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PLANEJAMENTO E
CONTROLE DE OBRAS
Prof. Esp. Willian Sabino de Souza
2

PLANEJAMENTO E CONTROLE
DE OBRAS
PROF. ESP. WILLIAN SABINO DE SOUZA
3

Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério

Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira

Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos

Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Imperatriz da Penha Matos

Revisão Gramatical e Ortográfica: Profª. Débora Rith Teixeira Costa

Revisão Técnica: Prof. João Lucas Madeira Grijó



Revisão/Diagramação/Estruturação: Clarice Virgilio Gomes
Prof. Esp. Guilherme Prado
Lorena Oliveira Silva Portugal

Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva
Daniel Guadalupe Reis
Élen Cristina Teixeira Oliveira
Maria Eliza Perboyre Campos

© 2023, Faculdade Única.

Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.

Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
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PLANEJAMENTO E
CONTROLE DE OBRAS
1° edição

Ipatinga, MG
Faculdade Única
2023
5

WILLIAN SABINO DE SOUZA


Possui graduação em Engenha-
ria de Controle e Automação pela
Faculdade Única de Ipatinga(2019),
graduação em Licenciatura em Ma-
temática pelo Instituto Prominas Ser-
viços Educacionais(2023), especiali-
zação em MBA EXECUTIVO EM GESTÃO
COMPETITIVA E BUSINESS INTELLIGENCE
(BI), pelo Instituto Prominas Serviços
Educacionais(2023) e especialização
em GERENCIAMENTO DE PROJETOS pelo
Instituto Prominas Serviços Educacio-
nais(2023). Tem experiência na área
de Robótica, Mecatrônica e Automa-
ção.

Para saber mais sobre a autora desta obra e suas qua-


lificações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/7297397126135178
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
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LEGENDA DE

Ícones
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão
do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar
ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para
determinado trecho do conteúdo, cada um com uma função específica,
mostradas a seguir:

FIQUE ATENTO
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes
nas quais você precisa ficar atento.

BUSQUE POR MAIS


São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.

VAMOS PENSAR?
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade,
associando-os a suas ações.

FIXANDO O CONTEÚDO
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos
conteúdos abordados no livro.

GLOSSÁRIO
Apresentação dos significados de um determinado termo ou
palavras mostradas no decorrer do livro.
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
PLANEJAMENTO DE OBRAS
1.1 Importância do planejamento ................................................................................................................................................................................................................................................10
1.2 Tipos de planejamento ................................................................................................................................................................................................................................................................15
1.3 Malefícios da falta de planejamento .................................................................................................................................................................................................................................17
FIXANDO O CONTEÚDO .........................................................................................................................................................................................................................................................................19

UNIDADE 2
ETAPAS PARA O PLANEJAMENTO
2.1 O que é ciclo PDCA? ...................................................................................................................................................................................................................................................................23
2.2 Identificação das atividades .................................................................................................................................................................................................................................................26
2.3 Definição e montagem de cronograma de rede ...................................................................................................................................................................................................27
2.4 Folgas .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................31
FIXANDO O CONTEÚDO ........................................................................................................................................................................................................................................................................33

UNIDADE 3
CRONOGRAMAS
3.1 Tipos de cronogramas ................................................................................................................................................................................................................................................................37
3.2 Cronograma físico ........................................................................................................................................................................................................................................................................37
3.3 Cronograma financeiro ............................................................................................................................................................................................................................................................38
3.4 Cronograma físico-financeiro ............................................................................................................................................................................................................................................38
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................40

UNIDADE 4
CONTROLE ORÇAMENTÁRIO DA OBRA
4.1 O que é orçamento de obra? ................................................................................................................................................................................................................................................45
4.2 Tipos de orçamento? ..................................................................................................................................................................................................................................................................49
4.3.Custos da obra ................................................................................................................................................................................................................................................................................51
4.4.BDI – Benefícios e despesas indiretas ............................................................................................................................................................................................................................52
FIXANDO O CONTEÚDO.........................................................................................................................................................................................................................................................................55

UNIDADE 5
CURVA S
FIXANDO O CONTEÚDO .......................................................................................................................................................................................................................................................................68

UNIDADE 6
ACOMPANHAMENTO E LINHA DE BALANÇO
6.1 Etapas e razões para o acompanhamento ................................................................................................................................................................................................................73
FIXANDO O CONTEÚDO.........................................................................................................................................................................................................................................................................80

RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................................................................................................83


REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................................................................................84
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UNIDADE 1
A unidade I apresenta vários fatores para serem considerados quando se refere a
importância do planejamento nas obras de construção civil. Assim como, os tipos
de planejamento de obras e as desvantagens que são apresentadas pela falta de
planejamento de obras.
CONFIRA NO LIVRO

UNIDADE 2
A unidade II apresenta conceitos do ciclo PDCA e das etapas de identificação
de atividades, diagrama de rede e folgas, bem como, etapas de montagem do
diagrama de rede.

UNIDADE 3
A unidade III apresenta sobre quais são os tipos de cronogramas, seus conceitos e
exemplos, bem como seus benefícios para os projetos construtivos.

UNIDADE 4
A unidade IV apresenta fatores do setor orçamentário dentro das obras de
construções civil, onde são mostrados conceitos e tipos de orçamentos e de custos
de obras, assim como, idealização do BDI e seus benefícios.

UNIDADE 5
A unidade V apresenta uma contextualização contendo conceito e explicação dos
tipos de Curva S que são utilizados na construção civil.

UNIDADE 6
A unidade VI apresenta um breve estudo do conceito de acompanhamento de
obras e suas respectivas etapas.
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PLANEJAMENTO
DE OBRAS
10
1.1 IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO
Nos últimos anos o setor da construção civil vem em constante mudanças. Com
o aumento da competitividade e a redução dos recursos financeiros, as organizações
perceberam a importância de investir em gestão e no controle de processos, sendo
isto, o responsável por proporcionar as empresas um controle interno e externo do seu
sistema. O ato de planejar as obras de construção civil traz como objetivo a certificação
de rapidez e qualidade durante toda a execução das atividades existentes.
O planejamento de obras é o primeiro passo de qualquer projeto construtivo, ele
atua como uma grande bussola, orientando todos os indivíduos que estão envolvidos
desde a realização até o controle da obra.
A viabilidade técnica, contratação de fornecedores e equipamentos, são alguns
dos fatores que o planejamento das obras de construção civil leva em consideração
até a finalização do projeto. Dessa forma, planejar e controlar impacta fortemente no
desempenho da produção se tornando uma ação fundamental nas empresas.
Durante a análise de abertura de um novo empreendimento, deve-se seguir
algumas etapas, como demonstrado no fluxograma ilustrado na Figura 1.

Figura 1: Fluxograma do sistema


Fonte: Pedrinho Goldman (2004)

Se analisarmos o percurso deste fluxograma, concluímos que no início realiza-se


um estudo de viabilidade técnica, se a viabilidade for positiva, segue para a etapa de
planejamento e de controle, e por fim, pode ser verificado os resultados.
Os benefícios mais importantes proporcionados pelo planejamento são:
• Agilidade de decisões;
• Referência para acompanhamento;
• Ótimo conhecimento da obra;
• Relação com o orçamento;
• Detecção de situações desfavoráveis;
• Referência para metas;
• Criação de dados históricos
11
• Otimização da alocação de recursos.
Para a realização de um planejamento é importante obter contato com todos os
setores da empresa, com fornecedores, prestadores de serviços terceirizados e demais
organizações e pessoas que estejam envolvidas na execução do serviço. Sendo assim,
pode-se concluir que, com um planejamento eficiente é assegurado que o projeto
será entregue com a qualidade desejada, dentro do orçamento previsto e no tempo
determinado.
• Ferramentas e Metodologias Para Controle e Acompanhamento de Obras
Crivelaro (2014) afirma que o planejamento se refere a uma previsão dos
recursos primordiais para que o serviço seja executado sem causar prejuízo para
o empreendimento, sendo assim, o uso de metodologias/ferramentas diminui
significativamente as chances de se cometer erros, gastar de forma desnecessária, ou
deixar algo importante de lado, proporcionando um crescimento saudável da empresa,
bom relacionamento da equipe e reconhecimento do mercado. Algumas das principais
ferramentas utilizadas para auxílio no planejamento e controle de obras, são: Diagrama
de Ishikawa, Ciclo PDCA, Swot.
Diagrama de Ishikawa
Quando pretende-se localizar as principais causas dos problemas que resultam
em uma situação adversa na organização é essencial o uso da metodologia Ishikawa.

Figura 2: Desenho do diagrama de Ishikawa


Fonte: Celere (2022)

A metodologia Ishikawa foi desenvolvida por Kaoru Ishikawa, apresentando uma


estrutura em formato de uma espinha de peixe. A cabeça do peixe indica o início do
desenho que representa o problema a ser resolvido, interligado a uma seta horizontal
(linha) correspondendo ao corpo do peixe. A partir dessa linha principal surge as linhas
paralelas menores para cima e para baixo estabelecendo as possíveis causas do
problema constatado.
Ciclo PDCA
O ciclo PDCA, corresponde as siglas em inglês Plan, Do, Check e Act (Planejar,
Desempenhar, Checar e Atuar). Essa metodologia atua com o controle das atividades
efetuando uma comparação entre o que foi planejado com o que foi executado,
proporcionando a identificação de falhas e a realização de correções preventivas. O
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PDCA quando utilizado por completo e corretamente, proporciona ao setor de construção
civil um desempenho bastante eficaz.
Análise de SWOT
Para controlar o que foi planejamento, é necessário averiguar se tudo está sendo
realizado conforme programado, estando atento a organização e monitoramento do
plano. A Análise de SWOT é uma técnica que consegue lidar com diversas situações,
contribuindo para um maior distanciamento de problemas. Esse método opera com
o cenário atual onde são apresentados os pontos fortes, pontos fracos, os riscos e
problemas existentes no projeto. A SWOT tem o objetivo de identificar o que favorece e o
que prejudica o sucesso do projeto, com a finalidade de sempre saber quais ferramentas
usar ou quais ações tomar. Para isso, ela se utiliza de uma classificação simples dos
fatores envolvidos no processo apoiando diretamente a gestão e o planejamento.
AWP – Advanced Work Package
O Advanced Work Package foi desenvolvido embasado com os princípios do LPS,
seu conceito condiz com o compartilhamento de princípios, práticas e ferramentas de
trabalho avançados propositando um melhor desempenho e assim, responder aos
desafios de cumprimento de prazos com êxito e atingir as metas com custos diminuídos.
A metodologia AWP fornece a divisão do projeto em pacotes de trabalho, contendo as
atividades, os materiais e recursos específicos e devidamente planejados, organizados
e executados, tornando a produtividade do projeto mais eficiente.
Além disso, a metodologia AWP faz uso de tecnologias de suporte para garantir a
comunicação e a colaboração da equipe envolvida no projeto. As tecnologias utilizadas
são sistemas de gerenciamento de documentos, software de gerenciamento de projetos
e tecnologias de modelagem de informações da construção (BIM).
PMI – Project Management Institute
Criado em 1969, no Estados Unidos pelo Project Management Institute. Essa
metodologia é considerada vantajosa para uma grande diversidade de projetos
destacando-se aqueles ligados a construção civil. A PMI é embasada no Guia PMBOK
(Project Management Body of Knowledge), onde é reunido as melhores práticas em
relação ao gerenciamento de projetos e seus conceitos, técnicas, ferramentas, entre
outros.
Alguns dos seus benefícios para o setor da construção civil, são: Redução de
custos dos projetos; Agilidade nas tomadas de decisões; Maior controle dos processos
e Padronização do planejamento.
LPS- LAST PLANNER SYSTEM
O Last Planner System (LPS) refere-se a uma ferramenta de planejamento,
monitoramento e controle que se baseia nos princípios como, o just-in-time, mapeamento
de fluxo de valor e planejamento puxado, do Lean Construction. Essa metodologia tem
como o princípio de planejamento colaborativo, onde as últimas equipes responsáveis
pela execução das atividades, isto é, “os últimos planejadores”, detalham e levantam
mais restrições acerca das atividades a serem desenvolvidas.
Para Rybkowski (2010) A análise de restrições é considerada como uma das partes
fundamentais do LPS e é utilizada para aplicar uma abordagem proativa ao problema
resolvendo as necessidades do dia dos projetos construtivos.
O LPS é embasado nos princípios do ciclo PDCA.
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Figura 3: Detalhamento de um projeto no LPS


Fonte: Ballard (2000)

Outras maneiras de acompanhar o andamento das obras, está em ações como:


• Check-up: Utiliza-se desse método para averiguar a “saúde” dos projetos com
acompanhamento e controles adequados.
• Vistoria de obra: Trata-se da averiguação in loco da construção para identificar se
o projeto está de acordo com todas as normas vigentes, se está de acordo com o
planejamento e se atende aos requisitos de segurança e qualidade.
• Medição de obra: Trata-se de mensurar o trabalho que está sendo realizado e quais
os materiais que estão sendo utilizados na obra acompanhados das indicações dos
custos envolvidos no projeto.
• Fichas de Verificação de Serviços (FVS): É uma espécie de checklist, responsável por
controlar a qualidade dos serviços na construção civil, averiguando se os serviços
da obra estão dentro das normas padrões e se estão seguindo os requisitos pré-
estabelecidos no planejamento, propiciando a qualidade e a eficiência da obra.

Figura 4: Planilha de inspeções de serviços


Fonte: Sienge (2013)
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FIQUE ATENTO
De acordo com Matos (2019) os estudos efetuados no Brasil e no exterior comprovam que
falhas ocorridas dentro do planejamento e controle estão entre os principais motivos a bai-
xa produtividade do setor, de suas grandes perdas e da pouca qualidade de seus produtos

Software Para Auxílio No Planejamento E Controle De Obras


Ms Project
Utilizar de métodos computacionais no setor de engenharia civil concentra-se
principalmente na busca por soluções para os problemas de projeto. Leach (2000) relata
que a gestão de projetos tem a tendência de buscar o detalhamento do planejamento,
da medição e do controle para que assim, possa atender as necessidades de qualidade
e de tempo dos clientes.
Durante o planejamento, uma grande quantidade de dados precisa ser processada
e avaliada, até que esteja finalmente pronta para ser utilizada. Com o auxílio de softwares
específicos para gerenciamento de projetos é possível se obter um desenvolvimento do
planejamento e da utilização dos recursos de forma simples e racional (GEHBAUER et al.,
2002). Um dos softwares mais utilizados para o planejamento de obras é o MS PROJECT.
O MS Project foi desenvolvido pela Microsoft Corporation direcionado para a
gestão de projetos, que proporciona um maior controle por meio do uso de técnicas de
auxílio. Através desse software os gestores conseguem atingir metas e cumprir prazos,
gerando um maior desempenho e consequentemente melhores resultados. Barra
(2013) afirma que esse software é conduzido pela gestão de três fatores importantes,
sendo eles: tempo, recursos e custos. O autor, relata que esse programa contém em
seu banco de dados informações do projeto, e por meio disto, pode ser desenvolvido
um cronograma, levantamento de custos, dentre outros elementos que podem ser
calculados e controlados por meio do planejamento.
Esse recurso permite a avaliação de sequências de execução da obra em linha
de balanço, o que facilita a integração das tarefas. Podem ser citados como recursos
do MS Project: Alocação de recursos e custos; Planejamento de um cronograma;
Desenvolvimento de controle de cronograma; Plano de utilização do orçamento;
Estimativas de prazos de duração das atividades; dentre outros.
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Figura 5: Layout do MS Project


Fonte: Braga (2022)

É indiscutível que a utilização de softwares em uma construtora é de extrema


importância, isto porque o tempo atual não permite nenhuma empresa sobreviver no
mercado sem o uso da tecnologia. Uma empresa do ramo da engenharia civil, deve
utilizar de diversos softwares seja no setor do escritório ou no canteiro de obras para
garantir assim, garantir a qualidade do empreendimento, elevar o nome da empresa
e consequentemente o lucro permitindo assim, sua permanência em um mercado de
grande competitividade que é a engenharia civil.

