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Notas de aula: ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE UM QUANTITATIVO

CÁLCULO DE QUANTITATIVOS

O quantitativo de materiais e de serviços é determinado por meio de dados encontrados em


projetos e memoriais descritivos e, às vezes na própria obra. Portanto, quanto mais
detalhados e completos forem os projetos, tanto melhores serão as informações extraídas
destes e, consequentemente, maior será o grau de confiabilidade e qualidade do orçamento.
A seguir apresentam-se alguns procedimentos para cálculo de quantidades dos serviços mais
usuais para o processo construtivo convencional, obedecendo a ordem cronológica de
execução, apresentando-se também uma proposta para sistematização e documentação das
informações, uma vez que tal procedimento minimiza a ocorrência de erros.

- SERVIÇOS PRELIMINARES

Demolições:
O quantitativo deve ser levantado conforme as composições de serviço disponíveis, ou seja,
em área, volume ou unidade.

Limpeza e regularização do terreno: -


Em geral utiliza-se levantamento da área (m2) a ser limpa quando esta compreende a
remoção da vegetação e de detritos. No caso da limpeza envolver a retirada de entulho,
deve-se calcular o volume a ser retirado. A regularização ou acerto do terreno, quando
envolver pequena movimentação de terra (desaterro ou aterro com altura de 20 a 30 cm ou
até 50 cm em pequenas áreas) pode ser calculada por m2.

2 - INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

Tapumes:
Cálculo da área de tapume, em m2, obtida pela multiplicação do perimetro pela altura,
quando é executado com chapas compensadas, em geral utiliza-se para a altura a maior
altura da chapa.

Barracões e depósitos:
Área projetada (m2).

Instalação de proteções:
Bandejas salva-vidas em metro linear, encaixotamento e entelamento de prédios em área
(m2).
Andaimes: \}...ec , ..c
-50 G
Á S "r
ILI Gdnr"
Para elevação de alvenaria a quantlei.d • (m ) é obtida pelo perímetro da alvenaria
multiplicado pela altura da mesma, descontando-se 1,50m que não necessitam de andaime.
Para revestimento interno de forros a área de andaime é igual a área a ser revestida. Todas
as composições de andaimes em madeira consideram um reaproveitamento, seja seis ou dez
vezes.

Instalações provisórias de água, luz, força, esgoto, telefone, sinalização, entre


outras:
Por unidade.

Locação da obra:
Pela área em projeção da edificação (m2). ,

Movimentação de terras
Quantitativo de aterro ou corte em volume (m3). Calcula-se a partir do perfil do terreno,
extraído do levantamento topográfico ou do perfil do terreno constante no projeto
•,
arquitetõnico. ,4 v.„, , , ...J,-,_.1 ,‘.
t
1
Drenagem: ..`ktF k ‘ e
O sistema de drenagem a ser utilizado é extraído de projeto específico. Em geral são
compostos por serviços de escavação manual (m3), apiloamento de valas (m2), lastro de
brita (m3), manilhamento (m), reaterro apiloado (m3), e geotéxtil não tecido (m2).

3 - INFRA ESTRUTURA
—1 Nk
(1 ,
Contenções e fundações : \-1
As informações são obtidas em projeto específico, as quais são basicamente volume de
escavação (m3), volume de concreto (m3) e massa de aço (kg).
Caso tal projeto ainda não exista o orçamentista deve obter informação sobre que tipo de
contenção ou fundação é mais adequado à futura obra, utilizando-se de estatísticas tais
como: volume de escavação, volume de concreto e peso das armaduras.
Dados estatísticos:
para de pequenas obras: pode-se utilizar os seguintes parâmetros: (1) execução de
brocas com profundidade de 3,00 a cada 3,00 m de perímetro de paredes mais os
cruzamentos delas ou (2) execução de um metro linear de broca + 30cm para cada m2
de construção ou 1,5 metro linear de broca (I) 25cm para cada m2 de construção. Para
muros pode-se considerar uma broca de e 25cm a cada 5,00 m de muro, com
profundidade de 1,50 m.
para demais obras:

