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Encontro LEVANTAMENTO DE PREFERÊNCIAS

Revista de Psicologia
PROFISSIONAIS COM JOVENS DE ENSINO
Vol. 13, Nº. 18, Ano 2010
FUNDAMENTAL E MÉDIO
Survey of professional preferences with young people
from fundamental and intermediary school

Maiana Farias Oliveira Nunes


Instituto de Educação Superior Avantis
maiananunes@mac.com
RESUMO

Ana Paula Porto Noronha O estudo sobre interesse profissional em jovens em momento de
escolha de carreira é um tema relevante, especialmente considerando a
Universidade São Francisco - USF
carência de pesquisas nacionais que investiguem a população que
ana.noronha@usf.edu.br
busca serviços de orientação profissional (OP). Essa pesquisa visou
caracterizar as preferências profissionais de participantes de um
programa de OP, por meio de um questionário estruturado que
Sílvia Godoy de Sousa abordava diferentes atividades ocupacionais. Participaram 193 jovens,
Universidade Presbiteriana Mackenzie com média de idade de 16,5 anos, sendo 64,2% mulheres que cursavam
silviagodoy04@yahoo.com.br o Ensino Fundamental e Médio. As atividades mais freqüentes, quando
analogamente comparadas com o conteúdo das tipologias de Holland,
foram associadas ao tipo Social e as menos freqüentes, ao Convencional
Mariana V. de Camargo Barros e Artístico. Os resultados apresentaram diferenças significativas de
média em função do gênero e série escolar, corroborando outros
Universidade São Francisco - USF
estudos nacionais. São discutidas as limitações do estudo e sugeridas
mariana_varandas@yahoo.com.br
novas pesquisas com outras populações que utilizam serviços de OP.

Palavras-Chave: interesses profissionais; avaliação psicológica; diferenças de


Mayara Herculano Alves gênero; orientação profissional.
Universidade São Francisco - USF
mayara_psico@yahoo.com.br
ABSTRACT

Studying professional interests with young people choosing a


profession is a important topic, specially due to the lack of national
research that describe the sample that seeks for vocational guidance
(VG). This research aimed at describing professional preferences among
participants of a VG program, by using a structured questionnaire that
asked about different professional activities. 193 students participated
of this study, mean age of 16,5 years old, 64,2% women, studying at
Middle School and High School. The most frequent activities, when
compared to Holland’s typology, were Social type and the least
frequent were Conventional and Artistic. The results showed
significant mean differences related to sex and to school grade, which
corroborate national studies. Study limitations are discussed and new
Anhanguera Educacional Ltda. researches are suggested within other VG populations.
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 2000 Keywords: professional interests; psychological assessment; sex differences;
Valinhos, São Paulo vocational guidance.
CEP 13.278-181
rc.ipade@aesapar.com
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Artigo Original
Recebido em: 5/11/2009
Avaliado em: 28/3/2011
Publicação: 10 de agosto de 2011 45
46 Levantamento de Preferências Profissionais com jovens de Ensino Fundamental e Médio

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A presente pesquisa buscou caracterizar as preferências profissionais de jovens do Ensino


Fundamental e Médio de um serviço-escola de Orientação Profissional de uma cidade do
interior de São Paulo. Adicionalmente, foram verificadas diferenças de média em função
do sexo e série escolar, de modo a contribuir na criação de dados de referência brasileiros
sobre o tema, uma vez que estudos nacionais dessa natureza ainda são escassos
(NORONHA; AMBIEL, 2006; NORONHA et al., 2006).

No Brasil, a Orientação Profissional (OP) vem sofrendo algumas transformações


no sentido de se aprimorar enquanto campo teórico e área de aplicação. Para Savickas
(1999), a principal finalidade da OP é auxiliar os indivíduos em suas inquietações
relacionadas à carreira profissional, assim como avaliar as características pessoais e
traduzi-las em escolhas profissionais adequadas.

