Você está na página 1de 42

UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL

Medicina Veterinária – Campus Realeza - Pr.


AVICULTURA (2ª parte)
Prof.º Antonio Carlos Pedroso

Manejo Pré alojamento Frangos de Corte


 O QUE DEVEMOS CONSIDERAR ANTES DE ALOJAR AS AVES???
• Queima de penas;
• Bomm tratamento de cama (ou pela
pel fermentação ou utilização da cal);
ca
• Controle de vetores;
• Limpeza
impeza das instalações e pátio.

Mas antes de pensar dentro do aviário... Tem muitas coisas fora do aviário para se
preocupar !!.

a) LIMPEZA DO SISTEMA HIDRÁULICO


HI
É necessário limpeza periódica da caixa d´água e das tubulações do aviário. A água suja e
contaminada pode tornar-se
se um veículo de agentes infecciosos com prejuízos zootécnicos
e com condenação de carcaças no abatedouro. Toda granja deve ter um reservatório
re
central (caixa d'água que abastece o aviário), protegido do sol, que comporte uma
quantidade de água suficiente para atender à necessidade das aves por no mínimo 24
horas no pico de consumo. A limpeza e a desinfecção do encanamento que leva a água ág
para o galpão e do reservatório central deve ser feita a cada 6 meses, e a limpeza das
linhas de bebedouros a cada saída de lote

.
Formação de Biofilmes
Durante o uso rotineiro das instalações pode ocorrer o acúmulo de material orgânico e
contaminação do sistema de fornecimento de água. Assim, o crescimento de algas,
deposição de minerais e sujidades ocorrem dentro das linhas de fornecimento de água,
propiciando um bom ambiente para os microrganismos se desenvolverem ou se manterem
viáveis, formando o biofilme. Em geral, todos os agentes de doenças infectocontagiosas,
que não dependem de contato direto para sua disseminação, podem ser veiculados pela
água, principalmente nos atuais modelos de exploração avícola onde a aglomeração de
indivíduos favorece a disseminação de doenças. Entre os agentes causadores de doenças
os vírus, as bactérias e os protozoários podem ser veiculados através da água e chegam à
água de várias maneiras. As bactérias contaminam a água principalmente pelas fezes,
material de expectoração e muco de animais domésticos e silvestres. A desinfecção com
cloro não eliminará o biofilme, somente desinfetará a água. Para remover o biofilme
recomenda-se uma lavagem regular das tubulações por sistema de “flushing” com uma
com alta concentração de cloro (acima de 10ppm), período de no mínimo 2 horas para
atuação do cloro e descolamento do biofilme e depois uso de pressão de 1,5 a 3,0 bars (20
a 40 psi) para saída da água e as sujidades feita pelos biofilmes. O tratamento da água
antes de sua entrada no galpão não significa que a água fornecida aos animais estará livre
de microrganismos, pois pode ocorrer a contaminação dentro do galpão. Portanto, deve-se
garantir que a água servida no ponto de consumo também é segura, para isso os
bebedouros devem ser sempre limpos e clorado com 1 a 5ppm de cloro.

Formação de biofilmes.
b) LIMPEZA DOS SILOS DE RAÇÃO

Uma limpeza periódica dos silos onde é armazenada a ração é indispensável, uma vez
que podem se formar placas ou depósitos de ração ração rançosa ou mofada nas suas
paredes. Em geral é suficiente uma limpeza a seco. A ração aderida à parede pode ser
retirada com o auxílio de uma vassoura de cabo longo, a qual deve ser passada em
todas as paredes do silo a partir da parte mais alta. Se a ração estiver muito aderida,
pode-sese utilizar um cabo de vassoura com uma lâmina de metal em uma das pontas.
Lavagem sobre pressão d’água pode ocorrer, mas recomenda-se
re se que o processo seja
acompanhado por uma segunda pessoa para prevenir acidentes.

c) LIMPEZA
ZA DAS FONTES DE AQUECIMENTO
1) Retirar cinzas do cinzeiro e grelhas;
2) Verificar chaminés;
3) Inicialmente usar lenhas finas e nunca lenha molhada;
4) Testar máquina antes para ter tempo de pequenos reparos.
d) Cama do aviário (área de alojamento)
É todo material depositado sobre o piso do aviário para servir de leito às aves,
recebendo todas as excreções das aves, ao qual pode possuir uma alta carga
microbiana, e ser uma fonte de contaminação, propagação e perpetuação de doenças.

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NA MARAVALHA?


● Capacidade de absorção de umidade, sem empastar;
● Facilidade de eliminação da umidade para o ambiente;
● Maciez;
● Boa capacidade de absorção de impacto;
● Ser inerte e desprovida de bolores;
● Baixo custo e disponibilidade.

Quantos metros cubicos (m³) de maravalha usar?


Ideal é 10cm quando cama de 1º lote, e depois manter de 5 a 6 cm de espessura –
1 m3 de maravalha cobre 20 m2 de pinteira;
Então, para 34 m de cumprimento de pinteira teríamos uma área de 408 m2
● 408/20: 20 m3 de maravalha.
e) Cercas Divisórias
O uso de divisórias (cercas) sólidas, que restrinja a ventilação não é indicado. As divisórias
evitam a migração das aves para as extremidades de entrada do ar (geralmente mais frias)
em dias quentes, ou para a extremidade de saída do ar (geralmente mais quentes) em dias
frios. Evitam também o adensamento das aves nas linhas de comedouros e bebedouros do
lado que sofreu a migração. Estas divisórias devem ser removíveis e de tela plástica 2cm x
2cm para não impedir a ventilação ou passagem do ar, respeitando a altura de 50 cm de
altura, para facilitar o deslocamento do avicultor. É recomendado que a cada 25m tenha
uma divisória.

