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Ambiente de MARRÃS:
- Alojamento em baias coletivas ou gaiolas individuais.
- Condições de alojamento: ambiência, qualidade de piso e lotação devem ser
respeitados para que o manejo de preparação seja efetivo.
- As leitoas devem permanecer em baias coletivas, mas podem ir para gaiolas
individuais para serem inseminadas 14 dias antes da IA para adaptação (não
podem ir de forma abrupta).
IN 113: “Se o risco de estresse por calor ou frio atingir níveis acima da capacidade
adaptativa dos animais,as propriedades devem adotar ações ou tecnologias que
minimizem o desconforto dos animais”.
- Sistema de ventilação: árvores, cortina, lanternim, exaustores
- Nebulização (utilizada quando a umidade do ar é menor que 80%): se a
umidade do ar estiver elevada, a nebulização terá o efeito semelhante à uma
sauna, aumentando ainda mais a temperatura do animal.
Ambiente de CACHAÇO:
- Baias individuais.
- Área recomendada: 6 a 8 m² por macho.
- Baias entre os machos devem ser separadas por grades de ferro: permite
contato visual e físico com outros machos, mantendo o estímulo, a libido e o
extinto de hierarquia.
● Baias coletivas:
- Vantagens: maior espaço para os animais; movimentação,escolhas (permitem
a expressão do comportamento natural); estímulo de cio.
- Desvantagens: alguns modelos exigem maior área de construção (sistemas
atuais não); manejo reprodutivo; conflitos agonísticos por hierarquia; manejo
nutricional: competição.
- IA no momento do arraçoamento (fechamento da gaiola de ração).
- Área recomendada: 1,5m² para marrãs e 2m² para matrizes (IN 113).
- Evitar conflitos: fornecer áreas de fuga; respeitar a formação de grupos; baias
com cama; piquete externo.
1. Grupos dinâmicos: maior incidência de brigas, animais entram e saem a
qualquer momento (pior).
2. Grupos estáticos: lotes gestacionais (melhor).
Sistema de alimentação:
1. Livre acesso - direto no piso: descontrole de quanto cada animal come,
desperdício, disputa.
2. Livre acesso - direto no piso (drops): sem controle, evita desperdício.
3. Livre acesso - comedouros lineares: sem controle.
4. Minibox: divisórias evitam disputa.
5. Gaiolas automáticas individualizadas: permite controle de ganho de
peso e evita brigas (caro).
6. ESF - estações eletrônicas de alimentação: necessita treinamento das
fêmeas; chip na orelha; permite controle personalizado individual (alto
custo de implementação e manutenção).
7. Gaiolas eletrônicas: chip na orelha; gaiola autocaptura; permite controle
personalizado individual (manutenção não tão cara, sem necessidade
de treinamento).
● Sistema misto:
- IN 113: A manutenção das fêmeas após a cobertura em gaiolas de gestação é
tolerada e limitada a 35 dias em sistemas de alojamento individual.
- Gaiolas individuais: do desmame até 35º dia de gestação (primeiro ⅓ de
gestação no período de desenvolvimento embrionário para evitar abortos).
- Baias coletivas: do 36º ao 107º dia de gestação.
Na homogeneização após a IA, não se tem mais muito estrógeno circulante, mas sim
a progesterona, fazendo com que os conflitos sejam mais brandos em função das
fêmeas estarem mais calmas.
● Baias parideiras:
- 5%
- Área mínima: 6 m²
- Deve ter protetor contra esmagamento
● Gaiolas parideiras:
- 95%
- Área da cela parideira: 1,32 m²; área da baia: 3,96m²
Esmagamento de leitões:
- Ocorre nos dois tipos de alojamento.
- Recém-nascidos = muito inexperientes, gostam de dormir próximo da fêmea
Comportamento natural:
- Construção do ninho - comportamento inato. Materiais devem ser
disponibilizados no momento correto (16 a 24h antes do parto).
O tempo que o leitão leva para alcançar os valores de sua temperatura corporal
normal (39ºC) após o nascimento depende:
- momento da primeira mamada;
- peso corporal;
- temperatura do ambiente.
Manejo no parto:
- fornecimento imediato de calor (campânula, escamoteador).
