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DOI: 10.5433/1679-0359.2021v42n2p769

Produtividade, qualidade do leite e variáveis fisiológicas de vacas


leiteiras nas estações chuvosa e seca

Produção, qualidade do leite e variações fisiológicas


de vacas leiteiras em pastel rotacionado na estação seca e chuvosa

Evaldo de Almeida Cardoso1; Dermeval Araújo Furtado2; Neila Lidiany Ribeiro3*;


Ariosvaldo Nunes de Medeiros4; George Vieira do Nascimento3; Severino Gonzaga
Neto5; José Wallace Barbosa do Nascimento2; Rogério Aleson Dias Bezerra7

Destaques
A temperatura superficial foi maior na estação seca.
A frequência respiratória foi maior na estação seca.
O teor de proteína do leite foi maior na estação seca.
Gordura e lactose permaneceram-se na estação seca e chuvosa.

Abstrato
O objetivo deste estudo foi analisar o efeito das estações seca e chuvosa sobre a produção, qualidade do leite
(lactose, gordura, proteína, sólidos totais, CBT e CCS) e fisiológica (temperatura retal e superficial e frequência
respiratória e cardíaca) de vacas mestiças (holandesas/zebu) em lactação, sob regime de pastejo rotacionado
em pasto cultivado, utilizando 10 vacas mestiças (holandesas/zebu) em lactação, peso vivo médio de 500±30
kg, e no período chuvoso estavam entre o quarto e quinto meses de lactação e no período seco situaram-se
entre o sétimo e o oitavo mês de lactação com produção inicial média de 18±4kg de leite/vaca/dia, mantendo a
homogeneidade do lote nas duas épocas. Os animais foram mantidos em sistema de criação semi-intensivo,
utilizando pastejo rotacionado em pastagem de Brachiaria decumbens, em uma área de 3 hectares, onde havia
um conglomerado de árvores que fornecia 5m²/animal de sombra natural, para abrigar os animais no costas
quentes As estações e horários do dia influenciaram significativamente (P <0,05) a temperatura ambiente,

1 Zootecnista do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, UFPB, Areia, PB, Brasil. E-mail:
evaldo@cca.ufpb.br
2 Prof. Titular, Unidade Acadêmica de Engenharia Agronômica, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Campina Grande,
PB, Brasil. E-mail: araujodermeval@gmail.com; wallacebosa@hotmail.com
3
Pesquisadores, Instituto Nacional do Semiárido, Campina Grande, PB, Brasil. E-mail: neilalr@hotmail.com; george.vieira@
insa.gov.br
4 Prof. Titular, Centro de Ciências Agrárias, UFPB, Areia, PB, Brasil. E-mail: ariosvaldo.medeiros@gmail.com
5 Prof. Associado, Centro de Ciências Agrárias, UFPB, Areia, PB, Brasil. E-mail: sgonzaganeto@gmail.com
6 Doutorando em Zootecnia, Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Estadual de Maringá, UEM, Maringá,
RP, Brasil. E-mail: rogerioaleson@hotmail.com
*Autor para correspondência
Recebido: 30 de março de 2020 - Aprovado: 24 de novembro de 2020

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Cardoso, EA et al.

umidade relativa do ar e índice de temperatura e umidade do globo negro. A frequência respiratória e a temperatura
superficial foram maiores (P < 0,05) na estação seca e os valores de temperatura retal e frequência respiratória
foram semelhantes (P > 0,05) nas estações. A produção de leite e proteína apresentaram diferença significativa (P
< 0,05) dependendo das épocas do ano. Com o auxílio de variáveis fisiológicas (temperatura retal e superficial e
frequência cardíaca e respiratória), mesmo assim, as vacas diminuíram sua produção e aumentaram a concentração
de proteína no leite.
Palavras-chave: Brachiaria decumbens. Proteína do leite. Contagem de células somáticas. Contagem bacteriana total.

