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Autores/Pesquisadores: Marcos Hashimoto
Área: Administração, Organizações e Estratégia (AE)
Código de Identificação do Caso: AE-E0007
Código de Identificação da Nota de Ensino: AE-E0007-TN
O caso trata do dilema do empreendedor Rodrigo Azevedo diante da ameaça de ver sua empresa, o
Comunique-se, ser fechada. O Comunique-se é a primeira comunidade jornalística on-line do
mundo, reúne mais de 70 mil profissionais da área de comunicações e oferece serviços para esse
público através de ferramentas de sistemas pela Internet. Depois de dois aportes do grupo InVent que
ajudaram a colocar o negócio no ar, com faturamento de mais de dois milhões de reais e uma taxa de
crescimento de 70% ao ano, o investimento atingiu o seu prazo, e os acionistas queriam realizar seus
ganhos. Com a dificuldade de encontrar um comprador, a única saída era liquidar as operações.
Rodrigo, detendo apenas 1% da empresa, tinha que descobrir uma solução em menos de três meses.
Objetivos de aprendizagem
O objetivo deste caso é ilustrar o dilema enfrentado por vários empreendedores na época do início da
Internet, diante do boom do fluxo de capital de risco no final dos anos 1990. Alguns dos temas que
podem ser explorados pelo caso:
Este caso pode ser aplicado nos cursos de empreendedorismo, economia e finanças. A proposta é
discutir com os alunos o processo de tomada de decisão entre a compra e a venda da empresa e a
forma como os fundos de capital de risco e “investidores anjos” atuavam após as lições do estouro
da bolha da Internet, assim como os conflitos de interesse decorrentes dessa relação.
O caso permite que os alunos compreendam que nem sempre um negócio bem-sucedido é capaz de
manter um investidor. Mostra também a dolorosa decisão de sair do investimento, embora seja um
negócio interessante e de alto potencial. Apresenta alguns dos elementos que o investidor considera
ao decidir sair do investimento. Retrata a dificuldade em vender um negócio de alto potencial
posicionado em um nicho específico, e reflete o dilema típico que as empresas enfrentam ao
decidirem crescer ou se tornar lucrativas.
Espera-se que o aluno vislumbre as interfaces sistêmicas das alternativas sob avaliação:
O aluno também deverá sugerir possíveis resistências e obstáculos às mudanças propostas, além do
possível papel da liderança no processo de mudança.
5-
Dudalina: estratégias de crescimento na cadeia de valor
Autores: Sérgio Lazzarini, Rodrigo Amantea Pinto, Nobuiuki Costa Ito e Leandro Simões
Pongeluppe.
Área: Administração, Organizações e Estratégia.
Código de Identificação do Caso: AE-P0026
A Dudalina, uma reconhecida empresa de vestuário do Brasil, havia aplicado ações estratégicas para
posicionar suas marcas no mercado nacional. Apesar de o setor ser intensivo em mão de obra e ter
baixa produtividade e ainda dos crescentes custos com mão de obra crescentes e da entrada de
produtos importados, a estratégia de diferenciação da Dudalina logrou êxito. Começando como
supridora de peças para outras marcas, a empresa lançou em 2010 uma linha feminina com marca
própria e, nos anos seguintes, abriu quase 100 lojas, entre próprias e franquias. Enquanto muitos
competidores tendiam a adquirir peças produzidas por terceiros, inclusive no exterior, a Dudalina
tinha seis unidades fabris próprias na região Sul do Brasil, com alto investimento em tecnologia. A
empresa preferiu um crescimento mais orgânico, com expansão balanceada entre produção fabril e
varejo. Havia, entretanto, a possibilidade de um crescimento mais agressivo dos pontos de venda,
“para a frente” da cadeia de valor, suportado por um aumento da participação de produção
terceirizada, possivelmente advinda do exterior. Alternativamente, podiam-se concentrar mais
investimentos na expansão do parque fabril próprio, “para trás” da cadeia, com mais variedade e
novas linhas de produtos. A empresa deveria continuar com um crescimento mais orgânico na ponta
da produção e da distribuição do varejo, com investimentos próprios nas duas pontas, ou a deveria
focar a terceirização e/ou a abertura de franquias?
