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CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
MÓDULO II
MÓDULO III
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3.3.1 Mão de Obra
3.3.2 Materiais
3.3.3 Equipamentos
3.4 FICHAS DE CUSTOS
MÓDULO IV
MÓDULO V
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
FIGURA 1
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Em uma visão tradicional, um orçamento é uma previsão ou estimativa do
custo de uma obra. O custo total da obra é o valor que corresponde à soma de todos
os gastos necessários para a sua execução.
Um orçamento corresponde a uma avaliação, previsão ou estimativa do
custo de obra ou de serviço a ser executado por meio de quantificação de insumos,
mão de obra ou equipamentos, o tempo de duração do empreendimento. Assim,
será possível obter o preço total da obra (GONZÁLEZ, 2007).
Na participação de uma concorrência, o preço proposto pelo construtor não
deve ser nem tão baixo a ponto de não permitir lucro, nem tão alto a ponto de não
ser competitivo na disputa com os demais proponentes.
Há sempre a possibilidade de duas ou mais empresas chegarem a
orçamentos distintos, porque distintos são os processos teóricos utilizados, a
metodologia de execução proposta para a obra, as produtividades adotadas para as
equipes de campo e os preços coletados, dentre outros fatores.
O que é importante destacar é que o orçamento deve refletir as premissas
da construtora, constituindo-se numa meta a ser alcançada pela empresa.
Os documentos integrantes do estudo do orçamento servem como
importante fonte de informação para a preparação, organização e execução dos
trabalhos. Muitas vezes, o volume de informações para um determinado caso pode
ser bastante complexo, exigindo o registro de uma série de informações interligadas,
que fazem parte de todo o processo de execução até a entrega do trabalho.
O principal objetivo deste módulo está no entendimento dos conceitos de
todos os elementos que constituem um orçamento de obras de Construção Civil,
com a familiarização de suas características próprias e alguns aspectos relevantes.
Neste módulo será possível criar um embasamento técnico que será
necessário para a compreensão de todo o curso.
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FIGURA 2
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FIGURA 3
Projeto;
Caderno de encargos;
Medição;
Quantificação;
Memória descritiva;
Serviço simples;
Serviço composto;
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Mapa de Trabalhos;
Mão de obra;
Materiais (insumos);
Composição de custos;
Composição de preços;
Preço de venda.
Projeto
Caderno de Encargos
Medição
Quantificação
Memória Descritiva
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Serviço Simples
Serviço Composto
Mapa de Trabalhos
Mão de obra
Materiais (insumos)
Composição de custos
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Preço de venda
- Identificação da obra;
- Descrição;
- Quantificação;
- Análise e valorização dos serviços apresentados.
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1.2 COMO SE ORGANIZAM OS ORÇAMENTOS
Estimativa
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FIGURA 4
Mão de obra
Quando, por exemplo, se admite que um pedreiro gasta 1,0 h para fazer 1,0
m2 de alvenaria de bloco cerâmico, será por meio dessa premissa que o total de
mão de obra de alvenaria será calculado. A produtividade afeta diretamente a
composição de custo.
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Material
Impostos
Perda
Reaproveitamento
Equipamento
Custo horário
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Produtividade
Custos indiretos
Pessoal
Despesas gerais
Imprevistos
Especificação
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obra com as mesmas características a ser realizado em outra região distante, que
necessite de mobilização da estrutura da empresa ao local. Não é correto designar
um orçamento como padrão ou generalizado para um tipo de serviço. Por mais que
um orçamentista se baseie em algum trabalho anterior, é sempre necessário adaptá-
lo à obra em questão.
Empresa
Condições locais
Temporalidade
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Evolução dos métodos construtivos. Surgimento de técnicas, materiais e
equipamentos mais adequados à realização do respectivo serviço;
Diferentes cenários financeiros e gerenciais. Os diferentes cenários
podem justificar a terceirização, delegação de tarefas, condições de capital de giro,
necessidade de empréstimo, etc.
FIGURA 5
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seja, o desembolso do construtor, mais o lucro e os impostos, gerando então o preço
total, que é quanto irá receber (TISAKA, 2006).
Para o construtor, o orçamento encerra em seu contexto todas as premissas
que passam a ser metas de desempenho durante a obra. O preço de venda dos
serviços é fixo, o custo é variável e precisa ser monitorado em função dessas metas.
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respectivas quantidades, o grau de interferência entre eles, a dificuldade relativa de
realização das tarefas, etc.
A fase de estudo das condicionantes de um trabalho faz com que sejam
conhecidas as condições da obra, englobando os seguintes passos:
Prazo da obra;
Datas contratuais;
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Penalidade por atraso no cumprimento do prazo ou bônus por
antecipação;
Critérios de medição, pagamento e reajustamento;
Regime de preços (unitário, global, por administração);
Limitação de horários de trabalho;
Critérios de participação na licitação (capital social da empresa, etc.);
Habilitação técnica requerida com relação à empresa e responsável
técnico;
Documentação requerida;
Seguros exigidos;
Facilidades disponibilizadas pelo contratante (instalações de água,
energia, etc.).
Visita técnica
FIGURA 6
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1.3.2 Composição de custos
O custo total de uma obra é fruto do custo orçado para cada um dos serviços
integrantes da obra. A origem da quantificação está na identificação dos serviços.
Levantamento de quantitativos
Custos Diretos
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realizadas ou obtê-las em publicações especializadas, como a TCPO (Tabelas de
Composições de Preços para Orçamentos), da Editora PINI (TCPO, 2011), sendo
atualmente uma das publicações mais completas e difundidas no mercado da
Construção Civil.
Custos Indiretos
Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente associados aos
trabalhos de obra em si, mas que são necessários para que tais serviços possam
ser realizados. Nestes custos são dimensionadas as equipes técnicas (engenheiros,
mestres, encarregados), de apoio (almoxarife, apontador) e de suporte (secretária,
vigia), e identificadas às despesas gerais da obra (contas, materiais de escritório e
limpeza, etc.), mobilização e desmobilização do canteiro de obras, taxas e
emolumentos, entre outras despesas.
Cotação de preços
FIGURA 7
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Definição de encargos sociais e trabalhistas
FIGURA 8
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FIGURA 9
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Dimensionamento de equipes
Realização de simulações
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1.4 MAPA DE TRABALHOS E QUANTIDADES
1) Medição de quantidades
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TABELA 1
Item Serviço Unidade Quantidade Custo Custo
unitário parcial
1. Movimento de solo
1.1 Escavação de solo com m3 1,728 15,00 25,92
escoramento
1.2 Apiloamento do fundo m2 1,00 8,00 8,00
1.3 Remoção de solo m3 1,20 5,00 6,00
1.4 Reaterro de solo m3 0,528 10,00 5,28
2. Fundo em concreto m3 0,05 120,00 6,00
magro
3. Alvenaria de tijolos m3 4,14 22,30 92,22
maciços, e= 10 cm
4. Revestimento interno – m2 3,68 14,00 51,52
reboco misto
5. Grade de aço, barra m2 1,00 150,00 150,00
d=¾”
Subtotal 345,04
BDI 50% 172,52
Total 517,56
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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FIGURA 10
Mapa de Trabalhos
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Capítulo 1 - Demolições
Capítulo 2 - Terraplanagem
Capítulo 3 - Fundações e estruturas
Capítulo 4 - Construção civil
4.1 - Alvenarias
4.2 - Revestimento exterior - fachadas
4.3 - Revestimento interior - tetos
4.4 - Revestimento interior - paredes
4.5 - Revestimento interior - pavimentos
4.6 - Coberturas e impermeabilizações
4.7 - Carpintaria
4.8 - Serralharia
4.9 - Pinturas
4.10 - Vidros
4.11 - Diversos
Capítulo 5 - Instalações Hidráulicas
Capítulo 6 - Instalações Elétricas
Capítulo 7 - Instalações de Ar-condicionado
Capítulo 8 - Instalações de Gás
Capítulo 9 - Elevadores
Exemplos:
(1) Para a execução de escavação de solo para vigas de fundação, o
único insumo é a mão de obra (servente), sendo estimado um consumo de quatro
horas para cada m3 escavado.
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Escavação de solo normal, até 3,0 m de profundidade – m2
TABELA 2
Item Descrição (função) Quantidade Custo unitário Custo
unitária parcial
1 Servente 4,00 h 5,60/h R$ 22,40
Total R$ 22,40
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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Da mesma forma, os percentuais de Leis Sociais estão embutidos nos
custos de mão de obra. Não é necessário que seja assim, podendo-se calcular em
separado, acrescendo-se como um subtotal.
O valor adotado depende de vários fatores, principalmente da legislação
vigente na data e nas condições particulares da empresa (rotatividade, horas extras,
índice de ações trabalhistas, etc.).
Para estes dois exemplos, o valor calculado é o custo, válido genericamente,
para obras comuns. Contudo, em cada caso, devem ser verificados aspectos
singulares, tais como: local da obra (transporte), horário e condições de trabalho
(horas extras, periculosidade, insalubridade). Além disso, devem ser acrescidos os
custos não discriminados e o lucro desejado (BDI) (SILVA, 2006).