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi analisar o efeito das estações secas e chuvosas sobre a produção, qualidade do
leite (gordura, lactose, proteína, sólidos totais, CTB e CCS) e as variáveis fisiológicas (temperatura retal e
superficial e frequência respiratória e cardíaca) de vacas mestiças (holandês/zebu) em lactação, sob regime de
pastejo rotacionado em pastagem cultivada, utilizando-se 10 vacas mestiças (holandês/zebu) em lactação, peso
vivo médio de 500±30 kg, sendo que no período chuvoso estavam entre o quarto e quinto mês de lactação e no
período seco ficaram entre o sétimo e oitavo mês de lactação com uma produção média inicial de 18 ± 4kg de
leite/vaca/dia, mantendo a homogeneidade do lote nas duas estações. Os animais foram mantidos em sistema
semi-intensivo de criação, utilizando pastejo rotacionado em pastagem de Brachiaria decumbens, numa área de
3 hectares, onde existia um conglomerado de árvores que propiciavam 5m²/animal de sombra natural, para
abrigar os animais em horários mais quentes faça dia. As estações do ano e os horários do dia influenciaram
significativamente (P < 0,05) a temperatura do ambiente, a umidade relativa do ar e o índice de temperatura do
globo negro e umidade. A frequência respiratória e a temperatura superficial foram mais elevadas (P < 0,05) na
estação seca e os valores da temperatura retal e frequência respiratória foram semelhantes (P > 0,05) nas
estações. A produção e a proteína do leite tiveram diferença significativa (P < 0,05) em função das estações do
ano. Com o auxílio das variáveis fisiológicas (temperatura retal e superficial e frequência cardíaca e respiratória),
mesmo assim, as férias diminuíram sua produção e aumentaram a concentração de proteína no leite.

Palavras-chave: Brachiaria decumbens. Contagem de células somáticas. Contagem bacteriana total.


Proteína do leite.

Introdução em sistemas de produção (Moreira et al., 2015), onde


as diferenças sazonais na produção de leite são
Pastagens de gramíneas forrageiras tropicais, causadas pelas mudanças climáticas durante as
quando manejadas adequadamente, podem suportar estações (Bertocchi et al., 2014; Bernabucci et al.,
altas taxas de lotação; um dos sistemas utilizados, o 2015). O período seco nas regiões tropicais e
pastoreio rotacionado, favorece a qualidade e a semiáridas pode ter um efeito negativo na produção
eficiência do uso da forragem e consequentemente de leite, pois diminui a produção de matéria seca na
melhora a produção animal (Diehl et al., 2013; Moreira forragem e aumenta o teor de fibra dos alimentos; isso
et al., 2015). pode levar a diminuições na oferta, consumo e

Compreender as causas da variação na digestibilidade dos nutrientes (Ramos et al., 2015) e


na necessidade de
produção e composição do leite é importante

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Produtividade, qualidade do leite e variáveis fisiológicas de laticínios...