1.2 TIPOS DE PLANEJAMENTO


O planejamento de obras apresenta divisões. As diferentes atividades que
acontecem durante a execução do planejamento das obras são relacionadas e
responsabilizadas por diferentes níveis. Assim, definem-se as respectivas divisões de
planejamento:
Planejamento de longo prazo:
O planejamento de longo prazo é colocado em prática usado nas atividades
executadas antes da obra, sendo o nível menos detalhado por existir uma grande
quantidade de incertezas referente ao empreendimento, assim como, por estar
relacionado a atividades de longo prazo. , onde são definidas a metas da obra, tais como
definições de datas de início e fim das grandes etapas da mesma, compreendendo
a etapa de orçamento, fluxo de caixa e definição de layout do canteiro (PATTUSSI,
2006 apud CARNEIRO, 2009), identificando as variáveis críticas como os riscos,
oportunidades, pontos fracos e fortes. Esse nível é chamado de plano mestre. O seu foco
16
é o estabelecimento dos objetivos dos empreendimentos, as estratégias de alto nível
que devem ser alcançadas, definir o modelo de governança e a elaboração do plano
do projeto.
O planejamento de longo prazo é considerado como o menos detalhado, por
se referir as atividades realizadas em longo prazo, sendo revisado apenas quando
aparecem alterações significativas nos objetivos do projeto que necessitem de uma
reanálise. Visando uma análise de todas as possíveis hipóteses, em diversos ângulos, é
importante que ele seja desenvolvido pelos representantes das diversas áreas, como:
Arquitetos, Seguranças do trabalho, orçamentistas, mestres de obras, entre outros.
É caracterizado por possuir alto índice de risco, com grandes incertezas e mínimo
detalhamento.
O planejamento de longo prazo, proporciona a organização encontrar, as
principais linhas de base (custo, prazo); as premissas e restrições consideradas; um
cronograma de suprimentos; um projeto logístico de alto nível;
Então, pode-se afirmar que o planejamento de longo prazo é indicado
para compreender a obra e tomar decisões organizacionais. Para confeccionar o
planejamento estabelece datas, de início e fim das etapas, como também indicar o
ritmo de execução. Pode ser realizado através de diferentes técnicas, como: Linhas de
Balanço, redes de precedência e diagramas de Gantt.
Planejamento de médio prazo:
O planejamento de médio prazo utiliza dos planos de longo prazo definindo
os recursos e as suas limitações para que as metas que foram determinadas no
planejamento de longo prazo sejam cumpridas. Nesse nível de planejamento é
estabelecido qual a quantidade de trabalho que é necessário realizar, assim como,
define a programação e sua sequência, de acordo com o planejamento de longo prazo.
É previsto que esse nível de planejamento levará aproximadamente 90 dias para ser
concluído, com revisões periódicas.
Os objetivos de um plano de médio prazo são : Pesquisar métodos detalhados
para realizar o trabalho ; Dividir o escopo em pacotes de trabalho gerenciáveis, Equilibrar
a carglanejmento de curto prazo:
No planejamento de curto prazo temos planos relacionados diretamente com os
processos construtivos, trata-se da “produção protegida” onde ocorre uma busca pela
proteção da produção combatendo as incertezas e garantindo o fluxo produtivo assim
como, certificando-se que nenhuma atividade seja realizada sem que todos os recursos
necessários estejam disponíveis. O seu grau de detalhamento é considerado alto e não
havendo muita discordância das atividades executadas com o planejamento. O seu
tempo estimado de execução são ciclos semanais, realizando acompanhamento e
programação.
Por meio da filosofia de construção enxuta, surgiu uma forma de avaliação das
atividades desenvolvidas a curto prazo nas obras. Sendo ela, a fórmula:

𝐴𝑡𝑣. 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑃𝑃𝐶 = 𝑥 100
𝐴𝑡𝑣. 𝑝𝑟𝑜𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎𝑠

Esta fórmula proporciona a medida de desempenho do planejamento utilizando


um índice nomeado de PPC (porcentagem de planejamento concluído). Este índice é
considerado um dos principais indicadores de desempenho na construção civil,
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O PPC é utilizado como parte integrante do Last Planner System (LPS), e tem a
função de medir a conclusão dos pacotes de trabalho planejados em um período de
tempo, mais usualmente utilizado como um indicador semanal. O objetivo do PPC é
avaliar quão bem é a qualidade do planejamento do projeto, aferindo o alinhamento
entre ele e o projeto de campo.

FIQUE ATENTO
Os planejamentos de obras também são divididos por dimensões, e essa divisão trata de
dois tipos, sendo eles horizontal e vertical. No Planejamento horizontal são determinadas
as etapas de distribuição de planejamento e controle bem definidas, já no Planejamento
vertical tem-se a divisão hierárquica da gestão de obra, onde são definidos os níveis de
planejamento de acordo com o seu grau de detalhamento, os níveis são: estratégico, tático
e operacional.

BUSQUE POR MAIS


O planejamento de obras é de extrema importância para garantir uma cons-
trução civil eficiente e de qualidade. Anteriormente, conhecemos e entendemos
um pouco sobre os tipos de planejamentos e para ampliar esse conhecimento
é importante realizar pesquisa e buscar sempre entender melhor cada tópico. O
link apresentado abaixo irá auxiliar no aprofundamento do conhecimento sobre
os níveis de planejamento, sugere-se a leitura do capítulo 1 do material, en-
tretanto, seja curioso) e busque por mais! Disponível em: https://shre.ink/T5oQ.
Acesso em: 20 maio. 2023.

1.3 MALEFÍCIOS DA FALTA DE PLANEJAMENTO


É notório que no setor de construção a uma falta ou uma execução incorreta
do planejamento de obras, principalmente nas obras consideradas de pequeno/médio
porte. Com isto, as construtoras podem ter consequências desastrosas dentro de suas
obras.
Pode ser citado como desperdícios na construção causados por falta de
planejamento e controle adequado: os desperdícios de materiais, de tempo, de recursos
financeiros, de equipamentos, maquinários e mão de obra. Além destes, existem outros
problemas decorrentes de um planejamento de obra malsucedido, são eles:
Má dimensionamento e alocação de equipes e recursos: Sem um planejamento
inicial de toda a obra, a equipe e os recursos ficam propícios e vários erros, representando
prejuízos que podem chegar a inviabilizar a execução da obra.
Erros nos projetos e falta de compatibilização: Dentre os principais erros que
ocorrem na etapa de projetos, são: falta de especificação dos materiais, erros em cotas,
alturas e níveis, falha na distribuição dos pontos elétricos/hidráulicos.
Prazo: A obra sem planejamento é incapaz de cumprir com os prazos.
Aumento de custo: Esse problema está ligado diretamente com o prazo, visto
que, quando a obra não finaliza dentro do tempo esperado, é considerada em atraso
e consequentemente seus recursos precisam ser renovados, gerando um aumento
18
de gastos. Outra situação de alteração de custos, é quando ocorre a necessidade de
refazer um serviço.
Qualidade: A qualidade de uma obra passa a ser comprometida quando ocorre
a necessidade de refazer serviços, como também, quando não há um sistema de
acompanhamento de atividades.

VAMOS PENSAR?
Como lidar com os problemas em obras e saber evitá-los? Saber lidar e solucionar os im-
previstos rotineiros é algo crucial. Para resolvê-los é importante está atento com os dados
realistas do planejamento e está sempre revendo as suas etapas podendo identificar a
ausência de informações e as mudanças que forem necessárias, ter controle de suprimen-
tos e sempre buscar por uma equipe bem estruturada.

BUSQUE POR MAIS


Foram apresentados diversos problemas que são causados pela falta de pla-
nejamento, no entanto, seja curioso) e busque por mais! Para auxiliar cada vez
mais no conhecimento sobre os desperdícios causados pela falta de planeja-
mento, sugere-se a leitura do artigo Principais Desperdícios na Obra Gerados
pela Falta de Planejamento apresentado no link: https://shre.ink/T5pV. Acesso
em: 20 maio. 2023.
19

FIXANDO O CONTEÚDO
1. (FGV-2022). O diagrama de Ishikawa, também conhecido como diagrama espinha
de peixe, é uma das principais ferramentas gestão da qualidade e tem como objetivo.

a) Permitir o estabelecimento de um padrão de variabilidade na produção, estipulando


limites inferiores e superiores de desvios.
b) Mobilizar os funcionários a adotarem práticas mais disciplinadas e higiênicas,
priorizando a adoção de comportamentos contínuos e em grupos.
c) Auxiliar o gestor a compreender relação de causa e efeito entre os problemas que
afetam o sistema de produção, por meio do uso da metodologia 6M.
d) Identificar os responsáveis por cada atividade da organização, facilitando a
premiação dos melhores funcionários e incentivando a inovação.
e) Utilizar símbolos e legendas que permitam a visualização do fluxo das atividades,
facilitando uma compreensão abrangente do processo.

2. De acordo com Thomaz (2001), em seu livro “Tecnologia, gerenciamento e qualidade


na construção”, assinale a alternativa em que trata de uma característica de um
consultor experiente (projeto e obra) contratado para coordenar um projeto:

a) Alto domínio de técnicas de projeto


b) Não possuir uma visão multidisciplinar
c) Não ter imparcialidade entre técnicas e custos
d) Pouco domínio de técnicas de projeto
e) Conhecer de forma razoável a “cultura da empresa”

3. Sobre o planejamento de obras, marque V para as assertivas verdadeiras e F para as


falsas.

( ) Planejamento de curto prazo visa à execução propriamente dita. Esse planejamento


desenvolve uma programação para um horizonte de quatro até seis semanas, detalhando
as atividades a serem executadas. Nesse caso, já há a garantia do fornecimento de
materiais e de mão de obra e o conhecimento do ritmo normal da obra.
( ) Planejamento de longo prazo faz a identificação e eliminação de atividades físicas,
gerenciais ou de recursos que estejam impedindo a realização de outra atividade e
com isso, identifica-se antecipadamente os problemas.
( ) No planejamento de curto prazo seu grau de detalhamento é considerado alto e
sem haver muita discordância das atividades executadas com o planejamento.

Assinale a sequência correta.

a) V- F- V.
b) V- V- V.
c) V- F- F.
d) F- V- V.
20
e) F- F- V.

4. (CEBRASPE-2022). Assinale a opção que indica uma ferramenta da qualidade


que propõe analisar uma série de possíveis causas que colaboram para ocasionar
determinado efeito.

a) 5W2H
b) Gráfico de controle
c) Diagrama de Ishikawa
d) Diagrama de Pareto
e) Ciclo PDCA

5. (INSTITUTO CONSULPLAN-2023). Na etapa de construção do empreendimento, o


acompanhamento do planejamento é a etapa chamada controle. O controle é realizado
por meio de mecanismos dinâmicos que possam mostrar as variações existentes entre
o planejado e o realizado. É mediante o controle, entre o planejado e o realizado, que é
feita a gestão da qualidade. A qualidade é um objetivo que deve ser constantemente
observado no decorrer da obra. Assinale a alternativa que informa uma ferramenta
para a gestão da qualidade:

a) Ciclo PDCA
b) Fluxograma
c) 5W2H
d) Mapa mental
e) Plano de negócios

6. (CIARR – 2022). Leia o texto a seguir.

Gestão de obras é um tipo de serviço contínuo e dinâmico, que tem como foco a
efetivação de projetos de arquitetura e engenharia e suas execuções. É a melhor
garantia para que tudo se materialize no tempo proposto, e dentro do orçamento que
foi estipulado. Cada etapa de uma obra precisa ser bem planejada, para que tudo saia
corretamente, de acordo com o esperado. Ainda bem que existem profissionais, com
conhecimentos em campos específicos, que podem fazer isso acontecer. Com relação
às ferramentas de planejamento físico de obras, pode-se afirmar que:

a) O MS Project é uma excelente ferramenta capaz de relacionar atividades e serviços


dependentes.
b) A Curva S de planejamento possibilita essa relação entre as atividades e serviços de
um empreendimento.
c) As Linhas de Balanço possibilitam a congruência de várias atividades e serviços para
um empreendimento civil.
d) Curva ABC fornece detalhadamente os insumos de cada uma das faixas, com
atenção especial por parte do empreendedor aos insumos que ocupam a faixa A.
e) Nenhuma das afirmativas.

7. (MS Concursos-2020). O custo global de referência de obras e serviços de engenharia,


21
e os serviços e obras de infraestrutura de transporte, no que se refere às obras públicas,
será obtido a partir das composições dos custos unitários de qual (is) sistema (s) de
referência?

a) TCPO.
b) SINAPI e TCPO.
c) TCPO e SICRO.
d) SINAPI e SICRO.
e) Nenhuma das alternativas.

8. O planejamento de obras é a primeira etapa de qualquer projeto construtivo. É com esse


passo inicial que se estabelece os objetivos, custos, etapas, prazos, acompanhamento,
controle e outras atividades de cunho organizacional da obra. Marque a opção que
indica o que deve constar no planejamento da sua obra.

a) Início da obra sem um orçamento fechado.


b) Cronograma de execução detalhado da obra.
c) Ferramentas e equipamentos que não serão utilizados na obra.
d) Começo da obra sem um licenciamento e regularização da obra.
e) Projetos arquitetônicos em andamento.
22

ETAPAS PARA O
PLANEJAMENTO
23
2.1 O QUE É CICLO PDCA?
O PDCA origina-se do inglês Plan, Do, Check, Act (Planejar, Fazer, Checar e Agir),
surgiu por volta da década de 30 desenvolvido pelo norte-americano Walter Andrew
Stewart, que foi um físico, engenheiro e estatístico. Stewart afirmou que os passos
para melhoria deviam fazer um círculo, constituindo um “processo científico dinâmico
de aquisição de conhecimento”. O ciclo PDCA demonstra que planejar e controlar é
considerada como uma constante dentro de um empreendimento, onde o planejamento
inicial vai necessitando de atualização com o passar dos dias. Dessa forma, pode-se
afirmar que o foco desse sistema está em proporcionar melhoria contínua nos processos.
Compreende-se o Ciclo de PDCA como um agrupado de ações, sendo estas, ordenadas
e interligadas entre si, onde sua principal função é realizar a divisão dos processos em
algumas fases, buscando atingir as metas e melhorar as atividades dos respectivos
negócios. Dentro do ciclo, cada quadrante indica uma fase do processo: P – plan
(planejar); D – do (fazer, desempenhar); C – check (checar, controlar) e A – act (agir,
atuar).
Observa-se que o serviço prestado pelo setor de construção civil tem uma forte
ligação com esse método de gestão, visto que, a área de construção de obras trata-se
de aplicações de grandes projetos sendo colocados em prática, onde são envolvidos
pequenos ciclos apresentando várias etapas.
As fases do ciclo PDCA são apresentadas em quatro subdivisões, sendo elas:
Planejar – “Plan” (1° FASE): Nesta fase ocorre a definição de quais serão os processos
que devem ser executados pela equipe e dessa identificar de maneira mais eficiente
os problemas e oportunidades que podem surgir no decorrer da obra, averiguando as
possíveis causas e adiantando soluções. Esta etapa desenvolve informações de metas
e prazos de conclusão.
Esta fase é subdivida em 3 etapas, sendo elas:
• Estudo do projeto: Consiste em um estugo geral, de todas as fases do projeto em
todos os aspectos.
• Definição da metodologia: Trata-se de definir toda a metodologia que será
implantada, a metodologia envolver todas as atividades, compra de equipamentos,
contratações, logística e transporte.
• Geração de um cronograma e as programações: Absorver todas as informações da
obra, e em seguida criar um cronograma com as fases especificadas e em ordem,
baseando-se no orçamento e na quantidade de mão de obra.
Fazer – “Do” (2° FASE): É uma fase que busca seguir o planejamento inicial, colocando
em prática as atividades que foram definidas, tentando executar as atividades de acordo
com o que foi previsto, respeitando o orçamento. Em caso do surgimento de falhas,
buscar solucionar adaptando os processos. “A eficiência dessa fase de execução está
diretamente ligada à qualidade do planejamento da fase anterior (ANDRADE, 2003).”
Esse quadrante se subdivide em dois tópicos, sendo eles:
• Informar e motivar: Os gestores da liderança repassam para o resto da equipe,
quais os métodos e a sequência dos serviços que devem ser seguidos durante a
execução, assim como, a duração de cada atividade, sanando todas as dúvidas que
a equipa venha a ter, cumprindo todos os requisitos de produção e programação do
cronograma.
24
• Executar a atividade: Deve-se cumprir com as especificações definidas no
planejamento e assim, poder evitar perdas, retrabalhos e grandes mudanças no
projeto original.
Checar – “Check” (3° FASE): Trata-se do acompanhamento da execução das
atividades. Havendo a comparação do que foi planejado com o que está sendo
realizado e assim, analisar os resultados. Para Mattos (2019) é nesta fase que ocorre
monitoramento e controle do projeto. Observa-se quais foram os imprevistos e suas
respectivas soluções. Essa fase também é subdividida em dois setores: Fiscalização do
realizado e comparação do previsto com o realizado.
• Fiscalização do resultado: Realização de um levantamento das frentes dos serviços
e com isso, poder gerar dados comparativos e quantitativos para futuras análises.
• Comparação do previsto com o realizado: Após todos os serviços finalizados, ocorre a
comparação dentro do cronograma, associando-os e analisando o que foi produzido
e o que foi planejado.
Agir – “Act” (4° FASE): Identifica-se os problemas e as oportunidades que foram
desenvolvidas durante o projeto, ajustando os processos que não estão de acordo com
o planejamento, e assim, evitar que venham a ocorrer novamente em próximos projetos.
Para Mattos (2019) é indispensável a participação dos responsáveis pelo planejamento
e pela produção nessa etapa, uma vez que, a meta a ser atingida não é direcionada
exclusivamente para um único setor. Nesta fase, é habitual o aparecimento de várias
opiniões e questionamentos de todos os colaboradores envolvidos no gerenciamento
da obra. Em casos de desvios, coloca-se em prática ações corretivas e se inicia uma
investigação detalhada para evitar que este evento se prolongue e dificulte a aplicação
de uma ação corretiva em pouco tempo.
Segundo Mattos (2019) esse ciclo procura deixar evidente para a equipe de projeto,
que não é só planejar e sim praticar também um monitoramento de atividades e em
seguida fazer comparação entre os resultados reais com os resultados desejados.