f) Cortinas Divisórias ou Cortinas Transversais

São cortinas móveis com movimentação (manejo) tanto da base superior quanto da
inferior. Servem para ajudar na vedação das extremidades da área alojada. Normalmente o
desejável é que a base inferior tenha uma sobre de no mínimo 50cm de cortina para que
seja coberto com a própria cama, evitando-se a saída de ar por baixo, desta forma só há
movimentação da base superior e essa abertura será feita conforme a temperatura
desejável dentro da área alojada. Em locais que não presença de inlets essa abertura é a
saída de ar pela ventilação mínima.
g) Limpeza das Lâmpadas
As lâmpadas devem estar em número e intensidade (watts) desejável, (capítulo de manejo
de luz será quantificado). A não limpeza das lâmpadas irá implicar na na intensidade de
luminosidade, medido atraves do lux. E isso tem forte impacto negativo na produção,
principalmente no ganho de peso das aves. A frequencia de limpeza é no mínimo 1 vez em
intervalo de lote, entretanto pode haver mais uma limpeza no decorrer da criação de
frangos de corte. Para as poedeiras (matrizes e postura comercial) a recomendação é que
seja feita a cada 15 dias, devido a grande importância nos aspectos reprodutivos,
estímulos hormonais.

Manejo Inicial Frangos de Corte - 1ª semana


 Vimos os vários manejos do pré-alojamento
● Se teve vazio sanitário ou intervalo sanitário
● Algum tratamento ou manejo de cama
● Limpeza e desinfecção dos equipamentos e da área
● Colocação de cama nova na área de alojamento

 Como é dimensionado o tamanho da pinteira ou área de alojamento.


O sistema de alojamento em galpão parcial é uma prática comum para tentar reduzir os
gastos com aquecimento. A redução do espaço estabelecido para o alojamento ajuda a
conservar a quantidade de calor necessária e reduzir custos. Além disso, áreas menores
facilitam a manutenção da temperatura em níveis adequados, entretanto algumas
premissas devem ser seguidas. O objetivo do alojamento em galpão parcial é utilizar o
espaço de alojamento conforme a capacidade de aquecimento e de isolamento térmico do
galpão, de modo a manter a temperatura desejada dependendo das condições climáticas
locais. O aumento dessa área de alojamento depende da capacidade de aquecimento, do
isolamento térmico do galpão e das condições climáticas externas, entretanto outros
pontos deve ser observado como nº de animais por equipamentos, densidade das aves
para respeitar exigências de bem estar animal. O objetivo é ampliar a área de alojamento
tão logo seja possível, contanto que a temperatura desejada esteja sendo obtida. Antes da
ampliação, a área a ser utilizada deve ser aquecida e ventilada até atingir as exigências
das aves, pelo menos 24 horas antes de liberá-las para a nova área.
A temperatura alvo desejada no ambiente e na cama horas antes da chegada dos
pintinhos é de 32°C no ambiente e de 28°C na cama. Por isso deve ser ter um cuidado de
quando começar a aquecer, porque isso fica na dependência se é inverno ou verão. Muitas
vezes em período de inverno é recomendado começar a aquecer a cama e ambiente 2
dias antes do alojamento. No verão normalmente fica entre 8 a 24 horas antes do
alojamento.
A densidade padrão no alojamento é de no máximo 50 pintinhos por m². E respeitar a
proporção de 25 a 30 pintos por bico de nipple, ou 100 pintos por bebedouro manual. Para
aves adultas é esperado para nipple 1 bico par 12 aves e para bebedouro manual 1 para
80 aves. Para comedouros a proporção de aves/comedouro, o número máximo de 60 aves
para cada comedouro infantil, tubulares adulto ou automático no alojamento. Deve-se
garantir na fase de crescimento/final o número máximo de 45 aves por comedouro tanto
tubular como automático. Muitos aviários ainda utilizam aquecimento a gás, sendo que
existem campânulas automáticas a gás com proporção de 1 campânula para 1.000
pintinhos; 1 campânula para 2.500 e de até 1 campânula para 5.000 pintinhos. A maioria
utiliza aquecedores automático a lenha, com várias potencias caloríficas.

COMO FUNCIONA A FISIOLOGIA DAS AVES? QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS


CARACTERÍSTICAS?
O manejo de temperatura é muito importante para os pintinhos, pois quando nascem não
tem o aparelho termorregulador desenvolvido. O aparelho termorregulador se desenvolve
entre a segunda e terceira semana de idade, por isso devem ter um ambiente confortável
para que expressem todo seu potencial genético. As aves são sensíveis ao frio quando
jovens e ao calor quando adultas. De certa forma tem que se por calor dentro do aviário no
início e retirar calor quando adulto as aves. As aves não possuem glândulas sudoríparas,
por isso sua principal fonte de perda de calor é pela respiração.

Zona de Conforto Térmico (ZCT): É uma faixa de temperatura na qual a ave expressa
todo o seu potencial de ganho, com o mínimo de gasto de energia. Ou seja, máximo ganho
de peso. A ZCT também é conhecida como termoneutralidade, ao qual pode também ser
expressa como: uma faixa de TºC efetiva ambiental na qual a ave mantém a Tº corporal,
com o mínimo esforço dos mecanismos termorregulatórios. Não há sensação de frio ou de
calor e o desempenho animal é otimizado.

O quadro abaixo mostra os locais críticos e estáveis para a produção de aves.

Zona Conforto Térmico = B–>B’ ; Zona Homeotermia = C -> C’


Zona Sobrevivência = D -> D’ ; TºC Crítica Inferior = B
TºC Crítica Superior = B’ ; Zona Hipotermia = C -> D
Zona Hipertermia = C’ -> D’
O Gráfico abaixo mostra os parâmetros em verde da temperatura desejada em relação a
idade de criação. Com tolerância superior e inferior, respectivamente linha em vermelha e
azul. Não esquecendo que o melhor parâmetro é o comportamento das aves, frente a
associações de temperatura + umidade relativa % + velocidade de ar ou vento.
Umidade Relativa do Ar (UR%)
● A UR% desejada é que fique entre 50 a 70%. À medida que se desenvolvem  a
UR ideal diminui
● Desejável manter por volta de 70% nos primeiros 3 dias  para diminuir o choque
da transferência do incubatório para a granja.
● Caso fique abaixo de 50% na primeira semana  pintinhos começam a desidratar,
causando efeitos negativos no desempenho  deve-se recorrer de medidas para
aumentar a UR%.

