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AMBIENTE

Manejo: conjunto de procedimentos estratégicos para a criação dos animais.

Ambiente de MARRÃS:
- Alojamento em baias coletivas ou gaiolas individuais.
- Condições de alojamento: ambiência, qualidade de piso e lotação devem ser
respeitados para que o manejo de preparação seja efetivo.
- As leitoas devem permanecer em baias coletivas, mas podem ir para gaiolas
individuais para serem inseminadas 14 dias antes da IA para adaptação (não
podem ir de forma abrupta).

Conforto térmico ideal para leitoas: 19ºC e umidade relativa do ar = 65%.

● Mecanismos de dissipação de calor dos suínos:


- Condução (ex: chão da baía).
- Convecção (ex: corrente de ar).
- Radiação (ex: animais de cor clara refletem mais calor que animais de cor
escura)..
- Calor latente - método evaporativo (ex: respiração). Geralmente ativado
quando os mecanismos anteriores falham.

IN 113: “Se o risco de estresse por calor ou frio atingir níveis acima da capacidade
adaptativa dos animais,as propriedades devem adotar ações ou tecnologias que
minimizem o desconforto dos animais”.
- Sistema de ventilação: árvores, cortina, lanternim, exaustores
- Nebulização (utilizada quando a umidade do ar é menor que 80%): se a
umidade do ar estiver elevada, a nebulização terá o efeito semelhante à uma
sauna, aumentando ainda mais a temperatura do animal.

Ambiente de CACHAÇO:
- Baias individuais.
- Área recomendada: 6 a 8 m² por macho.
- Baias entre os machos devem ser separadas por grades de ferro: permite
contato visual e físico com outros machos, mantendo o estímulo, a libido e o
extinto de hierarquia.

Conforto térmico ideal para cachaços: 17 a 21ºC e umidade relativa do ar = 65 a 70%.

Ambiente de FÊMEAS EM GESTAÇÃO:


- Gaiolas individuais, baias coletivas ou sistema misto.

● Gaiolas individuais: sistemas tradicionais


- Vantagens: Facilita o manejo e otimiza o espaço (reprodutivo e nutricional).
- Desvantagens: problemas de casco; patologias urinárias e uterinas; estresse,
tédio, frustração e estereotipias; escaras.
- 1,32m² por fêmea.
- GAIOLAS: PROIBIDAS A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2013 (UE) PARA
FÊMEAS SUÍNAS PRENHAS. Diretiva 120 de 2008.
- Principais estereotipias: morder de barras; mastigação em falso; pressão
constante no bebedouro.
- IN 113: o MAPA estabeleceu por meio da instrução normativa 113, de
16/12/2020 as boas práticas de manejo e bem-estar animal das granjas de
suínos de criação comercial.
- “As granjas que utilizam gaiolas de gestação e gaiolas para alojamento para
cachaços terão prazo de até 1º de janeiro de 2045 para adaptar suas
instalações para a gestação coletiva e baias para machos.”

Conforto térmico ideal para fêmeas gestantes: 16 a 19ºC.

● Baias coletivas:
- Vantagens: maior espaço para os animais; movimentação,escolhas (permitem
a expressão do comportamento natural); estímulo de cio.
- Desvantagens: alguns modelos exigem maior área de construção (sistemas
atuais não); manejo reprodutivo; conflitos agonísticos por hierarquia; manejo
nutricional: competição.
- IA no momento do arraçoamento (fechamento da gaiola de ração).
- Área recomendada: 1,5m² para marrãs e 2m² para matrizes (IN 113).
- Evitar conflitos: fornecer áreas de fuga; respeitar a formação de grupos; baias
com cama; piquete externo.
1. Grupos dinâmicos: maior incidência de brigas, animais entram e saem a
qualquer momento (pior).
2. Grupos estáticos: lotes gestacionais (melhor).

Sistema de alimentação:
1. Livre acesso - direto no piso: descontrole de quanto cada animal come,
desperdício, disputa.
2. Livre acesso - direto no piso (drops): sem controle, evita desperdício.
3. Livre acesso - comedouros lineares: sem controle.
4. Minibox: divisórias evitam disputa.
5. Gaiolas automáticas individualizadas: permite controle de ganho de
peso e evita brigas (caro).
6. ESF - estações eletrônicas de alimentação: necessita treinamento das
fêmeas; chip na orelha; permite controle personalizado individual (alto
custo de implementação e manutenção).
7. Gaiolas eletrônicas: chip na orelha; gaiola autocaptura; permite controle
personalizado individual (manutenção não tão cara, sem necessidade
de treinamento).

● Sistema misto:
- IN 113: A manutenção das fêmeas após a cobertura em gaiolas de gestação é
tolerada e limitada a 35 dias em sistemas de alojamento individual.
- Gaiolas individuais: do desmame até 35º dia de gestação (primeiro ⅓ de
gestação no período de desenvolvimento embrionário para evitar abortos).
- Baias coletivas: do 36º ao 107º dia de gestação.

● Sistema misto cobre e solta:


- Gaiolas individuais: do desmame até a IA.
- Baias coletivas: após a IA até o 107º dia de gestação.
- Janela para homogeneização - máximo 4º dia após a IA. O processo de
migração e nidação embrionária ocorre entre o 7º e o 24º dia após a
fecundação, por isso, a homogeneização da fêmea logo após a inseminação
reduz perdas reprodutivas (evita brigas e estresse no período mais crítico de
migração e nidação embrionária).

Após o desmame, a homogeneização provoca muitos conflitos agonísticos porque


com a queda de prolactina, ocorre maior produção de estradiol. No entanto, esse
estresse positivo promove a liberação de cortisol que, por sua vez, promove a
liberação de LH, induzindo o cio das fêmeas.

Na homogeneização após a IA, não se tem mais muito estrógeno circulante, mas sim
a progesterona, fazendo com que os conflitos sejam mais brandos em função das
fêmeas estarem mais calmas.

