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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - CAMPUS REALEZA

Bioclimatologia e a relação com


bem-estar e a produtividade de
Bovinos de leite no Brasil

MEDICINA VETERINÁRIA - 2ª FASE


DISCENTES: BEATRIZ COSTA E JAQUELINE CARVALHO
DOCENTE: ANGELA MARIA MEILE
APRESENTAÇÃO

Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Medicina Veterinária da


Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) no campus Realeza, a ser
utilizado como forma de avaliação parcial na CCR de Produção Textual II.

O trabalho tem a finalidade apresentar a importância do estudo da


bioclimatologia animal, relacionando com bem estar animal e a
produtividade.
OBJETIVOS:
Apresentar a importância do
estudo da bioclimatologia
animal;

Otimizar o ambiente para o


rebanho, considerando fatores
climáticos como temperatura,
umidade e ventilação;

Foto: OKUBO FILHO, Alcides Melhorar o conforto térmico dos


animais.
JUSTIFICATIVA
A bioclimatologia apresenta desafios, como:

Altas temperaturas e umidade, que impactam diretamente o bem-


estar e desempenho dos animais.

Ao entender bioclimatologia, é possível adotar práticas que


minimizem o estresse térmico, melhorando a saúde dos animais.
Assim, aumentando a eficiência produtiva.
Lista de conteúdos

Conforto térmico
Clima e produtividade
Sistema de produção e manejo
Desafios futuros
O que é a Bioclimatologia?

A bioclimatologia é o estudo dos fenômenos naturais do


ambiente que influenciam a vida animal e vegetal.

O conhecimento sobre esse estudo se torna relevante para a


Medicina Veterinária, porque abrange o efeito do estresse térmico
pelo excesso de calor sobre o desempenho produtivo e
reprodutivo dos animais.
Conforto térmico

O conforto térmico consiste em garantir as condições


adequadas de temperatura em determinado
ambiente, visando funcionamento adequado do
organismo de cada animal.
Estresse térmico

Estresse é definido como resposta biológica do indivíduo quando está


exposto a condições desconfortáveis.

O ambiente representa fatores que definem a eficiência para ganho de


peso e produção; para apresentar produtividade os animais precisam
de conforto.
Zona de Termoneutralidade. Fonte: Prof. Dr. Marcos Chiquitelli Neto. UNESP-Ilha Solteira
Clima e a produtividade
O Brasil é um país com grande diversidade climática. Em alguns
lugares faz frio e em outros muito calor, mas, em geral, nosso clima é
quente em quase todo o território. Há três tipos de clima no país:
equatorial, tropical e temperado.

Mas ainda sim, em cada local é necessário que haja a adaptação


adequada para os animais, para a boa produtividade leiteira, por
exemplo.

A produtividade animal depende além de água e alimento, mas do


grau de adaptação ao meio ambiente e suas interações, inclusive
com o clima.
Tipos de sistemas de produção para gado
leiteiro
Sistema Extensivo: Este tipo é caracterizado na criação de animais a pasto. De tal
forma que, a base da alimentação são as pastagens.

Nesse sistema, os animais também são colocados em piquetes rotacionados


com irrigação para garantir que dê tempo para que as pastagens sejam
reformadas. Já em relação às instalações são relativamente simples e limitam-
se a um curral, no qual as vacas são ordenhadas.

Em conclusão, a grande vantagem desse método é o baixo investimento.

Em contrapartida, a desvantagem é a necessidade de grandes espaços com


disponibilidade de pasto para a ocupação dos animais. Além disso, caso o
manejo não seja executado da forma correta, pode gerar baixa produtividade!
Tipos de sistemas de produção para gado
leiteiro
Sistema Semi-intensivo: Nesse caso, os animais são criados a pasto e
também recebem o reforço da suplementação, podendo ser volumosa em
épocas de seca (com menor crescimento do pasto) ou em alguns casos
durante todo o ano.

No sistema semi-intensivo o alimento é fornecido no estábulo ou apo´s o


momento da ordenha.