Objetivos de aprendizagem
Este estudo de caso trata do posicionamento estratégico de diferenciação de uma empresa num setor
de baixa produtividade. A partir da análise da estratégia da criação de valor da Dudalina, podem-se
discutir diversos tópicos de estratégia empresarial: (1) análise estrutural da indústria, (2) análise do
posicionamento estratégico, (3) análise interna da empresa e (4) decisões de integração vertical.
O caso visa refletir sobre aspectos básicos da análise estratégica de uma empresa, enfatizando a
relação entre ambiente competitivo, recursos da empresa e escolha do posicionamento estratégico.
Assim, as discussões podem ser nas seguintes linhas:
Como avaliar a relação entre ambiente e recursos e capacidades da Dudalina? Quais são as
ameaças e as oportunidades? Quais são seus pontos fortes e fracos?
Que aspectos que influenciam a decisão das fronteiras da firma (integração vertical para a
frente e para trás)?
6-
Klüber: Inovação além das fronteiras
Autores/Pesquisadores: Marcos Hashimoto
Área: Administração, Organizações e Estratégia (AE)
Código: AE-P0023/AE-P0023-NE | AE-E0023/AE-E0023-TN
O caso é baseado na história real vivida por Enrique Garcia, presidente da Klüber América do Sul,
um dinâmico executivo com perfil empreendedor e aguçada percepção para boas oportunidades para
o seu negócio. Com competências de liderança bem forjadas ao longo da sua carreira cercada de
profissionais de alto nível, Enrique tem plena convicção de que é a inovação aberta que cria as
verdadeiras vantagens competitivas e conta com a capacidade criativa de seus funcionários para
trazerem boas ideias e a capacidade de transformá-las em realidade, ainda que a maioria deles não
conheça seu próprio potencial empreendedor. Ao longo de três anos, Enrique se engajou numa luta
privada para mudar a forma de pensar da unidade brasileira, respaldado pelas iniciativas globais do
Grupo Fraudenberg, do qual a Klüber faz parte. Uma das iniciativas voltadas para o fomento da
inovação é o Innovation Championship, uma competição de inovação voltada para todos os
funcionários do Grupo e de cujo comitê global de organização Enrique não só faz parte como é
membro ativo e formador de opinião. O êxito de Enrique na formação de uma cultura interna voltada
para a inovação, girando em torno do Innovation Championship, deram-lhe visibilidade e
credibilidade cada vez maiores, estimulando-o a ampliar as fronteiras de seus esforços.
Enrique pode dar um grande passo em sua carreira levando sua experiência a outras unidades do
Grupo, mas isso significa também um grande risco, pois sua abordagem envolve mudanças culturais;
as subsidiárias em cada país têm sua própria cultura, e a mesma abordagem pode não ser bem-
sucedida em todos os lugares. Enrique precisa decidir se avança com seu projeto ou se nem começa.
Para isso, ele colhe informações, opiniões e dados, reflete e avalia os prós e os contras. Também
repensa a direção que quer dar à sua carreira e avalia os benefícios e as consequências de se engajar
nesse projeto.
Objetivos de aprendizagem
Com o intuito original de ser trabalhado nas disciplinas de empreendedorismo corporativo e gestão
da inovação, o caso deve ser orientado para a identificação dos elementos que caracterizam empresas
que promovem uma cultura voltada para a inovação e o empreendedorismo. As organizações são
diferentes entre si, em termos de natureza do negócio, estrutura organizacional, estilo de gestão,
cultura interna, dinamismo do mercado, porte e localização. Por isso, não existe uma receita única
para o sucesso das políticas de fomento à inovação. A discussão de casos de inovação é
extremamente rica para traduzir pelo menos parte da realidade das organizações em termos dos
inúmeros fatores que favorecem ou inibem estratégias de inovação corporativa.