● Escamoteador:
- Modelos atuais: lâmpada infravermelho
- Placas aquecidas, tapetes aquecidos, pisos aquecidos
- Como saber se a temperatura está adequada para os leitões? Observação do
comportamento dos leitões dentro do escamoteador. Todos os leitões devem
estar dentro do escamoteador distribuídos uniformemente.
Instalações:
● Creche elevada:
- ⅓ x ⅔ (parcialmente ripada);
- Totalmente ripada.
Densidades:
- Totalmente compacta: 0,45 m²/animal
- Parcialmente ripada: 0,35m²/animal
- Totalmente ripada: 0,30 m²/animal (0,27 a 0,33 m²)
- IDEAL 10 a 20 leitões por baia.
Conforto térmico:
- Manejo de cortinas
- Protegem os animais: localização; tipo de alojamento; telhado; pé-direito;
equipamentos.
- Espaço/suíno; temperatura; umidade relativa do ar; direção e velocidade do ar;
qualidade do ar (controle dos gases: amônia, monóxido de oxigênio e gás
carbônico).
- Campânulas, escamoteadores.
● Ao nível do piso:
- Totalmente compacto;
- ⅓ x ⅔ (parcialmente ripado);
- Totalmente ripado;
- Sobre cama.
Densidades:
- Cama sobreposta: 1,2 m²/animal; 1 m³ para cada 6 leitões; 40 a 50 cm de
altura de cama.
- Totalmente compacto: 1,0 a 1,10 m²/animal.
- Parcialmente ripado: 0,80 m²/animal.
- Totalmente ripado: 0,70 m²/animal. (aumentou)
- 7 a 30 leitões/baia.
IN 113:
- Para animais de terminação abatidos com até 110 kg de PV, a área útil mínima
destinada a cada animal deve ser igual ou superior a 0,9 m²;
- Para animais de terminação abatidos acima de 110 kg de PV, a área mínima
será definida com base no peso metabólico dos animais através da equação
A= k x PV0,667, sendo A igual a área útil mínima em m², k uma constante de
valor igual a 0,036 e PV o peso vivo do animal.
Conforto térmico:
- ventiladores, nebulização, cortinas, lanternins, árvores.
- área externa (lama), cama, lâmina d’água.
- Molhar os leitões somente quando a umidade não estiver elevada (efeito
estufa).
NUTRIÇÃO DE SUÍNOS
- Onívoros.
Suíno: 🐷
● Atrativo: odor.
● Hábito alimentar: onívoro.
● Boca: amilase salivar, glândulas salivares, língua e dentes, papilas
gustativas.
● Esôfago.
● Estômago: redução do pH (1,5 – 2,5), armazenamento - ácido clorídrico,
pepsina.
● Pâncreas: enzimas pancreáticas
● Fígado: metabolizador
● Vesícula biliar: bile - tampão bicarbonato e digestão de lipídeos.
● Intestino delgado: pH neutro - digestão de carboidratos, gordura, proteína.
Absorção.
● Intestino grosso: fermentação - digestão microbiana. (ceco) digestão de
fibras.
● TEMPO: Estômago 15 – 30%. Intestino delgado 4 – 6%. Intestino grosso 65
– 80%.
Tipos de arraçoamento:
- À vontade
- Restrito
- Controlado
Tipos de ração:
- Reposição (cachaços e marrãs)
- Gestação
- Lactação
LEITÕES:
- Pré-inicial
- Inicial
- Crescimento
- Terminação
● Fase inicial 1 e 2:
- Até 35 dias (fase pré-inicial à vontade).
- 36 a 49 dias (fase inicial 1 à vontade).
- 50 a 36/70 dias (fase inicial 2 à vontade) 25 a 30 kg.
- Composição da ração interfere no desempenho produtivo, principalmente após
desmame.
- Alta digestibilidade, amido gelatinizado, aditivos.
- Papinha!
● Fase crescimento:
- 63/70 a 119 dias (25/30 a 65/70 kg).
- Composição da ração interfere no desempenho produtivo, crescimento
exponencial.
- Ração crescimento à vontade.
- Pode-se inserir ingredientes alternativos, mais fibrosos, até com menor
digestibilidade, controlada.
- Baia mista ou separada por sexo.
Machos imunocastrados > fêmeas > machos castrados cirurgicamente (sem ação da
testosterona).