Ambiente de FÊMEAS LACTANTES:


- Gaiolas x Baias

● Baias parideiras:
- 5%
- Área mínima: 6 m²
- Deve ter protetor contra esmagamento

● Gaiolas parideiras:
- 95%
- Área da cela parideira: 1,32 m²; área da baia: 3,96m²

Esmagamento de leitões:
- Ocorre nos dois tipos de alojamento.
- Recém-nascidos = muito inexperientes, gostam de dormir próximo da fêmea

Comportamento natural:
- Construção do ninho - comportamento inato. Materiais devem ser
disponibilizados no momento correto (16 a 24h antes do parto).

Baia PigSAFE (UK): Piglet and saw alternative farrowing environment.

Conforto térmico ideal para fêmeas lactantes: 12 a 16ºC.


- Acima de 23º pode resultar na redução do consumo de ração.
Ambiente para LEITÕES DE MATERNIDADE (lactentes):

Conforto térmico ideal para leitões de maternidade:


- Nascimento 30 a 32ºC.
- 1ª semana 27 a 28ºC.
- 2ª semana 25 a 26ºC.
- 3ª semana 22 a 24ºC.
- 4ª semana 21 a 22ºC.
- 5ª a 8ª semana 20 a 22ºC.

O tempo que o leitão leva para alcançar os valores de sua temperatura corporal
normal (39ºC) após o nascimento depende:
- momento da primeira mamada;
- peso corporal;
- temperatura do ambiente.

Manejo no parto:
- fornecimento imediato de calor (campânula, escamoteador).

● Escamoteador:
- Modelos atuais: lâmpada infravermelho
- Placas aquecidas, tapetes aquecidos, pisos aquecidos
- Como saber se a temperatura está adequada para os leitões? Observação do
comportamento dos leitões dentro do escamoteador. Todos os leitões devem
estar dentro do escamoteador distribuídos uniformemente.

Perda de calor pelo leitão:


temperatura do ambiente baixa ➞temperatura corporal do leitão baixa ➞ esfriamento do
leitão ➞letargia ➞ redução do consumo de colostro = fome, esmagamento, doenças
(diarreia e tosse), morte.

Ambiente para LEITÕES DE CRECHE:

Instalações:
● Creche elevada:
- ⅓ x ⅔ (parcialmente ripada);
- Totalmente ripada.

● Creche ao nível do piso:


- Totalmente compacta;
- Totalmente ripada;
- ⅓ x ⅔ (parcialmente ripada);
- Sobre cama (ou sobreposta).
Creche sobre cama:
- Vantagens: expressão do comportamento natural; conforto térmico; destino e
aproveitamento dos dejetos (adubo, fermentação in situ).
- Desvantagens: maior conversão alimentar; problemas respiratórios; manejo da
cama; densidades.
- Densidade:
- 2 m² por animal
- 1 m³ de cama para cada 15 leitões
- 25/30 a 50 cm de altura de cama (menor no verão)

Densidades:
- Totalmente compacta: 0,45 m²/animal
- Parcialmente ripada: 0,35m²/animal
- Totalmente ripada: 0,30 m²/animal (0,27 a 0,33 m²)
- IDEAL 10 a 20 leitões por baia.

Considerações sobre a escolha das instalações:


- Respeitar as densidades (nº de animais por m²) e nº de animais por baia.
- Tipo do piso é importante;
- Tipo de comedouro e bebedouro.
- Introduzir enriquecimento ambiental sempre que possível.
- Manter estratégias para o conforto térmico.
- Manejo de higienização.

Conforto térmico:
- Manejo de cortinas
- Protegem os animais: localização; tipo de alojamento; telhado; pé-direito;
equipamentos.
- Espaço/suíno; temperatura; umidade relativa do ar; direção e velocidade do ar;
qualidade do ar (controle dos gases: amônia, monóxido de oxigênio e gás
carbônico).
- Campânulas, escamoteadores.

Conforto térmico ideal para leitões de creche: 22 a 26ºC.

Ambiente para LEITÕES DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO:

● Ao nível do piso:
- Totalmente compacto;
- ⅓ x ⅔ (parcialmente ripado);
- Totalmente ripado;
- Sobre cama.

Densidades:
- Cama sobreposta: 1,2 m²/animal; 1 m³ para cada 6 leitões; 40 a 50 cm de
altura de cama.
- Totalmente compacto: 1,0 a 1,10 m²/animal.
- Parcialmente ripado: 0,80 m²/animal.
- Totalmente ripado: 0,70 m²/animal. (aumentou)
- 7 a 30 leitões/baia.

IN 113:
- Para animais de terminação abatidos com até 110 kg de PV, a área útil mínima
destinada a cada animal deve ser igual ou superior a 0,9 m²;
- Para animais de terminação abatidos acima de 110 kg de PV, a área mínima
será definida com base no peso metabólico dos animais através da equação
A= k x PV0,667, sendo A igual a área útil mínima em m², k uma constante de
valor igual a 0,036 e PV o peso vivo do animal.

Considerações sobre a escolha das instalações:


- respeitar as densidades;
- tipo do piso;
- tipo do comedouro e bebedouro;
- introduzir enriquecimento ambiental sempre que possível;
- manter estratégias para o conforto térmico;
- manter a higienização.

Conforto térmico ideal para leitões de crescimento: 18 a 20ºC.

Conforto térmico ideal para leitões de terminação: 12 a 21ºC.

Conforto térmico:
- ventiladores, nebulização, cortinas, lanternins, árvores.
- área externa (lama), cama, lâmina d’água.
- Molhar os leitões somente quando a umidade não estiver elevada (efeito
estufa).

NUTRIÇÃO DE SUÍNOS
- Onívoros.

Por que é importante?


- A nutrição pode impactar em até 80% dos custos de produção.
- A nutrição é um componente prioritário do bem-estar dos animais.
- Interfere diretamente na sobrevivência e no desempenho dos animais
(crescimento; manutenção das funções vitais e termorregulação; produção
tecidual, de leite, sêmen e embriões).

Dieta para suínos:


- Milho = energético.
- Soja = proteico.
- Trigo = proteico/fibra.
- Outros: sorgo, arroz, aveia, óleos e gorduras, farinhas.
- Água.

