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Abstract: In Brazil, a period of rapid growth in the number of majors and students
in higher education has been experienced. However, despite the higher number of
entrants, abandonment or closing of enrollment in universities is also a growing
phenomenon. These rates have become a focus of concern for researchers of
different areas, especially in the context of vocational and career counseling.
Thus, this study sought to foster reassessment of the career choice of
undergraduates that were in doubt about the major chosen. For this, an operating
group, attended by 10 students from a public university of Rio Grande do Norte
was performed. The instruments used were: Inventory Assessment of Professional
Interests; Self Directed Search Questionnaire; Semi‐Structured Interview and
Group Sales Experiences. The analysis of the produced materials showed that from
the 10 participating students; three expressed a desire to stop the current course
and redirect his/her professional career. These data shows the importance of the
retraining process for undergraduate students, who enter the academy with many
questions as to choice of career, only noticing the lack of identification with the
chosen course after attending some periods. In this sense, it is understood that the
phenomenon of evasion points to a vulnerability of the professional identity of
students and the need to create institutional spaces of support and guidance to
the student since high school.
1 INTRODUÇÃO
Os índices de evasão e insatisfação encontrados entre os alunos do ensino superior
no Brasil são considerados altos e preocupantes. Em média, dois em cada dez
estudantes brasileiros desistem do curso superior que iniciaram (ZAGO, 2006;
BARDAGI, 2007; BARDAGI e HUTZ, 2009). O desligamento costuma ser maior nos
anos iniciais do curso. Com relação aos cursos, há menor abandono nos cursos mais
valorizados, enquanto cursos menos valorizados e com baixo status apresentam os
maiores índices.
As causas da evasão e insatisfação com o curso costumam ser variadas. Estudos
têm apontado descontentamento com horários das disciplinas, impossibilidade de
trabalhar e estudar ao mesmo tempo, mau relacionamento com professores, pouca
integração social à universidade, mau desempenho, reprovações, problemas
financeiros, expectativas não correspondidas e falta de informações sobre curso e
profissão (ALMEIDA e MAGALHÃES, 2011; DIAS, 2009).
Quando os jovens ingressam na universidade encontram uma série de desafios
pessoais, interpessoais, familiares e institucionais. A permanência ou não do aluno
até o final do curso depende especialmente de como a universidade trabalhará
essa adaptação, tanto no curso como no espaço físico da instituição. A transição
do ensino médio para o superior suscita inúmeras expectativas positivas, mas
também uma série de receios e dificuldades aos jovens (TEIXEIRA, CASTRO e
PICCOLO, 2007; BONDAN e BARDAGI, 2008).
De acordo com Bardagi (2007), entre as razões para evasão e insatisfação está a
falta de informações consistentes sobre as profissões e sobre o mundo universitário
em geral, além de pouca identidade com a área de trabalho (AGUIAR, BOCK e
OZELLA, 2009).
Muitos alunos ingressam na universidade sem ter conhecimento prévio sobre o
curso que escolheram, pois às vezes as escolhas procuram atender às pressões
familiares, ou porque o curso está sendo muito valorizado. Já outros entram para o
ensino superior alicerçados em projetos vocacionais mal definidos, o que constitui
provavelmente um dos fatores para o insucesso, a inadaptação, a insatisfação e o
abandono do curso. Experiências no contexto universitário sugerem que até mesmo
alguns universitários ainda buscam uma solução para sua problemática vocacional
(LEVENFUS e BANDEIRA, 2010; RIBEIRO e MELO‐SILVA, 2011).
A escolha profissional não é uma decisão isolada, e sim um processo contínuo,
composto de uma série de decisões ao longo de vários anos de vida. Tal processo
se aguça na juventude, em que uma decisão quanto a uma profissão ou ocupação é
exigida da família, escola e sociedade. Em geral, a sociedade prepara muito
pouco, ou quase nada, o jovem para essa decisão. A família, a escola e a
sociedade estão sempre decidindo pelos jovens, impedindo‐os de aprender a lidar
com situações de escolha (NEIVA, 2007).
Após o ingresso na universidade, o jovem pode começar a se defrontar com
dificuldades que o levam a resultados não esperados, fazendo‐o provar
sentimentos tais como a desilusão e a frustração com o curso escolhido. É um
momento difícil para o aluno e, nesse sentido, é necessário acesso a redes de
apoio institucionais, a fim de facilitar um processo de reopção profissional (LIMA,
2007; BONDAN e BARDAGI, 2008).
Neste sentido, é importante que as universidades se preocupem com os alunos que
estão ingressando, pois os primeiros semestres são decisivos para a inserção do
aluno na instituição. Quando ele se sente acolhido em todos os sentidos, sua
reorientação profissional se torna mais fácil.
