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Universidade Estadual Paulista

Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias

Manejo da Criação de
Frangos de Corte
Allan Reis Troni
allan_troni@yahoo.com.br
Manejo da criação de frangos
de corte
• Equipamentos: Comedouros e Bebedouros

• Manejo da Cama

• Temperatura e Iluminação

• Criação das Aves e Retirada do Lote

• Descarte das Aves Mortas e Prevenção de Doenças Metabólicas

• Avaliação do Lote e Biosseguridade


Manejo dos Comedouros
• Ajuste da altura;
• Dispor de espaço suficiente;
• Ração até 1/3 da altura da borda;

EVITAR DESPERDÍCIO!

• Preferência por comedouros tubulares de pratos mais


fundos;
• Observar o comportamento das aves;
• Examinar a cama sob os comedouros;
• Manter o mesmo sistema de comedouro durante a fase
de produção?
Manejo dos Bebedouros
• Regular altura e pressão diariamente;
• Lavar diariamente (equipamento utilizado) e clorar a água;
• Sanar vazamentos assim que identificados;
• Atentar para temperatura;
• Fazer análise da água.
Manejo da Cama
• Recebe todas as excreções (absorção de umidade);
• Evitar que se torne úmida (emplastada)

• Isolante térmico;

• Absorção de impacto do peso da ave;


Materiais Utilizados
• Maravalha: bom poder absorção; atenção com a qualidade;
pinus/eucalipto
• Sabugo de milho triturado: < retenção umidade; baixa
disponibilidade; ecologicamente correto
• Casca de arroz: disponibilidade regionalizada; não recomendada na
pinteira
• Casca de café: disponibilidade regionalizada
• Areia: excelente absorção e drenagem; temperatura 2ºC < que a
maravalha
• Feno gramíneas/capim: dificuldade na secagem; fácil cultivo; alta
produção/ha
• Girassol: disponibilidade regionalizada; biodiesel
Manejo da Cama
• Reutilização da cama?

• Motivos:

• Custo para aquisição do material;

• Mão-de-obra e redução do tempo ocioso do galpão;

• Escassez de material (região avícola);

• Minimizar impacto ambiental.


Reutilização da Cama
• Do ponto de vista ambiental:
Reutilização da Cama

• Cuidados

• Lotes que passaram por problemas sanitários

• Cama nova para pintinhos


Manejo da Cama
 Vida útil:
 Umidade < 35%;

 Densidade (espessura);

 Estação do ano (5 a 8 cm verão – 8 a 10 cm no inverno) ;

 Equipamentos;

 Ventilação/aeração das instalações;

 Tipo de dieta utilizada;

 Qualidade microbiológica da cama.


Manejo da Cama
 Procedimentos:

 Retirar os equipamentos do aviário, lavando-os e desinfetando-os;

 Retirar as partes emplastradas;

 Queima das penas;


• Enleirar a cama, cobrir as leiras com lona plástica

• Deixar a cama enleirada e coberta por oito dias


Manejo da Cama
• Retirar a lona plástica após o oitavo dia

• Espalhar a cama novamente no aviário

• Passar vassoura de fogo

• Desinfetar o aviário usando os nebulizadores (cal – secar)

• Revolver até U = 20 a 25%.

• Repor cama nova na pinteira

• Repor equipamentos infantis


Controle da Temperatura e
Manejo das Cortinas
• Fonte de aquecimento nas 1as semanas;
• 1a semana – 32oC  diminui 3oC por semana até a 5a (20oC);
• Aquecimento artificial até 10 – 14 dias ou 21 dias;
• Observar comportamento das aves.
Manejo das Cortinas
• Perfeito funcionamento;

• Determinado pela To, U e idade das aves;

• Evitar:
• Mudanças bruscas de To;

• Sol excessivo;

• Gases;

• Poeira  revolvimento da cama;

• Idade avançada  frio, vento e chuva;

• Regiões frias  cortinas duplas.


Programa de Luz
• Funções:
• Estimular o consumo de alimento;
• Melhorar o crescimento;

• Depende:
• Linhagem;
• Região (fotoperíodo);
• Estação do ano (dias longos ou curtos);
• Manejo.

• MANTER AS LÂMPADAS SEMPRE LIMPAS!


