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CONSTRUTIVAS
ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
“
A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à
geração, sistematização e disseminação do conhecimento,
para formar profissionais empreendedores que promovam
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e
cultural da comunidade em que está inserida.
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salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a
emissão de conceitos.
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
ME. ANA PATRÍCIA ARANHA DE CASTRO
SUMÁRIO
AULA 01 INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 05
AULA 06 FUNDAÇÃO 32
AULA 09 ALVENARIA 49
AULA 10 COBERTURA 59
AULA 14 REVESTIMENTOS 77
INTRODUÇÃO
A construção civil está sempre se renovando. E são nas renovações que novas técnicas
construtivas são criadas ou aprimoradas.
Neste livro serão vistos conceitos fundamentais na execução de projetos na construção
civil.
Os capítulos 1, 2 e 3 tratam das necessidades antes da execução de obra, bem como dos
contratos existentes nesse meio.
A partir do capítulo 4 são descritas as etapas de obra, com destaque para: demolição, limpeza
de terreno, locação de obra, instalação de canteiro de obra, execução de fundação, estruturas
(formas, armaduras e concretagem), execução de alvenaria, cobertura, instalações hidráulicas
e elétricas, serviços de marcenaria e serralheria, revestimentos, pintura e impermeabilização.
No último capítulo são abordadas as patologias em edificações, demonstrando a forma
como podem ser evitadas durante a execução da obra.
De modo geral, esse livro lhe mostrará as boas práticas dentro da engenharia.
Desfrute a leitura!!
AULA 1
INTRODUÇÃO À INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO
Tipos de Construções
Fonte: https://www.aecweb.com.br/cont/a/construcao-industrializada-rapidez-para-eliminar-o-deficit-habitacional_3356
Sistema Construtivo
Fonte: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/projeto-com-drywall-pode-ter-diferentes-condicoes-de-resistencia-ao-fogo/18027
Processo Construtivo
Técnica Construtiva
Fases de um Empreendimento
O empreendimento, independente de qual for, passa por diversas fases desde o projeto até
a entrega final. As principais fases constituintes são: planejamento, execução ou produção
e funcionamento (BASTOS, 2019).
Planejamento
Nessa fase são determinados os objetivos da obra sua utilização futura, a viabilidade de
implantação de algumas técnicas construtivas e dos sistemas construtivos.
É nessa fase, ainda, que são elaborados os pré-projetos, o projeto básico e o projeto
definitivo. O Pré-projeto contempla todas as características que devem estar contidas na obra.
O Projeto Básico contempla as análises de alternativas para o projeto, os métodos construtivos
adotados e a estimativa de orçamento. O Projeto Definitivo contempla o detalhamento do
projeto básico, com a definição das plantas, corte, fachada, projeto estruturais, hidráulicos,
elétricos, de gás, dentre outros.
Execução ou Produção
Nessa fase são definidas as datas para início e conclusão de alguma ação é traçado o
plano financeiro, plano de compra, definido o cronograma físico-financeiro, definido o layout
do canteiro de obra, feito o detalhamento dos processos construtivos e ocorre a execução
da obra.
Funcionamento
Nessa etapa, a obra está em processo de finalização para obtenção do produto final pronto,
com liberação de manuais, obtenção de Habite-se e de toda a documentação necessária
para sua utilização.
Tipos de Obras
Obras Públicas
Para a realização de obras públicas deve ocorrer um processo de licitação com base na
Lei das Licitações (Lei Federal nº 8666 de 1993).
Obras Privadas
Obras realizadas com capital próprio da pessoa ou da empresa, sem vínculo com o Poder
Público.
De modo geral, essas obras são acordadas por meio de contratos particulares fixando
valores, serviços, prazos e garantias. Esses contratos podem, ou não, tornarem-se públicos.
AULA 2
CONTRATOS DE OBRAS PRIVADAS
“Contrato de construção é todo ajuste para execução de obra certa e determinada, sob
direção e responsabilidade de um construtor, pessoa física ou jurídica legalmente habilitada
para construir, que se incumbe dos trabalhos especificados no projeto, mediante condições
combinadas com o proprietário” (BASTOS, 2019, p. 20).