A adaptação à universidade pode ser entendida como um processo
multidimensional, envolvendo aspectos institucionais, relacionais, vocacionais,
dentre outros. Ela requer o desenvolvimento, por parte do aluno, de um conjunto
de competências adaptativas a um contexto não apenas novo, como também
dinâmico em si mesmo.
De acordo com Neiva (2007), uma escolha profissional madura, consciente e
ajustada requer adquirir, analisar e integrar conhecimentos, desenvolvendo
atitudes e habilidades mentais que permitem aprender a decidir. Para isso, é
importante conhecer os aspectos internos e externos do seu eu.
Reconhecer‐se é essencial para escolher uma profissão ou ocupação. Saber “quem
eu sou” e “como sou” é o que permite escolher o que fazer e como fazer. O
processo de autoconhecimento possibilita a construção de uma auto‐imagem
autêntica, isenta de distorções, facilitando a formulação de aspirações
profissionais realistas e compatíveis com a imagem que tem de si (DIAS e SOARES,
2009).
Neste sentido, entender as suas características de personalidade, os aspectos
positivos e negativos, as qualidades e defeitos, é fundamental para a formação da
auto‐imagem, que é estabelecida a partir das retroalimentações que a pessoa
recebe das figuras que a rodeiam. Assim, uma auto‐imagem autêntica permite o
desenvolvimento de um nível de aspiração profissional coerente com a mesma
(NEIVA, 2007).
É importante também conhecer e diferenciar as atividades que são atrativas das
que não são, compreendendo porque algumas atividades dão prazer e outras não.
Além disso, é necessário distinguir as opções centrais das complementares,
examinando‐as em profundidade para estabelecer as prioridades. Deve‐se
considerar que os interesses não são estáticos e que ao longo da vida podem‐se
descobrir novos e integrá‐los aos já existentes.
As habilidades devem ser consideradas no processo de escolha profissional e
constituem um dado prognosticador para o desempenho na profissão. Por isto é
importante refletir sobre quais são as habilidades mais fortes, médias e
deficientes. Além disso, mostrar a possibilidade de desenvolvê‐las e da
importância do esforço individual nesse sentido.
Vale ressaltar que a escolha profissional implica também no estabelecimento de
um estilo de vida. Assim, a profissão precisa está associada ao que se busca na
vida. O futuro profissional é incerto, mas conhecer as expectativas e os medos,
assim como as possíveis dificuldades e formas de solucioná‐las, ajuda a suportar a
incerteza e a ambigüidade (DIAS e SOARES, 2009).
Com relação à realidade socio‐profissional é importante que o jovem conheça os
vários níveis de formação existentes. E que disponha de um mínimo de
conhecimento sobre as profissões existentes, sabendo qual é a principal atividade
desenvolvida por cada uma delas.
Esse conhecimento mínimo sobre as diversas profissões permitirá eliminar uma
grande parte delas e motivar os jovens para aprofundar a informação sobre
aquelas de maior interesse. O saber mais profundo deve abarcar os seguintes
elementos: objetivos da profissão; objetos de trabalho e atividades específicas
(permanentes e ocasionais); ambiente e rotina de trabalho; mercado de trabalho
(quem emprega, oferta x demanda de emprego, faixas salariais); formação (nível
de formação, instituições de ensino, currículos, duração, titulação, horários,
ritmo, exigências, áreas de especialização).
Nesta perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo favorecer a reavaliação
da escolha profissional de alunos de graduação que se encontravam em dúvida
quanto ao curso escolhido, possibilitando um processo de reflexão pessoal
(autoconhecimento) e ampliação do leque de conhecimento socio‐profissional.
2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 PARTICIPANTES
Contou‐se com a participação de 10 estudantes de graduação. A maioria dos alunos
tinha idade variando de 18 a 19 anos; eram do curso de Ciência e Tecnologia (90%)
e cursando entre o 1º e 4º período. Todos os participantes eram solteiros e 60% do
total da amostra do sexo feminino. Do grupo estudado observou‐se que 50% já
estavam inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) à época da coleta de
dados.
Todos os participantes afirmaram que estavam em dúvida quanto à continuidade
no curso superior. Essa foi uma amostra de conveniência, tendo participado
aqueles que, se inscreveram para participar do grupo operativo de (re)orientação
profissional de uma universidade pública.
2.2 INSTRUMENTOS
Os instrumentos utilizados foram: Inventário de Avaliação dos Interesses
Profissionais (AIP); Questionário de Busca Auto Dirigida (SDS); Entrevista Semi‐
Estruturada e Vivências Grupais.
O AIP é composto por 10 campos de interesses profissionais, a saber:
físico/matemático; físico/químico; cálculo/finanças;
organizacional/administrativo; jurídico/social; comunicação/persuasão;
simbólico/lingüístico; manual/artístico; comportamental/educacional e
biológico/saúde, que percebidos em conjunto, remetem a uma série de profissões.
