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Produção Animal e Vegetal:

Inovações e Atualidades

Organizadores
https://doi.org/10.53934/9786599539633

Jackson Andson de Medeiros


Carolina Madazio Niro
Jaelyson Max Pereira de Medeiros
EDITOR CHEFE
Venda proibida
Jackson Andson de Medeiros

CORPO EDITORIAL
Carolina Madazio Niro
Open access Jackson Andson de Medeiros
Jaelyson Max Pereira de Medeiros

REVISÃO FINAL
Revisado por Jackson Andson de Medeiros
pares
CAPA

Carolina Madazio Niro

Todas as opiniões e textos presentes neste livro são de


inteira responsabilidade de seus autores e coautores.
DOI: https://doi.org/10.53934/9786599539633
Agron Food Academy
agronfoodacademy.com
https://doi.org/10.53934/9786599539633-31

Capítulo 31

TERMORREGULAÇÃO EM FRANGOS DE CORTE

Agnaldo Margato Neto1; Rodrigo Martins Ribeiro2; Júlia Marixara Sousa da Silva3;
Stéfane Alves Sampaio4; Nadya Gabrielly Dias da Silva4; Lídia Caroline Ferreira
Cruz1; Cibele Silva Minafra5
1
Discente do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia - PPGZ – IFG. E- mail:
aguinaldo.medvet@hotmail.com; 2 Docente do Centro Universitário de Mineiros-
Instituto de Ciências Agrárias. E-mail: vetrodrigo@msn.com; 3Doutoranda do Programa
de Pós-Graduação em Zootecnia - PPGZ – UFG. E-mail: marixaraj@gmail.com,
4
Estudante no curso de Bacharelado em Zootecnia – IFG. E-mail:
stefanesamp@gmail.com, 4Estudante no curso de Bacharelado em Zootecnia – IFG. E-
mail: gabriellynadya@gmail.com, 1Discente do Programa de Pós-Graduação em
Zootecnia - PPGZ – IFG. E-mail: lidiaccruz@outlook.com, 5Docente/pesquisadora do
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia - PPGZ – IFG. E-mail:
cibele.minafra@ifgoiano.edu.br.

RESUMO: O Brasil caracteriza- se por ser um país predominantemente agrícola, porém,


é um país tropical que apresenta altas temperaturas e estas por sua vez, influenciam
diretamente no bem-estar das aves. Animais monogástricos apresentam metabolismo
acelerado devido sua alta taxa de crescimento corporal em período muito curto de tempo,
sendo esses ainda mais susceptíveis a grandes variações de temperatura e umidade relativa
do ar. O conhecimento de todos os fatores que envolvem o bem-estar animal deve ser
levado em consideração, com atenção especial para o controle da homeostase, pois, o
desempenho produtivo e eficiência de utilização dos nutrientes ingeridos dependem
diretamente das condições ambientais fornecidas, que quando não atendida, afeta o
crescimento e desenvolvimento corpóreo dos animais. Portanto, faz-se necessário a adoção
de alternativas para melhorar o oferecimento de condições ambientais desejáveis para cada
espécie, independente da fase de criação, buscando sempre o melhor desempenho
produtivo e econômico dos animais. Este estudo de revisão bibliografica objetivou analisar
estudos inerentes às condições de conforto térmico ambiental e respostas fisiológicas e
zootécnicas em frangos de corte.

