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Rio Largo, AL
2017
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WILSON ARAÚJO DA SILVA
Rio Largo, AL
2017
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SUMÁRIO
Introdução...................................................................................................................................4
Manejo antes da chegada dos pintinhos......................................................................................4
Instalação dos equipamentos no galpão......................................................................................9
Manejo na chegada dos pintinhos.............................................................................................12
Manejo do 1° do 12° dia...........................................................................................................13
Manejo do 12° dia à saída do lote.............................................................................................22
Manejo na saída do lote............................................................................................................24
Referências bibliográficas.........................................................................................................26
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INTRODUÇÃO
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desinfecção durante a sua permanência nas instalações, além disto, as instalações e
equipamentos utilizados na avicultura facilitam o acúmulo de matéria orgânica durante todo o
período produtivo. Os procedimentos de limpeza visam a remoção deste material pois a matéria
orgânica serve de proteção aos microrganismos, atuando como barreira para a ação dos
desinfetantes ou ainda promovendo sua inativação (BURBARELLI, 2016).
Nesta primeira etapa, deverá ser realizada a limpeza e a desinfecção das instalações e
dos equipamentos. Para que ocorra a desinfecção de forma eficiente, antes, será necessária uma
limpeza adequada do ambiente em que as aves serão inseridas, pois se a matéria orgânica
prevalecer após a limpeza, o desinfetante poderá ter sua eficiência reduzida ou até mesmo
anulada. A água quente é mais eficiente do que a água fria, e deve ser aplicada com pressão
suficiente para a máxima remoção de sujeiras de locais de difícil acesso. Não é aconselhável
misturar detergentes, pois pode-se inativar ou diminuir o mecanismo de ação de ambos. Por
exemplo, a eficiência de compostos de amônia quaternária é reduzida por sabões e detergentes,
mas pode atuar em consórcio com o fosfato-trisódico e a soda cáustica (LANA, 2000).
Após a retirada do lote, deve-se realizar a limpeza seca, que consiste na retirada de todos
os equipamentos do galpão, retirada da cama e varrição das instalações. Prossegue-se então
com a limpeza úmida, onde é realizada a umidificação do galpão e posterior lavagem com água
sob alta pressão. Todos os equipamentos utilizados no galpão (bebedouros, comedouros, baldes,
botas, bandejas, e demais utensílios) devem ser lavados também com água sob alta pressão.
Para a limpeza, é recomendada a utilização de detergente alcalino, seguida da utilização de
detergente ácido em solução de 4% sobre todas as superfícies (teto, paredes, piso, cortinas)
internas e externas, objetos e equipamentos (BURBARELLI, 2016). O aviário deverá ser
desinfetado utilizando desinfetantes à base de: amônia quaternária, glutaraldeído, formol, cloro,
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iodo, cresol ou fenol. É importante fazer o rodízio periódico do princípio ativo do desinfetante
utilizado (JAENISCH, 2006).
Existem fatores que podem influenciar a ação do desinfetante, e como já mencionado,
deve-se atentar para a higienização das instalações antes da aplicação. Dentre eles, podem ser
citados: o coeficiente fenólico do produto, que indica o poder germicida de um desinfetante,
quando comparado ao fenol; a diluição na qual o desinfetante é usado; a temperatura, já que
alguns desinfetantes são mais eficientes em temperaturas mais altas; o modo de aplicação e o
tempo de exposição. Devem ser observados alguns pontos importantes na escolha do
desinfetante, a saber: ter alto poder germicida; não ser tóxico para o homem e para os animais;
deve ser efetivo na presença de quantidade moderada de matéria orgânica; ser não-corrosivo e
não ter poder residual de cloração; ser solúvel em água; ter poder de penetração; de preferência,
ser inodoro; e ter baixo custo (LANA, 2000).