Este é composto de 200 frases, e cada um dos 10 campos está representado por 20
frases referentes a atividades que o caracterizam (LEVENFUS e BANDEIRA, 2009).
O SDS é um questionário simples, organizado em quatro seções: atividades,
competências, carreiras e habilidades. Cada seção inclui itens representativos dos
tipos propostos por Holland que são: Realista (R), Investigador (I), Artístico (A),
Social (S), Empreendedor (E) e Convencional (C).
As respostas para as seções atividades, competências e carreiras são dicotômicas –
S (sim) ou N (não). Essas seções são compostas por 66 itens cada. As respostas da
seção Habilidades são de tipo Lickert de sete pontos, variando de 1 (baixa
habilidade) até 7 (alta habilidade) sendo essa seção composta por 12 itens. À
medida que o sujeito responde às seções do instrumento define, através dos
resultados obtidos, as duas primeiras áreas com um maior escore de pontos,
construindo um código (Código de Holland) que representa seu perfil de interesses.
A partir deste código, pode procurar por profissões em dicionários ocupacionais,
nos quais elas aparecem classificadas segundo o modelo RIASEC (acrônimo que
representa os seis tipos).
A entrevista semi‐estruturada contou com 11 questões abertas, que foi realizada
com o objetivo de levantar as dificuldades e necessidades em relação à escolha
profissional. Os tópicos da entrevista versavam sobre o processo de escolha de
curso; opções iniciais; julgamento da escolha realizada; motivos da condição de
dúvida em relação ao curso; dificuldades vivenciadas para fazer a nova escolha;
expectativas em relação ao trabalho de orientação para re‐escolha; necessidades
sentidas; nível de conhecimento e de informações acerca das profissões.
As vivências grupais são técnicas de simulação e dramatização que permitem a
análise e reflexão de situações vivenciadas pelos indivíduos, foram usados para
promover um processo de ensino‐aprendizagem, que objetivava quebrar
paradigmas acerca de conceitos arraigados, permitindo desaprendê‐los, buscando
mudanças pessoais, a partir de aprendizagens baseadas em experiências diretas.
2.3 PROCEDIMENTOS
Os estudantes universitários foram convidados a participar de um grupo operativo
de reorientação vocacional e profissional através de cartazes colocados em todas
as áreas da universidade e no site oficial da instituição. As inscrições foram
realizadas na Pró‐Reitoria de Assuntos Comunitários.
O grupo foi estruturado em 10 encontros, os quais ocorreram semanalmente com
duração de duas horas. Os encontros foram conduzidos por duas Psicólogas da
instituição. As atividades ocorreram em uma sala reservada para essa finalidade,
sem interferências externas, com boa iluminação e ventilação adequada.
Inicialmente foi realizada uma explicação sobre os objetivos do grupo e os
interessados assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual
foi informado os objetivos do trabalho, sigilo dos dados fornecidos e a
possibilidade de desistência a qualquer momento por parte do participante. Em
seguida houve o preenchimento de uma ficha com os dados sócio‐demográficos dos
alunos e a realização de uma entrevista semi‐estruturada. As entrevistas foram
individuais e duraram aproximadamente quarenta minutos.
Nos demais encontros foram aplicados os testes psicológicos e realizados vivências
grupais (dinâmicas, encenações teatrais e análise de músicas/filmes), além de
discussões sobre a escolha profissional; características pessoais;
motivações/interesses; potencialidades/habilidades; valores/aspirações; fontes de
ansiedade/medo; expectativas quanto ao futuro profissional e a realidade socio‐
profissional do Brasil.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
“Eu não me identifico com o curso que estou fazendo, por isso resolvi participar do
grupo para entender melhor o fato de não me sentir empolgada com esse curso e
poder estabelecer outros projetos profissionais”. (Participante 3)
“Não sei se estou no curso certo, queria diminuir essa dúvida”. (Participante 8)
Há que se notar que, na maioria dos casos, o problema não reside no curso em si,
mas na idealização que o aluno tinha do curso antes de nele ingressar ou no
desconhecimento dos passos – disciplinas a serem cursadas para alcançar a
profissão almejada, algumas das quais o aluno pode não ter nenhuma afinidade.