Na concepção de Bohoslavsky (1993), o processo de Orientação Profissional


envolve atividades distintas, com quadros de referência, orientações teóricas, concepções
filosóficas, científicas e técnicas de trabalho diversas, além de informação sobre profissões
e descoberta de capacidades pessoais inerentes à subjetividade humana. Dessa forma, o
conhecimento de si mesmo, o conhecimento das profissões e a escolha propriamente dita
são os focos da OP, possibilitando ao indivíduo rever conceitos sobre si mesmo, sobre o
mundo e sobre a vida, de tal sorte que se tornem mais claros os possíveis caminhos
profissionais.

Em acréscimo, Primi et al. (2002) compreendem a escolha profissional como um


problema complexo de tomada de decisão, pois é influenciada simultaneamente por
vários fatores como características individuais, contexto social no qual a escolha é feita,
opções disponíveis associadas ao mercado de trabalho, dentre outros. Carvalho (1995)
destaca que a aquisição da identidade profissional se constitui em um processo de
socialização, com vistas a assumir papéis ocupacionais adultos, relacionados com as
participações grupais, informações, conceitos e valores, enfim, com a vinculação aos
referenciais externos que venham a ser assimilados pelo indivíduo. Adicionalmente, Gati,
Krausz e Osipow (1996) salientam que as escolhas e os interesses possuem um grau de
utilidade indiscutível, existindo uma clara relação entre características pessoais e escolha
profissional, de tal modo que, maior será o interesse, quanto mais haja, subjacente à
escolha efetuada, uma coordenação harmônica entre eles.

Ainda no que se refere ao fato, Pelletier, Bujold e Noiseux (1985), ressaltam que o
interesse por uma profissão encontra-se relacionado com o processo de construção da

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identidade, e quando um jovem não conseguiu construir uma identidade sólida,


questiona-se freqüentemente sobre sua existência e o que é capaz de fazer. Nestas
condições, é provável que os interesses sejam tão diversificados e que a escolha por uma
profissão se torne ainda mais angustiante. Por vezes, surge uma situação oposta, na qual
se constata uma ausência de interesses que se destaquem e que funcionem como
facilitadores do processo de decisão.

Para Savickas (1999), o construto interesse profissional pode ser conceituado


como uma tendência para a satisfação de necessidades e valores pessoais, caracterizado
pela prontidão de resposta a estímulos ambientais específicos (objetos, atividades, pessoas
ou experiências). Anteriormente, Lent, Brown e Hackett (1994) destacaram que os
interesses referem-se a padrões de gostos, aversões e indiferenças acerca de atividades e
ocupações relacionadas a uma carreira.

Nessa mesma direção, Holland, Powell e Fritzsche (1994) referem-se à concepção


de interesses como preferências, uma vez que as pessoas aprendem a preferir certas
atividades em detrimento de outras, em razão da história ou de forças culturais e
pessoais. Essas tendências motivacionais fazem com que o indivíduo prefira a companhia
de pessoas com características semelhantes, em relação aos interesses, às competências e à
visão de mundo, o que tende a produzir ambientes profissionais que refletem as
orientações das pessoas que o compõem. Holland (1963) propõe a existência de uma
tipologia dos interesses vocacionais, que usa seis tipos para descrever a personalidade
vocacional dos sujeitos, a saber, o Realista, Investigativo, Artístico, Social, Empreendedor
e Convencional (RIASEC).

No Brasil, os estudos de Mansão (2005) e de Primi, Mansão, Muniz e Nunes


(2010) reiteraram os pressupostos de Holland (1963), quanto à descrição dos tipos do
RIASEC e sua interpretação psicológica. Mais especificamente, a autora encontrou que o
perfil Realista descreve sujeitos práticos, conservadores e dotados de habilidades
mecânicas, já o Investigativo engloba as características relacionadas a sujeitos analíticos,
curiosos por explorar e descobrir novos inventos. Ainda, o tipo Artístico é comum entre
sujeitos inovadores e criativos, o Social agrupa sujeitos interessados em ajudar, aconselhar
e trabalhar para o bem estar dos outros, enquanto no perfil Empreendedor, destacam-se
as habilidades persuasivas e de gerenciamento. Por fim, o tipo Convencional descreve
sujeitos metódicos, organizados e com habilidades para atividades comerciais.