Blocos e baldrames:
Para o levantamento destes serviços, leva-se em consideração o projeto de infra-estrutura,
calculando-se o volume de escavação ou aterro (m3), volume de lastros de brita (m3), área
de apiloamento da base das baldrames e blocos (fundo de valas) (m2), área de fôrmas (m2),
volume de concreto (m3) e massa de aço (Kg).
Na falta do projeto de infra-estrutura, pode-se considerar estatisticamente:
volume de concreto: 2% da área construída;
massa das armaduras: 80 kg de aço por m3 de concreto;
área de fôrmas: 12 vezes o volume de concreto;

r, 1.
serviços de escavação: 1,5 vezes o volume de concreto. Volume de reaterro das valas:
diferença entre o volume escavação e de concreto (caso em que as vigas baldrames e
blocos sejam executados abaixo do nível do terreno), ambos em m 3;
serviços de aterro: altura média estimada multiplicada pela área do pavimento térreo
(caso em que as vigas baldrames e os blocos sejam executados acima do nível do
terreno), em m3;
volume de lastros de brita: espessura das paredes multiplicado pelo comprimento total
de paredes e pela altura do lastro de brita a ser utilizada;
área de apiloamento da base das vigas baldrames2 e blocos: espessura das paredes
multiplicado pelo comprimento total de paredes.

Metodologia para cálculo

Volume de concreto:
Serão utilizadas as próprias dimensões da-peça constante do projeto estrutural: largura,
comprimento, altura e quantidade de peças iguais.

Área de fôrma:
A unidade desta composição-é m 2 ou mi. de tabua. A área de fôrma será igual a duas vezes
a altura da peça multiplicada pelo comprimento da mesma e pelo número de peças iguais.

Volume de escavação de valas para vigas baldrames:


A largura e altura da vala serão determinadas pelas seguintes fórmulas:

Largura: 20cm + espessura da viga


Altura Altura: Altura da peça mais a espessura do lastro
da peça

Espessura do lastro

10 10

Caso as vigas baldrames e blocos sejam executados acima do nível do terreno, deve-se
calcular o volume de aterro necessário para preencher os espaços internos da edificação
limitados pelas vigas baldrames.

Lastros de brita:
O volume do lastro de brita será calculado pela largura da peça multiplicada pelo seu
comprimento, pela espessura do lastro e pela quantidade de peças iguais.

Apiloamentos:
A largura utilizada será a largura da peça mais 20 cm multiplicada pelo comprimento e pela
quantidade de peças iguais.

Observações:
Apiloamento e lastros de britas podem ser calculados em m2 ou m3, dependendo da
composição unitária de serviço disponível.

Armadura:
A quantidade de aço a ser utilizada pode ser calculada por duas maneiras:
1) Extraindo do resumo de aço do projeto;
Quando se tratar de laje pré-fabricada, deve-se calcular somente a área da laje
(considerando as áreas de superposição sobre as vigas — áreas de per*. O volume da capa
de concreto para recobrimento, em geral, está incluso na composição unitária deste serviço.

A seguir apresenta-se um modelo de planilha para cálculo de serviços de Supra-estrutura.

MODELO DE PLANILHA PARA SUPRA-ESTRUTURA


Prancha IPavto. IFolha
Empreendim.
Orçamentista: Supervisor:
Data: Data: A

Rubrica Rubrica
Volume de concreto Area de forma
Qtde Total Altura Comp. Qtde Total
Peça Largura Altura Comp.

Total desta folha

5- ALVENARIAS

O levantamento quantitativo dos serviços referentes a execução de alvenaria pode ser feito
por duas formas:
cálculo da área real de alvenaria: a área será o produto do comprimento da parede pela
altura da mesma, descontando-se todos vãos livres da mesma. Deve-se descontar da
altura da parede a altura da viga de concreto e, de seu comprimento eventuais pilares.
Como este critério não traz embutido um percentual para cobrir eventuais perdas, deve-
se, a partir das condições de controle da empresa executora, acrescentar um percentual
para cobrir tais perdas. As quantidades serão fornecidas em m2.
Cálculo segundo critérios da TCPO: deve-se levar em consideração o comprimento e o
pé-direito de cada um dos painéis, descontando-se somente os vãos livres com área
igual ou superior a 2,00 m2. Por exemplo: se houver um vão livre com área de 1,68 m2,
esta área não deve ser descontada da área de alvenaria. Caso o vão fosse de 3,50 m2, a
área a ser descontada seria de (3,50 — 2,00)= 1,50 m2.
2.1- Paredes externas considerar inteiras, paredes internas descontar a sobreposição das
paredes.
2.2- Não descontar os pilares; e em relação as vigas, descontar a altura média destas
quando forem apoiadas nas alvenarias/paredes.

O segundo critério é justificado pela diminuição de produtividade no requadro das paredes.


Este critério de cálculo aumenta a quantidade de serviço real e as quantidades de insumos
que compõem o serviço alvenaria, elevando-se o custo unitário deste item, provocando erros
na quantidade de compra de materiais.

Itens como encunhamento, vergas, contravergas e requadro de paredes, devem ser


considerados pela medida linear, quando se dispõe de composição de serviço adequada.