No contrato deve conter informações como:
Modalidades de Contrato
Os contratos privados, mesmo que de caráter público, podem ser divididos em dois tipos:
empreitada ou administração.
• Preço global.
• Preço unitário (pagamento de acordo com o que foi executado).
• Séries: preço por parte da obra (estrutura, hidráulico, elétrico).
No contrato por administração não existe um preço fixo determinado, tendo em vista as
variações dos custos no mercado.
Fonte: https://pallottamartins.com.br/2019/12/11/vai-construir-saiba-a-diferenca-entre-o-contrato-de-empreitada-e-o-contrato-de-prestacao-de-servicos/
Fonte: https://rexperts.com.br/tipos-de-contratos-de-construcao/
AULA 3
CONTRATO DE OBRAS PÚBLICAS
Segundo o TCU (2014), a obra pública é considerada toda construção, reforma, fabricação,
recuperação ou ampliação de bem público. Ela pode ser realizada de forma direta, quando
a obra é feita pelo próprio órgão ou entidade da Administração, por seus próprios meios ou
de forma indireta, quando a obra é contratada com terceiros por meio de licitação. Neste
caso são autorizados diversos regimes de contratação:
A obra pública depende de diversas etapas que se iniciam muito antes da licitação.
O TCU apresenta as principais etapas constituintes, que serão apresentados no texto a
seguir. As etapas a seguir foram retiradas das recomendações apresentadas pelo TCU.
Programa de necessidades
Estudos de viabilidade
Anteprojeto
Projeto básico
Projeto executivo
Recursos orçamentários
Edital de licitação
Modalidades de licitação
A escolha da modalidade de licitação para obras e serviços de engenharia deve ser feita
em razão do valor estimado para o empreendimento:
Esta fase começa com a publicação do edital de licitação e termina com a assinatura do
contrato para execução da obra.
Publicação do edital
• No Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou entidade
da Administração Pública Federal.
Comissão de licitação
A Comissão de Licitação tem como objetivo promover o processo licitatório em todas as suas
fases, elaborando, publicando e divulgando o edital de licitação, prestando esclarecimentos
aos licitantes, recebendo e analisando as propostas.
Procedimentos da licitação
Fase Contratual
Fiscalização
Fiscalização é a atividade que deve ser realizada de modo sistemático pelo contratante
e seus prepostos, com a finalidade de verificar o cumprimento das disposições contratuais,
técnicas e administrativas em todos os seus aspectos.
Os fiscais poderão ser servidores do órgão da Administração ou pessoas contratadas
para esse fim.
A empresa contratada para execução da obra deve facilitar por todos os meios ao seu
alcance, a ação da fiscalização, permitir o amplo acesso aos serviços em execução e atender
prontamente às solicitações que lhe forem dirigidas.
Recebimento da obra
Após a execução do contrato a obra será recebida provisoriamente pelo responsável por
seu acompanhamento e fiscalização, no prazo de até quinze dias da comunicação escrita
do contratado de que a obra foi encerrada.
A Lei das Licitações estabelece que o recebimento provisório ou definitivo não exclui a
responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional
pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
Além disso, esse mesmo normativo legal prevê que o contratado é obrigado a reparar,
corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto
do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução
ou de materiais empregados.
Manutenção
A Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993 regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá
outras providências.
O link para acesso desta Lei encontra-se abaixo.
Aumente seu conhecimento!!
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm
AULA 4
ETAPAS DE OBRA
Diversos são os serviços que podem ser executados dentro de uma obra. Serão abordados
os principais ao longo da disciplina, como:
Constituem a escolha do local a ser implantada a obra, a análise do uso do solo de acordo
com o Código de Obras da Cidade e o Código de Postura.
Após a escolha é feita a aquisição do terreno, a regularização do imóvel, caso necessário,
e o registro no Cartório de Registro de Imóveis da Comarca.
A fase inicial da obra se dá com a locação da área, com auxílio de serviço de topografia,
de modo a verificar a necessidade de movimentos de terra.
Para conhecimento preliminar do local, furos de sondagem são feitos para possibilitar a
execução do projeto de fundação da obra. Esses furos podem ser por meio de abertura de
vala, sondagem simples ou SPT.
Após o prévio conhecimento procede-se ao projeto (arquitetônico, estrutural, hidráulico,
elétrico, de iluminação…) e à legalização junto aos órgãos competentes para o início das obras.