Figura 6: Ciclo PDCA


Fonte: Dória Mattos (2019)
25
Mattos (2019) afirma que o nome ciclo já indica que o PDCA não é finalizado em
apenas uma rodada, ele deve ser utilizado de maneira contínua. O autor explica que
quanto mais frequente a sua aplicação mais aperfeiçoado se torna o planejamento.
Assim, na fase inicial da obra, durante o planejamento inicial, o ciclo PDCA também
pode ser utilizado para verificação se o que está sendo planejado tem consistência.
BENEFÍCIOS
O uso do ciclo PDCA oferece os mesmos benefícios que proporciona em qualquer
setor, uma redução de riscos e erros, além de uma otimização de processos, resultando
em um canteiro de obras mais organizado, a gestão de obras em controle e maior
qualidade, produtividade e lucratividade para todo o projeto construtivo.
Entre os principais benefícios que o controle ofertado pelo PDCA proporciona ao
planejamento e execução na construção civil, podemos citar:
• Orçamentos mais assertivos;
• Melhor gestão de compras;
• Acompanhamento da produtividade no canteiro de obras;
• Gestão de uso de insumos mais detalhada;
• Otimização no acompanhamento e cumprimento do cronograma de obras;
• Análise de riscos mais eficiente;
• Criação de banco de dados e históricos de projetos para futuras consultas.
APLICAÇÃO DO CICLO PDCA
A seguir será demonstrado um exemplo de prática do ciclo PDCA em uma
instalação elétrica de uma obra que apresentou um atraso de 99 dias devido um mau
planejamento financeiro e inconsistência de mão de obra, faltando apenas 8 meses
para o fim do prazo do cronograma.
Portanto, sugeriu-se o seguinte ciclo PDCA para resolução dos problemas
detectados.

Figura 7: Ciclo PDCA sugerido para instalação elétrica de uma obra


Fonte: Nascimento (2013)
26

VAMOS PENSAR?
É de extrema importância que uma produção ou uma prestação de serviço concedido por
uma empresa necessita de um bom alinhamento entre suas atividades. Portanto, o ciclo
PDCA tem importância apenas para otimização de processos?

BUSQUE POR MAIS


Como citado anteriormente, uma das principais características existente no pla-
nejamento e controle de obras é a constante repetição, sendo assim, o crono-
grama nunca está pronto e para mantê-lo atualizado é importante o uso da
ferramenta de melhoria contínua, PDCA. No entanto, seja curioso e busque por
mais! Sugiro assistir o vídeo onde será demonstrado o uso do ciclo PDCA em
alguns tipos de obras e comentado quais os tipos onde não se deve utilizá-lo.
Disponível em: https://shre.ink/T5E6. Acesso em: 20 maio. 2023.

Além deste vídeo, também é recomendado a leitura do capítulo 3 do livro Pla-


nejamento e controle de obras que está disponível no Link: https://shre.ink/T5EE.
Acesso em: 20 maio. 2023.

2.2 IDENTIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES


Durante o planejamento de uma obra, são seguidos passos definidos, onde são
coletados dados anteriores e acrescentado mais alguma informação. Sendo assim, o
roteiro do planejamento para obras deve seguir essa seguinte ordem:
1. Identificação das atividades;
2. Definição das durações;
3. Definição da precedência;
4. Montagem do diagrama de rede;
5. Identificação do caminho crítico;
6. Geração do cronograma e cálculo das folgas.
A etapa de identificação das atividades, deve preceder as outras. Nesta fase
ocorre a determinação do cronograma construtivo de toda a obra, apresentando todos
os detalhes. É desenvolvido um levantamento de quais as atividades serão realizadas,
desmembrando o projeto em partes menores, proporcionando uma melhor organização.
Para Dória Mattos (2019) A ferramenta que oferece a melhor maneira de identificar
as atividades, é chamada de estrutura analítica do projeto (EAP), que trata de uma
estrutura hierárquica em níveis, onde mostra todas as atividades e subatividades que
irão ser praticadas na obra em formato de lista. A EAP tem a vantagem de permitir
que as listas de atividades sejam facilmente checadas e corrigidas. O EAP pode ser
apresentado em três formatos:
(A) FORMATO EM ÁRVORE.
(B) FORMATO ANALÍTICO: Esse formato é considerado o mais utilizado nos principais
softwares de planejamento.
(C) MAPA MENTAL: Diagrama simples que atua com a conexão das informações
com um tema central. É um formato bastante poderoso, por facilitar a memorização e
27
consequentemente o aprendizado.
A seguir será um melhor entendimento, será apresentado por meio da ilustração
(Figura 8), os três tipos de formatos.

Figura 8: Os três tipos de formatos do EAP


Fonte: Dória Mattos (2019)

O mapa mental é importante para o EAP por ofertar uma aparência muito intuitiva.
Seu conceito condiz em uma estrutura com formato de árvore divido em ramos, durante
a atividade cada ramo se subdivide em ramos menores e isso acontece até que todo o
escopo do projeto seja identificado. Esse tipo de ferramenta é indicado principalmente
para trabalhos de equipe.

BUSQUE POR MAIS


Como demonstrado, o método é utilizado para facilitar a execução das fases
de um projeto, no entanto, seja curioso e busque por mais! É fundamental um
aprendizado mais profundo sobre o respectivo assunto. Sendo assim, sugere-se
a leitura do capítulo 5 do livro Planejamento e controle de obras. Disponível em:
https://shre.ink/T50J. Acesso em: 20 maio. 2023.

2.3 DEFINIÇÃO E MONTAGEM DE CRONOGRAMA DE REDE


Essa etapa, consiste nas definições das durações de cada atividade executada
dentro da obra. A duração significa a quantidade de tempo, podendo ser em horas, dias,
semanas ou meses. A quantidade de tempo definida para cada atividade, é dividida
em dois tipos, sendo eles:
• Fixa, quando não é dependente de nenhum equipamento ou outro tipo de recurso.
Exemplo: Cura do concreto;
28
• Variável, quando a respectiva atividade depende de algum tipo de recurso. Exemplo:
Uma pintura.
De acordo com Mattos (2019) para melhor entendimento, pode-se citar como
exemplo, os dados referentes a construção de uma casa hipotética. Levando em
consideração os seguintes dados:
- Quantidade de alvenaria: 120m²
- Produtividade do pedreiro: 1,5m²/h
- Jornada de trabalho: 8h/dia
Cálculo:

120𝑚2
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜 = = 80ℎ ( 80 𝐻ℎ − ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 ℎ𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑑𝑟𝑒𝑖𝑟𝑜�
1,5 𝑚2 ⁄ℎ

A seguir, é apresentado uma tabela com a duração da atividade de alvenaria em


conjunto com o número de pedreiros presentes na equipe

Figura 9: Tabela de duração das atividades em conjunto com o número de pedreiros


Fonte: Dória Mattos (2019)

O profissional responsável pela etapa de planejamento define a relação prazo/


equipe que seja mais conveniente ser adotada para o determinado caso. Com isso,
tem-se uma união da produtividade com a duração e o orçamento, e assim, a obra
passar a conter uma integração de orçamento-planejamento.
Para o exemplo ilustrado, designou uma equipe de dois pedreiros para a tarefa
com a duração de 5 dias.

Figura 10: Duração das atividades


Fonte: Dória Mattos (2019)
29

FIQUE ATENTO
Logo após a definição de duração das atividades, tem-se a definição da precedência. A
definição de precedência representa a dependência de uma atividade sobre outra, em que
é impossível iniciar a próxima atividade sem finalizar a atividade que está sendo realizada.

Para Mattos (2010) essa etapa é de grande importância para a montagem do


cronograma, sendo assim, deve ser bem elaborado pelo fato de que existem atividades
correlacionadas entre si.

Figura 11: Exemplo de quadro de definição de duração das atividades


Fonte: Dória Mattos (2019)

Montagem do diagrama de rede


Após definição da sequência e duração das atividades determinadas, é realizado
a montagem do Diagrama de Rede. O diagrama de rede representa graficamente
(denominado de diagrama) as atividades e as dependências logicas que ocorrem
entre elas (denominado de rede), possibilitando uma melhor visualização da lógica,
além de servir de matriz para calcular os caminhos considerados como críticos e as
folgas através da técnica de PERT/COM.
Existem duas formas de representar o Diagrama de Rede, sendo elas:
• Por flechas (arrow diagramming method – ADM), mostra as atividades representadas
por flechas entre dois pontos. Os dois pontos indicam que há convergência ou
divergência entre as atividades;
• Por blocos (precedence diagramming method – PMD) mostra as atividades
representadas por blocos com ligações entre si representadas por flechas indicando
relação de dependência;
A figura 11 demonstra dois exemplos de diagramas de rede, sendo eles de flechas
a) e de blocos a).
30

Figura 12: Exemplos de Diagramas de flechas e de blocos


Fonte: Dória Mattos (2019)

Os passos para desenho da Rede de Diagramas são:


1. Iniciar a rede com um evento ÚNICO, sendo desenhado ao lado esquerdo;
2. Do evento inicial faz a ligação com as atividades iniciais, aquelas que não possui
predecessoras;
3. As outras atividades partem de suas predecessoras;
4. A rede é finalizada com um evento final único, sendo desenhado ao lado direito
5. Deve-se numerar os chamados “nós” que são os eventos. Essa numeração deve ser
feita em ordem crescente e sequencialmente.
Exemplo: Montar um diagrama de rede por meio do método de flechas de acordo
com a tabela ilustrada na Figura 13.

Figura 13: Quadro de sequência das atividades


Fonte: Dória Mattos (2019)

O diagrama de rede formado como solução é representado na Figura 13 abaixo.

Figura 14: Diagrama de rede


Fonte: Dória Mattos (2019)
31
O diagrama de redes mostra o caminho crítico do projeto, onde é indicado a maior
duração e consequentemente identifica a data de conclusão do projeto. Um diagrama
mostra a amplitude do projeto, pelo fato de apresentar as grandes atividades que
devem ser executadas no decorrer do projeto.

BUSQUE POR MAIS


Existe atividades sequenciadas em todos os tipos de projetos de obras, e é de
extrema importância que essas atividades se mantenham organizadas, visando
concluir com um projeto eficiente. Sendo assim, seja curioso a) e busque mais!
É crucial se aprofundar nos estudos de Diagrama de Redes, recomenda-se uma
leitura do capítulo 7 do livro Planejamento e controle de obras, encontrado no
link: https://shre.ink/TA04. Acesso em: 20 maio 2023.

2.4 FOLGAS
Depois de desenvolver a rede, identifica o caminho crítico e as atividades que não
estão nesse caminho indicam que possuem folgas. O conceito de Folgas corresponde a
uma margem de tempo (horas, dias, semanas e etc.) que garante flexibilidade entre as
atividades não críticas, ou seja, refere-se a um tempo adicionado na execução de uma
atividade que não irá interferir negativamente na duração do projeto.

Figura 15: Exemplo de Folga


Fonte: PMKB (2013)

Na Figura 14 as atividades de cores verdes indicam que estão fora do caminho


crítico podendo afirmar que contém folga.
Existem dois tipos de folgas, folga livre (Free Float) e folga total (Total Float). A
folga livre representa o tempo que uma atividade pode atrasar sem prejudicar o início
da atividade sucessora, já a folga total conceitua os casos em que a atividade pode
atrasar sem impactar no tempo final do projeto.
Para melhor entendimento, a seguir será ilustrado um exemplo de folga livre em
diagrama de redes do tipo blocos.
32

Figura 16: Exemplo de folga livre


Fonte: Guia da engenharia (2020)

Nota-se que o caminho crítico é representado pelas atividades A-B-F-G, onde a


DT (duração total) desse projeto é em 20 dias, porém pode observar que as atividades
na sequência A-C-E-G tem a duração de 18 dias. Então, conclui que o tempo de FT
(Folga total) são de 2 dias.

FIQUE ATENTO
No modelo de rede de diagramas do tipo flecha, as folgas são calculadas após a deter-
minação do caminho crítico, porém, no modelo de rede de diagramas do tipo blocos, as
folgas irão ser calculadas simultaneamente com o cálculo da rede.

BUSQUE POR MAIS


As folgas são de extrema importância para o planejamento do projeto construti-
vo. Então, seja curioso e busque mais! Dessa forma, com o intuito de passar mais
aprendizado sobre o conteúdo de folgas, onde se pode desenvolver seus cálcu-
los e aprender sobre os seus outros tipos de folgas, indica a leitura do capítulo 10
do livro planejamento e controle de obras do autor Dória Mattos, 2ª Edição, pu-
blicado em 2019. Disponível em: https://shre.ink/TADV. Acesso em: 20 maio. 2023.
Além do capítulo 10 do livro de planejamento e controle de obras, indica-se o ví-
deo mostrado no link: https://shre.ink/TADE para um aprendizado bastante con-
siderável acerca dos tipos de folgas, um assunto complexo de grande importân-
cia para construção civil.
33

FIXANDO O CONTEÚDO
1. (CONSULPAM-2023). Trata-se de um programa de análise e de melhoria, utilizado
para executar e implantar um novo processo ou de um projeto na empresa, ou mesmo
para avaliar a eficiência de um processo que já existe.
A definição acima diz respeito ao conceito de:

a) SWOT.
b) CRM.
c) GUT.
d) PDCA.
e) Diagrama de redes.

2. (VUNESP-2023). No Ciclo PDCA sobre controle de processo, e de plano, a fase que


estabelece as metas sobre os itens de controle e também a maneira para atingir as
metas, bem como o estabelecimento de padrões é:

a) Action.
b) Check.
c) Do.
d) Feedback.
e) Plan.

3. (FCC-2013). Considere o cronograma PERT-CPM de uma obra de construção civil.

No cronograma PERT-CPM, as letras indicam as atividades cujos tempos, em dias, estão


indicados abaixo das letras. A folga possível no caminho das atividades A, C, F, J e N, em
dias, é:

a) 2.
b) 4.
c) 6.
d) 8.
e) 5.

4. (IDIB-2020). O caminho crítico reúne as atividades que estão diretamente ligadas ao


prazo total da obra, caso alguma atividade do caminho crítico atrase, o prazo final da
34
obra será atrasado também. E as atividades que não estão no caminho crítico possuem
certa margem de tempo em sua execução. A essa margem de tempo é dado o nome
de Folga. Nos métodos de execução do planejamento, essa folga possui formas de ser
calculada. Indique abaixo o item correto quanto ao cálculo das folgas no método dos
blocos.

a) As folgas são calculadas posteriormente a identificação do caminho crítico.


b) As folgas são calculadas concomitantemente com o cálculo da rede, com seu registro
fora do quadro da atividade.
c) As folgas, geralmente, são colocadas num quadro a parte e não na atividade em si
nesse método.
d) As folgas são calculadas ao mesmo tempo com o cálculo da rede, sendo registrada
diretamente dentro do quadro da atividade.
e) Todas as alternativas estão corretas.

