Você está na página 1de 12

52

FRANQUIAS VERSUS NEGÓCIO PRÓPRIO: ANÁLISE DOS FATORES QUE


INFLUENCIAM A DECISÃO DOS EMPREENDEDORES NO MOMENTO DO
INVESTIMENTO
Dayane Lopes de carvalho
Centro Universitário Adventista de São Paulo
dadaya_carvalho@hotmail.com

Vandenisson Gomes Viana


Centro Universitário Adventista de São Paulo
vandenilsongv@gmail.com

Resumo
Esse artigo aponta os objetivos que levam as pessoas a optarem por franquias, que são meios
de investimentos já segmentados nos seus respectivos mercados e também aponta os fatores
que levam os empreendedores a optarem pelo seu próprio negócio, mostrando as diferenças
entre si. Dessa forma, o empreendedor pode escolher o melhor meio de investimento em que
ele se encaixa, de acordo com seu caixa inicial, com seu perfil, suas habilidades, ideias e o
que ele procura. Por isso será feito uma análise dos fatores que influenciam na decisão dos
empreendedores no momento da escolha entre os modelos de franquias ou do próprio
negócio, com isso poder levantar os fatores que são importantes no processo de escolha entre
a franquia e o negócio próprio.
Palavras-Chave: Empreendedor, Franquias, Negócio Próprio, Investimento.

Abstract
This article points out the objectives that lead people to choose for franchises, which are
investment means already targeted in their respective markets and also points out the factors
that lead entrepreneurs to opt for your own business, showing the differences between them.
Thus, the entrepreneur can choose the best means of investment where it fits, in accordance
with its original box, with profile, skills, ideas and what he seeks. So it will be an analysis of
the factors influencing the decision of entrepreneurs when choosing between models
franchises or own business, it could raise the factors that are important in the selection process
between the franchise and the business itself.
Keywords: Entrepreneur, Franchise, Own Business, Investment.
53

1. Introdução

Atualmente, temos um mercado de trabalho bastante evoluido e altamente


competitivo, pois as pessoas estão mais informatizadas, possuem mais que uma graduação,
chegando a ter Pós-graduação, MBA, Mestrado ou Doutorado e falam mais de um idioma,
isso dificulta tanto o ingresso de recem-formados no mercado quanto as pessoas que estão
foram e querem voltar.
Assim, surge a vontade de ter seu próprio negócio, possuir mais liberdade, as pessoas
tem vontade de acordar e trabalhar por algo que lhe renda mais do que só dinheiro mas
também satisfação por terem a oportunidade de construirem um legado, de lutarem no dia a
dia, por algo que aos seus olhos vale mais a pena, assim o trabalho se torna mais
gratificamente. Afinal, em um mundo como o que vivemos hoje, quando se fala em liberdade,
todos criamos esperanças e sonhos de alcançar nossos objetivos e de termos uma qualidade de
vida melhor.
Isso leva, principalmente os jovens que acabam de terminar a faculdade, a querer abrir
seu próprio negócio, mais não sabem por onde começar, e com isso surge a dúvida de como
investir, por onde começar, quanto vou precisar ou até mesmo que ramo escolher. Existem
pessoas que tem anos de empresa, e quando são desligadas da empresa na qual trabalham,
aproveitam o dinheiro da recisão para investir em algum negócio, mais nem todas planejam
bem a abertura do negócio, e tendem a ter que fechar as portas, algumas conseguem dar a
volta por cima, porém outras não possuem o mesmo sucesso.
A verdade, é que ao empreender é necessário estar pronto para os imprevistos, como as
crises, falta de recursos, erros, fracassos, fatalidades e até mesmo no mercado em geral, esses
são os principais fatores que os empreendedores precisam pensar e estar preparados quando
abrirem seu negócio, exemplo disso é a Apple, uma das marcas mais cultuadas, tem uma
coleção de fracassos.
Devido a esses fatores entre a dificuldade de ingressar ou retornar ao mercado de
trabalho e a vontade de ter algo para investir; esse trabalho foi desenvolvido para analisar os
fatores que influenciam a decisão dos empreendedores no momento do investimento da
Franquia ou do Negócio Próprio, apontando pontos como levantar as principais características
do empreendedor, contextualizar o surgimento das Franquias e suas vantagens, e por último
identificar o que leva os futuros formandos de Administração a optarem pelo modelo de
Franquias ou Negócio Próprio, para que possamos chegar a uma pequena conclusão de como
54

os jovens da Faculdade XPTO pensam e o que querem para seu futuro profissional ou
esperam dele quando terminarem o curso.