Granulometria: quanto menor for o grão,mais fácil fica a digestão e melhor é o


aproveitamento de nutrientes. Ideal até 0,5 mm.
- Granulometrias muito pequenas podem estar associadas à úlceras gástricas.

Formas físicas da ração:


- Peletizada.
- Farelada.

Suíno: 🐷
● Atrativo: odor.
● Hábito alimentar: onívoro.
● Boca: amilase salivar, glândulas salivares, língua e dentes, papilas
gustativas.
● Esôfago.
● Estômago: redução do pH (1,5 – 2,5), armazenamento - ácido clorídrico,
pepsina.
● Pâncreas: enzimas pancreáticas
● Fígado: metabolizador
● Vesícula biliar: bile - tampão bicarbonato e digestão de lipídeos.
● Intestino delgado: pH neutro - digestão de carboidratos, gordura, proteína.
Absorção.
● Intestino grosso: fermentação - digestão microbiana. (ceco) digestão de
fibras.
● TEMPO: Estômago 15 – 30%. Intestino delgado 4 – 6%. Intestino grosso 65
– 80%.
Tipos de arraçoamento:
- À vontade
- Restrito
- Controlado

Tipos de ração:
- Reposição (cachaços e marrãs)
- Gestação
- Lactação
LEITÕES:
- Pré-inicial
- Inicial
- Crescimento
- Terminação

Manejo nutricional de CACHAÇOS:


- Composição da ração interfere na produção, composição e viabilidade do
sêmen.
- Machos jovens recebem ração de crescimento.
- A partir do 120º dia, dieta específica ou ração gestação/lactação controlada.
Não reduzir minerais e aditivos. Balanceamento de aminoácidos.
- Manter escore de condição corporal.

Manejo nutricional de MARRÃS:


- Composição da ração interfere no desempenho.
- Recebem ração de crescimento.
- A partir do 120º dia, dieta específica ou ração gestação controlada. Não reduzir
minerais e aditivos. Balanceamento de aminoácidos.
- Manter o controle de peso (130 kg aos 210/220 dias).
- Manter o escore de condição corporal.

Manejo nutricional de FÊMEAS PRENHAS:


- Composição da ração interfere no desempenho reprodutivo e produtivo após o
parto.
- Recebem três a quatro diferentes dietas (gestação e lactação) à vontade e
controlada, de acordo com a fase gestacional.
- Manter o escore de condição corporal.
- Incluir uma dieta com fibra no pré-parto.

Manejo nutricional de FÊMEAS LACTANTES:


- Composição da ração interfere no desempenho reprodutivo e produtivo após o
desmame.
- Alta energia, alta proteína, maior uso de aa e minerais.
- Não fornecer ração ou 500g no dia do parto. Após, recebem ração lactação à
vontade (depende do tamanho da leitegada). Estimular o consumo durante a
lactação.
- Incluir uma dieta com fibras (primeiros dias após o parto).
- Água é essencial.

Manejo nutricional dos LEITÕES LACTENTES:


- O pico produtivo na fêmea ocorre na 3ª semana após o parto, que é também
quando ocorre o desmame (impacto para os leitões).
- pH ótimo = 2 (<4); na fase de crescimento pH entre 2 e 4,5; leitões mais jovens
pH em torno de 4 a 7, mais próximo do pH ótimo de desenvolvimento das
bactérias (leva a diarreias, mortalidade e baixo desempenho).

● Fase pré-inicial (desafiadora):


- A partir do 7º dia de idade até 35 dias; 2 a 15 kg.
- Composição da ração interfere no desempenho produtivo na maternidade e
após o desmame.
- Alta lactose, proteica, aa e aditivos.
- Ração pré-inicial à vontade. Oferecer sempre fresca várias vezes ao dia
(papinha).
- Farelada x peletizada.

● Fase inicial 1 e 2:
- Até 35 dias (fase pré-inicial à vontade).
- 36 a 49 dias (fase inicial 1 à vontade).
- 50 a 36/70 dias (fase inicial 2 à vontade) 25 a 30 kg.
- Composição da ração interfere no desempenho produtivo, principalmente após
desmame.
- Alta digestibilidade, amido gelatinizado, aditivos.
- Papinha!

● Fase crescimento:
- 63/70 a 119 dias (25/30 a 65/70 kg).
- Composição da ração interfere no desempenho produtivo, crescimento
exponencial.
- Ração crescimento à vontade.
- Pode-se inserir ingredientes alternativos, mais fibrosos, até com menor
digestibilidade, controlada.
- Baia mista ou separada por sexo.

Machos imunocastrados > fêmeas > machos castrados cirurgicamente (sem ação da
testosterona).

● Fase terminação:
- 120 a 150/160 dias (65/70 a 100/110 kg).
- Composição da ração interfere no desempenho produtivo (acabamento).
- Ração terminação à vontade x restrita.
- Pode-se inserir ingredientes alternativos, menores níveis de proteína, minerais
e aditivos.
- Baia mista ou separada por sexo.

Nutrição de MARRÃS:

Água:
- Fornecimento de água: mín 5 L/dia e máx 12 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 2 L/min.
- Temperatura ideal: 17 a 20ºC.
- 1 bebedouro/10 leitoas.
- Chupeta, bite ball, concha-niple, concha-válvula.
- Altura do bebedouro: 5 a 10 cm acima da paleta, ângulo de 50º.

Manejo nutricional:
- Maior erro: tratar leitoas de reprodução como animais de terminação.
- O objetivo é maximizar a produtividade da leitoa, permitir uma lactação sem
perdas corporais excessivas e, ainda, produzir um resultado no segundo parto
igual ou superior ao primeiro, garantindo uma excelente longevidade no
rebanho.