Palavras–chave: Ambiencia, Avicultura,

INTRODUÇÃO
Ao longo do século XX a produção de frangos cresceu no mundo todo, assim como
no Brasil. Essa expansão e o sucesso da avicultura brasileira se deve à combinação de
diversos fatores, incluindo a alta modernização das instalações, a nutrição balanceada, o
controle sanitário, a melhor ambiência e o melhoramento genético dos híbridos
comercialmente utilizados (Martins, 2013).
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de carne de frango no mundo,
ficando atrás apenas do Estados Unidos e China. O pico da produção brasileira aconteceu
no ano de 2020, atingindo 13,845 milhões de toneladas, destas 69% destinadas ao mercado
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interno e 31% para exportações, fazendo do país o maior exportador do mundo. Sendo, a
maior parte da produção concentrada nos três estados da região sul, responsáveis por
79,93% da carne de frango do Brasil, seguida do estado de Goiás que é o quarto maior
produtor, tendo atingido, no ano de 2020, 5,16% de toda a produção nacional (ABPA,
2021).
A produção é influenciada por diversos fatores, os quais incluem, instalações,
alimentação e manejo. Destes, a qualidade da água de bebida é de suma importância para
a produção avícola eficiente uma vez que, as aves em produção comercial, possuem uma
alta demanda de água, a qual está diretamente relacionada ao seu desenvolvimento e bem-
estar (Boyd et al., 2020).
O grande desafio da ambiência é conseguir que ambiente interno não seja agressivo
ao animal ou trabalhadores e esteja sempre identificando futuras questões que possam vir
a causar problemas produtivos, mesmo antes que estes comecem a existir.
A instalação onde as aves são criadas em sistema intensivo, influencia diretamente
a condição de conforto térmico e consequentemente o bem-estar animal. Caso não seja uma
instalação adequada e com todos os mecanismos de aquecimento/resfriamento
funcionando, pode promover uma dificuldade na manutenção do balanço térmico no
interior das mesmas e na expressão de seus comportamentos naturais, afetando o
desempenho produtivo das aves (Sakamoto et al., 2020).
O sucesso da atividade de produção de frangos de corte, está altamente relacionado
com o nível de conforto térmico no interior de instalações avícolas. Aves apresentam menor
produtividade e performance geral, incluindo os principais indicadores avaliados em uma
criação, quando em situações de excesso de frio e/ou de calor, podendo ocorrer situações
extremas, como o acréscimo da mortalidade dos lotes. Em função disso é fundamental que
ser conheça os níveis térmicos que são considerados confortáveis e adequados ao máximo
potencial de produção das aves de corte em cada uma das usas diferentes fases de
desenvolvimento (Mansilha et al., 2019).
O frango de corte é um animal com capacidade de termorregulação reduzida, e é
bem mais sensível as situações de calor do que ao frio. Sendo assim, o calor gerado no
processo da digestão, absorção e metabolismo dos nutrientes, que é conhecido como
incremento calórico, pode afetar sua produção (Zaboli t al., 2019). Existem diferenças entre
os alimentos em relação aos níveis de incremento calórico. A proteína e a fibra
proporcionam maior incremento calórico durante o metabolismo, quando são comparadas
à gordura e ao amido, podendo então assim, aumentar a temperatura interna dos frangos de
corte, prejudicando o seu desempenho. (Musigwa et al., 2021).
O objetivo deste trabalho é revisar as informações científicas disponíveis sobre o
uso de tecnologia aplicadas em ambientes de criação sobre a termorregulação nas aves.

TERMORREGULAÇÃO NAS AVES

As aves são animais homeotermos, ou seja, conseguem manter a temperatura


corporal dentro de uma estreita faixa. Para que isso ocorra, em situações de estresse, esses
animais podem lançar de adaptações comportamentais, como por exemplo, abertura de
asas, dispersão ou agrupamento em relação aos outros animais (CASSUCE, 2011). Quando
em estresse calórico, diminuem a ingestão de alimentos como meio de dissipar o calor, o
que pode ser observado principalmente por alterações na frequencia respiratória e
temperatura da cloaca com consequente diminuição no aproveitamento de nutrientes da
dieta pelo organismo.