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b) Mão de obra: estimada (ou medida na obra) em 10h/m3.
c) Betoneira: tempo ocupado estimado (ou medido na obra) em 4 h.
a) Quantidade de tijolos
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TABELA 5 - ALVENARIA DE TIJOLOS FURADOS (6 FUROS, 10X15X20),
10 CM DE LARGURA – M2
Item Descrição Quantidade Custo unitário Custo
unitária parcial
1 Tijolos 29,76 un * 1.10 0,28/un 9,17
2 Argamassa 1:2:9 0,0107 m3 * 1,10 194,68/m3 2,29
3 Pedreiro 1,60 h 7,80 /h 12,46
4 Servente 0,80 h 5,60/h 4,48
Total : R$ 28,42
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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Identificação dos itens e discriminação orçamentária preliminar dos
serviços;
Quantificação (medição em obra ou por meio de projetos);
Lançamento em sistema informatizado e/ou busca das composições;
Listagem e cotação de materiais, mão de obra e serviços subempreitados;
Lançamento dos custos, análise de BDI, análises de prazos e viabilidade;
ajustes finais;
Fechamento do orçamento, redação das condições da proposta ou minuta
do contrato.
Apresentação da empresa;
Quadro técnico;
Memória descritiva;
Relatório fotográfico;
Mapa de Trabalhos e Quantidades;
Descrição dos serviços oferecidos;
Planilha de custos;
Cronograma de execução;
Prazo de entrega;
Validade da proposta;
Fichas técnicas dos produtos mais relevantes.
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Nos casos em que o orçamento não seja gratuito, o profissional deve
informar sempre ao consumidor previamente do valor do seu custo, a não
informação condiciona a não obrigatoriedade de recebimento por este serviço.
Normalmente não é prática usual na construção civil o pagamento pela
realização de um orçamento, mesmo que seja preciso realizar um estudo técnico
que pode corresponder a muitas horas de trabalho.
Esta prática caracteriza o risco que existe por parte das empresas de
construção civil, que muitas vezes dedicam parte de seu tempo na criação de um
orçamento técnico, que mostra o perfil técnico e profissional da empresa, sem a
certeza de que terá sucesso.
FIM DO MÓDULO I
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
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MÓDULO II
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MÓDULO II
FIGURA 11
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2.1 ESTRUTURAS DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Diretos
Custos
Indiretos
R$
Canteiro de Obras
FIGURA 12
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Parâmetros de referência
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referência podem servir para estimar custos para algumas etapas de projeto ainda
não desenvolvidas ou para verificar outras etapas, identificando certos erros ou
inconsistências destes projetos. Uma distribuição razoável é a seguinte (tabela
abaixo), adequada para prédios de apartamentos residenciais de padrão normal,
com oito a 12 pavimentos.
# Item %
Custos diretos
1 Serviços Preliminares 1,00
2 Movimento de Solo e Fundações 3,50
3 Estrutura 19,00
4 Alvenaria 7,00
5 Impermeabilizações 1,40
6 Instalações elétricas e telefônicas 5,20
7 Instalações hidráulicas, sanitárias, pluviais, de incêndio e de gás. 9,80
8 Aparelhos sanitários, metais, louças e acessórios. 1,80
9 Pisos e rodapés 6,00
10 Esquadrias, vidros e ferragens. 7,00
11 Revestimento de fachada 4,80
12 Revestimentos internos, inclusive forros. 3,30
13 Pintura interna 2,00
14 Pintura externa 1,50
15 Elevador 1,80
16 Cobertura 0,50
17 Serviços complementares 1,00
18 Paisagismo 0,40
Subtotal 77,00
1
Levantamento pessoal da experiência do autor do curso em diversas empresas de construção de edíficios.
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Custos de administração e indiretos
1 Taxas e impostos 0,20
2 Equipamentos 0,80
3 Despesas indiretas 4,00
4 Gerenciamento 4,50
5 Lucro construção 5,00
6 IR sobre lucro construção 8,50
Subtotal 23,00
Total 100,00
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
Exemplo:
Se o valor orçado (com base nos outros projetos disponíveis) foi de R$
850.000,00, e as instalações elétricas e telefônicas e as hidrossanitárias são
previstas como normais, pode-se complementar o orçamento da seguinte forma:
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produzidas pela obra e que não foram incluídos nas composições de custos unitários
dos serviços. Eles são de ocorrência inevitável e por isso precisam ser computados
no orçamento.
A esse novo tipo de custo denomina-se custo indireto, já que o fato gerador
do custo não está diretamente associado às atividades de produção do campo custo
direto.
Do ponto de vista da classificação, um custo é tido como indireto se não tiver
sido considerado como custo direto. Assim é que a betoneira, se não tiver sido
incluída como insumo no serviço de reboco (que seria um custo direto), terá que ser
tratada como custo indireto.
As despesas indiretas associam-se normalmente com manutenção do
canteiro de obras, salários, despesas administrativas, taxas, emolumentos, seguros,
viagens, consultaria, fatores imprevistos e todos os demais aspectos não orçados
nos itens de produção.
Enquanto o custo direto é função direta da quantidade produzida, o mesmo
não se pode dizer do custo indireto.
O salário do mestre, a alimentação da equipe e o custo de vigilância do
canteiro serão os mesmos, quer a obra produza 200 m3 de concreto em um mês,
quer produza 30 m3.
Por exemplo, o salário do engenheiro e a conta de telefone da obra não
integram as composições de custos dos serviços, mas devem ser levados em conta
no orçamento. A lista das despesas indiretas é extensa, variando com o porte da
obra, sua duração, localização e particularidades.
O custo indireto é todo custo que não apareceu como mão de obra, material
ou equipamento nas composições de custos unitários do orçamento. Em outras
palavras, é todo custo que não entrou no custo direto da obra, não integrando os
serviços de campo orçados (escavação, aterro, concreto, revestimento, etc.).
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TABELA 8
Aspecto Como influi
Localização Uma obra em local distante requer maior despesa
geográfica de mobilização de pessoal e equipamentos, etc.
Quantidade de engenheiros e supervisores (mestres
Política da
e encarregados), faixa salarial adotada, quantidade
empresa
de veículos à disposição da obra, etc.
As despesas administrativas são proporcionais à
Prazo
duração da obra.
Obras com elevado grau de dificuldade tendem a
Complexidade
exigir mais supervisão e suporte externo.
FONTE: MATTOS, 2006.
TABELA 9
Ocorrência Exemplo
Anterior à obra Visitas à obra, estudos técnicos, ensaios,
elaboração de planejamento, taxas e
emolumentos (alvará), etc.
Simultânea à obra Salários e despesas correntes do canteiro
de obras.
Posterior à obra Desmobilização do canteiro, taxas e
emolumentos (licença Habite-se), confecção
de memoriais, etc.
FONTE: MATTOS, 2006.
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Para a análise dos custos indiretos de uma obra, é apresentada uma relação
com os principais custos encontrados na Construção Civil. O peso de cada um deles
é variável de obra para obra e nem todos os itens são aplicáveis a todas as obras:
TABELA 10
Item O que inclui
PESSOAL
Equipe técnica:
o Engenheiro – gerente de
contrato, de produção;
o Mestre;
o Encarregado – de carpintaria, de
Custo acrescido dos encargos sociais e
pedreiros, de armação, de
trabalhistas (mensalistas).
instalações;
o Técnico – de edificações, de
segurança;
o Estagiário.
Equipe de suporte:
o Almoxarife;
o Apontador;
o Comprador;
o Equipe de serviços gerais
Custo acrescido dos encargos sociais e
(eletricista, encanador, servente,
trabalhistas (mensalistas).
etc.);
o Operadores de equipamentos
(guincho, grua, elevador de carga,
etc.).
Item O que inclui
PESSOAL
Equipe administrativa:
o Chefe de escritório (encarregado
Custo acrescido dos encargos sociais e
administrativo financeiro);
trabalhistas (mensalistas).
o Auxiliar adiministrativo;
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o Secretária;
o Motorista;
o Vigia.
Mobilização e desmobilização da obra
o Mobilização e desmobilização do Montagem e desmontagem de escritórios,
canteiro barracões, galpões, centrais (de carpintaria,
armação, pré-moldados), refeitório, depósito
de materiais e demais construções
provisórias.
o Mobilização e desmobilização de Custo do deslocamento (transporte) e
pessoal alojamento provisório.
o Mobilização e desmobilização de
Transporte em carretas, montagem de grua.
equipamentos
o Aluguel de banheiros químicos de
Custo de locação
obra
MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DA OBRA
o Estradas de acesso à obra e Abertura de caminhos de serviço
caminhos dentro da obra (desmatamento, terraplenagem, sinalização)
e manutenção (aspersão de água para
contenção de poeira, regularização).
o Tapumes e cercas Construção e remoção ao final da obra.
o Iluminação de obra (torres, postes
Montagem e remoção das estruturas.
e gambiarras).
o Ligações provisórias de água, luz Custo de material, instalação de
e telefone. equipamentos e taxas de ligação.
o Placas da obra
EQUIPAMENTOS DO CANTEIRO DE OBRAS
o Andaime;
o Balancim; Custo de propriedade e operação (se
o Betoneira; equipamento próprio) ou custo por mês de
o Bomba hidráulica; locação.
o Caminhão;
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o Caminhão Guindaste (tipo
“Munck”);
o Elevador de carga (monta-carga);
o Grua;
o Guincho;
o Porta-palete;
o Retroescavadeira;
o Rompedor pneumático;
o Equipamentos de uso geral
(lixadeira, furadeira, etc.);
o Serra circular;
o Teodolito, nível, baliza;
o Transformador;
o Vibrador de imersão;
o Veículo utilitário.