Programa de Luz

• Luz constante
• 24 horas de iluminação
• 23 horas de Luz e uma hora de escuro

• Programas de iluminação intermitente


• 16h L + 2hE + 1hL +2hE +1hL +2hE

• Fotoperíodo Crescente
Programa de Luz
• Fotoperíodos longos
• Estresse fisiológico e problema de pernas;

• Melatonina  Sistema Imunológico

• Menor o período de Luz, maior será o contato peito-


cama;

• Verão  luz a noite > consumo (To amenas);

• Escuro 6-10hs antes do envio ao abatedouro.


Retirada do Lote

• Ganho de peso médio;

• 6 a 10hs antes da saída do lote – retirar ração:


• Contaminação no abatedouro;

• Apanha e transporte cuidadosos.


Pesagem automática

“Dedo-duro granjeiro”
Apanha dos Frangos
• Maior estresse;

• Contusões – últimas 24hs de vida;

• Planejamento e supervisão;

• Pessoal competente e treinado;

• Minimizar arranhões, hematomas e machucados;

• Retirada dos comedouros e bebedouros;

• Utilização de divisórias – evita aglomeração;

• Reduzir intensidade de luz/ luz azul.


Apanha dos Frangos
• Pelas pernas:

• Pés ou canelas – coxas;

• Pelas costas:

• Uma a uma;

• Pelas asas;

• Pelo pescoço:

• 2 a 3 aves/mão.
Pelas pernas

Ainda acontecendo em
algumas regiões. É
bastante prejudicial a
carcaça, ocasionado
graves hemorragias e
fraturas de coxas e
asas. É o menos
eficiente e o de
maiores perdas;
Pelas Asas

Não muito usual


devido à grande
incidência de
contusões, lesões
e hematomas
Pelo pescoço
Mais recente e vem
crescendo. Várias empresas
já utilizam 100% desta
modalidade. As aves são
pegas 2 a 3 em cada mão.
As lesões são semelhantes
quando pegamos pelo
dorso. Atenção nos dias mais
quentes, podendo aumentar
mortalidade no transporte
porque o modo de apanha
não deixa de ser um
processo de asfixia.
Pelo dorso
Apanha-se ave a ave
pelo dorso, por sobre as
asas com firmeza. É a
maneira mais fácil de
introduzir a ave na
caixa, reduzindo
significativamente as
perdas. Índices baixos
de fraturas e
hemorragias;
Forma ideal de introduzir a

ave na caixa para

carregamento
Acondicionamento das Aves
• Engradados modulares;

• Nunca superlotar;

• Densidade  Condições climáticas;

• Carregamento:
• Ventilação artificial;

• Molhar as aves;

• Acesso interno do veículo.


Transporte
• Treinamento do motorista;

• Condições mecânicas dos caminhões;

• Distribuição dos engradados;

• Perda de peso:
• Tempo de viagem;

• Condições climáticas;

• Tempo de espera na plataforma;

• Horário de transporte.
Molhar a Carga se Necessário
Evitar acidentes durante o
transporte adotando medidas
de segurança
Espera na Plataforma de Abate
Registros Diários:
Ele está realmente preocupado
• Mortalidade com o nosso conforto
• Eliminação
• Temperaturas- mínima e máxima
• Umidades – mínima e máxima
• Volume de água de bebida
• Qualquer anormalidade

Quanto mais observamos os frangos,


mais nós compreendemos o que
temos que fazer para obter boas
performances.
Descartes e Destinos das Aves
Mortas
• Refugos:
• Fora do padrão médio do lote;

• Problemas de ordem esquelética;

• Redução das perdas com ração;

• Uniformidade, melhor peso e CA do lote;

• Melhor aproveitamento no abatedouro.


Destino das Aves Mortas
• Evitar multiplicação de microorganismos patogênicos;
• Remoção imediata de carcaças;
• Icineração:
• Gás, queimadores a óleo, combustíveis sólidos;
• Higiênicos, porém demorado;

• Deposição em fossas sépticas:


• Telhado sólido, tampa com encaixe perfeito;
• Acessíveis e eficazes;
• Lençóis freáticos.
Biogás
• O biogás é uma fonte energética renovável com grande
compatibilidade ambiental, alto coeficiente energético, baixo custo,
fácil estocagem, fácil transporte e é socialmente compatível.