Para documentar os cálculos das quantidades de alvenaria que compõe a obra, sugere-se
preencher uma planilha, conforme modelo proposto a seguir. Estes procedimentos visam
diminuir a incidência de erros, facilitar a conferência, consultas e alterações futuras de
projeto.
ALVENARIA ( )
Prantte. Folha:
Em;reendim:
Pavimento:
Desaição.
Orçarrentiga: Supervisão:
Cbs.: I Rubrica
Data: %bica Data:
Gálaio dos vads TO121i
Cálculo das áreas
acÉ Total Largura Altu-a Ama Qbie Total Rada
No Carp. Altura Arca

Tdal desta folha

Recomendações para o preenchimento da plâbilha:


descrever que tipo de alvenaria está sendo calculada: 1/2 vez, 1 vez, etc., podendo ser
através da largura sem acabamento da mesma (10cm, 15cm ou 20cm), como por
exemplo:, alvenaria interna 10 cm, com tijolo cerâmico de 6 furos.
número (No) da parede-. que constar da planilha, deve ser o mesmo numerado no
projeto.
para cada vão a ser descontado, deve-se incluir uma nova linha na planilha de cálculo,
repetindo o resultado do cálculo na coluna Total Liquido, com o sinal negativo.
ao final de cada folha da planilha, deve-se fazer um somatório parcial, para transportar
ao resumo final.
o resumo deve ser descriminado por pavimento e pelo somatório de todos os
pavimentos.
estes procedimentos, devem ser repetidos, para todos os tipos de alvenaria, elementos
vazados e painéis.

O critério de separar as quantidades calculadas por pavimento, é útil para emissão de ordens
de serviço, elaboração do planejamento da obra e programação de compras.

6 - ESQUADRIAS j, M-er, ifiai\i .34 o na po".

Nos casos de esquadrias tipo porta devem-se obter os seguintes dados quantitativos:
I Quantidade de esquadrias internas em unidades, com as respectivas dimensões;
1 Quantidade de esquadrias externas em unidades, com as respectivas dimensões;
1 Área e tipo de revestimento da esquadria;
1 Área e tipo de vidro nos casos em que houver.
Nos casos das outras esquadrias, deve-se obter:
1 Quantidade de esquadrias em metro quadrado;
1 Área e tipo de revestimento da esquadria;
1 Área e tipo de vidro.

Instruções genéricas para preenchimento da planilha:


No item local, deve ser preenchido o tipo de esquadria (31, P1, P2, ...);
discrimina-se as portas internas das externas em unidades;
nas colunas de tratamento (cera, verniz, esmalte,...), repete-se a área calculada,
multiplicada pelo coeficiente utilizado (coef.);
nos casos de esquadrias com vidros, repete-se apenas a área calculada para cada tipo de
vidro

X rf,K1L(V1/4
Qrkt") ),)
para cada pavimento, deve-se fazer uma somatória parcial, para transportar ao resumo
final.

6.1 - Esquadrias de madeira:

A área de tratamento (cêra, verniz, esmalte,...) a ser considerada será o produto da largura
pela altura, multiplicado pelo coeficiente 3, para contemplar a aplicação de revestimento do
caixilho e das duas faces da porta, nos casos em que o taixilho for de outro material (ex.:
caixilho metálico), o coeficiente será 2. No caso de revestimento ser pintura estes
quantitativos deverão ser incluídos no orçamento dentro do item Pintura.

A seguir apresenta-se um modelo de planilha para este item e sua forma de preenchimento.

ESQUADRIAS DE MADEIRA
!Folha LEGENDA
Empreendim.
OrçamenUsta: Supervisão 1
Obs.:
Data: Rubrica Data: Rubrica 2
Pavimento Prancha 3
Cálculo das áreas Tipo Tratamento Outros
Area Qtde Total Inter. Exter. Coef. Cêra Esm. Vem. 1 2 3
Tipo Larg. Altura

Total desta folha

6.1 - Esquadrias metálicas:

A área de tratamento as ser considerada, será o produto da largura pela altura, multiplicado
pelo coeficiente 2 (as duas faces).
Modelo da planilha na página seguinte:

ESQUADRIAS METALICAS
Empreendimento Obs.:
Descrição:
Orçam! Superv.:
Data: !Rubrica Data: Rubrica
Pavimento Prancha
Calculo das áreas Acabamento Corta-fogo Vidros
—Tipo Larg. Altura Area Qtde Total Coef. Esm. Oleo Total Tipo Espes. Total

Total desta folha

6.1 - Esquadrias de alumínio:

Nas colunas de tratamento ou nas legendadas conforme Especificação Técnica ou Memorial


Descritivo, repete-se a área calculada, caso a composição utilizada seja por peso, os
coeficientes estatísticos são:
,/ 10 para esquadrias tipo veneziana;
v 06 para esquadrias de padrão luxo
04 para esquadrias de padrão popular;
15% do peso calculado será para o item contramarco.