EQUIPAMENTOS ADMINISTRATIVOS
o Ar-condicionado, ventilador;
o Bebedouro;
o Cafeteira;
o Calculadora;
o Câmera;
o Central telefónica, telefones;
o Cofre;
o Computador e impressora;
o Copiadora; Custo de propriedade ou locação.
o Fax;
o Fogão, forno de micro-ondas;
o Mobiliário – mesa, cadeira,
escrivaninha, estante, armário, etc.;
o Refrigerador;
o Relógio de ponto;
o Sirene.
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
o Extintor de incêndio;
o Sinalização – placas, faixas, cones
Custo de aquisição ou verba.
e cavaletes;
o Tela de proteção.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
o Bota;
o Uniforme/fardamento;
o Capacete;
o Luvas;
o Óculos de segurança;
Custo de aquisição ou verba.
o Capa de chuva;
o Protetor auricular;
o Cinto de segurança;
o Cabo de sustentação.
FERRAMENTAS
o Arco de serra;
o Balde;
o Broca;
o Carrinho de mão;
o Cavadeira;
o Chave de dobrar ferro;
o Colher de pedreiro;
o Corda;
Custo de aquisição ou verba.
o Desempenadeira;
o Enxada com cabo;
o Escantilhão;
o Escova de aço;
o Gerica;
o Maçarico;
o Mangueira;
o Marreta;
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o Martelo;
o Masseira;
o Pá com cabo;
o Peneira;
o Picareta com cabo;
o Régua de alumínio;
o Roldana;
o Serrote;
o Talhadeira;
o Tirfor;
o Torquês;
o Trincha.
DESPESAS CORRENTES
o Consumo de energia;
o Consumo de água;
o Consumo de gás;
o Consumo de telefone;
o Despesa com internet; Custo médio mensal.
o Material de escritório;
o Material de limpeza;
o Material de enfermaria;
o Combustível (veículos de apoio).
DESPESAS COM PESSOAL
o Alimentação – comida, vale-
refeição, cesta básica;
Custo médio mensal.
o Transporte – aluguel de veículso,
vale-transporte, etc.
o Relocação de pessoal
(mudanças);
o Exames admissionais e
Verba.
demissionais;
o Cursos e treinamento de pessoal.
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SERVIÇOS DE TERCEIROS
o Controle tecnológico (concreto,
solos);
o Topografia;
o Vigilância;
o Consultoria – fundações,
tecnologia de concreto,
planejamento, detalhamento de
projetos, etc.;
o Vistoria, laudo pericial;
o Instrumentação.
TAXAS E EMOLUMENTOS
o Alvará;
o ART (CREA);
o Licença Habite-se;
o Outras Licenças.
DIVERSOS
o Seguro contra acidentes coletivos;
o Seguro contra incêndio;
o Seguro de responsabilidade civil;
Prêmio e franquia.
o Seguro de vida coletivo;
o Seguro contra roubo;
o Seguro de equipamentos.
o Frete;
o Proteção de estruturas existentes
(edificações vizinhas, monumentos,
pavimentos);
o Limpeza final da obra;
o Adiministração central;
o Imprevistos/Riscos eventuais;
o Custo financeiro.
FONTE: TISAKA, 2006.
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FIGURA 13
Custos Acessórios
Além dos custos diretos há outras fontes de despesa que são geralmente
incluídas nos orçamentos. Tais custos são acessórios porque complementam o
orçamento da obra, aparecendo perifericamente.
Administração Central;
Imprevistos e Contingências;
Custo Financeiro.
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As obras rateiam os custos da matriz e remetem mensalmente uma cota
proporcional ao porte de cada contrato. O percentual do custo que as obras rateiam
entre si recebe o nome de taxa da administração central. Geralmente, a taxa de
administração central fica entre 2% e 5% do custo.
Um orçamento, por mais detalhado e criterioso que seja, é sempre
aproximado, pois é impossível preverem-se todas as casualidades de uma obra.
Na construção civil, onde os cenários, os objetos de trabalho e as
particularidades de metodologia variam de obra para obra, os fatores imprevistos
têm maior importância. Podem acarretar atrasos de cronograma, acréscimo de
custos diretos e indiretos, além de colocar em risco a sanidade financeira da
construção.
Em obras por preço global, os imprevistos e contingências devem ser mais
elevados do que em obras por preço unitário. Se a construtora for utilizar seguro de
obra (responsabilidade civil, risco de engenharia), o patamar de imprevistos é
menor. Normalmente, o percentual a ser incluído no orçamento fica na faixa de 1 a
3% dos custos (diretos mais indiretos).
TABELA 11
Valores sugeridos para imprevistos e contingências
Contrato por preço Contrato por preço
Características da obra
unitário global
Obra simples e construtor 0,5% 1,0%
experiente.
Obra normal e construtor 1,5% 2,5%
experiente.
Obra complexa e construtor 3,0% 5,0%
experiente.
FONTE: SILVA, 2006.
AN02FREV001/REV 4.0
52
A empresa que faz a obra gasta do seu bolso com material, mão de obra e
equipamento, e só recebe pelo serviço algum tempo depois (que pode variar de dias
até meses). Em última análise, é como se a empresa contratada funcionasse como
um banco, financiando a construção.
No caso de obras públicas, esta é a regra. Pelo fato de haver uma
defasagem entre o momento do desembolso e o momento do recebimento da
medição, existe inevitavelmente uma perda monetária. É o que se chama de custo
financeiro. Se o dinheiro empregado pelo construtor no financiamento da obra
tivesse sido aplicado no mercado financeiro (poupança, fundos de aplicação, ações,
etc.), ele estaria rendendo e representaria um ganho real. Essa "perda", ou melhor,
esse ganho que o construtor deixa de auferir precisa então ser contabilizado no
custo indireto.
Ao incluir no orçamento o custo financeiro, não se está dando um benefício
ou regalia ou lucro ao construtor, senão apenas recompondo o poder de compra do
dinheiro com o qual ele financia a execução da obra. A única situação em que não
há a alocação de recursos próprios do construtor na obra é aquela em que a
contratante paga um sinal ou adiantamento. Neste caso, o construtor tem capital de
giro para tocar a obra e o custo financeiro é nulo. Não é prática das mais correntes,
pelo menos no setor público.
AN02FREV001/REV 4.0
53
FIGURA 14
CUSTO
+
LUCRO PREÇO DE
+ VENDA
IMPOSTOS
O custo inclui:
o Custos diretos;
o Custos indiretos;
o Custos acessórios - administração central, custo financeiro, imprevistos e
contingências.
AN02FREV001/REV 4.0
54
2.3 O PREÇO DE VENDA EM FUNÇÃO DO CUSTO DIRETO
Para obter o preço de venda correto, deve-se fazer a conta de trás para
frente, descontar os 12% da margem de lucro e 8% dos impostos, o valor que sobra
é exatamente o custo de R$ 100,00.
AN02FREV001/REV 4.0
55
Por meio dos cálculos, o preço de venda é suficiente:
Custo = R$ 100,00
Impostos = 8% x R$ 125,00 = R$ 10,00
Lucro = 12% x R$ 125,00 = R$ 15,00
Soma = R$ 125,00 = PV (correto!)
Onde,
AN02FREV001/REV 4.0
56
O correto é somar todos os custos e dividi-los por (1 - i%), sendo i% a
somatória de tudo que incide sobre o preço de venda.
Aplicar lucro e impostos separadamente, também altera o resultado, é
preciso somar ambos para compor a incidência total, ou seja, conforme a fórmula
apresentada, tudo que for custo deve ficar no numerador e tudo que incide sobre o
preço (faturamento) do contrato fica no denominador (MATTOS, 2006).
Exemplo:
Uma obra foi orçamentada em R$ 250.000,00 (custo total). Na localidade da
obra, os impostos atingem 7% e a margem de lucro desejada pelo construtor é de
8%. Calcular o preço de venda.
CUSTO = R$ 250.000,00
Impostos = 7%
Lucro = 8%
Incidência sobre o preço de venda = 15%
Verificação:
Custo = R$ 250.000,00
Impostos = 7% x 294.117,65 = R$ 20.588,24
Lucro = 8% x 294.117,65 = R$ 23.529,41
Soma = R$ 294.117,65 = PV
AN02FREV001/REV 4.0
57
TABELA 12 - CUSTO DIRETO
Serviço Unidade Quantidade Custo unitário (R$) Custo total (R$)
Escavação m3 10,0 10,00 1.000,00
Forma m2 70,0 20,00 1.400,00
Armação kg 500,0 5,00 2.500,00
Concreto m3 5,0 200,00 1.000,00
Total 5.000,00
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
AN02FREV001/REV 4.0
58
TABELA 13 - Preço de Venda
Serviço Unidade Quantidade Custo unitário (R$) Custo total
(multiplicador x (R$)
1,40)
Escavação m3 10,0 14,00 140,00
Forma m2 70,0 28,00 1.960,00
Armação kg 500,0 7,00 3.500,00
Concreto m3 5,0 280,00 1.400,00
Total 7.000,00
FONTE: SILVA, 2006.
