durante o ano por R$ 8 milhões. Embora a empresa já tivesse pagado o custo total
das mercadorias ao longo do ano, no encerramento do exercício (2016) ainda não havia
recebido os R$ 10 milhões do cliente a quem vendera as mercadorias.
Liquidez e Rentabilidade
Liquidez:
Falta de liquidez pode conduzir à insolvência de uma empresa.
Principais causas da falta de liquidez:
Excesso de imobilizações
Excesso de estoques
Concessão aos clientes de prazos muito longos para pagamento
Utilização de fontes de financiamento inadequadas.
Rentabilidade:
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Grau de êxito econômico obtido por uma empresa em relação ao capital nela investido.
Decisões de investimento:
Administração da estrutura do ativo.
Implantação de novos projetos.
Decisões de financiamento:
Destinação do lucro:
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ORÇAMENTO DE CAPITAL4
Orçamento de Capital
O capital é um recurso muito limitado, seja na forma de dívida ou de patrimônio. Existe um limite
ao crédito que o sistema bancário pode criar na economia. Os bancos comerciais e outras
instituições financeiras têm depósitos limitados, dos quais emprestam dinheiro às pessoas,
empresas e governo. Além disso, o Banco Central exige que cada banco, mediante depósitos
compulsórios, mantenha parte de seus depósitos à vista como reservas. A existência de recursos
limitados para emprestar torna seletivas as instituições financeiras ao concederem empréstimos a
seus clientes. Mesmo se um banco conceder crédito ilimitado a uma empresa, a administração
dessa empresa, antes de tudo, precisa considerar o impacto do incremento dos empréstimos
sobre o custo total do financiamento.
Na realidade, são limitados os recursos que cada empresa obtém emprestado, os quais devem
ser distribuídos às melhores alternativas de investimento. Poder-se-ia argumentar que uma
empresa pode emitir uma quantidade quase ilimitada de ações ordinárias para levantar capital.
Entretanto, aumentar o número de ações da companhia só serve para distribuir o mesmo
montante de patrimônio líquido entre um maior número de acionistas. Em outras palavras, à
medida que o número de ações de uma companhia aumenta, a parcela de participação de cada
acionista no capital da empresa é reduzida proporcionalmente.
O argumento de que o capital é um recurso limitado é verdadeiro para qualquer forma de capital,
seja na forma de capital de terceiros (a curto e a longo prazo), seja na de capital próprio (ações
ordinárias) ou lucros acumulados, contas ou títulos a pagar etc. Mesmo a empresa mais
conhecida num setor ou comunidade tem limites para tomar emprestado. Uma vez que a empresa
atinja tal limite, ela terá o seu pedido de mais crédito negado ou será penalizada com uma taxa de
juro maior, o que torna a obtenção de empréstimos a forma menos desejável de levantar capital.
Ao se deparar com fontes limitadas de capital, a administração deve decidir com cuidado se um
determinado projeto é ou não economicamente aceitável. No caso de haver mais de um projeto, a
administração deve identificar os projetos que mais contribuirão para o lucro e, em consequência,
ao valor (ou riqueza) da empresa. Isso, em essência, é a base do orçamento de capital.
4
GROPPELLI, A.A.; NIKBAKTHT, Ehsan. Administração financeira. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 121-156.
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Despesas correntes: São de curto prazo e debitadas como despesas no exercício em que
ocorrem. Exemplos de despesas correntes são ordenados, salários, custo de matéria-prima e
várias outras despesas administrativas.
Despesas de capital: São de longo prazo, amortizadas (seus valores são gradualmente
reduzidos) durante vários anos, de acordo com o regulamento da Receita Federal. Exemplos de
despesas de capital incluem o desembolso de $ 100.000 para a aquisição de um novo prédio ou
uma nova máquina, a compra de um computador para uso comercial, a compra dos direitos de
uma patente de um investidor, despesas com pesquisa e desenvolvimento.
Lembre-se
Orçamento de capital é uma tomada de decisão sobre um projeto ser ou não merecedor de
implementação. O orçamento de capital está, basicamente, relacionado com a justificativa
das despesas de capital.
Despesas correntes são despesas de curto prazo e, por isso, debitadas integralmente no
exercício social em que ocorrem. Despesas de capital são despesas de longo prazo e são
amortizadas durante um período de vários anos, estabelecido pela Receita Federal.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
A Companhia XYZ está planejando a compra de nova maquinaria por $ 200.000. Esta será
depreciada durante cinco anos. Como consequência da compra da nova maquinaria, a
Companhia XYZ venderá sua maquinaria atual por $ 50.000. A maquinaria atual foi adquirida por
$ 100.000, há três anos. A companhia deve pagar $ 4.000 pela entrega e $ 9.000 pela instalação
da nova maquinaria. Como um analista financeiro, determine o custo inicial do projeto. Suponha
uma alíquota de 34% de imposto de renda. O capital circulante líquido não varia.
Valor contábil da máquina atual:
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
EXEMPLO 2:
Qual seria o custo inicial do projeto do exemplo anterior se a máquina existente fosse vendida por
$ 20.000? Suponha que todas as outras informações permaneçam as mesmas.
Valor contábil da máquina atual:
Fluxo de Caixa Incremental: é o fluxo de caixa adicional que a empresa irá receber acima do
fluxo de caixa atual, após o projeto ser aceito.