Manejo nutricional:
- Ração recria: à vontade (1ª semana até os 100 dias).
- Ração recria: controlado 1,8 a 2 kg/fêmea/dia (101 a 130 dias).
- Ração reposição: 2 a 2,5 kg/fêmea/dia (>131 dias).
- Ração lactação-marrã (FLUSHING): à vontade (variável - 3,2 até 5
kg/fêmea/dia) (10 a 14 dias antes da cobertura). Potencial ovulatório. 4
fornecimentos diários.
- Pré-Flushing

Arraçoamento:
- Arraçoamento de livre acesso (comedouro linear).
- Arraçoamento de livre acesso em mini box.
- Arraçoamento no chão. Não ideal as fêmeas não têm acesso todas ao mesmo
tempo.
- Arraçoamento de livre acesso (comedouros). Não ideal as fêmeas não têm
acesso todas ao mesmo tempo.
- Arraçamentos eletrônicos (ESF ou gaiolas auto-captura).
DESEJÁVEL: baia limpa, desinfetada e com piso em bom estado; densidade
adequada; comedouro com acesso para todas as fêmeas ao mesmo tempo.
INDESEJÁVEL: piso abrasivo; densidade inadequada dificultando acesso à
água e alimentação; comedouro inadequado com dificuldade de controle de
consumo.

Nutrição de CACHAÇOS:

Manejo nutricional:
- Ração recria: à vontade (ª semana).
- Ração específica: 2 a 2,5 kg/macho/dia até 205 dias.
- Ração específica (ou gestação): 2,55 até 3,05 kg/macho/dia.

Controle de peso e condição corporal:


- IDEAL: ET = 14 a 17 mm / ECC = 3.

Água:
- Fornecimento de água: mín 10 L/dia e máx 15 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 2 L/min.
- Temperatura ideal: 17 a 20ºC.

Nutrição de FÊMEAS EM GESTAÇÃO:

Manejo nutricional:
- Matriz (120 dias); Marrã (120 + 15 dias de flushing).

Protocolo UEA:
- Ração lactação Flushing: à vontade (mín 3,2 - 6 kg/fêmea//dia) do desmame à
cobertura.
- Ração gestação restrição: restrita (1,5 a 1,8 kg/fêmea/dia) da cobertura ao 7º
dia de gestação.
- Ração gestação controlada: controlada (1,8 a 2,2 kg/fêmea/dia) (ECC) do 8º ao
85º dia de gestação.
- Ração lactação controlada: controlada (2,5 a 3 kg/fêmea/dia (NÃO ECC) do
86º dia de gestação até o parto.

Água:
- Fornecimento de água: mín 15 L/dia e máx 23 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 2 L/min.
- Temperatura ideal: 17 a 21ºC.
- Levantar as fêmeas!

● Ração lactação flushing:


- À vontade.
- Efeito direto sobre a função ovariana, especialmente na foliculogênese.
- Maximização do potencial ovulatório.
- O efeito energético do flushing aumenta os níveis plasmáticos de FSH e LH,
levando a um maior potencial ovulatório. Além disso,o flushing melhora a
qualidade e a uniformidade dos oócitos.
- Ideal que seja uma ração diferente da lactação padrão.

● Ração gestação restrição:


- Restrita. Abaixo do ideal.
- Sobrevivência embrionária: o manejo alimentar imediatamente após a
cobertura (0-7 dias) é crucial. A menor quantidade de ração diminui o
metabolismo da fêmea diminuindo o fluxo sanguíneo promovendo maior aporte
de progesterona no aparelho reprodutivo evitando morte embrionária.

● Ração gestação controlada:


- Controlada.
- Formação das fibras musculares: entre 35 a 55 dias de gestação ocorre a
formação das fibras primárias e entre 55 a 95 dias ocorre a formação das fibras
secundárias do feto.

● Ração lactação controlada:


- Controlada.
- Crescimento fetal: no terço final da gestação existe um aumento muito grande
da deposição de proteína no feto, resultando num crescimento exponencial.
- Crescimento mamário: no terço final da gestação existe a deposição de
proteína na glândula mamária e preparação para a produção de colostro e
leite.
- Se não for bem feito: peso médio baixo de leitegada, refugos, menor produção
de leite.

Ração de transição: recomendada pelo fato de que a mudança da ração gestação


para lactação é muito brusca.
- Aumenta produção leiteira e diminui constipação evitando partos distócicos.

Objetivos do programa nutricional de fêmeas em gestação:


- Aumentar a taxa de ovulação.
- Aumento da sobrevivência embrionária.
- Crescimento corporal (marrãs). Avaliar condição corporal.
- Recomposição das reservas corporais (matrizes). Avaliar condição corporal.
- Desenvolvimento das glândulas mamárias.
- Desenvolvimento dos fetos (peso ao nascer).
Nutrição de FÊMEAS EM LACTAÇÃO:

Água:
- Fornecimento de água: mín 20 L/dia e máx 35 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 2 L/min.
- Temperatura ideal: 17 a 21ºC.
- Levantar as fêmeas!

Manejo nutricional pré-parto:


- Ração lactação controlada continua na mesma quantidade.

Manejo nutricional pós-parto:


- Ração lactação maternidade à vontade do parto ao desmame.
- Avaliar ECC: na cobertura, com 30 dias de gestação e com 85 dias de
gestação.
- Desmame com ECC de 2 a 3.
- DESAFIO 1: maximizar a produção de leite, prevenir perdas da condição
corporal, PRINCIPALMENTE na primeira lactação.
- DESAFIO 2: retorno à ciclicidade pós-parto em, no máximo, 3 a 5 dias e
ausência de anestro.
- Ração à vontade, mas considerando o tamanho da leitegada: 2 kg + (0,5 kg x
nº leitões lactentes). Marrãs reduzir de 2 kg para 1,5 kg.
- PORTANTO:
1. Consumo maximizado;
2. Avaliação ECC;
3. Atenção com as PRIMÍPARAS;
4. Número e desempenho da leitegada (GP e TM).

Cálculo do ganho de peso da leitegada:


- Ganho de peso da leitegada = [peso da leitegada ao desmame - (nº de leitões
desmamados x média de peso dos leitões ao nascimento)] / duração da
lactação.

Objetivo do manejo nutricional de fêmeas em lactação:


- Aumentar a produção de leite;
- Reduzir a perda de peso e a perda da reserva de gordura corporal;
- Melhorar a performance reprodutiva subsequente;
- Aumentar a taxa de crescimento dos leitões;
- Diminuir a taxa de mortalidade dos leitões.

