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FUNÇÃO SOBREJETORA
Função sobrejetora: uma função é sobrejetora se, e somente se, o seu conjunto imagem for
especificamente igual ao contradomínio, Im = B.
Sim, pois para todo número real x existe um dobro y que também é um número real. E todo número real é “o
dobro de algum outro número real”, pois pode ser dividido por 2. Logo, seu contradomínio é exatamente
igual à sua imagem. Note que essa função não seria sobrejetora se fosse definida com domínio e
contradomínio iguais ao conjunto dos números naturais, pois, por exemplo, o número 3 do contradomínio
não estaria relacionado a nenhum elemento do domínio (3 é o dobro de 1,5 mas números decimais não
pertencem ao conjunto dos números naturais).
FUNÇÃO INJETORA
Função injetora: uma função é injetora se os elementos diferentes do domínio tiverem imagens diferentes.
Em resumo: se cada elemento de A tiver uma imagem diferente no conjunto B (um elemento de B não recebe
mais do que uma flecha), a função é injetora.
Pela lei de formação, podemos observar que ela pega um número real do domínio e o transforma em seu
dobro. Dois números reais diferentes, ao serem multiplicados por 2, geram resultados diferentes. A função f,
portanto, é uma função injetora, pois, para quaisquer dois valores de x’ e x’’, o valor de f(x’) ≠ f(x’’).
Exemplo 2:
Dada a função f: R → R, com lei de formação f(x) = x², verifique se ela é injetora.
Podemos observar que, para esse domínio, essa função não é injetora, pois temos que a imagem de um
número qualquer é igual à imagem do seu oposto, por exemplo:
f(x) = x²
Testando o valor da função para x = 2: f( 2 ) = 2² = 4
Testando o valor da função para x = -2: f( -2 ) = (– 2) ² = 4
Note que f(2) = f ( – 2), o que contradiz a definição de uma função injetora (mesmo valor de y ou f(x) para
valores de x diferentes, logo, não é injetora).
Exemplo 3:
Dada a função f: R+ → R, com lei de formação f(x) = x², verifique se ela é injetora.
Note que agora o domínio é R+, ou seja, são os números reais positivos e o zero. A função f(x) = x² transforma
o número real x em seu quadrado; nesse caso, quando o domínio é o conjunto dos números reais positivos,
essa função é injetora, pois o quadrado de dois números positivos distintos sempre vai gerar resultados
distintos. Então, é muito importante lembrar que, além da lei de formação da função, precisamos analisar o
seu domínio e contradomínio.
FUNÇÃO BIJETORA
Função bijetora: uma função é bijetora se ela é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo. Por exemplo, a
função f : A→B, tal que f(x) = 5x + 4.
Note que ela é injetora, pois x’≠x’’ implica em f(x’) ≠ f(x’’), ou seja, cada
elemento de A está ligado a um elemento diferente de B.
Exemplo:
Note que, nesse intervalo, as retas paralelas ao eixo x cortam o gráfico da função em um único ponto, o que
faz com que a função seja injetora e que todo valor de y para esse intervalo seja correspondente de um valor
de x, o que faz com que ela seja também sobrejetora. Desse modo, para esse intervalo, a função é bijetora.
Vale ressaltar que não sabemos das informações do gráfico da função para além do intervalo representado,
e, portanto, sem conhecer a lei de formação, não podemos inferir que a função é totalmente bijetora.
Note que, para uma mesma reta paralela ao eixo x, há mais de um ponto de encontro com o gráfico da
função, sendo assim, elementos distintos do domínio x possuem a mesma imagem y, o que faz com que essa
função não seja injetora, o que já é suficiente para que ela não seja bijetora. Note também que, na parte
debaixo do eixo y, não há gráfico dessa função, então, para esse intervalo, existem valores de y que não são
imagens de nenhum valor de x, o que faz com que ela não seja sobrejetora.