• O biogás pode ser utilizado para o aquecimento dos pintinhos,


(queima do biogás e consequente produção de calor);

• Pode também substituir a energia elétrica, como por exemplo, na


iluminação (lampiões), no aquecimento da água, ...
Destino das Aves Mortas
• Valas abertas ou parcialmente cobertas:
• Atrai animais silvestres:
• Fontes de contaminação;

• Vetores de doenças;

• Compostagem:
• Mão-de-obra;

• Econômico e fácil de manejar;

• Não polui o ambiente;

• Adubo.
Destino das Aves Mortas
• Compostagem (2 fases):

• Bioestabilização: To da massa orgânica até 65oC, e


estabiliza na To ambiente (60 dias);

• Maturação: Humidificação e mineralização da matéria


orgânica (30 dias).
Destino das Aves Mortas
• Manejo:

• Camadas:
• 1ª – Maravalha nova;

• 2ª – Aves mortas;

• 3ª – Cama (10 cm);

• Água para umedecer e fermentar;

• 100 dias.

• obs: Sul – R$ 13,00/m3.


http://pt.engormix.com/MA-avicultura/administracao/artigos/casca-arroz-
palhada-soja-t629/124-p0.htm
Doenças Metabólicas
• Ascite

• Morte Súbta
Ascite
• O que é?
• Conhecida como síndrome de hipertensão pulmonar.
• Incidência maior no veranico (de maio a setembro, com dias
quentes e noites frias).
• Caracterizada pelo extravasamento de líquidos dos vasos
sanguíneos e seu acúmulo na cavidade abdominal.
• Principal fator: limite fisiológico do sistema cardiorrespiratório,
desenvolvendo um quadro de hipertensão pulmonar, hipóxia
sistêmica, desequilíbrio entre necessidade e fornecimento de
oxigênio.
• E porque em temperaturas mais baixas? A demanda de energia e a
taxa de produção de calor são aumentadas e há um aumento no
consumo de O2.
Ascite
• Controle na temperatura nas primeiras semanas
• Controle da taxa de crescimento das aves
• Utilização de rações fareladas.
• Utilização de rações menos energéticas.
• Restrição alimentar
TEMPERATURA MÍNIMA MÉDIA x MORTALIDADE DE FRANGOS MACHOS - JAN/95 a ABR/97
7,5 19
18
7 17
16

TEMPERATURA MÍNIMA MÉDIA


6,5
15
MORTALIDADE (%)

6 14
13

oC
5,5 12
11
5 10
9
4,5
8

4 7
6
3,5 5
MÊS 1/95 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1/96 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1/97 2 3 4
MORT (%) TEMP MÍNIMA MÉDIA
O seguinte esquema de restrição pode ser adotado para
os machos nos meses frios:

IDADE PROGRAMA DE LUZ FORNCECIMENTO DE RAÇÃO


0 a 3 dias 23 horas a vontade
3 a 15 dias luz natural a vontade
15 a 40 dias luz natural 9 horas (das 7 às 16 hs)
40 a 45 dias (abate) 23 horas a vontade

A incidência de ascite em fêmeas é mais baixa por isso


geralmente não são necessárias medidas preventivas.
Síndrome da Morte Súbta
• O que é?
• Conhecida como morte aguda, ataque cardíaco, edema pulmonar
possui ocorrência cosmopolita com maior incidência entre a 2ª e 4ª
semana.
• Síndrome de origem desconhecida, porém não infecciosa.
• Morte devido a uma anormalidade metabólica que dispara a
fibrilação atrial ou ventricular.
• Possivelmente resultado de uma hipoxemia causado pelo menor
crescimento dos sistemas respiratório e cardíaco, em uma época de
rápido crescimento das aves.
• Frequentemente encontrado na posição dorsal.
• Maior incidência nos machos.
Síndrome da Morte Súbta
CONTROLE
• As práticas são baseadas no controle de ascite
• Reduzir ao menos temporariamente a taxa de ganho de peso
• Dietas com baixa densidade
• Reduzir o número de horas de luz
• Dificultar o acesso aos comedouros
• Utilizar um programa de restrição alimentar
Vacinação
• Nebulização (doenças respiratórias):
• Cortinas fechadas e sem ventilação por 30 min.;

• Ocular (confiável):
• 1 pessoa 500 – 600 aves/hora;

• Injetável (hematomas );

• Picada ou Stick Method (perfura pele da asa com 2 agulhas


embebida com vacina);
Vacinação
• Água:

• Vantagens:

• Econômico, prático, rápido;

• Pouco estressante para aves;

• Boa disseminação lateral do vírus vacinal;

• Desvantagens:

• Má qualidade da água;

• Jejum hídrico;

• Leite em pó desnatado para proteção do vírus vacinal;

• Vacinação incompleta do lote;

• Doses não uniformes.