Na perspectiva do Teste de Fotos de Profissões (BBT) (JACQUEMIN, 2000) a


clarificação dos interesses vocacionais se dá por meio da compreensão da personalidade
de cada sujeito, mais especialmente pela apresentação de fotos de profissionais em sua

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ocupação. No sentido de fornecer evidências da utilidade do mesmo para o contexto de


OP, Silva e Jacquemin (2001) fizeram um estudo de caso com um adolescente de 17 anos,
aplicando o BBT, em que observaram que o propósito do teste foi atingido, pois com as
escolhas, reagrupamentos e associações livres que o teste proporcionou, houve um avanço
na definição da escolha vocacional.

Em outra pesquisa envolvendo a investigação dos interesses, Sartori (2007)


avaliou o perfil de preferências profissionais de 132 estudantes de Ensino Médio, de
escolas particulares, com idade entre 14 e 19 anos, sendo 50% do sexo feminino. A autora
utilizou dois instrumentos para avaliar os interesses profissionais, sendo eles a Escala de
Aconselhamento Profissional (EAP) e o SDS. Quanto à relação entre variáveis contextuais
e expressão dos interesses, observou-se diferenças significativas com relação ao sexo,
verificando-se que os homens tiveram escores significativamente mais elevados que as
mulheres na área das Ciências Biológicas e da Saúde. No que tange às diferenças por série,
não houve diferença significativa, o que sugere que níveis diferentes de escolaridade
parecem não influenciar os interesses por profissões.

Nessa mesma direção, o estudo de Nunes (2007) analisou as características de


interesses de jovens, quando avaliados com o SDS. Essa pesquisa contou com 289
estudantes da primeira à terceira série do Ensino Médio, sendo 56% do sexo feminino,
com média de idade de 16 anos. A autora analisou a freqüência em que as tipologias do
SDS tiveram médias mais altas, tendo verificado que os tipos com escores mais elevados,
mais freqüentes, foram o Empreendedor (28,7%) e o Social (21,1%). Por outro lado, os
escores mais baixos foram observados entre os tipos Realista (8%) e Convencional (9%).
Foram observadas diferenças significativas em função do sexo para os tipos Realista,
Social e Convencional, sendo que os homens obtiveram médias mais altas para o Realista
e as mulheres, para Social e Convencional. No que diz respeito às variações associadas à
idade e série escolar, não foram verificadas diferenças significativas em nenhum dos tipos,
corroborando o estudo de Sartori (2007).

No sentido de investigar diferenças nas preferências por cursos de graduação


associadas a gênero, Santos e Silva (2005), realizam um levantamento da lista dos alunos
matriculados nos cursos da Universidade de São Paulo (USP), no campus de Ribeirão
Preto, no ano de 2003. Os autores revelaram que os cursos de economia, contabilidade,
administração, informática, biomédica e medicina são os que concentram mais homens,
enquanto enfermagem, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição, farmácia,
psicologia, pedagogia, fisioterapia e química predominam as mulheres. Baseados nessas
informações, os autores sugerem que existe uma divisão das profissões orientada por

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estereótipos associados ao gênero, uma vez que as mulheres procuram mais


freqüentemente cursos ligados aos cuidados e à assistência e os homens, por sua vez, as
profissões que envolvem raciocínio, cálculo e aquelas reconhecidas como de maior
prestígio social.

Investigando possíveis diferenças nos níveis de cristalização de preferências


profissionais em função das variáveis, sexo, idade, escolaridade e o tipo de escola (pública
ou particular), Balbinotti, Wiethaeuper e Barbosa (2004) pesquisaram 860 estudantes,
sendo 438 de escola pública e 422 de escola particular, com as idades variando entre 14 e
18 anos. Entre os resultados, a única diferença verificada relacionou-se ao tipo de escola,
na qual a pública foi favorecida, ou seja, observou-se maior nível de cristalização. Os
autores levantam como hipótese, para esse dado, que os alunos de escola pública
encontram-se mais inclinados, por questões de ordem financeira, a aceitar as
oportunidades que aparecem, sem uma maior reflexão quanto a seus gostos e preferências
no mundo do trabalho.