5. (FGV-2023). Assinale a opção que indica um aspecto que deve ser eliminado, quando
ocorrer, durante a realização do planejamento do sequenciamento de atividades de
uma obra.

a) Atividade que não possui atividade predecessora.


b) Existência de caminhos críticos.
c) Ausência de folga para realização de determinada atividade.
d) Existência de circularidade.
e) Existência de caminhos críticos.

6. (FUNDATEC-2023). Mattos (2019) afirma que, para planejar uma obra, é necessário
subdividi-la em partes menores (processo conhecido por decomposição). A estrutura
hierarquizada que a decomposição gera recebe a denominação de estrutura analítica
do projeto (EAP). Em relação à EAP, analise as assertivas abaixo, assinalando V, se
verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) A EAP é também conhecida pela expressão em inglês work breakdown structure


(WBS).
( ) Além do formato tradicional de árvore de blocos, a EAP pode também ser apresentada
sob a forma de mapa mental.
( ) Uma mesma atividade pode estar em mais de um ramo da EAP.
( ) Na EAP, as atividades são relacionadas em ordem cronológica.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V-F-F-V.
b) V-V-F-F.
c) V-F-V-F.
d) F-V-F-V.
e) F-F-V-V.
35
7. (IBFC-2017). A EAP (estrutura analítica de projetos) é uma estrutura hierarquizada
aplicada ao orçamento da construção civil. Em relação a esse assunto, analise as
afirmativas.

I. A configuração de EAP (estrutura analítica de projetos) é a de uma árvore com


ramificações onde o nível superior representa o escopo total.
II. À medida que a EAP (estrutura analítica de projetos) se desenrola, os pacotes de
trabalho se tornam maiores e mais bem definidos.
III. Há uma regra bem definida para se construir uma EAP (estrutura analítica de
projetos).

Assinale a alternativa correta.

a) Estão corretas todas as afirmativas


b) Estão corretas apenas as afirmativas I e II
c) Está correta apenas a afirmativa I
d) Está correta apenas a afirmativa III
e) Nenhuma das afirmativas está correta

8. (FUNDATEC-2020). Em conformidade com a ABNT NBR ISO 21500:2012, no que tange


aos processos de gerenciamento de projetos, qual o propósito de se criar uma Estrutura
Analítica de Projeto (EAP)?

a) Alcançar a clareza do escopo do projeto, incluindo objetivos, entregas, requisitos e


limites para definir estado final do projeto.
b) Fornecer compreensão adequada e atenção às necessidades e expectativas das
partes interessadas.
c) Determinar os indivíduos, grupos ou organizações afetadas ou que afetam o projeto
e documentar informação pertinente relacionada a seus interesses e envolvimentos.
d) Fornece uma decomposição da estrutura hierárquica para apresentar o trabalho
que necessita ser completado, a fim de alcançar os objetivos do projeto.
e) Permitir a conclusão das atividades de projeto de forma integrada e de acordo com
os planos de projeto.
36

CRONOGRAMAS
37
3.1 TIPOS DE CRONOGRAMAS
O cronograma de obras é um tipo de documentação considerada como primordial
para o controle dos prazos de entrega das atividades de um projeto de construções
civil.
Segundo Mattos (2019) O cronograma trata-se de um instrumento utilizado
diariamente no planejamento de obras, e é se baseando nele que o gestor e a sua
equipe realizam as seguintes ações: Programação das atividades das equipes que
estão em campo, Instrução das equipes; Realização de pedidos de compras; Aluguel
de equipamentos; Convocação de operários; acompanhar o progresso das atividades;
Monitorar os atrasos e adiantamentos das atividades; Replanejamento da obra; Pautas
de reuniões.
Existem vários tipos de cronogramas de obras e que são aplicados em diferentes
aspectos, sendo assim, é essencial conhecer os modelos mais utilizados, sendo eles:
Cronograma físico, financeiro e físico-financeiro.
O primeiro tipo de cronograma que será comentado, refere-se ao cronograma
Físico.

FIQUE ATENTO
Dória Mattos (2019) confirma a existência do recurso gráfico chamado “Cronograma
Gantt” que permite a visualização das atividades com suas datas de início e fim. Trata-se
de um gráfico simples. A é apresentada a sua ilustração.

3.2 CRONOGRAMA FÍSICO


Cronograma físico é um método utilizado pelo gerenciamento de projeto, onde
são indicadas todas as etapas de execução de serviços para execução de todo o
projeto, permitindo ao gestor ter uma visão complexa do projeto. Nele são determinados
todos os prazos até o fim do projeto. Geralmente o cronograma é acompanhado de um
diagrama Gantt para ilustrar o avanço.
O cronograma físico é das etapas do projeto de uma obra e deve ser realizado
antes do projeto executivo, visando melhorar a análise dos responsáveis e identificar,
recuperar ou eliminar os processos que apresentarem problemas. Habitualmente o
cronograma é acompanhado de um diagrama DE Gantt para ilustrar o avanço. Podemos
afirmar que um cronograma feito de maneira eficaz pode ir muito além de atender aos
prazos.
38
Para um melhor uso da metodologia, indica-se as cinco etapas a seguir:
1. Definir as etapas e a estrutura analítica do projeto;
2. Escolher o software;
3. Sequenciar as atividades relacionando-as entre si;
4. Definir o tempo das atividades;
5. Analisar de maneira geral e acompanhar periodicamente.
Na fase de execução, um cronograma pode ter inúmeras linhas de base, pelo fato
de que o projeto pode sofrer alterações. É comum que tenha um novo documento para
comparação das expectativas com a realidade.

VAMOS PENSAR?
: Durante a montagem do cronograma físico, mais especificamente na etapa de sequen-
ciar as atividades, para definir a ordem das atividades, o que deve ser levado em consi-
deração?
Deve ser pensado nas atividades que se relacionam das seguintes formas:
- Fim com início: atividades que iniciam após outras terminarem;
- Início com início: atividades que precisam ser iniciadas ao mesmo tempo;
- Fim com fim: atividades que necessitam ser finalizadas juntas;
- Atividades que precisam de mais tempo para serem finalizadas: É crucial antecipar esse
tipo de atividades no cronograma;
- Pensar no efeito dominó: Um atraso de uma tarefa pode afetar todo o cronograma.

3.3 CRONOGRAMA FINANCEIRO


Após a realização do cronograma físico se torna mais fácil compreender todas
as atividades necessárias e então, realizar o levantamento dos custos e dos recursos
necessários para cada uma delas. É considerado importante para manter a conclusão
do empreendimento dentro do orçamento previsto inicialmente, assim como cada
etapa.
Com cronogramas financeiros e físicos bem elaborados é proporcionado um
melhor desenvolvimento em relação a identificação das necessidades da obra podendo
alocar corretamente os recursos e assim, aumentando a eficiência das equipes e
diminuindo o aumento dos custos com hora parada.
Assim como os outros tipos de cronograma, no cronograma financeiro é importante
um acompanhamento ao longo das execuções das atividades, em que o custo que foi
planejado é comparado com o custo de realidade desembolsado durante a obra. Se
houver uma diferença muito alta, o gerenciamento precisa providenciar rapidamente
ações que otimizem a execução e assim, dificultar possíveis prejuízos financeiros.

3.4 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO


Como já foi mencionado acima, os cronogramas do tipo físico e do tipo financeiro
estão correlacionados. Dessa forma, o cronograma físico-financeiro contribui para a
averiguação de quais vão ser os gastos durante a execução da obra. Nesse modelo de
cronograma, é possível incluir: as datas definidas, a avaliação dos custos, os recursos
necessários, a mão de obra que precisará ser empregada, além do regime de regras e
informações consideradas essenciais para a execução.
39
Pode-se concluir que o cronograma físico financeiro é de suma importância
para desviar-se do máximo de problemas possíveis referentes a gastos excessivos
ou prazos de entrega. Também auxilia no controle das atividades, na otimização da
equipe, melhora a qualidade do produto final e garante ao contratante/investidor mais
tranquilidade.
Para elaborar um cronograma físico-financeiro é primordial a participação de
vários profissionais como, o construtor, engenheiro, mestre de obras, orçamentistas,
entre outros profissionais que estão diretamente envolvidos com a obra.

Figura 17: Exemplo de um cronograma físico-financeiro


Fonte: Orçamentista (2018)

Esse tipo de cronograma possui muitas vantagens, como: Organização do tempo


e do caixa e garantia de financiamento, uma vez que, quando o projeto depende de
empréstimo bancário, os bancos exigem que o construtor envie o seu cronograma físico
financeiro.

BUSQUE POR MAIS


O cronograma físico-financeiro é um método que possibilita gerenciar as eta-
pas mais importantes da obra. Então, seja curioso a) e busque mais! É proposto
que haja um estudo complexo sobre o tema, indica-se assistir o vídeo onde é
realizado a resolução de um exercício sobre cronograma físico-financeiro. Dis-
ponível em: https://shre.ink/TAH6. Acesso em: 20 maio. 2023.
40
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (FCC-2012). No PMBOK, o processo de Desenvolver o Cronograma é o cerne do grupo
de processos de Planejamento. Existem várias ferramentas e técnicas para desenvolver
o cronograma do projeto. Duas dessas técnicas são semelhantes e permitem calcular a
duração do projeto. A primeira usa a duração mais provável, enquanto a segunda usa o
que se chama de valor esperado (ou média ponderada). Trata-se das técnicas:

a) Critical Path Method (CPM) e Technical Calculation Weighted Average (TCWA).


b) Network Critical Paths (NCP) e Technical Calculation Weighted Average (TCWA).
c) Calculation of Core Activities (CCA) e Network Critical Paths (NCP).
d) Critical Path Method (CPM) e Program Evaluation and Review Technique (PERT).
e) Program Evaluation and Review Technique (PERT) e Network Critical Paths (NCP).

2. Sobre o PERT-CPM, cronograma físico/ cronograma físico-financeiro, que são recursos


que ajudam a gerenciar a obra e o tempo de execução e suas equipes, assinale a
alternativa CORRETA.

a) No cronograma físico-financeiro, têm-se as atividades que serão realizadas, o custo


delas, o tempo que será executada aquela atividade, a depender da equipe (quantidade
de funcionários) que irá realizar.
b) As folgas das atividades são o tempo necessário para realização das atividades que
estão fora do caminho crítico.
c) O cronograma físico-financeiro mostra, em uma linha do tempo, apenas o começo
de cada uma das fases ou atividades da obra.
d) O caminho crítico é a atividade que apresenta mais tempo para ser finalizada.
e) No cronograma físico-financeiro, as despesas com a execução dos serviços são
detalhadas apenas em período anual, dependendo do tipo de construção.

3. (EASF-2013). No planejamento de uma obra, os cronogramas são elementos


que permitem o acompanhamento do desenvolvimento físico e financeiro de um
empreendimento. A respeito da elaboração de cronogramas e dos seus principais tipos,
é correto afirmar que:

a) O uso da informática acelera as informações e permite sua reprogramação, mas


não permite simulações, logo não melhora na execução dos cronogramas.
b) Para fins de cálculo de custos, o quantitativo de serviços a executar apresenta maior
variação que o de mão de obra.
c) A rede de atividades é um tipo usual de cronograma.
d) O gráfico de Gantt apresenta o inconveniente de não permitir o acompanhamento
do tempo de duração das atividades de um empreendimento.
e) O ordenamento das atividades não interfere na elaboração de um cronograma.

4. (IDIB-2020). O cronograma de obra é uma ferramenta de gestão de atividades com as


especificações de cada tarefa com data de início e de término. Essa atividade abrange
41
várias subatividades que devem ser somadas para que se tenha um cronograma
preciso. Uma dessas atividades envolve o levantamento detalhado de todos os custos
de um projeto para a elaboração de um documento para ser apresentado aos gestores
da obra e ao cliente. Marque abaixo o item que contém o nome dessa atividade.

a) Estimativa de Gastos;
b) Análise Econômica;
c) Orçamento;
d) Análise de Risco.
e) Análise de vendas.

5. (IBFC-2020). Na execução de um cronograma de obra, a atividade A, que durará


2 semanas para ser executada, é pré-requisito para a atividade B, que durará 3
semanas, e C, que durará 4 semanas. Ambas as atividades B e C são pré-requisitos
para a atividade D, que durará 1 semana. Assinale a alternativa correta que contém a
duração do caminho crítico para a conclusão da execução das atividades A, B, C e D do
cronograma:

a) 6 semanas.
b) 7 semanas.
c) 8 semanas.
d) 9 semanas.
e) 10 semanas.

6. (CPCON UEPB-2021). O cronograma físico-financeiro é uma ferramenta utilizada


para garantir a adequada gestão de uma obra. O orçamento e os prazos podem ser
controlados semanalmente ou mensalmente de acordo com cada etapa da obra,
sendo possível observar os recursos utilizados em cada uma destas etapas. Considere
o cronograma físico-financeiro de um empreendimento fictício abaixo, analise as
afirmações a seguir e responda o que se pede.
42
I. Durante os 6 primeiros meses da obra a soma dos serviços realizados representa o
percentual de 52,1%.
II. Pelos menos 50% das obras foram realizadas durante os primeiros 5 meses.
III. Até o mês 3 foi realizado 31,5% de toda a obra.

Está CORRETO o que se afirma em:

a) I apenas.
b) I e II apenas.
c) I e III apenas.
d) III apenas.
e) I, II e III.

7. (VUNESP-2014). O cronograma físico-financeiro de uma obra é um documento em


que são registrados, pela ordem de sucessão em que serão executados, os serviços
necessários à realização da construção e os respectivos prazos previstos, em função
dos recursos e facilidades que se supõe serão disponíveis.

A respeito do cronograma físico-financeiro de uma obra, é correto afirmar que

a) O cronograma físico-financeiro permite verificar o andamento das diversas frentes


de serviço, mas não auxilia na definição de prioridades em tarefas que eventualmente
estejam mais atrasadas em relação às demais.
b) Na elaboração de um cronograma físico-financeiro é dispensável obter informações
das pessoas-chave envolvidas diretamente na execução das obras, como engenheiros
executores, empreiteiros e mestres de obras.
c) O uso da informática na elaboração do cronograma físico-financeiro atrapalha a
coleta de informações, bem como sua reprogramação, quando necessária, e impede
simulações.
d) O PERT/COM e o Diagrama de Gantt são dois métodos de programação físico-
financeira de obras inviáveis na utilização no âmbito da construção civil.
e) A planilha orçamentária e o cronograma têm o mesmo conteúdo, isto é, os serviços
que foram orçados são aqueles que serão distribuídos ao longo do tempo possibilitando,
dessa maneira, os controles de custos e tempo de execução.

8. (VUNESP-2018). Para a construção de uma obra, utilizou-se o cronograma da figura,


em que as atividades estão representadas por letras, seguidas de suas durações, em
dias.
43
A duração dessa obra, em dias, é:

a) 27.
b) 19.
c) 16.
d) 14.
e) 10.
44

CONTROLE
ORÇAMENTÁRIO
DA OBRA
45
4.1 O QUE É ORÇAMENTO DE OBRA?
Um orçamento de obras define-se como o detalhamento dos custos diretos e
indiretos considerados imprescindíveis para a realização dos serviços, sendo estes,
ordenados em uma planilha orçamentária. A etapa orçamentaria em uma construção
é de extrema importância, pois ajuda a manter o controle dos gastos podendo evitar
problemas futuros, como também garante que os serviços sejam efetuados em tempo e
em custos menores estando dentro ou abaixo do planejado, proporcionando economia.
O levantamento desses custos deve conter tudo.
Um orçamento pode apresentar algumas particularidades. Dentre elas, temos:
ESPECIFICIDADE, TEMPORALIDADE, APROXIMAÇÃO.
ESPECIFICIDADE: Diz respeito às condições de realização da obra, como, as
especificações dos projetos, condições da empresa e do local da obra.
TEMPORALIDADE: Condiz com o tempo de validade de um orçamento, ou seja, um
orçamento realizado hoje pode não continuar válido quando a obra for inicializada, pelo
fato de que os preços variam de acordo com o tempo e com a inflação.
APROXIMAÇÃO: Trata-se do grau de precisão, onde um orçamento não é exato,
é apenas aproximado. Esses fatores impactam muito nos valores finais, tornando-se
comum as obras serem indeferidas por falta de planejamento financeiro.
Todo orçamento tem pelo menos quatro propriedades a serem respeitadas. São
eles:
Poder de representação
Proporciona a certeza de que o orçamento reflete a base de decisões de um
projeto construtivo. Vale salientar, que um orçamento só possui poder de representação
quando retrata os pré-requisitos, premissas, riscos e responsabilidades do respectivo
projeto.
Exclusividade
Reflete as particularidades da obra, pois é impossível aplicar um modelo de
orçamento que esteja adequado perfeitamente à obra, ou seja, cada projeto possui
seus fatores característicos que atingem diretamente o orçamento.
Valoração estimada
A valoração estimada leva à necessidade de controle de custos, sendo este, o
motivo que leva ao aprimoramento das informações apresentadas no orçamento.
Validade temporal
Essa propriedade reforça a ideia de que a uma necessidade de atualização nos
valores e nos quantitativos. Como a fase de orçamento de obra é um processo interrupto,
é fundamental a consideração das variações de preços, com novos impostos ou
alíquotas, novidades tecnológicas, dentre outras condições.