PV = CD x (1 + BDI)
ou de forma inversa,
BDI =
PV = preço de venda
CD = custo direto
O BDI inclui:
Despesas indiretas de funcionamento da obra;
Custo da administração central (matriz);
Custos financeiros;
Custos imprevistos;
AN02FREV001/REV 4.0
59
Impostos;
Lucro.
BDI =
AN02FREV001/REV 4.0
60
Outra forma de calcular o BDI é transformar os custos em percentuais, tendo
a fórmula:
BDI =
onde,
CI = Custo indireto (%) (sobre custo direto).
AC = Administração central (%) (sobre custos diretos e indiretos).
CF = Custos financeiros (%) (sobre custos diretos e indiretos).
IC = Imprevistos e contingências (%) (sobre custos diretos e indiretos).
LO = Lucro operacional (%) (sobre o preço de venda).
IMP = Impostos (%) (sobre o preço de venda).
AN02FREV001/REV 4.0
61
FIGURA 15
AN02FREV001/REV 4.0
62
O custo indireto será tão alto em comparação com o custo direto -
certamente maior, que a razão indireto/direto será superior a 1, gerando um BDI
maior do que 100%.
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
63
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
64
CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
MÓDULO III
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
65
MÓDULO III
FIGURA 16
AN02FREV001/REV 4.0
66
3.1 FÓRMULA DOS CUSTOS COMPOSTOS
Custos de materiais
Custos de equipamentos
AN02FREV001/REV 4.0
67
3.2 CUSTOS DE MÃO DE OBRA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
FIGURA 17
Mão de Obra
AN02FREV001/REV 4.0
68
Encargos em sentido estrito
AN02FREV001/REV 4.0
69
B.4 Auxílio Enfermidade e Acidentes de Trabalho 2,58%
B.5 13º salário 11,33%
B.6 Licença Paternidade 0,13%
B.7 Faltas justificadas por motivos diversos 0,76%
Total B 52,93%
Grupo C = (A*B) 20,01%
D. Encargos ligados à demissão do trabalhador
D.1 Aviso-prévio 11,56%
D.2 Depósito por despedida injusta 3,08%
D.3 Indenização adicional 0,78%
D.4 Adicional Lei Complementar 110/01 0,77%
Total D 16,18%
Grupo D´ = (A-A2-A8)*D1 3,33%
E. Outros
E.1 Dias de chuva e outras dificuldades 1,50%
E.2 Almoço 20,48%
E.3 Jantar 7,93%
E.4 Café da manhã 3,20%
E.5 Equipamento de segurança 4,85%
E.6 Vale-transporte 7,63%
E.7 Seguro de vida e acidentes 0,59%
Total Grupo E 46,18%
Total A+B+C+D+D´+E 176,42%
FONTE: Sinduscon SP – Novembro/2012.
AN02FREV001/REV 4.0
70
O aviso-prévio, por ser o item variável mais representativo, deve ser
permanentemente monitorado pela empresa. Ele pode ser mantido em níveis baixos
se a rotatividade de trabalhadores for pequena.
Encargos intersindicais
Almoço;
Café da manhã (refeição mínima);
Vale-transporte;
Cesta básica;
Seguro de vida e acidentes em grupo.
Ferramentas.
Seguro coletivo.
AN02FREV001/REV 4.0
71
Os encargos em sentido amplo permitem tratar a hora do funcionário dentro
do conceito de profissional remunerado, alimentado, transportado, fardado e
equipado. De uma maneira geral as empresas preferem computar os custos com:
alimentação, transporte, EPI e ferramentas nas despesas indiretas, porém a inclusão
desses custos como mais um grupo de encargos é uma tendência moderna entre os
orçamentistas.
Encargos intersindicais
Adicionais legais
AN02FREV001/REV 4.0
72
o Insalubridade ("atividades ou operações que, por sua natureza, condições
ou método de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade dos agentes e do tempo máximo de exposição aos seus
efeitos” Consolidação das Leis do Trabalho, art. 189, Código do
Trabalho).
o Periculosidade. A Consolidação das Leis do Trabalho, art. 193, Código do
Trabalho diz: “o adicional de periculosidade é devido quando ocorre
exercício de trabalho em atividades ou operações perigosas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com
inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado”
(SINDUSCON SP, 2012).
TABELA 16
Diferenças entre insalubridade e periculosidade
Aspecto Insalubridade Periculosidade
Fundamento Risco à saúde Perigo de vida
Gradação Admite 10%,20%,40% Somente 30%
Base de cálculo Salário mínimo Salário do empregado
FONTE: SINDUSCON SP, 2012.
AN02FREV001/REV 4.0
73
Hora extra habitual
FIGURA 18
AN02FREV001/REV 4.0
74
Materiais
Cotação de insumos
Especificações técnicas;
Unidade e embalagem;
Quantidade;
Prazo de entrega;
Condições de pagamento;
Validade da proposta;
Local e condições de entrega;
Despesas complementares: frete, impostos, etc.
Especificações técnicas (descrição qualitativa do material, com
informações de dimensões, peso, resistência e quaisquer outros
parâmetros que sirvam para caracterizar o produto);
Unidade e embalagem (registro do tipo de embalagem em que o material
é acondicionado);
Quantidade (verificação da quantidade a ser utilizada para disponibilidade
da quantidade solicitada);
Prazo de entrega;
Condições de pagamento;
Local e condições de entrega;
Despesas complementares.
AN02FREV001/REV 4.0
75
Nem sempre o menor preço é o melhor preço. Embora o menor preço
exerça uma atração de preferência, cabe ao comprador avaliar a idoneidade do
fornecedor, a qualidade do material, as condições de pagamento, se é conveniente
diversificar demais o leque de fornecedores, etc.
Equipamentos
Custos de propriedade
FIGURA 19
AN02FREV001/REV 4.0
76
Para recuperar o dinheiro investido - e poder repor o equipamento no futuro,
uma parcela do valor de aquisição deve ser cobrada de cada serviço em que o
referido equipamento for empregado.
Procedendo dessa maneira, se a vida útil de uma máquina é estimada em
10.000 horas, ao final dessa quantidade de horas o valor para reposição da máquina
deverá ter sido recolhido à receita da empresa.
À tarifa horária cobrada para reaver o valor investido dá-se o nome de
depreciação horária. Além disso, se o dinheiro não tivesse sido investido na
aquisição do equipamento, poderia estar tendo rentabilidade por meio de aplicação
financeira em um banco. Esta segunda parcela, que também precisa ser computada,
é a de juros horários. Os juros representam a remuneração do capital investido no
equipamento.
O processo de determinação da depreciação horária pode ser feito de
diferentes formas, a mais simples das quais é o método linear, onde o custo horário
é simplesmente o quociente entre o total de aquisição e a vida útil estimada. Para
efeito de estimativas e composição de custos para concorrências, este método se
mostra o mais expedito e prático. Este método será apresentado posteriormente.
Depreciação do equipamento
AN02FREV001/REV 4.0
77
Para fins de orçamentação, como o que se busca é o custo horário do
equipamento, faz-se necessário calcular o custo da depreciação por hora, que
depende de três parâmetros: o valor de aquisição, a vida útil e o valor residual.
Três métodos são os mais usados no cálculo da depreciação de
equipamentos: método linear, método do saldo devedor (exponencial) e método da
soma dos anos. Cabe ao construtor definir o que melhor lhe atende. Todos os três
são explicados a seguir.
O método linear é o mais comum entre os orçamentistas, sendo aplicado por
sua grande simplicidade de manuseio. Os outros dois métodos são mais adotados
na contabilidade da empresa.
Valor de Aquisição
Juros
Uma coisa nada tem a ver com a outra. Os juros não aumentam o
patrimônio, apenas corrigem o poder de compra do dinheiro. O cálculo dos juros
baseia-se no conceito de investimento médio ou valor médio do equipamento.
Esse valor pode ser obtido a partir dos valores anuais de depreciação e
saldo devedor, que vem a ser o valor do equipamento a cada ano (SILVA, 2006).
AN02FREV001/REV 4.0
78
O exemplo do quadro abaixo serve para ilustrar a metodologia. Suponha um
equipamento de valor de aquisição R$ 200.000,00, com vida útil de cinco anos,
depreciação linear e com valor residual nulo:
TABELA 17
Depreciação Valor contábil
Início do ano
acumulada (R$) do equipamento (R$)
1 0 200.000=Vo
2 40.000 160,000
3 80.000 120.000
4 120.000 80.000
5 160.000 40.000
6 200.000 0 = Vf
∑ = 600.000
Investimento médio = lm = R$ 600.000/ 5 anos R$ 120.000/ano
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
( )
( )
onde:
lm = investimento médio
Vo = valor inicial
Vf = valor residual
n = vida útil (em anos)
AN02FREV001/REV 4.0
79
onde:
Jh = juros horários
lm = investimento médio
i = taxa anual de juros
a = horas de utilização por ano
Custos de operação
Pneus
AN02FREV001/REV 4.0
80
Presume-se que ao final da vida útil do pneu, todo o jogo de pneus será
substituído. No caso de um caminhão de seis rodas, por exemplo, o custo de pneus
será de um jogo de seis pneus a cada 2.500 horas, supondo-se condições medianas
de agressividade do local de trabalho.
