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Índice

Introdução ......................................................................................................................... 3

Funções reais de variáveis reais ....................................................................................... 4

Interpretação geométrica de uma função real ................................................................... 4

Propriedades elementares sobre funções reais de variável real ........................................ 4

Alguns exemplos das funções .......................................................................................... 9

Conclusão ....................................................................................................................... 14

Bibliografia ..................................................................................................................... 15

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Introdução

O vigente trabalho é de carácter avaliativo da disciplina de Matemática que tem como


tema, funções reais de variáveis reais. O mesmo, tem como objectivo explicar de forma
clara e concisa as funções reais de variáveis reais e alguns aspectos relacionados com a
tese. Contudo, é muito importante enfatizar que, uma Função Real de Variável Real, é
uma função cujo domínio e o conjunto de chegada estão contidos em R. f(x)! É a
expressão analítica que representa a função f com conjunto de chegada igual a R e
domínio constituído por todos os números reais x para os quais f(x) é um número real.
Por outras palavras, uma função real (ou a valores reais) é formalmente uma função
cujo contradomínio está contido no conjunto de números reais. O mesmo, apresenta a
seguinte estrutura:

 Introdução;
 Desenvolvimento;
 Conclusão e;
 Bibliografia.

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Funções reais de variáveis reais

Em matemática, define-se como função real qualquer função cujo contradomínio está
contido no conjunto dos números reais.

De acordo ROBERT WADLOW, uma Função Real de Variável Real, é uma função
cujo domínio e o conjunto de chegada estão contidos em R. f(x)! É a expressão analítica
que representa a função f com conjunto de chegada igual a R e domínio constituído por
todos os números reais x para os quais f(x) é um número real.

Por outras palavras, uma função real (ou a valores reais) é formalmente uma função
cujo contradomínio está contido no conjunto de números reais.

Interpretação geométrica de uma função real

Para GUIDORIZZI (2001), existem algumas formas de representar uma função real.
Uma delas foi criada por René Descartes no século XVII, permitindo estabelecer uma
representação geométrica de uma função real a partir do plano cartesiano.

Existem também outros sistemas de coordenadas (polares, cilíndricas, esféricas, etc) e


que cada um deles se torna adequado para diferentes situações. Além disso, sob algumas
condições especiais, é possível transitar entre eles através do teorema de mudança de
variáveis.

Propriedades elementares sobre funções reais de variável real

No pensar de EDUARDO (1985), dados dois conjuntos e , dizemos que é


uma função definida com valores de para a toda a correspondência
entre e que a cada elemento de faz corresponder um e um só elemento de .
Representamos esta correspondência por e também
escrevemos para indicar que ao elemento fazemos corresponder o
elemento .

Ao elemento chamamos objecto e ao elemento chamamos imagem de .

Ao conjunto chamamos domínio de (escrevemos ) e ao


conjunto chamamos conjunto de chegada de . Chamamos contradomínio de ao
conjunto das imagens (escrevemos ), ou seja, ao conjunto dos elementos que são

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imagem pela função dos elementos do domínio, o qual é naturalmente subconjunto

de e pode ser representado por:

Dizemos que é uma função real de variável real (frvr) quando e são
subconjuntos de .

Chamamos gráfico da função ao conjunto .


Dizemos que é uma função limitada se existe tal que , para todo
o . Por outras palavras, é uma função limitada se é um conjunto limitado.
Também dizemos que é uma função majorada/minorada se o for enquanto
conjunto.
De modo análogo, ao supremo/ ínfimo /máximo/ mínimo do
conjunto chamamos supremo/ ínfimo/ máximo/ mínimo de , sempre que
existirem.
Exemplo:

Exemplo:

A função , com tem contradomínio . É uma função


minorada, tem mínimo , mas não é uma função majorada, pelo que não é, então, uma
função limitada.