Programa de Vacinação
Idade (dias) Doença Via de aplicação

1 Marek (obrigatória) Subcutânea


1 Bronquite infecciosa Spray
1 DIB Subcutânea ou Spray

1 Bouba (suave – critérios epidemiológicos) Subcutânea


7 DIB (intermediária) Água
10 Newcastle (critérios epidemiológicos) Água
14 DIB (intermediária) Água
20 Newcastle (critérios epidemiológicos) Água
21 ou 25 DIB (forte) Água

DIB – Doença infecciosa da Bursa de Fabrícius.


Principais Patógenos de Frangos de Corte

• Vírus:
• Anemia infecciosa das galinhas;
• Bronquite infecciosa das galinhas;
• Doença de Marek;
• Doença de Newcastle;
• DIB;
• Encefalomielite aviária;
• Influenza aviária;
• Laringotraqueíte infecciosa aviária;
• Reoviroses aviária;
• Reticuloendoteliose.
Principais Patógenos de Frangos de Corte

• Bactérias:
• Campylobacter jejuni;

• Clostridioses;

• Escherichia coli;

• Mycoplasma gallisepticum;

• Mycoplasma synoviae;

• Ornithobacterium rhinotracheale;

• Salmonella spp.;

• Staphylococcus aureus.
Principais Patógenos de Frangos de Corte

• Fungos:
• Aspergillus spp.;

• Protozoários:
• Coccidiose;
• Cryptosporidium baileyi.
Plano de Contigência

• Conjunto de ações e decisões emergenciais que


devem ser tomadas em situações de doenças ou
suspeita.

• Prejuízos econômicos;
• Saúde pública – zoonoses.
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Avaliação de
Desempenho do Lote
Allan Reis Troni
allan_troni@yahoo.com.br
Avaliação de Desempenho do Lote
• Quantificar a eficiência das técnicas – independente do
sistema de criação:

• Consumo de ração – CR; CR = Consumo de ração do lote


No aves retiradas

CA = Consumo de ração
• Conversão alimentar – CA;
Peso vivo do lote

PM = Peso vivo do lote na retirada


• Peso médio vivo – PM;
No aves retiradas
Avaliação de Desempenho do Lote
• Viabilidade – VB; VB = No frangos retirados x 100
No frangos recebidos

• Idade de abate – IA;

• Índice de eficiência produtiva – IEP.