O custo horário de pneus é dado por:
onde,
Ph = custo horário de pneus
p = número de pneus do equipamento
Cp = custo unitário do pneu
VUp= vida útil do pneu
Combustível
TABELA 19
Motor a gasolina: consumo (I/h) = 0,23 x f x HP
Motor a diesel: consumo (I/h) = 0,15 x f x HP
FONTE: SOUSA, 2000.
AN02FREV001/REV 4.0
81
TABELA 20 - CONSUMO MÉDIO DE COMBUSTÍVEL
Equipamento Consumo (l/h)
Motoniveladora 19.23
Carregadeira 23-28
Trator de esteiras médio 2330
FONTE: MATTOS, 2006.
Lubrificantes
FIGURA 20
( )
onde:
Q = consumo (lI h)
HP = potência do motor (HP)
c = capacidade do cárter (1)
t = intervalo de trocas (h)
AN02FREV001/REV 4.0
82
FIGURA 21
Motor a gasolina: custo horário de materiais = 0,245 x HP x litro da gasolina (R$)
Motor a diesel: custo horário de materiais = 0,18 x HP x litro do diesel (R$)
FONTE: SOUSA, 2000.
FIGURA 22
O preço da gasolina é 20% maior do que o do óleo diesel
O preço do óleo lubrificante é aproximadamente seis vezes o preço do óleo diesel
O preço do quilo de graxa é o dobro do preço do óleo lubrificante
FONTE: SOUSA, 2000.
Energia elétrica
AN02FREV001/REV 4.0
83
FIGURA 23
Custos de manutenção
AN02FREV001/REV 4.0
84
sapatas e esteiras, etc. Uma inspeção mais pormenorizada poderá ser encaixada na
categoria de reparos se envolver o desmonte completo de uma estrutura do
equipamento (MATTOS, 2006).
Os reparos em geral são feitos nas oficinas das obras ou por terceiros, em
casas especializadas. Se, por exemplo, a transmissão de um trator apresenta uma
engrenagem quebrada, a substituição pura e simples pode ser considerada
manutenção, mas se o serviço englobar a desmontagem da caixa de marchas para
limpeza e inspeção dos componentes, tem-se então um reparo.
As despesas fixas de manutenção são os gastos de oficina, mão de obra de
mecânicos e ajudantes, ferramentas, seguros dos equipamentos, impostos (IPVA),
etc. Elas ocorrem independentemente da demanda por consertos e reparos, não
sendo necessariamente proporcionais às horas trabalhadas.
Dados de custos de manutenção e reparo de um equipamento não podem
estar dissociados de informações sobre as condições de trabalho sob as quais ele
opera. Uma escavadeira trabalhando em solo arenoso terá menores custos de
manutenção e reparo do que se ela for empregada para escavar rocha ou argila
dura. Também exercem influência no custo: a qualidade dos operadores, o grau de
manutenção, a temperatura ambiente e a idade da máquina. É fácil perceber que um
equipamento novo tem um custo de manutenção inferior a um equipamento de idade
avançada, já próxima do término de sua vida útil (SOUSA, 2000).
Empresas com longa história de trabalho têm em seus registros de obras
realizadas uma proveitosa fonte de informação para os custos de manutenção.
Quanto mais detalhado e completo o banco de dados de que dispõe o
construtor, mais confiável poderá ser sua estimativa para obras futuras.
Na composição de custos de um equipamento, é importante avaliar as
características do serviço a ser executado, para que a estimativa de custos de
manutenção e reparo não venha frustrar o orçamento.
AN02FREV001/REV 4.0
85
onde,
Mh = manutenção horária (R$/h)
Vo = valor de aquisição (R$)
n = vida útil em anos
a = números de horas utilizadas por ano
AN02FREV001/REV 4.0
86
FIGURA 24
AN02FREV001/REV 4.0
87
TABELA 22 - CUSTO DE MANUTENÇÃO - COEFICIENTES
Equipamento alugado
AN02FREV001/REV 4.0
88
Alugar um equipamento nem sempre é um mau negócio. Em vários casos é
conveniente ao construtor alugar em vez de comprar.
Para tomar a decisão sobre a locação de equipamentos deve-se analisar as
seguintes situações:
Tarifa;
Leasing (arrendamento mercantil);
Empreitada.
Tarifa
O construtor paga um preço fixo por unidade de tempo (hora, dia, semana
ou mês), havendo as seguintes variantes:
AN02FREV001/REV 4.0
89
Leasing (arrendamento mercantil)
O construtor paga uma taxa fixa pelo aluguel do equipamento, por prazo
determinado, mas com opção de compra pelo arrendatário.
A vantagem é que boa parte do aluguel pago é descontada do preço de
aquisição do equipamento. Outra vantagem é que a empresa pode considerar a
nível contábil como despesa os pagamentos feitos, abatendo o imposto de renda
devido.
Empreitada
Custo do homem-hora
AN02FREV001/REV 4.0
90
Custo do homem-hora = hora-base x (1 + % encargos)
Índice de produtividade
Exemplo:
Um pedreiro assenta 800 tijolos em um dia de 8 horas, e outro pedreiro
assenta os mesmos 800 tijolos em 12 horas. No final, a produção dos dois terá sido
igual, mas a produtividade do primeiro pedreiro foi de 50% mais eficiente no trabalho
(100 tijolos/hora contra 67 tijolos/hora do segundo).
Os índices podem ser vistos como o inverso da produtividade. O
conhecimento e o domínio dos índices são de grande importância por que:
AN02FREV001/REV 4.0
91
A quantidade de homens-hora de cada categoria de trabalhador de um
serviço é função da produtividade, ou seja, da rapidez com que o trabalho é
executado. Pela própria definição de produtividade, quanto mais unidades de
trabalho o indivíduo produz na unidade de tempo, menor a quantidade de homens-
hora requerida para conclusão da atividade.
Existe uma relação direta entre duração e quantidade de recursos. Se uma
obra dispõe de muitos homens para determinada atividade, sua duração é
logicamente menor do que se um número inferior de homens estivesse disponível
para aquela tarefa.
Exemplo
Dimensionar equipe para montar 12 toneladas de estrutura metálica, com a
premissa de que o índice é de 150 h/t e que cada operário trabalha 10 horas por dia.
TABELA 23
Quantidade de Operários Horas por dia Dias
10 10 1.800/(10x10)=18
11 10 16,4
12 10 15
14 10 12,9
FONTE: MATTOS, 2006.
AN02FREV001/REV 4.0
92
O gerenciamento da produção de uma obra tem relação intrínseca com os
índices adotados no orçamento. A meta de todo gerente é melhorar os índices (ou
seja, diminuí-Ios) a fim de maximizar o lucro de cada serviço (MATTOS, 2006).
AN02FREV001/REV 4.0
93
Relatórios que cobrem períodos extensos são bons para a obtenção de
valores médios, mas não permitem avaliar como cada fator mencionado
anteriormente influencia o ritmo do trabalho.
Relatórios detalhados ajudam o orçamentista a detectar como a produção
cai em um dia chuvoso, por exemplo, ou como varia a quantidade de serviço com o
dia da semana.
É de conhecimento geral que nos primeiros estágios de qualquer serviço de
construção, as produtividades tendem a ser baixas. Com o passar do tempo, a
organização das tarefas e o melhor conhecimento das diversas atividades
envolvidas promovem um aumento da produtividade. Por outro lado nos estágios
finais do serviço, experimentam-se valores mais baixos para as produtividades.
Em obras pequenas, nas quais os prazos são pequenos e a quantidade de
serviço reduzida, não há tempo hábil para que as equipes atinjam a plenitude em
termos de desempenho, o que acarreta a ocorrência de produtividades menores do
que as de obras longas, em que o operário permanece em uma mesma atividade
por muito tempo e sem tantas interrupções (MATTOS, 2006).
Faixas de produtividade
AN02FREV001/REV 4.0
94
3.3.2 Materiais
EPI´s
Ferramentas
Com ferramentas, pode-se proceder de forma análoga ao que foi feito acima
para o EPI. O custo médio anual de ferramentas (CMAF) por operário pode ser
estimado em função do consumo de cada ferramenta (SOUSA, 2000):
( )
AN02FREV001/REV 4.0
95
onde,
CMAF = custo médio anual de ferramentas por operário
S =salário médio mensal
Materiais Diversos
3.3.3 Equipamentos
AN02FREV001/REV 4.0
96
tarefa das mais fáceis. Por isso os métodos de cálculo são relativamente empíricos,
baseados em parâmetros obtidos das observações das condições de trabalho, tipo
de equipamento e outras características especiais.