Revisão do galpão
Segundo Lana (2000) é no manejo que antecede a chegada dos pintinhos que devem ser
realizadas todas as prevenções contra as pragas que podem acometer as instalações (insetos e
roedores, por exemplo), e realizar a manutenção dos equipamentos, revisão de telas, cortinas e
telhados, com a finalidade de detectar e corrigir qualquer problema impossível de ser
solucionado antes do início da criação, nesse sentido, seguem os principais pontos a serem
observados:
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• Cortinas
Normalmente o material utilizado para a cortina é a ráfia, a qual deve ser fixada na parte
superior do galpão, no nível da mureta. O manejo de cortinas é alterado a depender da região,
se fria ou quente, em regiões ou épocas frias do ano, além das cortinas externas, devem ser
instaladas cortinas internas para manter a temperatura ideal para a chegada dos pintinhos.
• Cama do aviário
A cama do aviário é de fundamental importância para as condições de sanidade e bom
desenvolvimento do lote. Além da boa qualidade, ela deve cobrir o piso do galpão por completo
apresentando uniformidade. No verão, é indicado uma altura de 5 a 8 cm e no inverno de 8 a
10 cm. É de grande relevância observar as condições de cama atentando para a formação de
placas e partes úmidas, causadas pelo acúmulo de fezes e água proveniente dos bebedouros. Ao
observar esses “cascões”, deve-se removê-los e adicionar material novo ao local retirado, além
de revolver a cama nas horas mais amenas do dia, mantendo assim o local sempre seco e fofo.
Para que uma cama seja considerada de boa qualidade, ela deve apresentar as seguintes
propriedades: partículas de tamanho médio e homogêneas; boa capacidade de absorção;
liberação inicial de umidade absorvida; baixa condutibilidade térmica; capacidade de
amortecimento; umidade em torno de 20 – 25%; ausência de fungos e/ou substâncias tóxicas;
baixo custo e boa disponibilidade.
Existe uma diversidade de materiais que podem ser utilizados para a formação da cama
do aviário, sendo que alguns apresentam características mais ou menos favoráveis à criação. Os
principais são: sabugo de milho triturado; maravalha (de preferência macia e sem cheiro); casca
de café ou de amendoim (risco de aspergilose); bagaço de cana (deve ser bem lavado e prensado
para a remoção de todo o açúcar, que se configura como meio de proliferação de
microrganismos); capim-napier desidratado e triturado; e a casca de arroz. Na criação de
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frangos de corte, a cama pode ser reutilizada em um novo lote, mas para isso deve-se tomar
algumas precauções: caso tenha ocorrido problemas sanitários no lote anterior, a cama não
poderá ser reutilizada; os pintinhos deverão ser alojados em cama nova. A cama velha deverá
ser preparada e desinfetada da seguinte forma para a chegada de um novo lote: após esvaziar o
galpão e ter deixado só a cama já utilizada, é necessário deixar o galpão aberto para ventilação;
retirar as placas formadas por empastamento; passar vassoura de fogo para a queima de penas;
se possível, remover a cama do galpão e amontoá-la em outra instalação para que sofra
fermentação; para facilitar a fermentação, caso a cama esteja seca, deve-se umedecê-la até que
atinja uma umidade de 35 a 40%; após um período ideal de 21 dias de fermentação, a cama
deverá voltar ao galpão já limpo e desinfetado, e então prosseguir com a utilização de algum
agente desinfetante (cal, por exemplo) sobre a cama, até que ela atinja umidade de 20 a 25%.
Figura 6. Bagacinho de cana. Figura 7. Sabugo de milho triturado. Figura 8. Casca de arroz.
- Círculos de proteção: têm como função proteger os pintinhos das correntes de ar e limitar a
área disponível a estes, para que fiquem próximos as fontes de água, ração e aquecimento. Na
montagem são usadas chapas de eucatex, duratex, compensado ou folhas metálicas. A altura do
círculo varia de 0,40 a 0,60 m e num diâmetro de três metros é possível alojar 500 pintinhos
(LANA, 2000).