Nutrição de LEITÕES DE MATERNIDADE (lactentes):

Ração pré-inicial:
- “À vontade”.
- Ideal: 7º dia.
- Apresentar a ração aos leitões em quantidade muito pequena, várias vezes ao
dia (extremamente perecível) aumentando gradativamente.
- Seca ou papinha.
- Afastada da mãe.

Água:
- Fornecimento de água: mín 0,1 L/dia e máx 0,5 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 0,2 L/min.
- Ideal que o bebedouro seja o mesmo do desmame (adaptação).

Nutrição de LEITÕES DE CRECHE:

Manejo nutricional:

● Ração pré-inicial 1:
- À vontade.
- 7 a 35 dias de idade.

● Ração pré-inicial 2:
- À vontade.
- 36 a 45 dias de idade.

● Ração inicial:
- À vontade.
- 46 dias de idade até descreche.

Quantidades:
- Papinha: 1,3 kg/cabeça
- Pré-inicial 1: 3,5 kg/cabeça
- Pré-inicial 2: 7 kg/cabeça
- Inicial: 13 kg/cabeça

Início da alimentação na creche:


- O desempenho na primeira semana de desmame apresenta forte correlação
com o peso na saída de creche e dias necessários para o abate.
- Leitões precisam encontrar facilmente a ração. Galpões bem iluminados,
apagar a luz à noite a partir do 4º dia.
- Comedouros adequados e de fácil acesso.
- Ter sempre ração disponível.
- Estimular o consumo de ração.
- Identificar e ajudar os leitões refugos.

Leitões que não consomem ração até 42 horas pós-desmame têm, aproximadamente,
três vezes mais chances de apresentarem subdesenvolvimento que leitões que
consomem ração antes desse período, independente do peso ao desmame.
Papinha:
- Mais atrativa.
- Melhora a digestão e absorção.
- Ameniza o estresse da transição.
- Fornecer de 6 a 8 vezes por dia em pequenas porções (mínimo 3x/dia).
- Respeitar a proporção de (2 partes de água : 1 parte de ração).
- Utilizar cochos que tenham o número de bocas correspondente ao tamanho do
lote.

IMPORTANTE:
- Acesso à ração
- Limpeza
- Regulagem: excessos e desperdício
- Qualidade, longevidade

Água:
- Fornecimento de água: mín 1 L/dia e máx 5 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 0,2 a 0,5 L/min.
- 1 bebedouro para cada 10 leitões, com altura ajustada ao tamanho dos
animais.

Nutrição de LEITÕES DE CRESCIMENTO E DE TERMINAÇÃO:

● Ração crescimento/recria: até os 120 dias de idade, à vontade.

● Ração terminação: dos 120 dias ao abate, à vontade ou restrita.

Comedouros:
- Retangular
- Circular
- Linear

Manejo nutricional (arraçoamento) CRESCIMENTO/RECRIA:


- 25 a 50 kg: maior deposição de tecido magro e menor de gordura = ração à
vontade.

Manejo nutricional (arraçoamento) TERMINAÇÃO:


- Início da terminação (50 a 70 kg): maior deposição de tecido magro e menor de
gordura = ração à vontade.
- Terminação (70 a 120 kg) = alimentação controlada. Melhora a eficiência
alimentar; reduz deposição de gordura na carcaça (bonificação); reduz
quantidade de efluentes/kg de suíno.

● De acordo com o SEXO:


- Qualidade de carcaça (músculo : gordura) = fêmea + músculo, macho castrado
+ gordura.
- Conversão alimentar = fêmea < macho.
- Ganho de peso.
- Consumo voluntário.
ESTRATÉGIA:
- Fêmeas e machos inteiros: ração à vontade de melhor composição nutricional.
- Machos castrados: ração restrita (5 a 10%) do consumo, de menor qualidade
(apenas leitões acima de 50 a 70 kg).

* restrição alimentar: comedouros que permitam que todos os animais comam ao


mesmo tempo (evitar competição).

Água:
- Fornecimento de água:
- (25 - 50 kg) = mín 4 L/dia e máx 7 L/dia. Fluxo mín 1 L/min.
- (50 - 100 kg) = mín 5 L/dia e máx 10 L/dia. Fluxo mín 1,5 L/min.
- Altura regulada = 5 a 7 cm acima do dorso dos leitões.
- Chupeta ou chanfrado; Bite ball ou bico de pato (mais fáceis de regular
a altura).
- Tipo concha (higienizar sempre).

MANEJO DOS SUÍNOS

Reprodutores:

Manejo de MARRÃS:
- Idade ao 1º cio (PUBERDADE) = 160 a 170 dias (5,5 meses) / peso = 100 a
110 kg.
- Idade à reprodução efetiva (MATURIDADE SEXUAL) = 210 dias (7 meses) /
peso = 130 a 140 kg.
- No 3º cio a fêmea deve ter o PESO adequado!

Estratégia de reposição de leitoas: CONSTANTE!


- Melhor fase produtiva (prolificidade e peso de leitegada): fêmeas com 3 a 6
partos.
- Poucas leitoas, muitas multíparas até 6 partos, poucas acima de 6 partos.
- Taxa anual de reposição = 40 a 45% anualmente.
- Descarte por idade/nº de partos = 6 a 8.

Quando NÃO HÁ reposição de leitoas:

Consequência = plantel indesejável (J invertido):


- Única solução: aumentar a taxa de reposição de leitoas.

Situação pós reposição de leitoas (tipo L):

Pontos essenciais para se preparar adequadamente a leitoa:

1. Boa recepção.
2. Cuidados na origem, transporte, descarregamento.
3. Quarentena e adaptação sanitária.
4. Ração reposição, medicações injetáveis e vacinas.
5. Instalações, boas condições de alojamento e densidade.
6. Água, ambiente e desinfecção.
7. Taxa de crescimento.
8. Estímulo de cio, qualidade do cio e qualidade de detecção de cio.
9. Parâmetros de cobertura.
10. Nutrição adequada de cobertura.
11. Sanidade.
12. Treinamento e mão de obra.