É importante ressaltar que cabe a cada empresa apropriar seus custos reais
e tabulá-los de forma a ter dados confiáveis para o orçamento. Mesmo dois
equipamentos idênticos em modelo, ano de fabricação e tipo de serviço podem
apresentar custos reais diferentes que a empresa só detectará se coletar os dados e
tratá-los. Os custos envolvidos na hora do equipamento são basicamente de três
famílias, como mostrados na notação horária a seguir (SOUSA, 2000):
onde,
Ch = custo horário total (R$/h)
Dh= custo horário de depreciação (R$/h)
Jh = custo horário de juros (R$/h)
Ph = custo horário de pneus (R$/h)
Gh = custo horário de combustível (R$/h)
Lh = custo horário de lubrificação (R$/h)
MOh = custo horário de mão de obra de operador (R$/h)
Mh = custo horário de manutenção (R$/h)
onde,
Eh = custo horário de energia elétrica (R$/h).
AN02FREV001/REV 4.0
97
Hora produtiva e hora improdutiva
AN02FREV001/REV 4.0
98
O que muitas vezes se faz é calcular a depreciação do equipamento
descontando-se o custo dos pneus e em seguida calcular o custo horário de pneus
como um custo de operação, conforme explicado mais à frente. Isso porque o
equipamento e os pneus têm vidas úteis distintas.
Vida Útil
onde:
n = vida útil (anos)
a = horas de utilização por ano (hJano).
AN02FREV001/REV 4.0
99
Valor Residual
Valor Residual (Vr) é o valor que uma máquina ainda possui após haver sido
utilizada durante a quantidade de horas estabelecida como sua vida útil. É o valor
estimado de revenda ao final da vida útil.
Nos cálculos de custo horário de depreciação, normalmente adota-se um
valor residual de 10% a 20%.
Se a vida útil de uma carregadeira foi estimada em 10.000 horas, ao final
desse período ela não estará necessariamente inservível. Ao contrário, se houve
operação e manutenção eficientes, ela pode ainda estar em relativamente boas
condições de uso e ter um determinado valor de revenda no mercado.
Na pior das hipóteses, o equipamento pode servir como sucata para algum
ferro-velho. O valor residual deve ser subtraído do valor de aquisição do
equipamento para o cálculo da depreciação.
Se uma construtora depreciou certo equipamento em 8.000 horas, porém o
equipamento ainda pode ser usado após essa idade, seu custo horário a partir dali
não terá mais a parcela da depreciação, pois o valor de aquisição já foi recuperado.
Seu custo dali por diante será composto apenas de operação e manutenção,
constituindo uma grande vantagem competitiva para o proprietário.
O custo de propriedade deixa de existir a partir do número total de horas
previamente estabelecido durante o cálculo da depreciação. Nota-se, assim, que
estender a vida útil de um equipamento é de primordial importância para o
construtor. Enfatizar a necessidade de manutenção preventiva e operação cautelosa
deve ser um aspecto frequentemente abordado junto a operadores e mecânicos.
Eventualmente, o valor residual pode ser considerado nulo se houver
indícios de que o equipamento vai estar irrecuperável no final de sua vida útil ou que
dificilmente poderá ser vendido na praça.
É o caso de equipamentos empregados em condições muito agressivas ou
equipamentos muito específicos.
AN02FREV001/REV 4.0
100
Depreciação - Método Linear
Exemplo:
Uma escavadeira foi comprada por R$ 200.000,00 e sua vida útil é estimada em
cinco anos, considerando-se uma utilização de 2.000 horas por ano. O valor residual
é de 10% do original. Calcular a depreciação horária pelo método linear.
Valor de aquisição (Vo) = R$ 200.000,00
Valor residual (Vr) = 10% x R$ 200.000,00 = R$ 20.000,00
Vida útil (VU) = 5 anos x 2.000 h/ano = 10.000 h
AN02FREV001/REV 4.0
101
Depreciação - Método do Saldo Devedor (Exponencial)
Exemplo:
Calcular a depreciação do equipamento do exemplo anterior pelo Método do
Saldo Devedor. Taxa de depreciação anual = 2 x l00% / 5 = 40%
AN02FREV001/REV 4.0
102
TABELA 27 - MÉTODO DO SALDO DEVEDOR
Ano % de depreciação Depreciação anual Valor contábil
0 - - 200.000,00
1 40% 80.000,00 120.000,00
2 40% 48.000,00 72.000,00
3 40% 28.800,00 43.200,00
4 40% 17.280,00 25.920,00
5 40% 5.920,00 20.000,00 = Vr
Total depreciado ∑ = 180.000,00
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
Exemplo.
Calcular a depreciação do equipamento do exemplo anterior pelo Método da
Soma dos Anos.
Vida útil = 5 anos = 1+2+3+4+5=15
Coeficientes são aplicados sobre Vo - Vr = 180.000,00
AN02FREV001/REV 4.0
103
TABELA 28 - MÉTODO DA SOMA DOS ANOS
Ano % de depreciação Depreciação anual Valor contábil
0 - - 200.000,00
1 5/15 60.000,00 140.000,00
2 4/15 48.000,00 92.000,00
3 3/15 36.000,00 56.000,00
4 2/15 24.000,00 32.000,00
5 1/15 12.000,00 20.000,00 = Vr
∑=15
Total depreciado ∑ = 180.000,00
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
Apropriação de índices
Por mais abrangente que seja o conjunto de composições de custos
unitários que um estudo possa conter, ele parte de referências de índices, por meio
de TCPO, ou software específico, de observações de obras diversas e realizadas
sob condições particulares.
As construtoras precisam, portanto, desenvolver suas próprias composições
de custos, que reflitam a produtividade de campo real de suas equipes e, enfim, que
melhor representem as características de produção particular da empresa.
Ao processo de obtenção dos índices reais de produção dá-se o nome de
apropriação. É pela apropriação que o construtor passa a conhecer seus índices, a
realidade de sua empresa. O passo inicial da apropriação é a observação. É a partir
dos dados coletados no campo que se construirá composição real. Observar é
assistir e registrar.
AN02FREV001/REV 4.0
104
3.4 FICHAS DE CUSTOS
TABELA 29
Ficha de Custo n.º
Obra Descrição do artigo
Data
FONTE:
AN02FREV001/REV 4.0
105
PAREDES INTERIORES – ALVENARIA DE TIJOLO CERÂMICO FICHA DE CUSTO N.º EX2
ASSENTE COM ARGAMASSA - CIMENTO E AREIA AO TRAÇO DATA – NOV 2010
3
1:5 (m )
CUSTO
RECURSO UN QUANTIDADE TOTAIS %
SIMPLES
MATERIAIS
Argamassa
3
(Cimento, areia traço m 0,002 38,77 0,08 1,07
1:5) un 17,50 0,16 2,80 37,43
Tijolo cerâmico 30x20x7
TOTAL DE MATERIAIS 2,88 38,50
MÃO DE OBRA
Pedreiro H 0,40 6,50 2,60 34,76
Servente H 0,40 5,00 2,00 26,74
TOTAL DE MÃO DE OBRA 4,60 61,50
EQUIPAMENTOS
TOTAL DE EQUIPAMENTOS
TOTAL GLOBAL 7,48 100,00
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
AN02FREV001/REV 4.0
106
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
107
CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
108
MÓDULO IV
FIGURA 26
AN02FREV001/REV 4.0
109
4.1 MONTAGEM DOS CANTEIROS DE OBRAS
FIGURA 27
AN02FREV001/REV 4.0
110
Tipos de canteiros
• Restritos
• Amplos
• Longos e restritos
AN02FREV001/REV 4.0
111
Planejamento de canteiros
Fase de Implantação
AN02FREV001/REV 4.0
112
Instalações provisórias: áreas de vivência e de apoio
AN02FREV001/REV 4.0
113
Dimensionamento das instalações
(b) Distância entre roldana e tambor do guincho: esta distância deve estar
compreendida entre 2,5 m e 3,0 m (NR-18), devendo ser considerada para estimar a
posição do guincheiro.
(c) Baias de agregados: as baias devem ter largura igual ou pouco maior que a
largura da caçamba do caminhão que descarrega o material, enquanto as outras
dimensões (altura e comprimento) devem ser suficientes para a estocagem do
volume correspondente a uma carga. No caso da areia e brita, por exemplo, as
dimensões usuais são aproximadamente 3,00 m x 3,00 m x 0,80 m (altura).
(d) Estoques de cimento: a área necessária para estocagem deve ser estimada com
base no orçamento e na programação da obra. As seguintes dimensões devem ser
consideradas neste cálculo:
- dimensões do saco de cimento: 0,70 m x 0,45 m x 0,11 m (altura);
- altura máxima da pilha: 10 sacos. No caso de armazenagem inferior a 15 dias a
NBR 12655 (ABNT, 1992) permite pilhas de até 15 sacos.
(e) Estoque de blocos: a área necessária deve ser estimada com base no orçamento
e na programação da obra. O estoque deve utilizar o espaço cúbico, limitando, por
questões de ergonomia e segurança do operário, a altura máxima da pilha em
aproximadamente 1,40 m.