● Fase terminação:
- 120 a 150/160 dias (65/70 a 100/110 kg).
- Composição da ração interfere no desempenho produtivo (acabamento).
- Ração terminação à vontade x restrita.
- Pode-se inserir ingredientes alternativos, menores níveis de proteína, minerais
e aditivos.
- Baia mista ou separada por sexo.
Nutrição de MARRÃS:
Água:
- Fornecimento de água: mín 5 L/dia e máx 12 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 2 L/min.
- Temperatura ideal: 17 a 20ºC.
- 1 bebedouro/10 leitoas.
- Chupeta, bite ball, concha-niple, concha-válvula.
- Altura do bebedouro: 5 a 10 cm acima da paleta, ângulo de 50º.
Manejo nutricional:
- Maior erro: tratar leitoas de reprodução como animais de terminação.
- O objetivo é maximizar a produtividade da leitoa, permitir uma lactação sem
perdas corporais excessivas e, ainda, produzir um resultado no segundo parto
igual ou superior ao primeiro, garantindo uma excelente longevidade no
rebanho.
Manejo nutricional:
- Ração recria: à vontade (1ª semana até os 100 dias).
- Ração recria: controlado 1,8 a 2 kg/fêmea/dia (101 a 130 dias).
- Ração reposição: 2 a 2,5 kg/fêmea/dia (>131 dias).
- Ração lactação-marrã (FLUSHING): à vontade (variável - 3,2 até 5
kg/fêmea/dia) (10 a 14 dias antes da cobertura). Potencial ovulatório. 4
fornecimentos diários.
- Pré-Flushing
Arraçoamento:
- Arraçoamento de livre acesso (comedouro linear).
- Arraçoamento de livre acesso em mini box.
- Arraçoamento no chão. Não ideal as fêmeas não têm acesso todas ao mesmo
tempo.
- Arraçoamento de livre acesso (comedouros). Não ideal as fêmeas não têm
acesso todas ao mesmo tempo.
- Arraçamentos eletrônicos (ESF ou gaiolas auto-captura).
DESEJÁVEL: baia limpa, desinfetada e com piso em bom estado; densidade
adequada; comedouro com acesso para todas as fêmeas ao mesmo tempo.
INDESEJÁVEL: piso abrasivo; densidade inadequada dificultando acesso à
água e alimentação; comedouro inadequado com dificuldade de controle de
consumo.
Nutrição de CACHAÇOS:
Manejo nutricional:
- Ração recria: à vontade (ª semana).
- Ração específica: 2 a 2,5 kg/macho/dia até 205 dias.
- Ração específica (ou gestação): 2,55 até 3,05 kg/macho/dia.
Água:
- Fornecimento de água: mín 10 L/dia e máx 15 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 2 L/min.
- Temperatura ideal: 17 a 20ºC.
Manejo nutricional:
- Matriz (120 dias); Marrã (120 + 15 dias de flushing).
Protocolo UEA:
- Ração lactação Flushing: à vontade (mín 3,2 - 6 kg/fêmea//dia) do desmame à
cobertura.
- Ração gestação restrição: restrita (1,5 a 1,8 kg/fêmea/dia) da cobertura ao 7º
dia de gestação.
- Ração gestação controlada: controlada (1,8 a 2,2 kg/fêmea/dia) (ECC) do 8º ao
85º dia de gestação.
- Ração lactação controlada: controlada (2,5 a 3 kg/fêmea/dia (NÃO ECC) do
86º dia de gestação até o parto.
Água:
- Fornecimento de água: mín 15 L/dia e máx 23 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 2 L/min.
- Temperatura ideal: 17 a 21ºC.
- Levantar as fêmeas!
Água:
- Fornecimento de água: mín 20 L/dia e máx 35 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 2 L/min.
- Temperatura ideal: 17 a 21ºC.
- Levantar as fêmeas!
Ração pré-inicial:
- “À vontade”.
- Ideal: 7º dia.
- Apresentar a ração aos leitões em quantidade muito pequena, várias vezes ao
dia (extremamente perecível) aumentando gradativamente.
- Seca ou papinha.
- Afastada da mãe.
Água:
- Fornecimento de água: mín 0,1 L/dia e máx 0,5 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 0,2 L/min.
- Ideal que o bebedouro seja o mesmo do desmame (adaptação).