Também buscando descrever perfis de interesse de uma população específica,


Balbinotti, Valentini e Cândido (2006) estudaram os interesses profissionais de soldados
do Exército Brasileiro por meio de um instrumento baseado na teoria de Holland (1963). A
investigação contou com uma amostra de 352 soldados, com idades entre 18 e 32 anos. Os
resultados revelaram que os tipos mais comuns nesta amostra foram o Empreendedor,
Convencional e Social, nessa ordem. Observaram-se diferenças de média significativas em
função da faixa etária apenas para o tipo Social, sendo que os mais velhos obtiveram
médias mais elevadas.

Desse modo, as pesquisas supracitadas contribuem na caracterização dos


interesses profissionais de diferentes populações e permitem auxiliar o Orientador
Profissional a ter mais clareza de aspectos que frequentemente influenciam pessoas em
processo de escolha da profissão. Esse artigo buscou caracterizar os interesses
profissionais de clientes de um serviço-escola de Orientação Profissional realizado com
alunos do Ensino Fundamental e Médio. Esse tipo de pesquisa pode colaborar com a
prática dos orientadores profissionais, no sentido de explicitar características relevantes
da clientela, como também para o avanço do estudo teórico dessa área da Psicologia, que,
apesar de ter avanços nos últimos anos, ainda carece de investimentos (NORONHA;
AMBIEL, 2006; NORONHA et al., 2006; TEIXEIRA; LASSANCE; SILVA; BARDAGGI,
2007).

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2. MÉTODO

2.1. Participantes

Essa pesquisa contou com a colaboração de 193 jovens, participantes de um programa de


orientação profissional oferecido em uma Universidade do interior paulista. Desses, 64,2%
eram mulheres e 34,7% homens, com média de idade de 16,5 anos e desvio-padrão de 2,1,
que cursavam da 8ª série do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, sendo que a
maioria (74,9%) cursava a 2ª e 3ª séries de escolas públicas e particulares.

2.2. Instrumento

Foi utilizado um questionário com 30 perguntas que abordavam características de


profissões, tipo de instrumento utilizado nas diferentes áreas, rotinas associadas às
profissões, entre outros. Tratou-se de um questionário objetivo, em que os jovens
deveriam marcar os itens em que se identificavam com o conteúdo, demonstrando uma
preferência ou interesse futuro em envolver-se com aquela atividade. Uma pequena
diferença é observada quanto ao formato do item 30, qual seja, “Outras atividades”, cujo
formato se diferenciava dos demais por ser semi-aberto, no qual o respondente poderia
acrescentar alguma atividade distinta do que havia encontrado anteriormente. As opções
de resposta eram dicotômicas (sim e não) e pontuações mais altas deveriam indicar maior
interesse pelas atividades em questão.

O conteúdo desse instrumento é sintetizado na Tabela 1.

Tabela 1. Descrição dos itens do Questionário.


Item Conteúdo Item Conteúdo
1 Atendimento a pessoas 16 Trabalho individual
2 Trabalho em ambientes fechados 17 Execução gráfica rica em detalhes
3 Trabalho com o uso das mãos 18 Atividade autônoma
4 Trabalho em equipe 19 Manipulação de substancias
5 Atividades ligadas à instituições 20 Uso de vestimenta de trabalho
uniformizada
6 Uso de instrumentos de precisão 21 Possibilidade de horário livre
7 Organização e sistematização de 22 Uso de traje informal
publicações
8 Realização de pequenos movimentos 23 Atividade de imaginar coisas novas
manuais e precisos
9 Possibilidade de trabalhar em mais de um 24 Atividade de ajuda à pessoas
lugar