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- Sistemas de aquecimento: pode ser a através de campânulas a gás, elétricas ou aquecedores
infravermelhos, estes sendo utilizados nas criações de frangos com equipamentos definitivos.
Onde o inverno é intenso, é recomendada a associação com alguns aquecedores. Antes da
chegada dos pintos já deve-se ligar o sistema de aquecimento, pelo menos três horas antes, o
qual deverá ser mantido até os 15 – 20 dias de vida das aves, sempre de acordo com as variações
ambientais que deverão ser registradas. Pode-se fazer o controle da temperatura através de um
termostato ligado à campânula, com um termômetro a 5 cm acima da cama e a 30 cm da lateral
interna do círculo de proteção, e subindo ou descendo a campânula de acordo com o
comportamento dos pintos (LANA, 2000).
- Água: deve ser limpa, descontaminada e estar à disposição das aves a todo momento. É
necessário um bom armazenamento de água na granja para o caso de qualquer problema no
fornecimento normal. A temperatura ideal da água fornecida ao frango deve ser de 10 a 12°C,
pois valores muito superiores ou inferiores, diminuirão o consumo e o ganho de peso da ave.
Nesse sentido é importante a instalação de medidores de água em todos os aviários e o registro
do consumo diário de água, afim de identificar antecipadamente condições de estresse, doenças
e fatores ligados à alimentação, como a qualidade da ração (LANA, 2000).
Existem diversos tipos de bebedouros de acordo com a fase e o nível tecnológico da
criação. Alguns deles são apresentados a seguir: Bebedouro tipo pressão com boia satélite (100
pintinhos); Bebedouro pendular (100 aves); Bebedouro tipo nipple (15 aves); Bebedouro tipo
calha (2,5 cm/ave); Bebedouro tipo boia satélite (100 pintos).
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Figura 11. Tipos de bebedouro (Pressão,
pendular e nipple).
Figura 16. Transporte rodoviário. Figura 15. Disposição das grades com
pintinhos.
Os horários de entrega das aves devem programados de acordo com o clima da região
de destino, por exemplo, se o destino for uma região de clima tropical, devem chegar ao destino
de madrugada, que é o horário mais frio. Em épocas quentes, também é recomendado que haja
uma diminuição da carga para que haja maior possibilidade de ventilação no interior do veículo.
Os motoristas devem ser preparados antes da viagem, tendo em vista a importância da
carga que estarão a transportar. Eles deverão ser responsáveis por manejar o caminhão de tal
forma que, diante de imprevistos, possam manter o bem-estar das aves. Outro cuidado
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importante é não mandar pintos provenientes de ovos pequenos para longas viagens longas e
evitar ventilação excessiva no transporte de pintos pequenos, pois provocará desidratação e
mortalidade na fase inicial, e consequentemente aumentar o número de refugos do plantel
(LANA, 2000).
Imediatamente após a chegada dos pintinhos, deve-se observar a qualidade dos mesmos,
onde devem se apresentar bastante ativos, ter olhos brilhantes, tamanho e cor uniformes. Caso
haja desuniformidade, os menores deverão ser alojados separadamente. As canelas devem ser
lustrosas, brilhantes e sem deformidades. A plumagem deve ser seca e macia e a cloaca não
deve apresentar empastamento. Antes de acomodá-los na instalação, é necessário checar se água
e ração estão bem distribuídas e disponíveis. É importante determinar a hora de chegada dos
pintos e preocupar-se em descarregar o mais rápido possível, devido a desidratação que
ocasionará em mortalidade inicial acima do normal e reduzirá o crescimento final (LANA,
2000).
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informações sobre o peso médio e uniformidade. As caixas vazias devem ser removidas
rapidamente do aviário e queimadas (LANA, 2000).