Manejo nutricional:
● Ração pré-inicial 1:
- À vontade.
- 7 a 35 dias de idade.
● Ração pré-inicial 2:
- À vontade.
- 36 a 45 dias de idade.
● Ração inicial:
- À vontade.
- 46 dias de idade até descreche.
Quantidades:
- Papinha: 1,3 kg/cabeça
- Pré-inicial 1: 3,5 kg/cabeça
- Pré-inicial 2: 7 kg/cabeça
- Inicial: 13 kg/cabeça
Leitões que não consomem ração até 42 horas pós-desmame têm, aproximadamente,
três vezes mais chances de apresentarem subdesenvolvimento que leitões que
consomem ração antes desse período, independente do peso ao desmame.
Papinha:
- Mais atrativa.
- Melhora a digestão e absorção.
- Ameniza o estresse da transição.
- Fornecer de 6 a 8 vezes por dia em pequenas porções (mínimo 3x/dia).
- Respeitar a proporção de (2 partes de água : 1 parte de ração).
- Utilizar cochos que tenham o número de bocas correspondente ao tamanho do
lote.
IMPORTANTE:
- Acesso à ração
- Limpeza
- Regulagem: excessos e desperdício
- Qualidade, longevidade
Água:
- Fornecimento de água: mín 1 L/dia e máx 5 L/dia.
- Fluxo mínimo de água > 0,2 a 0,5 L/min.
- 1 bebedouro para cada 10 leitões, com altura ajustada ao tamanho dos
animais.
Comedouros:
- Retangular
- Circular
- Linear
Água:
- Fornecimento de água:
- (25 - 50 kg) = mín 4 L/dia e máx 7 L/dia. Fluxo mín 1 L/min.
- (50 - 100 kg) = mín 5 L/dia e máx 10 L/dia. Fluxo mín 1,5 L/min.
- Altura regulada = 5 a 7 cm acima do dorso dos leitões.
- Chupeta ou chanfrado; Bite ball ou bico de pato (mais fáceis de regular
a altura).
- Tipo concha (higienizar sempre).
Reprodutores:
Manejo de MARRÃS:
- Idade ao 1º cio (PUBERDADE) = 160 a 170 dias (5,5 meses) / peso = 100 a
110 kg.
- Idade à reprodução efetiva (MATURIDADE SEXUAL) = 210 dias (7 meses) /
peso = 130 a 140 kg.
- No 3º cio a fêmea deve ter o PESO adequado!
1. Boa recepção.
2. Cuidados na origem, transporte, descarregamento.
3. Quarentena e adaptação sanitária.
4. Ração reposição, medicações injetáveis e vacinas.
5. Instalações, boas condições de alojamento e densidade.
6. Água, ambiente e desinfecção.
7. Taxa de crescimento.
8. Estímulo de cio, qualidade do cio e qualidade de detecção de cio.
9. Parâmetros de cobertura.
10. Nutrição adequada de cobertura.
11. Sanidade.
12. Treinamento e mão de obra.
Chegada à granja:
- Além do aspecto sanitário, os suínos respondem com boa produtividade ao
contato gentil com o ser humano.
- Desembarque confortável e com cuidado, visando preservar a integridade
física e reduzindo estresse - todo esforço nesse procedimento se justifica para
uma adaptação mais fácil e menor necessidade de medicamentos e
reposições.
Manejo sanitário:
● Vacinação:
Manejo reprodutivo:
- PUBERDADE = Influenciada por: época do ano, temperatura, manejo
nutricional, condição corporal, linhagem da fêmea e manejo reprodutivo.
- Exposição das marrãs aos machos sexualmente maduros deve ser diária, 1 a
2x ao dia, 15 minutos a partir dos 150/160 dias de idade.
- Exposição total > exposição restrita.
- Quanto maior o tempo de exposição e maior sua frequência, melhor é o
estímulo para o início da puberdade, inclusive para o melhor desenvolvimento
do trato reprodutivo e sistema endócrino. Os componentes do efeito macho são
ADITIVOS.
- MACHOS: rotacionar os machos; não devem ser muito novos (baixos níveis de
testosterona), acima de 11 meses; dóceis.
- Sistema BEAR: área de exposição ao macho.