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Item Conteúdo Item Conteúdo


10 Uso da compreensão verbal 25 Trabalho que auxilie a transformação de
mundo
11 Cumprimento de horário fixo 26 Atividade ao ar livre
12 Realização de desenhos a mão livre 27 Trabalho ligado a construção
13 Exigência por estar bem vestido 28 Atividade com contato direto com a
natureza
14 Atividade de convencimento a pessoas 29 Exigência de responsabilidade e decisão
15 Atividades assistenciais com população 30 Outros (nomear outra atividade que tenha
carente interesse)

3. PROCEDIMENTO

Os jovens foram clientes de um programa de orientação profissional que foi desenvolvido


ao longo de 12 sessões, sendo que, em média, esses jovens estiveram presentes em oito
encontros. Os encontros eram realizados em grupos de no máximo, 10 jovens e eram
conduzidos com a utilização de técnicas para facilitar o autoconhecimento e a aplicação de
alguns instrumentos psicológicos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Primeiramente os itens do questionário foram analisados quanto à sua consistência


interna por meio do coeficiente Kuder-Richardson, com o programa estatístico Iteman, e
encontrou-se um coeficiente de 0,67, considerando os 30 itens. Esse patamar foi
considerado aceitável para a realização das análises subsequentes (Pasquali, 2003). Optou-
se por não realizar a análise da dimensionalidade do questionário pois a amostra
consultada é pequena e não necessariamente representativa de pessoas em processo de
escolha de outras regiões brasileiras. Desse modo, os itens serão analisados
separadamente, de acordo com seu conteúdo. Quanto à adesão ou preferência pelo
conteúdo dos itens, a Tabela 2 apresenta as informações das médias e desvios-padrão dos
mesmos, sendo que a resposta “não” foi inserida como “0” e “sim”, “1” ponto.

Tabela 2. Estatística descritiva das médias e desvios padrão dos itens do questionário (N=193).
Item Média Desvio-padrão
Possibilidade de trabalhar em mais de um lugar 0,75 0,43
Trabalho em equipe 0,75 0,44
Atendimento a pessoas 0,66 0,48
Atividade de ajuda à pessoas 0,60 0,49
Exigência de responsabilidade e decisão 0,60 0,49
Atividade de imaginar coisas novas 0,60 0,49

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Item Média Desvio-padrão


Exigência por estar bem vestido 0,58 0,50
Atividade ao ar livre 0,54 0,50
Trabalho com o uso das mãos 0,52 0,50
Trabalho que auxilie a transformação de mundo 0,47 0,50
Atividade com contato direto com a natureza 0,47 0,50
Possibilidade de horário livre 0,46 0,50
Cumprimento de horário fixo 0,45 0,50
Uso de traje informal 0,42 0,49
Atividade autônoma 0,41 0,49
Atividades assistenciais com população carente 0,41 0,49
Trabalho individual 0,36 0,48
Atividade de convencimento a pessoas 0,36 0,48
Trabalho em ambientes fechados 0,36 0,48
Atividades ligadas à instituições 0,34 0,47
Uso de vestimenta de trabalho uniformizada 0,33 0,47
Uso de instrumentos de precisão 0,32 0,47
Realização de desenhos a mão livre 0,31 0,46
Manipulação de substâncias 0,27 0,45
Uso da compreensão verbal 0,26 0,44
Realização de pequenos movimentos manuais e precisos 0,25 0,44
Trabalho ligado a construção 0,22 0,42
Execução gráfica rica em detalhes 0,19 0,39
Organização e sistematização de publicações 0,18 0,38
Outros (nomear outra atividade que tenha interesse) 0,11 0,31

Entre as atividades com médias mais altas, pode-se destacar o trabalho em mais
de um lugar, em equipe e de atendimento às pessoas. Por outro lado, é possível inferir
que o item “outros” teve pequena utilidade, uma vez que apresentou uma média baixa.
Quanto ao extremo mais baixo, as atividades de organização e sistematização de
publicações, aquelas ligadas à construção e de execução gráfica figuraram entre as médias
mais baixas, compreendidas de acordo com a classificação de Holland (1963) como os
tipos Convencional e Artístico. Nesse sentido, percebe-se coerência com os achados de
Nunes (2007), uma vez que a maior freqüência de esteve associada ao tipo Social e, em
uma direção oposta, a menor freqüência, às atividades Convencionais e Artísticas.

