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Fábio R. Andrade
Sumário
Planejamento
Técnicas de planejamento
Ferramentas de Planejamento
Planejamento
Conceito de Planejamento:
De uma forma geral o planejamento é entendido
como uma previsão do estado futuro, para apoiar a
tomada de decisão adequada (CORRÊA et al., 2001).
Planejamento
Conceito de Planejamento:
Nessa linha de pensamento Corrêa et al. (2001) apresentam
duas definições para planejamento:
a) “Planejar é entender como a consideração conjunta da
situação presente e da visão de futuro influencia as
decisões tomadas no presente para que se atinjam
determinados objetivos no futuro”;
b) “Planejar é projetar um futuro que é diferente do passado,
por causas sobre as quais se tem controle”.
Planejamento
Formoso et al. (1999), por sua vez, destaca a necessidade
de visão de processo no planejamento e controle,
definindo planejamento como o processo de tomada de
decisão que envolve o estabelecimento de metas e dos
procedimentos necessários para atingi‐las, sendo efetivo
quando seguido de um controle.
Planejamento
Modelo de Laufer e Tucker (1987)
Planejamento Avaliação do
do processo de Coleta de Preparação de Difusão da processo de
planejamento informações planos informação planejamento
Contínuo Ação
Intermitente
Planejamento
Laufer e Tucker (1987) apresentam um modelo geral
do processo de planejamento e controle da produção,
no qual este processo é descrito através de duas
dimensões
Horizontal
A dimensão horizontal é formada por etapas que compõe o
processo de planejamento e controle da produção
Vertical
A vertical está relacionada aos diferentes níveis gerenciais.
Planejamento
Níveis Hierárquicos
Estratégico
Tático
Operacional
Planejamento
Estratégico: refere‐se à definição dos objetivos do
empreendimento, a partir do perfil do cliente. Envolve o
estabelecimento de algumas estratégias para atingir os
objetivos do empreendimento, tais como a definição do
prazo da obra, fontes de financiamento, parcerias, etc.
Tático: envolve principalmente a seleção e aquisição dos
recursos (por exemplo, tecnologia, materiais, mão de obra,
etc.) necessários para atingir os objetivos do
empreendimento, e a elaboração de um plano geral para a
utilização, armazenamento e transporte destes recursos.
Operacional: relacionado principalmente à definição
detalhada das atividades a serem realizadas, seus recursos e
momento de execução.
Planejamento
Níveis gerenciais:
PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO
PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO
PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO
Planejamento
Níveis gerencial de longo prazo:
O planejamento de longo prazo é o primeiro a ser
realizado para o empreendimento. Nele constarão as
datas marcos de todas as etapas da obra e de seus
respectivos serviços.
É possível também planejar datas de verificação da
produção, como medições dos serviços.
As informações geradas no planejamento de longo
prazo servirão para outros setores da construtora,
como, por exemplo, o de compras.
Planejamento de Longo Prazo
Planejamento
Níveis gerencial de médio prazo:
No nível de médio prazo, devem ser realizadas diversas
ações para a proteção da produção, de forma a se buscar
a criação de fluxo contínuo (TOMMELEIN; BALLARD,
1997).
A elaboração deste plano passa pela análise do plano de
longo prazo, identificando as atividades que devem ser
preparadas para serem liberadas dentro do horizonte de
médio prazo, com os recursos necessários e com espaço
para realização das operações (TOMMELEIN;
BALLARD, 1997).
Planejamento de Médio Prazo
Planejamento de Médio Prazo
Planejamento
Níveis gerencial de curto prazo:
O planejamento de curto prazo ou operacional tem o
papel de orientar diretamente a execução da obra.
Em geral é realizado em ciclos semanais, sendo
caracterizado pela atribuição de recursos físicos (mão‐
de‐obra, equipamentos e ferramentas) às atividades
programadas no plano de médio‐prazo, bem como o
fracionamento dessas atividades em lotes menores, que
são designados por tarefas.
Em obras muito rápidas ou nas quais existe muita
incerteza associada ao processo de produção (por
exemplo, reformas em hospitais) o ciclo de
planejamento de curto prazo pode ser diário.