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A temperatura de conforto térmico varia de acordo com a idade das aves. Aves em
fase iniciais possuem pouco empenamento, seu centro termorregulador não está totalmente
desenvolvido e perdem calor facilmente para o ambiente, necessitando de temperaturas
ambientais maiores. À medida em que as aves crescem aumenta a produção de calor gerado
pelo seu corpo, o desenvolvimento do centro termorregulador e empenamento estão
completos, e há uma dificuldade de perder calor, sendo necessárias temperaturas menores
para conforto térmico (LOPES; RIBEIRO; LIMA, 2015).
A ave perde calor corporal pelas chamadas trocas sensíveis, que são as perdas por
condução, convecção e radiação. Recebem esse nome pois, para ocorrerem, dependem de
uma diferença de temperatura entre a superfície corporal das aves e a temperatura ambiente.
Sendo o mecanismo dependente de uma diferença de temperatura, sabe-se que quanto
maior for essa diferença, mais eficientes serão essas trocas (FURLAN et al., 2001).
A zona de termoneutralidade possui duas regiões extremas de temperatura, sendo
uma critica inferior e superior. Abaixo da temperatura critica inferior, o animal inicia o
processo de estresse por frio e acima da superior, sofre por calor. O limite da temperatura
pode variar em função da adaptação do animal ao frio e ao calor, tempo de exposição, nivel
de produção e intensidade da atividade fisica.
A termorregulação completa é alcançada quando as aves são capazes de manter a
temperatura corporal constante, mesmo que no ambiente ocorra variações de temperatura.
As exigências térmicas mudam com a idade, sendo que o estresse pelo frio ocorre apenas
nos pintos e nos animais adultos o estresse por calor. O melhor indicador das condições de
conforto térmico em um ambiente de criação é o próprio comportamento do animal, pois a
alteração do mesmo indica a necessidade de adequação das condições térmicas do sistema
de aquecimento ou resfriamento do ambiente. Aglomerações podem indicar necessidade
de melhor aquecimento, já espaços vazios e/ou bicos abertos, aumento da taxa respiratória,
pescoços e asas estendidas indicam altas temperaturas no ambiente.

ESTRESSE POR CALOR EM FRANGOS DE CORTE

O frango moderno tem pouca capacidade de termorregulação, sendo bem mais


sensível ao calor do que ao frio. Na fase final, frangos de corte expostos a altas
temperaturas, apresentam elevação na temperatura cloacal e de superfície corpórea (HAN
et al., 2010), e começam a apresentar sinais que são característicos de troca de calor.
São alguns sinais apresentados pelas aves para aumentar a troca de calor:
agachamento, manutenção das asas afastadas do corpo, para aumentar a área de superfície
corporal ao máximo, e também o aumento do fluxo de calor para as regiões periféricas do
corpo (crista, barbela, pés), por não possuírem cobertura de penas (crista, barbela e pés)
(FURLAN et al., 2001).
O elevado estresse térmico por calor na ave leva ao aumento drástico em sua
frequencia respiratória, com objetivo de perder água para o ambiente e consequentemente
calor pelas vias respiratórios, na forma de dissipação de calor latente. Em frangos de corte
a frequencia respiratória em conforto térmico e aproximadamente 25 movimentos por
minuto, porem, quando submetidos ao estresse agudo, aves podem ter sua frequencia
aumentada para 250 por minuto, podendo dar origem ao desenvolvimento de alcalose
respiratória, pois, devido a hipeventilação ocorre a redução do dióxido de carbono no
sangue e consequentemente aumento do pH sanguíneo.

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Em situações extremas na redução na capacidade de perder calor, aliado a exposição
das aves em temperaturas agudas extremas, entram em quadro de hipertermia, podendo
elevar a taxa de mortalidade na produção (SILVA et al., 2007)
Aves no período final de produção (35 a 42 dias de idade) quando exposta a
temperaturas acima do limite critico superior aumentam consideravelmente o consumo de
água, ficando sua sobrevivência dependente do volume de água consumido nesse período,
além da diminuição consecutiva do consumo de alimento com objetivo de diminuir o
incremento calórico gerado pela digestão dos nutrientes da dieta, porém, com decréscimo
na produtividade, pois a energia ingerida via alimentação estará sendo encaminhada para
os processo de manutenção da temperatura corporal e não para produção de carne e ovos.