Modelo da planilha a seguir:

ESQUADRIAS DE ALUMINIO
Prancha: Obs.: Indicar o tipo de anotização e
Empreendimento
Descrição Pavimento padrão de acabamento.
Orçamentista Superv. ,
Data: Rubrica Data: Rubr.
Cálculo das áreas Peso ou Area Vidros
Tipo Larg. Alt. Area Qtde Total Coef. Baixo Med. Alto Ven.

Total desta folha

7 — VIDROS @a •flice, C..i em, ai arKtweely

Os itens relativos (3)colocação de vidros, são extraídos das planilhas de esquadrias e devem
ser descriminados conforma Especificação Técnica e Memorial Descritivo.
Exemplo:
Vidro Cristal Comum 4 mm
Vidro Laminado 10 mm
Vidro Aramado 6 mm
Normalmente neste item usam-se composições considerando-se que a aquisição dos vidros
serão colocados e não posto obra.
0`)‘ael) eàke er &..) ‘tmoicu.».0., ,
8— COBERTURAS G.ynCv S PeOwdord
\,nn . —9--
4' ( i.to X -3. ) -f ( Si 80 x 41,09)t (c) to 014)
Estrutura da cobertura:
O cálculo deste item no orçamento deve ser feito pela área de projeção do telhado e
especificado o tipo de telha.
Exemplo: Estrutura de madeira para telhas de fibrocimento.

Telhas e cumeeiras:
O cálculo dos serviços referentes a execução das telhas, deve ser efetuado pela área real de
telhamento e considerado o grau de inclinação na escolha da composição de serviço.
Cumeeiras: normalmente são do mesmo tipo das telhas e são medidas em metros.

Calhas rufos: 3
12475
São qua s em metros, considerando-se seu desenvolvimento e material utilizado.

9— IMPERMEABILIZACÕES E PROTECÃO TÉRMICA

Impermeabilizações:
Devem ser calculadas em metros quadrados e especificados os locais de aplicação, pois são
de diferentes finalidades e seus custos bem específicos.

jrniet;,..0,A 40; -meti , çÇ ( k))( 60)


\
.) ( 6 / 30 x 9/-1 5). ( 41' 3"
Devem ser separadas as impermeabilizações conforme constarem das Especificações
Técnicas ou normalmente utiliza-se,.
De fundações;
De contenções;
rnt De terraços e lajes de cobertura abertos;
y De floreiras;
De reservatórios;
De rebaixos de cozinha, áreas de serviço e banheiros.

Proteção térmica:
Quando houver proteção térmica especificada, criar um item no plano de contas para tal
finalidade e seu quantitativo deve ser calculado conforma as composições de serviço
disponíveis.
Observações:
Normalmente os itens de impermeabilização e proteção térmica, são serviços contratados e
as composições devem ser claras a este respeito.

10— INSTALACÕES HIDRO-SANITÁRIAS E DE GÁS


Consideram-se que os projetos estão disponíveis e estes serviços são geralmente
empreitados, o orçamentista deve tomar as seguintes providências:

Solicitar proposta para execução da mão de obra para empreiteiro que normalmente
executa este tipo de serviço para a construtora.

Cotar ou solicitar ao departamento de Compras, que providencie a cotação dos materiais


de hidráulica.

Plano de contas para instalações hidro-sanitárias:

1 Entrada de água;
Prumadas e distribuição de água fria;
Prumadas e distribuição de água quente;
Prumadas e distribuição de esgoto e águas pluviais;
Prumadas e distribuição de proteção contra incêndio;
1 Prumadas e distribuição de gás;
Central de gás
Equipamentos de proteção contra incêndio;
Louças, metais sanitários e acessórios.

li— INSTALACÕES ELÉTRICAS E TELEFÔNICAS

Consideram-se que os projetos estão disponíveis e estes serviços são geralmente


empreitados, o orçamentista deve tomar as seguintes providências:

Solicitar proposta para execução da mão de obra para empreiteiro que normalmente
executa este tipo de serviço para a construtora.

Cotar ou solicitar ao departamento de Compras, que providencie a cotação dos materiais


de hidráulica.
Plano de contas para instalações elétricas e telefônicas:

Entrada de serviço;
Quadros e caixas;
Eletrodutos em lajes;
Eletrodutos em paredes;
Enfiação
Equipamentos e acessórios;
Pára -Raios.