2. Referencial Teórico

2.1 Empreendedorismo

O empreendedorismo é a fórmula para se destacar nos dias de hoje, onde o mercado de


trabalho está cada vez mais competitivo, o empreendedor cria estratégias de negócios que visa
a exploração de oportunidades e a satisfação das necessidades dos clientes de uma forma
criativa e inovadora, assumindo riscos de forma calculada, ou seja, ter coragem para enfrentar
desafios e escolher novos caminhos. (Custódio, 2011).
De acordo com Hitt; Ireland; Hoskisson (2008), a ideia principal do
empreendedorismo é perceber as oportunidades na hora em que elas aparecerem e as
explorarem trazendo inovações e soluções em tempos de escassez afim de atender as
necessidades, necessidades essas que não estão sendo atendidas, o empreendedorismo causa
uma destruição criativa dos métodos e produtos já existentes no mercado fazendo com que
surjam novos métodos e novos produtos que de uma melhor forma atenda as necessidades de
seus clientes.
Ao falar de empreendedorismo e a melhor forma de investir o próprio capital seja em
uma franquia ou em um negócio próprio, é necessário ter em mente quais são os perfis
empreendedores existentes no mercado e o que significa esse perfil empreendedor.

De acordo com Menezes (apud Custódio – 2011), a pessoa empreendedora ela tem a
iniciativa de promover o próprio negócio sendo criativa e inovadora, e fazendo o que gosta,
alcança a auto realização, gera riqueza não só pessoal mais também a sociedade, por
proporcionar a geração de emprego e até melhorias no bairro em que o empreendimento se
situa. O empreendedor além de focar na empresa e no seu sucesso, ele precisa que suas
atitudes também estejam focadas nas pessoas, para que a excelência seja alcançada, pois além
do empreendedor criar e inovar ele precisa saber liderar, criando relacionamentos pessoais.

Dornelas (2005) descreve 16 características empreendedoras, que um empreendedor


de sucesso possui. São elas: 1) Ser visionário; 2) Saber tomar as decisões; 3) Indivíduos que
fazem a diferença; 4) saber explorar o máximo as oportunidades; 5) são determinados e
dinâmicos; 6) são dedicados; 7) são otimistas e apaixonados pelo que fazem; 8) são
independentes e constroem o seu próprio destino; 9) ficam ricos; 10) são líderes e formadores
55

de equipes; 11) são bem relacionados (networking); 12) são organizados; 13) planejam; 14)
possuem conhecimento; 15) assumem riscos calculados; e 16) criam valor para a sociedade.

Nota-se que as características influenciam diretamente na hora da escolha entre


negócio independente e franquia, assim, aquele empreendedor que opta pelo negócio
independente possui habilidades como ser visionário, saber tomar decisões, explorar as
oportunidades, são independentes, entre outros, enquanto que aquele que escolher pela
franquia terá características como ser dedicado, assumir riscos calculados, são determinados e
dinâmico.

2.2 Franquias

Na fuga das obrigações de ter de responder a um superior, o trabalhador pensa em


abrir seu próprio negócio. Com dinheiro no bolso e pronto para abrir o próprio negócio, a
maioria dos empreendedores se perguntam qual o modelo mais indicado: virar franqueado ou
investir naquela boa ideia, porém muitos não conhecem o modelo de franquias, e nesse ponto
é onde existe a necessidade de fazer um estudo dos modelos de negócios á disposição do
empreendedor e decidir o que melhor se enquadra no seu perfil.
Segundo KWASNICKA (2007), franquia é um acordo legal estabelecido entre
franqueador e franqueado, esse acordo estabelece regras que devem ser seguidas afim de que
o franqueado possa trabalhar com os recursos cedidos pelo franqueador, sendo que tais
recursos podem ser uma marca ou um produto licenciado.
O sistema de franquias vem para resolver esse problema do investidor que sente
dificuldades ao abrir seu próprio negócio, esse sistema traz benefícios de grande valia ao
empreendedor, como menor risco de falência, suporte com funcionários e fornecedores,
marketing, valor de uma marca já estabelecida no mercado além de outros.
Conforme Kon (2004, p.134), “o sistema de franquias, se atrela a uma nova forma de
organização, relacionada à propagação de novos métodos organizacionais e gerenciais das
empresas”. Basicamente o sistema de franchising é um novo formato, onde as organizações
buscam meios de facilitar seus processos e distribuições fazendo com que sua marca venha
crescer sem investimento de capital próprio.
Segundo Marchioreto e Bortolança (2011), o franchising ganhou força na América do
Norte logo após a segunda guerra mundial, quando os soldados voltaram para suas casas
dispostos a se tornarem seus próprios patrões, devido à falta de emprego que a crise causada
pela guerra ocasionou.
Com a falta de capital no país e com pessoas talentosas desempregadas, as franquias
56

