Você está na página 1de 3

ANA CAROLINE VANZO

RESENHA CRÍTICA DO 2º CAPÍTULO DO LIVRO ORIENTAÇÃO VOCACIONAL


OCUPACIONAL

Resenha crítica submetida à


Disciplina de Estágio Básico, 6º período do
curso de Psicologia, Universidade do Vale do
Itajaí – UNIVALI.

Docente: Felipe Padilha

Balneário Camboriú

2022
UVALDO, Maria da Conceição Coropos; SILVA, Fabiano Fonseca. Escola e escolha
profissional: um olhar sobre a construção de projetos profissionais. In: LEVENFUS, Rosane
Schotgues. ORIENTAÇÃO VOCACIONAL OCUPACIONAL. 2º. ed. [S. l.]: Artmed, 2010.
cap. 2, p. 31-38.

O capítulo traz a respeito da construção de projetos profissionais, onde a Orientação


Profissional na escola em meados de 1984, era vista como uma imposição de lei (Baptista,
1984) e não um desejo por parte da escola e alunos.

A partir deste período até atualmente, acontece nas escolas as feiras de profissão, onde
os alunos são apresentados a algumas profissões por profissionais da área que vão à escola falar
como a carreira funciona. Apesar de ser uma forma dos alunos conhecerem melhor como
funciona as profissões de interesse, é perceptível que as questões que os afligem não são
resolvidas, a escola acaba não reconhecendo o quanto pode ajudar seus alunos na hora de sua
escolha, para que ocorra de forma autônoma e de que os alunos façam uma escolha mais segura
e com menos angústia.

Neste momento de escolha Guichard (1995) declara que as opções dos jovens são
baseadas em aspirações gerais, com um conjunto de o que eles consideram mais desejável,
trazendo a reflexão da sua situação presente, sobre o futuro que deseja e como pode alcançá-
lo, assim a criação de estratégias para a realização se inicia.

A escola está cada vez mais presente na transição de ensino médio – universidade e
escola – trabalho, trazendo mais a respeito da educação para a vida pública e à aprendizagem
da vida em sociedade (Fonseca, 1994), se tornando um fator importante no momento de ajudar
os jovens a terem escolhas autônomas, não reforçando estereótipos e valores, mas agora o que
se constata são escolas reforçando aos alunos a hierarquização, de gêneros e cargos de trabalho.

Como apresenta a pesquisa (Silva, 2003) com grupos focais de escolas públicas e
privadas. Alunos de escola privada se veem de forma privilegiada, possibilitando o ingresso na
carreira e em universidades públicas valorizadas, os mesmos têm uma visão distorcida de
trabalho, com a escola reforçando uma imagem estereotipada de carreira, colocando então uma
certa pressão nos alunos para seguirem esses modelos impostos. Já na escola pública, faz com
que o aluno tenha uma construção de imagem de fracasso, privado de competência e qualidades
(Guichard, 1995, 2001), acreditando que não é possível o ingresso no ensino superior ou de
possuir uma carreira com êxito profissional.

Neste momento de escolha os alunos sentem pressão por parte da escola, pois a
particular espera que os adolescentes tragam valor para a escola, que a mesma seja reconhecida
pela aprovação de seus alunos em ótimas faculdades, e na pública, são vistos de uma forma que
não possuem experiência para o mercado de trabalho e para o ingresso na universidade,
causando uma grande desmotivação nos alunos por partes dos professores e coordenadores.

As escolas devem produzir um espaço onde os alunos se sintam acolhidos, que


consigam utilizar ao máximo seu potencial, os permitindo fazer a construção de sua escolha de
forma autônoma, que tenha uma preparação para a entrada no mercado de trabalho e sem que
se sintam influenciados e pressionados.

O projeto de orientação profissional que os orientadores podem seguir para ajudar as


escolas segundo Pelletier e Dumora (1984), é fazer com que o adolescente tenha potencial para
analisar encruzilhadas profissionais, suas conquistas, suas limitações, o ambiente, as
oportunidades e desafios que irão enfrentar.

E através da ADVP (Ativação do Desenvolvimento Vocacional e Pessoal), proposta


por Pelletier e colaboradores (1982), é possível auxiliar o aluno a desenvolver habilidades que
o levarão à construção de um processo de escolha.

O processo de ativação tem quatro etapas, a exploração, que acontece o


aprofundamento do autoconhecimento e do mundo do trabalho; a cristalização, onde ocorre
ordenação do seu modo de ser e de agir; a especificação que verifica-se a intersecção dos
valores do sujeito com as possibilidades do meio e da escolha propriamente dita, e por fim, a
realização, que seria a revisão das etapas anteriores e da escolha.

Neste momento importante para a vida dos adolescentes é necessário a escola oferecer
um auxílio adequado com a Orientação Profissional e incluir uma preparação para a entrada do
mercado de trabalho, os jovens não se além de sentirem pressão por parte da sociedade, tem
muitas dúvidas e se questionam em “qual seria o caminho certo para seguir”, com a Orientação
Profissional eles têm a oportunidade de conhecer a si mesmo e quais são as profissões em que
são adequadas para seguir a tão esperada carreira.

REFERÊNCIAS

UVALDO, Maria da Conceição Coropos; SILVA, Fabiano Fonseca. Escola e escolha


profissional: um olhar sobre a construção de projetos profissionais. In: LEVENFUS, Rosane
Schotgues. ORIENTAÇÃO VOCACIONAL OCUPACIONAL. 2º. ed. [S. l.]: Artmed, 2010.
cap. 2, p. 31-38.

Você também pode gostar