suplementação volumosa e/ou concentrada (RC Souza et al., O experimento foi realizado no setor de pecuária
2015). leiteira da Universidade Federal da Paraíba, Areia, PB,
localizada na mesorregião do Agreste Paraibano e microrregião
Os elementos climáticos interferem significativamente
do Brejo Paraibano, localizada a 6°58'12” S e 35°45'15”
no comportamento, na fisiologia, na produção e na qualidade
do leite bovino, especialmente em animais geneticamente
W Gr, 620 m acima do nível do mar. O clima da região segundo
melhorados (Lima et al., 2013), e variáveis fisiológicas como
a classificação de Köppen é do tipo As' (quente e úmido), com
temperatura retal e superficial e frequências cardíaca e
chuvas de outono-inverno e período seco de 5 a 6 meses.
respiratória podem alterar-se em laticínios melhorados. vacas
criadas em ambientes quentes (Pereira, Cunha, Cecon, &
A coleta de dados foi realizada em duas épocas distintas,
Faria, 2008; Ávila, Jácome, Faccenda, Panazzolom, & Muller,
caracterizando duas fases experimentais, o período chuvoso
2013). O consumo de matéria seca e água também pode
(julho/agosto) e o período seco (outubro/novembro).
diminuir, alterando o funcionamento gastrointestinal. Isto
provoca uma diminuição na produção e alterações nas
respostas fisiológicas, com bovinos leiteiros com maior
composição genética de animais europeus, como a raça
Animais, piquetes e dieta
Holandesa, apresentando maior sensibilidade ao estresse
térmico do que vacas com maior percentual de composição O estudo utilizou 10 vacas mestiças (holandesa/
genética zebuína (Perissinotto et al. ., 2009; Lima et al., 2013). zebu) em lactação com peso vivo médio de 500 ± 30 kg. No
período chuvoso estavam entre o quarto e o quinto meses de
lactação e no período seco estavam entre o sétimo e o oitavo
mês de lactação. A produção média foi de 18 ± 4 kg de leite/
vaca/dia, e a homogeneidade do lote foi mantida nas duas
O objetivo desta pesquisa foi investigar o efeito da safras.

estação do ano sobre a produção, qualidade do leite e


variáveis fisiológicas (temperatura retal e superficial e
frequência respiratória e cardíaca) de vacas mestiças Os animais foram mantidos em sistema de criação
(Holandesa/zebu) em lactação, sob pastejo rotacionado em semi-intensivo, utilizando pastejo rotacionado em pastagem
pastagem cultivada.
de Brachiaria decumbens, formada por três piquetes cada um
com média de 2 ha, sem contar a área de sombra natural.

Na área de pastagem existia um conglomerado de árvores


Material e métodos
(Prosopis juliflora Sw. DC) que forneciam sombra natural, para
abrigar os animais nos horários mais quentes do dia (1112,28,
Local do experimento
2918,28 e 381,12 m², respectivamente, nos três piquetes).

O trabalho foi realizado de acordo


com os padrões éticos para pesquisa Havia também uma área sombreada com eucalipto (Eucalyptus)

envolvendo animais, sendo submetido ao em cada piquete (938,00, 2.464,00 e 1.096 m², respectivamente)

Comitê de Ética no Uso de Animais da (Figura 1).

Centro de Biotecnologia da Universidade Federal da Paraíba


(CEUA/BIOTEC/UFPB; 072/2016).

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respeitosamente, ne ree paocs. havia também uma área onde eucaypus ucaypus n eac
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piquete (938,00, 2.464,00 e 1.096 m², respectivamente) (Figura 1).

Cardoso, EA et al.

Figura 1. Área experimental.

Figura 1. Área experimental.

Concentrado composto por 20% de soja individualmente. Após a ordenha matinal o Concentrado composto
por
feijão, 20% soja,
20% de farelo20% de farelo48%
de algodão, de algodão,
animais 48% de moídos
inteiros milho integral
foram moído,
levados8%
de de farelo
volta aos de trigo No milho, 8% de
piquetes.
farelo de trigo e 4% de sal mineral às 14h00 os animais foram levados para a ordenha e foi fornecido sal mineral 4%
duas vezes ao dia, na proporção de 1 kg de ração para cada 4 L de leite produzido.
fornecido duas vezes ao dia, na proporção de 1 kg de sala para a segunda ordenha. Ao final da alimentação a cada 4 L
de leite produzido por vaca, nesta, os animais retornavam aos piquetes em cochos individuais.
onde pernoitaram.

A produção de leite dos animais foi avaliada oito


vezes nas duas estações, sendo realizadas quatro
Ordenha
avaliações quinzenais em cada estação (seca e chuvosa).