Chegada à granja:
- Além do aspecto sanitário, os suínos respondem com boa produtividade ao
contato gentil com o ser humano.
- Desembarque confortável e com cuidado, visando preservar a integridade
física e reduzindo estresse - todo esforço nesse procedimento se justifica para
uma adaptação mais fácil e menor necessidade de medicamentos e
reposições.

Limpeza, desinfecção e ambiente:


- Alojar as leitoas em baias previamente limpas e desinfetadas, numa densidade
de 1,5m² a 1,8m²/animal, em grupos de 6 a 12 animais por baia - esse
procedimento otimiza o manejo de preparação para a cobertura como um todo.
- Sistema all-in, all-out = vazio sanitário de 7 dias.
- Qualidade das baias e do piso é importante para a integridade do aparelho
locomotor.
- A densidade é importante para a nutrição e indução da puberdade.
- Controle ambiental importante para o conforto e higiene.

Quarentena ou adaptação sanitária:


- Quarentenário: garantia de adaptação sanitária do animal (28 a 70 dias).
- Adaptação sanitária (quando não existe quarentenário): 21 a 45 dias.

Manejo sanitário:

● Avaliações diárias: comportamental, clínica e sanitária (exames); higiene


rigorosa. Além disso, controle do peso corporal ou ECC; manejo reprodutivo e
ANOTAÇÕES.

● Medicações: 14 a 21 dias; preventivo para os cascos 1-2x semana (pedilúvio,


tópico).

● Vacinação:

- e outras vacinas, 4 a 7 dias após a chegada.


- Erisipela, Leptospirose e Parvovirose: 14 dias antes da 1ª IA.

● Contato: para imunização ativa, após protocolo vacinal, promover o contato


com microorganismos (fezes de outras baias, restos de placenta, fetos
mumificados, animais sentinelas).

Curva de crescimento de leitoas: Pode ser influenciada por vários fatores:


- Níveis nutricionais utilizados;
- Programa nutricional utilizado;
- Escore corporal e peso das marrãs;
- Temperatura do ambiente;
- Ambiência;
- Status sanitário. Quanto melhor a sanidade da granja,menor será o
requerimento de nutrientes para a mantença.

● Controle de peso corporal: 600 a 700g de GPD do nascimento até a 1ª


cobertura/IA (adequada à genética/categoria).

● Controle da condição corporal à cobertura/IA:


- ECC: 2-3.

Manejo reprodutivo:
- PUBERDADE = Influenciada por: época do ano, temperatura, manejo
nutricional, condição corporal, linhagem da fêmea e manejo reprodutivo.
- Exposição das marrãs aos machos sexualmente maduros deve ser diária, 1 a
2x ao dia, 15 minutos a partir dos 150/160 dias de idade.
- Exposição total > exposição restrita.
- Quanto maior o tempo de exposição e maior sua frequência, melhor é o
estímulo para o início da puberdade, inclusive para o melhor desenvolvimento
do trato reprodutivo e sistema endócrino. Os componentes do efeito macho são
ADITIVOS.
- MACHOS: rotacionar os machos; não devem ser muito novos (baixos níveis de
testosterona), acima de 11 meses; dóceis.
- Sistema BEAR: área de exposição ao macho.

Manejo para indução de cio: O manejo deverá iniciar somente com idade superior a
5 meses. Para estimulação, recomenda-se:
- Colocar a leitoa em contato com o macho, 2x ao dia durante 10-15 minutos.
- Utilizar machos mais velhos (mais de 11 meses) com boa libido e dóceis.
- Não alojar as leitoas próximas das baias dos cachaços (eles devem ser
novidade).
- Anotar a ocorrência de cio na ficha da leitoa e agrupar as leitoas conforme
ordem de cio.
- Fazer rodízio de machos diariamente para o estímulo e identificação do cio.
- Indicação hormonal: ÚLTIMO RECURSO.

IA: Marrãs cobertas no 3º ou 4º cio apresentam maior prolificidade ao longo da vida.


- Marrãs (cio curto) = 1ª IA (hora 0); 2ª IA (12 horas após); 3ª IA (24 horas após,
se ainda houver sinal de cio).

Capacitação técnica:
- Empatia, conhecimento, equipe, comprometimento, automotivado.

Manejo de CACHAÇOS:
- Machos 31 meses = redução significativa da concentração espermática e
aumento de patologias espermáticas.
- Idade máxima = 1000 dias.
- Leitões nascidos vivos/ano (IA): 7 a 9 mil.
- Taxa anual de reposição = 50%.

Recepção dos machos:


- Avaliações rotineiras.

Quarentena ou adaptação sanitária igual marrãs.

Manejo sanitário:
- Medicações: preventivo para os cascos 2x/sem.
- Vacinação: 2ª dose erisipela, lepto e parvo: 14 dias antes da 1ª IA ou monta. 21
dias entre as doses e repetir a cada 6 meses.

Dados de desempenho:
- Idade à PUBERDADE = 120 a 150 dias; peso = 100 - 110 kg.
- Idade à MATURIDADE SEXUAL = 7 a 8 meses; peso = mínimo 150 kg.

Treinamento no manequim:
- Iniciar aos 180 a 210 dias (6 a 7 meses).
- Machos de coleta nunca devem ser usados para fazer a monta natural.
- Frequência de coletas:
- Até 12 meses (365 dias) intervalo de 7 dias.
- Após 12 meses até 15 meses (450 dias) até 3 coletas a cada 2
semanas.
- Após 15 meses, 2 coletas por semana.
- Inseminar a partir da 5ª coleta.

Monta natural:
- Iniciar aos 7 a 8 meses.
- Frequência:
- Entre 7 e 9 meses, 2 montas por semana (1 fêmea).
- Entre 10 e 12 meses, 4 montas por semana (2 fêmeas).
- Acima de 12 meses não mais que 6 montas por semana (3 fêmeas).