Observações:
Esta distribuição do Plano de Contas, facilita a elaboração do cronograma da obra e o
controle da execução dos serviços.
Quando o orçamentista não possuir os projetos das instalações, pode-se considerar, com
base em obras anteriores, um percentual sobre o custo final da obra para estes serviços, que
variam conforme o porte da obra.
O TCPO da editora Pini, contém composições unitárias para cada tipo de serviço de
instalações, que podem ser útil em obras de pequeno porte e orçamentos estimativos
globais.

12— REVESTIMENTOS DE PISOS E TETOS INTERNOS*

A sistematização das atividades de levantamentos quantitativos é essencial para aumentar a


produtividade do orçamentista.
Partindo deste princípio, quando se efetuam os levantamentos para cálculo dos
revestimentos de pisos, praticarnente já se efetuam os cálculos para revestimento de tetos,
por isso utiliza-se a planilha de Pisos e Tetos Internos.
Para o levantamento quantitativo dos serviços referentes a execução de revestimento de
pisos e tetos internos, deve-se levar em consideração a área de cada local (ex.: sala,
quartos, etc. ), a Especificação Técnica e Memoriais Descritivos da obra.
As quantidades serão fornecidas em2, considerando a área liquida calculada.

Metodologia de cálculo:

Cálculo das áreas: "± (


A área considerada será a área da figura geométrica do local.

Vãos livres a considerar; 4 0 / £3


Todos os vãos livres deverão ser descontados da área útil do piso e do teto. JJOAteo

Área liquida:
Será a área calculada menos os vãos livres.

Observação:
Normalmente os projetistas e arquitetos já calculam as áreas dos pisos internos, porém, para
satisfazer dados estatísticos dos órgãos Públicos, indicam áreas diferentes das áreas reais,
por isto, deve-se conferir estas áreas calculadas.

Pisos:
Em todos os pisos em contato com o solo, deve-se considerar, os serviços referentes a
regularização, apiloamento e lastros dos mesmos (brita, concreto magro e lastro de
-rN
"*" cei MI (1

Ides )0 a-Ir.^ . à _
concreto), estas definições devem ser discutidas com o responsável pela execução da obra.
Na falta destas definições, considera-se: Apiloamento, Lastro de brita e Lastro de concreto
(consumo de cimento conforme características da obra).

Contra pisos:
Utilizados para regularizar erros de concretagem (as normas não prevêem este tipo de
regularização), mas normalmente os projetistas de estrutura levam em consideração esta
regularização e nos próprios projetos de arquitetura, que é o principal documento, são
representados graficamente.
Só não deve-se considerar os contra pisos quando ficar explícito que a técnica de
concretagem utilizada será a do contra piso zero. Neste caso, deve-se considerar como
serviço substituto do contra piso, um tratamento da laje acabada.

Outros revestimentos:
Os demais revestimentos estarão indicados nos Memoriais Descritivos de acabamento.

Tetos:
Para computar os serviços relativos a acabamento de tetos internos, leva-se em
consideração, as mesmas áreas calculadas para revestimento de pisos, exceção nos casos
onde o projeto indicar áreas diferentes, como por exemplo, vazio no piso ou teto com
iluminação zenital.

Chapisco:
É a base para outros revestimentos, mesmo nos casos onde está determinado forro especial
(gesso, madeira, etc.), deve-se considerá-lo.

Emboço:
É a camada de regularização da superfície, que prepara o recebimento de outros
revestimentos.

Reboco ou cal fino e outros revestimentos:


São as camadas de acabamento da superfície, normalmente indicada no memorial.

Seqüência do plano de contas:

Revestimento de tetos;
Chapisco;
Em boço;
Reboco;
Forro de gesso;
Forro de madeira.

Os itens dos revestimentos de pisos e pinturas levantadas nesta planilha, devem ser
colocados na seqüência específica para cada tipo de serviços.
REVESTIMENTOS DE PISOS E TETOS INTERNOS
Pavimento: IPran.: i Folha:
Empreendimento:
Orçamentista: StidervIsão:
Data: Rubrica Data: 'Rubrica Obs.: Separe as cerâmicas por tipo deu Oração (Cozinha, BWC, Sacadas. etc.).

Cálculo as are 5 Descontos Total Pisos


Local Área Qtde Total Larg Comp Qtde Total Liquido Apiloamento Lastro contra-piso

A
Total desta folha
Cálculo das áreas Descontos Total Tetos e Pinturas de acabamento
Local Área Qtde Total Larg_ Coma Qtde Total Liquido Chapisco Emboco Reboco Pintura

Total desta folha

Do Preenchimento:
No item local, será preenchido o nome da peça do empreendimento a que se refere o cálculo
dos serviços de revestimento.
Para cada vão a ser descontado, deve-se incluir uma nova linha na planilha de cálculo,
repetindo o resultado do cálculo na coluna Total Líquido, com o sinal negativo.
Nas colunas legendadas, repete-se o valor líquido obtido, conforme Especificação Técnica ou
Memorial Descritivo.