Os itens foram verificados quanto à existência de diferenças significativas de


médias em função das séries escolares e do sexo. Foi realizada a análise de t de Student
para a verificação de diferenças na variável gênero e a ANOVA para as séries. Algumas

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diferenças significativas foram observadas para essas variáveis, conforme será descrito a
seguir.

Quanto ao sexo, as diferenças significativas e as marginalmente significativas são


apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3. Descrição das diferenças de média em função do sexo (gl= 189).


Item 1 Item 5 Item 6 Item 11 Item 15 Item 16 Item 17 Item 18 Item 25 Item 27
t -1,872 -2,417 3,542 -2,201 -2,108 2,694 2,068 3,486 1,913 2,509
p 0,063 0,017 0,001 0,029 0,036 0,008 0,040 0,001 0,057 0,013
M1 0,567 0,224 0,478 0,343 0,303 0,493 0,269 0,567 0,567 0,328
M2 0,702 0,395 0,234 0,508 0,460 0,298 0,146 0,315 0,423 0,171
Legenda: M1= média para o sexo masculino; M2= média para o sexo feminino.

Assim, o atendimento a pessoas (item 1), as atividades ligadas a instituições


(item 5), o cumprimento de horários fixos (item 11) e atividades assistenciais (item 15)
obtiveram uma freqüência maior entre as mulheres. Já os itens referentes ao uso de
instrumentos de precisão (item 6), o trabalho individual (item 16), a execução gráfica (item
17), atividades autônomas (item 18), um trabalho que auxilie a transformação do mundo
(item 25) e trabalhos ligados à construção (item 27) tiveram médias mais elevadas entre os
homens. Em alguma medida, os achados estão em consonância com a investigação de
Nunes (2007), uma vez que as atividades imbricadas às tipologias Social e Convencional,
tal como preconizado por Holland (1963), são mais freqüentemente escolhidas pelas
mulheres enquanto, por outro lado, as atividades Realistas, nos homens. Ainda, vale
destacar a concordância com a pesquisa de Santos e Silva (2005), no qual as mulheres
encontravam-se mais freqüentemente em cursos com caráter social ou assistencial e os
homens, por sua vez, situavam-se em áreas mais variadas, tal como os resultados aqui
apresentados.

No entanto, esses resultados são parcialmente distintos dos achados de Sartori


(2007), que apenas encontrou diferenças significativas na área da Ciência Biológica e da
Saúde, que seria mais facilmente comparável às tipologias Investigativa e Social, sendo
que nesse caso as mulheres foram favorecidas. De maneira mais marcada, os resultados
recém-apresentados não corroboram as observações de Balbinotti, Wiethaeuper e Barbosa
(2004), sendo que os autores utilizaram uma população com faixa etária semelhante à
amostra consultada. A esse respeito, possivelmente a diferença nos achados se deva aos
construtos investigados, a saber, preferências profissionais (interesses) e cristalização das
preferências. O último remete a uma manutenção das preferências, indicando uma
associação entre as escolhas feitas, o que não necessariamente significa uma equivalência
entre os construtos interesses e cristalização.

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54 Levantamento de Preferências Profissionais com jovens de Ensino Fundamental e Médio

Já no que diz respeito às séries escolares, a ANOVA apontou diferenças para os


itens 5, 21 e 26, com os respectivos resultados F (3, 167) = 4,184, p = 0,007; F (3, 167) =
3,640, p = 0,014; F (3, 167)= 2,786, p = 0,042. A análise de Tukey, que detalha o padrão
dessas diferenças, é exposta a seguir para os itens supracitados, nas Tabelas 4, 5 e 6.

Tabela 4. Análise de Tukey para o Item 5 - Atividades ligadas à instituições.