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Dizemos que uma função
 é crescente se sempre que tivermos ;
 é decrescente se sempre que tivermos ;
 é estritamente crescente se sempre que tivermos ;
 é estritamente decrescente se sempre que tivermos ;
 é monótona se é crescente ou decrescente;
 é estritamente monótona se é estritamente crescente ou estritamente decrescente.
Exemplo: A função é estritamente decrescente no intervalo e
estritamente crescente no intervalo . A sua representação gráfica torna mais
intuitiva a descrição da monotonia da função:

Dizemos que uma função


 é par se para todo o ;
 é ímpar se para todo o .
O gráfico de uma função par é simétrico em relação ao eixo das ordenadas, enquanto
que o gráfico de uma função ímpar é simétrico em relação à origem. Exemplo: A
função é uma função par, pois

O seu gráfico é simétrico em relação ao eixo das ordenadas. Por outro lado, a
função é uma função ímpar, pois

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Dizemos que uma função é uma função periódica de
período se para todo o .
O gráfico de uma função periódica de período repete-se de em unidades do eixo
das abcissas, associado aos objectos da função.

Exemplo: A função é periódica de período , pois para qualquer ,

Dada uma função , aos elementos tais


que chamamos zeros de .
Os zeros são as abcissas dos pontos de intersecção do gráfico da função com o eixo

Exemplo: Determinemos os zeros da função :

.
O conjunto dos zeros de é .
Dizemos que uma função

 é injetiva se para todo o tais que tivermos ;


 é sobrejetiva se para todo o existe tal que ;
 é bijetiva se for injetiva e sobrejetiva.
Uma função é injetiva se o seu gráfico interseta qualquer reta horizontal, no máximo,
uma vez. Exemplo:

Exemplo: A função não é injetiva pois , por exemplo .


Repare-se que conseguimos facilmente traçar uma reta horizontal que intersete o gráfico
da função em dois pontos distintos. A função que resulta da restrição de ao
intervalo é injetiva.

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[Definimos a restrição de a , a qual representamos por , à função

de em tal que para cada .]



Sejam e duas funções tais
que . Definimos a função composta de com , a função designada
por , cujo domínio é e para cada
, .

Dada uma função injetiva , definimos a função inversa de , como


sendo tal que para todo o ;
assim, . Representaremos a função inversa de por .
Por exemplo, a função inversa de é .
O gráfico de resulta do gráfico de fazendo uma simetria em relação à recta .

Em suma, o estudo das funções reais deu origem a uma área da Matemática: a análise
real. Algumas propriedades usualmente estudadas são:

 Paridade:

Uma função real é par quando para todo em seu domínio e

é ímpar quando para todo em seu domínio. Por exemplo, as funções cosseno
e cosseno hiperbólico são pares, enquanto as funções seno e seno hiperbólico são
ímpares. Mas nem toda função se encaixa numa dessas duas classificações, por
exemplo: Quando uma função tem uma paridade (ou uma simetria em geral), isso
permite abreviar alguns cálculos acerca dela.

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 Periodicidade:

Seja um número real positivo. Dizemos que uma função real é periódica de período ,
quando para todo em seu domínio. Por exemplo, as funções seno e cosseno são
periódicas de período.

 Monotonicidade:

Uma função real é monótona crescente quando implica para todos em seu domínio, e
é monótona decrescente quando implica para todos em seu domínio. Resultados muito
importantes aparecem quando uma determinada função real é monótona, por exemplo
quando a imagem de uma função real monótona é um intervalo (ou denso num
intervalo), a função é contínua.

 Integrabilidade:

Uma função é integrável quando a integral inferior e superior são iguais, e essas últimas
são obtidas através das somas superiores e inferiores de uma partição arbitrária do
intervalo.

Um dos fatos mais importantes é o de que toda função contínua é integrável. Mas não
nos enganemos: nem toda função integrável é contínua, por exemplo é integrável mas
não é contínua no zero.

Outro fato muito importante é o de que se o conjunto dos pontos de descontinuidade de


uma função real tiver medida nula, então ela é integrável.