A figura a seguir apresenta o passo a passo de um projeto.
Fonte: https://www.h3d.com.br/
AULA 5
DEMOLIÇÃO, LIMPEZA DO
TERRENO, LOCAÇÃO DA OBRAS
E INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE
OBRA
Demolição
Fonte: https://www.cronoshare.com.br/blog/quanto-custa-demolicao-imovel-residencial-precos/
Limpeza do Terreno
Locação da Obra
• Construir uma “tabeira” (cerca de tábuas em torno da posição da obra no terreno) com
o auxílio de um carpinteiro.
• Ferramentas e equipamentos: nível de mangueira, nível de mão, teodolito, trena,
esquadro, metro, martelo.
• Usar pincel ou caneta para escrever informações na tabeira correspondentes à
identificação e posição dos pilares.
Fonte: http://lccampostopografia.com.br/servicos-que-executamos/locacao-de-obras/
AULA 6
FUNDAÇÃO
A fundação pode ser definida como a parte inferior da estrutura de um edifício que suporta
e transmite cargas ao terreno, podendo ser dividida em:
Fundações Rasas: sapatas, radier, viga baldrame, bloco de fundação. São fundações
apoiadas em camadas mais superficiais.
Fundações Profundas: estacas, tubulões e caixões perdidos. São fundações apoiadas
em camadas mais profundas.
Sapatas
Constituem uma espécie de base de concreto armado. O terreno é escavado para concretar
essa base que tem a função de transmitir ao maciço uma tensão inferior à tensão atuante
na seção transversal do pilar.
Fonte: https://blog.tocaobra.com.br/tipos-de-sapatas/
Radier
Quando a soma das cargas da estrutura dividida pela taxa admissível do terreno excede
a metade da área a ser edificada, geralmente é mais econômico reunir as sapatas num só
elemento de fundação que toma o nome de radier.
É uma sapata associada, tipo laje armada, onde descarregam todos os pilares ou outras
cargas.
Recorre-se a esse tipo de fundação quando o terreno é de baixa resistência e a espessura
da camada do solo é relativamente profunda.
Figura 14 - Radier
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/683984262127651589/?autologin=true&nic_v2=1a6VSdb4s
Vigas Baldrames
Blocos de fundações
Suas faces podem ser verticais, inclinadas ou escalonadas, com base quadrada ou
retangular.
Os blocos e sapatas são indicados para cargas de valor significativo (soluções não
resolvidas por baldrames) em terrenos com resistência igual ou superior a 0,1 MPa.
Fonte: https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-profundas-tubuloes/
Tubulão pneumático
Estacas Cravadas
Estacas Escavadas
São aquelas que envolvem um processo de perfuração do terreno, com consequente retirada
do solo, e posterior concretagem in loco. Não há vibração ou ruído durante sua execução.
Ao término da perfuração faz-se a introdução da armadura, quando necessária, cobrindo
o trecho superior da estaca solicitado à flexão.
São diversos os tipos existentes: estaca tipo broca, escavada a seco, Strauss, estacão,
barrete.
Estacas Especiais
Nesse grupo, temos as estacas que não podem ser consideradas como cravadas nem
como escavadas. Alguns exemplos são: estacas apiloadas, Franki, Raiz, Hélice Contínua,
Ômega, Mega.
Fonte: https://blog.apl.eng.br/conheca-aqui-os-principais-tipos-de-estacas-para-fundacoes/
•https://www.youtube.com/watch?v=ZpM9cvojQWc&ab_
channel=SCACSolu%C3%A7%C3%B5esemEstruturaseEngenharia
• https://www.youtube.com/watch?v=EK92ovQmPWo&ab_channel=MatheusSilva
• https://www.youtube.com/watch?v=JY0jqufqZ_I&ab_channel=zeferinoBaptistaNino
• h t t p s : / / w w w. yo u t u b e . c o m / w a t c h ? v = R r L a o b S 4 z b w & a b _
channel=Dimens%C3%A3oProjetos
• https://www.youtube.com/watch?v=UmYyBHyf5rw&ab_channel=TrisulIncorporadora
• h t t p s : / / w w w. yo u t u b e . c o m / w a t c h ? v = 5 PX 8 u N - v K- Y& a b _
channel=D%C3%A9boraMedeiros
• https://www.youtube.com/watch?v=gnshv2ASjCs&ab_channel=LeonardoPalombo
•https://www.youtube.com/watch?v=COTrXLKUrsQ&ab_
channel=RAConstru%C3%A7%C3%A3o
AULA 7
ESTRUTURA - FORMAS E
ARMADURAS
A estrutura pode ser considerada a parte superior da estrutura de um edifício que suporta
as cargas dos diversos pavimentos e as transmite à infraestrutura.