Como determinar o fluxo de caixa incremental:
1. Calcular o lucro líquido adicional.
2. Calcular as economias de imposto de renda decorrentes da depreciação.
3. Somar ao lucro líquido adicional as economias proporcionadas pela depreciação adicional.
EXEMPLO 3:
Os lucros líquidos previstos para a Companhia XYZ nos próximos três anos são: $ 100.000, $
150.000 e $ 200.000. As quantias anuais de depreciação para esses três anos são estimadas em
$ 30.000, $ 40.000 e $ 45.000, respectivamente. Em consequência de iniciar um novo projeto, os
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lucros líquidos, para os próximos três anos, serão de $ 120.000, $ 165.000 e $ 230.000; e as
despesas anuais de depreciação serão de $ 45.000, $ 62.000 e $ 66.000. Para simplificar,
considere uma alíquota de imposto de renda de 40%; e calcule o fluxo de caixa incremental do
novo projeto.
EXEMPLO 4:
Os lucros antes dos juros e do imposto de renda (LAJIR) previstos nas duas condições são
fornecidos na tabela a seguir.
A máquina existente foi comprada há três anos por $ 400.000. Estuda-se substituí-la por uma
nova máquina que custa $ 600.000. Ambos os equipamentos têm uma vida útil depreciável de cinco
anos, sendo a depreciação de 20% no ano 1, 32% no ano 2, 19% no ano 3, 15% no ano 4 e 14% no ano
5. Usando uma alíquota de 34%. Determine o fluxo de caixa incremental decorrente da substituição
da máquina existente.
LAJIR INCREMENTAL
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EXERCÍCIOS 5
1. Os Associados XYZ estão considerando a compra de uma máquina nova por $ 300.000. Ao
mesmo tempo, planejam vender sua máquina velha por $ 60.000. A máquina velha foi adquirida
há três anos e o seu valor contábil é de $ 46.400. Ambas as máquinas têm uma vida depreciável
em cinco anos. As despesas de despacho são $ 6.000, e as de instalação são $ 10.000. Usando
uma alíquota de 34% para o lucro normal, calcule o custo de aquisição do novo equipamento.
5
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, Ehsan. Op.cit., p. 130-131.
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2. Sara & Associados calcularam o LAJIR de sua empresa sob as duas condições seguintes:
O velho equipamento foi comprado há dois anos por $ 500.000. O novo equipamento pode ser
comprado por $ 710.000. Ambos os equipamentos têm uma vida útil depreciável de cinco anos, sendo a
depreciação de 20% no ano 1, 32% no ano 2, 19% no ano 3, 15% no ano 4 e 14% no ano 5. Usando uma
alíquota de 34%. Calcular o fluxo de caixa incremental da substituição do velho equipamento.
Explique os resultados obtidos.
4. A Corporação KLM está considerando a substituição de uma de suas máquinas velhas por uma
nova, mais eficiente. A máquina velha tem um valor contábil de $ 25.000 e pode ser vendida por $
100.000. A nova máquina tem um custo de $ 500.000. As despesas de frete são mais $ 5.000.
Usando uma alíquota de imposto de renda de 34% para o lucro normal, calcule o custo de
aquisição da nova máquina.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
5. Calcule o fluxo de caixa incremental pela substituição de um velho equipamento, sabendo que:
A alíquota do imposto para a empresa é de 34%, a máquina velha foi comprada dois anos atrás
por $ 600.000, a nova máquina custa $ 920.000, e ambas as máquinas são depreciáveis durante
o período de cinco anos.
Taxa Média de Retorno: quociente entre os lucros líquidos médios e o investimento médio.
Técnica contábil simples que determina a lucratividade de um projeto.
Compara os lucros contábeis líquidos com os custos iniciais de um projeto, adicionando todos
os lucros líquidos futuros e dividindo-os pelo investimento médio.
EXEMPLO 5:
Suponha que os lucros líquidos para os próximos quatro anos estejam calculados em $ 10.000, $
15.000, $ 20.000 e $ 30.000, respectivamente. Sendo $ 100.000 o investimento inicial, encontre a
taxa média de retorno.
é
Taxa Média de Retorno (TMR) =
é
6
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, Ehsan. Op.cit., p. 132-145.
14
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Desvantagens:
Lembre-se
A taxa média de retorno é um método muito simples que mede a lucratividade de um projeto,
mas ignora os fluxos de caixa e o valor do dinheiro no tempo.
Método usa os fluxos de caixa (lucro líquido + depreciação) em lugar dos lucros líquidos.
EXEMPLO 6:
A Companhia ABC planeja investir num projeto que tem um desembolso inicial de $ 3.700. Ela
previu que o projeto proporcionará entradas de caixa regulares de $ 1.000 no ano 1, $ 2.000 no
ano 2, $ 1.500 no ano 3 e de $ 1.000 no ano 4. Se a empresa tivesse como meta um período de
amortização (payback) de três anos, você recomendaria que esse projeto fosse aceito?
Período de Payback =
é ! " "
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Vantagens:
Desvantagens:
Lembre-se
EXEMPLO 7:
A Companhia ABC planeja investir num projeto que tem um desembolso inicial de $ 3.700. Ela
previu que o projeto proporcionará entradas de caixa regulares de $ 1.000 no ano 1, $ 2.000 no
ano 2, $ 1.500 no ano 3 e de $ 1.000 no ano 4. Se a empresa tivesse como meta um período de
amortização (payback) de três anos, A UMA TAXA DE DESCONTO DE 10% a.a., você
recomendaria que esse projeto fosse aceito?