IEP = PM (kg) x VB x 100


IA (dias) x CA
Avaliação de Desempenho do Lote
Resultados de desempenho de frangos de corte no Brasil
Ano No aves No aves
entrada saída
1991 55.602.890 51.677.326
1992 61.986.557 57.473.936
1993 152.427.122 142.885.184
1994 314.441.375 295.795.001
1995 197.506.329 186.603.980
1996 198.658.466 188.387.823
1997 106.813.127 101.013.174
1998 105.253.867 99.538.582
1999 205.402.554 195.954.037
2000 164.546.924 157.175.222
Fonte: Inaldo Consultoria Avícola.
Avaliação de Desempenho do Lote
Resultados de desempenho de frangos de corte no Brasil
Ano No aves No aves Mortal.
entrada saída
1991 55.602.890 51.677.326 7,06
1992 61.986.557 57.473.936 7,28
1993 152.427.122 142.885.184 6,26
1994 314.441.375 295.795.001 5,93
1995 197.506.329 186.603.980 5,52
1996 198.658.466 188.387.823 5,17
1997 106.813.127 101.013.174 5,43
1998 105.253.867 99.538.582 5,43
1999 205.402.554 195.954.037 4,60
2000 164.546.924 157.175.222 4,48
Fonte: Inaldo Consultoria Avícola.
Resultados de desempenho de frangos de corte no Brasil
Ano No aves No aves Mortal. CR PM
entrada saída médio
1991 55.602.890 51.677.326 7,06 4290,77 2.053,00
1992 61.986.557 57.473.936 7,28 4519,86 2.122,00
1993 152.427.122 142.885.184 6,26 4437,24 2.154,00
1994 314.441.375 295.795.001 5,93 4354,45 2.145,05
1995 197.506.329 186.603.980 5,52 4455,46 2.194,81
1996 198.658.466 188.387.823 5,17 4676,71 2.303,80
1997 106.813.127 101.013.174 5,43 4581,40 2.290,70
1998 105.253.867 99.538.582 5,43 4499,93 2.261,27
1999 205.402.554 195.954.037 4,60 4849,79 2.449,39
2000 164.546.924 157.175.222 4,48 4906,48 2.490,60
Fonte: Inaldo Consultoria Avícola.
Resultados de desempenho de frangos de corte no Brasil
Ano No aves No aves Mortal. CR PM CA IA
entrada saída médio
1991 55.602.890 51.677.326 7,06 4290,77 2.053,00 2,09 44,20
1992 61.986.557 57.473.936 7,28 4519,86 2.122,00 2,13 45,10
1993 152.427.122 142.885.184 6,26 4437,24 2.154,00 2,06 45,51
1994 314.441.375 295.795.001 5,93 4354,45 2.145,05 2,03 44,89
1995 197.506.329 186.603.980 5,52 4455,46 2.194,81 2,03 45,12
1996 198.658.466 188.387.823 5,17 4676,71 2.303,80 2,03 46,67
1997 106.813.127 101.013.174 5,43 4581,40 2.290,70 2,00 46,09
1998 105.253.867 99.538.582 5,43 4499,93 2.261,27 1,99 45,60
1999 205.402.554 195.954.037 4,60 4849,79 2.449,39 1,98 47,01
2000 164.546.924 157.175.222 4,48 4906,48 2.490,60 1,97 46,36
Fonte: Inaldo Consultoria Avícola.
Avaliação de Desempenho do Lote
Resultados de desempenho de frangos de corte no Brasil
No aves No aves CR
Ano Mortal. PM CA IA IEP
entrada saída médio
1991 55.602.890 51.677.326 7,06 4290,77 2.053,00 2,09 44,20 206,55
1992 61.986.557 57.473.936 7,28 4519,86 2.122,00 2,13 45,10 204,82
1993 152.427.122 142.885.184 6,26 4437,24 2.154,00 2,06 45,51 215,38
1994 314.441.375 295.795.001 5,93 4354,45 2.145,05 2,03 44,89 221,43
1995 197.506.329 186.603.980 5,52 4455,46 2.194,81 2,03 45,12 226,40
1996 198.658.466 188.387.823 5,17 4676,71 2.303,80 2,03 46,67 230,60
1997 106.813.127 101.013.174 5,43 4581,40 2.290,70 2,00 46,09 235,01
1998 105.253.867 99.538.582 5,43 4499,93 2.261,27 1,99 45,60 235,66
1999 205.402.554 195.954.037 4,60 4849,79 2.449,39 1,98 47,01 251,04
2000 164.546.924 157.175.222 4,48 4906,48 2.490,60 1,97 46,36 260,49
Fonte: Inaldo Consultoria Avícola.
Biosseguridade
Planejamento e a implementação de um conjunto

de diretrizes e normas operacionais, cujo objetivo

principal é a proteção dos lotes contra a entrada

de qualquer microorganismo patogênico, seja ele

vírus, bactéria, fungo, protozoário, ou mesmo

endo e ectoparasitas.
Biosseguridade
• Fontes de contaminação:

• Pessoas;

• Veículos;

• Equipamentos;

• Pintos de um dia;

• Roedores, aves silvestres e insetos;

• Ração;

• Água;

• Cama.
Fontes de Contaminação

 Ração  Pessoas e
Veículos
 Água
Equipamento
s
 Novas aves


Roedores
 Entre  Insetos
aves  Aves
silvestres
 Outros
animais
Biosseguridade
• Isolamento da granja:

• Distância entre granjas – min. 1km;