É regida pelas Normas:
Formas
Projeto de Formas
Umas das formas de se trabalhar, a mais ideal, é juntamente com o projeto estrutural,
existir um projeto de formas, como mostrado na figura a seguir. Esse projeto é apresentado
aos carpinteiros para execução prévia à concretagem.
Fonte: https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-de-edificios/execucao-de-formas
A limpeza interna da forma e a molhagem devem ser feitas antes da concretagem. Para
facilitar a desforma, deve-se aplicar produto desmoldante.
Para pilares altos, acima de 3,0 metros, deve haver janelas intermediárias para lançamento
do concreto.
Chapas de madeira compensada são mais usadas, em lugar de tábuas. Apresenta como
principais vantagens o maior reaproveitamento, a fácil desforma, o menor número de juntas,
menor consumo de pregos e maior produtividade da mão de obra.
As chapas de acabamento plastificado são indicadas para concreto aparente e edifícios
altos (maior reaproveitamento).
O escoramento metálico, nesse contexto possibilita maior produtividade nos serviços, com
reaproveitamento total, sem desperdício. As peças são de fácil manuseio, proporcionando
rapidez na montagem e desmontagem, com regulagem para o nivelamento preciso dos
fundos de vigas e do fundo da laje.
Armaduras
Fonte: https://www.ufrgs.br/eso/content/?tag=formas
A correta execução das fôrmas e do posicionamento das armaduras garante uma boa
concretagem.
Os vídeos abaixo apresentam como essas execuções são feitas!
• h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m / w a t c h ? v = r H LY g g e Z 9 L A & a b _
channel=RobertoAra%C3%BAjoConstru%C3%A7%C3%A3oCivil
• https://www.youtube.com/watch?v=7x0XDi9fFI8&ab_channel=DicasdoMarreta
•https://www.youtube.com/watch?v=WQJqi5CpaBs&ab_
channel=EngenharianaPr%C3%A1tica
• https://www.youtube.com/watch?v=kQ1I1TU8acM&ab_channel=Jos%C3%A9Correia
AULA 8
ESTRUTURA - CONCRETAGEM
Para a produção de um bom concreto devem ser muito bem executadas as seis operações
básicas de obtenção deste material: dosagem, mistura, transporte, lançamento, adensamento
e cura.
Dosagem
Medição em volume: tipo de medição da areia, da brita e da água usado nas obras por
meio de enchimento de padiolas de madeira (ou latas) em número e tamanho de acordo
com a composição (“traço”) do concreto em volume. Em geral, para cada traço a ser “virado”
na betoneira, calcula-se a quantidade de materiais correspondente ao volume de um saco
de cimento (aproximadamente 40 litros). Algumas tabelas fornecem medidas práticas e
números de padiolas a serem usadas para vários traços diferentes.
Medição em massa: é o procedimento mais preciso e recomendável, usado nas usinas
dosadoras e laboratórios de pesquisa. Toma-se por base o traço expresso em massa dos
materiais por metro cúbico de concreto.
Mistura
Outra possibilidade é a mistura manual que é pouco eficiente e somente deve ser empregada
para volumes muito pequenos ou em serviços de menor importância.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/767230486496457338/?autologin=true&nic_v2=1a6VSdb4s
Fonte: https://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/tracos-concreto-mistura/
• Parte da água.
• Agregado graúdo.
• Cimento.
• Agregado miúdo.
• Restante da água.
Transporte
No caso de pequenas obras, onde o transporte é feito por carrinhos, deve-se evitar
solavancos e dar preferência ao uso de carrinhos de pneu com câmara de ar.