Período de Payback:
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Valor Presente Líquido: a diferença entre o valor de mercado de um investimento e seu custo.
Se o valor presente de um fluxo de caixa futuro de um projeto for maior que seu custo inicial, o
projeto é um empreendimento válido.
Se o valor presente for menor que seu custo inicial, o projeto deve ser rejeitado porque o
investidor perderia dinheiro se o projeto fosse aceito.
VPL de um projeto aceito é ZERO ou POSITIVO, e o VPL de um projeto rejeitado é
NEGATIVO.
VPL = VP – I
Em que:
VP = valor presente dos fluxos de caixa futuros I = investimento inicial
As taxas de desconto usadas no VPL são também influenciadas pela duração dos projetos. Entre
dois projetos, aquele com vida mais longa geralmente é associado a um maior risco. Quanto mais
extensa a existência de um investimento no futuro, maior a incerteza na conclusão e operação do
projeto. Portanto, mantendo-se todas as outras variáveis iguais, os projetos de longa duração
devem ser geralmente descontados a taxas maiores que a dos projetos de curta duração.
EXEMPLO 8:
A Companhia ABC planeja investir num projeto que tem um desembolso inicial de $ 3.700. Ela
previu que o projeto proporcionará entradas de caixa regulares de $ 1.000 no ano 1, $ 2.000 no
ano 2, $ 1.500 no ano 3 e de $ 1.000 no ano 4. Se a taxa de desconto do projeto fosse de 10%
a.a., você recomendaria esse projeto?
Vantagens:
Desvantagens:
1. Supõe que a administração seja capaz de fazer previsões detalhadas do fluxo de caixa de
anos futuros. Na realidade, quanto maior o período, maior a dificuldade de se estimar os
fluxos de caixa futuros;
2. O método do VPL supõe que a taxa de desconto seja a mesma durante toda a duração do
projeto.
Índice de Lucratividade: quociente entre o valor presente dos futuros fluxos de caixa de um
projeto e o seu investimento inicial.
Compara o valor presente das entradas de caixa futuras com o investimento inicial numa base
relativa.
* + ,
IL =
- -
Nesse método, um projeto com um índice de lucratividade maior que 1 é aceito, e um projeto
com índice de lucratividade menor que 1 é rejeitado.
EXEMPLO 9:
A Companhia ABC planeja investir num projeto que tem um desembolso inicial de $ 3.700. Ela
previu que o projeto proporcionará entradas de caixa regulares de $ 1.000 no ano 1, $ 2.000 no
ano 2, $ 1.500 no ano 3 e de $ 1.000 no ano 4. Se a taxa de desconto do projeto fosse de 10%
a.a., você recomendaria esse projeto?
Lembre-se
O VPL e o IL são métodos confiáveis para avaliar um projeto ou para comparar dois ou mais
projetos. O método do VPL compara o valor presente de fluxos de caixa futuros de um
projeto com o seu custo inicial por meio de um critério simples: qual é o maior valor? O
método do IL compara as mesmas quantias, porém na forma de uma razão. Se o IL for igual
ou maior que 1, então aceitasse o projeto. Se o IL for menor que 1, rejeita-se o projeto. Os
analistas financeiros devem ser muito cautelosos na escolha da taxa de desconto mais
adequada.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
O método da Taxa Interna de Retorno – TIR (Internal Rate of Return – IRR) representa a taxa
de desconto que iguala, em determinado momento, as entradas com as saídas previstas de
caixa.
Para avaliação de propostas de investimento, o cálculo da TIR requer, basicamente, o
conhecimento dos montantes de dispêndio de capital (ou dispêndios, se o investimento prevê
mais de um desembolso de caixa) e dos fluxos de caixa líquidos incrementais gerados pela
decisão.
Pelo método da TIR, um projeto de investimento é recomendado se a TIR calculada for maior
que o retorno exigido. Nesse caso, o projeto cria valor econômico. Caso o investimento apresente
uma taxa de retorno menor que o retorno exigido, o projeto deve ser rejeitado.
A Companhia ABC planeja investir num projeto que tem um desembolso inicial de $ 3.700. Ela
previu que o projeto proporcionará entradas de caixa regulares de $ 1.000 no ano 1, $ 2.000 no
ano 2, $ 1.500 no ano 3 e de $ 1.000 no ano 4. Qual a taxa interna de retorno do projeto? Se a
taxa de desconto do projeto fosse de 10% a.a., você recomendaria esse projeto?
TIR =
Lembre-se
A taxa interna de retorno (TIR) é um método popular no orçamento de capital. A TIR é uma
taxa de desconto que torna o valor presente dos fluxos de caixa previstos igual ao
investimento inicial. Entretanto, quando usar a TIR, você deve se assegurar de que a TIR
calculada não é muito diferente de uma taxa de reinvestimento realista.
EXEMPLO 10:
7
ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Fundamentos de administração financeira. São Paulo: Atlas,
2010. p. 182-189.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
EXERCÍCIOS
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Investimento A:
VPL = TIR =
Investimento B:
VPL = TIR =
8. Qual o período de payback para o seguinte conjunto de fluxos de caixa considerando uma taxa
de desconto de 10% a.a.?
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
9. (ROSS, p. 234 – 8.4) Calcule a TIR e o VPL para cada um dos dois projetos da Darla’s Bakery
Products apresentados no exercício anterior. Considere um retorno mínimo exigido de 8% a.a.