Além do escopo de inovação corporativa, esse caso envolve diversos aspectos:
Assim, o caso pode ser explorado de diversas formas, além de seu propósito original. Diferenças
entre a matriz e suas subsidiárias em outros países por questões culturais ou por conflito de
interesses suscitam muitas possibilidades de discussão com a classe, sobretudo se considerarmos que
não é comum que subsidiárias países assumam o protagonismo do processo de inovação.
Ao final da discussão do caso, espera-se que o aluno:
Como atrair um público capaz de compreender a importância do projeto como novo modelo
habitacional de engajamento comunitário? Como manter esse público?
Como sustentar os conceitos inovadores de comunidade do projeto ao longo do tempo?
Como avaliar a viabilidade de expansão e replicação do projeto para outras localidades? O
modelo é escalável?
Como medir o impacto do projeto nas comunidades?
8-
Solidarium. Negócios sociais: Os fins justificam os meios?
Autores/Pesquisadores: Marcos Hashimoto
Área: Administração, Organizações e Estratégia (AE)
Código de Identificação do Caso: AE-P0019
Código de Identificação da Nota de Ensino: AE-P0019-NE
O caso conta a história de Tiago Dalvi e seu empreendimento, a Solidarium, que viabiliza o fluxo
comercial de produtos feitos por comunidades de baixa renda. O dilema gira em torno de uma
parceria recém-firmada com a Alpha Earth, empresa americana conhecida por recolher materiais
descartados como lixo e atribuir-lhes novos usos. Com o acordo, a Solidarium fabrica novos
produtos – mochilas, bolsas, sacolas etc. – a partir de embalagens de salgadinhos entregues pela
Alpha Earth.
Embora a parceria tenha um enorme potencial de mercado, com demanda já garantida por meio de
grandes varejistas como a rede Walmart, Tiago descobre que, em vez de coletar embalagens usadas,
a Alpha Earth se vale de um relacionamento com o fabricante de salgadinhos, a Bella Chips, para
conseguir refugos das embalagens ainda não usadas. Como não se trata de uma atividade que gera
emprego para comunidades de catadores, Tiago se vê na dura situação de decidir se fecha os olhos
para a falta de compromisso social da parceira em favor das vantagens comerciais que ela
proporciona ou se se mantém fiel a seus princípios e valores e abre mão do acordo.
Objetivos de aprendizagem
O caso se destina primeiramente às disciplinas de Empreendedorismo Social ou Responsabilidade
Corporativa Social. Sua abordagem deve orientar-se para a identificação dos elementos que
qualificam os modelos de negócios atualmente existentes, sobretudo as divisões entre o segundo e o
terceiro setor. Os negócios sociais representam o “setor 2,5”, e esta posição ambígua entre ONG e
negócio gera um debate bastante rico, que confronta o objetivo financeiro com a causa social em
momentos em que uma organização como a Solidarium se vê obrigada a tomar uma decisão que
privilegia uma ou outra coisa.
Mas o caso pode ser explorado de diversas formas, na medida em que mobiliza, além do tema para o
qual foi originalmente redigido, uma ampla gama de aspectos de interesse:
Os conflitos existentes nas relações entre empresas por questões de interesse geram uma ampla
possibilidade de discussão com a classe. Outro aspecto importante a se considerar é a retórica das
organizações em torno da sustentabilidade, e até que ponto elas julgam importante participar do
processo, quando, na prática, outras áreas internas focam interesses distintos.
9-
Solidarium. Negócios sociais: Os fins justificam os meios?
Governança Corporativa:
avaliar como os mecanismos de governança corporativa contribuem com os desafios de proteger os
negócios, a família e os potenciais investidores;
discutir a formação e o funcionamento do Conselho de Administração e do Conselho de Família.
10-
Natura e o desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento sustentável na Amazônia