Para o transporte vertical são usados os guinchos que transportam os carrinhos, ou as
gruas que transportam caçambas com descarga por comporta de fundo (capacidade até
2,0 m³).
O transporte por bombeamento é feito através de tubulações montadas pelas usinas que
fornecem o concreto usinado. Para este tipo de transporte o concreto deve ter características
adequadas como: abatimento (“slump”) de 10 cm a 12 cm, teor de argamassa maior que
o dos concretos comuns, maior porcentagem de brita “zero”, uso de aditivo plastificante.
Com o bombeamento pode-se conseguir a produção, em concretagens, de 100, 200, e
até 300 m³ por dia, conforme as distâncias verticais e horizontais de transporte interno.
Lançamento
Adensamento
O adensamento adequado objetiva eliminar os vazios do interior do concreto fresco. O
meio mais eficiente e comum é por vibração mecânica (energia elétrica), com equipamento
de agulha de imersão.
O adensamento com vibrador de agulha de imersão tem efeito até uma determinada
distância (raio de ação). Deve-se trabalhar sempre com o vibrador na posição vertical e
nunca com a agulha deitada. Evitar, em concretagem de lajes, arrastar a agulha pelo concreto
lançado.
Alguns cuidados devem ser tomados na vibração por agulha:
Cura
A cura constitui a operação para evitar a perda de água do concreto necessária à reação
com o cimento nos primeiros dias de idade e, também, para evitar excessiva retração por
secagem.
O processo consiste em manter o concreto úmido por molhagem direta (meio mais comum),
ou por proteção com tecidos umedecidos, ou por aplicação de emulsões que formam uma
película impermeável sobre a superfície do concreto.
Deve-se promover a cura durante, no mínimo, sete dias.
Fonte: https://www.concretousinado.com.br/noticias/cura-concreto-usinado/
AULA 9
ALVENARIA
Tipos de Blocos
Fonte: https://www.masterhousesolucoes.com.br/conheca-os-diferentes-tipos-de-tijolos-para-construcao/
Fonte: http://44arquitetura.com.br/2020/02/tipos-de-tijolos/
Execução de alvenaria
• Efetuar a locação das paredes com base na planta baixa (arquitetônica) da edificação,
executando os cantos com uma lajota e, logo após, a primeira fiada com argamassa
e com o auxílio de linha, esquadro, prumo e nível.
• Nas extremidades das paredes, executar “prumadas” que servem de guia controlando
o serviço com o prumo e assentando os tijolos em sistema “mata-junta” (junta vertical
desencontrada).
• Executar todas as fiadas, seguindo uma linha nivelada para cada uma e presa entre
duas prumadas-guia.
Fonte: https://constructapp.io/pt/ferramentas-medicao-de-obras/
O ideal é que a superfície de uma parede de alvenaria bem executada seja plana, vertical e
com pouca necessidade de espessura de argamassa de revestimento. A espessura máxima
de argamassa de assentamento é de 2,0 cm.
Quando se chega ao final da parede, pode ocorrer de não haver espaço para uma fiada
de bloco. Dessa forma, pode-se ter as seguintes alternativas de aperto:
Fonte: https://www.betonexbrasil.com/massaencunhamento
Outro cuidado que deve-se tomar é garantir que em vãos de portas e janelas (esquadrias
de um modo geral), sempre haja vergas e contravergas, impedindo que essas esquadrias
se apoiem direto no bloco podendo causar trincas.
Fonte: https://www.suaobra.com.br/dicas/veja-o-que-sao-vergas-e-contra-vergas-e-qual-sua-funcao-no-portal-suaobra
Alvenaria estrutural
Na alvenaria estrutural não são admitidos cortes (nem verticais, nem horizontais) para
passagem de tubulação. Alguns tubos (instalação elétrica) passam pelo furo vertical dos
blocos. Outros (água e esgoto) passam por parede falsa (“Shaft”) ou parede sem função
estrutural, posicionadas estrategicamente nos projetos arquitetônico e estrutural.
Para o assentamento dos blocos é muito comum o uso de bisnaga para espalhar a
argamassa nos blocos, mantendo um padrão de quantidade controlada.
Na alvenaria estrutural a argamassa tem função de ligação entre os blocos, uniformizando
os apoios entre eles. A resistência à compressão da argamassa deve ter aproximadamente
70% da resistência do bloco.