VAMOS PENSAR?
Percebe, então, que a etapa de orçamento é primordial em todos os tipos de empreendi-
mentos, sendo responsável por todo o financeiro da organização. Portanto, os custos indi-
retos representam um grande impacto nos orçamentos construtivos?
46
CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO PARA OS SERVIÇOS DE EXECUÇÃO DE OBRAS
É de extrema importância para aqueles que lidam orçamentos, propostas de
preços ter conhecimento dos principais fundamentos que compõem o preço final de
venda dos serviços de execução de obras no setor de construção civil.
Cálculo do preço de venda
Para a execução desse respectivo cálculo, é primordial o levantamento de todos
os custos diretos referentes a obra em questão, e em seguida realizar o adicional de uma
margem, com a finalidade de cobrir todos os gastos que não estejam incluídos. Esta
margem, refere-se ao BDI, onde está todos os custos adicionais inclusos (As despesas
indiretas da administração, custos financeiros, taxas, impostos e lucro).
Para melhor entendimento, vale ressaltar que a composição dos preços de venda
não inclui apenas os materiais a serem utilizados, contém a mão-de-obra necessária,
as despesas com a administração, fiscalização, taxas, ferramentas, impostos e o lucro
esperado.
Portanto, pode-se apresentar o cálculo da seguinte forma:
Preço de Venda (PV)=Custo Direto (CD)+BDI
Como, o BDI é expresso em percentual, torna-se necessários calcular dessa outra
forma:
𝐵𝐷𝐼(%)
PV = CD X 1+ ou PV = CD (1+b)
100

Sendo:
PV= Preço de Venda ou Orçamento
CD = Custo Direto ou Despesa Direta
BDI = Benefício e Despesa Indireta expresso em percentual
b= Benefício e Despesa Indireta expresso em número decimal
Composição dos custos
Identificação dos serviços
Para obter um custo total de uma obra é necessário ter o custo orçado de cada
serviço prestado, dessa forma, identificar o serviço é a origem da quantificação.
Levantamento de quantitativos
Essa ação é considerada como uma das principais atividades do responsável pelo
orçamento da obra, isso em casos que o projetista não os fornece detalhadamente. O
levantamento de quantitativos contém cálculos baseados em dimensões precisas já
inclusas no projeto.
Discriminação dos custos diretos
Sua unidade básica é a composição de custos, que podem ser unitários (quando
é referenciado a uma unidade de serviço e pode ser mensurável), ou podem ser
dados como verba (o serviço não pode ser traduzido em uma unidade fisicamente
mensurável). Para o cálculo dos custos unitários é necessário ter conhecimento
sobre sua composição, qual o material será utilizado, hora de trabalho dos operários
qualificados e não-qualificados, assim como, quantidade de horas de utilização dos
equipamentos. A tabela de composição de preços da TCPO-PINI, é um tipo de tabela
mais conhecida no mercado, onde são expostos os parâmetros de quantitativos e horas
necessárias para as composições dos principais serviços utilizados.
A composição de custos unitários inclui os insumos do serviço com suas
47
quantidades referentes a uma unidade e seus respectivos valores (pertencentes a uma
cotação de preços juntamente com a aplicação dos encargos sobre a hora-base do
trabalhador).

Figura 18: Exemplo de tabela TCPO-PINI de uma alvenaria com tijolo comum
Fonte: Tisaka (2006)

Para obtenção dos custos unitários, realiza-se a multiplicação dos parâmetros de


consumo, localizados no TCPO, pelos preços unitários dos materiais, preço horário dos
equipamentos e os salários-horas dos empregados.
É importante ressaltar, que os salários de mão-de-obra especializadas são
multiplicados antes pela taxa de Encargos Sociais.
Custo unitário de mão-de-obra = salário horário (1 + e), sendo e = 176,08/100 (*).
(*) Taxa de Leis Sociais sugerida.
Então: Custo Unitário de Mão-de-obra= Salário horário x (2,7608)
Discriminação dos custos indiretos
Dimensiona-se as equipes técnicas, de apoio e de suporte, identificando
as despesas gerais da obra, mobilização e desmobilização do canteiro, taxas e
emolumentos, entre outras despesas.
Definição de encargos sociais e trabalhistas
Definição do percentual de encargos sociais e trabalhistas que serão aplicados
na mão de obra.
48
Outros tipos de fontes que contém informações sobre preços de materiais e
serviços, são:
• SINAPI – Sistema Nacional de Preços e Índices para a Construção civil;
• SICRO – Sistemas de custos Referenciais de Obras;
• INCC – Índice Nacional de Custo de Construção.
Orçamentos de obras para poderes públicos
A elaboração de orçamentos de obras e serviços de engenharia para os Poderes
Públicos deve ser norteada pelas regras e critérios da lei, com o fim de estabelecer
parâmetros de preços para a licitação e contratação do objeto proposto pela
Administração Pública.
A Lei Federal 8.666/1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Esta lei, no
caput de seu artigo 3º, estabelece que: “A licitação destina-se a garantir a observância
do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para
a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade,
da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.”
A Licitação trata-se de uma modalidade de contratação pública resultante de
uma série de critérios gerais e específicos, propositando garantir o uso do dinheiro
público da melhor forma. As licitações de obras públicas apresentam três modalidades
mais utilizadas, são elas: Concorrência, Tomada de Preço e Convite.
CONVITE: Destinada a contratações de valores em até R$ 15.000,00. A administração
pública aciona três possíveis fornecedores do governo para participar, porém, deve
estender a oportunidade para outros fornecedores que estejam cadastradas.
TOMADA DE PREÇO: É destinada para contratações de valor intermediário, entre
R$ 150.000,00 e R$ 1.500.000,00. Essa modalidade possui duas etapas. A primeira etapa
acontece a apresentação das documentações que são exigidas dos interessados
no objeto de licitação, em seguida na segunda etapa, os licitantes apresentam suas
propostas de valores. Para está incluso na segunda etapa, o licitante tem que ter
realizado com êxito a primeira etapa.
CONCORRÊNCIA: Indicada para as obras públicas de contratações com valores
elevados, acima de R$ 1.500.000,00. Porém, em casos de que o objetivo licitatório é
considerado complexo mas com valores baixos ou intermediários, essa modalidade
também pode ser aplicada. Suas etapas são:
1º- Os licitantes mostram as comprovações de habilitação e suas propostas;
2º- As propostas são abertas e classificadas em ordem decrescente, após serem
verificadas é anunciada a licitante vencedora.
Há ainda a modalidade PREGÃO, regida pelo tipo de menor preço, não tendo
limites para valores de compra pública. É direcionada na aquisição de bens e serviços
considerados comuns e de qualquer valor. Sua realização é por meio da apresentação
das propostas e lances sucessivos.
49
4.2 TIPOS DE ORÇAMENTO?
Após o entendimento do conceito de um orçamento e sua importância, é ideal
conhecer mais sobre os seus tipos e como usá-los.
Ao realizar um orçamento, é crucial compreender o nível de precisão e de
complexidade que será necessário, com isso, os tipos de orçamentos são classificados
em:
1. ESTIMATIVA SIMPLES DE CUSTO
2. ESTUDO DE VIABILIDADE FINANCEIRA
3. ORÇAMENTO PARAMÉTRICO
4. ORÇAMENTO ANALÍTICO
5. ORÇAMENTO SINTÉTICO
6. ORÇAMENTO EXECUTIVO
ESTIMATIVA SIMPLES DE CUSTO
Chaves (2019) diz que a partir da estimativa ocorre a identificação da ordem
de grandeza dos custos do projeto de obra. Nesse tipo de orçamento, realiza-se uma
comparação entre a obra e outros projetos parecidos, baseando-se em índices,
históricos, gráficos, entre outros métodos. Apresenta como objetivo ajudar a identificação
da ordem de grandeza do investimento que será consentido para a efetivação da obra.
O autor ainda completa que, para a elaboração da estimativa não é necessário que o
orçamentista obtenha uma grande quantidade de informações sobre o projeto e, por
isso o seu custo é considerado baixo. Se o profissional responsável por essa estimativa
tiver experiência e utilizar de informações atualizadas, o resultado final estará bem
próximo a realidade e isso é essencial porque a decisão de investimento será tomada
baseando-se no EVTE (Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica) que é formulado
por meio dos dados dessa estimativa. Esse tipo de orçamento é desenvolvido por meio
de índices generalistas, como o CUB (Custo Unitário Básico de Construção), onde são
aplicadas técnicas distintas.
Para Chaves (2019) Um orçamento pode variar de acordo com o andamento do
projeto, podendo ser alterado de acordo com o acontecimento de mudanças. Então
não se deve realizar um único orçamento para todo o projeto de obra.
Estudo de Viabilidade Financeira (EVF)
Gonzaga (2021) afirma que o Estudo de Viabilidade Financeira (EVF), é um pouco
mais complexo que a estimativa simples. Ele atua no norteamento do planejamento da
construtora para novos projetos, assegurando as condições técnica do financeiro do
empreendimento.
A autora, ainda completa que o EVF indica qual é a opção mais vantajosa do ponto
de vista financeiro de acordo com uma análise alguns fatores, como características do
bairro, mercado da região, entre outros. Sendo assim, o Estudo de Viabilidade financeira
é um pré-orçamento, com objetivo de identificar se o projeto se encontra dentro dos
limites financeiros estimados, sendo realizada na etapa do projeto preliminar. Vale
salientar que o EVF é considerado o menos assertivo, mas é um importante instrumento
de planejamento.
Orçamento Paramétrico
Para Gonzaga (2021) O orçamento Paramétrico trata-se de um orçamento mais
simplificado, em que sua análise das informações é definida como mais acessível. Faz
50
uso de indicadores como históricos de obras já realizadas pela empresa, e estimativas
para estudos de probabilidade. O orçamento paramétrico, portanto, é considerada mais
assertiva que o EVF, sendo também útil para fazer checklist no orçamento executivo.
A autora completa afirmando que o orçamento paramétrico usa a medida de
custo por metro quadrado (R$/m²). Por isso, é indicada para construtoras ou as outras
empresas da construção civil que querem ter uma noção sobre o custo geral da obra.
Orçamento Analítico
Pinheiro (2021) Refere-se ao orçamento analítico como o tipo de orçamento que
habitualmente é considerado como o mais preciso, por razão de sua realização das
avaliações dos custos financeiros levar em consideração um levantamento quantitativo
de materiais e ferramentas essenciais na execução de cada uma das atividades,
serviços e mão de obra planejados para a obra.
Dessa forma, o autor relata que para elaborar esse tipo de orçamento, necessita-
se que os projetos básicos estejam todos prontos, só assim pode ser alcançado o
nível de assertividade requerido para esse tipo de orçamento. Os preços dos aspectos
exigidos podem ser extraídos de tabelas como SINAPI, SICRO ou através de pesquisa de
mercado. Esse tipo de orçamento só é desenvolvido quando o projeto já está em um
grau de detalhamento mais avançado.
Orçamento Sintético
De acordo com Chaves (2019), o orçamento sintético trata-se de um resumo do
orçamento analítico, em que sua explicação é através dos levantamentos de custos
de cada etapa da obra a serem executados, tendo como base apenas o quantitativo e
valor unitário.
Orçamento Executivo
Segundo Gonzaga (2021) O orçamento executivo de obra é definido como um
mais importante, principalmente para as empresas que pretendem disputar e vencer
licitações públicas. Se preocupando com os detalhes da obra que será realizada. O
seu foco não se resume à obra em si, mas a todos os serviços de auxílio que precisam
ser efetuados para que a construção tenha andamento e consequentemente seja
finalizada.
A autora ainda relata que, o orçamento executivo leva em consideração como
está o andamento da obra. Dessa forma, também tem o objetivo de otimização dos
recursos físicos, financeiros, humanos e o tempo durante a execução da obra, em que
os custos devem ficar sendo atualizados ao longo do tempo. O cronograma físico-
financeiro, por exemplo, é elaborado em conjunto ao orçamento executivo.
Gonzaga (2021) finaliza afirmando que, são diversos benefícios que são adquiridos
ao implementar o orçamento executivo, evitando problemas negativos imprevistos,
pois o cronograma tem muita definição e respeita o orçamento financeiro da obra.

FIQUE ATENTO
Em um orçamento do tipo estimativa de custos, o responsável deverá definir os custos es-
timados envolvidos no projeto levando em consideração algumas particularidades, sendo
elas: Tipo de construção; Quantidade de pavimentos; Quantidade de quartos; Padrão de
acabamento; Custos com projetos; Fundações; Terreno e Paisagismo.
51
4.3 CUSTOS DA OBRA
Dentro do processo orçamentário, após a identificação das atividades que serão
necessárias na obra, é primordial a quantificação de tudo. A definição dos custos
é a principal função do cargo de orçamentista, um pequeno erro no orçamento da
obra pode gerar consequências bastante desagradáveis. Portanto, o orçamento da
construção civil engloba os custos diretos, custos indiretos, despesas e impostos.
Custos Diretos
De acordo com Tisaka (2006) custos diretos são os custos ligados diretamente
com a obra. Os custos que são considerados como diretos, são:
• Os insumos constituídos por materiais,
• Mão de obra;
• Equipamentos auxiliares;
• Toda a infraestrutura de apoio necessária para a sua execução no ambiente da obra.

Figura 19: Exemplo de planilha de custos diretos e indiretos


Fonte: Prefeitura Municipal de Giurá (2015)
52
Os custos diretos devem ser apresentados em uma planilha de custos, possuindo
dados de custo de preparação do canteiro de obras; da administração local incluindo
os profissionais técnicos (encarregado, mestre, engenheiro, etc.), administrativo
(encarregado do escritório, de higiene e segurança, apontador, escriturário, motorista,
vigia, porteiro etc.) e de apoio (almoxarife, mecânico de manutenção, enfermeiro, etc.),
assim como, os encargos trabalhistas.
Custos Indiretos
Define os custos que não são aplicados diretamente na construção civil,
entretanto são considerados fundamentais para que as atividades de custos diretos,
sejam realizadas.
Nesta fase os custos considerados são: as equipes de engenheiros, arquitetos,
mestres e encarregados; a mão-de-obra de serviços auxiliares (apontador, cozinheiro,
vigia etc.), os equipamentos e instalações necessárias à execução das obras (britador,
central de concreto, equipamentos leves, barracão de obra, tapume etc.) e as despesas
como alimentação, aluguéis, telefone, veículos de apoio, seguros, dentre outros.
Mendes e Bastos (2021) também considera como custos Indiretos as despesas
usualmente consideradas como “Administração local”, que são: Realização de serviços
administrativos de apoio no canteiro de obras (secretaria, serviços gerais, controle de
pessoal, almoxarifado, etc.); desenvolvimento dos serviços de controle de qualidade,
de prazos e de custos (controle tecnológico, programação e controle de andamentos
da obras); Execução de todos os serviços referentes a supervisão técnica ligados à
produção (direção técnica de cada serviço, coordenação de pessoal e distribuição de
equipamentos e materiais necessários à execução da obra). É importante destacar
que as despesas de administração local são as despesas que não foram atribuídas
ao custo de execução de cada etapa do empreendimento. Por exemplo, o item de
serviço “alvenaria” contempla os custos de mão-de-obra do pedreiro e do servente,
mas os custos com o encarregado de pedreiros ou com o mestre-de-obras (que
supervisionaram o trabalho) serão contados na administração local.
Despesas
São custos resultados de juros de capital financeiros advindos de empréstimo
para financiamento do capital de giro da empresa ou de aquisições de equipamentos.
As despesas indiretas fazem referência aos custos administrativos das empresas. O
percentual de despesas resulta do percentual de todos os projetos que irão ser realizados
naquele ano.
Impostos ou Custos tributários
São custos decorrentes de meios legais, compreendendo tributos, impostos, taxas,
emolumentos e tarifas. Vale salientar que a grande maioria dos impostos provenientes
da construção civil se refere ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços. Em seguida, tem o PIS, Cofins ISS, COFINS, PIS, CPMF, CSLL e IR ou juros sobre
capital investido.