Planejamento de Curto Prazo
Planejamento de Curto Prazo
PPC - Mês X
100%
100%
90%
79%
80% 72%
67%
70%
60%
60% 55%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Sem01 Sem02 Sem03 Sem04 Sem05 Média
Planejamento de Curto Prazo
Frequência do Problemas - Mês X
Falta de espaço
3 2 Equipamento quebrado
5
9 Ansenteísmo
35
Erro de planejamento
Chuva
11 Baixa produtividade
Falta de material
12
17 Outros
Técnicas de Planejamento
Cronograma em Rede
Tradicionalmente os cronogramas em rede são
desenvolvidos em dois métodos:
Com atividades em setas
Com atividades em nós
Técnicas de Planejamento
Cronograma em Rede
É também conhecido como Diagrama de Precedência
O diagrama de precedência pode ser chamado de Rede
Roy, porque foi desenvolvido pelo francês Roy. As
durações das atividades podem ser determinadas por
meio probabilístico, como no PERT, ou de maneira
determinística, como no CPM (LIMMER, 1997).
Técnicas de Planejamento
Cronograma em Rede
Neste tipo de diagrama existem as seguintes variáveis:
Nome da atividade;
Duração da atividade;
Primeira data de início;
Primeira data de término;
Última data de início;
Última data de término;
Folga livre;
Folga total.
Técnicas de Planejamento
Cronograma em Rede
A seqüência ideal para o desenvolvimento de uma rede é:
1) Fazer a EAP da obra;
2) Escolher as ligações entre as atividades;
3) Definir os recursos e as durações das atividades;
4) Introduzir as folgas entre as atividades;
5) Ajustar datas do cronograma.
O processo de ajuste de datas é feito com o
sequenciamento das atividades na escala de tempo. As
primeiras datas são definidas do início para o final da rede
e as últimas datas do final para o início.
Técnicas de Planejamento
Cronograma em Rede
Estrutura analítica de projeto
Técnicas de Planejamento
Ligações
Início‐Início (II): relaciona o início de uma atividade
com o início de outra atividade. A atividade “B” só
poderá começar após a atividade “A” ter começado. Elas
poderão ser paralelas, quer dizer, estar sendo
executadas ao mesmo tempo, mas com uma defasagem.
B
Técnicas de Planejamento
Ligações
Início‐Término (IT): relaciona o início de uma atividade
com o término de outra atividade. A atividade “B” só
pode terminar após a atividade “A” ter começado. O
término de “A” não está ligado a “B”, quer dizer que “A”
pode terminar independente do que acontecer com “B”.
Também podem ser paralelas e até terminar juntas.
B
Técnicas de Planejamento
Ligações
Término‐Início (TI): relaciona o término de uma
atividade com o início de outra atividade. A atividade
“B” só pode começar se a atividade “A” terminar. Elas
não podem ser paralelas. Esse tipo de ligação deve
prezar ao máximo pelas relações físicas entre os
serviços.
B
Técnicas de Planejamento
Ligações
Término‐Término (TT): relaciona o término de uma
atividade com o término de outra atividade. A atividade
“B” só pode terminar após a atividade “A” terminar. Elas
podem ser desenvolvidas paralelamente e os seus
inícios não têm qualquer relação.
B
Técnicas de Planejamento
Cronograma em Rede
Técnicas de Planejamento
Os principais métodos para o planejamento de redes são
(LIMMER, 1997):
PERT (Program Evaluation and Review Technique –
Técnica de Avaliação e Revisão de Programas)
CPM (Critical Path Method – Método do Caminho Crítico)
Técnicas de Planejamento
Os principais métodos para o planejamento de redes
são (LIMMER, 1997):
PERT (Program Evaluation and Review Technique –
Técnica de Avaliação e Revisão de Programas):
Técnica utilizada para o planejamento de novos projetos.
Como os serviços não são bem conhecidos, são estimados 3
durações para cada atividade. De posse das durações otimista
(a), pessimista (b) e mais provável (m) pode‐se calcular o
tempo esperado (Te). Ex: a=5, b=10, m=8:
a ×1 + m × 4 + b ×1 5 × 1 + 8 × 4 + 10 × 1
Te = Te = = 7,83
6 6
Técnicas de Planejamento
Os principais métodos para o planejamento de redes
são (LIMMER, 1997):
CPM (Critical Path Method – Método do Caminho
Crítico):
Ao contrário do PERT a técnica CPM foi desenvolvida em
ambiente bem conhecido. As atividades tinham as durações
já definidas. Então, o foco do processo era na seqüência de
atividades que poderia realmente atrasar o empreendimento.
A seqüência de atividades em que a soma de suas durações
resultasse na maior duração do empreendimento foi
denominada de Caminho Crítico.