No Brasil já existem diversas normativas que tratam do projeto em alvenaria estrutural,
como citadas abaixo:
Fonte: https://www.inovaconcreto.com.br/blog/alvenaria-estrutural-e-convencional-diferencas/
•https://www.youtube.com/watch?v=azy52l2_yls&ab_
channel=TRUQUEDEMESTRESergioEduardoConstru%C3%A7%C3%A3o
•https://www.youtube.com/watch?v=ZS1mVFq2f-4&ab_
channel=JRConstru%C3%A7%C3%B5es
AULA 10
COBERTURA
A cobertura de uma obra tem como principal finalidade proteger a edificação das intempéries.
Além disso, uma cobertura (ou telhado) pode compor arquitetonicamente o aspecto de uma
construção e também proporcionar conforto térmico no seu interior.
Os materiais mais comuns aplicados em coberturas são as pedras naturais, o metal, a
cerâmica e o fibrocimento.
Para que a finalidade de uma cobertura seja atendida, algumas qualidades devem ser
observadas, como:
• Impermeabilidade e estanqueidade.
• Resistência a esforços mecânicos.
• Leveza.
• Secagem rápida após as chuvas.
• Facilidade de execução e manutenção.
Telhas Cerâmicas
As telhas cerâmicas são as mais comuns e com maior variedade de formas. Apresentam,
ainda, a maior facilidade de colocação.
Os tipos mais comuns de telhas cerâmicas são: colonial, francesa, portuguesa, americana,
romana.
Cada tipo de telha possui um consumo aproximado por metro quadrado.
A figura a seguir apresenta o detalhamento de uma tesoura de telhado, composta pelo
madeiramento do telhado.
Telhas de Fibrocimento
São compostas por grandes chapas onduladas, nos mais diferentes perfis, alta resistência
mecânica, peso reduzido, excelente estanqueidade, montagem fácil, grande número de peças
e acessórios complementares de fixação, vedação.
São compostas por cimento reforçado com fibra sintética à base de PVA.
Telhas Metálicas
Vem sendo muito utilizadas em telhados embutidos (escondidos), devido ao peso reduzido
e fácil execução. Algumas desvantagens como condutoras de calor e desconforto térmico
vem sendo corrigidos com o uso de telhas sanduíches (chapas metálicas com material
isolante entre elas, isopor na grande maioria das vezes).
Fonte: https://www.fitecbrasil.com.br/telha-sanduiche/
Telhas de Concreto
Fonte: https://www.mapadaobra.com.br/capacitacao/telha-ceramica-concreto/
Execução de Cobertura
AULA 11
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS -
ÁGUA E ESGOTO
As instalações hidráulicas, de água fria ou quente e esgoto são executadas após a alvenaria
e devem ser realizadas com base em projeto por profissional competente (encanador).
Fonte: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=27&Cod=118
Fonte: https://www.suzuki.arq.br/unidadeweb/aula%2014/aula14.htm
AULA 12
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Eletrodutos
Caixas
Condutores / Fiação
Execução após o revestimento de paredes com as caixas fixas em seus lugares. Devem
ser diferenciados os diversos circuitos do projeto com cores diferentes dos fios sempre que
possível.
Fonte: https://fotos.habitissimo.com.br/foto/conduites-novos-instalados_1487933
AULA 13
MARCENARIA, SERRALHERIA E
ESQUADRIAS
Marcenaria
Portas
As portas são fixadas nos batentes por meio de dobradiças metálicas. Encontram-se
no mercado portas de diversos tipos quanto ao acabamento: maciças, ocas, para receber
pintura, portas prontas, portas almofadadas, portas lisas.
Um serviço de qualidade caracteriza-se pelo perfeito abrir e fechar da porta, com encaixe
perfeito dos trincos na guarnição.
Existem medidas padrões para as guarnições de portas, como apresentado na figura a
seguir.
Fonte: https://www.meiacolher.com/2014/08/como-colocar-o-portal-marco-e-batente.html
Rodapé
A fixação dos rodapés é feita por meio de pregos ou parafusos pré-fixados diretamente
na argamassa de revestimento.
Serralheria
• Chapas.
• Tubos.
• Ferro.