• Afastadas de vias por onde passem produtos avícolas;
• Barreiras naturais/artificiais;
• Direção do vento;
• Política da boa vizinhança – aves caipiras;
• Tráfego:
• Lotes mais jovens  mais velhos;
• Área limpa  área suja.
Biosseguridade
• Medidas:
1. Adquirir aves livres de doenças transmissíveis
verticalmente;
2. Atenção especial às matérias-primas das rações;
3. Uso de roupas e botas para o pessoal de serviço;
4. Desinfecção de galpões, equipamentos e veículos;
5. Controle de roedores e aves silvestres;
6. Eliminação de aves mortas;
7. Sistema de criação “all in/all out”;
8. Evitar vizinhos criadores de aves domésticas;
Biosseguridade
• Medidas:
9. Restrição total à entrada de veículos e visitantes;
10. Banho e troca de roupas;
11. Veículos exclusivos para distribuir ração, cama e
retirar aves;
12. Cercas ao redor da granja;
13. Delimitação de áreas “sujas” e “limpas” na granja;
14. Não permitir visitas entre núcleos ou entre granjas;
15. Vazio sanitário entre lotes;
16. Segurança e conscientização de toda a equipe;
Biosseguridade
• Medidas:
17. Isolamento entre núcleos e granjas;
18. Higienização do incubatório e fábrica de ração;
19. Programa de vacinação específico para a região;
20. Água de bebida potável e/ou tratada;
21. Monitoria dos elementos de produção:
• Ração, água e cama;
• Vacinas e medicamentos.
Custos na Produção de
Frangos de Corte
CUSTO DE PRODUÇÃO DE FRANGO DE CORTE Jan_08

MINAS GERAIS
30.000 Aves p/lote 25.000 Aves p/lote 25.000 Aves p/lote
Tipo de Aviário Climatizado Automático Manual
R$ / R$ / R$ /
Itens de Custo R$ / Lote % CT R$ / Lote % CT R$ / Lote % CT
Frango Frango Frango
1. CUSTOS VARIÁVEIS (A)

1.1 - Cama 1.638,00 0,055 1,29 1.638,00 0,066 1,54 1.638,00 0,066 1,55
1.2 - Calefação 968,00 0,032 0,77 812,00 0,032 0,76 812,00 0,032 0,77
1.3 - Energia Elétrica 498,00 0,017 0,39 465,00 0,019 0,44 429,00 0,017 0,41
1.4 - Água 15,25 0,001 0,01 12,70 0,001 0,01 12,70 0,001 0,01

1.5 - Mão de Obra do Integrado 2.306,20 0,077 1,82 2.306,20 0,092 2,17 2.306,20 0,092 2,18
INTEGRADO

1.6 - Mão de Obra de Carregamento 900,00 0,030 0,71 720,00 0,029 0,68 720,00 0,029 0,68

1.7 - Custo de Manutenção das Instalações 425,00 0,014 0,34 347,23 0,014 0,33 236,72 0,009 0,22

1.8 - Seguro 51,00 0,002 0,04 41,67 0,002 0,04 28,41 0,001 0,03
PRODUTOR

1.9 - Eventuais 340,07 0,011 0,27 317,14 0,013 0,30 309,15 0,012 0,29

Total dos Custos Variáveis do Integrado 7.141,52 0,239 5,65 6.659,94 0,268 6,25 6.492,18 0,259 6,15

2. CUSTOS FIXOS (B)

2.1 - Depreciação das Instalações 833,33 0,028 0,66 657,42 0,026 0,62 397,39 0,016 0,38
2.2 - Depreciação dos Equipamentos 1.166,67 0,039 0,92 1.000,00 0,040 0,94 783,33 0,031 0,74
2.3 - Remun. s/ Capital Médio p/ Inst. e
850,00 0,028 0,67 694,45 0,028 0,65 473,44 0,031 0,45
Equip.
2.4 - Remuneração s/ Capital de Giro 50,48 0,002 0,04 47,08 0,002 0,04 45,89 0,002 0,04

Total dos Custos Fixos do Integrado 2.900,48 0,097 2,29 2.398,95 0,096 2,25 1.700,05 0,080 1,61

Custo Operacional do Integrado (1 + 2.1 +


9.141,52 0,306 7,23 8.317,36 0,334 7,81 7.672,90 0,306 7,26
2.2)
Total Custos do Integrado ( A + B) 10.042,00 0,336 7,94 9.058,89 0,364 8,51 8.192,23 0,339 7,75
CUSTO DE PRODUÇÃO DE FRANGO DE CORTE Jan_08
MINAS GERAIS
30.000 Aves p/lote 25.000 Aves p/lote 25.000 Aves p/lote

Tipo de Aviário Climatizado Automático Manual

R$ / R$ / R$ /
Itens de Custo R$ / Lote % CT R$ / Lote % CT R$ / Lote % CT
Frango Frango Frango