 Transporte dos pintinhos dentro do caminhão “pinteira”.


O bom desempenho pós-eclosão e a mortalidade baixa na primeira semana podem ser
mais bem esperados dos pintinhos mantidos em condições ideais entre a saída do
nascedouro e o transporte para a granja.
Quando retirados, os pintinhos deixam um ambiente ideal, com temperatura no nascedouro
de aproximadamente 36,4 - 36,7 ˚C, umidade relativa em torno de 60 % e circulação do ar
em alta velocidade. O deslocamento para a sala de manejo expõe os pintinhos a um clima
muito diferente. E as caixas de pintos são frequentemente mantidas por algum tempo na
sala de despacho antes de serem transportadas para a granja.
A temperatura retal normal para um pinto de um dia é entre 40 e 40,5 ˚C (104,0 e 104,9
˚F). Os pintinhos recém-eclodidos são dependentes das condições climáticas para regular
sua temperatura corporal para os primeiros dias. E uma boa ventilação irá conduzir o calor
corporal em excesso para fora das caixas de pintos, além de prevenir o acúmulo de dióxido
de carbono.
O comportamento dos pintos é o melhor indicador das condições climáticas durante o
manejo e transporte. Em condições ideais, os pintos de um dia respiram calmamente pelas
narinas, perdendo apenas um pouco de água. Eles se espalham nas caixas, fazem pouco
ruído e são relativamente inativos.
Se os níveis de dióxido de carbono forem muito altos, os pintinhos precisarão ofegar por ar
e tentarão enfiar a cabeça para fora das caixas de pintos. Isto acabará bloqueando a
passagem de ar nas caixas, compondo assim um problema.
Quando a temperatura ambiente for muito baixa ou quando houver muita corrente de ar, os
pintos irão se amontoar desordenadamente para tentar manter a temperatura corporal. Os
pintinhos são particularmente propensos à perda de calor se retirados cedo demais (‘pintos
úmidos’) ou após a vacinação em spray.
Uma temperatura ambiente muito alta faz com que os pintos abram seus bicos e ofeguem,
o que evapora a água de seus pulmões e sacos aéreos. Em curto prazo, a ofegação vai
ajudar os pintinhos a perder o calor corporal em excesso, mas também levará à rápida
desidratação. Quando a reserva de água dos pintinhos se esgota, este mecanismo de
controle torna-se redundante. Com o contíuo aumento na temperatura ambiente, os
pintinhos se tornam progressivamente mais barulhentos, espalhando suas asas para tentar
reduzir a temperatura do corpo. Mas se o calor ambiente continuar excessivo, a
temperatura corporal dos pintos aumentará – e inevitavelmente alguns pintinhos serão
perdidos. Lembre-se que a temperatura corporal normal do pintinho é de 41°C.
Recomendações:
• Observe, ouça e responda de acordo com o comportamento dos pintinhos. Pode se ruma
medida útil registrar a temperatura retal de uma amostra representativa de pintos,
ocasionalmente.
• Lembre-se que o ambiente no caminhão é secundário: é o ambiente nas caixas de pintos
que importa. A temperatura no nível do pintinho deve ser de aproximadamente 32 - 33 ˚C.
• A temperatura de transporte no caminhão deve ficar entre 22 a 24°C.
• Descarregue as caixas de pintos imediatamente após a chegada na granja, já que a
temperatura do alojamento é alta e a ventilação é demasiadamente baixa para conduzir o
calor adicional produzido pelos pintos fora das caixas.

Temperatura desejada dentro do caminhão 24°C, veja que está 34°C.


 Alojamento propriamente dito dos pintinhos.

É desejável que os pintos sejam alojados no mesmo dia pós eclosão no incubatório.
Entretanto, a distância do incubatório às granjas, a qualidade das estradas, a qualidade do
caminhão de entrega podem determinar ainda tempo superior a 10 horas durante o
transporte. Ou casos que são levados mais distantes, outros estados e ficarem
até cerca de 48 horas após o seu nascimento sem acesso aos alimentos.
Durante este tempo os pintinhos perdem peso pelo uso de nutrientes do saco vitelino,
pelas excreções digestivas e renais, e pela desidratação.
O alojamento dos pintinhos com acesso a água e alimento deve ser o mais rápido possível,
respeitando o tempo necessário mínimo no nascedouro. A perda de peso e desidratação
ocasionada por um jejum, ainda que mínima, pode causar aumento na mortalidade, retardo
no desenvolvimento da mucosa intestinal, ocasionando assim menor eficiência na digestão
e absorção de nutrientes.
Recomendações antigas de manejo citavam o jejum como uma prática para melhora do
desempenho, pois favoreceria uma reabsorção mais rápida do saco vitelino residual. Tal
prática se provou inadequada uma vez que tem sido amplamente demonstrado que é a
ingestão de alimentos exógenos que acelera a utilização do saco vitelino residual.
A energia de mantença requerida para o pintinho nas primeiras 24 horas tem sido estimada
em aproximadamente 11 kcal (112 kcal . W 0.75). Assumindo que todo o conteúdo residual
do saco vitelino liberado nas primeiras 24 horas seja usado somente como fonte de
energia com 100% de eficiência, teríamos apenas 9,4 kcal. Assim, sem suprimento
adicional de nutrientes o pintinho entrará em balanço negativo de energia e certamente
perderá peso.

A descarga dos pintinhos deve ser o mais rápido possível, para terem acesso a água e
ração o quanto antes. As caixas são retiradas do caminhão e levadas até a área de
alojamento. Pela nota entregue, sabe-se o número de pintos a serem alojados e
proporcionalmente o número de caixas a serem entregues, já que cada caixa plástica de
pintos com um forro de papel no fundo leva 100 pintos.

