Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2- LOCALIZAÇÃO: próximo ao Serviço de Alimentação, ou ainda berçário. A escolha do local deve ser baseada
nos seguintes fatores:
Maior afastamento possível das áreas de casos de doenças infecto-contagiosas (isolamento);
Maior afastamento possível das áreas de circulação do pessoal, pacientes, visitantes;
Máxima proteção contra a contaminação do ar;
ADMINISTRAÇÃO DAS UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO I 1
Proximidade do berçário;
Leis estaduais vigentes;
Próximo do serviço de Alimentação, para facilitar a supervisão e o abastecimento de gêneros;
Custo do funcionamento
4- ÁREA FÍSICA: a área calculada para o lactário é de aproximadamente 0,30m² por berço ou pediatria.
Sala de limpeza: 30% da área disponível;
Sala de preparo: 50% da área disponível;
Ante-sala: 20% da área disponível
5.2- SALA DE PREPARO: após limpeza, as mamadeiras, bicos, protetores e galheteiros limpos são recebidos
através de um guichê ou uma autoclave de passagem dupla. Os ingredientes são medidos e misturados; as
mamadeiras são preparadas e enchidas, rotuladas, recebendo bicos e protetores, arruelas, sendo submetidas ao
aquecimento terminal na autoclave, e por fim, esfriadas e colocadas no refrigerador;
6- CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO:
6.1- PISO: material impermeável e de fácil limpeza, cerâmica dura ou ladrilho vidro, cor clara, sem a existência de
ralos, até poderá existir, porém somente na ante-sala ou fora do lactário (no corredor), sifonados e com tampas
escamoteadas,
6.2- PAREDES: superfície dura, cerâmica ou azulejos, que são de fácil limpeza. Não deve haver saliências e beiras
nas portas e janelas a fim de evitar o acúmulo de sujeiras, evitando assim a contaminação. A pintura deve ser de
epóxi, que lavável, impermeável, durável, mas que exige pessoal especializado na sua aplicação.
6.3- PÉ DIREITO: o ideal recomendado é de 3,5m, com o mínimo de 1,50m de revestimento com azulejo, quando
não houver pintura. O teto deve conter laje caiada, para facilitar a manutenção da pintura periódica.
EQUIPAMENTOS: Feito de material durável, não corrosível, inquebrável, construído de maneira a facilitar a
limpeza de todas as peças. As instalações devem preencher as exigências do código sanitário.
6.5- VENTILAÇÃO:
Evitar que o ar contaminado de outras áreas seja levado para o lactário;
Que haja suprimento de ar bacteriologicamente puro;
Que haja suficiente troca de ar;
Que haja condições de trabalho e conforto, para os funcionários (temperatura, umidade, circulação de ar)
Para preencher esses requisitos, o sistema de ventilação do lactário deve ter as seguintes características:
Ser independente de qualquer outro sistema de ventilação do hospital;
Ter suprimento de ar, pelo sistema de exaustão (coifas para retirada de vapores)
O exaustor principal, na sala de preparo de fórmulas, deve estar próximo ao piso;
O ar de exaustão deve ser lançado para fora da sala, e não recirculando;
O sistema de exaustão deve ser usado juntamente com o sistema de suprimento, que deve ter a capacidade de
suprir de 12 a 15 mudanças de ar por hora.
Na sala de preparo não deve ter janelas. Caso existam deverão ser dotadas de tela e filtros.
O sistema de ventilação de área de limpeza e da ante-sala pode-se fazer parte do sistema de ventilação geral do
hospital;
Na sala de preparo é aconselhável o uso de ar condicionado com filtro absoluto, que retém 98% das partículas
do ar, retirando o vapor e calor da área. Cerca de 50% de umidade relativa deve ser mantida na sala de preparo
de mamadeiras. Dentro desta faixa eficaz de temperatura recomendada, haverá possibilidade da temperatura
variar entre 21ºC a 25ºC com umidade relativa de 14 a 18%.
6.6-ILUMINAÇÃO: 200 watts para sala de limpeza e preparo e 100 watts para ante-sala.
6.7- EQUIPAMENTO: É importante o uso de aparelho para esterilização terminal (autoclave) para a obtenção de
segurança bacteriológica. Deve ser embutido no piso ou com vão livre, pelo menos 50 cm acima do piso, facilitando
a limpeza. Os equipamentos devem ser os mais modernos e práticos possíveis, principalmente para lavagem de
material, mamadeiras, bicos e outros. O fogão não deve possuir forno, para facilitar a higiene do mesmo. São
indispensáveis a batedeira elétrica e balanças, com sensibilidade de 5 em 5g e 10 em 10g.