As vacas foram ordenhadas mecanicamente


duas vezes ao dia, às 05h30 e às 13h00. Os animais
foram retirados dos piquetes às 05h00 e conduzidos ao
Coleta de leite e análise centesimal
curral de espera, onde tiveram livre acesso a sal mineral
e água, receberam a primeira suplementação (com 21%
As amostras de leite foram coletadas
de proteína bruta) e permaneceram até o momento da
imediatamente após a ordenha, utilizando materiais
ordenha. Para a ordenha, os tetos foram lavados e depois
estéreis e procedimentos de coleta assépticos, mantidas
pré-imersos em solução clorada; após a ordenha, foi
sob refrigeração e encaminhadas para o
realizado pós-imersão com solução iodada e medida a
Programa de Manejo do Rebanho Nordeste da UFRPE
produção dos animais
(PROGENE) onde análises físico-químicas

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do leite (gordura, proteína, lactose e sólidos totais), foram mensurada pela auscultação dos sons cardíacos com auxílio
realizadas contagem de células somáticas (CCS) e contagem de estetoscópio flexível, ao nível da região laríngeo-traqueal,
bacteriana total (CBT). contando o número de movimentos e batimentos durante 20

Para essas análises foram coletados e identificados


é; os resultados foram multiplicados por 3 para expressar os
40 mL de leite, que foram acondicionados assepticamente
valores na escala minuto-hora. Superfície
em frascos plásticos estéreis de 50 mL contendo o
a temperatura no flanco esquerdo foi registrada com
conservante bronopol. O leite e o conservante foram
termômetro digital infravermelho (Minibar MT-350, São
homogeneizados por inversão até completa dissolução e
Paulo, Brasil) a uma distância de 10 a 50 cm do corpo (não
então enviados ao laboratório. Após serem acondicionadas
há diferença de medidas entre essas distâncias).
em frascos plásticos identificados, as amostras foram
submetidas a um lento processo de pasteurização térmica a
65 °C por 30 min e finalmente congeladas a -4 °C para
posterior análise (Instrução Normativa nº 37). A gordura (%),
Variáveis meteorológicas
sólidos totais (%), proteínas (%) e lactose (%) foram
analisadas utilizando leite Master Complete® (AKSO®, São As variáveis meteorológicas do ambiente externo
Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil), sob condições técnicas foram registradas por meio de um datalogger (HT-500,
específicas. As análises de CCS e CBT foram realizadas em INSTRUTHERM): temperatura de bulbo seco (°C),
equipamento Bentley Combi System 2300R, composto por temperatura de globo negro (°C), umidade relativa do ar
uma unidade Bentley 2000 e uma unidade de citometria de (UR, %) e velocidade do vento (m/s). ). As leituras foram
fluxo Somacount 300. feitas a cada 60 minutos durante 24 horas. O globo negro
foi fixado no ambiente externo no centro geométrico da
pastagem a 1,0 m do solo e protegido por cerca eletrificada.
O globo negro foi medido com auxílio de uma esfera oca de
polietileno, de 15 cm de diâmetro, pintada em preto fosco. A
Variáveis fisiológicas
temperatura global e o índice de umidade foram determinados
a partir das variáveis meteorológicas registradas por meio
Para avaliar as variáveis fisiológicas foram
das fórmulas descritas por Buffington, Colazzo-Arocho,
avaliadas frequência respiratória (FR; mov/min), temperatura
Canton e Pitt (1981).
retal (TR; °C), frequência cardíaca (FC; batimentos/
min) e a temperatura superficial (ST; °C) foram medidas em
três horários diferentes (das 7h00 às 8h00, das 12h00 às
13h00 e das 16h00 às 17h00), uma vez por semana, durante
ambas as estações. As médias das três coleções foram
utilizadas para discutir
Análise estatística
os resultados.