• Baguetes.
• Tintas.
• Alavancas.
• Puxadores.
Esquadrias
Esquadrias podem ser portas, janelas ou qualquer abertura que necessite ser fechada. A
escolha do tipo de esquadria varia de acordo com os materiais com os quais se pretende
trabalhar: madeira, alumínio, aço, PVC e vidro.
Os principais critérios para optar por um destes materiais são, principalmente, estética,
funcionalidade, durabilidade, manutenção e preço.
As esquadrias também possuem uma sequência para sua colocação objetivando uma
maior facilidade na hora da montagem e cuidados para a prevenção de problemas futuros,
como infiltrações.
Independente do tipo de esquadria adotada essa deve ser projetada para evitar infiltração
de água de chuva como o caimento para o lado externo do edifício, da pedra que compõe
o peitoril, além da calafetação de frestas entre a esquadria e a fachada com uso de massa
flexível (mastique) ou silicone.
AULA 14
REVESTIMENTOS
Argamassa
É uma camada fina de argamassa forte de cimento e areia grossa lavada 1:4 (volume),
para aumentar a aderência da camada posterior (emboço) na parede.
É aplicada com colher de pedreiro (através de uma peneira ou não), lançando a argamassa
de forma a ficar bem espalhada.
Camada Única
Azulejo
A aplicação é feita espalhando-se com desempenadeira dentada de aço sobre uma pequena
área do emboço (cerca de 1 m²) e, logo em seguida, colar os azulejos um a um, fixando-os
com batidas leves. Este processo é mais rápido e proporciona serviço de excelente qualidade.
Para evitar o descolamento dos azulejos, alguns cuidados durante a execução devem ser
tomadas, como:
Fonte: https://pedreirao.com.br/como-assentar-ceramicas-de-piso-passo-a-passo/
Revestimento de Pisos
Para a escolha adequada do tipo de revestimento de piso das edificações deve ser
considerada a finalidade do cômodo ou da área onde vai ser aplicado.
Os pisos, cerâmicos comuns ou porcelanatos devem apresentar características
fundamentais como: ser resistente ao desgaste, provocar o mínimo de ruído com o movimento
das pessoas, apresentar um mínimo de aderência que proporcione segurança no movimento
das pessoas, exigir pequena ou nenhuma despesa de manutenção, ser de fácil limpeza, para
ser mantido em boas condições de higiene, proporcionar aspecto agradável.
Contrapiso ou Lastro
Piso Cerâmico
Piso de Madeira
Tacos simples: dimensões mais comuns: 7 x 21 (cm) e espessura de 2 cm. São assentados
com argamassa de cimento e areia 1:4, espalhada sobre o lastro/ laje.
Tacos de Encaixe: dimensões mais comuns: 7 x 21 x 2 (cm), de encaixe tipo macho e
fêmea. É executado sobre contrapiso nivelado e seco, o assentamento é feito com cola
especial espalhada com desempenadeira de aço (lado reto).
Parquete: é apresentado em placas (40 x 40) cm constituídas por pequenas peças de
madeira agrupadas sobre uma tela plástica aderida na face de colagem. As placas são
assentadas com cola e martelo de borracha sobre contrapiso seco de cimento e areia.
Tábua Corrida: o revestimento é executado com tábuas de encaixe tipo macho e fêmea,
fixadas por meio de pregos a barrotes (peças compridas de madeira de seção trapezoidal).
Dimensões das tábuas: largura variável de 0,10 a 0,25 m, comprimento 2,5 m aproximadamente
e espessura 0,025 m. As tábuas devem ser rigorosamente selecionadas e secas em estufa,
perfeitamente “galgadas”, com superfície plana e cor uniforme.
AULA 15
PINTURA E IMPERMEABILIZAÇÃO
Pintura
Tintas
• Preparação da superfície.
• Aplicação eventual de fundos, massas, condicionadores.
• Aplicação da tinta de acabamento.
Toda superfície, após ter sido preparada para receber a pintura, deve se apresentar: a
menor aspereza possível e pouco porosa, seca e limpa.
Toda tinta é composta por uma suspensão de partículas opacas sólidas (pigmentos) em
um veículo fluido. A função das partículas é cobrir e colorir. A função do veículo é aglutinar
as partículas para formar uma película de proteção.