13— PAREDES INTERNAS: '

Para o levantamento quantitativo dos serviços referentes a execução de revestimento


paredes internas, deve-se levar em consideração o perímetro do local (ex.: sala),o pé direito,
os vãos livres da mesma, a Especificação Técnica e Memoriais Descritivos da obra.
As quantidades serão fornecidas em2, considerando a área líquida calculada.

Metodologia de cálculo:

v Chapisco:
É a base para outros revestimentos.

Cálculo das áreas:


A área considerada será o produto do perímetro das paredes do local pela altura das
mesmas.

Vãos livres a considerar:


Todos os vãos livres deverão ser descontados da área útil da parede.

Área liquida:
Será a área calculada menos os vãos livres.

v Emboco:
É a camada de regularização da superfície, que prepara o recebimento de outros
revestimentos.

Cálculo das áreas:


A área considerada será o produto do perímetro das paredes do local pela altura das
mesmas, acrescidos do perímetro do vão de esquadrias metálicas, multiplicado pela metade
da espessura das paredes.
Quando houver forro especial (gesso, madeira e outros), desconta-se da altura da parede a
distância da laje até o forro menos 5 cm de transpasse do emboço.
Quando se tratar de caixilho de madeira, não se acrescenta o perímetro deste.

Vãos livres a considerar:


Todos os vãos livres deverão ser descontados da área útil da parede.

Observação:
Para facilitar o preenchimento da planilha de revestimento de parede interna, adota-se o
mesmo critério de preenchimento para chapisco e emboço com exceção das paredes que
contenham forro especial, neste caso, apenas para o chapisco se utiliza a altura total da
parede.
Paredes de elevador, normalmente são chapiscadas e emboçadas recebendo uma mão de
pintura a base de cal.
Superfícies como beirais, borduras e outros assemelhados, são consideradas de forma linear,
multiplicado pela largura do beiral ou quando se possui composição do serviço próprio,
calcula-se este serviço conforme unidade de composição de serviço.
Para emboço decorativo, considera-se 2 vezes a quantidade calculada.
O item rodapé pertence ao grupo revestimento de pisos, mas para facilitar os
levantamentos quantitativos deste item, é incluído na planilha de revestimento de paredes
internas.

Área liquida:
Será a área calculada menos os vãos livres.

1 Reboco ou cal fino, azulejos e outros revestimentos:


São as camadas de acabamento da superfície.

Cálculo das áreas:


Mesmas considerações do emboço, aproveitando-se os apontamentos do mesmo.

Vão livre a considerar:


Mesmas considerações do emboço.

Área liquida:
Será a área calculada menos os vãos livres.

Veja a seguir exemplo de planilha para cálculo do revestimento de paredes internas.


REVESTIMENTOS DE PAREDES INTERNAS
Empreendimento: Pavimento: 1Pran.: 1 Folha:
Orçamenbsta: Supervisão: Obs.: Separar as cerâmicas por ambiente de utilização.
Data: Rubrica Data: Rubrica Incluir os rodapés indicando o comprimento linear e o tipo
Cálculo das áreas Descontos Total Paredes e Pinturas
Local Perim Qtde Total Larg Comp Qtde Total Liquid Chap. Emb. Reb. Azul.

Total desta folha

Do preenchimento:
No item local, será preenchido o nome da peça do empreendimento a que se refere o cálculo
dos serviços de revestimento.
Para cada vão a ser descontado, deve-se incluir uma nova linha na planilha de cálculo,
repetindo o resultado do cálculo na coluna Total Líquido, com o sinal negativo.
Nas colunas legendadas , repete-se o valor líquido obtido, conforme Especificação Técnica
ou Memorial Descritivo.
Itens relativos a pintura, devem ser alocados em seus grupos respectivos.
A seqüência do plano de contas neste ponto do orçamento deve estar desta maneira:

Revestimento de Paredes Internas

1 Chapisco; ã1 /4),C) do,ew uzu.,


Embaço;
.7 Reboco; eNerectxx,:cu
Azulejo —'f'
Granito; a2

Outros.

14— PAREDES EXTERNAS:

Para o levantamento quantitativo dos serviços referentes a execução de revestimento


paredes externas, deve-se levar em consideração a largura de cada parede e a altura da
mesma, os vãos livres da mesma, a Especificação Técnica e Memoriais Descritivos da obra.
As quantidades serão fornecidas em2, considerando a área líquida calculada.