Verificou‐se que os alunos escolheram o curso atual por diferentes razões, alguns
mostraram identificação com o curso e possibilidades de atuação profissional,
enquanto outros escolheram porque queriam entrar logo na universidade, pois não
passaram no curso desejado. Observa‐se também influência de amigos, gostos
pessoais e visualização do mercado de trabalho nas escolhas de alguns discentes,
conforme se percebe nas falas abaixo:
“Me sinto perdida, nunca quis fazer Ciência e Tecnologia, mas foi o que eu passei,
então vim. Quero fazer Geologia, gosto desse tipo de atividade, tenho um primo
que é Geólogo, mas fiz o vestibular e não passei” (Participante 1)
“Sonhava em ser médico, mas hoje não sei mais o que quero. Ai, quando acabei o
ensino médio queria logo entrar na universidade, por isso vim fazer Ciência e
Tecnologia”. (Participante 2)
“Sempre quis fazer engenharia, me vejo formada na área, só não sei qual
engenharia irei cursar, tenho dúvidas entre Engenharia Química ou Engenharia de
Produção, meu foco é trabalhar na Petrobrás”. ( Participante 6)
“Nunca soube definir o que queria, mudo muito, já cursei um semestre de Direito
e tranquei, me vejo em muitas profissões e por isso fico em dúvida
constantemente. Atualmente, decidi vim para a área tecnológica porque imaginei
que teria mais mercado de trabalho e tenho vários amigos da área que me
influenciaram”. (Participante 8)
A partir desses dados, observa‐se que apesar de muito próximos em idade e outros
aspectos sociodemográficos, cada participante descreveu um processo de escolha
diferente, critérios diferentes de decisão e razões também diferentes para
participação no grupo. Assim, estes alunos estão divididos entre o desejo de
concluir o curso atual e não saber ou não desejar permanecer no curso.
Observou‐se ainda que os estudantes que tiverem escores altos no tipo artístico
eram do Curso de Ciência e Tecnologia e se identificavam com os cursos de
Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo. De acordo com Primi et al (2010), as
pessoas que possuem escore elevado nesse tipo são mais introvertidas e tendem a
utilizar os sentimentos, emoções, intuições e imaginação ao lidar com as situações
do cotidiano. O uso da criatividade é destacado nesse grupo de pessoas, havendo
interesse por atividades não rotineiras, em que há possibilidade de pensar sobre as
questões de formas variadas.
“Imagino que daqui a uns 3 anos estarei trabalhando como engenheiro civil”.
(Participante 5)
Dos participantes do grupo, 50% já tinha feito a inscrição no ENEM. Esse dado
reforça a dúvida de alguns estudantes quanto à escolha profissional. E as opções
escolhidas envolvem as seguintes áreas: Engenharia Agrícola e Ambiental,
Arquitetura e Urbanismo, Direito, Engenharia de Minas e Geologia.
Os participantes do grupo que se inscreveram no ENEM eram todos do curso de
Ciência e Tecnologia e os cursos escolhidos foram os que haviam se identificado
antes de entrar na universidade. Os alunos veem como essencial a possibilidade de
continuar estudando, mesmo que tenham que modificar os projetos profissionais.
Na tabela a seguir, evidenciam‐se as possibilidades de interesse dos discentes após
a participação no grupo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos resultados desse trabalho, viu‐se que as causas da insatisfação com o
curso é uma consequência de múltiplos fatores. De forma geral, este estudo
permitiu identificar que o processo de escolha inicial do curso, quando baseado em
informações estereotipadas e inconsistentes, é um facilitador potencial da falta de
identificação com o curso, levando a uma menor integração universitária.
O estudo em questão configura‐se de extrema importância diante do ingresso dos
estudantes no ensino superior cada vez mais cedo e da existência de incertezas
quanto à escolha do curso. Os dados desse grupo evidenciou a necessidade de
preparar o jovem cada vez mais cedo para o conhecimento de si mesmo, das suas
características pessoais, a diversidade de profissões existentes e as possibilidades
do mercado de trabalho.
O sofrimento e as dificuldades inerentes ao processo de re‐escolha profissional
evidenciam a necessidade de se investir na orientação profissional já no ensino
médio, porque contribuiria para a minimização de problemas por parte dos alunos
e das Instituições de Ensino Superior.
O grupo em questão teve repercussão não apenas na universidade onde foi
desenvolvido, mas na mídia local, e principalmente em escolas do ensino médio,
sendo motivo de debate em emissoras de rádio e gravação de um vídeo para os
alunos na iminência do ENEM.
A despeito de se considerar os resultados desta pesquisa como restritos a um grupo
particular de universitários, os dados permitem argumentar a favor da
consolidação e sistematização de um serviço de orientação e acompanhamento
psicopedagógico no ensino superior, sobretudo pelos desdobramentos de suas
ações e caráter preventivo, que contribuem para a redução da evasão na educação
superior e a diminuição de futuros profissionais insatisfeitos no mercado de
trabalho.
Este serviço pode possibilitar o desenvolvimento de melhores condições de
apropriação da realidade vivida pelos alunos, ampliando o campo de atendimento
e oferecendo um suporte específico para os projetos acadêmicos e profissionais e,
também, para as tomadas de decisão ao longo do percurso.
Sugerem‐se estudos futuros com maior número de estudantes universitários sobre
reorientação profissional e análise de uma maior variedade de cursos para que
possamos ter uma melhor compreensão do fenômeno estudado.
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