ganharam espaço no mercado americano fazendo com que aparecesse várias novas marcas
que com o passar do tempo se tornaram grandes sinônimos de sucesso no mercado atual.
Entre elas surgiram várias redes de fast food no início dos anos 50 que perduram até hoje
como marcas com grande prestigio no mercado.
De acordo com a tabela “Evolução do Sistema – Breve Resumo”, da Cartilha – O que
é Franquia (2005) as franquias começaram seus rumores na década de sessenta onde
apareceram para o mercado nacional marcas como Yazigi, CCAA e outras poucas com menor
expressão de mercado. Na década de setenta o sistema de franquias começou a ganhar força.
Foi com essa onda de crescimento que na década de oitenta o sistema de franquia se
estabeleceu com a criação da Associação Brasileira de Franquia (ABF) e com o aumento da
globalização. Depois disso as franquias foram ganhando mais espaço ainda, o passo seguinte
foi a criação de lei no congresso, a lei de número 8.955/94, que tem como conceito que:

Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao


franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito
de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e,
eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de
implantação e administração de negócio ou sistema operacional
desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração
direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo
empregatício. (LEI No 8.955, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1994.) –
ANEXO 1.

Segundo informações encontradas no site do Sebrae teremos melhor compreensão do


sistema de franquias, a seguir apresentaremos alguns desses termos, bem como uma rápida
definição de seu significado conforme aqui utilizadas.
• Franqueador: é a pessoa física ou jurídica que concede e vende a franquia.
• Franqueado: é a pessoa física ou jurídica que adquire a franquia.
• Franquia: esta palavra pode ser utilizada para definir o sistema de franchising como
um todo ou uma unidade de negócio franqueada.
• Taxa de Franquia: taxa paga pelo franqueado uma única vez para obter o direito de
abrir uma franquia. Remunera o franqueador pela concessão do Know-how e por tudo
o que ele fez e investiu para tornar a sua marca bem conhecida e de sucesso no
mercado.
• Taxa de publicidade e propaganda: tem como objetivo financiar a publicidade e
divulgação da marca e conscientizar os consumidores sobre as qualidades dos
produtos
57

• Taxa de Royalties: trata-se de um percentual pago periodicamente pelo franqueado,


enquanto a franquia estiver funcionando como forma de retribuição pelo uso da marca
e pelo apoio permanente que o franqueado recebe.

2.3 Negócio Independente

Outra opção para o empreendedor que deseja ter seu próprio empreendimento é o
negócio independente, essa opção lhe exigirá um pouco mais de empenho pois embora fique
com todo o faturamento, estará se lançando em um território desconhecido, onde terá que
lidar com riscos e incertezas, terá que buscar soluções para todas as adversidades que
encontrar pelo caminho. Essa é a escolha feita por alguns empreendedores que não aceitam a
ideia de ter que seguir um manual de instruções, como aqueles que vem embutidos nas
vantagens que uma franquia tem a oferecer.
Conforme Sarkar (2008), empreendedor é o indivíduo que pretende abrir seu próprio
negócio e estabelecer sua marca no mercado, criando seu próprio estilo e decidindo por si
mesmo os caminhos que sua empresa irá percorrer.
O proprietário de um negócio próprio precisa ser rápido nas tomadas de decisões, pois
todo o planejamento e direção do negócio depende apenas dele (MATOS, SOUSA E HARIZ,
2013).
Ao decidir entrar no mundo dos negócios, é necessário entender o que significa esses
negócios, e com o que irá lidar, seja com os sócios, caso tenha um, seja com os colaboradores,
investidores, advogados, contadores, banqueiros, consultores, agências de publicidade,
clientes, fornecedores e os concorrentes.
Não basta apenas decidir ter um negócio próprio, se faz necessário compreender que
existem muitos fatores nesse ambiente que será preciso lidar.
Chiavenato (2004) diz que os negócios, são tarefas feitas por certas pessoas para
oferecer produtos e serviços em algum segmento de mercado, com o objetivo de lucrar
financeiramente.
Chiavenato (2004) diz que no ambiente de negócios existem diversas variáveis, que
são as variáveis econômicas (PIB, juros, inflação, desaquecimento ou aquecimento
econômico, entre outros); variáveis sociais (saúde, educação, segurança, são variáveis que
determinam as necessidades pessoais da população ao redor da empresa); variáveis
tecnológicas (é a tecnologia usada na empresa e o acompanhamento da empresa em relação
aos avanços tecnológicos); variáveis legais (está relacionado com as leis que regulamentam as
58