4.4 BDI – BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS


O índice BDI (Budget Difference Income) e em português significa benefícios e
despesas indiretas. Dá-se a designação de Benefícios (ou Bonificação) e Despesas
Indiretas (BDI) ao quociente da divisão do custo indireto (DI) – acrescido do lucro (B)
pelo custo direto da obra. Compreende-se por BDI uma taxa simples de caráter simples
53
utilizado como indicador de qualidade por construtores, refere-se ao preço unitário de
cada serviço representado em percentual, que não se encaixa como custo direto.
O BDI, inclui as despesas:
• Indiretas de funcionamento da obra;
• Custo da administração central (matriz);
• Custos financeiros;
• Fatores imprevistos;
• Impostos;
• Lucro.
Em prática, o BDI é percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto dos itens
da planilha da obra para se chegar ao preço de venda.
O BDI surge com o intuito de padronizar, e facilitar o cálculo dos custos indiretos
de uma obra. Neste cálculo é levado em consideração os custos com administração
central, custos financeiros, margem de incerteza, seguro, garantias e atributos.
O BDI é também conhecido por lucro estimado, por se tratar da parte do preço do
serviço formado pela recompensa do empreendimento. O cálculo do BDI é resultado da
fórmula:
𝑃𝑅𝐸Ç𝑂 − 𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂
𝐵𝐷𝐼 % = 𝑋 100
𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂

Entende-se que um preço é constituído por três fatores: Benefícios, despesas


e custos. Dessa forma, a representação da relação entre os três fatores citados, é a
seguinte formula:
𝐵𝐸𝑁𝐸𝐹Í𝐶𝐼𝑂𝑆 + 𝐷𝐸𝑆𝑃𝐸𝑆𝐴𝑆
𝐵𝐷𝐼 % = 𝑋 100
𝐶𝑈𝑆𝑇𝑂𝑆

Onde, os benefícios são as variáveis que não são consideradas como custo e
nem como despesas.

Figura 20: Exemplo de etapas do orçamento-BDI


Fonte: Ivan Xavier (2008)
54
O BDI está relativamente ligado às despesas indiretas que afetam os custos
diretos, uma vez que, os preços unitários de venda devem conter todos os encargos
que se inserem nos serviços a serem executados.
Segundo Mattos (2006) o BDI é o percentual que deve ser utilizado sobre o custo
direto dos itens da planilha de custos da obra para se definir o preço de venda. Por
exemplo: custo direto = 100, o custo indireto = 20 e o lucro = 10, o BDI é igual ao quociente
(20+10) /100, totalizando = 30%, e o preço final ou preço de venda será: 100 x 1,30 = 130.
Definição do BDI para obras publicas
As porcentagens d BDI eram consideradas como um particular de cada empresa,
mas, o TCU (Tribunal de Contas da União) estabeleceu um intervalo de admissibilidade
de valores para cálculo do BDI.
Na ilustração abaixo, são apresentados os valores admissíveis de percentuais de
BDI para obras públicas.

Figura 21: Valores do BDI por tipo de obra


Fonte: Silva (2023)

Os valores encontrados devem estar de acordo com o intervalo admissível


estabelecido pelo 1º e 3º quartis, logo o 1º quartil apresenta o valor mínimo; na coluna
médio é indicado o valor utilizado comumente e por fim, o quadril que apresenta o valor
mais alto.

BUSQUE POR MAIS


Sabemos que é de extrema importância que durante a realização de um pro-
jeto construtivo, determinar o ajuste de orçamento e de gerenciamento a rea-
lidade do negócio é uma ação essencial para manter o financeiro da empresa
“saudável” buscando sempre se manter em posição positiva com sua situação
financeira. Sendo assim, para melhor entendimento recomenda-se a leitura do
capítulo 12, página 233, do livro “Como preparar orçamentos de obras”. Disponí-
vel em: https://shre.ink/TA3z. Acesso em: 20 maio. 2023.
55

FIXANDO O CONTEÚDO

1. (MS CONCURSOS-2022). Na elaboração de um orçamento para obras e serviços


técnicos de engenharia, para a obtenção do preço final estimado, é preciso aplicar
uma taxa sobre o custo direto total da obra. Assinale a alternativa que corresponde ao
termo correto para denominação dessa taxa.

a) BDI – Benefício e Despesas Indispensáveis.


b) BDI – Benefício e Despesas Indiretas.
c) BDI – Benefício, Despesas e Impostos.
d) BDD – Benefício e Despesas Diretas.
e) BDI – Benefícios e Despesas Importantes.

2. (FADESP-2020). Em termos técnicos, BDI significa Benefícios e Despesas Indiretas, ou


seja, é uma porcentagem que quantifica tanto o lucro quanto as despesas indiretas
de uma obra. Em outras palavras, o BDI nada mais é do que o percentual que se deve
multiplicar aos custos diretos da obra para que se chegue ao seu valor final. Com
relação à composição do BDI é correto afirmar que

I. Custo indireto refere-se aos itens da planilha orçamentária, ou seja, aos serviços
e materiais aplicados à obra, já o custo direto refere-se ao pagamento da equipe
técnica, de suporte e administrativa, devidamente acrescidos dos encargos sociais,
equipamentos do canteiro de obras, taxas e similares.
II. Custo acessório é aquele que não é afetado direta ou indiretamente pela obra, ou
seja, é oriundo dos custos da administração central, dos imprevistos e da despesa
financeira.
III. Os imprevistos não devem ser contabilizados no cálculo do BDI, pois, quando ocorrem,
não devem provocar atrasos no cronograma e, consequentemente, acréscimo de
custos diretos e indiretos.
IV. Administração leva em consideração todas as despesas físicas para a implantação
da obra, além das despesas para a administração da obra, que podem ser tanto
fixas como mensais.

Estão corretas as afirmativas

a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e III.
e) Todas as alternativas estão corretas.

3. (INSTITUTO AOCP- 2021). A um engenheiro civil foi solicitada a elaboração de um


orçamento analítico. Assinale a alternativa que apresenta uma característica desse
tipo de orçamento.
56
a) Os custos de manutenção do canteiro de obras não estão inclusos.
b) Não precisa de prever o custo da obra.
c) É uma avaliação que não se baseia em custos históricos e comparação com projetos
similares.
d) Leva em consideração o quanto de mão de obra, material e equipamento é gasto na
execução de um serviço de obra.
e) É efetuado a partir de composição da equipe.

4. (IDIB-2022). Um orçamento pode ser apresentado basicamente de duas formas.


Apenas a apresentação do orçamento que varia entre elas, ou seja, independente
da forma que for apresentado um orçamento, a precisão do mesmo não muda. Com
relação aos tipos de orçamento, assinale a alternativa que completa corretamente as
lacunas da assertiva a seguir.
"o orçamento ______________ detalha o preço unitário dos diversos grupos: mão de
obra, material, empreitada, verbas e equipamentos. já o orçamento ______________
mostra apenas o preço unitário e o preço total do serviço.”

a) Composto / simples.
b) Simples / composto.
c) Simples / analítico.
d) Analítico / sintético.
e) Sintético / analítico.

5. (CONSULPLAN-2022). Dentro da disciplina técnica que trata das avaliações de custos,


há temas fundamentais como: levantamento dos serviços e quantitativos; referências
orçamentárias; composições de preço unitário; cálculo do benefício de despesas
indiretas; e, cálculo dos encargos sociais. Considerando o exposto, assinale a afirmativa
correta.

a) O Benefício de Despesas Indiretas (BDI) foi objeto de estudo do Tribunal de Contas


da União (TCU) em que especificou para cada tipo de obra pública e para aquisição de
materiais e equipamento relevantes os percentuais admitidos e suas referidas taxas,
Acórdão nº 2622/2013.
b) O Decreto Federal nº 7.983/2013, que trata da elaboração do orçamento de referência
de obras e serviços de engenharia, determina que os estados e municípios elaborem
suas respectivas composições de custo unitário para utilização integral em suas
planilhas orçamentárias elaboradas.
c) Sendo fundamental para demonstrar o equilíbrio e a exequibilidade dos orçamentos
de obras e serviços, a planilha de cálculo dos encargos sociais sobre a mão de obra
deve ser composta fundamentalmente pelo INSS, FGTS e também pelo lucro corporativo,
pois é fundamental para a garantia do pagamento de taxas obrigatórias.
d) Observando as necessidades para desenvolvimento de um orçamento-base de uma
licitação que tem por objetivo servir de paradigma para a Administração fixar critérios
de aceitabilidade de preços – total e unitários – no edital, conforme recomendação do
TCU, de acordo com o Caderno de Obras Públicas, não há necessidade de se realizar
levantamentos de quantidades, apenas os serviços.
57
e) Nenhuma das alternativas acima.

6. (INSTITUTO CONSULPLAN-2022). Custos variáveis são aqueles que variam


proporcionalmente com o aumento ou diminuição das quantidades produzidas. Os
custos fixos são aqueles que permanecem constantes em um curto prazo, independente
do volume de produção/serviço da empresa, não variando na mesma proporção e,
sim, variando em saltos, dependendo no nível de agregação da unidade de produção/
serviço em questão. (Maury Mello, 2012.)

Marque 1 para Custos Variáveis e 2 para Custos Fixos, considerando apenas os dois
tipos de custos apresentados, para um canteiro de obras com a produção de unidades
residenciais.

( ) Cimento, areia e brita.


( ) Salário do engenheiro (celetista).
( ) Energia elétrica do canteiro de obras.
( ) Serviço de telefonia do escritório da obra.
( ) Comissões sobre vendas de unidades residenciais.
( ) Mão de obra de profissional autônomo contratada por hora.

A sequência está correta em:

a) 1, 1, 1, 2, 2, 2.
b) 1, 2, 2, 2, 1, 1.
c) 2, 1, 2, 1, 2, 2.
d) 2, 2, 1, 1, 1, 1.
e) 1, 2, 1, 2, 1, 2.

7. (GANZAROLI-2021). Orçar é quantificar insumos, mão de obra, ou equipamentos


necessários à realização de uma obra ou serviço bem como os respectivos custos e
o tempo de duração deles. Assim, o orçamento deve ser executado antes do início da
obra, possibilitando o estudo ou planejamento prévios, e também é útil para o controle
da obra. Com relação ao levantamento de materiais e a mão-de-obra em orçamentos,
assinale a alternativa correta:

a) No momento do orçamento, é necessário ter a decisão sobre o uso de mão de obra


própria ou de empreiteiros (terceirizada), uso de equipamentos próprios ou alugados,
tamanho e posição do canteiro de obras e outros elementos. Nesse sentido, o custo da
mão de obra é representado pelo salário dos trabalhadores que manuseiam os materiais,
acrescidos dos encargos sociais e outras despesas que envolvem a participação dos
trabalhadores na obra.
b) Após a compilação das relações de serviços a serem executados, é necessário medir
quanto deve ser feito de cada um. A medição em planta é simples, para a maioria dos
elementos construtivos. Os critérios para a medição devem possuir total correspondência
com as medidas reais. Assim, as peças de concreto, os pisos, forros e as esquadrias de
madeira e metálicas são medidas por área.
58
c) Não existem regras fixas sobre os materiais, pois a diversidade é grande, e cada
grupo deve ser tratado separadamente. As condições de pagamento e entrega são
distintas. Ao realizar o orçamento, é importante verificar se existem lotes ou quantidades
mínimas de aquisição, a forma como os materiais são adquiridos (por unidade ou m2)
e eventuais prazos de fabricação desde a fábrica.
d) O estudo das condicionantes norteia o orçamentista, auxiliando na quantificação das
condições da obra através da leitura e interpretação do projeto composto por: plantas
baixas e croquis. Assim, além disso, o orçamentista necessita avaliar qualitativamente
as seguintes especificações técnicas: a) descrição qualitativa dos materiais; b) padrão
de acabamento; e c) tipo de quantidade de ensaios a serem feitos.
e) Todas as alternativas estão corretas.

8. (RHS CONSULT-2016). Quanto ao orçamento de uma obra de construção civil, como


são chamados os custos que apenas apresentam relação com a empresa e nunca
com os produtos comercializados?

a) Indiretos.
b) Diretos.
c) Assimétricos.
d) Básicos.
e) Fixos.
59

CURVA S
60
Tipos e benefícios da curva S
A curva S trata-se de uma ferramenta fundamental para a execução adequada
de um cronograma, sendo eficiente no setor de gestão, apresentando informações para
acompanhamento dos projetos. Seu principal objetivo é realizar graficamente uma
comparação do planejado com o executado, além de demonstrar todos os gastos que
foram efetuados. É facilmente compreendido e amplamente utilizado, proporcionando
um balanceamento para o gestor da obra com a finalidade de equilibrar o calendário
e os custos.
A curva S representa o percentual de um certo período (seja diário, semanal,
quinzenal ou mensal), assim como o percentual acumulado no decorrer do tempo,
demonstrando o volume do desenvolvimento do projeto.
A imagem abaixo demonstra como é o funcionamento de uma curva S:

Figura 22: Ilustração de como funciona a curva S


Fonte: Managing projects in organizations (2003)

A linha tracejada representa as despesas que são registradas no decorrer do


projeto, podendo ser comparado com a linha de base. As variações são representadas
pelos pontos em que as linhas estão desencontradas, elas representam que o
administrador do projeto perceba as inconsistências e tome decisões mais assertivas,
com base em dados reais.
A representação gráfica é importante para a avaliação do tipo de informação que
se pode retirar da curva S. Nos gráficos da Curva S possibilita-se interpretações básicas
para definição das condições do projeto, se o projeto está adiantado ou atrasado
de acordo com o que foi planejado. Sendo assim, as duas formas de interpretações
condizem com os eixos do gráfico, sendo eles:
• Eixo horizontal: Aponta o tempo de projeto, ou seja, se houver um deslocamento
horizontal verifica-se se as informações indicam que ocorreu atraso ou adiantamento
de acordo com o planejado. Em casos do deslocamento para a esquerda indica
que o projeto está atrasado, mas se o deslocamento for para a direita indica que o
projeto está adiantado.
• Eixo vertical: Fornece a medição de uma quantidade de valor acumulado gasto com
o decorrer do projeto. Assim como, avalia se os avanços físicos e/ou financeiros estão
de acordo com o planejado, e apresenta percentual concluído de tarefas.
61
A curva S oferece um controle maior sobre o cronograma da obra, verificando o
que já foi realizado, analisando o que ainda está em execução e mostrando como as
informações cedidas impactam o cronograma. Também possibilita identificar quando
apresenta gargalos e suas possíveis soluções. A curva S deve ser aplicada para atuar
na identificação das circunstâncias diferentes existentes sobre a construção.
Sendo assim, essa ferramenta facilita o entendimento e avaliação das ocasiões
que devem ser investidas e como corrigir os gastos e o cronograma.
Vale salientar que monitorar a Curva S nas obras de construção civil é fundamental
para atingir o sucesso de qualquer empreendimento.
A nomenclatura da curva S condiz com à regularidade do desembolso financeiro
(custos) e a realização física (trabalho), tornando-se normal que o início do projeto
tenha desempenho e um avanço físico menor, que com o decorrer do tempo vão
aumentando o desempenho e se estabilizando, formando assim, o formato de ‘’S’’.
Abaixo é possível perceber o formato de S se concretizando de acordo com o
tempo.