Controle de temperatura
É a fase que mais deverá receber atenção frente à manutenção do ambiente termo-
confortável. O controle de temperatura deverá ser feito de forma rigorosa, fornecendo uma boa
fonte de aquecimento nos primeiros dias e, à medida que as aves crescem, a zona de conforto
térmico das aves exige uma menor temperatura ambiente. Na primeira semana, a temperatura
ideal é de 32°C e a cada semana deve-se reduzir três graus até a quinta semana. Devido às
variações climáticas, deve-se manejar o sistema de aquecimento de acordo com a temperatura
interna do galpão. É isto que irá determinar com quantos dias as aves estarão com seu sistema
termorregulatório atuando de forma eficiente e independente do sistema de aquecimento
artificial. Nas épocas mais frias, é importante que os comedouros e bebedouros sejam
posicionados próximos às campânulas para evitar quedas no consumo de alimento e água
(LANA, 2000).
À medida que os pintinhos vão crescendo e ganhando peso, é necessário aumentar o
diâmetro do círculo de proteção a partir do 3° dia, e aumentar o número de comedouros e
bebedouros. A partir do 10° dia o círculo já poderá ser retirado. É interessante colocar em cada
círculo um comedouro tubular e um bebedouro pendular, dessa forma os pintinhos já começam
a se adaptar aos novos equipamentos e também diminuem o estresse (LANA, 2000).
Outro ponto que deve ser observado e que é muito importante, é o comportamento das
aves. É a partir do comportamento que deverão ser realizadas as alterações devido às possíveis
falhas no manejo. Quando os pintinhos estão amontoados no centro abaixo da campânula, é
sinal de que estão com frio. Nesse caso, o procedimento a ser realizado é o de abaixar a
campânula. Se eles estiverem espalhados nas extremidades do círculo, significa que estão
sentindo calor excessivo, deve-se então subir a campânula. Caso as aves estejam com o bico
aberto e as asas estendidas, deve-se desligar as campânulas e abaixar um pouco as cortinas para
melhorar a ventilação. Caso os pintinhos estejam amontoados em um dos lados do círculo é
sinal de presença de corrente de ar. O indicador de que o sistema de aquecimento está sendo
eficiente no que diz respeito a termoneutralidade das aves, é quando elas estão distribuídas
uniformemente em toda a área do círculo de proteção (LANA, 2000).
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Figura 18. Possíveis comportamentos dos pintinhos frente às variáveis
ambientais.
Manejo de cortinas
As cortinas são manejadas de acordo com a temperatura ambiente, umidade e,
principalmente, de acordo com a idade das aves. É recomendado deixá-las levantadas, ou seja,
fechadas nos primeiros dias de vida, mantendo assim a temperatura, e nos dias mais quentes,
ela deverá ser baixa conforme o necessário. Caso o aviário esteja abafado ou cheirando a
amônia, deve-se abaixar, de preferência, o lado que não recebe vento, para que se realize a troca
de ar e as aves não sejam prejudicadas, esse procedimento é denominado ventilação higiênica
(LANA, 2000).
Quando houver necessidade de revolver a cama, é necessário baixar as cortinas, com o
objetivo de evitar o excesso de poeira e gases no interior do galpão. Após o empenamento, que
configura idades menos críticas, as cortinas poderão ser levantadas nas horas mais frias do dia
ou em dias chuvosos. No entanto, é necessário sempre manter o bom senso e realizar o manejo
conforme o comportamento das aves e o ambiente em que elas estão inseridas. Durante o
inverno, em regiões frias, deve-se adotar cortinas laterais internas que serão manejadas em
conjunto com as externas, nos horários de frio intenso, ambas deverão ficar estendidas. Em
temperaturas amenas, deve-se manejar a cortina externa, e nas horas mais quentes do dia, a
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interna também poderá ser abaixada, buscando sempre o conforto dos animais e a retirada de
poeiras e gases nocivos do galpão (LANA, 2000).
Figura 19. Ajuste dos comedouros em função do tamanho corporal das aves.