Nesse sistema o gado leiteiro recebe alimentação com forrageiras de alta


capacidade de suporte, além de uma suplementação volumosa (como
cana-de-açúcar, silagem, feno ou outros complementos).
.
Sendo, no cocho o ano todo e, principalmente na época das secas,
quando a oferta de forragem é reduzida.
Tipos de sistemas de produção para gado
leiteiro
Sistema intensivo: Neste, as vacas leiteiras são mantidas confinadas e
alimentadas no cocho com forragens conservadas.
Por exemplo, fenos e silagens.

Possui um alto custo para implantação e mão de obra especializada.

Alguns exemplos de instalações do sistemas intensivo são o Free Stall,


Loose Housing, e Compost Barn.

A grande vantagem da utilização é o aumento da produtividade dos


animais em pequenos espaços. Entretanto, como foi citado, tem um
investimento alto e necessita de profissionais especializados.
Desafios futuros
Quais são os desafios futuros na busca por aumento de produtividade
leiteira no Brasil, tendo em vista as grandes mudanças climáticas?

Aquecimento Global: Corresponde ao aumento da temperatura média terrestre,


causado pelo acúmulo de gases poluentes na atmosfera. Temperaturas
elevadas podem causar estresse térmico em bovinos, reduzindo a
produtividade e qualidade de leite.

Escassez de água: o aumento da temperatura e a irregularidade das chuvas


podem levar a períodos de escassez de água. A produção de leite depende de
quantidades adequadas de água para os animais e para a irrigação de
pastagens.

Adaptação de raças: selecionar raças de gado mais adaptadas às condições


climáticas locais, preferencialmente aquelas que são mais resistentes ao calor e
à seca, mantendo ou melhorando a produção leiteira.

Esses e entre outros fatores críticos, que podem influenciar a indústria leiteira sob
diferentes condições climáticas que ocorre no País.
Considerações finais

A forma mais pertinente de lidar com as influências da


bioclimatologia na produção leiteira, é em resumo:

Conhecer as condições climáticas da região;

As condições de investimento que podem ou não ser feitas.

Investimento em insumos e melhor sistema de produção, para que


haja o bem-estar animal em relação as condição climáticas.
Assim como a melhora na produção de leite.
Referências
MEDEIROS, Luís Fernando Dias; VIEIRA, Debora Helena. Bioclimatologia animal. Instituto
de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. 126p, 1997

AZEVÊDO, Danielle Maria Machado Ribeiro Azevêdo; ALVES, Arnaud Azevêdo.


Bioclimatologia aplicada à produção de bovinos leiteiros nos trópicos. Teresina:
Embrapa Meio-Norte, 2009

BRIDI, Ana Maria. Adaptação e aclimatação animal. UEL, Londrina, 2010

DENIZ, M.; PILATTI, Jaqueline AgnesI; VIEIRA, Frederico Márcio. Sistema Silvipastoril e
Termorregulação de Novilhas Leiteiras Durante o Inverno em Clima Subtropical.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Dois Vizinhos, Paraná, 2014.
Referências
Foto 1: Arquivos de fotos RL/Pascal BROCARD Foto 4: OKUBO FILHO, Alcides.

BOAS, Ana Cristina Vilas; SUBTIL, Sílvia Andréia; LUDOVICO, Agostinho. ESTRESSE TÉRMICO E
PRODUÇÃO DE VACAS LEITEIRAS EM CLIMA TEMPERADO.

SBRISSIA, André Fischer et al. Produção animal em pastagens cultivadas em regiões de clima
temperado da América Latina. Archivos Latinoamericanos de Producción Animal, v. 25, n. 1-2, p.
47-60, 2017.

Sistemas de produção leiteiros. Disponível em:


<https://www.ufsm.br/pet/agronomia/2022/03/14/sistemas-de-producao-leiteiros>.

Gado leiteiro: Qual sistema de produção é mais viável? Disponível em:


<https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/gado-leiteiro-sistemas/>.

Aquecimento Global: causas, efeitos, críticas, mapa mental. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/aquecimento-global.htm>.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

VACAS CONFORTÁVEIS SÃO MAIS FELIZES :)

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