TR foi medido com um clínico O delineamento experimental adotado foi o


termômetro na faixa de 32 a 43,9 °C. O termômetro foi inteiramente casualizado (DIC), com esquema fatorial 2 × 6
inserido no reto para os dados meteorológicos (duas estações e seis horários
de cada animal, com o bulbo em contato com a mucosa, e ao longo do dia). Foram avaliadas as variáveis fisiológicas e
mantido no reto até a estabilização da temperatura. O RR e a produção e composição do leite
o HR foram

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considerando um DIC com efeito da estação (seca e Resultados e discussão


chuvosa), compreendendo 60 dias para cada estação, com
10 repetições. A estação do ano e o horário do dia influenciaram
significativamente (P < 0,05) a temperatura ambiente, UR e
Os dados meteorológicos foram analisados através
ITGU; a menor média de TA foi registrada das 00h00 às
do PROC GLM no Statistical Analysis System Institute [SAS
03h00 no período chuvoso (19,75 °C) e a maior das 12h00
Institute] (2001), aplicando-se o teste de Tukey ao nível de
às 15h00 no período seco (27,74 °C) e, em todos os horários
5% de probabilidade.
analisados, o TA foi maior (P < 0,05 ) na estação seca
Os dados de SCC e TBC foram transformados em logaritmos,
(Tabela 1). No período chuvoso houve um aumento médio
na base 10, para prosseguir com a análise. Os dados
de 15% entre a temperatura ambiente mínima (00h00 às
fisiológicos, produtivos e químicos do leite foram analisados
03h00) e máxima (12h00 às 15h00) e no período seco houve
por análise de variância bidirecional utilizando o PROC
um aumento de aproximadamente 22% entre esses horários.
MIXED do Instituto SAS (2001), considerando o efeito fixo
da estação do ano, aplicando-se o teste de Tukey–

Teste de Kramer ao nível de 5% de probabilidade.


O UR apresentou valores mínimos entre 8h e 19h
O modelo matemático utilizado foi o
(média de 79,45%) no período seco; outras vezes eram
segue:
estatisticamente semelhantes. O ITGU apresentou maiores
Yik = µ + Si + Eik, médias no período seco, variando de 69,77 (das 00h00 às

onde: Yik é a variável dependente, µ é a medida geral, Si é 03h00) a 82,79 (das 12h00 às 15h00), enquanto no período

o efeito fixo da estação (i = 1 seca, i = 2 chuva) e Eik é o chuvoso variou de 67,54 a 76,49 das 00h00 às 03h00 e das

erro experimental. 12h00 às 15h00, respectivamente. (Tabela 1).

As médias de TR e FC não apresentaram diferença


significativa (P > 0,05) entre as estações e ST e RR foram
maiores (P < 0,05) na estação seca (Tabela 2).

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tabela 1
Efeito do período seco e chuvoso e do período do dia nos parâmetros ambientais registrados durante o experimento

Temporada Período Temperatura ambiente (ºC) (ºC) Umidade relativa (%) 19,75 b BGTHI

Chuvoso 95,72 a 67,54b


00h00 – 03h00
Seco 21,63 a 97,75 a 69,77 a

Chuvoso 19,94b 95,41 a 68,64b


04h00 – 07h00
Seco 22h33 96,83 a 71,13a

Chuvoso 22.03b 90,12 a 74,89b


08h00 – 11h00
Seco 26.13a 81,15b 80,45 por

Chuvoso 23.21b 85,51 a 76,49b


12h00 – 15h00
Seco 27,74 a 72,42b 82,79 a

Chuvoso 21,54b 90,39 a 70,05b


16h00 – 19h00
Seco 24.21a 84,79b 73,05 a

Chuvoso 20,42b 94,38 a 68,38b


20h00 – 23h00
Seco 22h25 95,71 a 70,61 a
Erro padrão médio 1.21 6,71 2,90

As diferentes letras da coluna diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Índice de temperatura e umidade do globo negro = BTHI.

mesa 2
Efeito do período seco e chuvoso sobre os parâmetros fisiológicos de vacas leiteiras mestiças

Temporada
Variáveis SEM Valor P
Seco (24,05 ºC) Chuvoso (21,14 ºC)
Temperatura retal (ºC) 38,78a 38,69a 0,05 0,0620

Temperatura da superfície (ºC) 33.08a 31.19b 0,16 <0,0001

Frequência respiratória (movimento min-1) 39.53a 31.34b 0,98 <0,0001

Frequência cardíaca (batimentos min-1) 73.13a 72.33a 0,89 0,3717

As diferentes letras da coluna diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Índice de temperatura e umidade do globo negro = BTHI.