atividades do negócio); variáveis demográficas (migração, faixa etária da população, entre


outros); e as variáveis ecológicas (são os recursos naturais que se utiliza).
Assim, é necessário que ao abrir uma empresa se tenha em mente os desafios que
serão enfrentados e como ela precisa estar atenta ás mudanças tecnológicas que acontecem o
seu redor, minimizando os riscos de fracasso.
Segundo Amboni (2005), quando o empreendedor opta por abrir um negócio próprio
pode dispor de alguns aspectos favoráveis, que lhe trará benefícios que o auxiliarão na melhor
forma de administrar, entre eles: Ser seu próprio chefe; Liberdade; Escolha do ponto;
Estoques e Venda da marca.
Quase todos os aspetos negativos de se possuir um negócio independente ficam por
conta da falta de parceria e também da possibilidade de que todos os aspectos positivos têm
seu efeito colateral, ou seja quando o empreendedor tem o franqueador como parceiro ele
divide a responsabilidades os custos e as despesas, sendo assim ele não é o único responsável
pelos sucessos e por possíveis fracassos. (Amboni, 2005).
Amboni (2005), também cita outros aspectos desfavoráveis ao negócio independente
entre eles a marca por ser desconhecida ou por encontrar dificuldades de se estabelecer no
mercado. Também tem os fornecedores, que para criarem um relacionamento com eles é
muito mais difícil do que na franquia.

3. Apresentação e Análise dos Dados

Colocando em prática o que foi estudado no referencial teórico, foi aplicado um


questionário para futuros formandos da Faculdade XPTO, visando responder questões sobre o
perfil empreendedor, Franchising e a criação de um negócio independente.
Para isso, foi selecionado as perguntas e respostas mais relevantes da pesquisa, para
ser apresentado neste artigo.
Para detalhar melhor essas informações, foram feitas inicialmente, perguntas que
auxiliaram a traçar o perfil dos empreendedores, perguntas como idade, sexo e tempo de
atuação no mercado de trabalho, com isso, pode-se melhor traçar o perfil empreendedor dos
alunos.
Foram entrevistados 40 alunos, cuja às idades variaram de 20 a 46 anos, dos 40 alunos
entrevistados, 19 eram mulheres e 21 eram homens. Desse total entrevistado, uma pessoa
nunca trabalhou, não tem ninguém que possua menos de um ano de trabalho, 10 pessoas
59

possuem de 1 a 3 anos de experiência, 10 possuem de 3 a 5 anos e 19 pessoas tem acima de 5


