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UNIVERSIDADE ADVENTISTA DE MOCAMBIQUE

FACULDADE DE ECONMIA E GESTAO

Filomeno Pedro

Funções reais de variáveis reais

Docente: dr.

BEIRA,
2023
Índice.
CAPITULO I...................................................................................................................................3
1.1 Introdução..............................................................................................................................3
CAPITULO II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................4
2.1 Função real de variável real...................................................................................................4
2.1.1 Tipos de funções.............................................................................................................8
A função seno.............................................................................................................................14
Conclusão......................................................................................................................................16
CAPITULO I.

1.1 Introdução.

O presente trabalho da disciplina de matemática tem por objectivo abordar sobre as funções
reais de variáveis reis, que na visão de Ávila (1983:123), podem ser entendidads como Uma
função em que tanto os elementos do conjunto de partida ou conjunto dos objectos como os do
conjunto de chegada ou conjunto de imagem são números reais, isto é, pertencem ao conjunto R
neste trabalho também aborda-se sobre os tipos de funções reais, citando os respectivos
exemplo.

Com relação a estrutura do trabalho, o mesmo apresenta três sessões, a primeira sessão e
referente a introdução, onde a o estudante faz a introdução do conteúdo a ser abordado, a seguda
sessão e referente a fundamentação teórica onde se faz a abordagem dos conteúdos ligados a
tema em estudo e por fim faz-se a conclusão, onde constam as constatações tidas aquando a
realização deste estudo.
CAPITULO II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.

2.1 Função real de variável real

De acordo com Ávila (1983:123), define uma função real de variável real como:

Uma função em que tanto os elementos do conjunto de partida ou conjunto dos objectos como os
do conjunto de chegadaou conjunto de imagem são números reais, sto ee, pertencem ao conjunto
R, e representa-se por F: R-R

Ao conjunto chamamos domínio de (escrevemos ) e ao conjunto chamamos conjunto


de chegada de . Chamamos contradomínio de ao conjunto das imagens (escrevemos ),
ou seja, ao conjunto dos elementos que são imagem pela função dos elementos do domínio, o
qual é naturalmente subconjunto de e pode ser representado por :

Dizemos que é uma função real de variável real (frvr) quando e são subconjuntos de .
De agora em diante, a menos que seja dito algo em contrário, consideraremos sempre funções
reais de variável real, que, para simplificar o texto, passaremos a tratar simplesmente por
funções.

Chamamos gráfico da função ao conjunto

Dizemos que é uma função limitada se existe tal que , para todo
o . Por outras palavras, é uma função limitada se é um conjunto limitado.
Também dizemos que é uma função majorada/minorada se o for enquanto conjunto
De modo análogo, ao supremo/ ínfimo /máximo/ mínimo do conjunto
chamamos supremo/ ínfimo/ máximo/ mínimo de , sempre que existirem
De modo análogo, ao supremo/ ínfimo /máximo/ mínimo do conjunto
chamamos supremo/ ínfimo/ máximo/ mínimo de , sempre que existirem.

Exemplo:

Exemplo:
A função , com tem contradomínio . É uma função
minorada, tem mínimo , mas não é uma função majorada, pelo que não é, então, uma função
limitada.

Exemplo.

Dizemos que uma função


 é crescente se sempre que tivermos ;
 é decrescente se sempre que tivermos ;
 é estritamente crescente se sempre que tivermos ;
 é estritamente decrescente se sempre que tivermos ;
 é monótona se é crescente ou decrescente;
 é estritamente monótona se é estritamente crescente ou estritamente decrescente.
 Exemplo: A função é estritamente decrescente no intervalo e
estritamente crescente no intervalo . A sua representação gráfica torna mais
intuitiva a descrição da monotonia da função:

Dizemos que uma função


 é par se para todo o ;
 é ímpar se para todo o .
O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo das ordenadas, enquanto que o
gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem.

Exemplo: A função é uma função par, pois

O seu gráfico é simétrico em relação ao eixo das ordenadas. Por outro lado, a função é
uma função ímpar, pois


Dizemos que uma função é uma função periódica de período se
para todo o .
O gráfico de uma função periódica de período repete-se de em unidades do eixo das
abcissas, associado aos objetos da função.
Exemplo: A função é periódica de período , pois para qualquer ,

Veremos adiante mais algumas informações sobre esta função.



Dada uma função , aos elementos tais que
chamamos zeros de .
Os zeros são as abcissas dos pontos de intersecção do gráfico da função com o eixo .
Exemplo: Determinemos os zeros da função :
.
O conjunto dos zeros de é .

Dizemos que uma função

 é injetiva se para todo o tais que tivermos ;


 é sobrejetiva se para todo o existe tal que ;
 é bijetiva se for injetiva e sobrejetiva.
Uma função é injetiva se o seu gráfico interseta qualquer reta horizontal, no máximo, uma vez.

Exemplo:

Exemplo: A função não é injetiva pois , por exemplo . Repare-se


que conseguimos facilmente traçar uma reta horizontal que intersete o gráfico da função em dois
pontos distintos. A função que resulta da restrição de ao intervalo é injetiva.
[Definimos a restrição de a , a qual representamos por , à função de em tal
que para cada .]

Sejam e duas funções tais que .
Definimos a função composta de com , a função designada por , cujo domínio
é e para cada , .

Dada uma função injetiva , definimos a função inversa de , como


sendo tal que para todo o ;
assim, . Representaremos a função inversa de por .
Por exemplo, a função inversa de é .
O gráfico de resulta do gráfico de fazendo uma simetria em relação à reta .

