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Silene da Silva Lima
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Francisco Raimundo Alves Neto
RESUMO: Não é preciso realizar uma pesquisa de campo para comprovar que os
professores iniciantes na docência do ensino superior enfrentam dificuldades. Sejam ela
com as práticas pedagógicas, com os alunos, com a política da instituição ou com eles
mesmos. Diante dessa hipótese despertou-se o interesse em realizar um estudo baseado
nas principais dificuldades encontradas pelo docente nesse primeiro momento. Para
realização do trabalho, foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica objetivando
estudar o que a literatura pontua sobre o assunto em questão. Primeiramente será
pontuado os aspectos gerais sobre a profissão docente, em seguida, será abordado
algumas das principais dificuldades.
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Possui graduação em Psicologia pela Uninorte- AC; Pós Graduanda em Docência e Gestão do Ensino
Superior pela FAMETA-AC. Email: sileneelima@hotmail.com .2015
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Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Acre (1991), graduação em Direito pela
Universidade Federal do Acre e mestrado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade CATÓLICA
DE São Paulo; Doutor em Educação pela UFMG. Atualmente é professor adjunto da Universidade
Federal do Acre. Email: alvesneto.advac@gmail.com.2015
1 INTRODUÇÃO
Gaeta e Masetto (2013) descrevem que iniciar uma carreira como docente no
ensino superior tem se tornado tarefa cada vez mais complexa e desafiadora. Complexa,
pois as mudanças promovidas pelas novas tecnologias levam a atuação do professor
para além de sua especialização; desafiadora, pois se vive num período de transição e
rompimento com os padrões e modelos educacionais do passado, sem que ainda se
tenha exata certeza de que virá pela frente bem como quais o modelo ideal a ser
seguido.
De acordo com Neves (2012) nos últimos vinte anos, o Brasil assistiu a um
notável processo de crescimento de seu ensino superior. Nesse sentido, a educação
superior deixou de ser privilégio para poucas pessoas. A democratização da inserção a
esse nível de ensino, é bastante significativo visto que é notório as expectativas de
ascensão social que lhe são inerentes, tornando a faculdade uma aspiração possível para
faixas cada vez mais amplas da população.
No Brasil, o ensino superior, tem se preocupado com a formação vinculada a
diferentes carreiras, necessitando da participação de profissionais e especialistas que
transmitam informações e práticas a seus alunos, avaliando-os para lhes atribuir um
diploma que permitiria sua atuação no mercado de profissional. Portando, é necessário o
docente especialista na área de formação para ministrar as disciplinas com o intuito de
formar novos profissionais.
Nesse sentido, Garcia (1999) apud Nono e Mizukami (2006) esclarecem que
falar da carreira docente não é mais do que reconhecer que os professores, do ponto de
vista do “aprender a ensinar”, passam por diferentes etapas, as quais representam
exigências pessoais, profissionais, organizacionais, contextuais, psicológicas, etc.,
específicas e diferenciadas.
Os professores ensinam tanto pelo que sabem, quanto pelo que são,
direcionando-se de acordo com experiências vivenciadas ou situações observadas.
Zabalza (2004) apud Gaeta e Masetto (2013), pontuam a expectativa que os docentes
tem sobre seu trabalho, a maneira como planejam suas atividades, a maneira de
abordarem os conteúdos selecionados, a metodologia empregada, as exigências de
aprovação, o relacionamento com os alunos e a instituição refletem o que são, sentem
ou vivem. Contudo, corroborando com trecho seguir, é importante salientar que:
Existem quatro fases diferenciadas pelas quais passa o professor. A primeira fase,
denominada de pré-treino, inclui as experiências que os futuros professores tiveram
enquanto alunos e que podem influenciá-los inconscientemente durante o exercício
da profissão. A segunda, chamada de formação inicial, refere-se à etapa de
preparação formal para ser professor e se dá em instituição específica. A terceira,
denominada Iniciação – objeto do presente estudo por tratar-se da fase em que se
encontra o professor iniciante – diz respeito aos primeiros anos de exercício
profissional, os quais se configuram como uma etapa ímpar e marcante na vida do
professor. A última fase, a formação permanente, relaciona-se ao período que inclui
as atividades de formação planificadas pelas instituições e pelos próprios professores
ao longo da carreira, a fim de permitir que o desenvolvimento profissional seja um
processo constante. (PAPI e MARTINS, 2010 p.5).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
É notório que tornar-se professor não é tarefa fácil, é necessário muito esforço e
introspecção com relação aos comportamentos adotados em sala. Entender que há uma
seria de competências a serem desenvolvidas, é o primeiro passo para o sucesso em sala.
Como abordado no texto, com o tempo o professor vai se apropriando dos
conhecimentos e construindo sua identidade.
Não diferente de outras profissões, ser professor requer muito estudo, para
manter-se atualizado, e aprimoramento das competências pedagógicas para aplicar esse
conhecimentos em sala. A quase ausência da formação pedagógica para o professor do
ensino superior vem incumbir um peso muito grande ao papel da experiência na prática
docente do profissional que atua nesse nível de ensino.
REFERÊNCIAS