Subgrupos para alfa = 0,05
Série N 1 2
8 24 0,1250
1 19 0,2105 0,2105
3 61 0,2787 0,2787
2 67 0,4627
p 0,536 0,125

Quanto ao interesse por atividades ligadas a instituições (item 5), os extremos


informam que a menor média esteve na 8a série e a maior para a 2a, podendo-se observar
uma divisão em dois grupos em função das médias, com diferenças significativas apenas
entre a 8ª e 2ª séries.

Tabela 5. Análise de Tukey para o item 21 - Possibilidade de horário livre.


Subgrupos para alfa = 0,05
Série N 1 2
8 24 0,1667
2 67 0,4776 0,4776
3 61 0,5246
1 19 0,5789
p 0,058 0,841

Tabela 6. Análise de Tukey para o item 26 - Atividade ao ar livre.


Subgrupos para alfa = 0,05
Série N 1 2
3 60 0,5000
2 67 0,5373 0,5373
8 24 0,6667 0,6667
1 19 0,8421
p 0,525 0,065

Já para o item 21 (Possibilidade de horário livre) a 8ª série separou-se de um


segundo grupo, formado pela 3ª e 1ª série, com médias mais altas. Quanto ao item 26
(Atividade ao ar livre) os grupos da 1ª e 3ª série apresentaram padrões mais nitidamente

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distintos, sendo que os mais novos apresentaram médias mais elevadas. Pode-se levantar
como hipótese que os mais jovens não possuem tanto conhecimento sobre o mercado de
trabalho e as profissões, de modo que relatam mais freqüentemente interesse por
atividades ao ar livre, que podem não ser tão comuns na prática.

De modo geral, foi possível verificar maiores diferenças ao comparar os mais


jovens (da 8ª série) com os demais, considerando que talvez a maior distância temporal da
escolha de uma profissão influencie em uma menor reflexão sobre o tema com esse grupo.
Diferenças de média nos interesses em função da idade ou série escolar não foram
observadas no estudo de Balbinotti, Wiethaeuper e Barbosa (2004), Sartori (2006) e Nunes
(2007), que contaram com jovens de Ensino Médio, porém, o estudo de Balbinotti,
Valentini e Cândido (2006) observou diferenças nas atividades associadas ao tipo Social.
Essa última comparação, contudo, deve ser realizada com cautela, uma vez que a faixa
etária consultada nas duas amostras era distinta, além das ocupações dos dois grupos
serem diversas (estudantes e profissionais - soldados, que já passaram pelo processo de
escolha de uma profissão).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos desse estudo envolveram a análise de preferências profissionais de jovens do


Ensino Fundamental e Médio. Nesse sentido, buscou-se realizar uma caracterização da
amostra e efetuar análises de diferença de média em função do sexo e idade, de modo a
contribuir na criação de dados de referência brasileiros sobre o tema, uma vez que estudos
nacionais dessa natureza ainda são escassos (NORONHA; AMBIEL, 2006).

Nesse grupo, que participava de um programa de OP, as atividades preferidas


com maior freqüência foram a possibilidade de trabalhar em mais de um lugar, o trabalho
em equipe e o atendimento a pessoas. Por outro lado, os itens com conteúdos que tiveram
menor adesão envolveram o item “outros”, organização e sistematização de publicações e
execução gráfica rica em detalhes. É necessário realizar uma crítica quanto ao item
“outros” uma vez que, talvez por eliciar conteúdos muito abrangentes, parece ter pouca
utilidade para o uso em processos de OP. Considerando que quem busca esse tipo de
serviço são pessoas que vivenciam situações de indecisão profissional, quanto ao futuro
de suas carreiras, itens muito amplos podem ter uma utilidade muito limitada.

Quanto à análise de diferenças de média, observou-se algumas no que diz


respeito ao gênero, assim como para série escolar. Os resultados referentes à diferença por
série corroboram, em alguma medida, o estudo de Balbinotti, Valentini e Cândido (2006),

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56 Levantamento de Preferências Profissionais com jovens de Ensino Fundamental e Médio

apesar do mesmo ter sido realizado com pessoas mais velhas e considerando uma faixa
etária mais ampla. Porém, em outras pesquisas com jovens da mesma faixa etária, não
foram encontradas diferenças nesse respeito (SARTORI, 2006; NUNES, 2007).