Projeto A:
VPL =
TIR =
Projeto B:
VPL =
TIR =
10. (ROSS, p. 235 – 8.10) O Grupo Ott identificou os dois projetos mutuamente excludentes a
seguir:
a) Qual é a TIR de cada um dos projetos? Se você aplicasse a regra de decisão da TIR, qual
projeto a empresa aceitaria? Essa decisão seria necessariamente correta?
b) Se o retorno exigido fosse de 11%, qual seria o VPL de cada um desses projetos? Que projeto
você escolheria se aplicasse a regra de decisão do VPL?
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Projeto A:
VPL =
TIR =
Projeto B:
VPL =
TIR =
11. (GROPPELLI, p. 144) Os lucros líquidos de uma companhia, para os próximos três anos,
foram estimados em $ 12.000, $ 13.000 e $ 18.000, respectivamente. Determine a taxa média de
retorno (TMR), sabendo que o desembolso inicial é de $ 80.000.
LL médio =
Usando o método do VPL e uma taxa de desconto de 12%, determine se o projeto é aceitável.
IL =
15. (GROPPELLI, p. 145) Um projeto tem fluxos de caixa anuais de $ 7.000, durante sete anos.
O investimento inicial é de $ 28.500. Qual é a TIR do projeto?
16. (GROPPELLI, p. 145) A Companhia ABC precisa escolher entre o Projeto 1 e o Projeto 2. Os
projetos têm os seguintes fluxos de caixa:
Usando os métodos do VPL e da TIR, determine qual dos projetos é preferível. Suponha uma
taxa de desconto de 10%.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
17. (GROPPELLI, p. 145) Determine a TIR aproximada dos seguintes fluxos de caixa:
Risco é uma outra expressão para incerteza e instabilidade. Um investimento é chamado livre de
risco se o seu retorno é estável e confiável. Os investidores, geralmente, consideram as letras do
Tesouro, emitidas pelo governo norte-americano, como um investimento livre de risco, sobretudo
porque têm retornos certos e garantidos.
Em orçamento de capital, não há projetos livres de risco. Os fluxos de caixa futuros de um
projeto, inesperadamente, podem aumentar ou diminuir. A taxa pela qual os futuros fluxos de
caixa forem investidos pode não permanecer a mesma.
Existem muitos fatores que podem reduzir os fluxos de caixa esperados: perda de participação no
mercado, aumento no custo dos produtos vendidos, novas regulamentações ambientais, aumento
no custo de financiamento. Como sempre há risco no orçamento de capital, a principal tarefa dos
analistas de investimento é selecionar projetos sob considerações de incerteza.
8
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, Ehsan. Op.cit., p. 146-156
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
EXEMPLO 11:
A Companhia XYZ estima que os fluxos de caixa dos próximos cinco anos serão de $ 7.000, $
6.000, $ 5.000, $ 4.000 e $ 3.000, respectivamente. Os fatores equivalentes à certeza para os
mesmos períodos são estimados em 95%, 80%, 70%, 60% e 40%. O investimento inicial do
projeto é de $ 11.000. A taxa livre de risco (a taxa de retorno das letras do Tesouro dos Estados
Unidos) é de 10%. Usando a abordagem equivalente à certeza, decida se o projeto é aceitável.
VPL do projeto =
Lembre-se
2. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
EXEMPLO 12:
Suponha que os fluxos de caixa do Projeto A sejam de $ 1.000 no ano 1 e de $ 1.500 no ano 2. O
Projeto B tem fluxos de caixa esperados de $ 1.800 no ano 1 e de $ 700 no ano 2. O investimento
inicial de cada projeto é $ 1.600. Qual projeto é o mais arriscado se a taxa de desconto mudar de
10% para 12%?
Projeto A Projeto B
VP
VPL
Lembre-se
O modelo de precificação dos ativos financeiros (CAPM) é utilizado para encontrar a taxa
requerida de retorno de uma ação ou carteira de ações. Sendo:
RE = Rf + βE x (RM – Rf)
O CAPM é um método que considera um projeto como sendo uma ação, argumentando que o
retorno de um projeto está ligado ao retorno dos ativos totais da companhia, ou ao retorno de
todo um setor. Se você acredita que o projeto em estudo tem o mesmo nível básico de risco de
um projeto típico da companhia, pode usar o beta da companhia como o beta do projeto.
EXEMPLO 13:
Suponha que você deseja encontrar o VPL de um projeto, mas não tem ideia de qual taxa de
desconto utilizar. Você sabe, entretanto, que o beta da companhia é 1,5, a taxa livre de risco é
8%, e o retorno da carteira de mercado, tal como o Dow Jones, é 16%. Você acredita, também,
que o risco do projeto não é muito diferente do risco de outros projetos da companhia.
RE = Rf + βE x (RM – Rf)
Uma vez tendo determinado a taxa requerida de retorno do projeto, o cálculo do VPL é
exatamente o mesmo realizado anteriormente: desconta-se os fluxos de caixa esperados à taxa
encontrada e subtrai-se o valor do investimento inicial. Se o VPL for zero ou positivo, o projeto
pode ser aceito porque a taxa requerida de retorno será mantida.
O que acontece se um projeto não for um investimento típico da companhia? Em outras palavras,
como podemos usar o CAPM para um projeto cujo risco e outras características são diferentes da
média ou dos projetos de rotina que a companhia desenvolve?