A descarga é feita na lateral do nipple, para estimular os pintos a buscarem a água o


quanto antes. É recomendado o uso de papel Kraft na lateral do nipple com ração para
estimular o consumo de sólido.
Em condições normais, o saco da gema no 1º dia de idade representa 10% do peso total
do pintinho. Aos 5 dias de idade, esse peso inicial do saco da gema pode representar
somente 10%.

É muito importante o quanto antes os pintinhos terem acesso aos alimentos (água e
ração). Qualquer restrição ou uma forte diminuição da oferta de alimentos irá interferir no
peristaltismo, promovendo a sua diminuição e consequentemente na diminuição da
absorção de imunoglobulinas do saco vitelino e comprometimento da função imune.
70% da resposta imune do frango são estimuladas no trato digestório.
Além disso, o contato com os substratos dos alimentos irão estimular a produção
enzimáticas. Órgãos como intestino, pâncreas e fígado precisam ser estimulados.
A temperatura da água de bebida é muito importante.
A temperatura ideal é entre 22 a 24°C.

O flushing é realizado sempre que necessário, principalmente 30 minutos antes do


alojamento, levando em consideração a temperatura ideal da água, de 22 a 24°C.

Manejo de água dos bebedouros automáticos ou Nipple. (REGULAGENS)


Para o 1º e 2º dia de idade
A bolinha é uma referência da ponta do bico do nipple na
regulagem da pressão. Mas, o altura do olho.
correto é seguir a vazão desejada. Para 3º dia em diante bico do
nipple em relação olho da ave
uma inclinação de 45°

A água para as aves:


- É o nutriente mais importante e o requerido em maior quantidade;
- 85% do pintinho e 64% do frango é água;
- É o principal componente do sangue e dos fluídos
- Responsável pelo transporte, digestão e excreção;
- Homeostase.

Na água de bebida para as aves, tem que ser usado sanitizante. O mais utilizado é o cloro
em pastilhas, busca-se ter 3 a 5ppm de cloro no final da linha ou no último bebedouro.

Regulagem dos Comedouros

• Fixação de volume de acordo com a fase do lote e Granulometria de ração;


• Diminuir segregação de ração (acúmulo de finos no prato);
• Ofertar somente o necessário (evitar o desperdício);
Adensamento do prato comando: prática utilizado com intuito de estimular o consumo de
ração pelo maior acionamento da linha de comedouro, com isso mais ração e o estímulo
sonoro do acionamento deslocam as aves para o comedouro.

VENTILAÇÃO MÍNIMA: o foco é a renovação de ar dentro da área alojada, e não retirada


de temperatura. Busca-se renovar o ar e retirar os gases presentes, principalmente o CO2
e amônia quando presente.
Normalmente é feito com uso de exaustores e até mesmo ventiladores. Em aviários mais
modernos é utilizado para esse fim o uso de inlets

Exigência mínimas da qualidade do ar


dentro do aviario

• Oxigênio >19.6%
• Dióxido de Carbono <0.3% (3000 ppm)
• Monóxido de Carbono <10ppm
• Amoníaco <10ppm
• Umidade Relativa > 50 – <70 %

Influência do Alto Nível de CO2


• Reduz a atividade das aves (sonolência);
• Aumento da desidratação.
• Maior incidência problemas respiratório e de ascite;
• Peso baixo na primeira semana.
Sistema de ventilação mínima INLETS:
Sistema tradicional de abertura e fechamento para ventilação mínima, Acionamento via
motorredutor com abertura por diferencial de pressão ou percentual; permitindo eficiente
renovação de ar.
Particularmente indicado para aviários instalados em regiões de clima frio ou com sistema
Dark-House.

Luminosidade:
Basicamente na 1ª semana se fornece luz constante para as aves. Como os primeiros dias
são de adaptação ao novo ambiente, busca-se estimulá-los a buscar constantemente os
alimentos, e essa 1ª semana é fundamental para formação dos órgãos.
De forma geral, no 1º dia são 24h de luz e entre o 2º dia até 7º dia deixa-se 1 hora no
escuro para já ir acostumando as aves nos manejos de luz das próximas semanas.

Foco do Manejo Após 1ª Semana


● Abertura do cercado ou área de alojamento ou pinteira (normalmente após 3º dia já
se abre – depende condição climática externa).
● Regulagens dos equipamentos (conforme a idade)
● Água
● Comedouros
● Painel de controle (temperatura, ventilação, luminosidade)
Regulagem geral do bebedouro tipo Nipple

Idade Vazão de Água Altura do Bebedouro


1° e 2° Dias 40 a 50ml/min Na altura do olho

a
1 Semana 40 a 60ml/min Na altura do olho até os 2 dias; do terceiro ao sétimo
dia, respeitar uma angulação da cabeça aproximada de
45°.

2a Semana 60 a 70ml/min Respeitar uma angulação da cabeça aproximada de 45°.

3a Semana 80 a 100ml/min Respeitar uma angulação da cabeça aproximada de 45°.

4a Semana 100 a 120ml/min Respeitar uma angulação da cabeça aproximada de 45°.


a
5 Semana ao Acima 120ml/min Respeitar uma angulação da cabeça aproximada de 45°.
Abate

Regulagem do comedouro automático


Comportamento das aves frente à temperatura, e o significado:

Placa Evaporativa ou Pad cooling


ESTRUTURA DOS AVIÁRIOS
• O que diferencia os tipos de Aviários:
• Ventilação positiva.
• Ventilação Negativa Cortina Amarela
• Ventilação Negativa Cortina Azul (BH)
• Ventilação Negativa Cortina Preta-prata (DH)

Galpões Escurecidos ou Dark House.


Principal vantagem é a estabilidade dos resultados; melhor conversão alimentar; Melhor
qualidade da carcaça (celulite e dermatose); Maior quantidade de kg/m²; Aves mais
tranqüilas no galpão; melhor eficiência do lote.

Nutricionalmente o que preocupar:


Qualidade física da ração – Triturado mais fino na pré-inicial e triturado pouco mais grosso
na inicial e peletizada no crescimento e final.
Phase feeding: é a alimentação por fases, buscando otimizar as necessidades nutricionais
das aves por determinados períodos e otimizar com a logística (entrega de ração).