2.1.1 Tipos de funções


2.1.1.1 Funções Polinomiais
Dizemos que uma função é polinomial de grau n se tem a forma

onde são constantes reais, chamadas coeficientes.

Em particular, se uma função polinomial tem grau zero, um, dois ou três, é chamada de função
constante, afim, quadrática ou cúbica, respetivamente. Vejamos os seguintes exemplos:

2.1.1.2 Função constante

O seu gráfico é uma reta paralela ao eixo das abcissas e que contém o ponto (0, ).

Função afim ( )

O seu gráfico é uma reta que interseta o eixo das ordenadas (eixo ) no ponto e tem
declive .
2.1.1.3 Função quadrática ( )

O seu gráfico é uma parábola de eixo vertical e concavidade voltada para cima se , ou
concavidade voltada para baixo se ; a parábola interseta o eixo das abcissas nos zeros da
função.

2.1.1.4 Funções Racionais


Dizemos que uma função real de variável real é racional se pode ser escrita na forma

onde e são polinómios em . O domínio de uma função racional com esta forma é o
conjunto de todos os números reais, excepto aqueles para os quais se tem .

Exemplo: .
O seu domínio é .
Uma representação do seu gráfico é
Exemplo: , com .
O seu domínio é . Seguem-se representações dos seu gráficos:

2.1.1.5 Função Exponencial e Logarítmica


Seja $latex a\in{\mathbb R}^+\setminus\{1\}. Chamamos função exponencial de base à
função real de variável real

O seu domínio é e o contradomínio é . A função é injetiva e sua monotonia depende do


valor de . Em particular, se a função é estritamente crescente, enquanto que se
a função é estritamente decrescente.

Exemplo: Representações dos gráficos de algumas funções exponenciais com base maior que 1:
Atenção: Não confundir com . [Exercício: Comparar os gráficos
de e .]
Exemplo: Representações dos gráficos de algumas funções exponenciais com base menor que
1:

Exemplo: Representações dos gráficos das funções exponenciais de base e :

Recordemos algumas propriedades das potências de números reais. Sejam e


.
1. Exemplo: .

2. Exemplo: .

3. Exemplo: .

4. Exemplo: .

5. Exemplo: .

6. Exemplo: .
7. Exemplo: .

8. Exemplo: .

Como qualquer função exponencial de base é injetiva, admite função
inversa. Seja , chamamos função logarítmica de base à função real de variável
real
.

O domínio é e o contradomínio é , sendo que tem um zero em . A função é injetiva e


o seu gráfico depende do valor de .

Exemplo: Função logarítmica com base maior que 1.

Em particular, quando ,
chamamos logaritmo Neperiano ao logaritmo de base e representa-se usualmente por .
Temos se e só se . No caso de a base ser 10 representa-se simplesmente por .
É necessário, no entanto, ter algum cuidado com a notação, pois alguma bibliografia opta por
para representar o logaritmo Neperiano.

Exemplo: Representações dos gráficos de e .


Exemplo: Função logarítmica com base menor que 1.

Temos que se e só se , ou seja, a função logarítmica de base é a inversa


da função exponencial de base .
De acordo com o que foi dito atrás sobre a função inversa, o gráfico de obtém-se
fazendo uma simetria do gráfico de em relação à reta .

Vejamos agora algumas propriedades bastante interesantes dos logaritmos. Sejam


, e .

1.

2.

3. para todo o

4. (mudança de base)

5. e
2.1.1.6 Funções Trigonométricas e Trigonométricas Inversas
Seno e arco seno
Consideremos a função seno dada por , . O seu domínio é e tem
contradomínio . Trata-se de uma função ímpar, já que . Uma
representação do seu gráfico é
A função seno – GeoGebra Folha Gráfica Dinâmica

A função seno
Desloca o ponto A e observa a construção de uma representação gráfica da
função seno.

Este é uma Apliqueta Java criado utilizando o GeoGebra


de http://www.geogebra.org – parece que não tem o Java instalado, aceda
a http://www.java.com
Helder Vilarinho | calcUBI, 15 outubro 2013, Criado com GeoGebra
A função seno é uma função periódica de período . Claramente esta função não é injetiva e,
como tal, à partida, não admite inversa. No entanto, podemos considerar infinitas restrições para
as quais a função seno admite inversa.

Seja e consideremos a restrição da função seno a este intervalo, , a qual


designamos por restrição principal. A função é injetiva, pelo que podemos tomar a sua
função inversa arco seno:

função essa que a cada faz corresponder o arco cujo seno é , tem por domínio e
contradomínio . Uma representação do seu gráfico é
Para cada temos .

A função arco seno – GeoGebra Folha Gráfica Dinâmica


Conclusão
Após a elaboração deste trabalho, contatou-se que trata-se de um tema de extrema importância
no campo da matemática, pos permitiu-nos conhecer as funções reais de variáveis reais, ademais
com o presente trabalho constatou-se que as funções reais de variáveis podem ser classificadas
em vários tipos, dentre eles as funções constantes, funções quadráticas, funções
logaritimicas/exponencial e trigonométricas.
Referencia de bibliográfica
Obras:

 Avila, G. S. S., Calculo I, funções de uma variável , ed.LTC, 1983

Web site:

 https://calcubi.wordpress.com/2013/10/16/aula-3-introducao-as-funcoes-reais-de-
variavel-real/

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