Neste caso, deve-se procurar entre projetos semelhantes fora da companhia. Por exemplo, se a
companhia está considerando investir no setor de alumínio, o beta para o novo projeto deve ser o
beta médio para um grupo de empresas do setor de alumínio. Cinco outras empresas da indústria
de alumínio podem ter betas de 0,80, 1,25, 1,10, 1,20 e 1,90. Tomando a média desses betas
amostrais, você pode dizer que seu projeto tem um beta de 1,25.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Lembre-se
O CAPM calcula a taxa requerida de retorno para um projeto. As taxas requeridas de retorno
são calculadas pelo uso da equação normal do CAPM; de dois projetos, aquele com o maior
beta é considerado o mais arriscado. Se um projeto é similar a outros investimentos da
companhia, o beta da ação da companhia pode ser usado como o beta do projeto. Caso
contrário, o beta médio de um grupo de companhias com projetos similares deve representar
o beta do projeto.
4. TÉCNICAS DE SIMULAÇÃO
EXEMPLO 14:
Suponha que os VPLs simulados para o Projeto A sejam $ 100, $ 300, $ 800, $ 700 e $ 600, com
os correspondentes desvios-padrão de 10, 18, 78, 68 e 50. Os VPLs simulados para o Projeto B
são $ 300, $ 150, $ 700, $ 640 e $ 800, com os correspondentes desvios-padrão de 62, 29, 98,
102 e 130. Baseando-se nos valores simulados, qual é o projeto mais atrativo?
Uma abordagem simples é calcular o VPL médio e o desvio-padrão médio de cada projeto.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Lembre-se
Inflação é uma alta generalizada de preços numa economia. Quando a inflação aumenta, o valor
real dos fluxos de caixa esperados diminui. Se o analista não ajustar os fluxos de caixa ao risco
da inflação, o VPL ou a TIR podem ficar artificialmente altos. Ou seja, aceita-se um projeto com
um VPL ou uma TIR não ajustados, enquanto a TIR ou o VPL reais, ajustados à inflação, são
inaceitáveis. Portanto, as técnicas de orçamento de capital que ignoram a inflação estão sempre
desajustadas.
Como a inflação, provavelmente, está se tornando um problema econômico permanente, toda vez
que uma decisão importante for tomada, deve-se planejar como lidar com ela. Como tratar com a
inflação em orçamento de capital? A resposta é que se deve ajustar tanto o fluxo de caixa como a
taxa de desconto à taxa anual de inflação.
EXEMPLO 15:
Em 1985, os fluxos de caixa anuais de um projeto para os próximos três anos são estimados em
$ 1.000, $ 2.000 e $ 3.000. Esses fluxos de caixa estimados estão em moeda de 1985. A taxa de
desconto é de 13%, e a taxa anual de inflação é de 6%. O desembolso inicial, ou o investimento
inicial, do projeto é de $ 4.000. Qual o VPL ajustado à inflação desse projeto?
Já que os fluxos de caixa previstos estão em moeda de 1985, devemos ajustar esses valores à
inflação. Entretanto, a taxa de desconto já inclui os 6% da taxa de inflação. Usando um método
abreviado, subtraímos a taxa de inflação de 6% da taxa de desconto de 13%, obtendo 7%, que é
considerada a taxa de desconto real. Descontamos os fluxos de caixa – que estão em moeda de
1985 – a uma taxa de 7% e subtraímos o investimento inicial.
30
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Outra forma de ajuste à inflação é utilizar a taxa anual de inflação para aumentar os fluxos de
caixa estimados e, então, descontar os fluxos de caixa inflacionados a 13%.
Lembre-se
EXERCÍCIOS
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
O investimento inicial é de $ 15.000. A taxa de retorno de uma letra do Tesouro dos Estados
Unidos é 8%.
20. (GROPPELLI, p. 155) O Projeto M tem fluxos de caixa de $ 2.000 no ano 1 e $ 2.500 no ano
2. O Projeto N tem fluxos de caixa de $ 3.000 no ano 1 e de $ 1.500 no ano 2. O desembolso
inicial para cada projeto é de $ 2.200. Usando a análise de sensibilidade, determine qual projeto é
o mais arriscado se a taxa de desconto aumentar de 12% para 14%.
Projeto M Projeto N
VP
VPL
21. (GROPPELLI, p. 156) Determine o VPL do seguinte projeto usando o método do CAPM.
A taxa de retorno de uma carteira de mercado é de 14%, o beta do projeto é 1,70, e a taxa livre
de risco é 7%.
32
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RE = Rf + βE x (RM – Rf)
VPL =
22. (GROPPELLI, p. 156) A Companhia ABC elaborou cinco simulações para os Projetos X, Y e
Z. Os resultados são os seguintes:
23. (GROPPELLI, p. 156) Avalia-se que um projeto irá gerar fluxos de caixa durante os próximos
cinco anos de $ 4.000, $ 8.000, $ 12.000, $ 15.000 e $ 18.000. A taxa de desconto é de 12%, a
inflação anual é 7%, e o investimento inicial é de $ 10.000. Usando ambos os métodos de ajuste
à inflação, da deflação (a) e da inflação (b), encontre o VPL ajustado para apoiar suas decisões a
respeito do projeto.
a) Deflação
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
b) Inflação
OBTENÇÃO DE CAPITAL
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Subscrição por oferta firme: O tipo de subscrição na qual o agente de subscrição compra todos
os títulos emitidos, assumindo total responsabilidade financeira por quaisquer títulos não
vendidos.