Há um Princípio Técnico-Econômico:
Atender as exigências das aves para mantença e produção de acordo com a fase / onda
de crescimento, com o menor CUSTO sobre o frango produzido.
Em todos os tipos de estruturas de aviários, deve-se buscar estimular as aves a buscarem
os alimentos (água e ração). Se os fatores que inibem essa busca não forem de ordem
sanitária ou mesmo de manejo (muito frio, ou muito quente, ventilação errada). Deve-se
estimular as aves através de: Manejo de luz, estímulo do prato comando e caminhar dentro
do aviário calmamente com algum instrumento que faça leve barulho.

Programas de luz:
Na avicultura de corte, tem se como objetivo o descanso fisiológico e o controle de
crescimento durante a fase crítica sem detrimento da performance econômica.

O fotoperíodo está relacionado ao número de horas de iluminação (seja natural e/ou


artificial), enquanto a intensidade luminosa está relacionada à sensibilidade de percepção
da luz pelas aves (medida normalmente em "lux").

Os programas de luz são classificados em: constante ou contínuo, crescente e


intermitente. O conhecimento técnico de diferentes linhas de frangos comerciais, pelos
gestores da granja avícola é de suma importância, pois o fundamento básico na eficiência
do programa de luz está relacionado diretamente à redução na taxa de crescimento das
aves, em fase que o mesmo ocorre de forma mais acelerada. Neste sentido há que se
acompanhar o peso corporal do lote (de acordo com padrões da linha comercial
associados aos resultados gerados ao longo do tempo na granja), ao se aplicar o
programa de luz, para que não ocorra restrição prolongada no fotoperíodo ao longo do
ciclo de criação das aves.
Outra função do programa de luz é reduzir problemas metabólicos nas aves. Sabe-se que
a alta taxa de crescimento do frango de corte atual é resultante do melhoramento genético
e das condições de produção, como nutrição e manejo. Do ponto de vista genético, busca-
se uma ave capaz de ganhar peso de forma muito rápida com o objetivo de atingir o peso
de abate em um curto intervalo de tempo. No entanto, uma das dificuldades observadas no
início do período de produção, é que o frango moderno produz muita massa muscular em
prejuízo do desenvolvimento esquelético, coração e sistema circulatório. Assim, as aves
ganham peso muito rápido, apresentando predisposição ao desenvolvimento de problemas
de pernas, ascite e baixa viabilidade.

Ação hormonal da luminosidade: além claro de sabermos os efeitos reprodutivos em


matrizes ou poedeiras de ovos comerciais. A melatonina atua em qualquer idade e tipo de
produção (matrizes, poedeiras, frangos de corte), é um potente antioxidante, que possui
ação similar à da vitamina E, atuando através da destruição de radicais livres no
organismo, os quais são responsáveis por danos às células do corpo.
No entanto, a luz inibe a produção de melatonina e a escuridão a estimula. Portanto,
frangos expostos à luz contínua são severamente deficientes em melatonina.

Os programas de luz existentes são vários, seja de linhagens especificas ou mesmo pelo
histórico e as condições estruturais e de produção de cada empresa produtora.
Manejo Frangos de Corte - Ambiência em Ventilação Negativa

EVOLUÇÃO DO FRANGO X EXIGÊNCIAS EM AMBIÊNCIA

 Ave mais exigente.

 Ave mais sensível as interferências ambientais.

O principal foco para o sucesso dos aviários ventilação negativa, e a otimização dos
equipamentos é a boa vedação dos aviários. Para que se trabalhe no conceito de pressão
negativa tem que garantir que a única forma de entrar ar no aviário ou é na entrada de ar
(livre ou pad cooling) ou quando da utilização de Inlets. E que esse ar seja puxado pelos
exaustores.

Conceitos de que forma os frangos perdem calor:


 Para o ar
o Convecção:
o Irradiação;
o Condução:
 Por respiração
COMO MEDIMOS A PRESSÃO NO AVIÁRIO
Os manômetros (medidores de pressão) utilizam a pressão atmosférica como referência,
medindo a diferença entre a pressão do sistema e a pressão atmosférica. Tais pressões
chamam-se pressões manométricas
Entendendo os Objetivos da Ventilação em Túnel
 Remover o calor da Instalação – promover adequada troca de ar
 Remover o calor das Aves – Produzir velocidade de ar adequada sobre as aves
 Reduzir a temperatura de entrada do ar – adequar o sistema de cooling evaporativo.

SENSORES
 Os aviários ventilação negativa deverão ter no mínimo 3 sensores.
 sendo 2 sensores de temperatura e 1 de UR (umidade relativa).
 No caso de 2 sensores de temperatura a localização é 1 no centro do aviário e 1 a
15m do exaustor ou do final do aviário, o sensor da umidade deve ficar no meio do
aviário com possibilidade de deslocamento para o 1/3 final do aviário.
 Novos aviários ou aviários que podem ter mais sensores, o desejado é que tenha 5
sensores (3 de temperaturas e 2 de umidade), cuja calibração deve ser revisada no
mínimo duas vez por ano.

Cooling

Um bom cooling deve começar com um bom dimensionamento.


 Não estrangular nossa captação de ar.
• Ter boa capacidade de evaporação ou troca de temperatura água/ar.
– Velocidade de entrada entre 2 a 2.5 m/s.
 • Sistema de fácil operação e manutenção.

Nebulizadores
Como que as aves morrem por calor:
pH do sangue das aves varia sob condições fisiológicas, na faixa de 7,20 a 7,36.
Manejo Poedeiras de Ovos Comerciais
Quais as diferenças entre matrizes de postura de pintos e de ovos comerciais?
● Sistema de criação!!!
● Fluxo de produção!!!
● Biosseguridade!!!

Períodos de Criação de Poedeiras

● Cria (1º dia até 6 semanas)

● Recria (7 a 17 semanas)

- 18 – 20 semanas (Pré-postura)

● Postura
- > 20 semanas até +- 76 sem

● Muda forçada (podendo se estender até 90 a 120 sem)


● As poedeiras leves produzem ovos brancos;
● Semi-pesadas ovos vermelhos;
Boa linhagem deve ter baixa taxa de mortalidade e postura acima de 240 ovos por ano.