Técnicas de Planejamento
Os principais métodos para o planejamento de redes
são (LIMMER, 1997):
CPM (Critical Path Method – Método do Caminho
Crítico):
Caminho Crítico: é a seqüência de atividades em que a soma
das suas durações resulta na maior duração do
empreendimento.
Técnicas de Planejamento
Gráfico de Gantt
É o cronograma mais conhecido e utilizado na
construção civil, também chamado de gráfico de barras.
Este representa as atividades como barras horizontais.
O comprimento das barras ilustra a duração da atividade
ao longo de um escala de tempo.
Enquanto as atividades são posicionadas no eixo Y a
escala de tempo é representada no eixo X.
Técnicas de Planejamento
Gráfico de Gantt
Técnicas de Planejamento
Linha de Balanço
A linha de balanço é outro tipo de cronograma utilizado
para visualizar o planejamento das obras.
A concepção da linha de balanço difere do gráfico de Gantt,
apesar dos dois servirem para o mesmo objetivo.
O eixo Y comporta uma escala para quantificar a atividade
a ser executada, normalmente se utiliza partes da obra ou o
percentual (%) como unidade de medida.
No eixo X permanece a escala de tempo mais adequada ao
planejamento, como visto no gráfico de Gantt.
As atividades são representadas por linhas formadas pelos
pontos de intercessão entre o tempo planejado e a
quantidade a ser executada.
Técnicas de Planejamento
Linha de Balanço
Técnicas de Planejamento
Linha de Balanço
Técnicas de Planejamento
Linha de Balanço
Quanto maior o ângulo de inclinação da linha, maior o
ritmo de produção da atividade.
Quanto menor o ângulo de inclinação da linha, menor o
ritmo de produção da atividade.
Com o ritmo de execução de cada serviço é possível fazer
um planejamento com a linha de balanço sem se preocupar
inicialmente com datas, o que seria mais complicado no
gráfico de Gantt.
Técnicas de Planejamento
Linha de Balanço
Outro artifício da linha de balanço é a explicitação das
folgas entre as atividades.
Com elas podemos analisar melhor a utilização do tempo
da obra, aumentando ou reduzindo as folgas existentes.
Com a visualização das folgas o processo de planejamento
fica mais transparente, pois assim existe a possibilidade de
análise das atividades que não agregam valor a produção
tanto como de observar interferências prejudiciais à boa
execução da obra.
Técnicas de Planejamento
Linha de Balanço
Técnicas de Planejamento
Linha de Balanço
Técnicas de Planejamento
Linha de Balanço
A linha de balanço é normalmente utilizada em obras
repetitivas. Nas obras de condomínio em que existe uma
série de casas, ou prédios de múltiplos pavimentos, essa
ferramenta se mostra muito útil.
De maneiro geral, deve‐se utilizar a linha de balanço para
obras em que exista a possibilidade da divisão em módulos,
como, por exemplo, casas ou pavimentos.
Até em obras não repetitivas pode‐se viabilizar o uso desta
ferramenta com uma subdivisão do trabalho a ser
realizado. Em obras rodoviárias a subdivisão pode ser cada
trecho da estrada, por exemplo.
Técnicas de Planejamento
Curva S
A primeira informação a ser utilizado em um controle de
longo prazo de uma obra é a do andamento físico da
mesma.
Esta informação vem diretamente do acúmulo dos
registros das planilhas de curto prazo.
Ela pode ser expressa em um gráfico linear, o qual
apresentará os valores percentuais executados acumulados
da obra.
Este tipo de gráfico é conhecido como Curva S, pois ela se
parece com a letra “S” devido ao comportamento da
maioria das obras.
Técnicas de Planejamento
Curva S
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Mês
Técnicas de Planejamento
Curva S
Assim, o gráfico deve ter duas curvas em vez de uma. As
curvas são justamente a de evolução física planejada e real.
Evolução Física da Obra
100%
90%
80%
70%
60%
Planejado
50%
40% Real
30%
20%
10%
0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Mês
Técnicas de Planejamento
Histograma
Recurso gráfico utilizado para apresentar a evolução dos
recursos ao longo da obra
O principais recursos apresentados em Histograma:
Financeiro
Humanos (número de operários)
Equipamento
Materiais
É a melhor ferramenta para realizar o nivelamento de
recurso.
Técnicas de Planejamento
Histograma
Distribuição da Mão-de-obra
140
120
Nº de operários
100
80
60
40
20
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41
Semana
Ferramentas de Planejamento
Ferramentas Computacionais
MsProject
Primavera
Spider
dotProject