Subscrição por melhores esforços: O tipo de subscrição na qual o agente de subscrição vende
o máximo possível das novas ações, mas com o direito de devolver qualquer ação não vendida
ao emitente, sem responsabilidade financeira.
1. Spread: o spread consiste nas comissões diretas pagas pela empresa emitente ao consórcio
de agentes de subscrição – a diferença entre o preço recebido pela empresa e o preço de
lançamento.
2. Outras Despesas Diretas: são custos diretos incorridos pela empresa emitente, que não
fazem parte da remuneração dos agentes de subscrição. Esses custos incluem taxas de registro,
honorários advocatícios e impostos – todos divulgados no prospecto.
3. Despesas Indiretas: estes custos não são informados no prospecto e incluem os custos do
tempo gasto pelos administradores na preparação do novo lançamento.
4. Retornos anormais: em emissões de ações de empresas maduras, o preço das ações
existentes cai em média 3% à época do anúncio da emissão. Esta queda é denominada retorno
anormal.
5. Subavaliação: no caso de ofertas públicas iniciais, as perdas são devidas às ações que são
vendidas a um preço inferior a seu valor verdadeiro.
6. Opção Green Shoe: a opção Green Shoe dá ao agente de subscrição o direito de comprar
ações adicionais ao preço de oferta para cobrir um excesso de demanda pelos investidores.
EXEMPLOS:
16. A Empresa Sorte Grande precisa levantar $ 25 milhões de recursos para financiar sua
expansão em novos mercados. A empresa venderá novas ações por meio de uma oferta geral a
vista para levantar os fundos necessários. Se o preço de lançamento for $ 40 por ação e o agente
de subscrição cobrar um spread de 6%, quantas ações precisarão ser vendidas?
Nº ações = Valor / (P0 – spread)
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
EXERCÍCIOS:
24. A Companhia Atlântica Industrial precisa levantar $ 50 milhões de recursos para financiar a
expansão de sua capacidade produtiva. A empresa venderá novas ações por meio de uma oferta
geral a vista para levantar os fundos necessários. Se o preço de lançamento for $ 50 por ação e o
agente de subscrição cobrar um spread de 5%, quantas ações precisarão ser vendidas?
26. A Empresa LDP Ltda precisa levantar R$ 35 milhões de recursos para financiar sua expansão
em novos mercados. A empresa venderá novas ações por meio de uma oferta geral a vista para
levantar os fundos necessários. Se o preço de lançamento for R$ 65,00 por ação e o agente de
subscrição cobrar um spread de 4%, quantas ações precisarão ser vendidas?
28. Quantas ações precisam ser vendidas para a empresa RS Andrade Ltda arrecadar R$
14.880.000,00, considerando um spread de 7% e um preço unitário da ação de R$ 40,00?
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29. A Empresa Jupiara Ltda precisa levantar $ 22 milhões de recursos para financiar sua
expansão em mercados internacionais. A empresa venderá novas ações por meio de uma oferta
geral a vista para levantar os fundos necessários. Se o preço de lançamento for R$ 43,00 por
ação e o agente de subscrição cobrar um spread de 4% e considerando R$ 320.000,00 para
despesas administrativas, quantas ações precisarão ser vendidas?
30. Quantas ações precisam ser vendidas para a Companhia KRF arrecadar R$ 4.116.000,00
considerando um spread de 2% e um preço unitário da ação de R$ 35,00?
31. Quanto arrecadará uma empresa que vende 7800 ações, sendo o preço de venda de cada
ação R$ 70,00 e um spread de 8%?
Onde:
C = cupom pago por período
r = taxa de juros ao período
t = número de períodos
9
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JORDAN, Bradford D. Op cit., p. 156-189.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
EXEMPLO 17:
Obrigação cotada a $ 900, com cupom semestral de 8%, e prazo de 6 anos até o vencimento.
Fluxo de caixa da obrigação:
EXERCÍCIOS
32. (ROSS, p. 186) Uma obrigação da Microgates Industries tem uma taxa de cupom de 10% a.a.
e um valor de face de $ 1.000. Os juros são pagos semestralmente e a obrigação tem um prazo
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
de vencimento de 20 anos. Se o investidor exigir um rendimento de 12% a.a., qual será o valor
dessa obrigação? Qual será a taxa anual efetiva de retorno desta obrigação?
33. (ROSS, p. 186) Uma obrigação da Macroboard Corp. tem uma taxa de cupom de 8% a.a.
pagos semestralmente. O valor de face é $ 1.000 e a obrigação vence daqui a seis anos. Como a
obrigação está atualmente sendo negociada a $ 911,37, qual é o seu rendimento até o
vencimento? Qual é seu rendimento anual efetivo?
34. (ROSS, p. 187 – 6.3) A CIR Inc. possui uma obrigação com taxa de cupom de 7% que vence
daqui a 12 anos. A obrigação faz pagamentos anuais. Se a YTM dessa obrigação for 10,5% a.a.,
qual será o preço corrente da obrigação?
35. (ROSS, p. 187 – 6.4) A Vasicek Co. tem obrigações com taxa de cupom de 12,5% a.a. e
prazo de vencimento de oito anos. As obrigações fazem pagamentos anuais. Se atualmente a
obrigação está sendo negociada a $ 1.145,68, qual é o YTM?
36. (ROSS, p. 187 – 6.5) A Merton Enterprise possui obrigações no mercado com pagamentos
anuais e 13 anos de prazo, cotadas a $ 825. A esse preço, o rendimento da obrigação é 7%. Qual
é a taxa de cupom das obrigações da Merton?