Figura 23: Representação da formação da curva S


Fonte: NoventaTI (2020)

A linha do gráfico se parece com o “S” pelo fato de que, condiz com o comportamento
da distribuição dos recursos ao longo da obra, como já explicado anteriormente, sendo
aplicados poucos recursos no início, apresentando um aumento no decorrer do projeto e
uma redução no final. Os pontos em que as linhas não se encontram, podem se chamar
de variações e proporcionam ao gerenciador do projeto perceber as inconsistências e
tomar decisões mais assertivas, baseando-se em dados reais.
A curva S pode se referir a trabalho ou aos custos, chamados de Curva S de
trabalho ou a Curva S de custos, além desses dois tipos, também se apresenta o tipo de
Curva S padrão. A seguir, será discutido mais detalhadamente sobre esses três tipos de
Curva S.
62

Figura 24: Exemplo de curva Tendência


Fonte: ML2 Project Management (2021)

No gráfico representado na figura – observa-se a construção da Curva S Física,


através da projeção (estimativa) gerada pela curva em azul que a tendência é que o
projeto termine com um atraso de cinco dias (142,5 – 137,5).
Os benefícios da Curva S nas obras de construção civil
Os benefícios são considerados como inúmeros, os gestores realizam a extração
de uma série de informações relevantes para o projeto da obra. A vantagem da curva
S refere-se à otimização da tomada de decisão, gerando mais segurança para o
empreendimento. Além disso, a ferramenta permite:
• O acompanhamento dos custos e mão de obra
• Supervisão dos recursos alocados ou próprios,
• Estudo das etapas e consequentemente a realização de correções quando necessário;
• Definição do total de recursos necessários para a obra;
• Acompanha o que está em execução;
• Mostra como todas essas informações impactam no cronograma.

FIQUE ATENTO
Após a compreensão do que é a Curva S, é importante saber como utilizá-la na prática.
Por onde começar?
A curva S inicia-se de uma simples tabela que apresenta colunas com os respectivos da-
dos:
1° Coluna: as datas de controle (dias, semanas ou meses);
2° Coluna: Porcentagem do planejado no período da linha de base do projeto;
3° Coluna: Porcentagem do planejado acumulado da mesma linha de base;
4° Coluna: Porcentagem do executado no período;
5° Coluna: Porcentagem do executado acumulado.
Esses indicadores citados acima são opções para representação dos dados na curva.
Porém, também são importantes para facilitar interpretação do gestor da obra e mostrar
o percentual executado naquela semana, tornando mais fácil. O Excel é uma excelente
ferramenta para isso.
Uma dica importante é deixar a representação dos percentuais do período em gráfico de
barras, e os percentuais acumulados representados no gráfico de linha.
63

BUSQUE POR MAIS


A curva S propicia muitos benefícios para o empreendimento, então é impor-
tante entender sobre o gerenciamento de valor agregado (GVA) para assim de-
sempenhar um ótimo planejamento de obra. A GVA refere-se a uma ferramenta
que determina padrões e tendências passadas com o intuito de ser bons prog-
nosticadores do futuro e assim, analisar o desempenho quantitativo do proje-
to. Por meio dessa ferramenta determina-se a viabilidade econômica e obtém
uma previsão de custos será necessário no projeto. Seja curioso e busque mais!
Saiba mais sobre o gerenciamento de valor agregado no link: https://shre.ink/
TAMS. Acesso em: 20 maio. 2023.

VAMOS PENSAR?
A curva S é uma metodologia que representa graficamente a soma acumulada de um to-
tal referente a um atributo desejado para cálculo. Portanto, qual seria a principal área de
atuação da Curva S no setor construtivo?

a. Curva S de trabalho
Quando se tem um cronograma com atividades distintas a uma grande dificuldade
no somatório da produção dessas atividades, por serem de naturezas diferentes e
não possuem a mesma unidade de medida. Com isso, para solucionar esse tipo de
problema, referencia-se as atividades em um parâmetro de trabalho (homem-hora)
ou de custo.
Abaixo, tem-se uma ilustração (Figura 19) com duas ilustrações, a primeira mostra
um exemplo da obtenção da Curva S de trabalho por Hh (Homem-hora); a segunda
mostra o total de homem-hora mensal e acumulado.
64

Figura 25: A) Cronograma com homem-hora mês a mês e acumulado; B) Histograma de homem-
-hora e trabalho acumulado
Fonte: Dória Mattos (2019)

b. Curva S de custo
O processo de obtenção da Curva S de custo é idêntico ao da Curva S de trabalho,
diferenciando-se apenas no tipo de parâmetro. O parâmetro utilizado trata-se do valor
monetário das atividades, onde leva em consideração a mão de obra, materiais e
equipamentos.
Abaixo, tem-se uma ilustração (Figura 20) com as mesmas ilustrações citadas
anteriormente, a primeira mostra um exemplo da obtenção da Curva S de custo por
valor monetário; a segunda mostra o total de custos e custos acumulados através de
um histograma.
65

Figura 26: A) Cronograma do custo mensal; B) Histograma de custo e de custo acumulado


Fonte: Dória Mattos (2019)

É importante que o planejador esteja ciente de que projetos considerados curtos


irão desenvolver curvas S deformadas, onde suas concavidades ficam fora do padrão,
sem estar bem definidas.

FIQUE ATENTO
De acordo com Mattos (2019) A curva S de trabalho e a curva S de custo não são consi-
deradas semelhantes simplesmente pelo fato de que o trabalho Hh (Homem-hora) não
anda na mesma proporção que o custo, justo pelo fato de que os custos de uma atividade
não são compostos apenas pelo trabalho Hh.

c. Curva S padrão
Chama-se de Curva S padrão o tipo de curva que provém de uma equação
matemática que corresponde a um comportamento ideal. Quando não se tem dados
reais de projetos semelháveis ou quando se tem um planejamento ainda na fase
preliminar, indica-se o uso da curva S padrão para se estimar avanço.
66
Outra opção de utilização da Curva S padrão, é quando é necessário a comparação
entre a curva S do projeto com outro parâmetro teórico, uma vez que, ao ser integrado
as duas curvas observa-se a distância entre o avanço previsto e o avanço considerado
como ideal.
De acordo com Mattos (2019) pode-se analisar a Figura 21 em que são ilustradas
as opções de curvas S padrão, quando um projeto atinge 50% do seu avanço homem-
hora ou custo e atinge 50% do prazo total (Número 1); Quando o projeto atinge 40% do
avanço homem-hora e atinge 50% do prazo total (Número 2); Quando o projeto atinge
60% do avanço homem-hora e 50% do prazo total (Número 3); O projeto atingiu 50% do
avanço homem-hora e 40% do prazo total (Número 4) e quando o projeto atinge 50%
do avanço homem-hora e 60% do avanço total (Número 5).

Figura 27: Cinco tipos de curvas S padrão apresentando diferentes porcentagens de avanços ho-
mem-hora e prazo total
Fonte: Dória Mattos (2019)

Exemplo de Curva S padrão


Dória Mattos (2010) apresenta como um caso da Curva S padrão, um orçamento
proveniente de uma montagem de estrutura metálica em uma indústria, necessita-
se de 30.000Hh no decorrer de 10 meses. Sendo assim, qual a distribuição teórica de
Hh(homem-hora) por mês?
Solução:
67

Figura 28: Percentual de avanço por período e acumulado


Fonte: Dória Mattos (2019)

Figura 29: A) Hh mensal; B) Histograma de Hh e Curva S


Fonte: Dória Mattos (2019)

Deve-se multiplicar os valores mensais da tabela ilustrada na Figura 23 pelas


30.000 Hh, resultando no trabalho mensal e acumulado (Figura 24).
68
FIXANDO O CONTEÚDO

1. (ESAF-2004). A curva S é uma ferramenta gráfica utilizada para controle da aplicação


e consumo de recursos ao longo da execução de um empreendimento. Com relação a
esta ferramenta, é correto afirmar que:

a) Curva S não depende da existência de um planejamento adequado para o consumo


de recursos durante a execução da obra.
b) A curva S não pode ser utilizada como ferramenta no controle do consumo de
concreto durante a execução da obra.
c) A curva S caracteriza-se pelo não uso dos recursos monetários, relacionando-os às
datas imprevistas de utilização.
d) A curva S pode ser utilizada na avaliação do progresso financeiro da obra em função
do custo apropriado.
e) A curva S apresenta sempre o consumo acumulado de recursos ao longo do tempo
de construção.

2. (CIARR-2020). Leia o texto a seguir.


Ferramentas de planejamento de empreendimentos civis
O sucesso em projetos de Construção Civil caracteriza-se pela atuação permanente do
gestor na programação e controle de seus empreendimentos. Portanto, a fim de alcançar
uma boa administração, a necessidade em adotar técnicas gerenciais apropriadas
se torna evidente. Assim, por meio delas, buscam-se adequações a incertezas,
inconstâncias de habilidades e recursos envolvidos e ciclo de vida do empreendimento.

Disponível em: https://shre.ink/TA6W. Acesso em: 04 mar. 2020. Modificado

Referente ao planejamento de empreendimentos civis com a ferramenta da curva S, é


correto afirmar que a curva S

a) Não pode ser elaborada com números absolutos, só em percentuais.


b) É uma ferramenta gerencial que fornece dados que permitem um comparativo entre
planejado x realizado.
c) Em termos práticos, nos permite visualizar o quão distante uma execução está daquilo
que realmente foi executado.
d) É uma representação da soma unitária de parcelas de um total qualquer. Seja em
homem-hora, avanço físico, financeiro ou alocação de recursos.
e) Todas as alternativas estão corretas.

3. (FUNDEPES-2022). Com relação aos métodos para a realização do planejamento de


uma construção, assinale a alternativa correta.

a) A linha de balanço é eficiente quando há cadeias complexas de atividades, com


69
velocidades de execução diferentes.
b) A curva S pode ser usada para realizar o controle de estoque de uma obra, classificando
os itens em grupos.
c) A curva ABC pode ser usada para comparar o que foi planejado com o que foi
executado.
d) A rede de precedências permite a identificação do efeito dos atrasos em relação ao
cronograma.
e) O gráfico de Gantt puro mostra com clareza a ligação existente entre as atividades.

4. (CEPERJ-2022). Em uma construção civil, algumas atividades são essenciais para


andamento da obra, dentre elas, estão os planejamentos e o controle da produção da
obra. A ferramenta utilizada no planejamento e no controle de obras é:

a) o princípio de Pareto, ou análise de Pareto, que se trata de uma técnica utilizada


para se selecionar prioridades. Nesse princípio, a maior quantidade de efeitos ou de
ocorrências está diretamente ligada a uma quantidade pequena de causas e também
conhecido como princípio 80-20.
b) a curva S, um dispositivo gráfico que proporciona uma visão parcial dos custos
do empreendimento; no eixo horizontal estão os percentuais acumulados de serviço
previstos ao longo do tempo que estão representados no eixo vertical, onde ocorre o
registro dos serviços percentuais acumulados reais e as diferenças entre o estimado e
o real são comparadas.
c) a linha de base, ou o planejamento final aprovado pela equipe executora. Essa linha
de base tem como função ser o referencial para a equipe do projeto e auxiliar para que
o planejador tenha uma referência ao acompanhar a execução da obra.
d) o histograma, caracterizado como um gráfico de barras, no qual os dados são
distribuídos na vertical por intervalos e a quantidade desses valores é colocada na
horizontal, dessa forma, podem-se verificar, em apenas uma variável e em um intervalo
específico, a tendência central dos valores.
e) O diagrama de Gantt.

5. (IF-MS 2019). Observe as seguintes informações a respeito do uso da curva “S” para
planejamento e controle de obras:

I. A curva “S” representa a previsão de gastos com manutenção de equipamentos em


uma obra (manutenção preditiva, preventiva e corretiva).
II. A curva “S” é utilizada para planejamento e controle de obras, proporcionando a
comparação gráfica entre os valores planejados e os valores realizados de fato na
obra, em um determinado tempo.
III. A curva “S” é utilizada para caracterizar quais são os insumos mais significativos em
uma obra no que tange aos seus valores financeiros acumulados em relação ao
valor financeiro total dos demais insumos da obra.
IV. A curva “S” é uma ferramenta para o cálculo dos impostos que incidirão sobre os
insumos da obra, tendo como resultado o índice de variação de custos da obra.
V. A curva “S” é uma ferramenta para o cálculo dos impostos que incidirão sobre a mão
de obra do empreendimento, tendo como resultado o índice de variação de custos
70
da obra.

Diante do exposto, marque a alternativa CORRETA:

a) As afirmativas I e II estão corretas.


b) As afirmativas II e III estão corretas.
c) As afirmativas III e IV estão corretas.
d) As afirmativas III e V estão corretas.
e) Somente a alternativa II está correta.

6. (INSTITUTO AOCP – 2021). “Representação gráfica que mostra a distribuição de um


recurso, de forma cumulativa, em termos de homens-hora ou de moedas necessários
à sua execução, permitindo também visualizar o ritmo de andamento previsto para a
sua implementação”.

A ferramenta descrita é conhecida por:

Curva S.

a) Gráfico de Gantt.
b) Diagrama de Pareto.
c) Gráfico PERT.
d) Planilha Orçamentária.
e) Nenhuma das alternativas acima.

7. (FGV-2018). Sobre o controle de uma obra, por meio do acompanhamento de


cronogramas e também pela curva S, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F)
para a falsa.

( ) A curva “S” baseia-se no princípio de Pareto, denominado também como princípio


dos “poucos significativos e muitos insignificantes”.
( ) A curva “S” representa os serviços por meio do desenho de retângulos dispostos
horizontalmente, mostrando o que deve ser feito em cada período, em uma escala
cronológica.
( ) A curva “S” representa graficamente os valores acumulados período a período de
um determinado recurso de uma obra.

As afirmativas são, respectivamente,

a) V –V-F.
b)F- V- F.
c) F- F- V.
d) F-V-V.
e) V-V-V.
71
8. (FGV-2015). O controle de uma obra pode ser feito através do detalhamento e
acompanhamento de cronogramas e também pela curva S.
Sobre a curva S, é correto afirmar que:

a) Permite a avaliação global do orçamento com o exame de apenas uma parte dos
serviços;
b) Trata-se de uma curva contínua que ilustra a relação entre tempo corrido da
execução da obra e a quantidade relativa de serviços executados;
c) Apresenta no eixo das abcissas o percentual financeiro acumulado pago na obra, o
que confere à curva o aspecto da letra “S”;
d) Apresenta no eixo das abcissas o tempo acumulado de execução dos serviços da
obra, em termos absolutos ou relativos;
e) Não consiste numa técnica muito usual para o controle de obras e empreendimentos,
e por isso não é elaborada pelos softwares mais utilizados de planejamento, como o
Microsoft Project, por exemplo.
72

ACOMPANHAMENTO E
LINHA DE BALANÇO
73
6.1 ETAPAS E RAZÕES PARA O ACOMPANHAMENTO
O acompanhamento refere-se ao terceiro quadrante do ciclo PDCA, o quadrante
“Checar ou controlar”, nessa etapa após um tempo de execução de serviço é observado
como está o progresso das atividades. O projeto construtivo de uma obra deve ser
planejado, porém, não valerá a pena se houver carência de acompanhamento. É
importante que o responsável pela obra tenha consciência se sua pretensão inicial
referente aos prazos está de acordo com o planejamento ou se será necessária alguma
ação corretiva.
O acompanhamento físico de uma construção identifica o andamento das
atividades, garantindo a execução dos serviços de acordo com as especificações
técnicas, evitando assim, ocasiões de retrabalho, desperdícios ou gastos financeiros.
Portanto é fundamental o estabelecimento de rotina de vistorias e fiscalizações, com
o intuito de identificar atividades que desviam do que foi planejado e por meio disto,
implantar ações corretivas quando estiver saído do combinado.
Quando a etapa de acompanhamento é ignorada a empresa passa a ter uma
gestão ineficiente, e submete-se a ter riscos de prejuízos, passa a ter uma equipe sem
foco, além de ter seu prazo de entrega retardado, o que é extremamente prejudicial
para a saúde empresarial.
Importância do acompanhamento de obras
Um acompanhamento bem-sucedido contribui para que alguns procedimentos
específicos dentro da construção civil, sejam otimizados e assim garante a qualidade
do empreendimento de um modo geral. Entre os procedimentos específicos, temos:
• Identificação de riscos;
• Promoção de riscos;
• Promoção de foco e produtividade;
• Supervisão assertiva das atividades no canteiro;
• Economia de recursos financeiros;
• Histórico de documentação de progresso;
• Gerenciamento equilibrado dos materiais;
• Gestão segura do projeto como um todo;
Vantagens do acompanhamento de obras na construção civil
O acompanhamento de obra é um processo bastante técnico e complexo
oferecem diversas vantagens às construções, como:
• Identificar qualquer risco com agilidade;
• Permitir implementar iniciativas corretivas e paliativas antes que erros ocorram;
• Aumentar a produtividade e eficiência da operação;
• Reduzir custos e desperdícios;
• Facilitar a criação de um histórico de toda a obra;
• Simplificar o gerenciamento de materiais;
• Promover melhor gerenciamento da mão de obra;
• Aumentar a confiabilidade e segurança do projeto.
74
FIQUE ATENTO
Durante a realização de um acompanhamento de obras é importante evitar cometer er-
ros o máximo possível.
Pensando nisso, abaixo podemos ver alguns dos principais erros que muitas construtoras
e gestores cometem:
• Falta de planejamento;
• Falta de monitoramento dos custos: quando esse monitoramento não é realizado fre-
quentemente, os gastos começam a sair do controle e o orçamento. Todos os custos
são relevantes para esse monitoramento, dessa forma, até as pequenas compras pre-
cisam ser monitoradas e analisadas.

