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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA

Bioclimatologia aplicada à
Avicultura
Docente: Leonardo da Silva Fonseca
Disciplina ZOO052 – Bioclimatologia Animal
Discentes:
Aline Diniz
Gabriela Ricci
Pedro Bastos

Diamantina, 2019
Introdução

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Introdução

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Introdução
 Consumo Avícola no Brasil:

 Produto acessível;
 Baixo custo;
 Alto valor nutricional.

Fonte: Google imagens

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Introdução
 Região Sudeste e Sul

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Introdução

Cenário Avicultura

Exigências
Fonte: Google imagens

Bem – estar animal

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Introdução

Fonte: Saestagio
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Introdução
 Bioclimatologia:

É o ramo da climatologia e da ecologia que trata dos efeitos do


ambiente físico sobre os organismos vivos (Baccari Jr, 1986).

Ambiente inadequado

Baixa produtividade
Ave x Ambiente
 As aves são animais homeotermos;

 Um ambiente para ser agradável as aves adultas deve


apresentar umidade relativa do ar de 50 a 70% e
temperaturas de 16 a 23 ºC.
Manter a homeotermia Produção

20%

80%

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Ave x Ambiente
 Principais fatores ambientais de influência direta

 Umidade relativa;
 Velocidade do ar;
 Temperatura;
 Radiação solar.

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Influência climática
na avicultura
 Stress térmico prejuízo significativo para
produtores.

 O calor excessivo provoca problemas de:


 Baixa conversão alimentar;
 Perda de peso;
 Redução da postura;
 Redução da qualidade dos ovos.

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Influência climática
na avicultura
 Quando submetidas a estresse por frio:

 Buscam se manter agrupadas;


 Diminuem a frequência de idas ao comedouro e bebedouro;
 Redução do desempenho produtivo até a idade de abate.

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Influência climática
na avicultura
 Temperatura ideal para criação de aves:

Idade (semanas) Temperatura ambiente (°C)


1 32 - 35
2 29 - 32
3 26 - 29
4 23 - 26
5 20 - 23
6 20

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Respostas fisiológicas

 Temperatura retal;
 Frequência respiratória (umidade);
 Consumo de água;
 ↓ Desempenho.

Fonte: Google Imagens

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Respostas
comportamentais
Comportamento baseados nos ancestrais

Impossibilidade de expressar comportamentos naturais

Frustração

Desenvolvimento de comportamentos anômalos


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Estratégias

 Retirar a alimentação nos horários


mais quentes e fornecer a
alimentação no período mais
fresco;

 Fazer o flushing (jateamento) dos


bebedouros para renovação da
água; quando possível, adicionar Fonte: Google Imagens
gelo na caixa d’água;

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Estratégias

 Também é sempre prudente na época do verão utilizar


densidade de criação (aves/m²) mais baixa que no período do
inverno;

 Utilização de ração peletizada resulta em maior ganho de


peso e consumo alimentar do que a farelada;

 Utilização de gorduras nas rações constitui-se em uma


alternativa a ser utilizada em períodos de stress de calor.

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Instalações
 Caracterização dos sistemas de criação:
 Sistema caipira (Farmyard):

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Fonte: Google Imagens
Instalações
 Caracterização dos sistemas de criação:
 Sistema com acesso a pasto (Free range):

Fonte: Google Imagens Fonte: Embrapa

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Instalações
 Caracterização dos sistemas de criação:
 Sistema com cama e pasto (Strawyard):

Fonte: Tecnologia e Treinamento Fonte: Google Imagens

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Instalações
 Caracterização dos sistemas de criação:
 Sistema de baterias de gaiolas (Cages):

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Fonte: Alibaba
Instalações
 Caracterização dos sistemas de criação:
 Sistema intensivo em galpões:

Fonte: Jornal Terra Forte


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Instalações
1. Localização das instalações –
seleção das áreas;

2. Orientação das instalações;

3. Disposições das instalações;

4. Proteções contra a insolação


(coberturas/telhados, beirais). Fonte: Google Imagens

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Instalações
4.1. Coberturas
Para melhorar o comportamento térmico das coberturas pode-se
lançar mão de alguns artifícios, tais como:

a) Uso de forros sob a cobertura;


b) Pinturas com cores claras e limpas;
c) Uso de materiais isolantes;
d) Uso de aspersão de água sobre o telhado.