Pelo fato das aves a cada ano adiantarem um dia a maturidade sexual,
Tem sido um desafio para os técnicos estimularem o consumo de ração e o ganho de peso
das frangas em cria, recria, principalmente em linhagens de baixo consumo de ração.
Dessa forma, apesar da evolução na produção de ovos, verificada nos últimos anos,
observa-se um baixo consumo de ração o que ocasiona uma redução no peso corporal da
ave no início da postura e ainda, as aves apresentam dificuldade no ganho de peso.
Características das Poedeiras Modernas

As linhagens diferenciam-se:
***Branca e Vermelha!!!
 Temperamento;
 Potencial produtivo;
 Consumo de ração;
 Ganho de peso;
 Viabilidade;
 Tipo de ovos.

Raças indicadas

● Sistemas intensivos industriais:


Leghorn -> ovos brancos
Minorca Preta -> ovos vermelhos

● Sistemas em galpões com piso:


Rhode Island Red -> ovos vermelhos
Light Sussex -> ovos vermelhos
Linhagens híbridas mais utilizadas
● Hy-Line
● Lowmann
● ISA
● Hissex
● Linhagens da Embrapa
● MARCAS DE POEDEIRAS COMERCIAIS

• Isa brown
• Lohmann brown
• Hy line brown
• Hy sex brown

Isa brown

Lohmann brown

Hy line brown

Características de uma boa e de uma má poedeira

Região a observar Boa poedeira Má poedeira

Grande e com coloração Seca, pálida, rugosa,


Crista e barbela
vermelha e brilhante pequena e com escamas
Bico Curto e branco Largo e amarelo
Pernas Brancas Amarelas
Abdômen Proeminente e macio Pequeno e duro
Amarela, pequena e
Cloaca Branca, grande e úmida
seca
Plumagem Gasta e suja Limpa, solta e nova
Moles, com separação Duros, cabendo apenas
Ossos da pelve
de 3 a 4 dedos 2 dedos
Separação da ponta da Podemos colocar de 4 a
Cabe apenas 2 dedos
quilha e pelve 5 dedos
Debicagem.

 É uma prática de manejo que tem sido empregada pela indústria avícola para
reduzir os efeitos negativos causados pelo:
 Canibalismo;
 Bicagem das penas;
 Mortalidade.
Aspectos importantes a serem observados durante a realização da debicagem:
 Melhor horário para realizar a debicagem é no início da manhã ou ao entardecer;
 Aves doentes não devem ser debicadas;
 Não ter pressa para realizar a debicagem;
 A lâmina de debicagem deve estar na temperatura correta (em torno de 550-700°C).
 A ave deve ser contida corretamente e o dedo indicador do operador deve ser
posicionado sobre a garganta da ave de forma a promover a retração da língua,
evitando-se desta forma o seu corte;
 A debicagem deve ser realizada lentamente, permitindo que a lâmina cauterize o
bico;
 Não puxar o bico da ave antes que o mesmo tenha sido completamente cortado,
pois pode prejudicar a qualidade da debicagem;

Manejo de pré e pós debicagem


 Fornecer vitamina K na ração, durante 3 dias antes e 3 dias depois da debicagem,
para minimizar possíveis problemas de hemorragia;
 Durante os primeiros dias após a debicagem manter os comedouros cheios de
forma tal que a ave não tenha contato com o fundo do mesmo;
 Estimular o consumo de água e alimentos (mexer a ração nos comedouros);
 Durante o período de debicagem da ave, 1 semana antes e 1 semana após, evitar
outras práticas de manejo que possam causar estresse nas aves.
 Debicagem
Pontos de corte em
poedeiras de ovos
comerciais e pintos
de corte.

Na debicagem leve ocorre somente a


remoção da cutícula que envolve o
bico
Na figura 2, remove –se um terço do bico
superior e apenas a extremidade distal do
bico inferior;

Na figura 3, remove –se um terço dos


bicos superior e inferior da ave;

Densidade das Poedeiras em gaiolas


Programa de luz para Poedeiras de Ovos Comerciais
● Na fase de recria tem o objetivo de estimular as aves a consumirem ração;
● É feito para manejar corretamente o desenvolvimento do esqueleto e da
musculatura das aves antes que ela atinja a maturidade sexual.

Idade Horas de Luz


1 dia 24
2 a 3 dias 23
2ª a 16ª semana 8 ou luz natural
17ª semana 15
18ª semana 16
19ª semana 17
Fonte: Manejo de matrizes. FACTA, 1994.
Muda forçada
O produtor induz as aves a várias situações de estresse, provocando a rápida parada na
produção de ovos.
- Redução do fotoperíodo a partir da retirada da iluminação;
- Retirada da ração (por um período não superior a 14 dias);
- Retirada de água por um período de no máximo 3 dias.

Dois modelos práticos:


- Método convencional – jejum alimentar
- Muda rápida – sem período de repouso

Períodos:
• Período pré-muda = pesagem e seleção do lote, descartando aves com baixo peso
e fora de produção ou com estado físico insatisfatório.
• Muda = retirada de iluminação artificial no 1° dia, jejum alimentar por 10 a 14 dias.

Alterações Fisiológicas da Muda Forçada:


• Perda de 20 a 25% do peso corporal;
• Ovário regride 75% e oviduto regride 60% após 2 semanas de muda;
• Elevação da temperatura corporal;
• O fígado perde 50% do seu peso;
• Folículos ovarianos maduros → atresia com necrose
• Folículos ovarianos imaturos → reabsorvidos
• Ligeira queda no peso do esqueleto → redução teor de Ca++.