ESTRESSE POR FRIO EM FRANGOS DE CORTE

Nas primeiras semanas, pintos de corte são mais sensíveis a situação de estresse,
principalmente o estresse térmico, já que não possuem o sistema termorregulador
totalmente desenvolvido. Essa incompetência termorregulatoria afeta o comportamento das
aves em ambientes com temperatura abaixo da zona de conforto, induzindo o agrupamento
na tentativa de reduzir a perda de calor corporal com ambiente. Quando submetidas ao
estresse por frio, as aves buscam se manter agrupadas, com a tendência de diminuir a
frequência de idas ao comedouro e bebedouro, o que, por conseguinte, afeta o desempenho
produtivo até a idade de abate.
Devido o emprego maciço de material genético oriundo de clima temperado, as aves
tem capacidade responsiva melhor ao frio. As penas influenciam nas perdas de calor, sendo
um bom isolante térmico para o frio, mas não tão eficiente no estresse por calor.
Quando os animais adultos ou em crescimento, entram em zona de estrese por frio,
geram incremento calórico, ou seja, mantém o consumo de alimento, porém a energia que
serviria para aumento de deposição de tecidos muscular para desenvolvimento da carcaça,
é utilizada em grande parte para mantença, reduzindo assim o desempenho.
Em pintos e animais jovens com uma semana de vida, o estresse por frio causa
queda ou até mesmo inibição do consumo de alimento, tendo assim que gastar suas reservas
para a termogênese influenciando diretamente de forma negativa o desenvolvimento
anatômico-fisiológico. Essa situação será refletida durante toda a vida dos animais, pois o
desenvolvimento retardado na fase inicial resulta em queda de produtividade,
desuniformidade dos lotes, perda de peso e piora na conversão alimentar, podendo ainda
evoluir para quadros de ascite, que é uma patologia que retarda o desenvolvimento e eleva
a mortalidade (ALMEIDA, 2010).
Animais mais jovens tem mais dificuldade de manter a temperatura corporal que se
comparado aos animais mais velhos, e perdem calor muito rapidamente também pela não
presença das penas que funcionam como um isolante térmico, conforme visto na figura 1.

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Figura 1: Imagem termográfica em frangos nas fases: inicial, intermediária e final
Fonte: Do autor, 2020

Os sinais clínicos da ascite, doença que está diretamente relacionada ao estresse por
frio, são caracterizados por anorexia, perda de peso, respiração ofegante e imobilidade,
apresentando-se assim como um quadro clínico mórbido. A circulação é reduzida assim
como o aporte de oxigênio para as extremidades, gerando assim canelas desidratadas, sem
brilho e as barbelas e crista om coloração cianótica. Geralmente a aves se apresenta
deprimida com penas arrepiadas, é observado também anorexia e adipsia. Em casos mais
evoluídos da patologia, percebe-se a presença de líquido na cavidade abdominal, com
dilatação do abdômen, comprimindo vísceras e levando a ave à morte (GONZALES;
MACARI, 2000).

SENSAÇÃO TÉRMICA

Sensação térmica é a forma com que os sentidos das aves percebem a temperatura
do ar. Ela é resultado da interação entre a temperatura de bulbo seco, umidade relativa do
ar e velocidade do ar. A umidade e velocidade do ar interferem na perda de calor pela ave.
Quando o ar circula pela pele da ave, acaba retirando calor, portanto quanto maior a
velocidade do ar maior, a perda de calor e sensação de frio (PAULINO et al., 2019).
A água, para evaporar, necessita de calor. Quando a água presente na superfície do
animal evapora, também retira o calor e diminui a temperatura. Porém quanto maior a
umidade presente no ar, mais difícil é a ocorrência da evaporação e consequentemente a
retirada deste calor. Neste caso quanto maior a umidade do ar maior a sensação de calor
(PAULINO et al., 2019).
Existem várias formas das aves, perderem trocarem calor com ambiente, as quais
podem ser divididas em formas sensíveis ou latente. As formas sensíveis ocorrem
naturalmente, sem gasto de energia, quando existe uma troca de calor com o ambiente
através de um diferencial de temperatura.
Dentre as formas sensíveis segundo Furtado, Azevedo e Tinôco (2003), temos:
Radiação – é a troca de calor através de ondas eletromagnéticas, que ocorre quando a ave
emite calor para um ambiente mais frio; Condução – é a troca de calor devido ao contato
direto do corpo da ave com superfícies. É realizada através do contato do pé ou peito do
frango em superfície mais fria ou mais quente que seu corpo. A temperatura da cama tem
aspecto fundamental nesta troca; Convecção – é a transferência de calor devido ao
movimento de ar na superfície da pele.
Quando o ar passa entre as penas e corpo da ave, arrasta junto com ele o calor. Esta
troca ocorre quando temos correntes de ar no aviário, ou quando usamos ventiladores ou
exaustores aumentando a velocidade do ar. É uma das formas mais eficientes de perda de
calor conforme visto na imagem termográfica da figura 2.