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Instalações
5. Dimensões das instalações;

6. Uso de lanternins;

7. Abastecimento de água
(localização de caixas d’água,
tubulações);

8. Arborizações (quebra vento,


cobertura do solo).

Fonte: Google Imagens

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Sistemas de controle
térmico
 Ventilação natural

 Controle da pureza do ar;


 Elimina amônia, CO2 e outros gases nocivos;
 Retira excesso de umidade e odores;
 Controla a temperatura e a umidade do ar nos ambientes
habitados.

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Fonte: Google Imagens
Sistemas de controle
térmico
 Sistema de pressão ventilação
negativa

 Força a saída do ar, criando um


vácuo parcial na construção.
 Placas evaporativas ou
nebulizadoras para resfriamento
do ar que entra no alojamento.
 Exaustores, dimensionados para
possibilitar a renovação de todo
o ar do galpão a cada minuto.
Fonte: Google Imagens
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Sistemas de controle
térmico
 Sistema de ventilação de pressão positiva

 Os ventiladores forçam o ar externo para dentro da


construção, com aumento da pressão do ar.

Fonte: Google Imagens


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Sistemas de controle
térmico
 Resfriamento da temperatura do ar

 A ventilação simples, não possibilita a redução da


temperatura do ar a ser incorporado ao ambiente;

 A temperatura mínima que se conseguirá obter no interior do


galpão será exatamente aquela do ar externo usado na
ventilação, a qual muitas vezes assume valores acima do
desejável, tornando-se necessário promover o pré-
resfriamento do ar que entra nas instalações.

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Sistemas de controle
térmico
 Resfriamento da temperatura do ar

 Resfriamento adiabático evaporativo (SRAE)


Possibilita uma redução substancial da temperatura do ar de ate
12°C nas regiões mais secas, e em média 6°C nas condições
brasileiras.

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Sistemas de controle
térmico
 Sistema de ventilação positiva em modo túnel em associação
a nebulização (SVPTN)

 Pode ser feita através do túnel de ventilação;


 O sistema túnel consiste em criar um fechamento lateral do
galpão através de cortinas bem vedadas, permitindo duas
aberturas similares, nas duas extremidades do galpão.

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Sistemas de controle
térmico
 Sistema de material poroso acoplado a ventilador e tubo de
distribuição de ar (SMPVT)

 Utilizado para instalações abertas, consiste em forçar a


passagem do ar por material poroso umedecido por gotejador
de água, utilizando-se para isto um ventilador.

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Conclusão
 O estresse térmico causa grande prejuízo na avicultura
comercial, elevando os custos da produção com
equipamentos e instalações, além de proporcionar maior
ocorrência de patologias devido à queda da imunidade
podendo ocasionar consequentemente alta mortalidade.

 Portanto, quando se trata de avicultura a ambiência é um dos


pontos principais a serem discutidos e levados em
consideração para obtenção de sucesso e lucratividade.

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Referências
ANDRADE, A. N.; ROGLER, J. C.; FEATHERSTON, W . R. Influence of
constant e levated temperatu re and diet on egg production and shell
quality. Poultry Science, v.55, p. 685-693, 1976.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE AVICULTORES. Boletim mensal – novembro


de 2018. Disponível em: http://www.apa.com.br. Acesso em: 07 de
Janeiro de 2019.

BARBOSA FILHO, J. A. D. Avaliação do bem -estar de aves poedeiras


em diferentes sistemas de produção e condições ambientais,
utilizando análise de imagens. Dissertação de mestrado. ESALq:
Piracicaba, 2004. 123 p.

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Obrigada!!!

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