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Figura 20. Ajuste de bebedouro tipo nipple em função do
tamanho corporal da ave.
Programa de luz
Segundo Lana (2000), existem vários programas de luz que podem ser adotados na
criação de frangos de corte, com o objetivo de estimular o consumo de alimento, melhorar o
crescimento e adaptá-los ao ambiente do galpão. O que vai determinar a aplicação de um
programa de luz é a região, a estação do ano e o manejo predeterminado pelo produtor. Os
programas mais utilizados na avicultura de corte são os seguintes:
• Fornecimento de 18 horas de luz por dia – acender às 4 horas e apagar ao clarear e
acender ao entardecer e apagar às 22 horas;
• Fornecimento de 20 horas/luz/dia – acender às 22 horas e apagar ao clarear;
• Luz diária, mais controle intermitente à noite – deixar uma hora no escuro e três horas
com luz;
• Luz 24 horas por dia;
• Somente luz natural.
Em regiões quentes no período do verão é aconselhável o fornecimento de luz à noite,
para compensar a possível diminuição do consumo das horas mais quentes do dia. A intensidade
de luz para as aves deve ser de 10 a 15 lúmens/m².
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Figura 21. Sistema de iluminação artifial.
Programa de alimentação
De acordo com Dessimoni (2011) o conjunto de dietas fornecidas a um lote de aves,
durante o período de criação, é chamado de programa de alimentação. Cada programa de
alimentação pode ser elaborado a partir de diferentes planos nutricionais, que são dietas
contendo diferentes níveis nutricionais (GRIEP JÚNIOR et al. 2017).
A alimentação das aves é responsável pela melhor resposta das aves e dentre os fatores
compõe a atividade, é a que se caracteriza por apresentar o maior custo. Normalmente são
formuladas rações semanais, que é a forma mais econômica de alimentação de frangos. Quanto
ao aspecto físico, ela pode ser peletizada, triturada ou farelada. Deve-se observar o tamanho do
pelete, no caso de rações peletizadas, de acordo com a idade da ave (LANA, 2000).
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Figura 22. Exigências de lisina digestível e energia metabolizável de frangos de corte em criação de 1 a 47 dias.
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mesmo comprimento que as de cobertura. As aves que apresentam empenamento precoce são
fêmeas, onde as penas primárias são maiores que as de cobertura. Para o ajuste dos
equipamentos (comedouros e bebedouros) deve-se levar em consideração o tamanho corporal
dos animais. Como os machos são maiores e as fêmeas menores, necessariamente precisam de
alturas diferentes para terem acesso à comida e água. Quando separados, é possível realizar uma
melhor regulagem dos equipamentos citados, além de permitir uma melhor proporcionalidade.
Ou seja, se houver um diferencial de 20% em relação ao peso corporal aos 35 dias, pode-se
deduzir que os machos consomem e bebem, no mínimo, proporção similar ou maior que as
fêmeas (LANA, 2000).
Tendo em vista este raciocínio, deve-se proporcionar 20% a mais de comedouros e
bebedouros para os machos em relação às fêmeas, quando separados e na mesma densidade/m².
À campo, recomenda-se aos criadores que onde antes se colocavam, por exemplo, 10 mil
frangos mistos, alojem então 9 mil machos ou 11 mil fêmeas. Caso seja necessário alojar em
uma única instalação frangos mistos e considerando que os sexos estejam em equilíbrio, o
manejo mais adequado é separar os animais em lote macho e lote fêmea com tela de arame com
altura de pelo menos 0,70 m. As proporções da área de instalação e equipamentos deverão ser:
55% para os machos e 45% para as fêmeas (LANA, 2000).
Densidade do alojamento
Segundo LANA (2000), a disponibilidade de área por frango dependerá de vários
fatores, tais como: nível tecnológico da criação; idade ao abate; clima e estação do ano. A
densidade de alojamento tem influência significativa sobre os frangos no final da criação em
relação a uniformidade, desempenho e qualidade. O aumento da densidade de alojamento
intensifica a pressão ambiental sobre as aves, o que pode reduzir drasticamente a lucratividade.