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Figura 2: Diferença na temperatura de superfície corporal e da instalação com ventilação
utilizada na velocidade de 1,75 metros por segundo e a 3 metros por segundo.
Fonte: Do autor, 2020

A forma de troca de calor latente inicia a partir do momento em que as formas


sensíveis já não são suficientes para manter a temperatura corporal ideal. Nessa troca, a
perda de calor para o ambiente ocorre através da evaporação da água eliminada na
respiração das aves. Nesta situação, as aves abrem o bico e aumentam a frequência
respiratória, a fim de lançarem o maior volume de ar e consequentemente de vapor de água
no ambiente. Devido ao esforço físico exigido, a forma latente, necessita de um grande
gasto energético para ocorrer (BRIDI, 2010).

HORMÔNIOS E TERMORREGULAÇÃO

Diversos hormônios estão envolvidos quando o animal se encontra em estresse


térmico, entre eles o adrenocorticotrópico (ACTH), glicocorticóides (cortisol e
corticosterona), catecolaminas e prolactina, onde a produção central do hormônio liberador
de corticotropina (CRH) resulta em ativação de componentes periféricos do eixo
hipotalâmico-hipofisário-adrenal, conduzindo ao aumento do ACTH e cortisol, bem como
a ativação do sistema nervoso simpático com o aumento na liberação de glicose, na
freqüência cardíaca e pressão sangüínea (Mostl e Palme, 2002).
A glândula adrenal desempenha papel importante nessa reação hormonal em
animais que não estejam em homeostase, sendo responsável pela produção de hormônios
esteróides, importantes para a adaptação às condições adversas proporcionada pelo
estresse, como cortisol, corticosterona, esteróides sexuais e aldosterona, além da
noradrenalina e adrenalina (Andersson&Jonasson, 2006).
Os hormônios cortisol e corticosterona representam o principal produto da secreção
hormonal na glândula adrenal, possuindo como regulador de sua secreção o ACTH (adeno-
hipófise), este por sua vez estimulado pelo CRH (hipotálamo). Sendo assim, aumentos nas
concentrações plasmáticas de ACTH ou cortisol são frequentemente utilizados em estudos
para avaliar o nível de estresse que o animal sofre a partir de um estressor externo (Breuner
e Orchinik, 2002).
O animal em situações de estresse aciona rapidamente respostas da glândula
adrenal, resultando em aumento na produção de glicocorticóides e catecolaminas. Esse
aumento na produção de hormônios representa o primeiro mecanismo de defesa do sistema
endócrino para proteger o organismo contra as condições estressantes, visto que os
glicocorticóides aumentam a aptidão para a mobilização de energia e possível mudança
comportamental (Breuner e Orchinik, 2002; Mostl e Palme, 2002).