Manejo para indução de cio: O manejo deverá iniciar somente com idade superior a
5 meses. Para estimulação, recomenda-se:
- Colocar a leitoa em contato com o macho, 2x ao dia durante 10-15 minutos.
- Utilizar machos mais velhos (mais de 11 meses) com boa libido e dóceis.
- Não alojar as leitoas próximas das baias dos cachaços (eles devem ser
novidade).
- Anotar a ocorrência de cio na ficha da leitoa e agrupar as leitoas conforme
ordem de cio.
- Fazer rodízio de machos diariamente para o estímulo e identificação do cio.
- Indicação hormonal: ÚLTIMO RECURSO.
Capacitação técnica:
- Empatia, conhecimento, equipe, comprometimento, automotivado.
Manejo de CACHAÇOS:
- Machos 31 meses = redução significativa da concentração espermática e
aumento de patologias espermáticas.
- Idade máxima = 1000 dias.
- Leitões nascidos vivos/ano (IA): 7 a 9 mil.
- Taxa anual de reposição = 50%.
Manejo sanitário:
- Medicações: preventivo para os cascos 2x/sem.
- Vacinação: 2ª dose erisipela, lepto e parvo: 14 dias antes da 1ª IA ou monta. 21
dias entre as doses e repetir a cada 6 meses.
Dados de desempenho:
- Idade à PUBERDADE = 120 a 150 dias; peso = 100 - 110 kg.
- Idade à MATURIDADE SEXUAL = 7 a 8 meses; peso = mínimo 150 kg.
Treinamento no manequim:
- Iniciar aos 180 a 210 dias (6 a 7 meses).
- Machos de coleta nunca devem ser usados para fazer a monta natural.
- Frequência de coletas:
- Até 12 meses (365 dias) intervalo de 7 dias.
- Após 12 meses até 15 meses (450 dias) até 3 coletas a cada 2
semanas.
- Após 15 meses, 2 coletas por semana.
- Inseminar a partir da 5ª coleta.
Monta natural:
- Iniciar aos 7 a 8 meses.
- Frequência:
- Entre 7 e 9 meses, 2 montas por semana (1 fêmea).
- Entre 10 e 12 meses, 4 montas por semana (2 fêmeas).
- Acima de 12 meses não mais que 6 montas por semana (3 fêmeas).
Manejar as fêmeas durante toda a fase gestacional garantindo baixo número de dias não
produtivos, elevada taxa de parição, prolificidade e ótima eficiência alimentar, associado à
uniformidade no peso dos leitões ao nascimento e elevada taxa de sobrevivência da progênie,
além de menor taxa de mortalidade das matrizes
Desafios:
Após a IA, dar enfoque ao passeio do cachaço nos dias múltiplos de 21 (21, 42, 63, 84
dias de IA).
Caso repita um cio regular (a cada 21 dias) pode ter sido por erros na IA, a fêmea não
ter ovulado, baixa qualidade de sêmen
Caso repeta um cio irregular (fora dos 21 dias), deve ter acontecido morte embrionária
(estresse térmico ou por manejos, patologias, toxinas na ração ou baixa taxa de óvulos
fecundados)
Passeio do cachaço: a partir de 18 dias após a IA até o final do período gestacional
Diagnóstico de gestação
Fêmeas em lactação:
- Da entrada na maternidade (1 semana antes do parto) até a saída (desmame)
- Importante porque interfere na eficiência produtiva da fêmea e dos leitões
(qualidade, peso e uniformidade dos leitões). Objetivo mínimo: 30 leitões
desmamados/fêmea/ano.
- Desafio: o contexto nutricional deve garantir a produção e reprodução da
fêmea subsequente ao desmame (quantidade e qualidade dos leitões).
Preparação da maternidade:
- Priorizar o manejo sanitário e de transferência
- All in all out (lavagem, desinfecção e vazio sanitário de 3-5 dias). Reduzir a
pressão de infecção.
- Escamoteador adequado: limpo, seco, aquecido (30-32º C), iluminado
Manejo da transferência:
- 107º- 110º dia de gestação. Primíparas é ideal transferir antes (14 dias antes,
maior tempo de adaptação).