Embora os animais tenham sido mantidos em animais mantidos em ambiente sombreado e em repouso no
ambientes acima da zona de conforto térmico, nos horários período da tarde, citaram valores de TR de 38,0 a 39,0 °C e
mais quentes do dia, principalmente no período seco do ano, atribuíram esse aumento ao calor necessário para manter a
seu TR esteve dentro da normalidade para a espécie, 37,5 a temperatura corporal dos animais devido à maior radiação
39,3 °C (Rocha, Salles, Moura e Araújo, 2012). Lima e cols. solar direta ou indireta que acumula
(2013), em pesquisa no período de verão no estado de
Pernambuco, Brasil, com mestiços durante o dia. Ávila et al. (2013) trabalharam com vacas
Holandesas em diferentes épocas (chuvosa e

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Cardoso, EA et al.

primavera) e observou uma temperatura ambiente média em estresse, os bovinos utilizam os mecanismos fisiológicos de perda de

torno de 37 °C. Perissinotto et al. (2009) relataram que TR calor corporal, como aumento da FR e sudorese, para evitar a

na faixa de 38,7 a 39,2 °C e FR menor ou igual a 54 mov/min hipertermia, constituindo um meio eficiente de perda de calor por

indicam estado de conforto térmico. evaporação (Ávila et al., 2013). Lima e cols. (2013), avaliando três

grupos genéticos, ½, ÿ e ¾ HG, observaram maior taxa de sudorese e

menores valores de FR e temperatura da epiderme e superfície do pelo


O gradiente térmico entre TR e ST foi de 6,85 °C, o
nas vacas ½ HG, concluindo que os animais ¾ e ÿ HG apresentaram
que pode facilitar a troca de calor entre o núcleo e a superfície
maior sensibilidade ao calor. Ávila et al. (2013), trabalhando com vacas
do corpo. Lima e cols. (2013) citaram valores de ST de 33,4,
holandesas em duas safras, observaram FC entre 60 e 71 batimentos/
34,0 e 34,7 °C para ½, ÿ e ¾ Holandês/
min.

Vacas Gir, respectivamente, com valores inferiores para


animais com composição genética predominantemente
zebuína.
Houve diferenças significativas (P < 0,05) na
Valores mais elevados de RR foram apresentados
produção de leite e percentual de proteína entre as estações,
no período seco, mas permaneceram dentro da normalidade
mas não houve diferenças significativas (P > 0,05) na
para a espécie em ambas as estações (Stober, 1993).
gordura, lactose, sólidos totais, CCS e CBT de acordo com a
Este aumento pode ser devido a condições climáticas mais
estação (Tabela 3).
estressantes onde, para evitar temperaturas

Tabela 3
Efeito da estação seca e chuvosa na produção e qualidade do leite de vacas leiteiras mestiças

Temporada
Variáveis SEM Valor P
Seco (24,05 ºC) Chuvoso (21,14 ºC)
Produção de leite (kg dia-1) 16.51b 19.02a 2,57 0,0292
Gordo (%) 4.22a 4.08a 0,93 0,5310
Proteína (%) 3.75a 3.53b 0,29 0,0006
Lactose (%) 4.44a 4.44a 0,28 0,9771
Sólidos totais (%) 12h90 13.24a 0,76 0,1421
Registro de TBC (n mL-1) 1.20a 1.13a 0,35 0,5685
Registro CCS (n mL-1) 1,90a 2.21a 0,22 0,0679

Erro padrão significa = SEM; Contagem bacteriana total = CBT; Contagem de células somáticas
=CCS; Letras diferentes na linha diferem entre si pelo teste de Tukey-Kramer a 5% de probabilidade.