No que diz respeito às diferenças de gênero, no presente estudo, as mulheres


parecem ter maior inclinação para atividades realizadas em instituições, envolvendo o
cumprimento de horários e serviços de cunho social e os homens apresentaram interesses
mais diversificados, podendo ser possível destacar áreas que requerem o uso de
instrumentos de precisão ou a construção de objetos ou locais (ex. Engenharia) e o
trabalho gráfico, envolvendo o uso do raciocínio espacial. Assim, resultados de pesquisas
prévias entram em concordância com esses (SILVA; SANTOS, 2005; SARTORI, 2006;
NUNES, 2007), no sentido de que estereótipos associados a certas ocupações podem
facilitar o crescimento de interesse por áreas distintas, a depender do gênero do sujeito.

Entre as limitações desse estudo, vale destacar que a distribuição de homens e


mulheres não foi equilibrada, porém esse dado reflete a característica da população que
buscou o serviço de OP. Ainda, o instrumento utilizado não possui outras pesquisas que
possam ser referidas para a comparação, mas ainda assim considera-se relevante analisar
as atividades preferidas por jovens em momento de escolha profissional.

Para estudos futuros, sugere-se a realização de outras análises sobre as


preferências profissionais de jovens brasileiros em momento de escolha de carreira,
considerando a carência atual desse tipo de informação. Destaca-se a relevância de
abranger esses trabalhos para populações diversas, como de cursos técnicos,
universitários e em processo de reorientação de carreira para realizar descrições mais
especificas dos grupos-alvo de intervenções de psicólogos, conforme já realizado por
Balbinotti, Valentini e Cândido (2006).

Em síntese, a contribuição de trabalhos desta natureza centra-se na contribuição


da descrição dos interesses, com vistas a melhor delinear programas de intervenção em
orientação profissional, que poderão usar os presentes resultados como um dos elementos
para elaborar ações de facilitação da informação ocupacional.

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Brasileira de Orientação Profissional, v.8, n.2, p.25-40, 2007.

Maiana Farias Oliveira Nunes


Graduação em Psicologia pela Faculdade Ruy
Barbosa (2004), mestrado (2007) e Doutorado
(2009) em Psicologia pela Universidade São
Francisco (USF). Atualmente é pesquisadora

Encontro: Revista de Psicologia • Vol. 13, Nº. 18, Ano 2010 • p. 45-58
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colaboradora da USF, UFSC e UFRGS; professora


do curso de psicologia da Faculdade Avantis, de
cursos de especialização em avaliação psicológica
da Universidade Paulista e da Universidade para o
Desenvolvimento do Alto Itajaí.

Ana Paula Porto Noronha


Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica de Campinas (1990),
mestrado (1995) e doutorado em Psicologia
Ciência e Profissão pela Pontifícia Universidade
Católica de Campinas (1999). É associada doutora
da Universidade São Francisco. Tem experiência
na área de Psicologia, com ênfase em
Fundamentos e Medidas da Psicologia, atuando
principalmente nos seguintes temas: avaliação
psicológica, testes psicológicos, formação
profissional, validação, avaliação percepto-motora,
avaliação da inteligência e orientação profissional.

Sílvia Godoy de Sousa


Psicóloga e Mestre em Psicologia com ênfase em
Avaliação Psicológica pelo Programa de Pós
Graduação em Psicologia da Universidade São
Francisco, Itatiba/SP (Bolsista FAPESP).
Atualmente é doutoranda do Programa de Pós
Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento
pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, São
Paulo/SP (Bolsista CAPES).

Mariana Varandas de Camargo Barros


Psicóloga pela Universidade São Francisco (Itatiba-
SP). Voluntária de Iniciação Científica 2006/2007.
Bolsista de Iniciação Científica FAPESP 2007/2008.
Experiência na área de Avaliação Psicológica para
Orientação Profissional.

Mayara Herculano Alves


Possui graduação em Psicologia pela Universidade
São Francisco (2009).

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