37. (ROSS, p. 187 – 6.6) A Mullineaux Co. emitiu obrigações com prazo de 11 anos no ano
passado a uma taxa de cupom de 8,25% a.a. A empresa faz pagamentos semestrais. Se o YTM
for 7,10% a.a., qual será o preço corrente da obrigação?
38. (ROSS, p. 187 – 6.8) A Reznik Corporation tem obrigações no mercado com prazo de
vencimento de 12,5 anos, YTM de 8% a.a., e preço corrente de $ 875. A obrigação faz
pagamentos semestrais de juros. Qual é a taxa de cupom das obrigações da Reznik?
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
O indicador conhecido como “retorno sobre investimentos” (ROI) é um dos instrumentos mais
difundidos relativamente à análise da performance dos investimentos empresariais. O interesse
por esse indicador deve-se ao fato de que este combina fatores de lucratividade (como receitas,
custos e investimentos) e os transforma numa taxa percentual. Por isso, possibilita que este
parâmetro seja comparado com a taxa de retorno de outros investimentos, internos ou externos.
./012 23415062758 (5794: ;2 <= 4 5>67:)
ROI =
<7?4:96@4792: (2/ A5::6?2: B7412:2:'A.)
Em razão dos fatores empregados na equação que determina o ROI, é possível concluir que o
desempenho desse indicador melhorará se a empresa conseguir:
a) Aumentar o valor do “lucro operacional”: para essa finalidade, devem ser
implementadas iniciativas visando redução de custos e despesas; aumento da
produtividade dos funcionários e equipamentos; diminuição da capacidade ociosa etc.
b) Reduzir o valor de “investimentos” (passivos onerosos + patrimônio líquido): com
esse objetivo são cabíveis medidas que: (i) reduzam a necessidade de captação de
recursos de forma onerosa; (ii) que diminuam o valor do “ativo total”; e (iii) aumentem o
“passivo de funcionamento”.
Quanto à adoção do ROI como parâmetro de avaliação do retorno do capital investido, são
encontradas opiniões favoráveis e contrárias a respeito na literatura que trata desse assunto,
conforme apresentado de forma resumida no quadro a seguir.
10
WERNKE, Rodney. Gestão financeira: ênfase em aplicações e casos nacionais. Rio de janeiro: Saraiva, 2008. p.
275-298.
40
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
O indicador conhecido como “retorno sobre ativos” (ROA) evidencia o retorno conseguido com o
dinheiro aplicado pela empresa em ativos num determinado período. O cálculo desse índice
provém da junção de duas outras importantes medidas de desempenho, conforme apresentado a
seguir:
Onde:
./012 .íD/6;2 (E3ó: <=)
Margem de Lucro =
G47;5: .íD/6;5:
G47;5: .íD/6;5:
Giros dos Ativos =
E96?2:
42
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
a) Aumento de vendas.
b) Redução do ativo circulante (AC): medidas para baixar o volume de recursos empregados
nos estoques ou para reduzir o prazo de cobrança nas vendas (com a consequente diminuição
das contas a receber), por exemplo, contribuem para que o ativo tenha um valor menor no
período, o que aumenta o indicador de “giro” dos ativos.
c) Diminuição do ativo realizável longo prazo (ARLP): neste grupo a principal medida diz
respeito às duplicatas de clientes, como no AC.
d) Menor aplicação de recursos no ativo permanente (AP): ações que reduzam a capacidade
instalada ociosa (como aumentar o número de turnos de trabalho ou desmobilização de
maquinário inativo) ou que causem uma imobilização menor de recursos (venda de imóveis
ociosos ou não produtivos; substituição de veículos sofisticados por outros que, mesmo mais
simples, supram as necessidades da empresa etc.).
11
Baseado/adaptado de: WERNKE, RODNEY. Op. cit., p. 283.
43
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
O “valor econômico agregado” (EVA) se baseia numa premissa conhecida há muito tempo: o que
geralmente é denominado lucro (o dinheiro que resultou das operações para remunerar o capital
próprio) em geral não deve ser considerado como tal. Segundo Peter Drucker, “até que gere lucro
superior ao custo de capital, a empresa está operando no prejuízo. Não importa que pague
impostos como se o lucro de fato fosse gratuito. Ainda assim, a empresa está devolvendo à
economia menos do que devorou em recursos. Até então, não cria riquezas; destrói riqueza”.
Pela concepção do EVA, portanto, a empresa cria riqueza apenas quando o resultado de suas
atividades operacionais é suficiente para cobrir, além dos custos e despesas respectivos, também
o custo de captação dos recursos (próprios e de terceiros) utilizados no empreendimento. Com
isso, o EVA pode ser definido como o valor resultante da dedução do “custo de capital” do “lucro”
obtido pela companhia num período qualquer. Se o resultado for negativo, haverá destruição da
12
WERNKE, RODNEY. Op. cit., p. 285-291.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
riqueza dos investidores; se obtiver EVA positivo, significa que a empresa gerou riqueza para os
acionistas.
Cálculo do EVA
Onde:
RSAL = Retorno Sobre Ativos Líquidos (Return On Net Assets – RONA)
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
O fator “Capital Investido” abrange os recursos captados de terceiros (PC + PELP) de forma
onerosa (como empréstimos e financiamentos) e os recursos próprios aplicados pelos acionistas,
que são contabilizados no Patrimônio Líquido (PL). Por sua vez, os “Ativos Líquidos” são
constituídos pelas contas classificadas como “Disponibilidades”, pelo valor da NCG e pelos
“Ativos Permanentes” da empresa.
