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10 SUCESSOS DO GRUPO

OS SERRANOS COM 4
ACORDES

MARINGÁ 2020
É Disso Que o Velho Gosta – Batida de Vaneira
Os Serranos
Tom: D

A D
Eu sou um peão de estância nascido lá no galpão
A D
E aprendi desde criança a honrar a tradição
G
Meu pai era um gaúcho que nunca conheceu luxo
A
Mas viveu folgado enfim e quando alguém perguntava
D
O que ele mais gostava o velho dizia assim

[Refrão]
A
Churrasco bom chimarrão
D
Fandango trago e mulher
A
É disso que o velho gosta
D
É isso que o velho quer

A D
E foi assim que aprendi a gostar do que é bom
A D
A tocar minha acordeona cantar sem sair do tom
G
Ser amigo dos amigos nunca fugir do perigo
A
Meu velho pai me ensinou eu que vivo a cantar
D
Sempre aprendi a gostar do que o meu velho gostou

A D
Saí da minha fazenda e me soltei pelo pago
A D
E hoje tenho uma prenda pra me fazer afago
G
E quando vier o piazito para enfeitar nosso ninho
A
Mais alegria vou ter e se ele me perguntar
D
Do que se deve gostar como meu pai vou dizer
Criado em Galpão – Batida de Vaneira
Os Serranos
Tom: D

D
Nasci na pampa azulada e da minha terra eu sou peão
A
Estampa de índio campeiro que foi criado em galpão

Gosto do cheiro do campo e do sabor do chimarrão


D A D
E de dobrar boi brabo a pealo nos dias de marcação

Refrão:
G D G
Gosto de fazer um potro se cortar na minha chilena
A E A
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena
G D A D
Pra sentir o sopro do vento me esparramando a melena

D
Meu sistema de gaúcho é mais ou menos assim
A
Uso um tirador de pardo arrastando no capim

Uso uma bombacha larga com feitio do melhor pano


D A D
E um trinta ao correr da perna com palmo e meio de cano

D
Crinudo que sacode arreio engancho só na paleta
A
Pois as esporas que eu uso tem veneno na roseta

Tenho um preparo de doma trançado com perfeição


D A D
Pra fazer qualquer ventena saber quem é este peão

D
O dia em que eu não puder aguentar mais o repuxo
A
Talvez o rio grande diga lá se foi mais um gaúcho

Mas enquanto eu tiver força laço domo e tranço ferro


D A D
E na invernada do mundo mais um rodeio eu encerro
De Chão Batido – Batida de Vaneira
Os Serranos
Tom: D

A
Em xucra bailanta de fundo de campo
D
O fole e tranco vão acolherados
A
O índio bombeia pro taco da bota
D
E o destino galopa num sonho aporreado

A
Polvadeira levanta entre o sarandeio
D
E é lindo o rodeio de chinas bonitas
G A
Quem tem lida dura e a idéia madura
D
Com trago de pura a alma palpita

[Refrão]
D A D
Atávico surungo de chão batido
A D
Xucrismo curtido na tarca do tempo
G D
Refaz invernadas de ânsias perdidas
A D
E encilha a vida no lombo do vento

A
Faz parte do mundo do homem campeiro
D
Dançar altaneiro no fim de semana
A
O gaúcho se arrima nos braços da china
D
E cutuca a sina com um trago de cana

A
Basta estar num fandango do nosso Rio Grande
D
Pra ver que se expande esse elo gaúcho
G A
Esta pura verdade que não tem idade
D
É a nossa identidade aguentando o repuxo
Nossa Vanera – Batida de Vaneira
Os Serranos
Tom: D

D A
É na vanera que eu vou pra sala
D
E sapateio na madrugada
A
Sou da fronteira nasci campeiro
D
Sou bom de dança sou fandangueiro

[Refrão]
A D
Esta vaneira tem o jeitão dessa terra
A D
Tem a ginga da morena nas manhãs de pimavera (2x)

A
Eu sou o canto da siriema
D
Nos dias quentes do meu estado
A
Eu sou a noite de lua cheia
D
Eu sou o estouro xucro do gado

A
Eu sou o berro do boi brasino
D
Eu sou o tronco la da mangueira
A
Eu sou canto do galo indio
D
Eu sou gaucho a vida inteira
Eu Sou do Sul – Batida de Vaneira
Os Serranos
Tom: D

D
Eu sou do sul, sou do sul
Bm
É só olhar pra ver que eu sou do sul, sou do sul
G Em
A minha terra tem um céu azul, céu azul
A
É só olhar e ver

F# G
Nascido entre a poesia e o arado
Em A
A gente lida com o gado e cuida da plantação
F# G
A minha gente que veio da guerra
Em
Cuida dessa terra
A D A
Como quem cuida do coração

F# G
Você, que não conhece meu estado
Em A
Está convidado a ser feliz neste lugar
F#
A serra te dá o vinho
G
O litoral te dá carinho
Em A D A
E o Guaíba te dá um pôr do sol lá na capital

F#
A fronteira los hermanos
G
É prenda, cavalo e canha
Em A
Viver lá na campanha é bom demais
F#
Que o santo missioneiro
G
Te acompanhe, companheiro
Em A D A
Se puder vem lavar a alma no rio Uruguai
Castelhana – Batida de Vaneira
Os Serranos
Tom: D

D A
Eu hoje me vou pra fronteira
G
Pois queira ou não queira vou ver meu amor
D A
Esperei toda a semana
G
Pra ver a castelhana minha linda flor

D A
Tá frio na minha cidade
G
A bem da verdade está frio demais
D A
Ao sul do meu coração
G D
Quero tempo bom só você me traz

[Refrão]