Hormônios envolvidos na Muda Forçada –

 Prolactina (PRL)

• Agem no eixo hipotálamo – hipófise – gônadas;


• Inibe a secreção de GnRH pelo hipotálamo;
• Não há produção de FSH e LH pela hipófise;
• Regressão do ovário e oviduto;

O fenômeno da muda de penas ocasiona um descanso reprodutivo na maioria das


espécies. Durante esse período, o hipotálamo suspende a produção do hormônio liberador
do GnRH, resultando em secreção reduzida do LH pela hipófise, induzindo
consequentemente, uma posterior regressão do ovário. Como o desenvolvimento e as
atividades do oviduto são dependentes dos hormônios gonadais (estrogênios e
progesterona), ocorre uma regressão deste órgão reprodutivo, observando-se uma
verdadeira remodelagem e não somente um encolhimento tecidual. Os folículos em
maturação entram em atresia e até com necrose, e os jovens são reabsorvidos, ocorrendo,
consequentemente, o fim de um ciclo produtivo. A partir de então, há um descanso e um
rejuvenescimento do aparelho reprodutor, seguidos ou não de uma renovação das
plumagens, o que caracteriza o processo de muda.

 Corticosterona
 Produzido no Córtex Adrenal (parte da glândula Adrenal);
 Agem no eixo hipotálamo – hipófise – gônadas;
 Níveis aumentados em aves submetidas a jejum (mobilização de energia);
 Diminuição do FSH e LH na presença de altos níveis de corticosterona no sangue

 Hormônios Ovarianos
 Cessam suas atividades durante o processo de muda;
 Após a realimentação da ave, o hipotálamo volta a produzir GnRH;
 Hipófise volta a produzir FSH e LH, estimulando o desenvolvimento ovariano e seus
respectivos hormônios.

 Hormônios da Tireóide
 Tiroxina (T4) e Triiodotironina (T3) estão envolvidos;
 Responsáveis pelo crescimento e diferenciação celular;
 Jejum provoca aumento do nível de T4, mantendo-se alto até a regressão ovariana;
 Após a regressão do ovário ocorre um pico de T3;
 Hormônios sexuais + T4 → ativação das papilas plumíferas após a muda.
Por que a ave volta a ter alta produtividade após a muda forçada.
• O oviduto restabelece seus tecidos, havendo aumento no nível de colágeno;
Reorganização dos processos metabólicos (remoção de substâncias inibidoras);
• Proliferação celular no oviduto, depositando células novas no lugar das velhas;
Diminuição do nível de lipídeos no útero, que aumenta com a idade da ave;
• Aumento no nível de 1,25-DHCC, tornando-se similar ao de uma ave jovem;

 A debicagem, se bem feita é uma prática indispensável para a indústria avícola;


 A utilização correta da luz irá promover secreção normal dos hormônios envolvidos
na produção de ovos, garantindo a eficiência produtiva;
 A técnica da muda forçada é viável economicamente, como uma forma de adiar por
até 30 semanas a reposição do lote de poedeiras.

NUTRIÇÃO DAS POEDEIRAS DE OVOS COMERCIAIS


● Teor de minerais e vitaminas, como Ca, P, Mn, Vit. D podem afetar a qualidade da
casca do ovo;
● Teor de pigmentos carotenóides da dieta pode afetar a coloração da gema;
● Certos ingredientes podem alterar o sabor (farinha de peixe);
● Algumas drogas podem causar descoloração da gema;
● Alto teor de vit. B2 na dieta pode causar uma clara amarelo-esverdeada.

As recomendações nutricionais são na sua maioria das vezes utilizadas às tabelas


nutricionais das linhagens.

O consumo de ração das poedeiras é controlado por vários fatores:


 Peso corporal (ou idade);
 % de produção;
 Peso do ovo;
 Temperatura ambiente;
 Textura da ração;
 Desbalanceamento nutricional e nível de energia da ração.

OBS: Só de curiosidade: O que causa um anel esverdeado ao redor da gema de um ovo


cozido?
O que ocorre é uma reação química natural entre o enxofre e o ferro. O enxofre, presente
na clara, e o ferro, presente na gema, formam sulfeto ferroso na superfície da gema. É isso
que causa a descoloração ao redor da gema cozida.
Nutrição de Frangos de Corte
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE FRANGOS DE CORTE
I - INTRODUÇÃO:
Programa de alimentação vinculado ao objetivo da Empresa
• Frango vivo vs frango abatido
• Peso final: carcaça inteira vs cortes
• Mercado interno vs exportação
• Sistema de criação: sexos juntos vs separados
• Obtenção do alimento: ração vs concentrado vs núcleo vs premix vs ingredientes.

PRODUTOS DISPONÍVEIS NO MERCADO


1- Ração completa
2- Concentrado: sem fonte energética (milho): 25 a 40 % da ração total
3- Núcleo: sem fonte energética e sem fonte protéica: 4 a 10 % da ração total
4- Premix:
Com Aditivos: vitaminas, microminerais, aminoácidos sintéticos, promotores de
crescimento, anticoccidianos, antioxidantes: 0,5 a 1,0 % da ração total;
Sem Aditivos: vitaminas (exceto colina) e microminerais: 0,1 a 0,2 % da ração total.

FONTES ENERGÉTICAS
milho - sorgo - farelo de arroz - óleo de soja degomado -gordura animal - milheto - triticale -
triguilho

1) MILHO: É a base das rações. Pode ser adicionado numa proporção de até 70% do total
da ração. Deve ser livre de fungos, micotoxinas, sementes tóxicas e resíduos de
pesticidas. Dá-se preferência ao milho amarelo, em virtude dos carotenóides e sua
atividade de pró - vitamina A e pigmentante.

2) SORGO: Uma grande variedade de sorgo pode ser usado nas rações desde que não
tenham muito tanino ( nível menor que 1,2 %, expresso como ác. tânico ). Segundo o
conteúdo de tanino, expresso como ác. tânico, o sorgo pode ser classificado :
• Baixo teor: 0 a 0,5 %
• Médio: 0,6 a 1,2 %
• Alto : acima de 1,2%
Nutricionalmente, o sorgo é muito semelhante ao milho. No entanto, é deficiente em pró-
vitamina A e em gordura.
3) GORDURA ANIMAL E VEGETAL: É utilizada para obtenção de rações com alto nível
energético. Outras funções:
• Diminuir a pulverulência da ração, diminuindo o desperdício e melhorando sua
apetibilidade;
• Melhorar a utilização das vitaminas lipossolúveis (maior absorção) e garante aporte
suficiente de ác. linoléico;
• Diminuir o atrito nas peletizadoras, com o inconveniente de produzir peletes menos
firmes.
O uso conjunto de gordura vegetal e animal proporciona um sinergismo que aumenta o
valor calórico, comparativamente aos produtos isolados.
- Recomenda-se utilizar no máximo 10 % de gordura na ração de aves.