EXEMPLO 18 – PARTE 1:
RSAL = 5,00%
EXEMPLO 18 – PARTE 2:
46
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Após o cálculo do EVA do período, o gestor financeiro deve analisar a pertinência do resultado
obtido. Conforme o caso pode cogitar iniciativas no sentido de incrementar o EVA e,
consequentemente, aumentar a riqueza gerada pelas operações. Entre as iniciativas que podem
ser utilizadas para melhorar o desempenho desse indicador, encontram-se as seguintes:
a) Tentar lucrar mais sem usar mais capital: geralmente esta alternativa está associada à
redução de custos e corte de gastos. Mas também é possível conseguir tal intento com a
elevação do faturamento naqueles segmentos de maior rentabilidade.
b) Usar menos capital nas operações: nesse caso os administradores devem investigar as
possibilidades de redução de gastos nas diversas áreas ou processos operacionais que a
empresa utiliza. Ainda, cabem iniciativas quanto à desmobilização de ativos ociosos ou não-
produtivos, redução de estoques, diminuição do prazo de contas a receber etc.
d) Investir somente em projetos cuja rentabilidade seja maior que o custo médio de
captação de recursos: se forem efetuados novos investimentos em ativos cujo retorno seja
inferior ao CMPC/WACC, ocasionará destruição (ou redução) de riqueza dos investidores.
47
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
desempenho em termos de EVA. Por isso, tais ativos devem ser vendidos, as linhas de produção
devem ser desativadas ou negócios que se enquadrem nessa situação devem ser desfeitos.
f) Tentar reduzir o custo de captação de recursos: um dos principais aspectos que afetam o
EVA são as taxas de captação de recursos que a empresa tem que suportar. Por isso, qualquer
iniciativa que consiga reduzir as taxas de juros pagas em empréstimos ou financiamentos auxiliar
na otimização do resultado no tocante à agregação de valor.
a) Mensura a produtividade dos ativos: ao aferir o resultado agregado após deduzir todos os
custos e despesas, inclusive o custo de capital, o EVA determina a produtividade de todos os
fatores utilizados na produção. Mesmo que não esclareça totalmente quais produtos não agregam
valor ou como corrigir esse problema, o EVA indica onde examinar e quais medidas podem ser
aplicadas para sanar os problemas encontrados. Ainda, possibilita evidenciar as linhas de
produção (ou de comercialização) que conseguem distinguir-se dos demais em termos de
produtividade e agregam valor mais elevado em relação aos demais. Com isso, é possível
investigar como aprimorar ainda mais esses resultados.
b) Faculta decisões corretas quanto à alocação de capital de forma mais rentável: a adoção
do EVA como medida de desempenho pode ser útil para otimizar o resultado das decisões de
alocação de capital porque, se este processo estiver vinculado à remuneração dos
administradores, os estimulará a priorizar os investimentos que agregam valor aos acionistas.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
EXERCÍCIOS
a) Calcule o ROI.
./012 23415062758 (5794: ;2 <= 4 5>67:)
ROI =
<7?4:96@4792: (2/ A5::6?2: B7412:2:'A.)
b) Calcule o ROA.
./012 .íD/6;2 (E3ó: <=)
ROA =
E96?2:
40. (Wernke, p. 291) O gerente financeiro da empresa “Modelo” deseja apurar o EVA dos meses
de janeiro e fevereiro. Para tanto, após solicitar um balanço patrimonial ajustado ao cálculo deste
indicador, verificou que os ativos líquidos eram de $ 18.562 no primeiro mês e de $ 25.442 no
segundo mês analisado. Ainda, constatou que, pela exclusão dos passivos de funcionamento,
restaram as origens de recursos onerosas representadas a seguir:
50
FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
Além disso, nos dois meses mencionados o “lucro operacional (após o Imposto de Renda)” foi de
$ 9.804 e $ 4.568 em janeiro e fevereiro, respectivamente. Com base nos dados levantados,
pede-se:
b) Sabendo que os empréstimos bancários têm custo de captação de 3,00% a.m., que os
financiamentos bancários de longo prazo foram captados à taxa mensal de 4,00% e que os
investidores desejam remuneração de10,00% em cada um dos dois períodos, determine o WACC
de janeiro e fevereiro.
c) Com os dados anteriores, calcule o EVA dos dois meses e comente o resultado da empresa
em termos de criação ou destruição de riqueza.
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FINANÇAS DE LONGO PRAZO – PROF. WESLEY MARTINS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BRITO, Paulo. Análise e viabilidade de projetos de investimentos. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2011. Disponível em: [Disponível na biblioteca virtual].
ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey. Administração financeira:
versão brasileira de corporate finance. 10. ed. Porto Alegre: Amgh, 2015. [Evelyn Tesche ... et al.
Disponível em: [Disponível na biblioteca virtual].
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BREALEY, Richard A.; MYERS, Stewart C.; ALLEN, Franklin. Princípios de finanças
corporativas. 10. ed. Porto Alegre: Amgh, 2013. Celso Roberto Paschoa. [Disponível na
biblioteca virtual].
PADOVEZE, Clóvis Luıs. Introdução à administração financeira: texto e exercícios. 2. ed. São
Paulo: Cengage Learning,, 2010. [Disponível na biblioteca virtual].
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