Logo, se for necessário um aumento da densidade, deve-se providenciar um aumento da
disponibilidade de equipamentos, como comedouros e bebedouros, bem como tomar os devidos
cuidados para manter a qualidade do ar. Em aviários abertos, a densidade de alojamento deve
ser de 30 a 34 kg/m² para pesos finais. No verão, ou em pesos finais acima de 2,5kg/ave, a
densidade de alojamento deve ser reduzida para 27kg/m².
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Densidade do alojamento em função do peso
Peso vivo (kg) Aves/m² Peso vivo (kg) Aves/m²
1,0 34,2 2,4 14,3
1,2 28,5 2,6 13,2
1,4 24,4 2,8 12,2
1,6 21,4 3,0 11,4
1,8 19,0 3,2 10,7
2,0 17,1 3,4 10,0
2,2 15,6 3,6 9,5
Fonte: Lana (2000)
Através da observação de indicadores ligados ao ambiente e ao animal, pode-se perceber
se a densidade está elevada, são eles: redução da taxa de crescimento, especialmente no último
período da criação; aumento da mortalidade; cama de baixa qualidade e subsequente aumento
de depreciação do frango; presença de hematomas; defeitos nas pernas; qualidade da carne;
condição da pele; empenamento pobre e falta de uniformidade.
Manejo sanitário
É de fundamental importância devido à alta densidade dos sistemas de criação intensiva
e às exigências nutricionais do frango de corte, logo deve-se evitar qualquer possibilidade de
doenças no plantel. O trânsito de pessoas, animais e veículos deve ser evitado nas proximidades
do galpão. Quando necessário, os visitantes deverão usar roupas limpas e calçados limpos
desinfetados, e realizar também uma desinfecção dos veículos e utensílios antes de entrarem na
granja. É recomendado o uso de pedilúvios e rodolúveis contendo produtos à base de amônia
quaternária ou fenóis nas diluições de acordo com o fabricante. O sistema mais indicado para a
criação de frangos é o chamado “tudo dentro, tudo fora”, ou seja, criar num mesmo galpão
apenas frangos da mesma idade (LANA, 2000).
Tem como objetivo minimizar os efeitos das doenças que as aves estão susceptíveis,
sendo que muitas delas podem ser prevenidas através do manejo correto. Um dos primeiros
sintomas que se apresentam quando surge alguma doença é a redução do consumo de ração ou
água. Dessa forma, é importante manter os registros diários do consumo de ração e água. No
caso de suspeita de alguma doença deve-se proceder com a amostragem do plantel para que
seja realizada a necropsia em laboratório para realizar o diagnóstico. Dessa forma, muitos
problemas relacionados às doenças podem ser minimizados o quanto antes (LANA, 2000).
Os programas de vacinação para frangos de corte variam de região para região e de
granja para granja, sendo de responsabilidade do médico veterinário determinar tal programa.
Dentre os princípios para a elaboração do programa estão: o conhecimento da incidência e
prevalência de doenças no país ou região específica; o conhecimento do estado sanitário da
granja e o perfil do de anticorpos dos lotes de matrizes. Em condições de bom manejo a única
vacina obrigatória é contra Marek, aplicada ainda no incubatório.
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Registros
Devem ser precisos, para que haja eficiência e efetividade no manejo das aves. A análise
e interpretação dos dados de produção são de fundamental importância para aumentar os níveis
de qualidade e produtividade, além de permitir o monitoramento da higiene e da sanidade do
lote. Da mesma maneira, esses procedimentos são essenciais para avaliar a eficiência de
qualquer alteração nas técnicas de manejo, nutrição e ambiente (LANA, 2000). Os registros
básicos de um lote de frangos de corte devem conter:
- Número inicial de aves, origem do lote, data e hora de chegada e qualidade dos pintos;
- Mortalidade diária, semanal e acumulada;
- Peso semanal para avaliação do desempenho final do lote;
- Quantidade e data de entrega de ração;
- Consumo de ração diário para cálculo das taxas de conversão alimentar;
- Consumo de água diário;
- Temperatura interna e externa;
- Umidade relativa e qualidade do ar.