A menor produção de leite no período seco pode pela ativação de mecanismos fisiológicos de perda de calor,
ser devida às condições ambientais. Valores mais elevados como aumento de FR e ST, que gastam energia. Em ambas
de AT e ITGU causam estresse térmico nos animais, devido as épocas, a produção de leite pode ser considerada boa
à menor disponibilidade e qualidade da forragem que neste para animais mestiços no Nordeste do Brasil.
período apresenta maiores valores de fibra, bem como

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Produtividade, qualidade do leite e variáveis fisiológicas de laticínios...

Vacas leiteiras mantidas em ambientes observaram maior nível de contaminação no leite produzido
termicamente confortáveis alimentam-se durante o dia, por pequenos produtores, que utilizam menos tecnologia em
melhorando sua produção e produtividade (Vilela et al., sua produção. Saravanan, Das e Panneerselvam (2015)
2013). Entre os problemas da produção de leite a pasto nas estudaram grupos de vacas leiteiras e observaram valores
regiões tropicais está a sazonalidade na produção de de CCS semelhantes aos deste estudo. Bernabucci et al.
forragem: a maior parte da produção de matéria seca (2015) e Bertocchi et al. (2015) observaram valores de CCS
concentra-se na estação chuvosa e muitas vezes há falta de superiores aos desta pesquisa em
alimentos na estação seca, o que pode levar à diminuição
da produção de leite. consumo de matéria seca e leite de vacas Holandesas em diferentes épocas do ano.

consequentemente diminuição da disponibilidade de


Os resultados de TBC (120.000 e 113.000 UFC/
nutrientes para produção animal (Moreira et al., 2015).
mL) para os períodos seco e chuvoso, respectivamente)
estão acima dos padrões estabelecidos pela IN 76/2018,
que para a região Nordeste são 100.000 UFC/mL para leite
Os níveis de gordura registrados estão acima dos individual e 300.000 UFC/mL para leite individual. leite
valores mínimos (3%) estabelecidos pela Instrução Normativa agregado. A contagem padrão de placas está relacionada a
76 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vários fatores como a saúde
[MAPA] (2018), e essa gordura pode variar dependendo da
genética do animal, período de lactação, estação do ano e e higiene da vaca, e higiene durante o processo de ordenha
nascimento. ordem, produção de leite, nutrição, saúde, raça e dos equipamentos de ordenha, além de tempo e
e idade. temperatura adequados para armazenamento e transporte
do leite até as unidades beneficiárias.

O menor teor de proteína no período chuvoso,


4,95% menor que no período seco, pode ser explicado pelo
fato de a proteína do leite variar conforme dieta, AT, raça e
Conclusão
período de lactação; os valores registrados estão de acordo
com os limites estabelecidos para A temperatura do ar e o ITGU foram maiores no
período seco do ano e, com base no ITGU, as condições
leite cru refrigerado de pelo menos 2,9% (MAPA, 2018). ambientais durante o dia ficaram acima da zona de conforto
O resultado SCC (1.000.000 células/ térmico para bovinos leiteiros (perigoso no período chuvoso
mL) foi normal para as regiões Norte e Nordeste do Brasil e emergência no período seco).
(MAPA, 2018), e esse resultado está de acordo com BB
Souza et al. (2010) que não encontraram diferença na CCS
A temperatura superficial e a FR, mecanismos
em holandeses/zebu
utilizados para manter a homeotermia, foram maiores no
vacas com acesso à sombra, quando comparadas com período seco, a produção de leite foi maior no período
vacas sem acesso à sombra. Ribeiro, Tamanini, Silva e
chuvoso e a concentração de proteína no leite foi maior no
Beloti (2015), comparando a qualidade do leite de pequenos período seco do ano.
e grandes produtores,

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