8- UNIFORMES: calça e blusa de mangas compridas com punho, gorro, sapatos, pró-pé, touca, máscara.
Separar a matéria-prima a ser utilizada por lotes de preparo, estando devidamente identificados com os dados
dos pacientes, retirando-se a quantidade suficiente para o preparo sem desperdícios. Em seguida, recomenda-se
a pesagem inicial do pó de acordo com os cálculos das receitas previamente realizados em balanças de precisão
e armazenamento em embalagens plásticas ou de papel fechadas até o momento da diluição, protegidos da
exposição ambiente e das oscilações de temperatura e da umidade relativa do ar;
Para a diluição, a qualidade da água deve seguir os padrões de potabilidade de água para consumo humano,
segundo a Portaria 2914 de 201127 quando se tratar de água filtrada, e a RDC 275 de 200528 quando se tratar
de água mineral, sendo indicada para pacientes com trato digestório íntegro e imunologicamente saudável.
Porém, para pacientes com afecções agudas e com alterações de trato digestório, recomenda-se água estéril;
Segundo as recomendações da FAO/OMS (2007)30, esta diluição deve ser feita com a água em temperatura
igual a 70°C, devido a estudos referentes aos riscos da presença de Cronobacter sp (Enterobacter sakazakii),
que pode levar ao desenvolvimento de enterocolite necrosante em recém-nascidos de alto risco e lactentes
menores de 6 meses de idade. Temperaturas da água entre 80°C e 90°C demonstram morte de microrganismos
patogênicos, mas levam à redução significativa do valor nutricional das fórmulas infantis, não sendo
recomendadas;
Recomenda-se que o preparo da fórmula infantil não deve exceder o tempo máximo de 30 minutos em
temperatura ambiente não climatizada, e 1 hora e 30 minutos em áreas condicionalmente climatizadas, com
temperatura de 20°C a 24°C e umidade de ar relativa de 50% a 60%.
Limpeza Mecânica: Aplicada a utensílios e partes de equipamentos, por exemplo, mamadeiras, bicos, copos,
arruelas, etc. A temperatura recomendada para o processo de lavagem de equipamentos como lavadoras é de
55°C a 65°C, e de 80°C a 90°C para enxágue (CVS, 05/2013).
11- DESINFECÇÃO DAS MAMADEIRAS: depois de lavadas, as mamadeiras podem ser desinfectadas por 2
métodos:
Desinfecção a frio: para hospitais pequenos com até 50 leitos, onde as mamadeiras, bicos, após o uso são
lavadas com água fria e escova de cerdas escuras, imersão em solução detergente e água morna (42ºC),
enxaguadas em água corrente. Os bicos esfregados com sal que remove os resíduos de leite, depois, lavados e
são imersos em solução bactericida (solução de Milton- hipoclorito de sódio a 1%), sendo dispensáveis o
enxagüe e fervura.
Desinfecção com autoclave (com calor): o mesmo processo, porém as mamadeiras sofrem operações de enxagüe
e calor. Na autoclave o vapor sob pressão alcança temperaturas superiores a 100ºC. A temperatura recomendada
é de 121ºC para:
o Tipo Francês: Caracteriza-se pela coleta de leite a domicílio. São estabelecidos horários prévios
para coleta e recolhimento do leite ao Banco que deve ser realizado no menor tempo possível. O
número de doadoras deve ser proporcional à demanda e o seu tratamento exige uma atualização
constante. Deve-se ter controle de:
o Tipo Brasileiro: Caracteriza-se pela coleta realizada no próprio Banco de Leite, que é uma unidade
isolada, integrada a um hospital de Pediatria e (ou) Maternidade. As doadoras comparecem para a
doação do leite. Não há serviço externo de coleta.
o Tipo Misto: É constituído de um Banco de Leite (tipo brasileiro) dotado de um sistema de coleta
externa (tipo francês). O veículo-coletor deve dispor de 3 áreas, no seu interior:
Referências:
Portaria MS/GM nº. 322, de 22 de maio de 1988 – Aprova as normas gerais que regulamentam as instalações e o
funcionamento dos Bancos de Leite Humano em todo território nacional.
RDC 63- Anvisa- 6 de julho de 2000- Aprova o regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para
a terapia de nutrição enteral.
Resolução da diretoria colegiada nº. RDC nº. de 171, de 4 de setembro de 2006: Regulamento Técnico para o
funcionamento de Bancos de Leite Humano;
Resolução - RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002: Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde;
Lactário nos estabelecimentos assistenciais de saúde e creches / Daniella dos Santos Galego ... [et al.]. -- São Paulo :
ILSI Brasil-International Life Sciences Institute do Brasil, 2017. -- (Série de Publicações ILSI Brasil: Força-Tarefa
Nutrição da Criança;