O veículo da tinta é formado por uma parte volátil (solventes que evaporam) e outra não
volátil que, ao secar, constitui a película protetora.
Aplicação de Tinta
Para a escolha da tinta a aplicar é necessário conhecer o tipo de superfície que vai receber
a pintura, as condições ambientais que esta tinta vai suportar e qual a finalidade de aplicação
do produto.
As formas de aplicação mais comuns são:
Pincel: processo lento, porém prático. Indicado para pequenos serviços, “recortes” de
cantos e quinas e superfícies irregulares.
Rolo: processo um pouco mais rápido, indicado para superfícies planas.
Nebulização: processo mais rápido e que proporciona acabamento de melhor qualidade,
embora haja muita perda de material na pintura de peças estreitas, como grades. Processo
mais indicado para portas e móveis, exige tinta de baixa viscosidade e solvente rápido.
Tinta a óleo: na sua composição parte do veículo é um óleo que endurece quando exposto
ao ar formando uma película sólida, relativamente flexível, resistente e aderente à superfície
de aplicação.
A viscosidade deste óleo pode ser diminuída pela mistura com um solvente (gasolina,
aguarrás) já presente na tinta ou adicionado conforme o uso a que se destina o material.
Solvente mal escolhido ou adicionado em quantidade não adequada pode causar defeito
de acabamento na pintura.
Aplicações mais comuns da tinta a óleo: superfícies de madeira e metal.
Tinta para caiação: muito difundidas e econômicas têm como componente principal a
cal extinta e são indicadas para muros e paredes, principalmente externas. Hoje, ao invés
de se “queimar” a cal virgem nas obras pode-se comprá-la extinta (em pó), pronta para a
simples mistura com água e aplicação direta.
Tintas Látex, Epóxi: recebem estes e outros nomes conforme seu veículo seja constituído
em parte por uma resina de látex ou epóxi. Algumas dessas tintas são emulsões (dois
líquidos dispersos um no outro sob forma de gotículas), indicadas para paredes exteriores
e/ou interiores, conforme instruções do fabricante.
O látex PVA tem este nome retirado da sigla inglesa de poliacetato de vinil, uma substância
sintética. O látex acrílico tem como componente básico uma resina acrílica. Os dois tipos
Impermeabilização
Tipos de Impermeabilização
A rígida não acompanha a estrutura; dessa forma, deve ser utilizada em superfícies que não
sofram com a variação de temperatura, com o movimento do solo ou que sejam suscetíveis a
fissuras e trincas. Ou seja, sua aplicação se restringe a locais com estabilidade, por exemplo:
vigas de baldrames, poços de elevador, subsolos e piscinas enterradas. Para esse tipo de
vedação, aditivos químicos são adicionados e misturados ao cimento ou argamassa.
A impermeabilização flexível consegue se alongar e absorver a fissuração, acompanhando
a estrutura. Desse modo, é indicada para áreas expostas às mudanças climáticas e que, por
esse motivo podem sofrer com trincas, infiltrações e umidade. Assim, a impermeabilização
flexível consiste em materiais ou produtos aplicáveis na superfície a ser vedada. Podem
ser moldados no local formando membranas ou serem pré-fabricados, como é o caso das
mantas e lonas.
Sistemas de Impermeabilização
AULA 16
PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES
• Descascamento de pinturas.
• Mofo.
• Corrosão de armaduras de concreto armado.
• Descolamento de pisos cerâmicos e azulejos.
• Desgaste excessivo de pisos.
• Apodrecimento de estruturas de madeira.
• Trincas em paredes, pisos e fachadas (na alvenaria, argamassa ou concreto), cujas
principais causas são: procedimento inadequado na aplicação de argamassa (composição
imprópria, espessura exagerada, etc.), recalque de fundações, esmagamento dos
materiais.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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Disponível em: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/projeto-com-drywall-
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SuaObra. Disponível em: https://www.suaobra.com.br/dicas/veja-o-que-sao-vergas-e-
contra-vergas-e-qual-sua-funcao-no-portal-suaobra. Acesso em: 31 de out. de 2020.
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blog.tocaobra.com.br/tipos-de-sapatas/. Acesso em: 31 de out. de 2020.