BUSQUE POR MAIS


O acompanhamento pode ser confundido com a execução da obra. Sendo as-
sim, seja curioso (a) e busque mais sobre o acompanhamento de obras! É re-
comendado assistir o vídeo. Disponível em: https://shre.ink/TmU8. Acesso em: 20
maio. 2023.

Etapas Do Acompanhamento
O acompanhamento é dividido em três etapas que acontecem sucessivamente,
sendo elas: Aferição do progresso das atividades; Atualização do planejamento e
Interpretação do desempenho.
Aferição do progresso das atividades: Nessa fase o acompanhamento do
progresso das atividades é conferido no campo para que em seguida ocorra uma
comparação com o que foi planejado. A equipe faz o registro dos avanços das atividades
em quantidade utilizando as unidades de medida de m³, t, kg ou registra em forma de
porcentagem.
Atualização do planejamento: Os dados de campo são relacionados com o
planejamento referencial fazendo a comparação do previsto com o realizado, onde o
cronograma é recalculado de acordo com o que falta a ser feito.
Interpretação do desempenho: A atualização do planejamento é acompanhada
uma análise crítica da possibilidade de atraso ou de adiantamento da obra. Nessa fase,
o gerenciador e equipe observam as causas de desvio do cronograma e concluem se
os erros ocorreram por um motivo momentâneo ou mostram uma propensão.

VAMOS PENSAR?
É significativo garantir assertividade e eficiência da realização dos orçamentos, então é
importante tomar algumas iniciativas. Portanto como otimizar o acompanhamento de
obra?

a. Progressos e atualizações do planejamento


O acompanhamento inicia com a verificação do progresso das atividades dentro
75
da data de status (Nível de avanço de uma atividade em um momento determinado).
A obtenção dos dados das atividades em campo, é nomeada de apropriação.
De acordo com Matos (2019) existem diversas maneiras de se realizar a
apropriação do avanço das atividades. Na Figura 24 são demonstradas quatro formas
de apropriação.

Figura 30: Formas de apropriação do avanço das atividades


Fonte: Dória Mattos (2019)

Vale salientar que denotar o Status de uma atividade trata-se de anotar o total
executado até a data de status, apresentando ao planejamento o percentual acumulado.
A linha de progresso é também conhecida como linha status é uma sequência
de fragmentos de retas que são desenhados no cronograma por meio da escala de
tempo, em um percurso de cima para baixo. Essa ferramenta é de grande importância
para as etapas de acompanhamento do progresso da obra, observando as atividades
em atraso, adiantadas e as que estão em dia.
A linha de progresso é quem fornece para a equipe uma avaliação rápida do
comportamento de avanço da obra. A linha vai formando um formato de zigue-zague
de acordo com o status que as atividades apresentarem.
Na Figura é ilustrado um cronograma de atividades em uma obra realizadas por
semana. A seguir, na Figura 26 tem-se o cronograma em formato de linha de progresso,
no qual se refere a semana 4 demonstrado na tabela anterior (Figura).

Figura 31: Status das atividades na semana 4 de uma determinada obra


Fonte: Dória Mattos (2019)
76

Figura 32: Cronograma com linha de progresso da semana 4 representada na tabela anterior
Fonte: Dória Mattos (2019)

Como já explicado anteriormente, a linha de progresso é tracejada de acordo


com o status das atividades, dessa forma, na Figura 28 observa-se:
- A e B não possuem linha de progresso, por se tratar de atividades concluídas;
- Atividade C está adiantada;
- A atividade D está em dia;
- Atividades E e F estão em atraso
Atualização do planejamento
Depois que o progresso das atividades é considerado adequado passa por uma
próxima etapa, que é a atualização da rede. A atualização da rede trata-se de uma
reprogramação geral das atividades que precisam ser realizadas.
Nessa fase o cronograma é regulado de acordo com a realidade do andamento de
obra, e como efeito as atividades que ficam atrasadas são impulsionadas para a frente
das atividades atrasadas, assim como, as que podem ser realizadas antes do previstos
são caminhadas para trás. Uma forma de atualizar o cronograma que é bastante
indicado, é por meio da DURAÇÃO REMANESCENTE DAS ATIVIDADES EM ANDAMENTO.
A duração remanescente das atividades em andamento, é definida pela
quantidade de dias restantes para ser concluída, e não pela quantidade que é
apresentado na linha de base, e a partir disso, recomenda-se que ao documentar essas
atividades, elas sejam apresentadas em duas barras, sendo uma para a linha de base
prevista e a outra para a linha de base realizada.

Figura 33: Cronograma na data de status e atualização do planejamento


Fonte: Dória Mattos (2019)
77
Por meio da visualização da duração remanescente, o gerenciador que observa
a execução das atividades, concentra-se apenas em analisar quantos dias faltam
para a conclusão das atividades. É importante ressaltar, que em algumas atividades a
duração real se difere da duração adotada inicialmente (linha de base), e é considerado
constante esse tipo de acontecimentos nos projetos construtivos.
b. Finalidade das linhas de balanço
A linha de balanço (line of balance) é também nomeada de diagrama tempo-
caminho, refere-se a um método de planejamento indicado para tipos de obras que
obtenha serviços repetitivos. Os serviços repetitivos são representados por uma reta
traçada dentro de um gráfico de tempo-progresso, havendo ciclos de produção.

Figura 34: A) Representação de um cronograma simples; B) Representação de um cronograma com


linha de balanço
Fonte: Dória Mattos (2019)

A inclinação da reta indica o compasso de avanço da atividade. Para melhor


entendimento, é ilustrado na Figura 28 que ocorre uma mudança de um cronograma
simples para um que apresente a linha de balanço. Veja que o cronograma simples foi
apenas redesenhado agrupando as atividades que se repetem, que ao ser agrupados
pode ser representado por uma reta com uma inclinação (ritmo).
78

Figura 35: Representação Gráfica da linha de balanço


Fonte: Dória Mattos (2019)

A Linha de Balanço traz um grande benefício para os projetos de obras, por permitir
uma ampla visualização do fluxo de trabalho executado, o que facilita a continuidade
das atividades e assim, compreende-se como está o desenvolvimento das equipes e o
ritmo de produção.
Outras vantagens da linha de balanço que podem ser mencionadas:
• Facilita a troca de informações entre os gestores e a mão de obra do canteiro
• Melhor controle do andamento do projeto e do ritmo com que as atividades são
executadas;
• Ampla visualização dos serviços
• Apresentação das unidades concluídas e sua equipe responsável pelo trabalho
• Evidencia as interferências
A linha de balanço resulta em uma melhor comunicação no canteiro de obras e
no planejamento, economizando os recursos e o tempo.

6.2 PREVISTO X REALIZADO


Dentre os melhores benefícios do método tempo-caminho para os projetos de
obras, está o fator de comparação do que foi previsto com o que está sendo realizado.
Por meio da referência da linha de balanço dos dados do planejamento original surgem
os gráficos com o tempo-posição dos avanços reais, onde é analisado se o andamento
da obra está além ou de acordo com o que foi previsto, podendo acontecer três tipos
diferentes de acontecimentos, sendo eles:
A primeira refere-se a linha que representa o que foi realizado está compatibilizando
com a linha que representa o previsto, o que indica que o serviço ESTÁ EM DIA; A segunda
condiz com a linha que representa o realizado está superior a linha que representa o
previsto, indicando que o serviço ESTÁ ADIANTADO e por fim, a linha que representa o
realizado está inferior a linha que representa o presto, simbolizando que o serviço está
ATRASADO
Através disso, conclui-se que a visualização proporcionada pelos gráficos
PREVISTO X REALIZADO é muito atraente com simples implementação e é indicado para
apresentações em reuniões com as equipes.
79

Figura 36: Linha de balanço


Fonte: Dória Mattos (2019)

A curva da linha de balanço que indica o progresso da obra pode passar excedida
sinalizando uma estimativa de que ainda se tem tempo ou que o serviço estará em
atraso no final.

BUSQUE POR MAIS


É fundamental entender que para acontecer um acompanhamento da obra de
maneira mais eficiente possível, é primordial o uso da linha de balanço, portan-
to, seja curioso (a) e busque mais! Então, sugere-se a leitura dos capítulos 15 e
20 do livro “ Planejamento e controle de obras” 2ª edição, do autor Aldo Dória
Mattos publicado no ano de 2019. Disponível em: https://shre.ink/TmeF. Acesso
em: 20 maio. 2023.
80
FIXANDO O CONTEÚDO

1. (FAFIPA-2011). Assinale a alternativa que corresponda a uma das características do


método “Tempo-Caminho” de Planejamento do Tempo de um Projeto:

a) É conhecida também como a técnica “Linha de balanço”.


b) É usado em obras com poucas atividades repetidas.
c) A visualização dela é através de histogramas.
d) É representada através da curva “S”.
e) Usam-se as redes de setas para sua visualização.

2. (INSTITUTO AOCP-2020). Quando um engenheiro civil realiza a atividade de


acompanhamento do desenvolvimento de uma obra ou serviço, segundo norma
especifica, visando fazer cumprir o respectivo projeto ou planejamento, ele realiza

a) Um planejamento técnico.
b) Um plano técnico.
c) Uma orientação técnica.
d) Uma operação técnica.
e) Uma padronização técnica.

3. O método da linha de balanço é um método de planejamento bastante interessante


em obras com alta repetitividade de atividades. Julgue o item correto:

a) A linha de balanço de um empreendimento só pode ser aplicada quando houver


tarefas recorrentes e tem como finalidade apresentar a duração de cada grupo de
etapas e a existência ou não de interferência de uma etapa em outras.
b) Linha de balanço tem sua representação gráfica baseada no gráfico Gantt;
c) Linha de balanço significa o caminho crítico da obra;
d) Ao atualizar a linha de balanço fica impossível visualizar as falhas das atividades
executadas na obra.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

4. (UECE CEV-2018). Atente ao que se diz a seguir em relação aos instrumentos de


planejamento, programação, controle e acompanhamento de obras.

I. Pode-se utilizar a curva S para, a partir dela, desenvolver uma análise de valor
agregado.
II. Para utilizar-se o histograma de mão de obra, faz-se necessário o conhecimento do
prazo de execução definido para a obra.
III. Pode-se relacionar o tempo com o custo acumulado na execução de um
empreendimento através da curva S.
IV. Quando se utiliza a metodologia PERT, deve se entender que ela considera que a
duração do empreendimento tem característica determinística.
81
V. Quando se tem tarefas singulares, a linha de balanço é a técnica apropriada para
programá-las.

Está correto somente o que se afirma em

a) I, II e III.
b) I e V.
c) II, IV e V.
d) III e IV.
e) Apenas a V.

5. (UECE CEV-2018). Nas atividades de acompanhamento de obras, as atividades


relacionadas à apropriação dos coeficientes de consumo de materiais são relativamente
complexas. No que diz respeito à observância de procedimentos complementares, é
CORRETO afirmar que

a) deve desistir de realizar anotações relativas às ferramentas utilizadas no manuseio e


instalações de materiais.
b) os quantitativos de materiais efetivamente utilizados no serviço e os quantitativos
de serviços produzido devem ser levantados, uma vez que não se pode dispensar essa
atividade na obtenção dos coeficientes de utilização de materiais.
c) é desnecessário registrar as marcas dos materiais utilizados e sua aderência às
especificações e normas técnicas.
d) deve estabelecer um procedimento especial para se estimar o número baixo de
reaproveitamento no caso de materiais que possuem possibilidade de reaproveitamento.
e) Todas as alternativas estão corretas.

6. (FEMPERJ-2012). Um cronograma pode ser apresentado em várias formas, de


acordo com o tipo, volume e complexidade da tarefa e, ainda, com a quantidade de
informações que deve conter. Considere um cronograma em que estão representados,
em duas dimensões, os tempos de construção e o avanço dos trabalhos de acordo com
o tempo. A velocidade de execução dos trabalhos é mostrada pela inclinação da linha
que representa o avanço da produção em direção ao eixo do tempo. Sabe-se que esse
tipo de cronograma é adequado para construções com grande volume de produção,
como no caso de estradas e túneis, e também para a construção de edifícios em que
é utilizado o método de planejamento de produção em linha ou trabalho cadenciado.
Essa descrição é compatível com um cronograma apresentado da seguinte forma:

a) linha de prazos;
b) cronograma de barras ou gráfico de Gantt;
c) linha de balanço ou tempo-caminho;
d) PERT/CPM;
e) rede de procedência.

7. (INSTITUTO AOCP-2019). O gerenciamento da obra melhora a produtividade na


construção civil, mas é afetado por vários fatores, tais como: problemas de transporte,
82
atrasos na entrega de materiais, dificuldade de acesso e condições climáticas. Sendo
assim, algumas metodologias de programação foram desenvolvidas para assistir os
gestores de obra e reduzir o impacto dos fatores citados. Acerca dessas metodologias
e suas aplicações, assinale a alternativa correta.

a) Linha de balanço: técnica empregada em projetos de natureza repetitiva, como


conjuntos habitacionais, edifícios de múltiplos pavimentos e construções de estradas.
b) PERT – CPM: é formado por uma malha composta por atividades interligadas e
sequências de execução, sendo a sua aplicação ideal para obras de natureza repetitiva.
c) programa 5S: considera os sensos de utilização, limpeza, saúde e segurança, e
autodisciplina, mas não pode ser empregado em qualquer tipo de empreendimento
em razão da complexidade de dados que devem ser controlados concomitantemente.
d) Curva S: é uma forma gráfica de acompanhar a implantação de um projeto a partir
do levantamento apenas dos gastos da construção em um intervalo de tempo referente
ao material.
e) Gráfico de Gantt: trata-se de um gráfico composto por uma planilha, em que se
descrevem as atividades a serem desenvolvidas durante o ciclo de vida do projeto,
associado a um diagrama de colunas que representa o tempo de duração dessas
atividades.

8. (FUNDATEC-2023). Tratando-se da orçamentação de obras, assinale a alternativa


que indica a ferramenta que auxilia na priorização das cotações de preços, na definição
das negociações mais criteriosas e sinaliza onde os responsáveis por compras devem
canalizar energia.

a) Ciclo PDCA.
b) EAP.
c) Curva ABC.
d) Diagrama de rede.
e) Linha de balanço.
83
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO

UNIDADE 1 UNIDADE 2
QUESTÃO 1 C QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 A QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 D QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 D

UNIDADE 3 UNIDADE 4
QUESTÃO 1 D QUESTÃO 1 B
QUESTÃO 2 A QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 C QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 C QUESTÃO 4 D
QUESTÃO 5 B QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 E QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 E QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 E QUESTÃO 8 A

UNIDADE 5 UNIDADE 6
QUESTÃO 1 E QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 B QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 D QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 B QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 E QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 A QUESTÃO 6 C
QUESTÃO 7 D QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 B QUESTÃO 8 E
84
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, F. FABIO DE. O Método de Melhorias PDCA, 169 p. Dissertação de Mestrado –
Departamento de Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo, São Paulo, 2003. Disponível em: https://shre.ink/TmPs. Acesso em: 08 mai.
2023.

COUTINHO, Í. Termos usuais de Engenharia de Planejamento: vamos esclarecer? 2013.


Disponível em: https://shre.ink/Tmu4. Acesso em: 07 maio 2023.

GOLDMAN, P. INTRODUÇÃO AO PLANEJAM ENTO E CONTROLE DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO


CIVIL BRASILEIRA. 4. ed. São Paulo: Pini Ltda, 2004.

MATTOS, A. D. Planejamento e Controle de Obras. São Paulo - SP: Pini Ltda,


2010. 426 p.

MATOS, A. D. PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos,


2019.

MODELO de Cronograma Físico-Financeiro de Obra. 2018. Disponível em: https://shre.


ink/Tmu0. Acesso em: 10 maio 2023.
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