AN02FREV001/REV 4.0
114
(g) Bancada de formas: a bancada deve possuir dimensões em planta que sejam
pouco superiores as da maior viga ou pilar a ser executado.
(h) Portão de veículos: o portão deve ter largura e altura que permitam a passagem
do maior veículo que entrará por ele na obra, no decorrer de todo o período de
execução. Usualmente a largura de 4,00 m e a altura livre de 4,50 m são suficientes.
Fase Funcional:
AN02FREV001/REV 4.0
115
bem como o dimensionamento das equipes de produção e a gestão dos fluxos
físicos.
O processo de controle logístico ocorre por meio das atividades de
planejamento, organização, direção e controle, tendo como principal suporte o fluxo
de informações, antes e durante o processo produtivo (CARDOSO, 2006).
A logística em canteiros de obras nada mais é do que a adequação dos
conceitos da logística aplicada dentro dos canteiros de obras.
Para que isso aconteça deve existir um estudo que vai definir a estratégia
para implantação do empreendimento, focando também o canteiro, para que se seja
possível planejar antecipadamente as condições mais apropriadas de entrada e
saída de materiais e mão de obra, assim como as escolhas dos equipamentos a
serem utilizados e seus posicionamentos.
Existe uma divisão logística que permite ser aplicada às empresas,
promovendo uma identificação com maior clareza das principais atividades
associadas à logística em uma obra. Em uma obra a divisão ocorre em logística de
suprimentos (externa) e logística de canteiro (interna).
A logística de suprimentos trata do fornecimento dos recursos materiais e
humanos necessários à produção, destacam as atividades de planejamento e
processamento das aquisições, a gestão de fornecedores, o transporte dos recursos
até a obra e a manutenção dos recursos de materiais previstos no planejamento.
Já a logística de canteiro, trata da gestão dos fluxos físicos e dos fluxos de
informações associados à execução de atividades no canteiro, suas atividades estão
associadas à:
AN02FREV001/REV 4.0
116
Critérios de otimização do canteiro
AN02FREV001/REV 4.0
117
perda dos principais materiais e comentários acerca dos parâmetros de orçamento
realizados.
Equipamentos Móveis
Equipamentos Fixos
AN02FREV001/REV 4.0
118
A manutenção e o investimento são de responsabilidade do locador;
Não há necessidade de capital próprio ou de captação de recursos externos;
Alta disponibilidade do equipamento;
Maior flexibilidade no incremento de máquinas;
Troca de investimento por despesa planejada;
Menor custo operacional;
Elasticidade e flexibilidade na troca/substituição do equipamento, conforme
demanda, ou seja, o equipamento pode ser devolvido caso haja queda na
produção ou pode ser solicitado um número maior de máquinas caso seja
necessário;
O aluguel só é cobrado com a máquina disponível;
Em máquinas de grande porte, o operador é fornecido pela empresa de
locação;
Comunicação direta com o fornecedor para solucionar qualquer problema;
Como regra, existe um prazo para solução do problema e caso não seja feita,
o locador deverá disponibilizar outra máquina;
Muitos contratos são pagos conforme produtividade ou disponibilidade da
máquina;
Busca contínua de melhorias, pois quanto maior for o investimento do locador
em treinamento dos profissionais da operação, maior será seu lucro;
Não há necessidade de manter estoque de peças e equipe técnica;
Há garantias de fornecimento de equipamentos modernos e com tecnologia
de última geração, traduzindo-se em produtividade para o negócio;
Há garantia de que os equipamentos atendem às normas de segurança, pois
a assistência técnica é feita com peças de reposição originais e mão de obra
treinada pelo próprio fabricante;
Menor custo indireto com compras e estoque de peças, assistência técnica,
manutenção de baterias e carregadores.
AN02FREV001/REV 4.0
119
Ao verificar as vantagens da locação de equipamentos para a realização de
trabalhos em canteiros de obras, torna-se claro que este tipo de procedimento
corresponde a uma alternativa na maioria das vezes com menos riscos para o
construtor.
Para obter o custo deste fornecimento, na fase de estudo da obra, o
orçamentista deve transmitir ao fornecedor as principais características relativas às
condições da obra e principalmente às condições de uso dos equipamentos, quanto
mais o fornecedor se envolva ao processo, mais precisa será esta estimativa.
AN02FREV001/REV 4.0
120
O custo das despesas gerais de infraestrutura e execução de trabalhos nos
canteiros de obras, é determinado por meio de levantamento do histórico de obras
anteriores e requer uma interação do orçamentista e dos responsáveis pela
execução dos trabalhos, para se obter estimativa o mais precisa possível de acordo
com o tipo de estudo em desenvolvimento.
AN02FREV001/REV 4.0
121
O desperdício contribui para a diminuição da lucratividade das empresas e
mesmo assim não costuma ser mensurado de forma conveniente.
Com a identificação dos desperdícios, os gestores obtêm benefícios de
ordem quantitativa e qualitativa em termos de lucratividade, bem como em relação
às necessidades de melhoria. Traz, ainda, fundamentação para novos investimentos
em qualidade.
A utilização de indicadores de desempenho da empresa favorece a análise,
a avaliação da rentabilidade do investimento em qualidade e, principalmente a
tomada de decisão.
Assim, armazenar corretamente os materiais de uma obra é fundamental
para evitar danos e perdas; além disso, quando se tem organização e planejamento
a produtividade da mão de obra é maior.
FIGURA 30
AN02FREV001/REV 4.0
122
São necessários certos cuidados com a correta:
FIM DO MÓDULO IV
AN02FREV001/REV 4.0
123
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
124
CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
MÓDULO V
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
125
MÓDULO V
FIGURA 31
AN02FREV001/REV 4.0
126
5.1 PRINCÍPIOS BASE
Generalidades
AN02FREV001/REV 4.0
127
Elaborar listas de trabalhos, de acordo com sistemas de classificação que
individualizem cada trabalho segundo grupos específicos que possibilitem, às
várias entidades envolvidas no processo, análises comparativas de custos e
avaliações econômicas de diferentes soluções;
Proporcionar às empresas, a avaliação das propostas cujos preços foram
formulados com idêntico critério, bem como permitir, de um modo facilitado, a
quantificação das variações que se verificarem durante a construção, devidas
a trabalhos a mais e a menos ou a erros e a omissões de projeto;
Possibilitar às empresas um acesso simplificado à informação eventualmente
tipificada e informatizada relativa a trabalhos-tipo, permitindo assim a
formulação de propostas para concursos com bases determinísticas sólidas,
nomeadamente as relativas a custos de construção, de canteiro, e de
subempreitadas, etc.;
Proporcionar às empresas uma sistematização de procedimentos relacionada
com o controle dos diversos trabalhos a executar, nomeadamente os devidos
a rendimentos de recursos que proporcionam o cálculo das quantidades de
materiais e avaliação das quantidades de mão de obra, de equipamentos ou
de outros recursos a utilizar na execução dos trabalhos;
Facilitar o estabelecimento dos planos de inspeção e ensaios aplicados ao
controle da quantidade e de segurança na execução dos diferentes trabalhos;
Estabelecer as bases para que as empresas realizem a análise e o controle
de custos dos trabalhos.
AN02FREV001/REV 4.0
128
Para o construtor:
AN02FREV001/REV 4.0
129
A lista de trabalhos deve ser individualizada e ordenada segundo os critérios
seguintes:
o Os trabalhos medidos devem corresponder às atividades que
são exercidas por cada categoria profissional de operário;
o As medições devem discriminar todos os trabalhos, principais e
auxiliares, com uma definição clara de cada trabalho e indicarem
as características mais importantes necessárias à sua
execução. Sempre que possível esta definição deve ser
esclarecida com referência às peças desenhadas e às
condições técnicas ou de outras informações existentes noutras
peças do projeto.
o As medições devem ser decompostas por partes da obra que
facilitem a determinação das quantidades de trabalho realizadas
durante a progressão da construção, bem como a comparação
de custos com projetos similares.
AN02FREV001/REV 4.0
130
A falta de uma regulamentação específica para a definição das regras de
medição de uma obra constitui uma das principais causas de conflito entre os seus
intervenientes.
Para minimizar estes aspectos, algumas empresas aplicam regras básicas
de medição utilizando roteiros genéricos preestabelecidos que facilitam e direcionam
o levantamento das medições, sendo que qualquer outro profissional da empresa ao
analisar os elementos do mapa de medições consegue encontrar a informação
desejada.
As medições constituem o modo de determinação quantitativa dos trabalhos
previstos no projeto ou executadas em obra e têm como principais objetivos:
AN02FREV001/REV 4.0
131
As dimensões que não possam ser determinadas com rigor deverão ser
indicadas com a designação de quantidades aproximadas.
As medições devem ser apresentadas com as indicações necessárias à sua
perfeita compreensão, de modo a permitir uma fácil verificação e a
determinação correta dos custos.
As medições em ambientes exteriores devem ser apresentadas em capítulos
separados das medições de elementos interiores.
O mapa de medições deve sempre indicar o nome do responsável pela
elaboração da medição e lista de medições.