Metodologia de cálculo:

Chapisco:
É a base para outros revestimentos.

Cálculo das áreas:


A área considerada será o produto da largura da parede pela altura da mesma.

Vãos livres a considerar:


Todos os vãos livres deverão ser descontados da área útil da parede.

Área liquida:
Será a área calculada menos os vãos livres.
v Emboco:
É a camada de regularização da superfície, que prepara o recebimento de outros
revestimentos.

Cálculo das áreas:


A área considerada será o produto da largura da parede pela altura da mesma, acrescidos do
perímetro do vão de esquadrias metálicas, multiplicado pela metade da espessura das
parede.
Quando houver forro especial (gesso, madeira e outros),,desconta-se da altura da parede a
distância da laje até o forro menos 5 cm de transpasse do emboço.
Quando se tratar de caixilho de madeira, não se acrescenta o perímetro deste.

Vãos livres a considerar:


Todos os vãos livres deverão ser descontados da área útil da parede.

Observação:
Para facilitar o preenchimento da planilha de revestimento de parede externa, adota-se o
mesmo critério de preenchimento para chapisco e emboço com exceção das paredes que
contenham forro especial, neste caso, apenas para o chapisco se utiliza a altura total da
parede.
Superfícies como beirais, borduras e outros assemelhados, são consideradas de forma linear,
multiplicado pela largura do beiral ou quando se possui composição do serviço próprio,
calcula-se este serviço conforme unidade de composição de serviço.
Para emboço decorativo, considera-se 2 vezes a quantidade calculada.
45
Lt4
{ ‘
RiLinacà
Área liquida:
Será a área calculada menos os vãos livres.

v Reboco, revestimentos cerâmicos e outros revestimentos: p


São as camadas de acabamento da superfície-. __

Cálculo das áreas:


Mesmas considerações do emboço, aproveitando-se os apontamentos do mesmo. 0 141 ,414 4

Vão livre a considerar: àQdfl J,t0 X


Mesmas considerações do emboço.

Área liquida:
Será a área calculada menos os vãos livres.

REVESTIMENTO Ot t'Alituts ta I thiNIAb I


Empreendimento: Prancha: 'Folha: Obs: indicar os tipos de pastilhas
Descrição: Pavimento cerâmicas por cor. Incluir nesta
Orçamentista: Supervisão: planilha as pinturas
Data: Rubrica Data: Rubrica
Cálculo das áreas Cálculo dos vãos Total
Chap Emb. Reb.
Local Larg Comp Area Qtde Total Larg Altura Área Qtde Total Liquid

Total desta folha


Descrição:
Indicar neste item qual é a face do empreendimento (Ex.: face norte ou lateral direita ou
todas as fachadas).
Do preenchimento:
No item local, será preenchido a face do empreendimento a que se refere o cálculo dos
serviços de revestimento.
Para cada vão a ser descontado, deve-se incluir uma nova linha na planilha de cálculo,
repetindo o resultado do cálculo na coluna Total Líquido, com o sinal negativo.
Nas colunas legendadas, repete-se o valor líquido obtido, conforme Especificação Técnica
ou Memorial Descritivo.
Ao final de cada folha da planilha, deve-se fazer uma somatória parcial, para transportar ao
resumo final.
A seqüência do plano de contas deve possuir uma estrutura semelhante a esta:

Revestimento de Paredes Externas


,7 Chapisco;
Em boço;
Pastilha cerâmica esmaltada;
Outros revestimentos.

Pisos e Revestimentos:
Para cálculo dos revestimentos de pisos, utiliza-se a planilha específica vista na seqüência
dos forros.
Apiloamento;
7 Lastro de concreto;
,/ Contra piso;
1 Tratamento e laje acabada;
Carpet
Cerâmica 30x30 cozinha;
Cerâmica 30x30 BWC;
Tábua corrida;
Rodapé de madeira.

15— PINTURAS

Nesta etapa da quantificação dos serviços, não precisa de uma planilha específica para os
itens de pintura, pois estes são calculados nas seguintes planilhas:
Planilhas de Revestimento de Pisos e Tetos; 3,-)-
Planilhas de Revestimento de Paredes Internas;
Planilhas de Revestimento de Paredes Externas; tinAn. e),-cpe(
Planilhas de Esquadrias de Madeira;
Planilhas de Esquadrias Metálicas.