anos de experiência no mercado de trabalho.
Seguindo com o questionário foram apresentadas questões que buscavam respostas
sobre empreendedorismo, perguntas como:
Você está determinado a ser um empreendedor?
De 100% das pessoas entrevistas, apenas 52% responderam que estão determinados a
serem empreendedores, os resultados foram surpreendentes, visto que de acordo com
Rodrigues (1998) as pessoas que são mais esclarecidas, ou seja, com maior nível de
graduação, são mais adeptas para escolher modelos de negócios próprios, ou seja, serem
empreendedores.
Outra pergunta sobre empreendedorismo foi para saber quais são as características na
vida de um empreendedor que mais desagradam. Pelas respostas apresentadas pelos alunos
vemos que o grande problema para a maioria deles é começar um negócio correndo sérios
riscos de ter que interrompe-lo no meio do caminho.
O problema é que quando não se tem um alto conhecimento do segmento em que a
pessoa está entrando ou boa desenvoltura para resolver problemas, os riscos sempre serão um
pesadelo para esses empreendedores.
Segundo Dolabela (1999), quando se trabalha com pesquisa, tende-se a não dar
importância aos acidentes que ocorrem quando não se tem a mente preparada para aceitar
resultados diferentes dos casuais ou esperados, além de pesquisa de mercado e análise de
risco.
Outro detalhe importante ficou por conta do trabalho exaustivo, que ficou em segundo
lugar na opinião dos alunos, seguido por renda irregular.
Após ter analisado empreendedorismo, foi questionado aos alunos entrevistados se
eles entendiam como funcionava o sistema de franquias e também se sabiam como funcionava
a abertura de um negócio independente.
Do total dos entrevistados, 95% responderam que sabiam sobre Negócio Independente
e 83% conhece sobre Franquias.
No início do questionário percebemos que algumas respostas não eram bem o que se
esperava dos alunos, mas com o desenrolar do questionário percebemos que as opiniões
começaram a variar, talvez por fazerem uma melhor análise com o desenrolar das questões.
Pode se perceber que assim que os alunos tomaram conhecimento das vantagens e
desvantagens de cada modelo, eles optaram com mais clareza por um modelo ou outro.
60

Outro ponto que chamou a atenção com o desenrolar dos fatos, foi que as vantagens
oferecidas pelo franchising influenciaram os resultados finais.
Depois disso, partimos para a questão final, que é a pergunta chave para resposta do
problema proposto. Esta pergunta em questão foi deixada para o final por estratégia, visto que
algumas perguntas anteriores tiveram como objetivo não apenas extrair informações, mas
também trazer à tona informações básicas sobre os dois modelos, que julgamos necessárias
para a compreensão e consequentemente a escolha dos alunos.
A pergunta final foi nada mais que a resposta para esse trabalho, ou seja:
Se pudesse escolher um modelo de negócio, qual seria a sua opção?
O gráfico 1 traz o resultado da questão.

Escolha entre Franquia versus Negócio Próprio


70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
63%
30,00%
20,00% 37%
10,00%
0,00%
Franquia
Negócio Próprio

Gráfico 1 – Escolha entre Franquias versus Negócio Próprio.

Com o fim das pesquisas teóricas, e após analisarmos todo seu conteúdo e aliado as
respostas do questionário pode se concluir que o sistema de franchising é mais atrativo para os
futuros formandos de administração que pretendem tornarem-se empreendedores.
Entende-se que os benefícios oferecidos pelo franqueador tranquilizam os
administradores a ponto de se sentirem confortáveis na hora de empreender, o mesmo parece
não acontecer no modelo de negócio independente que exige muito mais dos empreendedores,
que necessitam de multiplicar seus esforços para obter êxito em seus empreendimentos,
contrariando as estatísticas que mostram que cerca de 50% dos negócios independentes
fecham suas portas no primeiro ano de vida, o oposto do franchising que obtém 92% de
sucesso após os cinco primeiros anos de vida das franquias.
Para Amboni (2005), existem muitas dúvidas quando alguém se põe à procura de
ideias a respeito de um novo negócio que pretende iniciar. As indagações são várias e quase
61

sempre convergem para o medo do fracasso. Para abrir um negócio, seja ele qual for não é
necessário somente vontade. Tem de haver a fusão de vários fatores fundamentais, para que o
empreendimento seja bem sucedido.
Embora nenhuma atividade empresarial ofereça 100% de garantia de sucesso, no
sistema de franquia pode-se supor que as possibilidades de fracassos são reduzidas,
comparando-se a negócios independentes. A principal razão é a consultoria especializada que
os franqueados recebem devido aos seus investimentos.
Os franqueadores fornecem aos franqueados requisitos fundamentais para o sucesso de
um novo negócio: fornece know-how, experiência, tradição, marca produtos e serviços
conhecidos, fluxo de caixa e apoio logístico e estratégico para sobreviver no período mais
crítico de um empreendimento que são os primeiros anos.