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NUTRIÇÃO E TERMORREGULAÇÃO

Para o aproveitamento eficiente da energia e nutrientes disponibilizados via


alimentação, os animais devem ser mantidos em condições climáticas favoráveis, o qual se
localiza na Zona de Conforto Térmico, proporcionando ao animal estabilização constante
da temperatura interna corporal média com a mínima utilização de mecanismos
termorregulatorios.
O estresse térmico representa um desafio crescente para a produção de aves em todo
o mundo, uma vez que os frangos são muito sensíveis à alta temperatura ambiente. A
temperatura ambiente faz com que a temperatura corporal aumente e induza ao estresse
oxidativo. Promover o desenvolvimento de termotolerância em frango seria, portanto, uma
abordagem oportuna para lidar com esse desafio.
Existem diferentes abordagens para mitigar o problema do calor em aves, incluindo
ajuste de ventilação, mistura de fator genético de animais mais resistentes,
condicionamento epigenético e intervenções dietéticas.
Algumas estratégias nutricionais podem ser tomadas para tentar minimizar as
perdas na produção decorrentes do estresse por calor ou frio: alteração na forma física da
ração por meio do processo de peletização ou extrusão, manipulação da proteina e energia
da dieta, utilização de antitérmicos, ácido ascórbico, eletrólitos manejo do arroçoamento e
manejos da água de bebida.
O incremento calórico, que é o calor gerado pelo processo de digestão, absorção e
metabolismo dos nutrientes podem afetar sua produção. Proteínas e fibras proporcionam
maior incremento calórico durante o metabolismo em comparação com a gordura e o
amido, o que podem aumentar a temperatura interna do animal e prejudicar seu
desempenho.
Uma alternativa para minimizar os problemas de estresse, principalmente por calor
em frangos de corte, é manipulação de nutrientes com a redução dos níveis de proteína
bruta das rações, sem comprometimento dos níveis de aminoácidos essenciais limitantes,
de forma a resultar em melhor balanço aminoacidico permitindo melhor utilização desses
nutrientes.
Alguns aminoácidos livres são reconhecidos como biomarcadores de estresse por
calor, uma vez que são significativamente afetados pelo estresse por calor. Esses
aminoácidos livres desempenham um papel crítico na termorregulação, bem como na
redução da temperatura corporal de pintinhos sob estresse térmico. A Leucina (Leu)
demonstrou desempenhar papeis críticos na regulação fisiológica, incluindo síntese de
proteina, na redução de danos musculares e na atividade metabólica de glicose e lipídios.
A administração in ovo de Leu (35 umol/ovo) com sete dias embrionário causou hipotermia
na eclosão, e proporcionou termotolerância em frangos de corte jovem sob a temperatura
ambiente.
As alterações celulares induzidas pelo estresse térmico podem levar a varias
adaptações neuroendrocrinas, fisiológicas e imunológica, incluindo a modulação do
metabolismo de lipídios e glicose. O fígado é um tecido altamente metabólico e
desempenha um papel vital na digestão, metabolismo, imunidade e armazenamento de
nutrientes, bem como a desotoxicação. O fígado é reponsivo e suceptivel ao estresse
térmico alterando o metabolismo de lipídios. Morinda citrifolia (Noni) demonstrou
aumentar a capacidade antioxidante hepática, melhora a homeostase lipídica e protege o
fígado de estressores ambientais e químicos.

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O uso de probioticos e prebioticos é justificada como interverção dietética por
melhora a saude intestinal, que é um dos principais fatores que influenciam a
vulnerabilidade de frangos por calor. Um dos principais sintomas fisiológicos por estresse
térmico é a disbiose da microbiota intestinal, que traz pressão imediata à integridade
intestinal. Estudos têm demonstrados que o uso de probioticos in ovo tem mitigado a
resposta imune induzida e o estresse oxidativo do baço em frangos sobre estresse térmico
por calor, além de modular o perfil de acido graxo no músculo do peito dos frangos.
Estudos têm demonstrado o uso de enzimas no auxílio da termorregulação de aves,
um exemplo é a fitase, que tem como uma das funções liberar minerais, entre eles o Zinco,
que é utilizado em algumas dietas com o objetivo de minimizar os efeitos do estresse
causado pelas altas temperaturas e com isto as aves podem ter um melhor aproveitamento
dos nutrientes em situação de estresse, amenizando as perdas, principalmente energética.

CONCLUSÃO

O controle da ambiência das instalações de confinamento onde os frangos de corte


passam todo o período de vida é fundamental para uma produção de sucesso. Controlar a
sensação térmica dos animais, balancear temperatura e umidade, oferecer a temperatura
ideal desde o alojamento dos pintos de 1 dia, que necessitam de ambientes aquecidos até
as aves em fase final que necessitam de resfriamento, é fundamental para expressão
máxima do potencial das aves alojadas em índices zootécnicos como conversão alimentar
e ganho de peso.
A não manutenção das temperaturas ideais durante a vida dos animais alojados,
acarretam em grandes prejuízos financeiros para os produtores, pois a ambiência está
diretamente ligada a performance animal, e é um dos principais fatores responsáveis pelo
sucesso de uma criação de frango de corte, alinhado a sanidade, genética e mão-de-obra.

AGRADECIMENTOS

Ao Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia Goiano (IFG) - campus


Rio Verde/GO e ao laboratório de Bioquímica e Metabolismo Animal.

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