É nesta fase que o frango de corte atingirá seu máximo potencial de desenvolvimento e,
em contrapartida, consumirá mais ração. Logo é necessário que se dê maior atenção ao ajuste
dos comedouros. A troca de equipamentos deverá ser de forma lenta e gradual a partir do
terceiro dia, onde os comedouros e bebedouros deverão ser ajustados com a finalidade de se
evitar desperdícios de ração e umidade na cama. Deverão ser mantidos sempre limpos, evitando
o acúmulo de ração, pó e excretas no fundo dos bebedouros. O programa de luz adotado é o
mesmo do início da criação, tendo o cuidado de manter às lâmpadas sempre limpas e verificar
diariamente se estão queimadas, substituindo imediatamente. Iluminação acima de 22
lúmens/m² pode deprimir o crescimento das aves e provocar canibalismo (LANA, 2000).
A cama deve ser manejada sempre removendo as partes empastadas substituindo-as por
material novo e deverá continuar a ser revolvida diariamente, sempre atentando para possíveis
vazamentos nos bebedouros. A ventilação adequada é muito importante para o desempenho e
bem-estar das aves, pois é ela que fornece o oxigênio, auxilia na regulação da temperatura e
umidade ambiente, bem como no controle de enfermidades, além de higienizar o ambiente com
a remoção dos gases nocivos em alta concentração (CO² e NH³). Basicamente, existem dois
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tipos de ventilação: natural (realizada através do manejo das cortinas, podendo ser afetada pela
vegetação próxima aos galpões) e forçada (uso de ventiladores). O uso da ventilação forçada
dependerá do caso específico de determinada região de clima mais quente. Além da ventilação,
existem outros sistemas que auxiliam no controle de temperatura no interior dos galpões, como
o sistema de nebulização direta sobre as aves e a aspersão de água no telhado (LANA, 2000).
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Figura 28. Incinerador.
Figura 29. Esquema de fossa séptica.
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número adequado vai depender das condições climáticas, devendo ser reduzido a fim de evitar
alta mortalidade no verão. Existem empresas que realizam a apanha e carregamento dos frangos
de forma mecânica, mas no Brasil a prática ainda é pouco utilizada.
No que se diz respeito ao transporte, os caminhões devem ser apresentados em perfeitas
condições e os engradados distribuídos de maneira adequada no veículo. A perda de peso
durante o transporte das aves está diretamente relacionada com o tempo de viagem, às
condições de aclimatação das aves no transporte, ao tempo de espera na plataforma e ao horário
do transporte (diurno ou noturno). Em torno de 4% de peso é perdido num período de quatro
horas sob temperatura ambiente (26 a 30°C). A fim de minimizar a perda hídrica, a temperatura
deverá estar entre 18 e 23° e as aves mantidas sob boa ventilação.
Figura 30. Correto manejo de apanha. Figura 31. Máquina de apanha mecânica.
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Consumo de Ração (CR) e da Conversão Alimentar (CA), na retirada do lote (LANA, 2000).
Assim são calculados:
CR = Consumo de ração do lote / Número de aves retiradas
CA = Consumo de ração do lote / Peso Vivo do lote
PM = Peso vivo do lote na retirada / Números de aves retiradas
VB = (Número de frangos retirados / Número de pintos recebidos) * 100
IEP = (PM (kg) * VB / IA (dias) * CA) * 100
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRIEP JÚNIOR, D. N. Evaluation of nutritional plans for meat quail. Semina: Ciências
Agrárias, Londrina, v. 38, n. 2, p. 821-830, mar./abr. 2017
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