16— EQUIPAMENTOS DIVERSOS

Neste item coloca-se todos os equipamentos utilizados na obra:


elevadores;
escadas rolantes;
portão automático;
interfones;
outros.
Observações:
Os equipamentos utilizados na obra devem ser cotados no mercado, porém, no caso dos
elevadores e assemelhados, devemos nos orientar por compras passadas, pois os preços
praticados na venda efetiva são menores do que os preços normalmente cotados nestas
ocasiões.

17— PAVIMENTACCIES EXTERNAS E COMPLEMENTOS

Pisos externos:
Para calcularmos as quantidades de serviços de pavimentação externa, devemos utilizar
planilha semelhante a Planilha de Pisos Internos.

Apiloa mento;
1 Lastro de concreto;
Cimentados;
VI Mosaico português.

Complementos:

Deve-se compreender como complementos da obra, os detalhes finais para entrega da


mesma tais como:
Paisagismo;
1 Quadra de esportes;
1 Play-ground;
Para as quantidades dos serviços acima se deve utilizar as unidades conforme as
composições disponíveis.

Limpeza

VI De vidros:
Esta quantidade é calculada multiplicando-se por 2 as áreas de vidros.

VI Revestimentos cerâmicos:
Nestes itens devem-se considerar as áreas dos revestimentos cerâmicos de paredes internas
externas e pisos cerâmicos.

1 Limpeza final:
Será a área do empreendimento.
i = 30%

o
.80
o .80
o

CORTE A
ESCALA: 1:50

TELHA CERÂMICA
t =- 30%

•• • •
.80 e. _Azul. até o teto_LLLLL" et:
_LLLLLLLL LLLLLLLL 80
CD
o
V i? _LLLLLLLL LILLLLLS_LI
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É LLLLLLLL
1 .1 IN). 1 1 I 1 . 1 I Nj

CORTE B
E } ESCALA: 1:50
FACHADA
ESCALA: 150

20.00

SEM VIZINHANÇA E SEM MURO


7.60

-n SEM VIZINHANÇA ESEM MURO

SEM VIZINHANÇA E SEM MURO


- NI; •

PLANTA DE LOCAÇÃO E COBERTURA


y SEM ESCALA
5.20

f 112

B.W.0
Piso Cerâmico
V5 QUARTO o
Piso- cerâmico
A: 3,17 m2
C•4
A: 8,42 012 ESTACAS e VIGA BALDRAME
ESCAVAVA- O DAS ESTACAS
O ESTACA COM DIAM. = 0,25m E PROFUNDIDADE 3,5m

DETALHE ESTACAS 4 /0/ 5/1E


o
o LEGENDA
,c; 1 56 55 2 30
DETALHAMENTO „d
r 01, ,

Diam.=25cm
4 4 5/16 2,50m

4 V6
Cozinha
V7 o 3,50
ntraxa
FUNDO)

Piso Cerâmico o
A: 6,45 m2
Sala VIGA BALDRAME
Piso Cerâmico DETALHAMENTO
A. 8,27 m2 LEGENDA ESTRIBO 4 42mm
12cm 9cm
12x28 cm 7443/8
28 cm 125 Cm

060 X 210 0.80 X 110 Comprimento Total=75cm


A cada 15cm
AS VIGAS BALDRAMES SERÃO EXECUTADAS 30 CM ABAIXO DO NIVEL
DO TERRENO

O VIGA BALDRAME / ESTACAS


ESCALA: 150


:s.d- O •

}.‘
520
,s-toccv a--rn

P1 P1

B.W.0
Piso Cerâmico
A. 3,17 m2
QUARTO
Piso: cerâmico
A: 842 m2 o
ml

PILARES E VIGAS DE RESPALDO


PILARES
DETALHAMENTO
190 LEGENDA
1.30 ESTRIBO Bi4,2mm
12cm
12x22 cm 9cm
—r
VS) 25 cm
7 4 flf 5/ 16 20cm

Comprimento Total=65cm
A CADA 15CM
o
Sala
Puro Cerâmico
-46 Cozinha
Piso Cerâmico
rI
VIGA RESPALDO
oc 8,27 m2 A 6,45 m2 DETALHAMENTO
LEGENDA
ESTRIBO % 4,2mm
12cm
12x28 cm 9cm

o 050 X2.10 080 X 2 10


128 cm
2
4 % 5/16

1 25cm

Comprimento Totai=75cm
P1 P1
A CADA 15CM
ii
VIGA
ESCALA 1:50
DE RESPALDO! PILARES
LAJES
3.10

tufn Kat ir AZULEJO ATÉ O TETO


P2 (07x2 1)in

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S- 4
P2 (0.7)2.1)m (JV
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-5,- P2 (075t2 1)

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TE O TETO

J2 (1.3 X 1.0)m

3.10

I 6.00

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