3. CUSTOS VARIÁVEIS (C)

3.1 - Pintos 22.800,00 0,760 18,02 19.000,00 0,760 17,84 19.000,00 0,760 17,99

3.2 - Ração 78.603,00 2,660 62,14 65.336,25 2,660 61,34 65.336,25 2,660 61,85

3.3 - Produtos Veterinários 684,40 0,023 0,54 584,40 0,023 0,55 584,40 0,023 0,55

3.4 - Transportes 2.208,00 0,074 1,75 1.824,00 0,073 1,71 1.824,00 0,073 1,73
AGROINDÚSTRIA

3.5 - Funrural 2.532,30 0,087 2,00 2.099,38 0,087 1,97 2.099,38 0,087 1,99

3.6 - Assistência Técnica 3.360,00 0,112 2,66 3.360,00 0,134 3,15 3.360,00 0,134 3,18

3.7 - Eventuais 5.509,39 0,184 4,36 4.610,20 0,184 4,33 4.610,20 0,184 4,36

Total dos Custos Variáveis da


115.697,09 3,900 91,46 96.814,23 3,921 90,90 96.814,23 3,921 91,64
Agroindustria

4. CUSTOS FIXOS (D)

4.1 - Remuneração s/ Capital de Giro 760,96 0,025 0,60 636,90 0,025 0,60 636,90 0,025 0,60

Total dos Custos Fixos da Agroindustria 760,96 0,025 0,60 636,90 0,025 0,60 636,90 0,025 0,60

Custo Operacional da Agroindústria (igual ao


115.697,09 3,900 91,46 96.814,23 3,921 90,90 96.814,23 3,921 91,64
item 3)

Total Custos da Agroindústria (C + D) 116.458,05 3,925 92,06 97.451,13 3,946 91,49 97.451,13 3,946 92,25
CUSTO DE PRODUÇÃO DE FRANGO DE CORTE Jan_08

MINAS GERAIS

30.000 Aves p/lote 25.000 Aves p/lote 25.000 Aves p/lote

Tipo de Aviário Climatizado Automático Manual

R$ / R$ / R$ /
Itens de Custo R$ / Lote % CT R$ / Lote % CT R$ / Lote % CT
Frango Frango Frango

Custo Variável Total (A + C) 122.838,61 4,139 97,11 103.474,17 4,189 97,15 103.306,41 4,180 97,79

Custo Fixo Total (B+ D) 3.661,44 0,122 2,89 3.035,85 0,121 2,85 2.336,95 0,105 2,21

Custo Operacional Total 124.838,61 4,206 98,69 105.131,59 4,255 98,71 104.487,13 4,227 98,91

Custo Total ( A + B + C + D) 126.500,05 4,261 100,00 106.510,02 4,310 100,00 105.643,36 4,285 100,00

Custo por quilo de Frango (R$) 1,813 1,834 1,823

Preço do Frango Vivo (R$/kg) 1,610 1,610 1,610

Saldo / Custo Operacional (R$/kg) -0,180 -0,201 -0,189

Saldo / Custo Total (R$/kg) -0,203 -0,224 -0,213


Ingredientes para ração mar
Milho em grãos no atacado R$/kg 0,480
Farelo de soja no atacado R$/kg 0,825
• Variações entre Óleo bruto de soja no atacado R$/L 2,445
empresas Preço médio rações R$/kg 0,664

Produtos veterinários mar


Desinfetante R$/L 17,500
Inseticida cascudinho R$/L 23,000
Raticida R$/kg 16,000
Pastilhas de cloro R$/kg 9,000

Outros insumos mar


Energia elétrica R$/Kwh 0,200
Lenha R$/m³ 56,000
Maravalha (casca de café) R$/m³ 39,000
Pintos de um dia R$/cabeça 0,740
• Variações entre
empresas
Serviços mar

Licença ambiental R$/ano 4200,000

Serviço de apanha R$/ m² 0,400

Transporte de Frangos R$ / cabeça 0,033

Transporte de pintos R$ / cabeça 0,034

Transporte de ração R$ / kg 0,018

Receitas mar

Custo total médio frango R$/kg 1,900

Remuneração do integrado R$/cabeça 0,420


• Frango Vivo Soja Milho

• Avicultura Industrial / 2013


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