Manejo dos reprodutores: Fêmeas em gestação

Manejar as fêmeas durante toda a fase gestacional garantindo baixo número de dias não
produtivos, elevada taxa de parição, prolificidade e ótima eficiência alimentar, associado à
uniformidade no peso dos leitões ao nascimento e elevada taxa de sobrevivência da progênie,
além de menor taxa de mortalidade das matrizes

Desafios:

 Baixo número de DNP (dias não produtivos)


 Elevada taxa de parição
 Desenvolvimento dos embriões e fetos
 Prolificidade
 Uniformidade no peso dos leitões
 Produção de colostro
 Manter a condição corporal
 Ótima eficiência alimentar
 Longevidade
 Menor taxa de descarte

Avaliação de condição corporal de fêmeas suínas

 Evolução do peso corporal (dependendo da genética, a empresa fornece um manual


para acompanhamento de peso)
 Escore de condição corporal (ECC) > mais usado. Regiões p/ avaliação: coluna
vertebral, costelas, pontas dos íleos e ísquios e implantação da vulva. Sempre deve ser
feito com uma equipe treinada, de preferência com o mesmo funcionário e com uma
avaliação semanal
Na cobertura/desmame, é possível admitir um escore 2. Com 30 dias de gestação, o
ideal é escore 3 (mas nessa fase ainda poderá ser corrigido) e com 85 dias de gestação
ela precisa estar com escore 3, pois nessa fase não poderá haver correção de escore

 Caliper: quantifica a angularidade da linha dorsal da fêmea, entre o processo


espinhoso e transverso das vértebras. Um animal que perde ou ganha gordura e
musculatura torna-se mais ou menos angular nessa região. A avaliação deve ser feita
em 3 momentos: no desmame, 35 dias de gestação e 90 dias de gestação

 Avaliação ET (espessura de toucinho): via ultrassom ou medidor de ET no ponto P2

Consequências: parindo obesas x magras

 Obesas: distocias, dificuldade na movimentação (risco de esmagamento), diminui o


consumo da ração por ter bastante reserva energética gerando baixa produção de leite
e baixo desempenho dos leitões (mortalidade e baixo ganho de peso)
 Magras: Leitões de baixo peso ao nascimento e refugagem, recuperação complicada,
perda de peso durante a lactação, baixo peso da matriz e dos leitões no desmame, alto
IDC

Diagnóstico de retornos ao cio

 Após a IA, dar enfoque ao passeio do cachaço nos dias múltiplos de 21 (21, 42, 63, 84
dias de IA).
 Caso repita um cio regular (a cada 21 dias) pode ter sido por erros na IA, a fêmea não
ter ovulado, baixa qualidade de sêmen
 Caso repeta um cio irregular (fora dos 21 dias), deve ter acontecido morte embrionária
(estresse térmico ou por manejos, patologias, toxinas na ração ou baixa taxa de óvulos
fecundados)
 Passeio do cachaço: a partir de 18 dias após a IA até o final do período gestacional

Diagnóstico de gestação

 Métodos complementares: não substituem o passeio


 Acompanhamento do volume do abdômen
 Doppler: 28/30 a 40 dias. Espécie de microfone posicionado na região ventral da
fêmea, é possível ouvir um som relacionado ao fluxo sanguíneo nas artérias uterinas.
 Ultrassom: 21-25 dias. Alto custo. Percebe-se uma estrutura dentro da vesícula
embrionária.

Esquema vacinal de marrãs

Esquema vacinal de matrizes

Vias de aplicação de vacinas/medicamentos


 1: Via intramuscular (agulha na direção perpendicular) = região da tábua do
pescoço. Nesta região, não injetar mais de 10ml por vez em suínos adultos e
2ml em leitões (em cada lado)
 1: Via subcutânea (agulha deitada) = após a orelha, atrás da pata anterior ou
na virilha em leitões
 2 e 3: Via intramuscular > exceto em reprodutores e leitões de crescimento e
terminação, por ser onde se localiza as carnes nobres (risco de abscesso por
contaminação)
 4: Via intravenosa = Vasos da orelha > anestesia de um animal adulto (agulha
fina) ou amostra de sangue pequena
 5: Via intravenosa = Veia jugular
 6: Via intravenosa = Veia cava anterior
 Aplicação intravulvar = aplicação de hormônios (ocitocina). Nessa região, deve
ser aplicado metade da dose recomendada pela via intramuscular
 Via mamária = aplicação de hormônios (deve estar devidamente contida)

Como conter o animal?

 Somente conter (semi ou total) quando o animal já estiver “traumatizado” com


aplicações, para não haver riscos ao manejador
 Contenção total: é feita com o cachimbo, somente com o objetivo de
resguardar a integridade do manejador. Provoca dor. É necessário fazer em
toda coleta de sangue

Transferência da fêmea para a maternidade (107º dia)


 Galpão gestação > galpão maternidade
 Pesagem
 Avaliação do ECC, cáliper ou espessura de toucinho
 Banho completo e desinfecção: preferência na região da vulva, glândula
mamária e cascos

Manejo dos reprodutores:

Fêmeas em lactação:
- Da entrada na maternidade (1 semana antes do parto) até a saída (desmame)
- Importante porque interfere na eficiência produtiva da fêmea e dos leitões
(qualidade, peso e uniformidade dos leitões). Objetivo mínimo: 30 leitões
desmamados/fêmea/ano.
- Desafio: o contexto nutricional deve garantir a produção e reprodução da
fêmea subsequente ao desmame (quantidade e qualidade dos leitões).

Preparação da maternidade:
- Priorizar o manejo sanitário e de transferência
- All in all out (lavagem, desinfecção e vazio sanitário de 3-5 dias). Reduzir a
pressão de infecção.
- Escamoteador adequado: limpo, seco, aquecido (30-32º C), iluminado

Manejo da transferência:
- 107º- 110º dia de gestação. Primíparas é ideal transferir antes (14 dias antes,
maior tempo de adaptação).
- Transferir em horários mais frescos com calma (evitar abortos)
- Limpeza contínua da fêmea e das instalações
- Materiais disponíveis para o parto
Manejo do parto:
- Garantir a sobrevivência do maior número possível de leitões, garantir a
chegada no teto
- Intervir em partos distócicos
- Sem intervenção humana: perda de até 20% dos leitões. Com intervenção: 2%
mortalidade.