C G D
Larga tudo e vem comigo
C G D
Vamo encarar o perigo
C G D
Larga tudo e vem comigo
C G D
Vamo encarar o perigo

D A
Castelhana se você me ama
G A D
Me ama, me ama, me diz
A
Castelhana se você me ama
G A G A D
Me ama, me ama, a gente pode ser feliz
Cambichos – Batida de Vaneira
Os Serranos
Tom: D

D A
Quando escaramuça no meu peito uma saudade
F# Bm
Agarro as garras pra encilhar meu estradeiro
A D
E enquanto a tarde já se apaga pelos cerros
A D
Minh'alma acende suas paixões e seus segredos

E A
Depois a noite trás a lua leve e calma
Em A D
Estes banhados erguem vozes e cochichos
A D
Eu abro as asas onduladas do meu pala
A D
Porque me bate a sede louca dos cambichos

Bm
Tiranas lindas que me arrastam pra um surungo
B Em
Num fim de mundo onde geme uma cordeona
A D
Onde se embala minha alma de campeiro
A D
Pelos luzeiros das miradas querendonas

A
Gringas mestiças e morenas cor de aurora
F# Bm
Negras e claras se confundem na fumaça
A D
Meu coração é um barco errante nessas horas
A D
Passando a noite sem saber que a noite passa

E A
Mas quando o sol braseia as barras do horizontes
Em A D
Só restam rumos e recuerdos pra seguir
A D
Porém mais vale pra um gaudério esta saudade
A D
Do que não ter saudade alguma pra sentir
Bailanta do Tibúrcio – Batida de Vaneira
Os Serranos
Tom: D

A D
Vou contar de uma bailanta que existiu no meu pontão
G D A D
Indiada do queixo roxo que nunca froxou o garrão
A D
Vinho curtido em barril e cachaça de borrachão

A D
Os gaiteiros que eram buenos davam a mostra do pano
G D A D
O Carlito e o Dezidério o Felicio e o Bibiano
A D
Cambiando com o Juvenal num velho estilo pampeano

A D
Dona china passou ruge ajeitou bem o cocó
G D A D
Cruzou o jaguapassô lavou os pés no jaguassengó
A D
Na bailanta do tibúrcio balanceava o mocotó

A D
Lembranças que são relíquias dos meus tempos de guri
G D A D
Os pares todos bailando coisa mais linda eu não vi
A D
Um agarrado no outro pra mode de não cair

A D
E lá pela madrugada bem na hora do café
G D A D
Dom Tibúrcio mestre sala gritava batendo o pé
A D
Agora levanta os home para comer as muié

A D
Milho assado era o catete plantado de saraqüá
G D A D
Feijão preto debulhado a bordoada de manguá
A D
Bóia melhor do essa lhes garanto que nao há

A D
E lá no velho pontão linda terra de fartura
G D A D
Queijo, ambrosia e melado bolo frito e rapadura
A D
Batata deste tamanho e mandioca desta grossura
Tordilho Negro – Batida de Guarânia
Os Serranos
Tom: D
D A
Correu notícia de um gaúcho lá na estância do paredão
D
Tinha um cavalo tordilho negro foi mal domado ficou redomão
G A
Esse gaúcho dono do pingo desafiava qualquer peão

Dava o tordilho negro de presente


D
Pra quem montasse sem cair no chão
G A
Eu fui criado na lida de campo não acredito em assombração
D
Fui na estância topar o desafio correu boato na população

D A
Era um domingo clareava o dia puxei o pingo e o povo reuniu

Joguei os trastes no lombo do taura


D
Murchou a orelha tive um arrepio
G A
Botei a ponta da bota no estribo algum gaiato por perto sorriu
D
Ainda disseram comigo eram oito que boleou a perna montou e caiu
G A
Saltei do lombo e gritei pro povo este será o último desafio

Tordilho negro berrava na espora


D
Por vinte horas ninguém mais nos viu

D
Mais de uma légua o pingo corcoveou
A
Manchou de sangue a espora prateada
D
Anoiteceu o povo pelo campo procurando o morto pela invernada
G A
Compraram vela fizeram o caixão a minha alma estava encomendada
D
A meia noite mais de mil pessoas deixaram da busca desacorçoadas
G A
Dali a pouco ouviram o tropel olharam o campo noite enluarada
D
Eu vinha vindo no tordilho negro feliz saboreando a marcha troteada

D A
Boleei a perna na frente do povo deixei a rédea arrastar no capim
D
Banhado em suor o tordilho negro ficou pastando ao redor de mim
G A
Tinha uma prenda no meio do povo muito gaúcha eu falei assim
D
Venha provar a marcha do tordilho faça o favor monte no selim
G A
Andou no pingo mais de meia hora deu me uma rosa lá do seu jardim

Levei pra casa meu tordilho negro


D
É mais uma história que chega no fim
Canto Alegretense – Batida de Guarânia
Os Serranos
Tom: D

D A
Não me perguntes onde fica o Alegrete
D
Segue o rumo do seu próprio coração
G D
Cruzarás pela estrada algum ginete
A D
E ouvirás toque de gaita e de violão
A
Prá quem chega de Rosário ao fim da tarde
D
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
G D
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
A D
Mergulhado no Rio Ibirapuitã

[Refrão]
A D
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
A D
Desta terra que eu amei desde guri
G D
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
A D
Pedra moura das quebradas do Inhanduy

A
E na hora derradeira que eu mereça
D
Ver o sol alegretense entardecer
G D
Como os potros vou virar minha cabeça
A D
Para os pagos no momento de morrer
A
E nos olhos vou levar o encantamento
D
Desta terra que eu amei com devoção
G D
Cada verso que eu componho é um pagamento
A D
De uma dívida de amor e gratidão

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