4. Considerações Finais

Atualmente, garantir um bom emprego tem sido algo relativamente difícil. Por conta
disso, o espírito empreendedor tem se destacado na sociedade. Abrir o próprio negócio é uma
opção viável para o empreendedor, mas ao buscar empreender logo aparecem as adversidades,
e a maior delas tem sido o risco de fracassos.
Baseado nessa ideia inicial esse trabalho focou em estudar o caso e identificar as
motivações que levam à escolha de um outro modelo de empreendimento. Procurou-se
estudar empreendedorismo e deixar uma mensagem clara para aqueles que buscam ideias na
hora de empreender, assim como estudar seus perfis e mostrar as características que precisam
se sobressair na vida de um empreendedor.
Buscando opções para sanar esses problemas foi apresentado dois modelos de negócio,
as franquias e o negócio independente. Franquia é o método de concessão de direito de
comercialização de produtos ou serviços já segmentados, a outro indivíduo que irá explorar a
marca, e compartilhar das experiências e dos riscos já enfrentado pelo franqueador.
Foi também conceituado o negócio independente, como tipo de atividade em que o
empreendedor abre por conta própria seu empreendimento, escolhe o segmento em que irá
atuar e assume total risco, tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso.
Não existe nenhum modelo que garanta 100% de sucesso, mas estatísticas mostram
que o percentual de sucesso das franquias é muito satisfatório, eliminando assim um dos
maiores problemas enfrentado pelos empreendedores, além disso, o empreendedor que optar
pelas franquias terá vários benefícios como experiência de mercado, ajuda com fornecedores,
62

marketing e outros, o que lhe trará tranquilidade para manter seu negócio nos primeiros anos
de vida, que é o período mais crítico de um negócio próprio.
Mas como nem tudo é perfeito o franchising traz consigo uma estrutura rígida a ser
seguida, onde se estabelece regras claras, que mostram que por mais bem sucedido que o
negócio seja ele não ultrapassará um limite pré-estabelecido, fazendo com que o franqueado
nunca prospere mais que o franqueador.
Apesar dessas adversidades, os negócios independentes são muito mais satisfatórios
que as franquias no quesito liberdade de escolha. Se o negócio conseguir sobreviver aos
primeiros anos de vida, que são os anos mais difíceis por conta da falta de parceria e
consequentemente dificuldades encontradas pelos empreendedores com clientes, fornecedores
e mão de obra qualificada, poderá estabelecer sua marca no mercado alcançando sucesso a
ponto de transformar seu negócio em uma franquia.
Desse modo, foram apresentados esses dois modelos de investimentos aos alunos da
Faculdade XPTO, por meio de um questionário contendo questões que condizem com o
referencial teórico deste trabalho, as perguntas do questionário visavam responder o problema
de pesquisa deste trabalho.
As perguntas do questionário confrontavam os dois modelos de investimentos e
buscavam extrair dos alunos qual o modelo que mais os agradava, a maioria optou pelas
Franquias, o que não significa que negócio independente não seja um bom investimento, mas
os jovens buscam algo que lhe traga um retorno mais rápido, um investimento mais baixo e
uma baixa margem de risco.

Referências

AMBONI, Patrícia Kuerten Rocha. Comparação entre franquia e negócio independente


face ao risco do negócio. 2005. 46f. Monografia (graduação em Ciências Contábeis) – Curso
de Graduação em Ciências Contábeis – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis. 2005.

BRASIL. Lei n° 8.955, de 15 de dezembro de 1994. Dispõe sobre o contrato de franquia


empresarial (franchising) e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8955.htm> Acesso em: 20 de Mar de 2015.
63

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando Asas ao Espírito Empreendedor. 2º


Edição. São Paulo/SP. 2004.

CUSTÓDIO, Telma Padilha. A importância do empreendedorismo como estratégia de


negócio. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium –
UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2011.

DORNELAS, José Carlos de Assis. Transformando ideias e negócios. 2, ed. – Rio de


Janeiro: Elsevier, 2005.

KON, Anita. Economia de Serviços: Teoria e Evolução no Brasil. Rio de Janeiro/RJ:Editora


Campus, 2004.

KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à Administração. 6º Edição. São Paulo/SP:


Editora Atlas, 2007.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMERCIO EXTERIOR.


Cartilha O Que é Franquia? Ano de 2005. Disponível em:
via<http://www.biblioteca.sbrae.com.br/bds/BDS.nsf/64BE85F38096D5B7032570AB004A9
D66/$File/NT00031C6E.pdf>, em 03 de abril de 2015.

SEBRAE. Diferentes Tipos de Franquia. 2013. Disponível em:


http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/Conhe%C3%A7a-os-tipos-de-franquias.
Acesso em: 15 mar. 2015.

Você também pode gostar