Manejo pré parto:


- Indução do parto: aplicação de análogo sintético da PGF2alfa 24h antes da
data prevista do parto. Intramuscular ou via submucosa vulvar. Objetivo: evitar
partos em horários que não tenha funcionários disponíveis, garantir melhor
assistência, concentrar os partos, homogeneizar o lote. 75-80% dos partos
ocorrem no horário normal se aplicado 24h antes. O parto deve ocorrer de 24 a
28 h após a aplicação. Importante saber a data exata da inseminação para
evitar partos prematuros, abortos, etc. Variação no tempo de gestação. Em
geral, o período de gestação é de 114-115 dias, podendo ser de 111 a 120.
Observar o protocolo, o análogo, a dose, a via de aplicação, a linhagem das
matrizes e o período de gestação. Quando induzido aos 113 dias ocorre
redução de 31 a 102g no peso médio dos leitões. Quando a indução é feita de
forma errada pode ocasionar: leitões com menor viabilidade, mais natimortos,
aumento da duração do parto, aumento da assistência, maior IDC, maior
ocorrência de MMA, aumento da mortalidade dos leitões e aumento de 18% na
mortalidade das fêmeas. Avaliar custo benefício, não usar de forma
generalizada. Indicações: em matrizes de risco (mais velhas na OP 5 ou 6,
obesas, claudicantes). Considerar o PG médio anterior, ou 114 ou 115. Não é
recomendado induzir o parto em marrãs e partos com menos de 113 dias.

Manejo do parto:
- Duração: 1-5 horas. Ideal 2h30min
1ª fase:
- Dilatação cervical, vulva edemaciada e hiperêmica, tetos hiperêmicos e
congestos, secreção leitosa nos tetos, inquietação, dores abdominais,
contrações uterinas rítmicas, construção do ninho.
- O edema vulvar começa 4 dias antes do parto. Pode ocorrer dilaceração.
- Congestão nos tetos: 48-24 horas antes do parto
- Construção do ninho: 24-16h antes do parto
- Secreção leitosa: gotas → parto em 12-24h (70% dos casos). Jatos → parto
em 6-12h (94% dos casos).
- Mecônio: fluidos fetais (parto ocorre em até 2h). Relacionado à abertura da
cérvix.

2ª fase:
- Liberação dos leitões
- Estica e encolhe os membros, contrações uterinas, movimentação da cauda na
passagem do leitão pela cérvix
- Intervalo ideal: 10-20 min.
- Apresentação normal dos leitões: anterior/cranial ou posterior/caudal
3ª fase:
- Liberação das placentas
- Pode liberar uma placenta a cada leitão, aos poucos ao longo do parto ou
eliminar todas no final
- Quando eliminada em quantidades maiores pode indicar o final do parto
- Diminuição das contrações

Sobrevivência dos leitões pós parto:


- Tamanho da leitegada
- Duração do parto
- Peso ao nascimento dos leitões
- Número de partos da fêmea (fêmeas mais jovens e mais velhas são mais
longos)
- Intervenções nos partos (não deve ser uma rotina)

Quando intervir:
- Partos distócicos (anormal, quando a fêmea não consegue parir sozinha).
Leitões muito grandes, mal posicionados ou ausência de contração.
- Observar o comportamento da fêmea, intervalo de expulsão entre os leitões
(varia de 1-60 min.)
- Intervalo de expulsão superior a 30-40 min. → intervir (procedimentos não
invasivos)
- Antes de intervir avaliar se a fêmea tem contrações
- Fêmea sem contração:
Normalmente após um leitão muito pesado ou parto muito longo. A fêmea deve
estar sem ocitocina circulante, mais tranquila. Garantir que todos os leitões
estejam mamando, fazer massagens rítmicas abdominais no sentido crânio-
caudal, levantar e virar a fêmea de lado. Se ela continuar sem contrações,
aplicar ocitocina ou carbetocina injetável (se houver leitões obstruindo o canal
pode causar prolapso uterino ou rompimento do útero). Toque vaginal em
último caso (invasivo).
- Fêmea com contração:
Possui ocitocina circulante, mais inquieta. Levantar e virar a fêmea de lado,
massagens abdominais. Último caso: toque vaginal.
- Aplicação de ocitocina: via subcutânea ou intramuscular (2-3 mL) ou
submucosa vulvar (1,5mL total, 0,5 a cada 30 min.). Máximo 3 mL porque
depois não funciona mais, limite de receptores para ocitocina.
- Toque vaginal: auxilia na remoção dos leitões. Considerar antibioticoterapia.
Não deve ser um procedimento de rotina. Influência: peso do leitão, ECC
matriz, temperatura ambiente, apresentação dos leitões anormal. Observar se
o leitão está vivo ou morto, podendo empurrar de volta para ele se posicionar
ou puxar.

Manejo pós parto:


- Puerpério: 48-72h após o parto
- Involução uterina, expelir restos fetais e secreções
- Exame clínico diário: temperatura corporal (até 39,6ºC), avaliar produção de
leite nas glândulas mamárias, exame de corrimento vulvar (não pode ter cheiro
fétido nem coloração de pus ou sangue).
- Síndrome de MMA: metrite, mastite e agalaxia.
- Redução no apetite e alteração no comportamento (não deixa os leitões
mamarem por causa da dor).
- Não necessariamente relacionada ao toque.

Manejo sanitário:
- Esquema vacinal: 15 dias antes do desmame (tríplice reprodutiva: parvovirose,
leptospirose e erisipela). Se repete toda vez antes de ser inseminada.

Manejo do desmame:
- Vazio sanitário da maternidade.
- Agrupamento (homogeneização)

Manejo nutricional:
- Flushing (consumo elevado de ração)

Manejo reprodutivo:
- Diagnóstico de cio deve ser feito no desmame
- IDC esperado: 3-5 dias
- Intensificar o passeio do cachaço, alterando os cachaços
- Quando o percentual de fêmeas cobertas até o 7º dia for inferior a 90% é
importante estudar as causas
- Retorno ao cio: descarte involuntário (meta: até 15% anual)
Alojamento:
- Gaiolas ajustáveis: boa para o período de transição da baia individual para a
gaiola de parto. Pode ser adaptada ao tamanho da fêmea. Evita o
esmagamento dos leitões. Permite a confecção do ninho.

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