FONTES PROTÉICAS
- de origem vegetal: Farelo de soja, glúten de milho (protenose);
- de origem animal: Farinha de carne (com ou sem ossos), Farinha de peixe, Farinha de
penas hidrolisadas, Farinha de penas e vísceras, Farinha de sangue.

SOJA: Constitui o principal alimento protéico para aves. é deficiente em


metionina,(correção com metionina sintética).
A soja possui um fator anti-nutricional inibidor da tripsina, e deve ser desativada
(desnaturada) através do calor.

FARINHA DE CARNE: produzida em frigoríficos com resíduos de tecidos animais. Não


deve conter cascos, chifres, pêlos, conteúdo estomacal, sangue e outros materiais
estranhos. Não deve conter ossos, exceto aquelas pequenas quantidades de fragmentos e
cartilagens oriundas do processo normal de industrialização da carne.

• É uma excelente fonte de todos os aminoácidos essenciais que costumam faltar nas
rações.
• O teor de gordura também deve ser levado em consideração pelo valor energético que
representa e como fonte de ác. graxos essenciais. Essa gordura é passível de
peroxidação, por isso devem ser estabilizadas com a adição de um antioxidante.
• As fraudes mais comuns são: adição de uréia, farinha de penas não hidrolizadas ou
calcário. O que limita seu uso nas rações de aves, além do aspecto sanitário, é seu teor
em cálcio.

FARINHA DE VÍSCERAS: É um subproduto resultante da cocção de vísceras de aves


abatidas, tais como intestinos e pulmões.

• Não deve conter penas, sendo permitida a inclusão de cabeça e pés, em proporções
que não alterem significativamente a composição química estipulada.
• São excelentes fontes de aminoácidos essenciais, colina e vitamina B12.
• Deve-se ter um controle de qualidade rigoroso para evitar contaminações por bactérias
patogênicas. Podem ser utilizadas em até 15 % de inclusão nas rações.
• FONTES DE MACROMINERAIS
• CALCÁRIO CALCÍTICO: é o carbonato de cálcio, desidratado e moído. Principal fonte
suplementar de cálcio na formulação de rações.

• FOSFATO BICÁLCICO: é um sal de cálcio do ácido fosfórico, submetido ao processo de


defluorinização.

• FARINHA DE OSSO CALCINADA: é o produto obtido exclusivamente da calcinação de


ossos.

• SAL COMUM: é um composto químico (NaCl) obtido através da desidratação e


purificação de salinas. É um produto barato e deve ser adquirido o mais puro possível:
branco, seco, fino e não empedrado para que seja facilmente misturado aos outros
produtos da ração

ADITIVOS
• É toda substância adicionada às rações animais com a finalidade de melhorar o
desempenho animal ou as características físicas do alimento. São divididos em
Nutricionais e Não Nutricionais.

ADITIVOS NUTRICIONAIS:
• AMINOÁCIDOS SINTÉTICOS: Todos os aminoácidos essenciais são passíveis de serem
sintetizados, porém comercialmente são produzidos apenas DL-metionina, Lisina,
Triptofano e Treonina.

ADITIVOS NÃO NUTRICIONAIS


• ANTICOCCIDIANOS: A coccidiose em aves é causada por protozoários do gênero
Eimeria, causando lesões intestinais. A medicação preventiva é um dos poucos métodos
efetivo de controle profilático da coccidiose em frangos de corte.
EX: monensina, narasina, maduramicina, lasalocida, salinomicina.

Enzimas: São divididas em dois grupos:

Enzimas endógenas: são destinadas a complementar as próprias enzimas digestórias


(proteases, amilases, lipases, etc.).

Enzimas exógenas: são enzimas que as aves não podem sintetizar (β-glucanase,
pentosanas α-galatosidase, fitase, etc.)
Enzimas, substratos e efeitos das enzimas
utilizadas em dietas para suínos e aves.
Enzima Substrato Efeitos
Xilanase Arabinoxilanas Redução da viscosidade da digesta.
Glucanases ß-glucanos Redução da viscosidade da digesta. Menor umidade
na cama.
Pectinases Pectinas Redução da viscosidade da digesta.
Celulases Celulose Degradação da celulose e liberação de nutrientes
Proteases Proteínas Suplementação das enzimas endógenas.
Degradação mais eficiente de proteínas.
Amilases Amido Suplementação das enzimas endógenas.
Degradação mais eficiente do amido.
Fitase Ácido fítico Melhora a utilização do fósforo dos vegetais.
Remoção do ácido fítico.
Galactosidases Galactosídios Remoção de Galactosídios
Lipases Lipídios e ácidos Melhora a utilização de gorduras animais e vegetais
graxos

Existem ainda na nutrição das aves, com foco em reduzir a utilização de antibióticos como
promotores de crescimento:

 Probióticos: Suplemento alimentar composto de cultura pura ou composta, de


microorganismos vivos, com a capacidade de se instalarem e proliferarem no trato
intestinal, com ação de promotores de crescimento, beneficiando a saúde do
hospedeiro pelo estímulo às propriedades existentes na microflora natural.

 Prebióticos: Agem intimamente relacionados aos probióticos; constituem o


“alimento” das bactérias probióticas.

 Simbióticos: é a mistura de probióticos e prebióticos.

 Ácidos orgânicos: Os ácidos orgânicos têm a capacidade de baixar o pH do trato


gastrointestinal, inibindo o desenvolvimento das bactérias patogênicas.

Você também pode gostar