Derivadas são a ferramenta mais importante para o estudo do comportamento de uma


função real: a primeira derivada revela o crescimento e o decrescimento da função perto
do ponto, a segunda derivada revela a concavidade e os pontos de inflexão, e os pontos
críticos nos ajudam a achar os máximos e mínimos da função.

Alguns exemplos das funções

 Funções Polinomiais

Dizemos que uma função é polinomial de grau n se tem a forma

onde são constantes reais, chamadas coeficientes.

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Em particular, se uma função polinomial tem grau zero, um, dois ou três, é chamada
de função constante, afim, quadrática ou cúbica, respectivamente. Exemplos:

Função constante ( )

O seu gráfico é uma recta paralela ao eixo das abcissas e que contém o ponto (0, ).

Função afim ( )

O seu gráfico é uma recta que intersecta o eixo das ordenadas (eixo ) no
ponto e tem declive .

Função quadrática ( )

O seu gráfico é uma parábola de eixo vertical e concavidade voltada para cima
se , ou concavidade voltada para baixo se ; a parábola interseta o eixo das
abcissas nos zeros da função.

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 Funções Racionais

Dizemos que uma função real de variável real é racional se pode ser escrita na forma

Onde: e são polinómios em . O domínio de uma função racional com esta


forma é o conjunto de todos os números reais, excepto aqueles para os quais se
tem .

Exemplo: .

O seu domínio é .

Uma representação do seu gráfico é

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Exemplo: , com .

O seu domínio é . Seguem-se representações dos seu


gráficos:

 Função Exponencial e Logarítmica


Chamamos função exponencial de base à função real de variável real:

O seu domínio é e o contradomínio é . A função é injetiva e sua monotonia


depende do valor de . Em particular, se a função é estritamente crescente,
enquanto que se a função é estritamente decrescente.

Exemplo: Representações dos gráficos de algumas funções exponenciais com base


maior que 1:

Atenção: Não confundir com . [Exercício: Comparar os gráficos


de e .]

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Exemplo: Representações dos gráficos de algumas funções exponenciais com base
menor que 1:

Exemplo: Representações dos gráficos das funções exponenciais de base e :

Porem, é muito importante realçar algumas propriedades das potências de números


reais. Sejam e .

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Conclusão

Depois de muita leitura e investigações feitas na elaboração do presente trabalho,


concluiu-se que, Existem algumas formas de representar uma função real. Uma delas foi
criada por René Descartes no século XVII, permitindo estabelecer uma representação
geométrica de uma função real a partir do plano cartesiano. Existem também outros
sistemas de coordenadas (polares, cilíndricas, esféricas) e que cada um deles se torna
adequado para diferentes situações. Além disso, sob algumas condições especiais, é
possível transitar entre eles através do teorema de mudança de variáveis. Dizemos que
uma função real é periódica de período , quando para todo em seu domínio. Por
exemplo, as funções seno e cosseno são periódicas de período.

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Bibliografia

ÁVILA, Geraldo Severo de Souza. Introdução à análise matemática. 2aedição. São


Paulo: Edgard Blucher, 1999.

BARTLE, Robert Gardner. The elements of real analysis. 2aedição. New York: Wiley,
1976.

EARL W. Swokowski, "Cálculo Com Geometria Analítica, Volume


1". McGraw-Hill, 1983.

EDUARDO J.C. Martinho, J. da Costa Oliveira e M. Amaral Fortes,


"Matemática para o Estudo da Física". Fundação Calouste
Gulbenkian, 1985.

RUDIN, Walter. Principles of mathematical analysis. 3aedição. Auckland: Mcgraw-


Hill, 1976.

LIMA, Elon L. Curso de Análise, vol. 1, 14ª ed., Projeto Euclides, RJ: IMPA, 2014;

GUIDORIZZI, Hamilton L. Um Curso de Cálculo, vol. 1, 5ª ed., RJ: LTC, 2001;

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