- Transferir em horários mais frescos com calma (evitar abortos)
- Limpeza contínua da fêmea e das instalações
- Materiais disponíveis para o parto
Manejo do parto:
- Garantir a sobrevivência do maior número possível de leitões, garantir a
chegada no teto
- Intervir em partos distócicos
- Sem intervenção humana: perda de até 20% dos leitões. Com intervenção: 2%
mortalidade.
Manejo do parto:
- Duração: 1-5 horas. Ideal 2h30min
1ª fase:
- Dilatação cervical, vulva edemaciada e hiperêmica, tetos hiperêmicos e
congestos, secreção leitosa nos tetos, inquietação, dores abdominais,
contrações uterinas rítmicas, construção do ninho.
- O edema vulvar começa 4 dias antes do parto. Pode ocorrer dilaceração.
- Congestão nos tetos: 48-24 horas antes do parto
- Construção do ninho: 24-16h antes do parto
- Secreção leitosa: gotas → parto em 12-24h (70% dos casos). Jatos → parto
em 6-12h (94% dos casos).
- Mecônio: fluidos fetais (parto ocorre em até 2h). Relacionado à abertura da
cérvix.
2ª fase:
- Liberação dos leitões
- Estica e encolhe os membros, contrações uterinas, movimentação da cauda na
passagem do leitão pela cérvix
- Intervalo ideal: 10-20 min.
- Apresentação normal dos leitões: anterior/cranial ou posterior/caudal
3ª fase:
- Liberação das placentas
- Pode liberar uma placenta a cada leitão, aos poucos ao longo do parto ou
eliminar todas no final
- Quando eliminada em quantidades maiores pode indicar o final do parto
- Diminuição das contrações
Quando intervir:
- Partos distócicos (anormal, quando a fêmea não consegue parir sozinha).
Leitões muito grandes, mal posicionados ou ausência de contração.
- Observar o comportamento da fêmea, intervalo de expulsão entre os leitões
(varia de 1-60 min.)
- Intervalo de expulsão superior a 30-40 min. → intervir (procedimentos não
invasivos)
- Antes de intervir avaliar se a fêmea tem contrações
- Fêmea sem contração:
Normalmente após um leitão muito pesado ou parto muito longo. A fêmea deve
estar sem ocitocina circulante, mais tranquila. Garantir que todos os leitões
estejam mamando, fazer massagens rítmicas abdominais no sentido crânio-
caudal, levantar e virar a fêmea de lado. Se ela continuar sem contrações,
aplicar ocitocina ou carbetocina injetável (se houver leitões obstruindo o canal
pode causar prolapso uterino ou rompimento do útero). Toque vaginal em
último caso (invasivo).
- Fêmea com contração:
Possui ocitocina circulante, mais inquieta. Levantar e virar a fêmea de lado,
massagens abdominais. Último caso: toque vaginal.
- Aplicação de ocitocina: via subcutânea ou intramuscular (2-3 mL) ou
submucosa vulvar (1,5mL total, 0,5 a cada 30 min.). Máximo 3 mL porque
depois não funciona mais, limite de receptores para ocitocina.
- Toque vaginal: auxilia na remoção dos leitões. Considerar antibioticoterapia.
Não deve ser um procedimento de rotina. Influência: peso do leitão, ECC
matriz, temperatura ambiente, apresentação dos leitões anormal. Observar se
o leitão está vivo ou morto, podendo empurrar de volta para ele se posicionar
ou puxar.
Manejo sanitário:
- Esquema vacinal: 15 dias antes do desmame (tríplice reprodutiva: parvovirose,
leptospirose e erisipela). Se repete toda vez antes de ser inseminada.
Manejo do desmame:
- Vazio sanitário da maternidade.
- Agrupamento (homogeneização)
Manejo nutricional:
- Flushing (consumo elevado de ração)
Manejo reprodutivo:
- Diagnóstico de cio deve ser feito no desmame
- IDC esperado: 3-5 dias
- Intensificar o passeio do cachaço, alterando os cachaços
- Quando o percentual de fêmeas cobertas até o 7º dia for inferior a 90% é
importante estudar as causas
- Retorno ao cio: descarte involuntário (meta: até 15% anual)
Alojamento:
- Gaiolas ajustáveis: boa para o período de transição da baia individual para a
gaiola de parto. Pode ser adaptada ao tamanho da fêmea. Evita o
esmagamento dos leitões. Permite a confecção do ninho.