Unidades de medida
TABELA 31
Unidade Descrição Símbolo
Genérica unidade un
Comprimento metro m
2
Superfície metro quadrado m
3
Volume metro cúbico m
Massa quilograma kg
Tempo hora, dia h, d
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
Canteiro de Obras
AN02FREV001/REV 4.0
132
Instalações destinadas a pessoal e funcionários (por m2 ou à unidade);
Vias de acesso, caminho de circulação e vedações (unidade);
Instalações de redes de luz, água e esgoto (Unidade – uma única que
engloba todas estas instalações);
Equipamento, como gruas, andaimes, etc. (Unidade – uma única que engloba
todas estas instalações);
Pessoal da administração da obra, como técnicos e encarregados (geral e por
especialidades), os funcionários encontram-se incluídos nos serviços
executados (à unidade, por cada um destes, tendo em conta um plano de
mão de obra).
Serviços Preliminares
Fundações
AN02FREV001/REV 4.0
133
Nas fundações, todas as informações relativas às condições de planimetria,
tipo de solo e condições do terreno, a existência de obstáculos, a localização das
construções na vizinhança do edifício que possam afetar o trabalho de execução das
fundações e a existência de terrenos infectados ou infestados deverão ser referidos
nas medições ou outras peças escritas do processo.
AN02FREV001/REV 4.0
134
Os elementos de construção a serem utilizados nas medições de armaduras
serão os mesmos utilizados nas medições de concreto.
Alvenarias
AN02FREV001/REV 4.0
135
Na realização das medições, serão englobadas todas as operações relativas
à execução dos trabalhos (carga, transporte, descarga, preparação e aplicação dos
materiais, montagem e desmontagem de andaimes, limpezas, etc.).
Pinturas
AN02FREV001/REV 4.0
136
Projetos tipo "prefeitura" e anteprojetos demandarão maiores ajustes,
ajustes estes que irão sendo confirmados à medida que os projetos sejam mais
detalhados.
Em todos os casos, independentemente de seu estágio de projeto,
iniciaremos com o conceito de “check-list”.
O "check-list” servirá para identificar as etapas principais da obra, a fim de
orientar-nos sobre termos quantificados à maioria de seus elementos.
Assim, como exemplo para obras de edifícios, os principais itens são:
Instalação de Canteiro;
Serviços Gerais;
Movimento de Terra;
Fundações e Infraestrutura;
Estruturas;
Alvenarias;
Instalações Hidráulicas;
Instalações Elétricas;
Esquadrias de Madeira;
Esquadrias Metálicas;
Revestimentos Internos;
Revestimentos Externos;
Forro;
Impermeabilizações;
Pavimentações Internas;
Cobertura;
Vidros;
Pintura;
Pavimentação Externa;
Elevadores;
AN02FREV001/REV 4.0
137
Equipamentos;
Diversos;
Limpeza.
AN02FREV001/REV 4.0
138
TABELA 32 - EXEMPLO DE MAPA DE QUANTIDADES PARCIAL DE UM
EDIFÍCIO COMERCIAL, UTILIZADO PARA DIMENSÕES
PARCIAIS DE CADA SERVIÇO
Edifício Comercial
QUANTIDADES
SUB 1º 2º 3º
CÓD. DESCRIÇÃO UN TOTAL SOLO TÉRREO MEZANINO PAV. PAV. PAV. ÁTICO FACHADAS
DESPESAS INICIAIS
Projetos VB 1,00 1,00
020302 Ligação provisória de luz VB 1,00 1,00
020301 Ligação provisória de água e esgoto VB 1,00 1,00
SERVIÇOS PRELIMINARES
020202 Limpeza do terreno M² 600,00 600,00
020403 Tapume em chapa de madeira compensada M² 220,00 220,00
Placas da obra VB 1,00 1,00
020501 Locação da obra M² 480,00 480,00
020404 Abrigo provisório M² 57,15 57,15
MOVIMENTO DE TERRA
FUNDAÇÕES
Blocos / Sapatas
050301 Formas M² 42,00 42,00
050405 Aço 5,0 mm KG 43,00 43,00
050403 Aço 6,3 mm KG 306,00 306,00
050403 Aço 10,0 mm KG 72,00 72,00
050404 Aço 12,5 mm KG 174,00 174,00
050404 Aço 16,0 mm KG 59,00 59,00
050404 Aço 20,0 mm KG 434,00 434,00
050514 Concreto M³ 7,90 7,90
050515 Lançamento de concreto M³ 7,90 7,90
AN02FREV001/REV 4.0
139
TABELA 33 - EXEMPLO DE MAPA DE TRABALHOS GERAL
MAPA DE TRABALHOS
PREÇO
ITEM SERVIÇOS UNID. QUANT. P.T SUB TOTAL TOTAL ETAPAS
SERVIÇO
1 Serviços Preliminares
1.1 Administração Direta / Canteiro de Obras vb 1,00 26797,59 26.797,59
72.766,98
72.766,98
2 Fundação
2.1 Fundações Profundas
2.1.1 Estacas escavadas mecanicamente diam.= 25cm m 252,00 16,47 4.150,44
2.1.2 Taxa de mobilização de equipamentos para estaca escavada mecanicamente
un 1,00 7170,80 7.170,80
2.1.3 Concreto Usinado Fck 20 Mpa Dosado, bombeado e lançado m3 124,56 252,63 31.467,59
2.1.4 Aço CA-50 (80Kg/m3) kg 9.964,80 2,58 25.709,18
2.2 Valas
2.2.1 Escavação manual - profundidade igual ou inferior a 1,50m m3 456,47 14,72 6.719,24
2.2.2 Apiloamento do fundo de valas,para simples regularização m2 464,16 6,80 3.156,29
2.2.3 Lastro de brita m3 23,20 44,41 1.030,31
2.2.4 Reaterro de valas,inclusive apiloamento m3 330,95 17,70 5.857,82
145.148,50
145.148,50
3 Estrutura
3.1 Estrutura em concreto armado
3.1.1 Forma especial de chapas plastificadas (10mm) - plana m2 2.534,90 29,58 74.982,34
3.1.2 Concreto Usinado Fck 20 Mpa Dosado, bombeado e lançado m3 151,60 252,63 38.298,71
3.1.3 Aço CA-50 (80Kg/m3) kg 12.128,52 2,44 29.593,59
3.1.4 Laje mista pré moldada treliçada h=8cm, c/ capeamento 4cm (12cm) m2 1.803,73 29,69 4.401,10
147.275,74
147.275,74
4 Alvenaria
4.1 Paredes de vedação
4.1.1 Bloco cerâmico e=9cm m2 812,04 49,91 40.528,92
4.1.2 Bloco cerâmico e=14cm m2 1.262,34 67,06 84.652,52
4.1.3 Verga de concret 20v20cm sob e sobre janelas m3 10,00 280,00 2.800,00
127.981,44
127.981,44
5 Impermeabilizações
5.1 Fundações
5.1.1 Membranas asfálticas - com 4 camadas de feltro asfáltico 15lbs m2 811,58 17,93 14.551,63
5.1.2 Argamassa impermeabilizada de cimento e areia - traço m2 811,58 16,09 13.058,32
1:3,esp=20mm
5.2 Pisos
Manta asfáltica e=4mm, c/ véu de poliester e proteção mecânica em
5.2.1 argamassa de cimento e areia traço 1:3 com aditivo m2 54,98 35,55 1.954,52
impermeabilizante e=20mm
AN02FREV001/REV 4.0
140
Além do orçamento propriamente dito. O departamento de orçamentos
organiza a listagem com informações úteis ao nível da execução da obra.
Caderno de serviço;
Código de serviço;
Código dos materiais;
Nomes dos materiais;
Coeficientes dos insumos na composição;
Totais de materiais/equipamentos;
Totais de mão de obra;
Leis sociais;
BDI;
Custo unitário de serviço.
AN02FREV001/REV 4.0
141
TABELA 34 - EXEMPLO DE PLANILHA DE CUSTO UNITÁRIO DE SERVIÇO
Cliente:
Obra Nº
Total 1
Sub-total
Encargos Sociais Enc.Sociais
Total 2
Total 3
Total Geral
AN02FREV001/REV 4.0
142
Esse documento é chamado de memória descritiva da obra e, dentre
inúmeros outros tópicos, pode conter:
Conceituação do projeto;
Normas adotadas para a realização dos cálculos;
Premissas básicas adotadas durante o projeto;
Objetivos do projeto;
Detalhamento de materiais empregados na obra ou no produto;
Demais detalhes que podem ser importantes para o entendimento
completo do projeto.
AN02FREV001/REV 4.0
143
Pisos internos e externos;
Pintura e acabamentos especiais;
Serviços complementares finais.
FIM DO MÓDULO V
AN02FREV001/REV 4.0
144
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AN02FREV001/REV 4.0
145
SILVA, Mozart Bezerra da. Manual de BDI. Como incluir benefícios e despesas
indiretas em orçamentos de obras de construção civil. São Paulo: Editora, 2006.
SOUZA, Ubiraci E. Lemes de. Projeto e Implantação do Canteiro. São Paulo: Tula
Melo, 2000.
FIM DO CURSO
AN02FREV001/REV 4.0
146